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IFE: nº 4.060 - 29 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Cálculo do valor da energia elétrica entra na pauta
2 Aneel define parcelamento do débito referente ao risco hidrológico
3 Geradores térmicos concordam em parcelar dívidas do GSF em até seis vezes
4 Sobrecontratação foi causada por regulamentação e economia fraca, diz Abradee
5 Saída para sobrecontratação não pode afetar consumidores, afirma FIESP
6 Aneel nega à ESBR pedidos sobre repactuação do GSF
7 Sem ganhos de produtividade, transmissoras não terão redução de receita de O&M
8 Liquidação do MCSD tem 100% de adimplência em fevereiro

Empresas
1 Credores aprovam congelamento de dívidas da Abengoa
2 Renova Energia tem prejuízo de R$ 303 mi no 4º tri de 2015
3 Balanço da Duke Energy
4 Fundo Cambuhy pode assumir fatia de até 25% da Eneva
5 Eneva: venda ao Fundo Cambuhy é operação para tentar retomar o crescimento
6 Eneva: atividades distintas e complementares dentro da mesma companhia
7 Eletrobras contrata Credit Suisse para vender ativos de subsidiária
8 State Grid tem prejuízo de R$ 1 bi em 2015

9 RGE inaugura estação avançada em município gaúcho

10 Energisa Mato Grosso investirá quase R$ 700 mi em 2016

11 Indústria de bens de geração contam com encomendas de leilões passados

12 Eletrosul promove leilão para compra de energia

13 In Forma tem novo gerente comercial para as regiões Sul e Sudeste

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE revisa estimativa do fator de ajuste do MRE médio para 91,7%
3 Expectativas da energia natural afluente para 2016

4 Ministro de Minas e Energia descarta risco de falta de energia nos jogos olímpicos

5 Maior consumidor de energia do Amazonas migra para o mercado livre

6 Retrofit da iluminação cortaria consumo de energia pela metade

Gás e Termelétricas
1 Eneva assume a PGN e entra em óleo e gás

Grandes Consumidores
1 Ações da Sabesp atingem maior valor em 2016
2 Minério mantém queda
3 Em crise, setor siderúrgico deve fechar 11.300 vagas neste semestre
4 CSN fecha 2015 com lucro líquido de R$ 1,616 bi

Economia Brasileira
1 BNDES tem queda de 29,7% no lucro em 2015
2 Custos Industriais subiram 8,1% ano passado

3 Balança tem saldo de US$ 3,6 bi
4 Governo acredita em volta do superávit em 2017
5 Confiança do comércio diminui em março, aponta FGV
6 Inflação pelo IPC-Fipe fica em 0,92% na terceira prévia de março
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Chile: Plantas solares e eólicas em construção triplicam enquanto hidrelétricas crescem menos
2 Colômbia: País alcança recorde de poupança de energia
3 Bolívia: Sinohydro busca liderar megaprojetos futuros no país
4 Espanha: Iberdrola fecha sua maior central elétrica no mundo


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Cálculo do valor da energia elétrica entra na pauta

A Câmara dos deputados pautou, com alta probabilidade de virar lei, quatros propostas já aprovadas pelos senadores e que tiveram regime de urgência aprovado pelos deputados. Uma das iniciativas, parte das discussões sobre o pacto federativo, altera a forma de cálculo do valor da energia elétrica produzida em usinas, para fins de repartição do ICMS. O projeto compensa os municípios que sediam usinas hidrelétricas e que perderam receita com a queda do preço da energia devido as mudanças no setor elétrico em 2013. A proposta, diz o autor, senador Fernando Bezerra (PSB¬PE), não alterará o valor pago pelos consumidores. O projeto também contém outras pautas não relacionadas ao setor. O texto, já votado pelos deputados, também vai à sanção se aprovado. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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2 Aneel define parcelamento do débito referente ao risco hidrológico

A Aneel aprovou hoje (29/3) durante reunião pública da diretoria as diretrizes a serem observadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para operacionalizar a Liquidação Financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP), relacionada aos débitos acumulados pelos agentes no MCP antes da repactuação do risco hidrológico. Com a decisão da Agência, a cobrança dos débitos será realizada em até seis liquidações, a partir da liquidação de janeiro de 2016, com obrigação de pagamento mínimo de um sexto do valor total do débito apurado, utilizando-se eventuais créditos no MCP detidos pelos agentes devedores com o objetivo de acelerar a amortização da dívida. Foi determinado adicionalmente a atualização do saldo devedor remanescente, no período desde a liquidação de janeiro de 2016 até o pagamento integral do débito, utilizando-se a taxa de juros de 1% ao mês, pro rata-die, e com correção pelo IGP-M. A CCEE deverá considerar o pagamento da obrigação mínima na apuração da inadimplência da liquidação em que esse pagamento estiver inserido, aplicando-se as penalidades administrativas correspondentes. (Aneel – 29.03.2016)

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3 Geradores térmicos concordam em parcelar dívidas do GSF em até seis vezes

Os geradores termelétricos aceitaram parcelar em até seis vezes os débitos referentes ao déficit de geração das usinas hidrelétricas em 2015, que somam em torno de R$ 1,8 bi. A proposta, que a Aneel deve votar nesta terça-feira, 28 de março, prevê a atualização da dívida pela Selic, da data original de cobrança até a inclusão na liquidação de janeiro; com a aplicação de juros de 1% ao mês pro rata die (proporcional à data do pagamento) e a atualização monetária pelo IGP-M de cada parcela paga. Para o presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho, a solução “não é a ideal, mas é satisfatória.” O executivo lembrou que a Abraget tem trabalhado sempre no sentido de colaborar com uma solução negociada para o problema da exposição dos geradores hidrelétricos no mercado de curto prazo, em razão do risco hidrológico. Os geradores tem outros créditos menores a receber, que não entraram na negociação atual, por não terem relação com o risco hidrológico, mas terão que ser discutidos posteriormente. “Não acho que o problema desse montante acumulado do GSF seja um problema de custo das hidrelétricas”, afirmou Xisto. Ele lembrou que o sistema foi levado a uma situação extrema com PLD a R$ 822/MWh e foi necessário mudar a regulação para que o teto do PLD fosse adequado. O parcelamento das dívidas foi apresentado à Aneel pela CCEE, que coordenou as discussões da proposta com os agentes de mercado. A CCEE sugeriu a correção pelo IGP-M, mas a área técnica da Aneel recomendou em nota técnica que fosse aplicada a atualização do saldo devedor pela taxa básica de juros, para que houvesse coerência com decisão anterior da agência de autorizar em setembro a postergação do aporte de garantias e da liquidação dos meses de julho e agosto de 2015. O parcelamento foi defendido também pela Apine, que sugeriu a divisão em até seis meses, e pela Abragel. Ambas as entidades solicitaram à agência que considerasse a possibilidade de extensão do benefício a todos os agentes, independentemente de terem repactuado o risco hidrológico. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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4 Sobrecontratação foi causada por regulamentação e economia fraca, diz Abradee

A sobrecontratação de energia verificada por diversas distribuidoras não foi resultado de um "risco de mercado ordinário", ou seja, algo previsível por elas, e sim por efeitos colaterais da regulamentação em vigor, somada à redução da atividade econômica, na avaliação da Abradee, associação das distribuidoras. A entidade apresentou contribuição à audiência pública da Aneel para debater os níveis de contratação de energia pelas distribuidoras por meio de acordos bilaterais. A proposta da Aneel consiste em uma nova regra que permite acordos entre distribuidoras e geradoras para livre negociação de prazos e quantidades de energia. A reguladora quer abrir espaço para mecanismos como a suspensão temporária do período de suprimento, a redução temporária ou permanente da energia contratada, ou a rescisão contratual, entre outros pontos. Além disso, a Aneel propôs que impactos negativos para os consumidores sejam ressarcidos pelas distribuidoras. Do mesmo modo, os bônus terão que ser compartilhados com os consumidores. A Abradee quer evitar que situações conjunturais e estruturais tenham o mesmo tratamento. A CCEE estima que a sobrecontratação prevista para este ano está em 110,9%, ou 5 mil MW médios, caindo para 108,3% para o ano que vem, sem considerar a reposição que ocorre via leilão A-1, ainda por acontecer. Já a Abradee estima que este ano as distribuidoras tenham sobrecontratação de 107,1%, ou 3 mil MW médios. (Agência Brasil Energia – 28.03.2016)

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5 Saída para sobrecontratação não pode afetar consumidores, afirma FIESP

A solução para a sobrecontratação de energia não pode prejudicar o consumidor em caso de eventuais mudanças em regras em estudo pela Aneel, afirmou a Fiesp. A entidade disse que não quer a repetição da solução apresentada para o déficit hídrico, que trouxe riscos para consumidores, antes inexistentes. A Fiesp presentou contribuição à audiência pública da Aneel para debater os níveis de contratação de energia pelas distribuidoras por meio de acordos bilaterais, encerrada na semana passada. Para a entidade, a sobrecontratação foi motivada pela alta nas tarifas e pela crise econômica e que concorda com a posição da Aneel de se abrir espaços para aperfeiçoar a regulação a fim de permitir que as distribuidoras tenham mais instrumentos de gestão dos seus contratos. No entanto, a Fiesp afirmou em contribuição que na saída para a GSF, os consumidores passaram a arcar com um risco que não eram da responsabilidade do segmento, de acordo com a regulação da ocasião. A saída foi proposta pela Aneel por que as regras do setor estabelecem que as distribuidoras estejam contratadas para atendimento de 100% do mercado, com possibilidade de repassar até 5% de energia extra comprada. A proposta da Aneel consiste em uma nova regra que permite acordos entre distribuidoras e geradoras para livre negociação de prazos e quantidades de energia. A reguladora quer abrir espaço para mecanismos como a suspensão temporária do período de suprimento, a redução temporária ou permanente da energia contratada, ou a rescisão contratual, entre outros pontos. Além disso, a Aneel propôs que impactos negativos para os consumidores sejam ressarcidos pelas distribuidoras. Do mesmo modo, os bônus terão que ser compartilhados com os consumidores. (Agência Brasil Energia – 28.03.2016)

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6 Aneel nega à ESBR pedidos sobre repactuação do GSF

A Aneel - segundo despacho do Diário Oficial da União de 28 de março - negou à ESBR pedidos relacionados a repactuação do risco hidrológico. A empresa, responsável pela hidrelétrica Jirau (RO- 3750 MW), sugeria, entre outros pleitos, que a Aneel permitisse a modificação de montantes de energia pactuados, assim como a classe do produto escolhida, em decorrência do resultado das ações de excludente de responsabilidade. A geradora também pedia que a Aneel considerasse no contrato do A-3/2011 o montante de 115,54 MW médios ao invés de 209,3 MW médios. Ela ainda exigia que, durante o período de análise do presente recurso, a Aneel suspendesse a necessidade de pagamento de prêmio de risco imediato, assim como o prazo para retirada das ações judiciais em curso. A agência reguladora, porém, não identificou ilegalidade ou vício no processo que autorizou a repactuação do risco hidrológico de 2015. A Aneel argumenta que a avalição "observou estritamente o disposto na norma que rege o assunto". Vale lembrar que a retirada das ações judiciais pelos agentes geradores é imprescindível para a continuidade do funcionamento do mercado de energia, que nas últimas liquidações tem apresentado inadimplência recorde. A Aneel reforçou que a concordância com o termo de repactuação do risco hidrológico não era obrigatória. “Trata-se de um instrumento contratual em que o titular da outorga da usina hidrelétrica participante do MRE, por sua livre iniciativa, opta pela repactuação do risco hidrológico", destacou a Aneel. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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7 Sem ganhos de produtividade, transmissoras não terão redução de receita de O&M

A atualização dos ganhos de produtividade do setor de transmissão será nulo, segundo decisão da Aneel. Estudo feito pela Aneel para a atualização dos ganhos dos empreendimentos licitados e com contratos assinados a partir de 2008 concluiu que não deve haver redução na parcela da receita das transmissoras relativa a operação e manutenção, porque não existem evidências de evolução técnica da atividade de 2009 a 2014. Os contratos de concessão das transmissoras com instalações licitadas prevê a revisão dos custos de operação dos empreendimentos, para permitir o compartilhamento de eventuais ganhos de eficiência anual com os consumidores, na revisão tarifária periódica. Os indicadores de produtividade devem ser atualizados a cada cinco anos. A proposta de revisão dos índices foi posta em audiência pública pela agência em dezembro do ano passado. Pela regra atual, “o único ganho passível de ser repassado ao consumidor é a evolução tecnológica”, o que, segundo a Aneel, não foi constatado no período analisado. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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8 Liquidação do MCSD tem 100% de adimplência em fevereiro

A CCEE concluiu a liquidação financeira dos termos de cessão dos contratos regulados decorrentes do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits relativa ao mês de fevereiro de 2016. A operação envolveu R$ 122.499.266,17 e contou com 100% de adimplência; 50 agentes de distribuição participaram da liquidação, sendo 35 devedores e 15 credores. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)


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Empresas

1 Credores aprovam congelamento de dívidas da Abengoa

A holding espanhola de energia Abengoa anunciou nesta segunda-feira que 75% dos seus credores aprovaram o congelamento de dívidas (standstill) da companhia. Segundo a empresa, que está em recuperação judicial, o acordo é uma das exigências dos credores para aprovação do plano de reestruturação. Segundo a empresa, eram necessárias 60% de aprovação dos credores para a execução do congelamento de dívidas. O contrato de standstill vai permitir que a Abengoa “exerça determinados direitos relacionados à resolução e ao vencimento antecipado de financiamentos”, diz o comunicado. O acordo também permite à empresa alcançar 75% de adesão necessária para chegar ao plano final de reestruturação. A companhia informou também que irá arquivar os documentos que estendem o plano às afiliadas nos Estados Unidos e nos outros países onde opera. O plano de reestruturação e recapitalização completa da Abengoa ainda compreende um aporte entre € 1,5 bi e € 1,8 bi por um prazo máximo de cinco anos. Os financiadores desse aporte teriam direito a 55% do capital social da Abengoa. A dívida antiga da companhia seria renegociada por 70% do seu valor nominal, que daria aos credores o direito de subscrever 35% de participação no processo de capitalização. Após o fim da execução do plano, os atuais sócios da Abengoa teriam direito a 5% do capital social. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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2 Renova Energia tem prejuízo de R$ 303 mi no 4º tri de 2015

A Renova Energia (companhia brasileira de geração de energia elétrica renovável com atuação em matrizes eólica, pequenas centrais hidrelétricas e solar) registrou prejuízo líquido de R$ 303 mi no quarto trimestre de 2015, resultado 13 vezes maior que o prejuízo líquido de R$ 23,2 mi no mesmo trimestre de 2014, segundo demonstração de resultados divulgada pela companhia na noite desta segunda--feira. Para o ano todo de 2015, a empresa teve lucro líquido de R$ 118,1 mi, ante prejuízo líquido de R$ 35,7 mi em 2014, segundo os dados divulgados no site da CVM. A receita líquida da empresa no quarto trimestre de 2015 foi de R$ 86 mi, em queda de 33,8% ante os R$ 129,9 mi no quarto trimestre de 2014. O valor para o ano todo de 2015 foi de R$ 409,8 mi, em alta de 35,3% sobre um ano antes. O lucro operacional da companhia ficou em R$ 10,4 mi no quarto trimestre de 2015, em queda de 85,4% sobre o resultado de R$ 71,6 mi um ano antes. O resultado para o ano todo de 2015 foi de R$ 196,4 mi, em alta de 21,4 ante 2014. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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3 Balanço da Duke Energy

A geradora de energia elétrica Duke Energy Geração Paranapanema registrou lucro líquido de R$ 182,6 mi em 2015, queda de 36% ante 2014. "O principal fator que contribuiu para esse resultado foi o cenário hidrológico, que permaneceu desfavorável no exercício de 2015", informa a empresa. A receita líquida ficou estável em 2015, a R$ 1,22 bi. O Ebitda, no entanto, recuou 8%, para R$ 647,7 mi. Além do contexto hidrológico, a companhia cita fatores macroeconômico e políticos como influências no seu pior desempenho no ano passado. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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4 Fundo Cambuhy pode assumir fatia de até 25% da Eneva

O fundo de investimentos Cambuhy, que tem entre seus sócios a família Moreira Salles, pode assumir fatia de até aproximadamente 25% do capital da geradora Eneva (antiga MPX), com o acordo entre as partes divulgado ontem e que prevê um aumento de capital na empresa de energia. Caso os demais acionistas da Eneva não subscrevam as ações, a Cambuhy pode se tornar o segundo maior acionista da elétrica, atrás apenas do banco BTG Pactual, que detém 49,57% e pode ter sua participação reduzida para cerca de 34%, se não acompanhar o aumento de capital. Fechado na última semana, após mais de dois meses de negociações, o acordo foi firmado pela Cambuhy, Eneva e OGX Petróleo e Gás. Ele prevê aumento de capital na Eneva, de cerca de R$ 1,15 bi, em que Cambuhy e OGX contribuirão com suas respectivas participações na Parnaíba Gás Natural (PGN) em favor da geradora. Como contrapartida, Cambuhy e OGX se tornarão acionistas da Eneva, que, por sua vez, terá 100% de participação na PGN. Hoje, a geradora possui 27,25% da PGN, empresa de exploração e produção de óleo e gás e fornecedora de combustível para as térmicas da Eneva. "Pode ter algum investidor [da Eneva] que decida se movimentar também [no aumento de capital]. Mas o grande aumento de capital é a contribuição dos ativos de OGX e Cambuhy em PGN na Eneva. Esse é o desenho da transação", afirmou o presidente da Eneva, José Aurélio Drummond. Segundo ele, o acordo também vai reduzir o nível de endividamento da Eneva. Considerando os números de 2015 e a operação, a relação dívida líquida/Ebitda da Eneva passa de cerca de 7 vezes para perto de 5,5 vezes. "Como a PGN é uma empresa menos alavancada, ela contribuirá positivamente para a desalavancagem da companhia [Eneva]", disse o executivo. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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5 Eneva: venda ao Fundo Cambuhy é operação para tentar retomar o crescimento

A operação com o fundo de investimentos Cambuhy também faz parte do plano da Eneva de retomar a trajetória de crescimento. A geradora de energia fechou 2015 com lucro líquido de R$ 142,6 mi, o primeiro lucro anual da história da empresa - revertendo prejuízo de R$ 1,5 bi em 2014. A companhia também fechou o ano passado com R$ 247 mi em caixa. Com relação ao aumento de capital, o preço de emissão das ações é de R$ 0,15 por ação. O valor deve ser proporcionalmente ajustado em decorrência do grupamento de ações a ser deliberado pela assembleia geral extraordinária da Eneva, convocada para 7 de abril. Segundo fato relevante divulgado ontem pela Eneva, uma vez implementada a transação, "serão encerrados definitivamente os litígios judiciais e arbitrais envolvendo interesses da Eneva e/ou de suas subsidiárias, de um lado, e da PGN, de outro". No ano passado, a OGX havia entrado com ação na Justiça para suspender os efeitos de uma emissão de debêntures da PGN. Segundo Drummond, a expectativa é que o acordo, que não envolverá movimentação financeira, seja concluído no terceiro trimestre deste ano. A operação está sujeita ao atendimento de condições suspensivas estabelecidas entre as partes e à aprovação de órgãos competentes como o Cade e a 4ª Vara Empresarial (RJ)- visto que tanto Eneva quanto OGX estão em recuperação judicial. Após a obtenção dessas aprovações, a realização do aumento de capital será submetida à aprovação de assembleia geral de acionistas da Eneva, ainda sem data marcada. Ao fim da operação, a Eneva continuará sendo uma sociedade sem controlador específico. Além do BTG, atualmente os acionistas relevantes da elétrica são a energética alemã E.ON (12,25%), o Itaú Unibanco (11,65%) e o Ice Canyon (6,8%). Juntos, os demais acionistas possuem 19,73%. Se não acompanharem o aumento de capital, Itaú e E.ON terão suas participações reduzidas para cerca de 8% cada. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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6 Eneva: atividades distintas e complementares dentro da mesma companhia

"Essa transação [com o fundo de investimentos Cambuhy] permite termos duas atividades distintas e complementares dentro da mesma companhia. É óbvio que temos integração muito grande por causa do fornecimento de gás para nossas termelétricas, mas esse é um pedaço pequeno dos potenciais que essa companhia passa a ter quando a gente olha as oportunidades de exploração e produção [E&P] de óleo e gás e de geração de energia", explicou o presidente da Eneva, José Aurélio Drummond. "Juntos temos um modelo único de gas-to-wire [geração de energia na cabeça do poço]. É uma vantagem competitiva que existe dentro do novo [acordo]. Essa é uma alavanca de crescimento, o que não impede de crescer em alavancas distintas de E&P e geração", afirmou o presidente da PGN, Pedro Zinner. "No entendimento da OGX, os ganhos em sinergias entre Eneva e PGN agregam valor ao seu portfólio de ativos, garantindo, ainda, maior liquidez aos mesmos, visto que a Eneva é empresa de capital aberto e com ações negociadas na BM&FBovespa", informou a Óleo e Gás Participações (OGPar), dona da OGX Petróleo e Gás, em fato relevante sobre o acordo. Com a operação, a OGX deverá ficar com fatia próxima a 6% no capital da Eneva. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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7 Eletrobras contrata Credit Suisse para vender ativos de subsidiária

A estatal Eletrobras contratou o banco Credit Suisse para prestar consultoria em um plano para a venda de ativos de sua subsidiária Eletrosul, que incluem linhas de transmissão de energia e usinas eólicas, afirmaram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto. Segundo as fontes, que falaram sob a condição de anonimato, a companhia espera levantar cerca de R$ 2 bi com a venda total ou parcial dos ativos. A Eletrosul possui cerca de 1.000 MW em usinas eólicas próprias no RS, além de 400 MW junto a parceiros. Os ativos à venda incluiriam parte dessas usinas e um lote de linhas de transmissão que a companhia arrematou em leilão, mas ainda não tiveram obras iniciadas. O objetivo da transação é melhorar o caixa da empresa e dar fôlego para outros projetos prioritários, afirmou uma das fontes. Procurados, o Credit Suisse, a Eletrobras e a Eletrosul não comentaram o assunto. Às 13:01, as ações preferenciais da Eletrobras operavam em alta de 1,9%, enquanto as ordinárias caíam 0,7%. O Ibovespa subia 1,99%. A tarefa, no entanto, pode não ser simples em momento de crise no país e queda na demanda de energia, combinada ainda a uma ampla gama de ativos à venda no setor elétrico do Brasil, especialmente em geração. Esses desafios podem levar a companhia a trabalhar com a possibilidade de parte dos desinvestimentos não ocorrer neste ano, admitiu a fonte. "A ideia é vender parte dos parques (eólicos) e parte da linha da transmissão que ainda não foi feita", disse a fonte. Com a venda de parte da concessão na linha de transmissão, a Eletrosul quer levantar R$ 1,5 bi, enquanto o restante viria das eólicas. Como a linha é bastante longa, cortando o Sul do país, a concessão poderia até ser dividida em lotes menores, visando facilitar a negociação, segundo a fonte. "É preciso fazer (a venda), bancos já foram consultados, até para a Eletrosul ter fôlego para fazer outros investimentos em geração e transmissão", disse a fonte. Mas, diante das condições do mercado, não há urgência nas negociações. "Tem que ver do ponto de visto político e econômico, o mercado não está receptivo nesse momento. Será feito sem pressa e não será de qualquer forma." A fonte afirmou que, com isso, parte das vendas poderia ser feita neste ano e o restante no ano que vem. (O Globo – 28.03.2016)

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8 State Grid tem prejuízo de R$ 1 bi em 2015

A State Grid teve prejuízo de R$ 1,063 bi em 2015, ante resultado positivo de R$ 80,3 mi em 2014. A receita operacional líquida da companhia ficou em R$ 1,1 bi, crescimento de 32,8% na mesma base de comparação. O Ebitda foi de R$ 746,4 mi, 29,2% inferior ao do ano anterior. Em relatório consolidado, divulgado nesta segunda-feira (28/3), a empresa atribuiu parte do resultado negativo à elevação das despesas financeiras, devido à alta do dólar. A holding e mais sete controladas possuem 100% dos empréstimos contratados na moeda. “Com a valorização da moeda americana houve aumento do endividamento e consequentemente essas empresas registraram prejuízo basicamente em função da valorização do dólar”, reforçou a companhia. Entre elas, estão a Expansion Transmissora de Energia Elétrica (ETEE), Expansion Transmissora Itumbira Marimbondo (ETIM) e Itumbira Transmissora de Energia (ITE). O grupo possui ainda controle de 100% em outras 13 transmissoras e controla em conjunto, com participação de 51%, mais cinco empresas. Em 2015, o resultado consolidado apontou também aumento de 27,7% no total de extensão de linhas em investimentos no país. Foram 12,6 mil km, contra 9,8 mil km no ano anterior. O grupo aumentou também o número de subestações próprias de 17 em 2014 para as atuais 23. (Agência Brasil Energia – 28.03.2016)

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9 RGE inaugura estação avançada em município gaúcho

A RGE inaugurou na última quinta-feira, 24 de março, as instalações da Estação Avançada (EA) de São Luiz Gonzaga. O novo espaço será a base das equipes de campo que realizam as operações em quatro cidades da região. Para a obra da nova EA São Luiz Gonzaga, que será um centro operacional para os atendimentos de rotina do município e também de Dezesseis de Novembro, Rolador e São Nicolau, foram investidos R$ 480 mil e tal projeto atenderá diretamente uma população total de 46,2 mil habitantes. A EA está localizada na Rua Borges do Canto, 297, no bairro Maria Auxiliadora. Segundo o presidente da RGE, Roberto Sartori, a nova EA será um ótimo ganho para população, que terá ainda mais agilidade e qualidade no atendimento. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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10 Energisa Mato Grosso investirá quase R$ 700 mi em 2016

A Energisa anunciou que investirá este ano R$ 697,6 mi em MT, incremento de 41% em relação a 2015, período em que a empresa investiu R$ 494 mi em todo o estado. Os aportes terão como foco a expansão de linhas e de redes e a melhoria da qualidade do fornecimento de energia para atender ao crescimento das áreas agrícolas. Serão construídas três novas subestações e quase 14 mil km em linhas de alta, média e baixa tensão em 2016. Para atender à demanda do estado, a empresa planeja realizar mais de 106 mil novas ligações. Segundo a Energisa, áreas como o Norte Araguaia e as regiões de Rondonópolis e Sinop receberão aportes relevantes de recursos, dando mais segurança aos produtores rurais e aos grandes grupos empresariais que atuam na região. As novas subestações serão construídas em Cuiabá, Jangada e Tapurah. O Norte Araguaia receberá investimentos que chegarão a quase R$ 124 mi ao longo de 2016. Um dos principais é a duplicação de 154 km da linha de alta tensão (138 KV) que atende à região, no trecho que vai de Barra do Garças a Nova Xavantina. Outra obra de grande importância é a instalação de um compensador síncrono na subestação de Confresa. O compensador é um equipamento de 200t que serve para regular dinamicamente os níveis de tensão da linha. Ele é necessário em função das características especiais da carga da região. As obras para instalação do compensador síncrono (já em processo de fabricação) têm um custo aproximado de R$ 50 mi. A região do Nortão receberá investimentos da ordem de R$ 135 mi e, na região Sul, serão R$ 59 mi em investimentos. A Energisa concluiu recentemente em Rondonópolis uma obra iniciada em 2015, com a ampliação da capacidade da principal subestação do município, após a instalação de um novo transformador e a construção de quatro linhas urbanas de média tensão. Somente nessa obra, o investimento adicional foi de R$ 7,5 mi. Apesar do cenário de retração da economia brasileira e do consumo de energia elétrica, a energia total comercializada no estado passou de 7.941 GWh, em 2014, para 8.037,6 GWh em 2015, crescimento de 1,2%. O número de consumidores atendidos pela Energia Mato Grosso chegou a 1,297 milhão de unidades em 2016, abrangendo todos os 3,2 milhões de habitantes do estado. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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11 Indústria de bens de geração contam com encomendas de leilões passados

Os negócios das empresas fabricantes de bens de geração continuaram contando com as encomendas decorrentes de leilões passados. No primeiro semestre deste ano, estão marcados leilões de geração e transmissão. O governo remarcou o leilão A-5, que estava agendado para 31 de março, para o dia 29 de abril. Este leilão prevê entrega de energia elétrica a partir de 2021. A mudança foi feita por causa das novas datas do leilão de transmissão a ser realizado pela Aneel, que terá a primeira etapa no dia 13 de abril. Segundo o MME, as instalações de transmissão a serem leiloadas, com prazo de entrada em operação comercial até 2021, são importantes para a conexão de potenciais empreendimentos de geração vencedores no leilão A-5. A data do leilão já tinha sido alterada anteriormente, a pedido dos interessados. No caso da distribuição, a expectativa é favorável devido à melhoria do fluxo de caixa das distribuidoras determinado pelos reajustes das tarifas de energia elétrica. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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12 Eletrosul promove leilão para compra de energia

A Eletrosul realiza na próxima terça-feira, 29 de março, leilão para compra de energia elétrica convencional e incentivada, para fornecimento no mês de março de 2016. O leilão será realizado às 11h, e terá como compradoras as empresas eólicas Hermenegildo I, II e III e Chuí IX. A entrega da documentação de inscrição poderá ser realizada até às 18h desta segunda-feira, 28. A simulação no sistema de leilão digital ocorrerá no mesmo dia do leilão, às 9h30min, e será exclusiva para os participantes inscritos.O edital SPE CP-002/2016 e toda a documentação referente ao certame estão disponíveis no site da companhia (www.eletrosul.gov.br). (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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13 In Forma tem novo gerente comercial para as regiões Sul e Sudeste

Após ter passado por empresas como a Eletropaulo, Schneider Eletric, ABB, Huber Suhner, Leandro Rodrigues de Souza assume o cargo de gerente comercial da In Forma. O executivo ficará sediado em São Paulo, mas as regiões Sul e Sudeste também serão de sua responsabilidade, fazendo com que a In Forma fique mais perto desses clientes. A In Forma também contará com Souza para atuar na expansão do uso do EquipMaint no setor de energia elétrica e buscar novos mercados, principalmente nos segmentos de água e gás e infraestrutura de transportes (rodoviário e aeroportuário). Para ele, a empresa vive um momento muito especial, e para contribuir com isso, ele deseja poder sedimentar a atuação da mesma em outras áreas do Brasil. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste chegaram a 57,7% no último domingo, 27 de março, com alta de 0,3% em comparação com o dia anterior. Durante o feriado da Semana Santa, a elevação ficou em 1,1% em relação aos níveis registrados na quarta-feira, 23. A energia armazenada no dia atingiu 117 mil MW mês. A energia afluente armazenável está em 77% da média de longo termo. A hidrelétrica de Furnas trabalha com 73,6% da capacidade e Nova Ponte, com 38,68%. Na região Nordeste, os níveis de armazenamento subiram 0,3% sobre o dia anterior para 34,3%. Desde quarta-feira passada, a alta chegou a 0,4%. A energia armazenada no dia alcançou 17.772 MW mês. A ENA armazenável está acumulada em 32% da MLT. A usina de Sobradinho opera com 33,11% da capacidade. Os reservatórios da região Sul registraram 98,1% de capacidade no último domingo, com alta de 0,4% sobre o dia anterior. No feriado, a alta alcançou 2,1%. A energia armazenada ficou em 19.571 MW mês. A energia afluente armazenável está em 166% da média histórica. A hidrelétrica G.B.Munhoz opera com 98,89% da capacidade. Na região Norte, os reservatórios chegaram a 57% da capacidade, com alta de 1% sobre o último sábado, 26. No acumulado do feriadão, os níveis de armazenamento na região cresceram 3% sobre o registrado na última quarta-feira, 23. A energia armazenada no dia ficou em 8.568 MW mês. A ENA armazenável está em 54% da média. A usina de Tucuruí está com 78,25% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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2 CCEE revisa estimativa do fator de ajuste do MRE médio para 91,7%

A CCEE revisou para baixo o nível médio do fator de ajuste do MRE para o ano de 2016. O indicador de 92,2% previsto no mês passado para 91,7% da garantia física sazonalizada, já considerando a modulação de carga nos finais de semana. Assim como apontado em março, não há previsão de geração de energia secundária até o final de dezembro, sendo que o volume de produção mais próximo da GF sazonalizada no ano deverá ser registrada justamente em abril quando o fator de ajuste deverá ficar em 97,5%. Contudo, a projeção do MRE para fins de repactuação de risco hidrológico, cuja alocação da GF é flat ao longo do ano, apresentou energia secundária em março. Foi reportado um fator de 100,5%, mas a tendência é de que a curva volte a ficar abaixo dos 100% até o final de dezembro. A projeção de ESS para este ano apresentou nova queda ante o estimado pela CCEE no InfoPLD do mês de março. Caiu de R$ 2,120 bilhões para R$ 1,947 bilhão, sendo que o valor mais expressivo deverá se verificar ainda este mês com R$ 199 milhões. Em maio a estimativa é de apenas R$ 1 milhão. Os montantes mais elevados até maio de 2017 deverão ser verificados entre novembro de 2016 e janeiro de 2017, na casa de R$ 50 milhões. Por sua vez, até outubro deste ano e fevereiro e março de 2017 esses valores ficam em cerca de R$ 20 milhões. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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3 Expectativas da energia natural afluente para 2016

Em termos de energia natural afluente, a expectativa é de se registrar volumes entre 102% e 83% da média de longo termo no decorrer dos próximos 14 meses, de acordo com o cenário base. Ao se considerar apenas a pior série histórica de vazões a ENA no SIN recuaria nos próximos meses, ficando entre 76% em abril a até 52% em novembro. A partir desse período haveria uma disparada nos volumes apurados, ficando acima da média histórica a partir de janeiro de 2017 até o final desse horizonte que é maio do ano que vem. Com isso, a perspectiva de armazenamento máximo, considerando o despacho térmico de CVU até R$ 211/MWh e usinas por ordem de mérito a partir de maio, aponta para uma acumulação de 36% ao final de novembro deste ano. Daqui a um ano esse nível poderá chegar a 69% no SIN e com tendência de aumento até maio de 2017 para 74%. O cenário base para a projeção do PLD no SE/CO em 2016 é de R$ 50,52/MWh, já para o ano seguinte o valor recua a R$ 31,43/MWh. Está projetada uma elevação entre os meses de julho a dezembro. Em janeiro de 2017 a estimativa é de que o PLD retorne ao patamar próximo ao piso, cenário que se mantém até maio, já considerando o PLD regulatório do ano que vem em R$ 529,51/MWh como máximo e o mínimo mantido a R$ 30,25/MWh. Esse mesmo comportamento ainda deverá ser verificado para o Sul do país. No Norte a média do PLD difere levemente em 2016 com R$ 52,64/MWh mas em 2017 o valor é o mesmo, e a curva de preços segue a mesma tendência das outras duas regiões. Já no Nordeste é que temos os valores mais elevados. A projeção para abril está em R$ 285/MWh com tendência de recuo até alcançar o patamar de R$ 80/MWh a partir de julho, variando até R$ 56/MWh em dezembro deste ano. Já para 2017 o PLD apresenta uma projeção de elevação para um volume de até R$ 253/MWh em março sendo que em maio apresenta uma projeção de R$ 79/MWh. Com isso a média do PLD para este ano é de R$ 152,58/MWh e de 2017 está em R$ 195,94/MWh. (Agência CanalEnergia – 28.03.2016)

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4 Ministro de Minas e Energia descarta risco de falta de energia nos jogos olímpicos

O fornecimento de energia elétrica para os Jogos Olímpicos está garantido e “não é motivo de nenhuma preocupação para o Ministério de Minas e Energia”, afirmou o secretário executivo da pasta, Luiz Eduardo Barata. Após visita à Subestação Olímpica, que fornece energia elétrica ao Parque Olímpico na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, o secretário garantiu que estarão contratados para a ocasião os geradores temporários para suprir eventual queda de energia durante a competição, de 5 a 21 de agosto deste ano. O governo federal vai arcar com os geradores temporários na região da Barra da Tijuca, a um custo de R$ 290 mi, e o COI, com os da região de Deodoro, informou o secretário. O custo dos geradores na região de Deodoro não foi divulgado. A implantação da energia temporária está a cargo da Light. A contratação de geradores para o Parque Olímpico seria repartida originalmente entre os governos federal e estadual. O Ministério do Esporte arcaria com R$ 290 mi e o governo do Rio insentaria dívida da Light de R$ 170 mi, referente ao recolhimento do ICMS. Entretanto, a Assembleia Legislativa do Rio não votou o benefício fiscal de cerca de R$ 85 mi. A subestação, com recursos de R$ 152 mi do MME, foi construída por meio da Sociedade de Propósito Específico Energia Olímpica, composta pela concessionária de energia Light (51%) e por Furnas (49%), é responsável pela operação do sistema interligado e a Light, pelo suprimento das instalações. Barata citou o programa diferenciado de operação durante as competições, com atenção especial e regime diferenciado de todas as entidades e instituições que operam o sistema. Ele adiantou que estão sendo treinados operadores para atuar em todas as instalações da Light desassistidas e nas ruas próximas dos locais dos Jogos. (Agência Brasil – 28.03.2016)

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5 Maior consumidor de energia do Amazonas migra para o mercado livre

A maior consumidora de energia do Amazonas, a Manaus Ambiental, optou por migrar para o mercado livre. O processo de adesão da companhia será conduzido pela comercializadora Ecom Energia. A concessionária de tratamento e distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto da capital amazonense tem 130 pontos de consumo de energia, dos quais 65 serão consumidores no mercado livre. A migração da Manaus Ambiental marca também a inauguração do escirtório da Ecom em Manaus-AM. A comercializadora está de olho em clientes industriais da região Norte, que foi recentemente integrada ao SIN. “Após a interligação, a indústria teve um reajuste médio na tarifa de 42.55% e o consumidor residencial de 38%, tornando o custo de energia muito alto. Diante disso, o mercado livre foi despontando como uma opção altamente atraente para as empresas da região”, analisa Paulo Toledo, sócio-diretor da empresa. A avaliação da Ecom é que o mercado na região é promissor para a gestão de contratos de energia. “As empresas que migrarem para o mercado livre, nesse ano, terão o benefício médio na redução do custo de energia entre 40 e 50% e, para 2017, entre 20 e 40%, dependendo do perfil de consumo”, projeta Toledo. (Agência Brasil Energia – 28.03.2016)

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6 Retrofit da iluminação cortaria consumo de energia pela metade

A Abesco estima que um retrofit de todo o sistema de iluminação pública do país pode significar uma economia de 10 mil GWh, o equivalente à demanda de cinco estados da região Norte, o que corresponde à metade do que é consumido pelo segmento. No retrofit, o principal componente é a lâmpada LED. Segundo a entidade que representa as empresas de serviços de conservação e eficiência energética, a demanda da iluminação pública atualmente é de 20 mil GWh, ou 4% do consumo nacional. Caso fosse feita a mudança nas redes, especialmente na troca de lâmpadas de sódio e mercúrio ainda utilizadas, a economia seria capaz de atender os estados do Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Amapá. (Agência Brasil Energia – 28.03.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Eneva assume a PGN e entra em óleo e gás

A Eneva deixará de ser apenas uma geradora de energia elétrica para se transformar em uma empresa de exploração e produção de petróleo e gás. O acordo entre os sócios da Parnaíba Gás Natural (PGN) - a OGX e o fundo de investimento Cambuhy, que tem entre seus sócios a família Moreira Salles - e a Eneva vai encerrar a disputa judicial entre as companhias. As duas pertenciam a Eike Batista. Fechado na semana passada, o acordo prevê aumento de capital da Eneva, de R$ 1,15 bi, em que Cambuhy e OGX contribuirão com suas respectivas participações na PGN. Como contrapartida, Cambuhy e OGX se tornarão acionistas da Eneva, que terá 100% do capital da PGN. A Eneva passa a ter duas operações distintas: geração de energia e exploração de petróleo e gás. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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Grandes Consumidores

1 Ações da Sabesp atingem maior valor em 2016

As ações da Sabesp, negociadas na Bovespa, atingiram cotação máxima do ano, de R$ 23,75, ontem, primeiro pregão após divulgar o balanço do quarto trimestre, na madrugada de sexta--feira. No ano, o papel acumula alta de 26%. Além de resultados melhores que o esperado, a divulgação do balanço foi acompanhada do plano de investimentos para os próximos cinco anos e do anúncio de que quer encerrar o programa de contingência iniciado durante a crise. A decisão de solicitar à Arsesp, o cancelamento, a partir de maio, do programa de contingência, que prevê concessão de bônus ou cobrança extra a partir do desempenho de consumo de água de cada cliente, gerou repercussões divergentes em relatórios de bancos. Os analistas do BTG avaliam a decisão como positiva, uma vez que, em 2015, o programa sozinho foi responsável por retirar R$ 426,4 mi do Ebitda da empresa - foram concedidos R$ 926,1 mi em bônus e coletados R$ 499,7 mi em multas. Já o UBS pondera que as mudanças recentes feitas na política de concessão de bônus - condicionando a obtenção do desconto a uma maior economia de água - deveriam resultar, ao longo deste ano, em uma entrada maior de dinheiro proveniente da cobrança de multa, comparativamente ao montante de saída por desconto. A Sabesp reportou lucro líquido de R$ 461 mi, multiplicando em mais de 14 vezes o resultado do mesmo período de 2014 e batendo expectativas de analistas. A receita líquida somou R$ 3,22 bi no trimestre, crescimento de 13,3%, e o Ebitda ajustado subiu 91,9%, para R$ 957,2 mi. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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2 Minério mantém queda

Os preços do minério de ferro entraram em seu quinto dia consecutivo de queda ontem, após um repique no início do mês levar a cotação acima de US$ 63. A cotação do produto com concentração de 62% de ferro recuou 1,1% no porto chinês de Qingdao, para US$ 55,76 a tonelada, segundo levantamento da "Metal Bulletin". A média no mês foi a US$ 56,42, ainda assim forte alta de 19,8% em relação a fevereiro. No acumulado de 2016, a commodity sobe 28%. Analistas ainda apostam no excesso de oferta no mercado transoceânico no longo prazo. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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3 Em crise, setor siderúrgico deve fechar 11.300 vagas neste semestre

No primeiro semestre deste ano, 11.332 vagas serão fechadas na indústria siderúrgica, segundo estimativas divulgadas nesta segunda-feira pelo Instituto Aço Brasil (IABr), que reúne as principais empresas do setor. O número representa um acréscimo de 15% em relação às previsões de dois meses atrás e dá o ritmo de quão rapidamente a crise vem se agravando no setor. Na conta estão incluídas as demissões feitas pela Usiminas, de cerca de 1.800 funcionários, e da CSN, de aproximadamente 900 pessoas. Entre 2014 e 2015, outras 29.740 pessoas já haviam perdido o emprego e 2.296 tiveram seu contrato de trabalho suspenso (lay off). Além das demissões, cerca de 9 mil postos de trabalho deixaram de ser abertos devido a investimentos engavetados. Entre 2014 e 2015, US$ 2,9 bilhões em projetos deixaram de sair do papel, segundo levantamento do instituto. As dispensas refletem a queda nas vendas e na produção. Já há quatro altos-fornos parados — três deles da Usiminas — e, no próximo mês, a Vallourec desligará mais um, em Barreiro (Minas Gerais). Ao todo, são 16 no país. “É a pior crise da história da siderurgia brasileira. É pior que a crise de 2008, porque a recuperação será mais lenta. Não há perspectiva de retomada do consumo interno em 2016 nem em 2017” disse Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executido do IABr. A previsão para 2016 é que o consumo caia 8,8% ante 2015, para 19,4 milhões de toneladas, voltando ao patamar de 2006. Essa volta ao passado se acentuou a partir de 2014, quando os principais segmentos que consomem aço no Brasil já davam sinais de recuo na demanda. A indústria de bens de capital, automotiva e de construção civil respondem por 80% do consumo. A produção deve cair 1% este ano, para 32,9 milhões de toneladas, o menor nível desde 2010. (O Globo – 28.03.2016)

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4 CSN fecha 2015 com lucro líquido de R$ 1,616 bi

A CSN encerrou o ano passado com um lucro líquido de R$ 1,616 bi. Desta forma, reverteu o prejuízo líquido de R$ 112 mi registrado em 2014. No quarto trimestre, a empresa teve um lucro líquido de R$ 2,37 bi devido a ganhos registrados pela combinação de negócios de mineração, ante resultado líquido de R$ 66,99 mi um ano antes. A CSN teve geração de caixa medida pelo Ebitda ajustado de R$ 686 mi nos três meses encerrados em dezembro, queda de 20% sobre o terceiro trimestre. A CSN é uma das grandes empresas do setor siderúrgico que diminuiu o volume de investimentos em 2015. Em dezembro do ano passado, a empresa informou que reduziu a quantidade de aportes em 41% no período, ante 2014. Este ano, o total investido chegará a R$ 1,3 bi, conforme informado na época. A CSN vem adotando medidas para lidar com o cenário adverso para o setor. Em dezembro, a companhia tinha informado que avaliava ações para reduzir a produção de aço em 2016, diante do mercado interno em retração e medidas de proteção comercial nos EUA. A empresa demitiu em janeiro 700 funcionários ligados à operação do alto-forno 2 da usina de Volta Redonda, segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. A companhia anunciou a paralisação do equipamento por 90 dias. A instalação pode produzir cerca de 1,8 milhão de toneladas por ano, ou 30% da capacidade de produção de toda a unidade. No fim do mesmo mês, a direção do Sindicato Metabase Inconfidentes afirmou que a empresa planejava demitir cerca de 950 funcionários próprios na divisão de mineração em Congonhas-MG, além de reduzir em 35% os custos com terceirizados. (O Globo – 29.03.2016)

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Economia Brasileira

1 BNDES tem queda de 29,7% no lucro em 2015

O BNDES lucrou R$ 6,19 bi em 2015, queda de 29,7% em relação ao ano anterior. O banco, principal financiador de projetos do setor de energia, informou que o resultado do Sistema BNDES com participações societárias foi determinante na redução, devido à “forte depreciação do mercado de capitais”. O resultado com participações societárias foi negativo em R$ 5,4 bi ante valor positivo de R$ 2,8 bi na mesma comparação. O investimento na Petrobras foi o principal responsável pela queda. “Além do não pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio em 2015, ante uma contribuição de R$ 1,842 bi em 2014, a queda da cotação das ações da empresa levou o BNDES a registrar perdas por impairment no montante de R$ 7,35 bi (R$ 4,49 bi líquido de efeitos tributários) em 2015”, afirmou o órgão, em nota desta segunda-feira (28/3). Desconsiderado o efeito, o lucro do banco seria de R$ 10,6 bi, o mais elevado de sua história. O patrimônio líquido do Sistema BNDES totalizou R$ 31 bi, estável na base anual. Em 2015, o retorno das operações representou 92% dos recursos desembolsados no ano. O impairment no valor das ações da Petrobras também impactou o resultado da BNDESPar. A gestora teve prejuízo de R$ 7,6 bi em 2015, frente o lucro de R$ 2,9 bi no ano anterior. O ativo total ficou em R$ 67,3 bi, 12,8% inferior aos R$ 77,2 bi anteriores, como reflexo da redução da carteira de participações societárias. A carteira totalizou R$ 46,3 bilhões, redução 17,3%. O patrimônio líquido da BNDESPar somou R$ 61,4 bi no ano, queda de 7,1% na comparação anual. A gestora investe por meio da compra de ações, subscrição de debêntures e de fundos de venture capital e private equity em empreendimentos diversos, com destaque para projetos do setor elétrico. A BNDESPar possui, direta ou indiretamente, participação no capital social ou votante em empresas como Eletrobras, Copel, Renova e Brasiliana. (Agência Brasil Energia – 28.03.2016)

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2 Custos Industriais subiram 8,1% ano passado

O crescimento médio dos custos industriais chegou a 8,1% no ano passado, a segunda maior alta anual da série iniciada em 2006, informou hoje (28) a CNI. O indicador foi puxado pelo custo de produção, formado por gastos com pessoal, energia e bens intermediários, que subiu 10,6%, e pelo custo com capital de giro, que aumentou 16,3%. Os custo com tributos caíram, em média, 2,2%. Segundo a pesquisa, em 2015, houve mudança na tendência de estabilidade no aumento dos custos que, desde 2011, variavam anualmente, em média, entre 4,5% e 5,5%. Além disso, houve mais influência dos custos com bens intermediários importados e com energia na alta do indicador. A elevação do custo com bens intermediários importados deve-se à desvalorização do real em 2015 – a moeda caiu 42% frente aos valores de 2014. Já o aumento do custo com energia foi puxado pela alta de 51,1% no valor da energia elétrica devido ao acionamento das termoelétricas, mais caras do que as fontes hidrelétricas. O crescimento de 16,3% do custo com capital ocorreu pela alta na taxa de juros, que passou de uma média de 11%, em 2014, para 13,5% em 2015. Devido à crise econômica, a indústria não repassou para os preços dos produtos todo o aumento de custos, o que reduziu a lucratividade do setor. O crescimento do preço dos bens industriais ficou em 7% no ano passado. Segundo a CNI, a desvalorização do real frente ao dólar contribui para a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, já que, em média, os bens importados tiveram alta de 30,5%. Especialmente para os produtos norte-americanos o aumento dos preços foi ainda maior, de 34,4%. (Estadão – 28.03.2016)

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3 Balança tem saldo de US$ 3,6 bi

A balança comercial registrou superávit de US$ 1,277 bi na quarta semana de março. No período, as exportações somaram US$ 3,572 bi e as importações totalizaram US$ 2,295 bi. Com o resultado da semana passada, a balança em março alcançou superávit de US$ 3,982 bi. No ano, o saldo chega a US$ 7,946 bi. Apesar do superávit no mês, a média diária de exportações nas quatro primeiras semanas de março caiu 2,9% para US$ 749 mi. Os produtos manufaturados e básicos foram os responsáveis por essa retração. No primeiro caso, as vendas ao exterior caíram 3,7% para US$ 286 mi, em média, por dia, puxadas por óxidos e hidróxidos de alumínio, laminados planos de ferro e aço, motores para automóveis, autopeças, motores e geradores elétricos, bombas e compressores e suco de laranja não congelado. Entre os básicos, o recuo foi de 2,7% nos embarques, para US$ 333 mi. Os principais itens que puxaram a queda foram minério de cobre, minério de ferro, petróleo em bruto, farelo de soja, café em grão e arroz em grãos. A venda de semimanufaturados subiu 2,3% para US$ 114,5 mi, em média, por dia. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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4 Governo acredita em volta do superávit em 2017

Com a perspectiva de uma ligeira retomada do crescimento e estabilidade dos gastos, a equipe econômica acredita que poderá voltar a fazer superávit primário a partir de 2017 e conseguir uma estabilização da dívida bruta em relação ao PIB já em 2018. Para 2016, o déficit do governo central pode chegar a R$ 96,65 bi. O cenário, previsto em projeto encaminhado ontem ao Congresso Nacional para alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, parece demasiado otimista, pois estima que o governo central (Tesouro, Banco Central e Fazenda) será capaz de fazer um superávit primário de R$ 197 bi entre 2016 e 2018. A equipe econômica projeta um superávit para o governo central de R$ 71,274 bi em 2017 (1,05% do PIB) e outros R$ 122,549 bi em 2018 (1,65%). Mas o Prisma Fiscal, elaborado pela Fazenda, mostra que o mercado está bem mais pessimista e espera déficit de R$ 79 bi em 2016 e outro de R$ 71,3 bi em 2017. Com receitas em queda e o desejo de manter gastos como de investimentos e saúde, o governo pediu ao Congresso Nacional não só uma redução da meta de primário do governo central de R$ 24 bi para R$ 2,756 bi para este ano como também um aumento na previsão de abatimento de R$ 84,2 bi para R$ 99,45 bi. Se aprovado esse desconto, o governo central poderá registrar um déficit primário de até R$ 96,65 bi. Colocando na conta os Estados e municípios e suas estatais, o governo espera um superávit de R$ 9,31 bi (0,15% do PIB). No entanto, a parte que cabe aos entes subnacionais, um superávit de R$ 6,5 bi, pode cair cerca de R$ 500 mi devido à possibilidade, também inserida da proposta de alteração da LDO, de os governo regionais abaterem de sua meta o impacto do alongamento de suas dívidas com a União e BNDES. Segundo Barbosa, a expectativa é de que o impacto máximo seja de R$ 6 bi. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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5 Confiança do comércio diminui em março, aponta FGV

O Índice de Confiança do Comércio, da FGV, recuou 1,7 ponto em março de 2016, para 67,1 pontos, o quarto menor valor da série iniciada em março de 2010. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,7 ponto, na terceira alta consecutiva. “O setor continua encontrando dificuldade para evitar a contínua queda das vendas e das margens de lucro. Além do cenário econômico desfavorável, o aumento da incerteza no ambiente político contribuiu para a queda da confiança em março”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV-Ibre. A queda ocorreu nos dois horizontes de tempo da pesquisa. O Índice da Situação Atual (ISA), que retrata a percepção dos empresários em relação ao momento atual, recuou 1,2 ponto, registrando 62,3 pontos, o quarto menor valor da série. Essa piora foi puxada pelo quesito que mede o grau de satisfação com o volume de demanda atual, que caiu 6,5 pontos em março. Já o Índice de Expectativas (IE), que retrata as expectativas em relação aos próximos meses, caiu 2 pontos, ficando em 73,3 pontos. A edição de março da sondagem do comércio da FGV coletou informações de 1.208 empresas entre os dias 1º e 22 deste mês. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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6 Inflação pelo IPC-Fipe fica em 0,92% na terceira prévia de março

A inflação medida pelo IPC-Fipe teve uma ligeira desaceleração, de 0,94% para 0,92%, da segunda para a terceira medição de março. Apesar de despesas importantes terem subido menos, como habitação, outras aumentaram mais, como alimentação, impedindo um recuo maior do índice. Dos sete grupos que compõem o IPC-Fipe, quatro tiveram altas menos marcadas entre a segunda e a terceira pesquisa de março: Habitação (0,71% para 0,54%), Despesas pessoais (1,55% para 1,38%), Saúde (0,65% para 0,59%) e Vestuário (0,97% para 0,83%). Apesar da desaceleração do índice de preços, Despesas pessoais e Habitação ainda foram responsáveis, juntos, por 0,36 ponto percentual, ou 39%, da taxa do período. Na outra ponta, com avanços mais expressivos, Alimentação passou de 1,37% para 1,67% de aumento, sendo responsável por outro 0,41 ponto (45%) da inflação de 0,92% do IPC-Fipe, além de Transporte (0,40% para 0,43%) e Educação (0,15% para 0,16%). O índice mede a variação dos preços de uma cesta de produtos e serviços consumidor por famílias com renda até dez salários mínimos na cidade de São Paulo. (Valor Econômico – 29.03.2016)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar fechou esta segunda-¬feira em queda frente ao real, influenciado pelo cenário político local e pelo ambiente de menor aversão a risco no exterior, após dados mais fracos que o esperado da economia americana, que ajudaram a aumentar as apostas em uma postergação da alta da taxa de juros nos Estados Unidos. O dólar comercial caiu 1,47% encerrando a R$ 3,62353, enquanto o contrato futuro para abril recuava 1,41% para R$ 3,63. Hoje às 10h48, o dólar comercial subia 1,28%, a R$ 3,6713, depois de bater uma máxima de R$ 3,6758. (Valor Econômico – 28.03.2016 e 29.03.2016)


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Internacional

1 Chile: Plantas solares e eólicas em construção triplicam enquanto hidrelétricas crescem menos

Um enorme crescimento foi registrado nas energias solar e eólica durante o atual governo, mas não na hidrelétrica. Em março de 2014, data de início do mandato de Michelle Bachelet, existiam 28 projetos de energia em construção que somavam uma capacidade de 1.949 MW, enquanto que em fevereiro deste ano, o valor aumentou a 54 iniciativas que consideram uma capacidade de 4.051 MW, segundo um cadastro da Unidade de Projetos do Ministério de Energia, um aumento de 108%. No entanto, a geração hidrelétrica somente aumentou 43%, passando de 635 MW a 935 MW. (Economía y Negócios – Chile – 28.03.2016)

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2 Colômbia: País alcança recorde de poupança de energia

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou que a quinta-feira santa, dia 24 de março, foi o dia com o índice mais alto de poupança de energia, 21,05%, desde que a campanha “Apagar paga” começou visando evitar o racionamento de eletricidade. O governante apresentou a campanha em 08 de março com a intenção de reduzir diariamente entre 5% e 10% de energia para evitar um racionamento no país. (La Razón – Bolívia – 26.03.2016)

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3 Bolívia: Sinohydro busca liderar megaprojetos futuros no país

Sinohydro anunciou que buscará o maior número de megaprojetos na Bolívia, país que projeta um investimento multimilionário em infraestrutura e na mudança de sua matriz energética. A firma chinesa priorizará a construção de hidrelétricas, aeroportos e estradas. “Nós sempre estamos seguindo a linha de desenvolvimento do país”, afirmou Li Wei, gerente geral de Sinohydro Corporation Limited Sucursal Bolívia, que planeja construir 25 projetos hidrelétricos até 2025 que gerarão 16.000 MW. Estes e outros projetos permitirão que a geração termelétrica caia de 65% a 26% e que a produção hidrelétrica aumente de 35% a 70% nos próximos nove anos, segundo dados do Informe de Gestão 2013 do presidente Evo Morales. (La Razón – Bolívia – 28.03.2016)

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4 Espanha: Iberdrola fecha sua maior central elétrica no mundo

Iberdrola fechou a central térmica de carvão Longannet, localizada na Escócia, que, com 2.400 MW, era a maior instalação da companhia espanhola no mundo. A histórica central abasteceu durante 46 anos um quarto dos domicílios escoceses, cerca de dois milhões, mas o alto custo do transporte até outros lugares da Inglaterra e os impostos ambientais por emissões motivaram seu fechamento. (El País – Espanha – 26.03.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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