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IFE: nº 4.059 - 28 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
TCU identifica problemas na fiscalização da qualidade do serviço de distribuidoras
2 Altino Ventura Filho deixa secretaria do MME
3 Braga e a permanência no ministério
4 MME publica premissas para cálculo de GF de novas UHEs e UTEs
5 Aneel aprova metodologia especifica para revisão de cooperativas
6 Audiência debate regras da contratação emergencial de térmicas no Amazonas
7 Aneel aprova CVU para UTE Santarém
8 Subestação da State Grid é considerada projeto prioritário pelo MME
9 Santo Antônio tem mais uma unidade liberada para teste
10 Amazonas recebe 159 grupos geradores

Empresas
1 Cesp tem prejuízo de R$ 61,4 milhões em 2015, mas propõe dividendos
2 Credores aprovam congelamento de dívidas da Abengoa
3 Ampla cai em ranking de qualidade de serviço da Aneel
4 Ampla vem descendendo
5 Compensações pagas pela Ampla cresceram 60%
6 Triunfo registra lucro líquido de R$ 97 milhões em 2015
7 Eneva deixa prejuízo para trás ao lucrar R$ 142,6 mi em 2015
8 Fitch atribui rating à proposta de emissão de debêntures do complexo Morrinhos

9 Chesf investe na ampliação de subestações no Ceará

10 CPFL inicia estudo sobre comportamento de microgeração na rede

11 Trade Energy passa a operar como Tradener

12 Cade aprova compra de até 20% da Cosan Biomassa

13 CTG Brasil promove novo leilão de energia para mercado livre

Leilões
1 MME programa dois leilões de reserva

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: queda de 37,7% na geração térmica
3 Excesso de energia também traz problemas

4 Mercado livre tem queda de 2,4% na demanda nas três primeiras semanas de março

5 PLD sobe 52% no Sudeste, Sul e Norte para R$ 46/MWh

6 CMO quase dobra em três submercados

Energias Renováveis
1 Leilões de reserva são a esperança das renováveis em 2016
2 Manutenção da fonte nos leilões de reserva passa traz resultados para a indústria
3 O LER de 28 de julho será o primeiro leilão do governo a permitir a participação das CGH

Grandes Consumidores
1 CPFL Eficiência inaugura usinas para horário de ponta na Alpargatas
2 CNI aponta prejuízos com interrupção no fornecimento de energia elétrica
3 CNI e o aumento do preço da energia

Economia Brasileira
1 Mercado vê inflação menor e contração mais marcada da economia em 2016
2 Crise tem sido 'catastrófica' para a indústria brasileira, diz Abimaq

3 Confiança da construção sobe em março, mas FGV não vê retomada
4 Expectativa de inflação dos consumidores cai a 11,1% em março, vê FGV
5 Custo da construção da FGV acelera para 0,79% em março
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Investimento em fontes de energia renováveis bate recorde
2 Chefe da divisão de economia da Pnuma fala sobre os países ascendentes asiáticos
3 Países que mais aumentaram o investimento em energias renováveis
4 Hidrelétricas Contestadas
5 LightSource inicia montagem de mega usina flutuante na Inglaterra


Regulação e Reestruturação do Setor

1 TCU identifica problemas na fiscalização da qualidade do serviço de distribuidoras

Levantamento realizado pelo TCU apontou deficiências nas ações de fiscalização da qualidade do serviço executadas pela Aneel de janeiro de 2010 a junho de 2014. As causas identificadas pela auditoria vão desde a fiscalização periódica insuficiente até a metodologia usada na apuração de dados, a demora na tomada de decisão de primeira instância, problemas no planejamento das fiscalizações, limitações na quantidade de pessoal e falta de orientação às agências estaduais conveniadas, na contratação de pessoal qualificado. A Aneel terá até 120 dias para apresentar ao tribunal um plano de ação com a descrição de atividades, responsáveis e prazos de execução, para aprimorar a apuração dos indicadores de qualidade - especialmente a do teleatendimento - e a confiabilidade na apuração dos níveis de tensão. Ela deverá estabelecer, em até 90 dias, critérios objetivos de qualificação técnica e administrativa para a seleção de profissionais de fiscalização pelas agências estaduais. A agência terá de trabalhar para garantir o cumprimento dos prazos legais da fiscalização, aprimorar o planejamento e ampliar o universo de analises de reclamações para além dos casos que chegam à ouvidoria. A fiscalização da agência reguladora acompanha 63 concessionárias e 38 cooperativas de eletrificação rural enquadradas como permissionárias de distribuição. Outro problema apontado pela auditoria é o uso de dados fornecidos pelas empresas fiscalizadas, no caso dos indicadores de teleatendimento e de DEC e FEC. Em relação ao andamento dos processos, a demora atingiu 80% dos 74 casos avaliados. O prazo médio da tramitação ainda na primeira instância foi de 122 dias. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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2 Altino Ventura Filho deixa secretaria do MME

A Casa Civil da Presidência da República publicou nesta quinta-feira a exoneração do secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho. Segundo o Diário Oficial da União, a exoneração ocorreu a pedido do próprio executivo. A exoneração é assinada pela ministra chefe da Casa Civil substituta, Eva Chiavon. Altino Ventura Filho foi escolhido para ocupar o cargo de secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME pelo ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA). Ele presidiu a Eletrobras no fim do governo Fernando Henrique Cardoso, foi diretor técnico da Itaipu Binacional e consultor do Banco Mundial. Sua saída era comentada nos bastidores, desde que o então secretário-executivo, Marcio Zimmermann, deixou o cargo, em direção à Eletrobras, após a nomeação de Eduardo Braga para o MME. Um dos nomes mais cotados para o cargo é o do secretário adjunto, Moacir Carlos Bertol. (UOL e Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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3 Braga e a permanência no ministério

Em meio à mudança, a incógnita do setor eletrico é sobre a permanência do ministro Eduardo Braga no cargo. O senador pelo Amazonas, que assumiu o cargo em janeiro de 2015, no início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, está aguardando decisão final de recurso sobre a disputa para o governo daquele estado. Braga havia se candidatado a governador, ficando em segundo lugar na disputa. José Mello, do Pros, venceu, mas o então candidato recorreu ao TRE, apresentando denúncia de que Mello teria comprado votos para a reeleição dele. O TRE acatou a denúncia, cassou o mandato do governador, que recorreu ao TSE. Nesta semana, em coletiva para anunciar medidas que transferiram para as transmissoras a responsabilidade de construir novas linhas em 138 kV, de distribuição, o ministro foi questionado sobre sua saída do governo. "Aguardo a decisão da Justiça", resumiu Braga. Por ser do PMDB, partido aliado da presidente, que avalia a possibilidade de romper com a mandatária, Braga pode ter que deixar o cargo, caso o partido decida deixar o governo. Braga estava presente na posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil, posteriormente suspensa, e do novo ministro da Secretaria Especial de Aviação Civil, Mauro Lopes, seu correligionário, que foi empossado à revelia do partido. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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4 MME publica premissas para cálculo de GF de novas UHEs e UTEs

O MME publicou, em 24 de março, no Diário Oficial da União, as premissas gerais a serem utilizadas na metodologia definida na portaria MME nº 101, publicada em 22 de março referente ao cálculo da garantia física de energia de novas UHEs e UTEs que são despachadas centralizadamente no ONS. Entre os parâmetros de simulação do Newave serão consideradas 2 mil séries sintéticas de vazões na simulação final, cinco anos de período do estudo, e ainda, deverá ser considerado ainda racionamento preventivo para otimização energética. Já nos parâmetros de simulação do Suishi, o período crítico para o cálculo de energia firme será de junho de 1949 a novembro de 1956, considerar a priorização de volume mínimo operativo em detrimento de outras restrições operativas e o tipo de prioridade de operação das UHEs será adaptativa, com base em uma função de prioridades. Já em termos de configuração de referência, serão utilizadas nos estudos as usinas interligadas ao SIN em operação, concedidas ou autorizadas e já licitadas. Já os projetos com graves impedimentos tanto para o início da construção quanto para o início da operação comercial ou aquelas em processo de devolução serão excluídas da configuração. No que se refere a térmicas, a configuração de referência será composta pelas UTEs despachadas centralizadamente e interligadas ao SIN em operação, autorizadas e acompanhadas pelo Departamento de Monitoramento do Sistema Elétrico. Nesse caso as usinas em processo de devolução também estão excluídas da configuração de referência. O PMO de referência será o de dois meses antes da realização do leilão. Sobre as usinas não despachadas centralizadamente serão representadas apenas no modelo Newave como uma expectativa de geração agregada por subsistema e por mês. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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5 Aneel aprova metodologia especifica para revisão de cooperativas

A Aneel aprovou aperfeiçoamentos na metodologia de revisão tarifaria periódica das cooperativas de eletrificação rural enquadradas como permissionárias de distribuição de energia elétrica. O novo modelo é diferente da metodologia definida para a primeira revisão dessas entidades, quando a Aneel usou como referência normas adotadas para as concessionárias. As normas aprovadas na última terça-feira, 22 de março, vão possibilitar às cooperativas a definição dos valores de custos operacionais, custos de capital, volume de investimentos, amortização e outros indicadores usados na revisão. A abordagem que cada uma vai usar terá de ser chancelada pelos cooperados de forma direta ou indiretamente, por intermédio de seus administradores. A Aneel já enquadrou como permissionárias 38 das 52 cooperativas e eletrificação existentes no país. Elas atuam no interior do Brasil e fornecem energia para 460 mil unidades consumidoras nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e Paraná. A primeira revisão tarifaria periódica das cooperativas foi realizada pela Aneel entre julho de 2013 e setembro de 2014. Em outubro do ano passado, a agência abriu audiência pública com proposta de aprimoramento do modelo de regulação econômica aplicado até então. Um dos motivos, segundo a autarquia, era dar maior flexibilidade para que elas pudessem fazer seu planejamento orçamentário. “Se os associados entendem que precisam reajustar os salários dos funcionários ou realizar um investimento específico para melhorar a qualidade do serviço não é interessante que a Aneel classifique essas despesas como ineficientes ou “não prudentes”. Afinal, os próprios consumidores decidiram arcar com aqueles custos”, exemplificam técnicos da agência, na nota técnica que embasou o processo de mudança na regulação. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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6 Audiência debate regras da contratação emergencial de térmicas no Amazonas

Aberta audiência pública por intercâmbio documental, no período de 23/3 a 1º/4, para receber contribuições da sociedade à regulamentação da Portaria nº 15/2016, do MME, que reconheceu a necessidade de contratação emergencial, de forma excepcional, pelo período de 180 dias, de geração termelétrica no montante de 155 MW na região metropolitana de Manaus (AM). Cabe à Agência regulamentar os valores de custos fixos e variáveis das usinas termelétricas, bem como a apuração das indisponibilidades. Além desses itens, a proposta também orienta que as usinas termelétricas (UTE) listadas na Portaria 15/2016 atendam aos requisitos definidos nos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (Prodist), Procedimentos de Rede do ONS e Regras e Procedimentos de Comercialização da CCEE. (Aneel – 23.03.2016)

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7 Aneel aprova CVU para UTE Santarém

A Aneel aprovou, em 22 de março, o Custo Variável Unitário para a UTE Santarém. O valor do CVU ficou em R$ 818,02/MWh, que deverá ser aplicado na contabilização de fevereiro de 2016 pela CCEE. Esse montante será utilizado para pagamentos dos custos incorridos com a geração da usina que devem ser ressarcidos via Encargos de Serviços de Sistema. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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8 Subestação da State Grid é considerada projeto prioritário pelo MME

O MME classificou como prioritário o lote P do leilão de transmissão realizado em 14 de novembro de 2013, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União, na edição de 22 de março. Dessa forma, a Marechal Rondon Transmissora de Energia, subsidiária da State Grid, fica autorizada a emitir debêntures de infraestrutura, o que permite uma melhor equação do financiamento do empreendimento. A empresa vai construir a subestação Marechal Rondon e os enlaces em circuito duplo, em 440 kV, para conectar a unidade as linhas próximas. Ainda nessa edição do Diário Oficial, também foram classificados como prioritários os projetos da EOL União dos Ventos 15 (30 MW) localizada em São Miguel do Gostoso, em Pernambuco, e da EOL Ventos da Santa Esperança (28 MW), da Enel Green Power, em Morro do Chapéu, na Bahia. Outras que também receberam o benefício foram as EOL Tamanduá Mirim 2 (24 MW), a EOL Angical 2 (14 MW) e a EOL Carcará (10 MW), pertencentes a consórcios formados pela Chesf e a Sequoia Capital, situadas no município de Pindaí, na Bahia. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)


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9 Santo Antônio tem mais uma unidade liberada para teste

A Aneel liberou duas usinas para o início das operações em testes, a partir deste quinta-feira, 24 de março. A hidrelétrica de Santo Antônio, localizada no município de Porto Velho em Rondônia, teve liberada a unidade 36, de 69,59 MW. Outra que também recebeu o benefício foi a EOL Damascena, em Cafarnaum na Bahia. Foram liberadas as UG1 a UG15, de 2 MW cada, totalizando 30 MW. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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10 Amazonas recebe 159 grupos geradores

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, participou nesta quinta-feira (24/3) de solenidade de entrega de 159 grupos geradores para 91 localidades em 56 municípios do Amazonas, berço político do ministro. Os investimentos para aquisição totalizaram R$ 160 mi e as unidades totalizam capacidade instalada de 124,8 MW, que atenderão a um total de 1,6 milhão de habitantes e ampliará a oferta de energia no interior do estado em 32,6% em relação aos atuais 380 MW destinados à região. De acordo com o ministro, a usina térmica a gás natural Mauá III deve ter as primeiras unidades geradoras em funcionamento em setembro deste ano e a conclusão das obras está prevista para ocorrer até o primeiro semestre de 2017. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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Empresas

1 Cesp tem prejuízo de R$ 61,4 milhões em 2015, mas propõe dividendos

A Cesp encerrou 2015 com um prejuízo líquido de R$ 61,4 mi, revertendo lucro de R$ 560,1 mi registrado em 2014. Os resultados da companhia no ano passado foram impactados pelo término das concessões das usinas hidrelétricas de Ilha Solteira e Jupiá, em julho. A receita operacional líquida somou R$ 2,95 bi em 2015, numa queda de 37,2% em relação ao ano anterior. Além do fim das concessões das usinas, as receitas foram afetadas negativamente pelo GSF e pelo término de contratos nos mercados livre e regulado. O custo com energia elétrica mais do que dobrou em 2015, para R$ 824,7 mi. O custo com operação, por outro lado, recuou 20,8%, para R$ 595,9 mi. Os Ebitda recuaram 45,1% na comparação anual, para R$ 909,9 mi. O Ebitda ajustado, que desconsidera algumas provisões, foi de R$ 1,74 bi, baixa de 56,7%. Apesar do prejuízo anual, a administração da companhia está propondo a distribuição de R$ 41,3 mi em dividendos, correspondentes a 100% do lucro ajustado do exercício, após a realização de reservas. A Cesp registrou um prejuízo de R$ 363,6 mi no quarto trimestre, reduzindo em 68,3% as perdas de R$ 1,15 bi de igual período de 2014. A receita operacional líquida foi de R$ 707,9 mi de outubro a dezembro, recuo de 19,8% na base anual. O Ebitda foi negativo em R$ 313,7 mil no trimestre, contra Ebitda negativo em R$ 1,38 bi um ano antes. O Ebitda da companhia foi impactado pela constituição de provisão de R$ 580,8 mi, referente a disputa na Justiça quanto à indenização devida pela devolução das duas usinas. Sem provisões, o Ebitda ajustado da Cesp soma R$ 347,7 mi no trimestre, queda de 52,3%. (Valor Econômico – 24.03.2016)

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2 Credores aprovam congelamento de dívidas da Abengoa

A holding espanhola de energia Abengoa anunciou, em 28 de março, que 75% dos seus credores aprovaram o congelamento de dívidas da companhia. Segundo a empresa, que está em recuperação judicial, o acordo é uma das exigências dos credores para aprovação do plano de reestruturação. Segundo a empresa, eram necessárias 60% de aprovação dos credores para a execução do congelamento de dívidas. O contrato de ‘standstill’ vai permitir que a Abengoa “exerça determinados direitos relacionados à resolução e ao vencimento antecipado de financiamentos”, diz o comunicado. O acordo também permite à empresa alcançar 75% de adesão necessária para chegar ao plano final de reestruturação. A companhia informou também que irá arquivar os documentos que estendem o plano às afiliadas nos Estados Unidos e nos outros países onde opera. O plano de reestruturação e recapitalização completa da Abengoa ainda compreende um aporte entre 1,5 bi de euros e 1,8 bi de euros, por um prazo máximo de cinco anos. Os financiadores desse aporte teriam direito a 55% do capital social da Abengoa. A dívida antiga da companhia seria renegociada por 70% do seu valor nominal, que daria aos credores o direito de subscrever 35% de participação no processo de capitalização. Após o fim da execução do plano, os atuais sócios da Abengoa teriam direito a 5% do capital social. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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3 Ampla cai em ranking de qualidade de serviço da Aneel

A Ampla caiu novamente no ranking elaborado pela Aneel. A publicação avalia os serviços prestados pelas maiores empresas do setor, com mercado de energia maior que 1 TWh (Terawatt-hora). Atualmente, 36 concessionárias de energia elétrica constam na avaliação. No ranking divulgado no último dia 18, referente ao ano de 2015, a Ampla surgiu na 33ª posição — para efeito de comparação, a Light, responsável pelo fornecimento de energia do Rio de Janeiro, está na 26ª. Na Câmara dos Vereadores, a CPI que vai investigar os problemas relacionados à Ampla, como as interrupções frequentes no fornecimento, deve sair do papel semana que vem. De acordo com o vereador Leonardo Giordano (PT), que protocolou o pedido para a criação da comissão no dia 25 de fevereiro, o ato que oficializa a CPI — que terá prazo de três meses, prorrogáveis por mais três meses — e permite o início dos trabalhos deve ser publicado terça-feira. (O Globo – 26.03.2016)

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4 Ampla vem descendendo

Desde a criação do ranking, a Ampla registra uma trajetória descendente. Na publicação que avaliou o serviço prestado em 2014, a empresa era a 32ª, também entre 36 concessionárias do estado. Em 2013, a concessionária apareceu na 27ª posição dentre 35 empresas. As melhores colocações foram constatadas nos rankings que avaliaram a qualidade do serviço nos anos de 2011 e 2012 — os dois primeiros elaborados. Em 2011, a empresa foi a 25ª colocada entre 33 avaliadas, e, no ano seguinte, a concessionária registrou a mesma posição, entre 35 empresas avaliadas. Além da queda no ranking, outros indicadores corroboram para os questionamentos sobre a qualidade do serviço. Nos últimos cinco anos , a Ampla foi multada em R$ 20 mi pela agência reguladora do setor, e ainda desembolsou outros R$ 18 mi em TAC — segundo a Aneel, esses valores, que seriam pagos em multas, foram transformados em investimentos pela empresa. A Ampla informou que o investimento de R$ 803,8 mi em 2015 é 42% maior do que o registrado em 2014. A distribuidora diz que “continuará reforçando seu plano de investimentos” e que “também reforçou suas equipes para atendimento emergencial”. (O Globo – 26.03.2016)

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5 Compensações pagas pela Ampla cresceram 60%

Os indicadores que registram a frequência e a duração das interrupções no fornecimento de energia, além de essenciais para a análise da Aneel na composição do ranking, resultam em outra penalidade às empresas. As concessionárias são obrigadas a realizar compensações a seus clientes — efetuadas em até dois meses diretamente na fatura — quando esses indicadores ultrapassam os limites estipulados pela agência reguladora. E as compensações pagas pela Ampla também aumentaram. Ano passado, a concessionária desembolsou R$ 55,2 mi, contra R$ 34,5 mil em 2014 — um aumento de 60%. “Esses dados são muito afetados pelo valor da tarifa, pois são um percentual pago pelas tarifas de energia elétrica. Em 2015, tivemos um aumento na tarifa energética de quase 40%. O valor das indenizações é proporcional. Houve um crescimento também (nas compensações), mas queremos reverter essa situação já este ano” afirma o diretor de regulação da Ampla, José Alves. Em 2013, a concessionária precisou desembolsar R$ 33,9 mi em compensações. O valor, embora menor, também caracterizou uma alta: aproximadamente 47% a mais frente ao valor desembolsado em 2012 (R$ 23 mi). Já em 2001, a Ampla pagou R$ 20,6 mi em compensações. (O Globo – 26.03.2016)

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6 Triunfo registra lucro líquido de R$ 97 milhões em 2015

A Triunfo Participações e Investimentos, que atua nos segmentos de rodovia, portos, aeroportos e energia, encerrou o ano de 2015 com lucro líquido de R$ 97 milhões e lucro base de dividendos de R$ 211,2 milhões. O Ebtida ajustado da empresa avançou 29,9% na comparação com 2014, para R$ 1,3 bilhão, enquanto a receita líquida ajustada subiu 26,2% para R$ 1,66 bilhão. No quarto trimestre de 2015, a companhia registrou Ebtida ajustado de R$ 462 milhões, crescimento de 282,7% em relação ao mesmo período de 2014. A receita líquida ajustada atingiu R$ 417,3 milhões, aumento de 48,9% na mesma comparação. O avanço, de acordo com a Triunfo, foi impulsionado por altas significativas das receitas por segmento, principalmente do rodoviário, que registrou aumento de 98,1% no trimestre. De setembro a dezembro, a companhia reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 89 milhões. Em novembro de 2015, a Triunfo concluiu a venda dos ativos de energia Triunfo Rio Verde, Triunfo Rio Canoas e Triunfo Negócios de Energia. O valor da transação totalizou R$ 1,8 bilhão, considerando a incorporação pelo comprador das dívidas das usinas. Os recursos da venda foram utilizados, principalmente, para redução do endividamento da companhia e fortalecimento da liquidez financeira. Assim, no dia 3 de dezembro, a companhia concluiu a recompra de metade do saldo das debêntures da 3ª e 4ª emissão, no montante de R$ 370 milhões. Somente as operações de energia da Triunfo apresentaram receita líquida de R$ 44,8 milhões no último trimestre do ano passado, resultado 13,1% inferior ao reportado em igual período anterior, e de R$ 283,2 milhões no ano, queda de 26,9% em relação a 2014. Os dados acumulados de Rio Verde e Rio Canoas consideram o ano de 2015 até o mês de novembro, quando as usinas foram alienadas após a conclusão da venda para a CTG Brasil. O segmento de energia registrou R$ 19,7 milhões de Ebtida ajustado e R$ 125,4 milhões no acumulado do ano. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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7 Eneva deixa prejuízo para trás ao lucrar R$ 142,6 mi em 2015

A Eneva reverteu o prejuízo bilionário de 2014 ao apurar lucro líquido de R$ 142,6 mi no ano passado, contra resultado negativo de R$ 1,517 bi. Igual comportamento foi identificado no resultado do quarto trimestre, quando registrou R$ 13,9 mi ante prejuízo de R$ 1,362 bi. A receita operacional líquida caiu 15,5% no ano passado, para R$ 1,519 bi, em relação a 2014. Nos três meses que encerraram 2015, porém, a receita líquida avançou 26,3%, para R$ 465,1 mi. O Ebitda também apresentou alta no resultado anual, ao crescer 92,5%, para R$ 416,3 mi. No trimestre encerrado em dezembro, a Eneva viu o Ebitda deixar de ser negativo em 2014, em R$ 83,8 mi, para fechar o período, no ano passado, com R$ 207,8 mi. Segundo a companhia, ex-MPX, controlada pelo empresário Eike Batista, e que se encontra sob recuperação judicial pelo menos até dezembro, a alavancagem "melhorou significativamente no trimestre", após a conclusão do aumento de capital em R$ 2,3 bi. Também refletiram na melhora do resultado o braço de comercialização da Eneva e o recálculo, pela Aneel, dos encargos pagos a mais anteriormente por indisponibilidades de usinas, significando um estorno de R$ 218,7 mi. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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8 Fitch atribui rating à proposta de emissão de debêntures do complexo Morrinhos

Em 23 de março, a Fitch atribuiu rating nacional de longo prazo ‘AA(exp)(bra)’ à proposta da segunda emissão de debêntures do complexo Morrinhos Energias Renováveis (BA-30MW) no montante de até R$ 90 mi, com vencimento em 2027. A perspectiva é estável. Empreendimento tem como proprietários os sócios Atlantic Energias Renováveis (80%) e Actis Brasil Energia Fundo de Investimentos em Participações (20%). Segundo a Fitch, o rating reflete as fianças bancárias do projeto, que mitigam 100% de seus riscos de conclusão e de ramp-up; os mecanismos anuais e quadrienais de compensação dos contratos de venda de energia (A-5/2011 e A-3/2013); o volume de energia vendido abaixo do P90; a estrutura de dívida, que reconhece a exposição ao Preço de Liquidação de Diferenças através de um mecanismo de retenção de caixa em caso de défícits na geração de energia; o Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (DSCR) médio de 1,38 vez; o Loan Life Coverage Ratio (LLCR), de 1,38 vez; e os breakevens de produção de energia e de taxa de juros de longo prazo (TJLP). (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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9 Chesf investe na ampliação de subestações no Ceará

A Chesf irá investir aproximadamente R$ 16,5 mi para a ampliação da subestações de Fortaleza II e R$ 2,3 mi para Quixadá, no Ceará. A própria Chesf está disponibilizando os recursos e as obras que terão duração de 11 meses, serão realizadas no período de setembro deste ano a julho de 2017, com o objetivo de aumentar a confiabilidade das subestações, proporcionando melhor qualidade e continuidade no suprimento de energia à região metropolitana de Fortaleza. Atualmente, o empreendimento está em fase de contratação da empresa que realizará as obras, com previsão de emissão do contrato até o final de agosto. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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10 CPFL inicia estudo sobre comportamento de microgeração na rede

A CPFL Energia iniciou seu projeto Telhados Solares, iniciativa de P&D que pretende avaliar o impacto da microgeração nas redes elétricas de baixa tensão e preparar o grupo para a massificação da geração distribuida. A empresa começou a instalar paineis solares em residências e estabelecimentos comerciais em Campinas, município onde a empresa mantém sua sedee. Serão instalados 200 paineis fotovoltaicos em unidades consumidoras localizadas em um mesmo bairro e a previsão é que o projeto seja concluído até novembro de 2017. Os dois primeiros consumidores, a Fundação Síndrome de Down e Centro Cultural Brasil – Estados Unidos de Campinas, receberam unidades com capacidade de, respectivamente, 10 kW e 4 kW. As oito distribuidoras do grupo contabilizam atualmente 95 usinas de geração distribuída. São pareceiras do projeto, que contará com R$ 14,4 mi em investimentos, a Unicamp e o CPqD. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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11 Trade Energy passa a operar como Tradener

A Trade Energy vai operar a partir do próximo dia 1º de abril como Tradener, sua sócia majoritária desde 2013. A empresa é comercializadora independente, com foco nos consumidores e produtores livres de energia elétrica. A Tradener, que opera no mercado livre desde 1998, informou que a transição "ocorre de forma harmônica e sem descontinuidade perante o mercado". (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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12 Cade aprova compra de até 20% da Cosan Biomassa

O Cade aprovou a compra de até 20% da Cosan Biomassa pela Sumitomo Corporation. A decisão foi tomada sem restrições pelo conselho. O investimento de capital será feito por meio da subscrição de novas ações ordinárias com direito a voto, compreendendo até 20% do capital total e votante, sendo 12,5% na data do fechamento e subsequentes 7,5% com investimento adicional. A aprovação foi publicada em 24 de março do Diário Oficial da União. A aquisição da fatia da empresa de geração térmica da sucroalcooleira pela Sumitomo foi anunciada em fevereiro. Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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13 CTG Brasil promove novo leilão de energia para mercado livre

A CTG Brasil vai fazer um novo leilão de energia para o mercado livre no próximo dia 6 de abril. A empresa vai comercializar no mercado livre um produto cujo contrato de energia convencional tem duração de três anos. As propostas poderão ser enviadas por geradores de energia elétrica, comercializadores e consumidores livres que sigam as determinações do edital. Este é o segundo leilão promovido pela empresa, que adquiriu as concessões das usinas Jupiá e Ilha Solteira, antes da Cesp. O primeiro aconteceu no último dia 1°/3. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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Leilões

1 MME programa dois leilões de reserva

O governo federal marcou as datas dos próximos leilões de energia de reserva previstos para este ano: 29 de julho, com espaço para usinas fotovoltaicas, PCHs e CGHs; e 28 de outubro, com contratação de mais solares e eólicas. As diretrizes para a realização das concorrências foram publicadas pelo MME nesta quinta-feira (24/03), no Diário Oficial da União. O primeiro leilão de reserva negociará usinas solares com início de operação está previsto para o dia 1º de julho de 2018, com contratos de 20 anos. Já no caso das PCHs e CGHs, o início de suprimento será em 1º de março de 2020, com contratos de 30 anos. Os projetos hídricos devem ter no mínimo 1 MW de potência e os fotovoltaicos, 5 MW. Para as PCHs e CGHs, foram estabelecidas ainda regras específicas: as usinas devem vender no máximo 90% de sua garantia física e, em caso de o empreendimento ser afetado pelo uso otimizado do recurso hídrico (que pode priorizar abastecimento humano, por exemplo), há a prerrogativa de rescisão do contrato. Os interessados em participar do leilão devem enviar a documentação necessária à EPE até o dia 20 de abril. O segundo leilão de reserva contratará a geração de usinas fotovoltaicas e eólicas por 20 anos. O início de operação para ambas as fontes é 1º de julho de 2019. A portaria publicada pelo MME determina que no caso de importação de aerogeradores para os parques eólicos vencedores do leilão, a potência da turbina deve ser igual ou superior a 2,5 MW. Os interessados em participar do leilão devem enviar a documentação necessária à EPE até o dia 1º de julho. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste devem terminar abril, primeiro mês do período seco, com 63,9% da capacidade de armazenamento, de acordo com o PMO, elaborado pelo ONS. Nesta quinta-feira, 24 de março, os nível dos reservatórios do submercado estão com 56,6% do volume. No Sul, o volume deverá ficar em 92,3% da capacidade, enquanto no Nordeste e no Norte, em 37,9% e 70,4%, respectivamente. A afluência esperada para o mês no Sudeste/Centro-Oeste é de 92% da Média de Longo Prazo e para a semana, que vai de 26 de março a 1º de abril, de 90% da MLT. No Sul, a ENA deverá ser de 144% da MLT no mês e de 164% na semana, e no Norte, de 56% em abril e de 59% durante a semana. O Nordeste continua com as piores previsões de afluências entre as regiões. Para o mês de abril a ENA prevista é de 42% da MLT, enquanto que para a próxima semana, de apenas 34% da MLT. O CMO ficou igual no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, sendo fixado em R$ 29,96/MWh na carga pesada; R$ 29,82/MWh na carga média; e R$ 27,93/MWh na leve. Já no Nordeste, o CMO ficou em R$ 303,49/MWh na carga pesada e média e em R$ 230,37/MWh na carga leve. A previsão de carga para o SIN na primeira semana de abril é de 66.928 MW médios. No mês, a média deverá ficar, segundo o ONS, em 65.909 MW médios, 3,2% maior que no mesmo período do ano passado. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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2 CCEE: queda de 37,7% na geração térmica

A CCEE divulgou balanço em que mostra queda de 37,7% na geração térmica entre os dias 1º e 22 de março, na comparação com o mesmo período de 2015. O índice é reflexo da queda na produção das usinas a óleo (-82%), gás (-50,3%) e bicombustível (-20,1%), provocada principalmente pelo desligamento de térmicas com o custo mais elevado, após decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Em março, a análise do desempenho da geração indica a entrega de 64.787 MW médios de energia ao SIN, com destaque para o aumento de 60,4% na produção das usinas eólicas. Veja na íntegra o InfoMercado semanal da CCEE, que apresenta os resultados apurados de medições de consumo e geração preliminares de energia elétrica no mês corrente, além de dados da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. Clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 28.03.2016)

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3 Excesso de energia também traz problemas

Em poucos meses, graças ao regime pluviométrico benigno, mudou radicalmente o cenário da oferta de energia elétrica. Há sinais generalizados de sobra de energia, com a exceção da Região Nordeste. Recuperada a oferta, o PLD relativo ao período de 11 a 18 de março caiu 41% em relação à semana anterior nos subsistemas Sul, Sudeste-Centro-Oeste e Norte, para R$ 30,58 o MWh; no Nordeste, subiu 8%, de R$ 240,34 para R$ 259,26 o valor do MWh. Há três meses, quando as chuvas já estavam favoráveis, o PLD do Sudeste-Centro-Oeste era de R$ 110,10. O aumento da oferta é positivo para o sistema elétrico e afasta o risco de colapsos tão temidos pelo governo por seus impactos políticos. Mas a política de modicidade tarifária introduzida em 2013 e abandonada dois anos depois deixou tantas sequelas que os benefícios das chuvas parecem menos importantes para as companhias do setor. Sem investimentos e sem chuvas, o País dependeu até meados de 2015 da energia cara das termoelétricas. Hoje, estas vão sendo desativadas, mas restaram custos. Há inadimplência na liquidação financeira das operações no mercado de curto prazo. Em dezembro, a inadimplência atingiu quase 78%. Os devedores valem-se de liminares para não pagar ou adiar pagamentos. Geradoras não recebem o contratado. As distribuidoras têm sobra de energia de 11%. Calcularam mal a demanda e pagam caro pelo erro. A preocupação da Aneel é evitar mais prejuízos. Em contrapartida aos prejuízos de empresas elétricas, consumidores de porte migram em ritmo crescente para o mercado livre, onde podem adquirir eletricidade pagando menos do que no mercado regulado. Diretores da Abraceel calculam que a diferença entre os preços do MWh nos mercados regulado e livre podem atingir, em média, mais de 40%. São sinais do desequilíbrio da política energética. (O Estado de São Paulo – 26.03.2016)

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4 Mercado livre tem queda de 2,4% na demanda nas três primeiras semanas de março

O consumo de energia no mercado livre apresentou queda de 2,4% nas três primeiras semanas de março, para 14.683 MW médios, na comparação anual, segundo dados prévios da CCEE. Considerando a última prévia, quando a demanda para o ambiente caiu 3,6% nos quinze primeiros dias do mês, a retração foi menor do que a da parcial anteriormente divulgada e sinaliza que a redução na demanda, ainda latente, ocorre em ritmo mais lento. No mercado cativo, o aumento da demanda foi de 1%, para 47.616 MW médios. No total, o consumo de energia no país manteve-se estável, com ligeira alta de 0,1% nas três primeiras semanas de março, frente ao mesmo período no ano passado. A CCEE apurou ainda queda de 37,7% na geração das usinas térmicas, na comparação com o mesmo período de 2015, reflexo do desligamento de usinas com custo de combustível mais elevado, diante da recuperação dos reservatórios. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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5 PLD sobe 52% no Sudeste, Sul e Norte para R$ 46/MWh

O PLD para o período entre 26 de março e 1º de abril foi fixado em R$ 46/MWh nos submercados Sudeste, Sul e Norte, o que representa alta de 52% frente aos R$ 30,25/MWh da última semana. No Nordeste, de acordo com a CCEE, o preço também subiu 7%, passando de R$ 248,60/MWh para R$ 265,53/MWh. A disparidade entre o PLD do Nordeste e os demais é mantida, uma vez que os limites de recebimento de energia deste submercado continuam sendo atingidos. Já os limites de intercâmbio entre Sudeste/Sul/Norte não são atingidos, o que resulta na equalização dos preços nestes submercados. Segundo a CCEE, em abril, as afluências são esperadas em 81% da MLT. Apenas no Sul as ENAs deve ficar acima da média, 145% da MLT. No Sudeste, a expectativa é de afluências em 92% da MLT com índices nas regiões Nordeste e Norte em 42% e 50% da média histórica, respectivamente. Houve redução de 2.200 MW médios nos níveis dos reservatórios do sistema, situação observada em todos os submercados, exceto no Sul, que registrou aumento de 200 MW médios de energia. As reduções foram de 1.800 MW médios no Sudeste, 400 MW médios no Nordeste e 130 MW médios no Norte. Com a queda esperada nas temperaturas, a previsão de carga para o SIN está aproximadamente 1.300 MW médios mais baixa em relação ao previsto na última semana, redução prevista em todos os submercados com exceção do Norte. O fator de ajuste do MRE, estimado em 95,7% no mês de março, têm previsão de chegar a 97,5% em abril. Os Encargos do Serviço do Sistema de abril estão estimados em R$ 199 mi, sendo R$ 175 mi referentes à segurança energética. Em março, o ESS foi de R$ 282 milhões, sendo R$ 152 mi para segurança energética. (Agência CanalEnergia 24.03.2016)

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6 CMO quase dobra em três submercados

O CMO caiu 23,5% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, passando de R$ 15,02/MWh para R$ 29,15/MWh, na semana de 26 de março a 1° de abril. Já no Nordeste, o preço apresentou alta em comparação com a semana operativa anterior, para R$ 276,94/MWh, de acordo com o PMO divulgado pelo ONS nesta quinta-feira (24/3), véspera do feriado de Páscoa. A previsão de vazões continua alta para o Sul, com 164% da MLT. A região é a única com previsão de fechar o mês com vazões acima da média, com 144% da MLT. O SE/CO defe encerrar abril com 92% da MLT, aproximando-se da média. Abril é o último mês do período de chuvas. O PLD apresentou alta de 52% frente aos R$ 30,25/MWh da última semana, passando para R$ 46,00/MWh. O PLD do Nordeste também subiu, mas a um percentual de 7%, passando de R$ 248,60/MWh para R$ 265,53/MWh, de acordo com a CCEE. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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Energias Renováveis

1 Leilões de reserva são a esperança das renováveis em 2016

A portaria que definiu a realização de dois leilões de energia de reserva no segundo semestre deste ano é avaliada como positiva pelas duas fontes protagonistas dessa modalidade de certame, a eólica e a solar. De acordo com os representantes do setor, a medida poderá atender as necessidades de cada uma de acordo com o seu estágio de desenvolvimento no país. A eólica com problemas de transmissão e a solar fotovoltaica que procura se firmar como geração competitiva. De acordo com a presidente executiva da ABEEólica, Élbia Gannoum, a portaria com a participação da fonte em apenas um dos dois leilões de reserva já era esperada. Segundo ela, não havia sentido da eólica participar dos dois certames quando o governo já tem o volume que ele quer contratar e, ao mesmo tempo, o setor passa por um gargalo de transmissão. “Esse ano estamos no ápice da escassez de transmissão, então o MME estava preocupado em realizar um LER para a eólica porque está sem capacidade de escoamento. Concordamos que tecnicamente estamos com dificuldades, mas que precisamos de solução de curtíssimo, médio e longo prazo para resolver a situação”, afirmou Élbia. Segundo a executiva, o governo está preparando uma consulta pública para discutir os critérios do ONS para os cálculos da margem de escoamento. Essa modificação de critério indicará os parques e outras fontes que não vão entrar por diversas razões, o que daria liberação de transmissão para o ano de 2016. Ela informou que esse cálculo não ficará pronto antes de julho. O primeiro leilão será realizado em 29 de julho. Por estes motivos, disse Élbia, o setor não foi surpreendido por ter sido incluída apenas no segundo certame de outubro. “Ficamos contentes com a portaria e com o diálogo com o governo que entenderam a importância da eólica no LER a despeito do A-3 e A-5 deste ano. Apesar de estarmos inscritos, para nós esse ano está no leilão de reserva”, disse. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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2 Manutenção da fonte nos leilões de reserva passa traz resultados para a indústria

O presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, destacou que a manutenção da fonte nos dois leilões de energia de reserva passa a sinalização para a indústria de que o processo de inserção na matriz continua. Ele ressaltou o fato do certame ser disputado por fonte o que atribui mais competitividade porque a fonte ainda precisa de aprimoramentos para a melhoria de sua competitividade. A expectativa dele é de que nos certames já programados o volume de contratação seja semelhante ao que ocorreu em 2015, com cerca de 2 GWp de capacidade instalada. Contudo, avalia que a disputa no segundo certame deverá ser mais acirrada do que no evento de julho em decorrência do maior prazo para a entrega da energia. “O setor tem percebido que esse prazo [de 2 anos], por motivos processuais, com licenças ambientais e outorgas e pedidos e pareceres de conexão é desafiador, não pela construção da usina que é de um ano, mas por causa de processos junto a EPE, ONS, CCEE, Aneel e MME, fora os órgãos estaduais ou municipais de licenciamento ambiental a depender da situação. Por conta disso a gente antevê que provavelmente a participação dos empreendedores será mais intensa, consequência de um prazo mais adequado”, comentou ele. No geral, ele se mostrou satisfeito com a medida, pois o leilão de julho complementará o volume de pedidos para a indústria de fornecimento de componentes para o ano de 2018 que já é de 1,1 GW. Já o de outubro reforça o compromisso de estimular a indústria, pois representará a primeira onda de pedidos para o ano seguinte. Mas, ressaltou, ainda é preciso a adoção de uma política industrial firme, que passa necessariamente pela alteração do Padis, uma bandeira que a associação vem defendendo há mais de um ano. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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3 O LER de 28 de julho será o primeiro leilão do governo a permitir a participação das CGH

O leilão de energia de reserva (LER) de 28 de julho será o primeiro leilão do governo a permitir a participação das CGH. Esse tipo de usina tem potência entre 1 e 3 MW. O diretor de CGH da Abrapch, Paulo Arbex, explicou que existe um potencial entre 30MW e 50MW de projetos aptos a participarem do certame. Contudo, ele teme que o prazo para habilitação, que termina em 20 de abril, não seja suficiente para que os agentes consigam reunir a documentação necessária, até pelo ineditismo do leilão. "Acho que vai ter muito empresário que não vai conseguir cumprir as exigências para cadastramento", disse o executivo que vai sugerir ao MME a extensão do cronograma. Arbex avaliou que, com os preços baixos do mercado livre e os rumores de que no leilão A-5 só Belo Monte conseguirá vender energia, o leilão de reserva pode ser a melhor oportunidade das PCHs e CGHs conseguirem um contrato a longo prazo e se viabilizarem neste ano. "Esse leilão é essencial para o setor. Nós estamos lutando desde maio de 2015 quando tivemos nossa 1ª reunião com ministro Eduardo Braga e o secretário executivo do MME Luiz Eduardo Barata, pela formalização do direito das CGHs participarem dos leilões no ambiente regulado e pela realização dos leilões de reserva para CGHs e PCHs neste ano e tivemos nosso pleito atendido. Tanto o ministro como o secretário foram receptivos, concordaram com nossos argumentos de que a fonte hídrica tem um importante papel a desempenhar para o setor elétrico atingir suas metas de modicidade tarifária, e para o fornecimento de energia limpa, renovável, barata e segura para todos os brasileiros." "Agora é lutar por preços-teto que viabilizem os empreendimentos e acreditamos que as hidrelétricas fazem jus aos preços-teto solicitados pela Abrapch de R$280/MWh e de R$290/MWh solicitados pela Abragel, uma vez que são as únicas fontes que, após 30-35 anos devolvem suas usinas a sociedade brasileira com vida útil remanescente de séculos", disse. A expectativa é que os 78 projetos de PCHs que se cadastraram para o A-5, que somam pouco mais de 1GW, estejam presente no LER. Arbex ainda vai conversar com MME para que as pequenas usinas tenham ainda outra oportunidade de vender energia esse ano. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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Grandes Consumidores

1 CPFL Eficiência inaugura usinas para horário de ponta na Alpargatas

A CPFL Eficiência vai inaugurar oficialmente em 12 de abril duas novas unidades de geração de energia a diesel para horário de ponta e back-up em duas fábricas da Alpargatas na Paraíba. Fornecidas em regime de BOT de 8 anos, no valor de R$ 15 mi, são ao todo 10 grupos geradores Cummins, sendo 4 deles de 2,5 MW e 6 de 500 KW, que totalizam potência instalada de 18 MW. Segundo o diretor da CPFL Eficiência, Luciano Goulart, três geradores ficarão na fábrica de Santa Rita e sete em Campina Grande. Embora sejam usados para horário de ponta e emergência, as usinas podem atender toda a demanda de produtora de calçados, conhecida como a dona da marca de sandálias Havaianas. “Além de ter economia, eles vão se precaver dos constantes desabastecimentos”, diz. Embora a Alpargatas não revele a economia, haverá ganhos ao se levar em conta as tarifas locais cobradas pela Energisa. Com esse mais novo cliente, a CPFL Eficiência, criada há um ano, já contabiliza 120 MW em unidades de autoprodução, a maioria a diesel e uma pequena parte a gás, em sete estados do país, em um total aproximado de 100 geradores instalados, todos em regime de BOT. Parte desse portfólio de clientes (90 MW) foi herdado da CPFL Serviços, que foi descontinuada para a criação da empresa especializada em eficiência energética. A atual gestão agregou 30 MW em usinas de geração própria. (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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2 CNI aponta prejuízos com interrupção no fornecimento de energia elétrica

As interrupções no fornecimento de energia elétrica causam prejuízos a 67% das empresas que a utilizam como insumo em seu processo produtivo. A conclusão é de pesquisa divulgada pela CNI, em 23 de março. O levantamento aponta a eletricidade como a principal fonte de energia para 79% das companhias consultadas. A despeito da percepção de que as falhas no fornecimento prejudicam a atividade industrial, o número de empresas que afirmaram ter perdas elevadas corresponde a 32%, pouco menos de um terço do total, segundo a pesquisa. Outros 35% disseram que os prejuízos são baixos, enquanto 24% não se consideram afetadas. Entre as indústrias que têm a energia elétrica como fonte principal, apenas 16% relataram ocorrências frequentes no fornecimento, como interrupções ou oscilações de tensão. Outros 34% apontaram falhas eventuais e 44% disseram que raramente ocorrem problemas no suprimento. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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3 CNI e o aumento do preço da energia

A CNI avalia que o aumento significativo no preço da energia elétrica em 2015 “impôs um fardo adicional sobre as empresas, em um cenário que já apresentava grandes dificuldades”, e “afetou nove em cada dez empresas industriais.” Entre os segmentos industriais que mais consomem energia elétrica em seus processos produtivos está a indústria de transformação. A sondagem da CNI mostra que 83% das empresas consultadas têm a eletricidade como principal fonte. Na indústria extrativa, o índice chega a 77%, enquanto na construção o percentual é de 63%. Apenas o setor de biocombustíveis usa majoritariamente outra fonte energia - o bagaço de cana – com 76% das empresas. Para a CNI, a adoção de práticas de uso racional da água e da energia elétrica “mitigaria riscos de o sistema elétrico voltar a operar no limite.” A confederação defendeu o fortalecimento e a diversificação da geração de base; o fim dos atrasos em obras de geração e transmissão; o aperfeiçoamento da metodologia de contratação de energia no mercado regulado; o estímulo a pesquisa e exploração de gás em terra, com leilões regulares de gás para novos projetos de termelétricas. (Agência CanalEnergia – 24.03.2016)

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Economia Brasileira

1 Mercado vê inflação menor e contração mais marcada da economia em 2016

A estimativa dos economistas para a inflação deste ano recuou pela terceira semana consecutiva, segundo o boletim Focus, do BC. Essa queda ocorre após a prévia de março ter ficado bem abaixo do esperado e acompanha uma piora na projeção para a atividade econômica do país em 2016. A mediana das estimativas para o avanço do IPCA saiu de 7,43% para 7,31%. Há um mês, estava em 7,57%. A projeção em 12 meses também cedeu, de 6,60% para 6,48%. A projeção para 2017 seguiu em 6% de aumento. Na semana passada, o IBGE informou que o IPCA-15 de março subiu 0,43%, após ter marcado 1,42% de alta um mês antes. Também na semana passada, o IBGE informou que o desemprego das seis maiores regiões metropolitanas do país subiu para 8,2% em fevereiro, com um tombo de 7,5% na renda real dessas regiões ante o mesmo período do ano passado. A Pnad Contínua, que abrange todo o país, mostrou desemprego de 9,5% em janeiro, ante 6,8% no mesmo período em 2015. Já o Caged, do Ministério do Trabalho, informou que foram fechados 104,5 mil postos formais de trabalho no mês passado. Em 12 meses, 1,7 milhão de empregos com carteira assinada foram perdidos. Outro fator que deve injetar menos pressão sobre os preços é o dólar, que foi revisto para baixo pela sexta semana consecutiva, de R$ 4,20 para R$ 4,15 ao fim de 2016. Para o fim de 2017, a previsão passou de R$ 4,30 para R$ 4,20. Com as expectativas de inflação caindo a cada semana, os economistas não têm mexido nas projeções para a Selic, que seguem em 14,25% em 2016 e 12,50% em 2017. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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2 Crise tem sido 'catastrófica' para a indústria brasileira, diz Abimaq

A Abimaq divulgou um manifesto nesta quinta-feira cobrando uma “rápida solução da crise política”. A entidade sustenta que a crise ética e política tem sido “catastrófica” para a indústria brasileira, afirmando que só com a recuperação da confiança no país será possível impulsionar as atividades do setor e a geração de empregos. A entidade reafirma o apoio às instituições legais na apuração e responsabilização de todos que praticaram atos ilícitos ou deles se beneficiaram, em prejuízo de todo a sociedade, o que teria resultado “em uma das piores crises políticas e econômicas da história do país”. A nota, assinada por Carlos Pastoriza, presidente do Conselho de Administração da Abimaq, pede que os esforços se concentrem nos interesses do país: “A atual crise ética e política têm sido catastrófica para a indústria e trabalhadores. Nós da ABIMAQ repudiamos que as desavenças e embates políticos se sobreponham aos interesses maiores da nação. A indústria, que já vem agonizando há anos em um claro processo de desindustrialização por conta de equívocos cometidos na política econômica, não suportará esse quadro de profundas incertezas que só pioram as perspectivas econômicas”, diz o manifesto. (O Globo – 24.03.2016)

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3 Confiança da construção sobe em março, mas FGV não vê retomada

Com uma ligeira melhora da perspectiva das empresas, o Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou alta de 0,2 ponto em março, ante fevereiro, alcançando 66,8 pontos, informa a FGV. O resultado sucede três recuos seguidos, que tinham deixado o índice ao nível mínimo histórico em fevereiro. Na comparação com março de 2015, houve queda de 9,5 pontos, após um recuo de 12,9 pontos em fevereiro. A pequena alta deste mês não implica uma recuperação, na avaliação da FGV. “O indicador acumulado no ano fechou com redução de 2,6 pontos, sinalizando a continuidade do encolhimento da atividade do setor em 2016”, diz a instituição, em nota. “A Sondagem da Construção de março mostra que a atual situação do setor alcançou o pior patamar desde o início de sua série, em julho de 2010. Esta percepção tem se traduzido nos números do emprego, que vêm registrando queda de forma sistemática. A Sondagem aponta que os empresários devem continuar demitindo, reproduzindo a mesma dinâmica negativa do ano passado, que culminou com a queda acumulada de 10% do contingente de mão de obra”, observou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV-Ibre. O ligeiro crescimento da confiança em março deve-se à melhora da perspectiva das empresas no futuro: o Índice de Expectativas (IE) avançou 1 ponto, atingindo 71,1 pontos. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou pelo terceiro mês consecutivo, em 0,6 ponto, para 63 pontos. A edição de março da Sondagem coletou informações de 701 empresas entre os dias 1º e 21 deste mês. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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4 Expectativa de inflação dos consumidores cai a 11,1% em março, vê FGV

A inflação mediana prevista pelos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses seguintes caiu a 11,1% em março, de 11,4% em fevereiro, de acordo com a FGV. É a primeira queda do indicador após 13 meses de altas consecutivas. Mas o nível da inflação projetada pelos consumidores ainda é o terceiro maior desde 2005. “Apesar da ligeira desaceleração das expectativas de inflação dos consumidores, o patamar mantém--se alto em termos históricos, em torno de 11%. As projeções realizadas pelos consumidores podem ter sido influenciadas pela observação da evolução atual da inflação, com desaceleração de preços em itens do grupo habitação, no preço da gasolina e em serviços de telefonia fixa e internet, associadas a uma possível desaceleração de preços administrados em 2016”, afirma a economista Viviane Seda Bittencourt, da FGV-Ibre. De acordo com a FGV, a desaceleração das expectativas de inflação entre as classes de renda foi disseminada de forma homogênea em março, o que manteve o diferencial dos nível de inflação previstos em fevereiro. A faixa de renda mais baixa (até R$ 2.100 mensais) continua prevendo a inflação mais alta para os 12 meses seguintes: 11,7%. Consumidores com renda acima de R$ 9.600 têm a expectativa mais baixa: 10,6%. O intervalo entre 10% e 12% continua sendo o mais citado pelos consumidores, mas houve redução da frequência de citações nesta faixa, de 33,7% do total em fevereiro para 31,3% em março. Outros 25% dos consumidores veem a inflação acima de 12% nos próximos 12 meses. A inflação prevista pelos consumidores está bem acima daquela esperada pelos economistas, de 6,48%, segundo o boletim Focus, do BC, divulgado hoje. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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5 Custo da construção da FGV acelera para 0,79% em março

-Puxado pelo aumento do custo da mão de obra, o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) subiu 0,79% em março, acima do resultado de fevereiro, de 0,52%, informou a FGV. Com esse resultado, o INCC-M acumulou alta de 1,65% no primeiro trimestre e de 7,30% em 12 meses. A inflação referente à mão de obra foi de 1,16% em março, devido aos reajustes salariais registrados em Belo Horizonte e Recife e, ainda, pela antecipação salarial em Porto Alegre. No mês anterior, a taxa de variação tinha sido 0,51%. No ano, a mão de obra aumentou 1,83% e, em 12 meses, 8,24%. Já a inflação de materiais, equipamentos e serviços desacelerou para 0,38%, seguindo taxa de 0,53% apurada em fevereiro. No ano, a alta correspondeu a 1,44% e, em 12 meses, a 6,27%. (Valor Econômico – 28.03.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje às 10h16, o dólar comercial recuava 1,15%, a R$ 3,6370, depois de oscilar entre R$ 3,6735 e R$ 3,6350. Na quinta-¬feira, véspera de feriado, o dólar praticamente zerou a alta frente ao real no fim do pregão e fechou perto da estabilidade, acompanhando o movimento de perda de fôlego da moeda americana no exterior. O dólar comercial fechou em ligeira alta de 0,05% a R$ 3,6793. Com isso, a moeda americana encerrou a semana em alta de 2,81%, acumulando desvalorização de 8,10% no mês e de 7% no ano. (Valor Econômico – 24.03.2016 e 28.03.2016)

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Internacional

1 Investimento em fontes de energia renováveis bate recorde

Um novo relatório do Pnuma mostra que o investimento em fontes renováveis bateu o recorde mundial no ano passado, atingindo a marca de US$ 286 bi. Pela primeira vez, a maior parte da verba circulou entre os países em desenvolvimento. Neles, o fomento à chamada energia limpa aumentou 19% em 2015; nas nações ricas, o índice diminuiu 8% no mesmo período. Os recursos destinados à energia renovável são mais do que o dobro dos recebidos por usinas de carvão e a gás. Ao todo, desde 2004, o mundo investiu US$ 2,3 tri em fontes limpas de eletricidade. De acordo com o Pnuma, diversos fatores podem ter contribuído para que os países em desenvolvimento superem as nações ricas na quantidade de investimentos em renováveis. Entre eles, a crise econômica que afligiu os países ricos nos últimos anos e a necessidade dos emergentes, sobretudo China e Índia, de atender a demanda provocada pelo crescimento da população. (O Globo – 25.03.2016)

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2 Chefe da divisão de economia da Pnuma fala sobre os países ascendentes asiáticos

Chefe da unidade de finanças da Divisão de Economia do Pnuma, o canadense Eric Usher avalia que ambas as potências asiáticas, Índia e China, se aproveitaram dos preços cada vez mais baixos exigidos para a produção de energia limpa.”O investimento necessário para a aplicação da energia não poluente caiu consideravelmente nos últimos seis anos, e os países em desenvolvimento souberam criar projetos eficientes para aproveitá-las — elogia Usher, coautor da edição deste ano do relatório “Tendências Globais para o Investimento em Energia Renovável”. — A Europa está encurralada pela crise econômica, o que a fez desacelerar um pouco o abandono dos combustíveis fósseis e pode ter afetado a vontade política de alguns governantes, mas entramos em um caminho sem volta. Vamos continuar batendo recordes na adoção das fontes limpas. (O Globo – 25.03.2016)

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3 Países que mais aumentaram o investimento em energias renováveis

Os países que ostentaram maior aumento do investimento em energias renováveis no ano passado foram China (que elevou as verbas para o setor em 17%, atingindo US$ 102,9 bi), Índia (22%, chegando a US$ 62 bi) e África do Sul (329%, alcançando US$ 4,5 bi). Entre as nações ricas, os EUA elevaram em 19% as verbas para fontes limpas, alcançando US$ 44,1 bi. Foi uma conquista relevante, sobretudo após a suspensão pela Suprema Corte, no ano passado, do Plano de Energia Limpa, o mais ambicioso projeto do país voltado às mudanças climáticas. O plano lançado pelo presidente Barack Obama sofreu forte oposição de industriais e foi rejeitado por governadores de quase 30 estados. Na Europa, o investimento caiu 21%, regredindo para US$ 48,8 bi. O Brasil também figura no rol dos países que retraíram seus investimentos. Aqui, o governo federal tem US$ 7,1 bi reservados às fontes renováveis, uma redução de 11% em relação a 2014. Rodrigo Medeiros, vice-presidente da Conservação Internacional no Brasil, atribui a redução constatada na pesquisa à prioridade dada pelo governo às hidrelétricas.(O Globo – 25.03.2016)

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4 Hidrelétricas Contestadas

Secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl assinala que, daqui a dez anos, a energia solar será a fonte mais barata disponível. Os empresários do setor de energia eólica pretendem criar até 50 mil novos empregos este ano. Atualmente, 77,9% da geração de eletricidade no Brasil vem de hidrelétricas. O foco nacional nesta matriz é visto com ressalva pelos analistas. Para os especialistas, o acordo global traçado na Conferência do Clima em Paris, no fim do ano passado, deve inspirar a troca de usinas a carvão por outras dedicadas à energia eólica e solar. Ao divulgarem quais medidas tomarão para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a maioria das nações se comprometeu a mudar sua forma de gerar eletricidade. Os autores do novo relatório do Pnuma admitem que a queda recente do preço do petróleo pode fazer a geração tradicional de energia mais “atraente”. No entanto, as fontes renováveis podem assegurar sua sobrevivência com as declarações dos líderes do G-7, que, reunidos no ano passado na Alemanha, concordaram em diminuir a dependência de suas economias dos combustíveis emissores de carbono. (O Globo – 25.03.2016)

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5 LightSource inicia montagem de mega usina flutuante na Inglaterra

A LightSource iniciou na Inglaterra a instalação, em março, do que pode ser considerada a maior usina solar flutuante da Europa. O empreendimento terá 23 mil paineis solares, que estão sendo instalados no reservatório Rainha Elizabeth II, perto da localidade de Surrey. A usina terá área de 57,5 mil m² de área, o equivalente a oito campos de futebol e deve gerar 6,3 MW, sendo parte dela destinada para abastecer uma estação de tratamento de água localizada na região. A atualmente considerada a maior usina do continente europeu foi inaugurada em dezembro passado também na Inglaterra, em Manchester, com área total de 45,5 mil m². (Agência Brasil Energia – 24.03.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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