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IFE: nº 4.064 - 04 de abril de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Governo espera queda de até 7% na conta de luz a partir de hoje
2 Aneel libera R$ 80 milhões para as obras dos Jogos Olímpicos
3 Aneel aprova simplificação do Plano de Contas do ONS
4 Distribuidoras poderão abater sobras de contratos de cotas de garantia física
5 MME prorroga GT que discute garantia física de hidrelétricas
6 Justiça limita período de retroativo cobrado da usina de Jirau
7 Santo Antônio desistirá da ação contra GSF em até 5 dias úteis
8 Valor a ser recolhido pela Conta Bandeiras de fevereiro é de R$ 620,6 mil
9 Aneel autoriza testes em turbina complementar de Belo Monte
10 Interessados podem enviar sugestões para Chamada de P&D sobre armazenamento de energia
11 Aneel determina republicação de valores do PLD

Empresas
1 Nove projetos da Eletrobras são investigados pela empresa, diz diretor
2 Eletrobras espera vender Celg até o fim do semestre, afirma diretor
3 Eletrobras quer solução para indenizações até junho, projeta diretor
4 CTG quer crescer por meio de aquisições
5 S&P reafirma ratings da Neoenergia, mas coloca perspectiva em negativa
6 Grupo Energisa tem receita líquida de R$ 1,6 bi no 1º bimestre
7 Distribuidoras investem para decifrar dados de smart grid
8 Neoenergia quer vender suas PCHs

9 Empréstimo de R$ 1,4 bi destinado à CEA será auditado pelo TCU

10 Irregularidades em subestação geram multa de R$ 2,9 mi para Furnas

11 UHE Santo Antônio completa quatro anos de operação

12 Santo Antônio Energia vai aportar R$ 1,5 bi na hidrelétrica do rio Madeira

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS reduz projeção de chuvas e carga de energia em abril
2 Projeção de armazenamento no Sudeste recua para 61,9%, indica ONS
3 Reservatórios do Nordeste terminam março com volume de 34,7%

4 ANA mantém vazão reduzida para bacia do São Francisco

5 Consumo em março cai 0,4%

6 No comércio, consumo de energia pode cair pela primeira vez

7 PLD médio no Nordeste é fixado em R$ 276,82/MWh

Meio Ambiente
1 Altamira enfrenta a ressaca de Belo Monte
2 Bandeira verde não é sinal para desperdício de energia, diz Instituto Akatu

Energias Renováveis
1 Brasil vai apresentar oportunidades em energia solar e eólica em evento nos EUA
2 Pernambuco tem primeiro posto de combustíveis com painéis fotovoltaicos
3 Tesla lança carro elétrico Model 3 e Brasil pode receber modelo

4 São Paulo inaugura eletroposto atendido por energia solar

Grandes Consumidores
1 Vale pode vender fatia na CSA por US$ 1 para ThyssenKrupp, diz agência
2 Sócio da Usiminas quer dividir siderúrgica e reativar Cubatão

Economia Brasileira
1 Previsão para taxa de juro ao fim de 2016 cai para 13,75%, traz Focus
2 Preocupado com desemprego e renda, consumidor fica mais pessimista

3 FGV: Inflação abranda no fim de março em todas as capitais analisadas
4 Inflação pelo IPC-S desacelera a 0,50% no fim de março
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Uruguai: empresas têm interesse em construir hidrelétrica de US$ 220 mi
2 Portugal: Consumo de eletricidade aumenta 4,8% em março
3 EUA e China decidem assinar acordo climático de Paris
4 SunEdison se prepara para pedir recuperação judicial, diz 'WSJ'
5 Vestas volta a liderar ranking de maiores produtores de turbinas eólicas

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Governo espera queda de até 7% na conta de luz a partir de hoje

Consumidores em todo o Brasil, que mantiverem o nível de gasto de energia elétrica, deverão ter uma redução na conta de luz em abril. A partir de 1º de abriu, o custo para produzir energia ficou menor, quando passou a vigorar a bandeira tarifária verde, sem cobrança extra na conta do consumidor para cobrir o custo maior de geração. A expectativa do MME é que a redução média na conta de luz fique entre 6% e 7%. Segundo a Aneel, a bandeira tarifária é uma forma diferente de cobrar um valor que era incluído na conta de energia, no reajuste tarifário anual das distribuidoras. A cor da bandeira indica o custo da energia para mais ou para menos, em função das condições de geração de eletricidade. Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, de janeiro de 2015 até fevereiro de 2016, a bandeira se manteve vermelha. Em março, passou para amarela. O aumento de chuva neste ano melhorou o volume dos reservatórios das hidrelétricas e, aliado à redução da demanda e à inclusão de novas usinas no sistema, possibilitou a mudança das bandeiras tarifárias nos últimos meses. Com a alta dos reservatórios, foi possível fazer o desligamento – em março – das usinas termelétricas, que têm custo de geração mais alto. Isso também colaborou para a mudança da bandeira tarifária. A bandeira em vigor neste mês foi decidida esta semana em reunião da diretoria da Aneel. A mudança foi possível diante da simulação dos custos de geração e distribuição de energia elétrica e do superavit acumulado nos últimos meses nas contas do sistema de bandeiras. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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2 Aneel libera R$ 80 milhões para as obras dos Jogos Olímpicos

A Aneel aprovou a liberação de R$ 80,6 mi para as obras dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Os recursos correspondem a parcela de março das obras do cluster Barra da Tijuca, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para a Light Serviços de Eletricidade. A operação está respaldada na Resolução Homologatória nº 2015, de 19 de janeiro de 2016. Os recursos serão utilizados para as obras necessárias ao fornecimento de energia temporária para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 na cidade do Rio de Janeiro. A informação foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 1º de abril. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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3 Aneel aprova simplificação do Plano de Contas do ONS

A Aneel simplificou os procedimentos do Plano de Contas do ONS relacionados a controle de gastos, taxa de depreciação dos ativos, alienação de bens, aquisição de bens e materiais e contratação de serviços e obras. A mudança leva em consideração as características do ONS como instituição sem fins lucrativos, sem tarifa ou bens reversíveis, com operações contábeis de baixa complexidade e movimentação contábil muito menor do que a média dos agentes do mercado. O tratamento simplificado das rubricas contábeis altera a composição do Elenco de Contas do ONS. O modelo atual, adotado em 2003, inclui contas que não são aplicáveis ao operador do sistema. O novo formato exclui contas relacionadas a Rendas a Receber; Empréstimos e Financiamentos no Ativo Não Circulante; estoque; Serviços Prestados a Terceiros no ativo e o subgrupo de contas Créditos Derivados de Negócios Não Usuais da Autorizada. Foram incluídos a conta Renovação de Licença e Uso de Software e itens relativos aos benefícios pós-emprego (Pronunciamento Técnico – CPC 33). Outra mudança é a criação da rubrica contábil Performance Organizacional, na qual o ONS vai contabilizar os valores a serem pagos a seus empregados pelo cumprimento das metas anuais. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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4 Distribuidoras poderão abater sobras de contratos de cotas de garantia física

A Aneel publicou resolução, em 1 de abril, que permite às distribuidoras o abatimento do saldo positivo decorrente da alocação de CCGF nos leilões A-1. O objetivo é neutralizar os efeitos da sobrecontratação gerada pelos contratos e aproveitar os saldos para planejamento da demanda de energia nas concorrências. Atualmente, o regime de contratação compulsória via os CCGFs acaba por reduzir a flexibilidade das distribuidoras na gestão dos montantes contratados. A situação é agravada pelo atual cenário de sobrecontratação das empresas, em razão, entre outros, da queda do consumo. A sobrecontratação estrutural é estimada pela PSR em 4 GW médios. Segundo a nova resolução, os saldos involuntários em volume superior aos contratos encerrados ou reduzidos em determinado ano poderão ser abatidos da demanda dos leilões A-1 de anos subsequentes, caso solicitado pelas concessionárias. A norma também estabelece os critérios para o cálculo do montante de reposição. A proposta ficou em audiência pública entre fevereiro e março deste ano e foi aprovada pela diretoria da agência em reunião desta terça-feira (29/3). (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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5 MME prorroga GT que discute garantia física de hidrelétricas

O MME prorrogou, até 31 de agosto, o prazo para a conclusão das atividades do grupo de trabalho instituído para aprimorar a metodologia de cálculo de garantia física das hidrelétricas não despachadas centralizadamente. O prazo anterior estava fixado até 31 de março. O grupo foi criado no ano passado é formado por representantes da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do ministério, EPE e Cepel. O novo prazo para conclusão dos trabalhos foi publicado em 1º de abril, no Diário Oficial da União. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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6 Justiça limita período de retroativo cobrado da usina de Jirau

O Tribunal Regional Federal da 1ª região limitou a partir de quando a Aneel pode cobrar retroativos devidos pela hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. Segundo a decisão, o valor (que deve ficar em suspenso até que haja decisão final da Justiça sobre o caso) só pode retroceder até a data do pedido de suspensão da sentença. O consórcio responsável pela usina, ESBR, recorreu à Justiça para questionar uma deliberação da CCEE que, seguindo norma técnica da Aneel, definia que os valores apurados até a decisão de primeira instância fossem mantidos em escritura para serem exigidos após a decisão da Justiça sobre o assunto. O Tribunal, no entanto, entendeu que esse retroativo só pode ir até a data de suspensão da sentença. “(…) Determino à Aneel que se abstenha de aplicar os efeitos retroativos acima descritos, sob pena de multa e responsabilidade criminal”, diz a decisão. A ESBR tenta, na Justiça, ser isentada da responsabilidade pelo atraso nas obras da hidrelétrica de Jirau. Segundo o consórcio, a demora na conclusão da obra, que impediu que a empresa arcasse com alguns compromissos que tinha com a União, foi causada por fatores sob os quais não tinha controle, como greves. Os valores cobrados da empresa ultrapassam R$ 600 mi. Procurada, a CCEE afirmou que apreciará o tema na próxima reunião do conselho de administração, no dia 5 de abril. “A instituição ressalta que todas as liminares recebidas estão sendo devidamente cumpridas”, afirmou em nota. (O Globo – 01.04.2016)

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7 Santo Antônio desistirá da ação contra GSF em até 5 dias úteis

A Santo Antônio Energia abrirá mão da ação que mantém na Justiça referente à proteção contra a cobrança dos valores do GSF. A medida foi confirmada pelo CFO e diretor de Relações com Investidores da empresa, Luiz Pereira de Araújo Filho. A empresa tem que apresentar sua desistência da ação em até cinco dias úteis, prazo que será cumprido, mesmo com a proposta sobre o passivo de cerca de R$ 500 mi do déficit de geração que não atende à necessidade da geradora. O executivo afirmou em teleconferência com analistas e investidores que não há uma proposta fechada sobre o que seria uma condição que atenderia essa necessidade. Ele disse que as condições ainda devem ser negociadas entre as partes. “Essa é uma questão mais intrínseca com a CCEE e outros credores. Nós apresentamos nossa proposta de carência e parcelamento. Não queria antecipar [as condições] isso é negocial e não uma cláusula pétrea que não se ajusta. Tem que ser bom para ambas as partes (...) requer uma negociação bilateral”, afirmou ele. Em sua avaliação, houve um avanço e sensibilização na Aneel quanto ao pleito da empresa quanto à carência e ao parcelamento que a companhia espera ver aprovada. Quanto ao futuro, o diretor da Santo Antônio Energia se mostrou mais tranquilo. E os pontos que ele elencou para justificar essa posição incluem a adesão à repactuação do risco que se deu pelo produto SP 93 para o mercado regulado, a garantia física total alcançada ainda em 2014, o que traz a receita fixa plena com maior previsibilidade atrelada ao índice de inflação oficial, além dos custos controlados. Nesse ponto citou que relatórios de agências de rating avaliaram a operação da empresa como dentro da realidade do setor elétrico nacional em um momento no qual se encontra ainda na curva de aprendizagem da operação da central. “Estamos com receita e custos mais previsíveis e menos estresse com a CCEE, onde nossas liquidações que estavam na casa milhões, agora são projetadas para liquidações mais baixas”, acrescentou. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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8 Valor a ser recolhido pela Conta Bandeiras de fevereiro é de R$ 620,6 mil

A Aneel publicou na última quinta-feira, 31 de março, no DOU, os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias para a liquidação no mercado de curto prazo referente a contabilização de fevereiro de 2016. As distribuidoras e permissionárias devedoras deverão repassar o valor de R$ 620.649,04 à Conta Bandeiras até o dia 4 de abril de 2016. Por outro lado, a Eletrobras Amazonas Geração e Transmissão receberá o valor de R$ 637.914,36, referente à UHE Balbina, referentes a devolução de valores pagos como prêmio de repactuação do risco hidrológico, já que a empresa conseguiu prorrogar o prazo de pagamento. Esses valores da Amazonas não estão sujeitos à rateio em caso de inadimplência. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)


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9 Aneel autoriza testes em turbina complementar de Belo Monte

A Aneel autorizou, em 01 de abril, o início dos testes de operação da primeira turbina da casa de força complementar (Sítio Pimental) da hidrelétrica Belo Monte, em construção no rio Xingu (PA). Esta unidade de geração tem potência de 38,8 megawatts (MW). Na semana passada, a Aneel já havia liberado os testes da primeira turbina, com potência de 611 MW, da casa de força principal (Sítio Belo Monte). Com seis turbinas, a casa de força complementar somará a capacidade total de 233 MW. O Sítio Belo Monte, com 18 turbinas, terá a potência total 11 mil MW. O cronograma da usina prevê a entrada em operação das últimas turbinas em janeiro de 2019, totalizando 11.233 MW. Belo Monte entrará em operação comercial com mais de um ano de atraso. Liminares na Justiça livraram a concessionária Norte Energia, responsável pela usina, de penalidades que seriam aplicadas pela Aneel. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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10 Interessados podem enviar sugestões para Chamada de P&D sobre armazenamento de energia

Questões como o crescimento da demanda de eletricidade; preocupações com questões ambientais; custos de fornecimento; segurança e confiabilidade motivaram a discussão do tema: “Arranjos técnicos e comerciais para a inserção de sistemas de armazenamento de energia no setor elétrico brasileiro”. O objetivo é receber sugestões para a Chamada de P&D Estratégico nº 20 no período de 01/04 a 30/04/16. Os interessados podem enviar as propostas para o e-mail: pedestrategico@aneel.gov.br. De acordo com a Aneel, apesar das vantagens de fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica, elas são intermitentes e menos previsíveis e confiáveis. Diante disso, existe a necessidade de promover o desenvolvimento de tecnologias e sistemas de armazenamento, que inclusive estão entre as principais fontes de inovação no setor elétrico, com diversos projetos em vários países. Além disso, não há projetos pilotos ou experiências nacionais similares ao que se verifica no exterior e faltam estímulos ao desenvolvimento da cadeia produtiva de componentes e tecnologias de armazenamento. A necessidade de discutir o assunto, por meio da Chamada de P&D, se deu pelo fato de ser um tema de interesse nacional e de grande relevância para o setor elétrico, de elevada complexidade em termos científicos e/ou tecnológicos e por ser pouco atrativo como estratégia empresarial isolada ou individual. A minuta da Chamada de P&D foi apresentada nesta quinta-feira (31/3) durante Workshop Internacional sobre Armazenamento de Energia realizado na sede da Aneel. No evento, que teve o apoio da Embaixada Britânica e da ABAQUE (Associação Brasileira de Armazenamento e Qualidade de Energia), foram discutidas as principais tecnologias, além das questões regulatórias associadas. (Aneel – 04.04.2016)

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11 Aneel determina republicação de valores do PLD

A Aneel determinou à CCEE a republicação do PLD para três submercados na atual semana operativa, que se encerra nesta sexta-feira, 1º de abril. A decisão foi publicada na edição desta sexta-feira, 1, do Diário Oficial da União e só não alcança a região Nordeste. Os valores recuaram ante o cálculo divulgado na semana anterior. Os novos valores para os submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte são iguais. No patamar de carga pesada passou de R$ 47,24 para R$ 43,09, para a carga média recuou de R$ 46,96 para R$ 42,63 e na leve de R$ 44,24 para R$ 40,26/MWh. (Valor Econômico – 01.04.2016)

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Empresas

1 Nove projetos da Eletrobras são investigados pela empresa, diz diretor

A estrutura montada e contratada pela Eletrobras para investigar indícios de irregularidades em contratos da companhia está apurando nove empreendimentos da estatal, afirmou o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Armando Casado. “Toda essa estrutura está trabalhando fortemente. (...) Esse trabalho está sendo desenvolvido, com reuniões diárias”, afirmou o executivo, em teleconferência com analistas e investidores sobre o resultado de 2015, um prejuízo de R$ 14,4 bi. Casado não informou quais são os nove projetos sob investigação. Estima--se que estão entres esses empreendimentos a usina nuclear de Angra 3 e as hidrelétricas de Belo Monte, Santo Antônio e Jirau. “Dependemos da conclusão desse trabalho para o arquivamento [do relatório 20-F, nos Estados Unidos]”, completou Casado. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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2 Eletrobras espera vender Celg até o fim do semestre, afirma diretor

O diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Armando Casado, disse esperar que a operação de venda da participação de 50,9% na distribuidora Celg D seja concluída ainda no primeiro semestre. Com relação às demais distribuidoras, o executivo disse que até o momento continua firme a proposta do conselho de administração de realizar um aumento de capital nas empresas de distribuição, com recursos da União. A proposta deve ser submetida à assembleia de acionistas em julho. “Esse assunto tem sido ratificado pelo conselho em todas as reuniões, com o modelo que está na proposta de administração”, afirmou Casado. “Eu estou em total sintonia com a decisão do conselho. A administração entende que essa é a convicção do tratamento para as distribuidoras. E eu estou bastante aderente a ela [proposta], pessoalmente falando”, completou. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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3 Eletrobras quer solução para indenizações até junho, projeta diretor

Com relação às indenizações relativas a ativos de transmissão anteriores a 2000 e ainda não depreciados, o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Armando Casado, lembrou que a empresa ainda aguarda a definição pelo MME da Fazenda para a forma e as condições de pagamento. A Eletrobras tem pleitos da ordem de R$ 20 bi relativos às indenizações. O executivo admitiu que sua expectativa era que o modelo fosse aprovado até o fim do ano passado, o que não ocorreu. A nova previsão do diretor é que o modelo seja divulgado ainda no primeiro semestre. Casado também contou que a companhia está revendo o orçamento de investimento de todas as empresas do grupo, diante da “situação momentânea” pela qual a estatal passa. Com isso, a empresa vai priorizar a conclusão de projetos já contratados e olhar com cautela sobre a questão de viabilização de recursos para novos empreendimentos. “Vamos ter muito cuidado antes de participar de leilões”, concluiu o executivo. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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4 CTG quer crescer por meio de aquisições

Maior geradora de energia hídrica do mundo, com 60 mil MW em operação - o equivalente a quase metade do sistema elétrico do Brasil -, a China Three Gorges (CTG) tem planos de ampliar sua participação no mercado brasileiro. Em apenas dois anos, com as aquisições das usinas de Jupiá e Ilha Solteira, que eram da Cesp, ela se tornou a segunda maior geradora privada do país, com 6 mil MW, só atrás da Tractebel (7 mil MW). A estratégia da empresa, que tem faturamento anual de US$ 10,2 bilhões, é crescer por meio de aquisições. "Continuamos olhando para oportunidades", disse ao Valor o presidente da CTG Brasil, Li Yinsheng, em sua primeira entrevista no país. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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5 S&P reafirma ratings da Neoenergia, mas coloca perspectiva em negativa

A Standard & Poor's reafirmou os ratings de crédito corporativo 'BB' na escala global e 'brAA-' na escala nacional atribuídos à Neoenergia e às suas subsidiárias, segundo avaliação divulgada na última quarta-feira, 30 de março. A perspectiva, porém, foi colocada em negativa refletindo o rating soberano do Brasil. Na visão da agência de classificação de risco, os ratings da Neoenergia são limitados pelo rating em moeda estrangeira do Brasil. A S&P acredita que, assim como outras concessionárias de serviços de utilidade pública reguladas no Brasil, a Neoenergia está sujeira à intervenção do governo em um cenário de default do governo soberano, "com base no que observamos em outros países da região". A S&P alterou o perfil de crédito individual da Neoenergia de 'bbb-' para 'bb+ por entender que a empresa reportará métricas de crédito mais fracas do que o esperado, “em razão do cenário macroeconômico mais desafiador e de maior dívida para financiar o plano de investimentos da companhia”, assim como a dívida adicional decorrente de garantias proporcionais aos projetos de Belo Monte e Teles Pires. Além disso, as distribuidoras de eletricidade brasileiras são, na visão da agência, vulneráveis à desaceleração econômica, que reduz a demanda por energia elétrica, podendo gerar excedentes de energia e elevar a inadimplência dos clientes finais. A Neoenergia é controladora das distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN). A S&P também reafirmou o rating de curto prazo 'brA-1' na escala nacional da Neoenergia. Ao mesmo tempo, reafirmou os ratings de emissão 'brA+' das subsidiárias NC Energia, Termopernambuco e Itapebi Geração de Energia, "refletindo a garantia irrevogável e irretratável pela controladora das notas emitidas por essas entidades". (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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6 Grupo Energisa tem receita líquida de R$ 1,6 bi no 1º bimestre

Embora a energia vendida para os consumidores cativos tenha reduzido em 3,2%, o Grupo Energia registrou receita líquida de R$ 1,6 bi no primeiro bimestre do ano, crescimento de 4,5% (ou R$ 70,4 mi) em relação a igual período em 2015, informou a companhia em boletim divulgado nesta sexta-feira, 1º de abril. O consumo de energia na área de concessão da companhia - são 13 distribuidoras em nove estados – aumentou 19,8%, alcançando 32.656,1 GWh de energia elétrica total comercializada. Esse resultado, explicou a distribuidora, é fruto da aquisição, em 2014, das empresas que pertenciam ao Grupo Rede. Em uma comparação proforma em que são considerados 12 meses do ano de 2014, o crescimento das vendas do mercado cativo foi de 1,1% em 2015. Este resultado foi conquistado em um momento em que o consumo nacional de energia no país caiu 2,1% no ano. Por sua vez, o segmento residencial cresceu 3,5% no exercício contra uma redução no mercado nacional de 0,7% nesta mesma classe. Entre janeiro e fevereiro, a energia total comercializada pelo grupo somou 5.413,8 GWh, avanço de 0,1% em relação ao ano anterior. Segundo a empresa, esse desempenho decorre fundamentalmente das vendas de energia no mercado livre e de suprimento a outras concessionárias. "A Energisa encerrou o ano de 2015 com desempenho financeiro positivo, mesmo em meio a um cenário de retração da economia brasileira e do consumo de energia elétrica", destacou a companhia. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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7 Distribuidoras investem para decifrar dados de smart grid

Das 67 milhões de unidades consumidoras de baixa tensão atendidas pelas distribuidoras brasileiras apenas 3,5% são acompanhadas por sistemas de telemedição, contra 50 milhões, pelo menos, do mercado norte-americano. Esse contraste, entre outros aspectos, reflete escassez de investimento em tecnologias inteligentes no mercado nacional, mas não faz com que as concessionárias deixem de lado o gigantesco volume de dados acumulado diariamente - não só da parte dos clientes, como também da parte de operação das redes. O tratamento analítico dessas informações, segundo o consultor Cyro Boccuzzi – ex-diretor da AES Eletropaulo – ganhou maior prioridade nas empresas que perseguem maior eficiência e redução de custos de operação, em tempos de regulação mais dura e margens apertadas. Despertou também, em contrapartida, o interesse dos fornecedores pelo desenvolvimento de ferramentas de TI cada vez mais sofisticadas, voltadas para análise e integração de dados. “As distribuidoras em geral perceberam que podem fazer uma série de inferências a partir do que recebem de informações no dia-a-dia, adicionando valor ao negócio e também prevenindo falhas que se desdobram em multas pesadas por parte do regulador”. No processo de modernização do seu centro de operações e principalmente na ampliação da plataforma de coleta e gerenciamento de dados de telemedição, a AES Eletropaulo adquiriu um pacote de ferramentas de TI da General Electric que vai ajudar a fazer frente ao projeto piloto de smart grid que está em fase de implantação no município de Barueri. Do lado nacional de oferta de opções para um mercado crescente e cada vez mais sofisticado, a CAS Tecnologia está começando a oferecer a plataforma analítica Athena às 20 concessionárias de grande porte com as quais já trabalha, de longa data, fornecendo e gerenciando sistemas de telemedição. Segundo a gerente de Produto Cláudia Onoda, a ferramenta, além dar suporte à tomada de decisões no dia-a-dia das companhias, também permite um conhecimento muito mais profundo e qualificado sobre a carga, os equipamentos e comportamento das redes. A CAS Tecnologia tem cerca de 200 clientes, com atuação inclusive na America Latina e Europa, e obteve receita de R$ 53 mi em 2015. É considerada uma das maiores empresas de tecnologia do Brasil. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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8 Neoenergia quer vender suas PCHs

A Neoenergia quer vender suas PCHs e focar sua atuação em distribuição de energia, que atualmente corresponde por 80,5% dos negócios da empresa. O objetivo é aumentar o caixa de 2016, arrecadando algo entre R$ 400 mi e R$ 600 mi com as transações, de acordo com Sandro José Franco, diretor de Relações com Investidores da Neoenergia, em participação em reunião da Apimec, realizada na última quinta-feira (31/3) no Rio de Janeiro. Outra ideia da empresa é destinar parte desses recursos para projetos de distribuição e geração. A Neoenergia prevê investir R$ 3,58 bi nesse ano, valor 7% superior ao registrado em 2015. Desse total, R$ 2,46 bi devem ser investidos nas distribuidoras Coelba (BA), Celpe (PE) e Cosern (RN) — controladas pela Neoenergia. Já os projetos de geração devem receber R$ 806 mi em investimentos. Além disso, segundo Franco, uma das metas da empresa para 2016 é buscar formas de reduzir seu endividamento. Com a venda das PCHs, as atividades de geração de energia da empresa — 11% dos negócios — ficam concentradas em grandes hidrelétricas e nas demais fontes renováveis. Nesse último, a Força Eólica do Brasil, joint-venture da Neoenergia com a espanhola Iberdrola, fica responsável pelos empreendimentos. A Neoenergia é controlada pela Iberdrola, espanhola que também tem direcionado esforços na expansão da geração renovável. A Neoenergia também tem negócios em comercialização de energia, que respondem por 8,3% do total, e transmissão, 0,2%. As PCHs operadas pela empresa são Alto Fêmeas (10,6 MW), Presidente Goulart (8 MW), Sítio Grande (25 MW) — na BA —, Goiandira (27 MW), Nova Aurora (21 MW) — em GO — e Pedra do Garrafão (19 MW) — no RJ. A decisão da empresa aumenta ainda mais o "saldão" de ativos do setor de energia, que inclui ativos da Abengoa, distribuidoras da Eletrobras, térmicas da Petrobras e participações integrais ou parciais em empresas de diversas áreas. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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9 Empréstimo de R$ 1,4 bi destinado à CEA será auditado pelo TCU

O TCU decidiu auditar o empréstimo de R$1,4 bi, firmado entre o governo do Amapá e a Caixa Econômica Federal e destinado ao saneamento da CEA (AP). O objetivo da fiscalização é verificar se os recursos foram devidamente utilizados para atender a finalidade prevista. O pedido de fiscalização foi feito pela Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, da Câmara dos Deputados. A operação financeira é parte do acordo do governo do estado com a Eletrobras para permitir a gestão compartilhada e preparar a distribuidora para uma eventual federalização. O financiamento foi autorizado em lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Amapá no fim de 2012, e a maior parte dele usada na quitação da dívida da empresa com a Eletronorte, que chegava a R$ 1,2 bi. O restante dos recursos seria aplicado em investimentos na rede de distribuição no prazo de três anos. A partir de informações enviadas pela Eletrobras, o TCU afirma que menos de 20% do financiamento - R$ 260,9 mi – que seriam liberados em parcelas pela Caixa, estavam originalmente direcionados a capital de giro e investimentos, “sem que fosse obrigatória a aplicação em investimentos diretos na rede elétrica.” Dos recursos previstos para liberação na 2ª e na 3ª parcelas, apenas R$ 42,5 mi foram efetivamente aplicados em investimentos nas obras de conexão da capital Macapá ao SIN. Haveria ainda uma quarta tranche, para a qual a Eletrobras pleiteia a alteração nas destinações previstas, de forma a permitir a aplicação de mais R$ 33 mi em investimentos. Para aprofundar a análise da operação, o tribunal decidiu realizar inspeção na Caixa Econômica Federal, na Eletrobras, na Aneel e no MME. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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10 Irregularidades em subestação geram multa de R$ 2,9 mi para Furnas

A Aneel negou recurso interposto por Furnas e manteve a multa de R$ 2.945.654,66 aplicada em agosto de 2014 pela prestação de serviços inadequados na SE Bandeirante. O valor da penalidade é correspondente a 0,0574% do faturamento da concessionária entre junho de 2013 e maio de 2014. De acordo com a agência, fiscalização feita em fevereiro de 2012 apontou problemas como atrasos na revisão geral nos disjuntores da SE, vazamento de óleo do transformador, corrosão em equipamentos, isoladores quebrados, além da falta de isolador em cadeia de isoladores e tampas de canaletas quebradas. No recurso, Furnas alegou que os indicadores de disponibilidade demonstrariam a prestação de serviços de operação e manutenção adequados e satisfatórios às condições de regularidade e segurança. Ela disse ainda que o Manual Técnico de Campo dizia que disjuntores de alta tensão poderiam ser submetidos a revisão geral após 24 anos ou 3 mil. Como esses disjuntores eram pouco operados e apresentavam baixa possibilidade de falha e alta disponibilidade sistêmica, não havia sinalização de revisão geral. A Aneel rebateu ressaltando que os argumentos apresentados pela empresa não descaracterizavam a infração, já que a disponibilidade não afastava a necessidade de manutenção das instalações. Quanto as outras infrações, como o derramamento de óleo e os equipamentos deteriorados, tiveram a sua gravidade minimizada por Furnas, o que a agência também não acatou. Já a transmissora Taesa conseguiu reduzir para R$ 2.401.304,96 a multa de R$ 3.060.043,36 aplicada devido ao desligamento da Linha de Transmissão 500 kV Ribeiro Gonçalves – São João do Piauí C1 e C2, em agosto de 2013. Dentre as irregularidades, a Aneel havia detectado atuação incorreta do sistema de proteção, manutenção inadequada na faixa de servidão do circuito da LT, a ausência de corrente alternada na SE Sapeaçu, falha no comando remoto de disjuntor da SE São João do Piauí e falhas nas instalações associadas à interligação Sudeste – Nordeste. A Aneel apenas alterou a dosimetria aplicada pela inadequação na limpeza da faixa de servidão, o que possibilitou a redução da multa. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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11 UHE Santo Antônio completa quatro anos de operação

Localizada no rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia, a Hidrelétrica Santo Antônio completou na última quarta-feira, 30 de março, quatro anos de geração. No momento, a UHE Santo Antônio, possui 38 turbinas em operação comercial, com uma potência instalada de 2.714,72 MW, o que corresponde a 76% da capacidade total, de quando a hidrelétrica estiver pronta com as 50 turbinas em funcionamento. Ao final deste ano, dessas 50 turbinas, seis delas terão sua energia dedicada exclusivamente para Rondônia e Acre, o que atenderá 40% do consumo desses estados. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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12 Santo Antônio Energia vai aportar R$ 1,5 bi na hidrelétrica do rio Madeira

A Santo Antônio Energia ainda prevê o aporte de R$ 1,5 bi para encerrar o empreendimento em construção no rio Madeira. Segundo a empresa, o equacionamento desses recursos já está fechado e envolve desde o saque de um crédito no BNDES a até uma arbitragem que está em andamento por conta de acionistas que não aportaram recursos na geradora. Segundo o CFO e diretor de Relações com Investidores, Luiz Pereira de Araújo Filho, em termos de investimentos são R$ 297 mi para o término efetivo da usina. “Estamos com a equação financeira montada para todos os dispêndios”, resumiu ele. Além dos quase R$ 300 mi, a geradora ainda deve R$ 174 mi ao epecista de uma parcela pendente de efeito das greves e há outros R$ 152 mi que ainda não foram pagos. O primeiro montante devido ao consórcio construtor, relatou o executivo, está atrelado ao processo de arbitragem que está em andamento em função do não aporte de recursos na empresa por acionistas, cujo nome ele não citou. Há ainda calções na ordem de R$ 235 mi. Além disso, a elevação da cota da usina de 70,5 para 71,3 aumentou os custos socioambientais da companhia em R$ 332 mi. Junto a SPE ainda há um valor de R$ 180 mi a ser investido e metade é de diferença de alíquota de ICMS e parcelado em 10 anos em um pagamento relacionado a investimentos. E ainda, uma despesa de R$ 70 mi gerada pela elevação da cota e que deverá ser pago a título de indenização de famílias afetadas. Para esse pagamento, relatou o diretor, a empresa teve um aporte de R$ 390 mi dos acionistas em março desse ano, R$ 174 mi do processo de arbitragem, há outros R$ 270 mi em uma conta reserva adicional e que pode ser substituída por fiança ou seguro garantia que a Santo Antônio Energia está negociando com bancos. Além disso, há um crédito remanescente no BNDES de R$ 79 mi a ser sacado e a empresa trabalha com R$ 560 mi considerados da geração de caixa da companhia. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS reduz projeção de chuvas e carga de energia em abril

O ONS reduziu as projeções de chuvas na área das hidrelétricas do Sudeste e do Nordeste do país em abril para 84% e 28% da média histórica, respectivamente, ante previsões anteriores de 92% e 42% na semana passada. O órgão setorial também baixou a previsão de carga de energia para o mês, e agora espera um crescimento de 2,9% frente a abril de 2015, ante uma expectativa anterior de alta de 3,2%, segundo boletim semanal publicado nesta sexta-feira. (O Globo – 01.04.2016)

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2 Projeção de armazenamento no Sudeste recua para 61,9%, indica ONS

A projeção de vazões na primeira revisão do PMO do mês de abril aponta uma redução da ENA em quase todo o país. A exceção ficou com o submercado Norte que passou de uma ENA de 56% da média de longo termo para 63%. A região mais pressionada continua a ser a Nordeste cuja previsão de encerramento de abril é de apenas 28% da média histórica ante a perspectiva inicial de 42%. No Sudeste/Centro-Oeste o volume recuou de 92% para 84% da MLT e no Sul a variação foi de três pontos porcentuais negativos, para 141% da média. Segundo dados do IPMO, a nova perspectiva de armazenamento ao final do último mês do período úmido segue a mesma curva das afluências com queda em todas as regiões a não ser no Norte. No SE/CO, maior submercado em termos de armazenamento do país a nova previsão é de encerrar abril com 61,9% da capacidade total. Já o indicador esperado para o Sul é de 89,7%, no NE é de 34,9% e no Norte de 71,3%. No PMO inicial do mês, divulgado na semana passada, os índices esperados eram de 63,9%, 92,3%, 37,9% e de 70,4%, respectivamente. Já em termos de carga o ONS revisou para baixo a estimativa inicial em 0,3 ponto porcentual. Agora a previsão é de um crescimento de 2,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 66.556 MW médios. O maior indicador projetado é para o submercado SE/CO, onde se espera demanda 4,7% mais elevada do que em abril de 2015. No NE a estimativa é de aumento de 2,3%, no Norte é de 4,4% e no Sul está a única redução, estimada em 3,2%. O CMO médio subiu em todos os submercados. Continua equacionado à exceção do NE que está em R$ 291,16/MWh sendo que o patamar de carga pesada e média está em R$ 303,49/MWh e a leve em R$ 269,52/MWh.No restante do país o valor para a semana operativa que começa no sábado, 2 de abril, é de R$ 32,83/MWh na média, sendo que na carga pesada está em R$ 34,21/MWh, R$ 33,32 na média e R$ 31,71/MWh para o patamar leve. (Valor Econômico – 01.04.2016)

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3 Reservatórios do Nordeste terminam março com volume de 34,7%

Os reservatórios da região Nordeste terminaram o mês de março com volume de 34,7%, de acordo com dados do ONS referentes ao dia 31 de março. Em 2015, os níveis nessa região eram de 23,52%, o que mostra uma recuperação dos níveis. A energia armazenada é de 17.958 MW mês e a ENA é de 4.969 MW med, que equivale a 33% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está com volume de 33,43%. No submercado Sudeste/ Centro-Oeste, os níveis terminaram o mês com 58,3%. No ano passado, o índice era de 28,54%, o que evidencia a bonança do período úmido na região. A energia armazenada é de 118.228 MW mês e a ENA chegou a 53.925 MW med, o mesmo que 99% da MLT. A usina de Furnas opera com 75,11% da sua capacidade e a de Nova Ponte, com 39,39%. No Norte, o volume em março ficou em 58,4%. A região ficou com volume menor que o do mesmo mês de 2015, que foi de 61,94%. A energia armazenada é de 8.784 MW mês e a ENA é de 9.487 MW mês, o correspondente a 56% da MLT. A usina de Tucuruí está com 80,57%. Na região Sul, os níveis chegaram a 97,6%, bastante acima dos 39,3% registrados em março de 2015. A energia armazenada na região é de 19.478 MW mês e a ENA é de 12.919 MW med, que equivale a 211% da MLT. A usina de Passo Real registra volume de 89,77%. (Valor Econômico – 01.04.2016)

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4 ANA mantém vazão reduzida para bacia do São Francisco

A ANA decidiu manter a vazão mínima defluente de 800 m³ por segundo nos reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE) até o dia 31 de maio. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (31/03), no Diário Oficial da União. Normalmente, a vazão mínima defluente em ambos os reservatórios é de 1.300 m³ por segundo. O nível de defluência mínima de 800 m³/s foi solicitada pelo ONS e está autorizado pela ANA desde de 21 de dezembro de 2015. A bacia do rio São Francisco está passando por uma hidrologia desfavorável, com volume de chuvas e vazões abaixo da média histórica. Com isto, o nível de armazenamento nos reservatórios da bacia está em 34%, segundo o ONS. A redução temporária da vazão mínima defluente nos reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (AL/SE) leva em consideração a importância de Sobradinho, Itaparica (Luiz Gonzaga), Apolônio Sales (Moxotó), Complexo de Paulo Afonso e Xingó para a produção de energia do Sistema Nordeste e para o atendimento dos usos múltiplos da água na bacia. A Chesf, responsável por aplicar a redução temporária da vazão na bacia, deverá publicar as informações técnicas da operação aos usuários da bacia e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) durante o período de vazões defluentes mínimas reduzidas. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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5 Consumo em março cai 0,4%

O consumo nacional de energia elétrica ficou em 61.751 MW médios (MWm) entre 1º e 29 de março, queda de 0,4% na comparação com o mesmo período de 2015. A retração entre os consumidores livres chegou a 3%, para 14.588 MWm, enquanto o mercado cativo teve crescimento de 0,4%, para 47.163 MWm. Entre os segmentos industriais, houve redução nos ramos de extração de minerais metálicos (-11,8%), veículos (-10,4%) e minerais não metálicos (-9,2%). O aumento ficou com os setores de madeira, papel e celulose (9,3%), comércio (6,5%), saneamento (4,9%) e alimentício (3%). A geração de energia também decresceu 0,4% na mesma comparação, para 64.292 MWm. O destaque ficou para a fonte eólica, com crescimento expressivo de 81,4% no período, para 2.752 MWm. A produção térmica ficou em 9.971 MWm, queda de 37,9%. A fonte hidrelétrica, por sua vez, aumentou a produção em 9,8% na comparação, para 51.568 MWm. Os dados foram divulgados pela CCEE na quinta-feira (31/3). A câmara estima que as hidrelétricas integrantes do MRE gerem, até a quinta semana de março, o equivalente a 95,4% de suas garantias físicas ou 50.867 MWm. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 100,5%. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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6 No comércio, consumo de energia pode cair pela primeira vez

O consumo de energia elétrica do setor comercial pode cair pela primeira vez na história, segundo Pedro Machado, sócio-diretor da GV Energy. O comércio brasileiro deve consumir 0,5% menos em 2016, seguindo o movimento de baixa iniciado em 2015, quando o crescimento da demanda passou de 7,3% para 0,6%. “Muitas unidades comerciais e de serviços devem fechar nesse ano, afetando negativamente o consumo de energia”, afirmou Machado. A previsão não é melhor para o setor residencial, cuja demanda por energia deve recuar 1,3% em 2016, de acordo com a GV Energy. No ano passado, o resultado foi de 0,75% negativo. “A demanda industrial é volátil, já os setores comercial e residencial não. Esses são setores que vinham crescendo nos últimos anos e agora têm apresentado resultados ruins”, explicou Machado. No segmento industrial, a piora deve ser menos grave em relação ao volume registrado no ano passado. A estimativa da consultoria é que o consumo recue 3% em 2016, contra 5,3% de 2015. Além disso, a indústria se recupera com mais facilidade, o que não acontece com pequenos consumidores, de acordo com Machado. Já com relação ao volume total, a estimativa da GV Energy, com base em dados da EPE, é que o consumo de energia elétrica do país caia 1,6% nesse ano. A carga deve se aprofundar ainda mais em 2016. “A retração da demanda por energia vai acompanhar o resultado do PIB, que deve ser negativo em cerca de 3,7%”, afirmou. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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7 PLD médio no Nordeste é fixado em R$ 276,82/MWh

O PLD para o período de 2 a 8 de abril, foi fixado em R$ 43,13/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte. Segundo a CCEE, houve aumento de 3% frente ao preço da semana anterior nestes submercados, recalculado após determinação da Aneel. O PLD médio do Nordeste subiu 4% e passou de R$ 265,53/MWh para R$ 276,82/MWh. A expectativa de afluências no SIN para abril foi revista de 81% para 77% da MLT, ficando acima da média apenas no Sul, com 141% da MLT. No Sudeste e Nordeste, as ENAs foram revisadas para 84% e 28% da MLT, respectivamente. Já as afluências na região Norte foram as únicas com registro de elevação, passando de 50% para 63% da média histórica. De acordo com a CCEE, os limites de recebimento de energia do Nordeste continuam sendo atingidos e o preço deste submercado fica diferente dos demais. Já os limites de intercâmbio entre Sudeste, Sul e Norte não são atingidos, o que resulta na equalização dos preços nestes submercados. Os níveis dos reservatórios do sistema ficaram aproximadamente 200 MW médios acima da previsão anterior com incremento de energia no Sul e no Nordeste. Houve redução no Norte, de 600 MW médios, e os níveis no Sudeste não sofreram alterações na comparação com a última semana. A previsão de carga para o SIN na segunda semana de abril está aproximadamente 1000 MW médios mais elevada. A carga esperada para o Sudeste é superior em 840 MW médios e no Sul, em 230 MW médios. No Nordeste, a previsão foi reduzida em 80 MW médios, enquanto no Norte não houve alteração. O fator de ajuste do MRE estimado para abril é de 97,9% e o ESS foi estimado em R$ 206 mi, sendo R$ 197 mi referentes à segurança energética. (Valor Econômico – 01.04.2016)

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Meio Ambiente

1 Altamira enfrenta a ressaca de Belo Monte

Sob um calor que beira os 35 graus nessa época do ano, cerca de10 mil trabalhadores correm contra o tempo para inaugurar, com mais de um ano de atraso, a primeira turbina do projeto de Belo Monte. Se todo esse esforço der certo, no dia 16 de abril a emblemática hidrelétrica produzirá seus primeiros 611 MW de energia. Três dias depois, uma nova turbina, desta vez de 38 MW, também começará a operar. A partir daí, o cronograma prevê a entrada de uma nova máquina a cada dois meses até 2019 – quando a hidrelétrica alcançará sua potência máxima, de 11.233 MW. Mas, conforme a usina avança, a cidade de Altamira-PA, vive uma espécie de ressaca: a economia minguou, a população cresceu, os índices de criminalidade aumentaram e a nova infraestrutura, com hospital e rede de água e esgoto, construída por causa da usina, continua parada. Com 95% das obras de terraplenagem concluídas, a megausina iniciou no ano passado o processo de desmobilização do canteiro de obras. Dos 32 mil trabalhadores contratados até 2014, 22 mil foram demitidos. A nova fase do empreendimento, que envolve mais a montagem das máquinas, atingiu em cheio as empresas da cidade, especialmente as do setor de material de construção – que também sofrem com a crise econômica do País. Com a demanda mais fraca e aumento da concorrência, algumas lojas tradicionais de Altamira já decidiram fechar as portas. A Comercial Valente, do empresário Valdir Narzetti, colocou até o prédio à venda. Na Comacol, loja que tem mais de 30 anos, os funcionários estão cumprindo aviso prévio, diz o proprietário Jucelino Francisco Covre. O setor imobiliário é outro que foi pego no contrapé. Depois de investirem pesado na construção de imóveis para abrigar funcionários das empresas que chegaram para construir a hidrelétrica, as unidades estão vazias. Algumas ainda nem ficaram prontas. O reflexo da baixa demanda foi imediato. O aluguel de uma residência de 3 ou 4 dormitórios, que antes custava R$ 4 mil, hoje não passa de R$ 1,8 mil, segundo dados da imobiliária Consulte Imóvel. Uma casa com piscina, bastante procurada no início da obra, era alugada por R$ 6 mil. Hoje, o proprietário não consegue nem R$ 2 mil por ela. Segundo a imobiliária, a procura por imóveis para alugar caiu 40% no último ano. “A cidade está parada, e ainda nem sentimos todo o impacto das demissões em Belo Monte”, afirma Narzetti, destacando que os ex-funcionários da usina ainda estão gastando a indenização. O presidente da Associação Comercial de Altamira, Milton Elias Fischer, conta que, embora todos soubessem que um dia haveria a desmobilização, o movimento surpreendeu o comércio. (O Estado de São Paulo – 02.04.2016)

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2 Bandeira verde não é sinal para desperdício de energia, diz Instituto Akatu

O Instituto Akatu, voltado para o consumo consciente, avalia que a mudança da bandeira tarifária para o patamar verde não significa um sinal verde para o desperdício de energia. Segundo a entidade, os hábitos de consumo de energia devem ser mantidos, permanentemente, independente da sinalização tarifária em vigor. A nova sinalização de energia, em vigor a partir desta sexta-feira (1°/4), siginifica a não incidência de ônus tarifário, como consequência da recuperação dos reservatórios das hidrelétricas. "Se o consumidor achar que a energia está mais barata, pode voltar a tomar banhos mais longos, esquecer luzes acesas ou ligar mais vezes o ar condicionado, sem necessidade", disse Helio Mattar, diretor presidente da ONG. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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Energias Renováveis

1 Brasil vai apresentar oportunidades em energia solar e eólica em evento nos EUA

Representantes brasileiros dos segmentos de energia solar e eólica e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) irão participar nos dias 4 e 5 de abril do fórum The Future of Energy Global Summit, promovido pela Bloomberg, em Nova York. O objetivo é apresentar as oportunidades de investimentos no Brasil nesses setores. “O Brasil tem um potencial grande para crescer, para atrair indústrias da cadeia produtiva e para no futuro a indústria nacional desses setores poder até exportar a partir daqui”, explica a gerente de Investimento da Apex-Brasil, Maria Luisa Cravo. Também devem participar representantes da EPE, da ABEEólica e da Absolar. Durante um almoço de negócios, a Apex vai apresentar os avanços do mercado brasileiro nos setores de energia solar e eólica a investidores e formadores de opinião.“Nossa expectativa é sair de lá já com alguns atendimentos, com algumas empresas interessadas e provocar uma vinda delas aqui para conhecer in loco as oportunidades, conversar com os players, entender melhor a regulamentação do país”, diz Cravo. O evento deverá reunir cerca de mil participantes, entre indústrias, investidores e lideranças do setor em painéis de debates, seminários informativos e oportunidades de negócios. O Brasil já está na lista de maiores produtores de energia eólica do mundo e a estimativa é de que a capacidade eólica instalada chegue a 24 mil megawatts em 2024. Desse total, 21 mil deverão ser gerados na Região Nordeste. Para o setor de energia solar, o governo federal lançou, no começo deste ano, o ProGD, que prevê o estímulo à geração de energia a partir de placas solares em residências, prédios, condomínios e lojas, que possa ser compartilhada com o sistema das distribuidoras de energia. O governo estima um potencial de investimentos de R$ 100 bi nessas tecnologias e prevê a adesão de 2,7 milhões de unidades consumidoras ao programa até 2030. (Agência Brasil – 03.04.2016)

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2 Pernambuco tem primeiro posto de combustíveis com painéis fotovoltaicos

O estado de Pernambuco tem o primeiro posto de combustíveis a instalar painéis fotovoltaicos do país, segundo a Aneel. O projeto compreende a instalação de sistema de microgeração por meio de painéis fotovoltaicos. A iniciativa é do empresário Fábio Lucena que contou com o apoio governamental do Programa de Incentivo a Energia Solar Fotovoltaica (PE Solar) para a compra e instalação dos equipamentos. Ao todo, foram investidos R$ 300 mil, sendo R$ 285 mil com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e R$ 15 mil de recursos próprios. O prazo para amortização do financiamento é de 96 meses (8 anos), com seis meses de carência. A estimativa é que o projeto gere, em média, 5.740 KW/mês, o que corresponde a 95,7% dos atuais 6.000 KW/mês que a empresa consome. “No projeto, eu iria, durante oito anos, economizar, em média, R$ 4,2 mil reais na conta de energia e pagar uma parcela de financiamento de aproximadamente R$ 3,5 mil. É como se eu tivesse um lucro, ainda no período de financiamento, de R$ 700 reais. Na pratica, entretanto, o equipamento se mostrou ainda mais eficiente e hoje sobra mais energia do que consumimos da rede. Autossuficiência é um diferencial”, acrescenta Lucena. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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3 Tesla lança carro elétrico Model 3 e Brasil pode receber modelo

A fabricante de carros elétricos Tesla anunciou nesta sexta-feira (1°/4) o lançamento do Model 3, aguardado no mercado, e considerado o mais acessível da empresa. O modelo será vendido a um preço de US$ 35 mil dólares e as entregas começam a partir do ano que vem – já é possível reservar unidades para compra na página da companhia na internet. O Model 3 pode concorrer com modelos como Nissan Leaf a Chevrolet Volt. O modelo possui autonomia de milhas por recarga (aproximadamente 340 km), com quatro portas e capaz de fazer de 0 a 60 milhas por hora (96 km/h) em seis segundos, desempenho equivalente a modelos esportivos ou de alto desempenho. Em seu perfil na rede social Twitter, o CEO da Tesla, Elon Musk afirmou que estuda a possibilidade de comercializar o modelo no Brasil, que recentemente reduziu alíquotas de importação. A empresa também pretende vender o modelo para Índia, Cingapura, Irlanda e África do Sul, entre outros. Para reservar um modelo, o comprador precisa fazer um depósito de US$ 1 mil para a Tesla. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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4 São Paulo inaugura eletroposto atendido por energia solar

Um eletroposto inaugurado na capital paulista permite que os motoristas possam recarregar seus modelos elétricos ou híbridos sem custo algum. A novidade, neste caso, está no fato de que o local é abastecido por energia solar. O posto inaugurado no bairro do Paraíso é o segundo instalado na cidade e é resultado de uma parceria entre a Neosolar Energia, a AZ Energy e a Schneider Eletric. O equipamento da Neosolar permite que dois carros possam ser reabastecidos ao mesmo tempo e a duração da recarga é de 90 minutos. O próprio motorista pode fazer a recarga. O equipamento avisa quando o reabastecimento estiver concluído. (Agência Brasil Energia – 01.04.2016)

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Grandes Consumidores

1 Vale pode vender fatia na CSA por US$ 1 para ThyssenKrupp, diz agência

A Vale está finalizando uma proposta para sair da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria que mantém com a alemã ThyssenKrupp, sob termos que vão de encontro à estratégia da mineradora de se desfazer de ativos não rentáveis. Segundo fontes da Reuters, a mineradora brasileira venderia 26,87% de sua fatia na CSA para a companhia estrangeira por apenas US$ 1 mais o acolhimento de algumas dívidas. Sob o esboço do plano, que ainda precisa ser aprovado pelo Conselho da Vale, a companhia assumiria 10% do contingente de passivos da CSA, que tem capacidade de produção de 5 milhões de toneladas ao ano. A usina, que custou quase US$ 10 bi para ser construída, registrou dívida total de € 2,6 bi no fim do ano fiscal de 2015. Em 12 meses até setembro, a CSA perdeu quase € 400 mi, segundo dados da companhia. A ThyssenKrupp está ciente da proposta em formação, e as negociações com a Vale estão “em estágios finais”, disse uma segunda fonte. As duas companhias se negaram a comentar o assunto. O CEO da Vale, Murilo Ferreira, afirmou em fevereiro que uma venda de cerca de US$ 10 bi em ativos estaria sob análise para ajudar a reduzir a dívida da companhia. As fontes afirmaram que os direitos exclusivos da Vale de fornecimento de minério de ferro e pastilhas à usina seria mantido. A Vale também quer o chamado “tail period” (“período de seguro”), no qual um sócio tem direito ao pagamento em caso de venda ou alienação de ativos em uma companhia, por dez anos, indicou uma das fontes. A saída planejada da Vale seria o mais recente sinal de que a CSA se tornou uma obrigação tanto para a mineradora quanto para a ThyseenKrupp, que tem tentado nos últimos anos, sem êxito, vender a parceria. A CSA, considerada um exemplo para a indústria siderúrgica do país, viu os custos de produção saltarem em meio à inflação alta, volatilidade cambial e instabilidade política no país que intensificou a recessão no Brasil. (O Globo – 01.04.2016)

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2 Sócio da Usiminas quer dividir siderúrgica e reativar Cubatão

O empenho com que o grupo italiano Techint — dono da Ternium — tem se engajado na briga com os sócios japoneses da Nippon Steel pelo controle da Usiminas vai além do desejo de comandar uma das maiores siderúrgicas brasileiras. A Usiminas é a principal fornecedora nacional de chapas de aço para outra empresa do conglomerado, a Tenaris, maior fabricante de tubos de aço no mundo e que adquiriu a brasileira Confab em 1993. Assegurar o fornecimento de matéria-prima a preços competitivos é um ponto relevante na estratégia do grupo. Essa é uma das razões, segundo fontes, que explicam por que os italianos estariam dispostos a dividir a Usiminas em duas e ficar com a unidade de Cubatão, na Baixada Santista. As conversas para uma possível divisão de ativos já duram cerca de um ano e vêm amadurecendo nas últimas semanas nos corredores da Ternium. A empresa resultante da partilha já teria até nome: Ternium Cubatão. Caso a divisão de fato ocorra, a Ternium poderia religar os dois altos-fornos de Cubatão no período de um ano, segundo fontes a par das discussões. A Usiminas tem duas unidades produtoras de aço: Ipatinga (MG) e Cubatão. Comprar Cubatão também faria sentido na estratégia global do grupo, porque seria uma forma de manter sua presença no Brasil, país que considera fundamental para sua consolidação na América Latina. A Ternium também está presente em México, Argentina, Colômbia, países da América Central e Estados Unidos. A ítalo-argentina Ternium entrou na Usiminas em 2012, ao comprar as fatias de Camargo Corrêa e Votorantim. Hoje, a empresa tem 27,66% das ações ordinárias da empresa e divide o bloco de controle com a Nippon Steel (com 29,45%) e a Previdência Usiminas (6,75%). Pagou R$ 3 bi pelas ações. No balanço financeiro de 2015 da Techint, a fatia na siderúrgica brasileira é avaliada em US$ 276 mi. Para estancar as perdas com os ativos, os sócios italianos buscam uma solução rápida. (O Globo – 01.04.2016)

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Economia Brasileira

1 Previsão para taxa de juro ao fim de 2016 cai para 13,75%, traz Focus

Depois de não alterar a projeção para o juro básico da economia em 2016 por oito semanas consecutivas, os economistas de mercado reduziram a aposta em 0,50 ponto percentual. Esse movimento ocorre justo no momento em que o BC reforça a mensagem de que não deve cortar o juro tão cedo por causa dos riscos de aumento da inflação. No relatório Focus divulgado hoje, a mediana das estimativas para a Selic ao fim deste ano saiu de 14,25% para 13,75%. Para o fim de 2017, permaneceu em 12,50%. Entre os analistas Top 5, aqueles que mais acertam as previsões, a mediana das projeções passou de 14,25% para 13,25%. Esse grupo também reduziu a expectativa para a Selic ao fim do próximo ano, de 12% para 11,75%. Essa esperada queda de juro pode responder à revisão para o dólar no fim de 2016, que saiu de R$ 4,15 para R$ 4. Um real mais apreciado tende a dar alívio para a inflação. No Focus de hoje, a projeção para o IPCA caiu, pela quarta vez seguida, indo de uma alta de 7,31% para 7,28%. Essas revisões ocorreram ao mesmo tempo que o BC divulgou o Relatório de Inflação do primeiro trimestre, na quinta-feira passada. Nele, a autoridade diz textualmente que não há espaço no momento para baixar os juros. Nas projeções do BC, a inflação segue acima da meta, embora a taxas abaixo das previstas pelo mercado. Para 2016, o BC prevê IPCA de 6,6% (contra 6,2% antes). O risco de estourar o teto neste ano foi calculado em 55%. Para alguns analistas, a elevação da estimativa do BC para o avanço do IPCA e a mensagem de que o juro não será reduzido ocorreram justamente porque as expectativas de mercado para a inflação seguem deterioradas. A previsão para o IPCA em 12 meses, por exemplo, só há pouco deixou de estar acima do teto da meta. No Focus de hoje, ficou estacionada em 6,48%. PIB Pela 11ª vez consecutiva, os analistas consultados pelo BC reduziram a estimativa para o desempenho do PIB brasileiro, desta vez de queda de 3,66% para contração de 3,73% neste ano. No caso de 2017, a projeção foi revista pela terceira vez, de expansão de 0,35% para 0,30%. O relatório Focus mostrou ainda a projeção de um recuo de 5,80% na produção da indústria neste ano, dado revisado de uma queda de 4,40% esperada anteriormente para o mesmo período. Para o próximo calendário, quando se espera certa recuperação, a estimativa saiu de crescimento de 0,85% para elevação de 0,69%. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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2 Preocupado com desemprego e renda, consumidor fica mais pessimista

Preocupado com o desemprego e as finanças da família, o brasileiro ficou mais pessimista em março, de acordo com o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), da CNI. O índice recuou 1,1% em março ante fevereiro e caiu 2,4% ante março de 2015, para 97,6 pontos. Esse nível está 11% abaixo da média histórica do Inec. Faz um ano que o Inec oscila entre 96 e 99 pontos, observa a CNI. A queda do índice deve-se, principalmente, pela maior preocupação do consumidor com o mercado de trabalho. O índice de expectativa de desemprego caiu 6,1% na comparação mensal, embora tenha ficado praticamente estável (+0,1%) na comparação com março de 2015. O índice de expectativa com relação a própria renda também mostra maior pessimismo: queda de 2,8% na comparação mensal e de 1,8% na anual. Já o índice de situação financeira registra recuo de 2,9%, o que denota que o consumidor percebe piora em suas finanças. Ante 2005, o recuo é ainda maior, de 4,3%. De positivo, destaca--se o índice de endividamento, com crescimento de 2,2% ante fevereiro e de 1,7% ante março do ano passado. A expectativa de inflação também melhorou, com ligeira alta de 0,4% ante fevereiro e de 5,2% na comparação anual. O Inec é elaborado pela CNI a partir de pesquisa de opinião pública de abrangência nacional conduzida pelo Ibope Inteligência junto a 2.002 pessoas. (Valor Econômico – 01.04.2016)

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3 FGV: Inflação abranda no fim de março em todas as capitais analisadas

O IPC-S desacelerou nas sete capitais que compõem o indicador na passagem da terceira para a medição final de março, de acordo com a FGV. A menor taxa foi registrada em Salvador, onde o IPC-S saiu de alta de 0,37% para 0,15% no período. Em seguida, apareceram Brasília (0,40% para 0,23%), Recife (0,59% para 0,34%), Belo Horizonte (0,63% para 0,45%), Rio de Janeiro (0,50% para 0,49%), São Paulo (0,77% para 0,64%) e Porto Alegre (0,75% para 0,70%). Na média das sete capitais, o IPC-S foi de alta de 0,61% para elevação de 0,50% da terceira para a quarta quadrissemana de março. (Valor Econômico – 04.04.2016)

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4 Inflação pelo IPC-S desacelera a 0,50% no fim de março

A inflação medida pelo IPC-S desacelerou na última quadrissemana de março, para 0,50%. Na terceira quadrissemana, o indicador marcou alta de 0,61% e, no fechamento de fevereiro, alta de 0,76%. A queda da tarifa de energia elétrica, passagens aéreas e dos preços de alguns alimentos ajudou a reduzir a taxa do período. Com o resultado, o IPC-S acumula alta de 3,07% no ano e 9,37% nos últimos 12 meses. Na quarta quadrissemana, sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram taxas menores quando comparadas à quadrissemana anterior. A maior contribuição partiu do grupo transportes (0,64% para 0,43%), influenciado pelo etanol, que saiu de alta de 3,44% para 2,18%. Despesas Diversas (1,88% para 1,02%), alimentação (1,20% para 1,15%), habitação (-0,07% para -0,15%), saúde e cuidados pessoais (0,71% para 0,64%), comunicação (0,98% para 0,70%) e vestuário (0,36% para 0,32%) também desaceleraram por conta de cigarros (3,97% para 2,12%), bares e restaurantes (0,78% para 0,53%), tarifa de eletricidade residencial (-3,26% para -3,41%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para 0,41%), tarifa de telefone móvel (1,79% para 1,52%) e calçados femininos (-0,71% para -0,96%), respectivamente. Apenas o grupo educação, leitura e recreação (0,14% para 0,19%) subiu por causa de passeios e férias, que passou de -2,10% para -1,62%. O IPC-S apura a inflação em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília. (Valor Econômico – 01.04.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h02, a moeda americana estava a R$ 3,5695, alta de 0,23%. Na sexta-feira, o dólar comercial caiu 1,03% fechando a R$ 3,5613. Com isso a moeda americana encerra a semana em queda de 3,21%, acumulando perda de 9,98% no ano. (Valor Econômico – 04.04.2016 e 01.04.2016)

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Internacional

1 Uruguai: empresas têm interesse em construir hidrelétrica de US$ 220 mi

Consórcio integrado pela construtora Cobra de España, a promotora Edefox e Ficus Capital, ratificou ao governo uruguaio e às intendências de Soriano e Río Negro seu interesse em construir uma central hidrelétrica com um custo de US$ 220 milhões. Edefox, promotor inicial do projeto, fez um acordo em 2013 com UTE e as prefeituras para construir e operar uma central de 70 MW. Para viabilizar o projeto, UTE garantirá a compra da energia produzida durante os 50 anos e ofereceu às intendências a propriedade ou os lucros, transcorridos os primeiros 20 anos de geração, estimados para o reembolso do investimento previsto. (El País – Uruguai – 01.04.2016)

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2 Portugal: Consumo de eletricidade aumenta 4,8% em março

O consumo de eletricidade registrou um crescimento de 4,8% em março, em relação ao mesmo mês de 2015, impulsionado pelas temperaturas abaixo da média, segundo dados da REN (Redes Energéticas Nacionais). No final do primeiro trimestre, o consumo registra agora uma queda de 0,8%. No 1º trimestre, a produção renovável abasteceu 72% do consumo e exportação, repartindo-se pelas hidráulicas com 40%, eólicas 28%, a biomassa, 4% e fotovoltaicas, 1%. As fontes não renováveis abasteceram 28%, repartidas pelo carvão com 16% e pelo gás natural com 12%. (Correio da Manhã – Portugal – 01.04.2016)

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3 EUA e China decidem assinar acordo climático de Paris

EUA e China fizeram um anúncio conjunto anunciando que irão assinar o Acordo de Paris, que visa reduzir as emissões dos gases do efeito estufa em 22 de abril, conhecido como dia da Terra. Tom Kiernam, CEO da Associação Americana de Energia Eólica (AWEA), reagiu com o seguinte pronunciamento: “Este histórico acontecimento mostra que os Estados Unidos estão no mercado para mudanças climáticas que funciona. Energia eólica é a forma mais rápida, barata e eficiente na qual os EUA podem reduzir a poluição via carbono. Desenvolvendo mais energia eólica, poderemos cortar um décimo do consumo de carvão da nação até 2030 e manter mais dinheiro no bolso dos consumidores americanos”. (EV Wind – Espanha – 01.04.2016)

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4 SunEdison se prepara para pedir recuperação judicial, diz 'WSJ'

A SunEdison, empresa americana do setor de energias renováveis, está se preparando para entrar com pedido de recuperação judicial e negocia empréstimos com dois grupos de credores para seguir durante o processo, reportou o jornal The Wall Street Journal na sexta-feira, citando fontes não identificadas próximas ao assunto. Os credores vão provavelmente tomar o controle da companhia, cujo valor de mercado era de US$ 10 bi em julho antes das ações despencarem, e dos projetos energéticos, disse o jornal. Enquanto a SunEdison realiza reuniões com os credores para negociar crédito, a competição pelo acordo entre os emprestadores atrasam o processo, segundo o "WSJ". De um lado, estão bancos liderados pelo Deutsche Bank; do outro, um grupo de credores, principalmente fundos hedge focados em empresas em dificuldades, que participaram em uma emissão de dívida em janeiro que arrecadou cerca de US$ 725 mi, segundo o jornal. As ações da companhia caíram 45% nas negociações pós-mercado, depois da reportagem. A capitalização de mercado da SunEdison é de cerca de US$ 150 mi, segundo dados da Bloomberg. A empresa tinha uma dívida de longo prazo de cerca de US$ 7,9 bi em setembro, segundo informações financeiras mais recentes. Uma solicitação de recuperação judicial seria problemático para as empresas TerraForm Power e TerraForm Global, que gerenciam ativos da SunEdison, além de vender energia a serviços públicos em contratos de longo prazo. As duas estão em posição financeira muito mais segura do que SunEdison, mas dependem da companhia para certos serviços, disse o "WSJ". As empresas não pretendem pedir proteção contra falência, mas suas participações respondem por boa parte do valor da SunEdison, segundo a reportagem. Nos últimos meses, licitantes fizeram sondagens sobre a possibilidade de comprar a fatia da SunEdison nas unidades da TerraForm, de acordo com fontes. (O Globo – 02.04.2016)

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5 Vestas volta a liderar ranking de maiores produtores de turbinas eólicas

Um levantamento da consultoria Make indicou que a dinamarquesa Vestas ultrapassou a chinesa Goldwind que fecharam 2015 como as duas maiores fabricantes de turbinas no mundo, respectivamente. O desempenho da primeira foi atribuído a sua estratégia diversificada de vendas no mundo, enquanto a segunda tem seu mercado concentrado na China. Nas sete primeiras posições estão cinco fabricantes ocidentais de turbinas que alcançaram essa posição devido ao desempenho em diversos mercados mundiais, assim como a Vestas, além de projetos offshore. Essas companhias atuaram em cerca de 20 mercados, em média, no ano passado. Esse número é bem superior ao reportado pelas chinesas que ficaram em apenas dois. Somente a líder de mercado atuou em 35 mercados e a alemã Siemens contabilizou 51% da demanda mundial de parques offshore no ano passado. O ranking da consultoria em 2015 apresentou quase sete pontos de diferença entre as cinco maiores fabricantes globais de turbinas eólicas. No ano passado a diferença estava em apenas três pontos porcentuais. A Vestas alcançou o maior crescimento anual do mercado com aumento de 2,4 p.p., mas a média de avanço ficou em 0,1 p.p. o que, segundo a Make, demonstra o nível de competitividade dessa atividade. Em 2014 a Vestas havia caído para o terceiro lugar do ranking. Os 35 mercados alcançados em 2015 representa 13 a mais que qualquer outro fabricante elevando as vendas a 7,6 GW apenas no mercado onshore. Já a Goldwind ficou em segundo lugar devido ao mercado chinês. Sua concorrente mais próxima no país é a United Power que ficou em sexto lugar. A diferença ente as duas ficou em mais de 3 GW. O volume de capacidade instalada da Goldwind aumentou em mais de 2,2 GW quando comparada a 2014. O destaque da Make no mercado brasileiro vem da GE que impulsionou sua presença nacional com a aquisição da divisão da Alstom. A norte americana ainda mantém domínio no mercado dos Estados Unidos e na América Latina e no ano ficou em terceiro lugar. Já a alemã Siemens, que figura na quarta posição alcançou esse lugar em função da sua atuação no mercado offshore, se não fosse assim, ficaria em oitavo lugar. Figuram ainda no top 10 da make, a Gamesa em quinto, Enercon em sétimo, seguida pela Envision em oitavo, Mingyang em nono lugar e a Senvision fechando o ranking da consultoria. (Agência CanalEnergia – 01.04.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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