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IFE: nº 4.058 - 24 de março de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
MME define metodologia de cálculo da garantia física de novos empreendimentos
2 MME estabelece condições para cadastramento de projetos em leilões de geração
3 Belo Monte tem primeira unidade liberada para teste

Empresas
1 Eneva sai de prejuízo para lucro no 4º trimestre
2 Eneva convoca acionistas para discutir agrupamento de ações
3 Energisa registra lucro de R$ 351,4 milhões em 2015
4 Tarifas da Copel podem reduzir 11,5% a partir de junho
5 Aneel nega pedido de revisão extraordinária da AES Sul
6 Aneel propõe redução média de 11,5% nas tarifas da Copel
7 AES Sul investirá R$ 400 mil na troca de postes em Dois Irmãos
8 AES Sul já investiu R$ 2,1 milhões em programa de troca de produtos recicláveis

9 CTG realizará novo leilão de venda de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS vê afluências próximas à média no SE/CO em abril
3 ONS: preservação das cabeceiras das bacias na região Sudeste

4 Transmissão de energia sofre atrasos

5 Preço de referência para energia tem nova baixa no Sudeste

Energias Renováveis
1 CPFL estudará impactos da microgeração na rede de distribuição
2 Usinas vendem 1,1 bilhão de litros de etanol em março
3 Etanol se sobrepõe ao açúcar

Gás e Termelétricas
1 ANP faz audiência pública sobre envio de informações para transporte de gás
2 Desligamento de térmicas e retração econômica derrubam consumo de gás natural em janeiro

Grandes Consumidores
1 Comgás desenvolve solução energética para planta industrial da Mercedes-Benz
2 Pesquisa indica prejuízos da indústria com falhas no fornecimento de energia
3 Queda de produção de aço chinês deve ajudar siderúrgicas globais

Economia Brasileira
1 Energia elétrica foi item que mais contribuiu para queda do IPCA em março
2 Taxa de desemprego sobe para 9,5% no trimestre encerrado em janeiro

3 Governo prevê déficit fiscal de quase R$ 100 bi neste ano
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Antes de chegada de Obama, Dow anuncia a criação de parque eólico
2 Argentina: Mais de 2,8 milhões de usuários podem ter acesso à tarifa social de eletricidade
3 Argentina: Governo lança leilão para somar nova energia
4 Colômbia: Mais de 390 empresas se unem a campanha de poupança energética
5 Cesbe é contratada para primeiro projeto no Peru

6 Central angolana de ciclo combinado começa a funcionar em 2017

7 Capacidade eólica offshore deve chegar a 74 GW em 2025


Regulação e Reestruturação do Setor

1 MME define metodologia de cálculo da garantia física de novos empreendimentos

O MME definiu a metodologia de cálculo da garantia física de energia de novos empreendimentos de geração do SIN. De acordo com a Portaria nº 101, publicada em 23 de março, no Diário Oficial da União, os empreendimentos de geração atualmente em operação, cujos valores de suas garantias físicas de energia não tenham sido publicados ou que tenham sofrido alteração de seu combustível principal, terão seus montantes estabelecidos de acordo com a nova metodologia. Além disso, os valores relativos às garantias físicas de energia de todos os agentes de geração termelétrica ficam condicionados à comprovação, junto à EPE, da existência de combustível necessário à operação das respectivas usinas. As garantias físicas dos empreendimentos participantes de leilão A-5 de 2016 também serão definidas conforme equações aprovadas na nova metodologia. A garantia física de energia do SIN é definida como aquela correspondente à máxima quantidade de energia que o SIN pode suprir a um dado critério de garantia de suprimento. Esta energia é rateada entre todos os empreendimentos de geração que constituem o sistema, a fim de se obter as suas garantias físicas de energia com vistas à comercialização de energia via contratos. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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2 MME estabelece condições para cadastramento de projetos em leilões de geração

O MME publicou, em 23 de março, a portaria n° 102, que estabelece as condições para cadastramento de empreendimentos em leilões de geração. Segundo o documento, os projetos de geração, inclusive a ampliação de empreendimentos existentes, deverão estar registrados na Aneel. Esse registro, de acordo com o MME, tem como finalidade permitir que o agente interessado solicite licenças e autorizações de órgãos públicos federais, estaduais, municipais ou do Distrito Federal, em especial os órgãos responsáveis pelo licenciamento ambiental, de recursos hídricos e do ONS. A Aneel deverá publicar o registro dos empreendimentos no prazo de até 75 dias antes da realização dos leilões. A EPE continuará realizando o cadastramento e a habilitação técnica dos empreendimentos. Serão enquadrados como CGH aproveitamentos hidrelétricos com potência inferior ou igual a 3 MW. Para esse tipo de projeto, o empreendedor deverá apresentar em até 75 dias antes da realização do leilão os parâmetros para fins de cálculo de garantia física. Além disso, mediante solicitação da EPE, a Aneel deverá encaminhar os estudos concluídos de empreendimentos hidrelétricos com potência maior que 50 MW para habilitação técnica, ouvido o agente que promoveu os respectivos estudos. A partir de 2017, será exigida, no ato do cadastramento, a apresentação de histórico de medições contínuas da velocidade e da direção dos ventos, em duas alturas distintas, para projetos eólicos. A altura mínima será de 50 metros e o período das medições não pode ser inferior a 36 meses consecutivos, realizadas no local do parque eólico, integralizadas a cada dez minutos e com índice de perda de dados inferior a 10%. Para ampliações de projetos existentes, os interessados deverão solicitar o cadastramento em modalidade simplificada. Para esses empreendimentos, a EPE emitirá a Declaração de Aptidão à Inscrição no Leilão - DAIL. Não poderá ser habilitado pela EPE ou receber a DAIL, o empreendimento que não possuir a garantia física publicada pelo MME. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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3 Belo Monte tem primeira unidade liberada para teste

Quatro usinas tiveram suas unidades geradoras liberadas para operação em testes em 22 de Março. A Norte Energia, responsável pela hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Vitória do Xingu, no Pará, obteve liberação da unidade 1, de 611,1 MW. Já na UTE Klabin Celulose, no município de Ortigueira, no Estado do Paraná, a liberação foi para a UG2 de 165 MW. Outras unidades geradoras liberadas foram as 1 e 2 da usina PCH Manopla, no município de Rio Formoso, em Pernambuco. Cada unidade possui 2.875,5 kW, totalizando 5.751 kW. Na UTE Guatapará, situada no município de Guatapará, em São Paulo, a unidade liberada foi a 4 de 1.426 kW. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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Empresas

1 Eneva sai de prejuízo para lucro no 4º trimestre

A Eneva registrou um lucro de R$ 13,9 mi no quarto trimestre de 2015, revertendo o prejuízo de R$ 1,36 bi entregue em igual período de 2014. No acumulado de 2015, o lucro foi de R$ 142,6 mi, ante prejuízo de R$ 1,52 bi de 2014. A receita operacional líquida entre outubro e dezembro do ano passado subiu 26,3% na base de comparação anual, para R$ 465,1 mi. No ano passado como um todo, a receita foi de R$ 1,52 bi queda de 15,5% frente a um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização consolidado atingiu R$ 207,8 mi, revertendo o prejuízo de R$ 83,8 mi do quarto trimestre de 2014. Segundo os comentários da administração que acompanham as demonstrações financeiras, o lucro atingiu patamar positivo em consequência de alguns fatores não recorrentes, relacionados ao recálculo do custo de indisponibilidade. Isso foi em parte compensado por um impacto de R$ 88,1 mi resultante do aumento de capital da empresa, da implantação do plano de recuperação judicial e ajustes contábeis. No caso do Ebitda, além do impacto do recálculo de indisponibilidade, o aumento refletiu a consolidação de ativos no período. A companhia lembra, ainda, o aumento de capital previsto pelo plano de recuperação judicial e que foi concluído em 5 de novembro de 2015, totalizando R$ 2,3 bi. Esse montante, de acordo com a Eneva, inclui contribuição de R$ 1,3 bilhão em ativos, R$ 983 mi em conversão de dívida e R$ 9,1 mi em dinheiro. (Valor Econômico – 24.03.2016)

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2 Eneva convoca acionistas para discutir agrupamento de ações

A Eneva enviou um comunicado ao mercado, em 23 de março, informando que pretende realizar o agrupamento de suas ações com objetivo de adequar a companhia às exigências estabelecidas pela BM&FBovespa. A proposta prevê o agrupamento da totalidade das ações emitidas pela empresa e representativas de seu capital social, à razão de 100 ações para 1, passando o número de ações em que se divide o capital da companhia de 16.176.982.098 para 161.769.820 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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3 Energisa registra lucro de R$ 351,4 milhões em 2015

A Energisa divulgou, em 22 de março, os resultados financeiros e econômicos da companhia em 2015 comparados com 2014. O lucro líquido somou R$ 351,4 mi, desempenho 15,3% superior a 2014. A receita operacional bruta alcançou R$ 18,6 bi, crescimento de 63,9%. A Ebitda atingiu R$ 2,4 bi, incremento de 43,5% sobre 2014. Em 2015, a energia total comercializada alcançou 32.656 GWh, aumento de 19,8%. "Apesar dos impactos sofridos pelo setor elétrico, os resultados do Grupo Energisa se mantiveram em expansão em 2015", escreveu Ivan Müller Botelho, presidente do Conselho de Administração da Energisa. Em março de 2015, a companhia finalizou a venda de sete empresas de geração e suas subsidiárias, em uma transação que alcançou R$ 2,7 bi e permitiu ao Grupo Energisa reforçar sua estrutura de capital e reduzir a alavancagem gerada após o esforço relacionado à aquisição do Grupo Rede, em abril de 2014. Formado por 13 concessionárias, é o sexto maior grupo distribuidor de energia do país em número de clientes, atendendo a cerca de 6,4 mi de consumidores em nove estados brasileiros - o equivalente a 8,1% do total de consumidores do Brasil. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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4 Tarifas da Copel podem reduzir 11,5% a partir de junho

As tarifas da Copel podem ser reduzidas em 11,5% a partir de junho. A empresa já encaminhou seus contratos para a Aneel para iniciar o quarto ciclo de revisão tarifária, que definirá o índice a ser aplicado neste ano. Dentro do processo, a Aneel enviou ao Conselho de Consumidores da Copel uma planilha que contém essa expectativa de redução. A planilha, no entanto, ainda vai ser analisada pelo Conselho de Consumidores e pela Aneel e também será debatida em audiência pública em abril. Somente após essas etapas haverá a definição do índice a ser aplicado em 24 de junho. "Desde 2011, nossa distribuidora investiu cerca de R$ 4 bi para expandir e modernizar a rede elétrica do estado. Ao mesmo tempo, é uma grande conquista que possamos reduzir a tarifa, beneficiando os paranaenses", afirma o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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5 Aneel nega pedido de revisão extraordinária da AES Sul

A Aneel negou pedido de revisão tarifária extraordinária apresentado pela AES Sul, por considerar que não existe desequilíbrio econômico financeiro que justifique a aplicação do processo nesse momento. A distribuidora gaúcha alegou descompasso entre despesas e cobertura tarifária, atribuído principalmente ao aumento dos custos de aquisição de energia e à elevação da taxa de câmbio. As despesas adicionais somaram R$ 338 mi até setembro de 2015, já incluído o saldo financeiro positivo de processos tarifários anteriores, no valor de R$ 74,6 mi, que a empresa teria que devolver ao consumidor na tarifa. O valor foi atualizado em janeiro desse ano, quando a variação dos custos da Parcela A em formação para dezembro de 2015 totalizou R$ 275,1 mi, contra R$ 263,44 mi em setembro. Já a CVA estimada para 2016 passou de R$ 245,43 mi para R$ 232,7 mi. Para a Aneel, as variações de custos relacionadas à geração de usinas termelétricas, ao déficit hídrico e à sobrecontratação de energia “foram significativamente mitigadas com a implementação do sistema de Bandeiras Tarifárias”. A AES Sul recebeu R$ 362 mi da conta das bandeiras em 2015. Com relação aos impactos da variação cambial da tarifa de Itaipu, a agência destacou que a tarifa da usina em 2016 ficou 32% menor, em dólar, que a de 2015. A distribuidora também questionou os impactos da crise econômica sobre o mercado de distribuição, mas a agência entendeu que redução de mercado é risco do negócio. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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6 Aneel propõe redução média de 11,5% nas tarifas da Copel

A Aneel propôs redução média de 11,5% nas tarifas dos consumidores, dentro do quarto ciclo de revisão tarifária periódica, informou, em 23 de março, a Copel Distribuição em comunicado. O percentual ainda será homologado, com previsão para o dia 24 de junho, após processo de audiência pública. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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7 AES Sul investirá R$ 400 mil na troca de postes em Dois Irmãos

Nos próximos 120 dias a AES Sul (RS) substituirá 100 postes de madeira por postes de concreto e fará 1.020 podas de árvores no município gaúcho de Dois Irmãos. Essas podas são importantes para evitar que os galhos tenham contato com a rede elétrica em dias chuvosos ou com vento. A concessionária obedece um cronograma permanente de investimentos e no caso dessas melhorias, serão investidos R$400 mil reais. A previsão para os próximos anos é de investir R$ 3,2 mi no município com obras de modernização da rede, melhoria no nível de tensão e manutenção de equipamentos. A concessionária também promete aplicar os valores investidos em diversas melhorias pela cidade, como substituição de postes, instalação de chaves telecomandadas e de seccionamento de rede, construção de novas subestações, execução de podas em árvore e construção de linhas de transmissão. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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8 AES Sul já investiu R$ 2,1 milhões em programa de troca de produtos recicláveis

O projeto Recicle Mais, Pague Menos da AES Sul (RS), está completando três anos nesse mês de março. O projeto possui cinco pontos de coleta em Canoas, São Leopoldo e Sapucaia do Sul e consiste na troca de bônus na tarifa energética elétrica pelos resíduos recicláveis que são entregues pelos clientes residenciais. Dessa forma, é possível incentivar a população para que seja dada a correta destinação dos resíduos como plástico, vidro, papel e metal. O Recicle é um investimento de R$ 2,1 mi, que nesses três anos já conseguiu arrecadar mais de 2,4 mi de quilos de resíduos e já permitiu que 179 clientes zerassem 413 faturas de energia elétrica com os bônus acumulados. O total de material arrecadado até o momento gerou bônus de R$ 420 mil nas contas de 47.114 clientes. Isso representa uma economia de 11.027.232,19 KWh de energia elétrica, que seriam necessários para produzir o material coletado para reciclagem. Para se cadastrar basta levar uma conta de energia elétrica até um dos postos de coleta, fazer a adesão ao projeto e já iniciar a entrega dos resíduos. Clientes residenciais de outros municípios da área de concessão da AES Sul também podem participar desde que levem os resíduos até um dos postos. O projeto Recicle Mais, Pague Menos, além do benefício direto na conta de energia elétrica, também contribui para o meio ambiente, voltado para a sustentabilidade, evita que esses resíduos sejam descartados no meio ambiente ou em lixões. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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9 CTG realizará novo leilão de venda de energia

A CTG Brasil vai realizar no dia 6 de abril um novo leilão de venda de energia elétrica. O certame ocorrerá das 15 horas às 15:35h. A empresa quer comercializar no mercado livre um produto com duração de três anos. Segundo a companhia, poderão participar geradores, comercializadores e consumidores livres. Este será o segundo leilão promovido pela CTG Brasil, que busca fortalecer seu relacionamento com os principais players de mercado e firmar sua posição como operadora do setor. O primeiro leilão aconteceu no último dia 1º de março. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sul reverteram a tendência de baixa dos últimos dias e subiram 0,6% para 95,7% da capacidade na última terça-feira, 22 de março, na comparação com dia anterior, de acordo com dados do ONS. A energia armazenada ficou em 19.106 MW mês no dia. A energia afluente armazenável está acumulada em 161% da média de longo termo. A hidrelétrica Passo Real opera com 87,95% da capacidade. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios subiram 0,1% para 56,5% da capacidade. A energia armazenada no dia somou 114.588 MW mês. A ENA armazenável está em 79% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 72,09% da capacidade e Emborcação, 47,96%. Os reservatórios do Nordeste tiveram elevação de 0,2% para 33,8% da capacidade. A energia armazenada alcançou 17.504 MW mês no dia. A ENA armazenável está em 31% da média histórica. A hidrelétrica de Sobradinho está com 32,49% da capacidade. Na região Norte, o nível de armazenamento subiu 0,2% para 54% da capacidade. A energia armazenada chegou a 8.118 MW mês no dia. A ENA armazenável está acumulada em 53% da média. A usina de Tucuruí opera com 73,27% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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2 ONS vê afluências próximas à média no SE/CO em abril

O último mês do período úmido deverá apresentar vazões semelhantes ao que se verificou em março. A expectativa do ONS é de que os submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul registrem ao final de abril níveis de energia natural afluente em 92% e 144% da média de longo termo, respectivamente. A situação no Nordeste e no Norte continuará pressionada com ENAs de 42% e 50% da média histórica. Os dados foram apresentados no primeiro dia da reunião do PMO para o mês de abril, na sede do órgão.. Outro destaque dado pelo ONS é o nível de demanda na maior região consumidora do país. O operador estima que a carga em abril no SE/CO deverá continuar em elevação ante o mesmo período de 2015. A expectativa é de aumentos de 4,2% e de 6,3% para os dois próximos meses. Já em março avançou 3,5%. Ao se confirmar as projeções a demanda de janeiro a maio deverá ser maior 1,7% ante 2015 somente nessa região do país. Já no sul o movimento é o oposto. Em março foi registrada queda de 3% na demanda. A previsão para abril é de expansão de 0,4% e em maio de 2,6%. No acumulado dos cinco meses o indicador deverá ficar no negativo, em 0,8%. Por sua vez, no NE o consumo no mês de março avançou 3,5%. Essa performance deverá desacelerar em abril para um crescimento de 1,6% e em maio para 0,3% levando a demanda no acumulado de janeiro a maio a uma queda de 0,4% ante o mesmo período do ano passado. No norte continuam os fortes indicadores de expansão da carga. Em março ficou em 4,6% e a previsão para abril é de 5,1% de aumento, em maio o aumento esperado é de 3,8%. No SIN, o acumulado de janeiro a maio apresenta uma perspectiva de crescimento de 1,2% na carga. Uma das explicações para esse fato é que nesse mesmo mês houve a parcela de aumento da tarifa mais elevada com o RTE e além disso, já se sentia uma queda no consumo de energia. Em termos operacionais, no Nordeste houve um aumento da defluência do São Francisco em Sobradinho de 800 m³ para 900 m³ por 11 dias. E ainda, houve dias em que se despachou térmicas de CVU acima de R$ 450/MWh. A eólica apresenta tendência de queda na geração em abril por causa da chuva que tende a acontecer e se intensificar a partir de maio. Em Três Marias a vazão foi reduzida de 150 para 100 m³ por segundo e deverá ser mantida nesse volume até o término do mês de abril, pelo menos. No Norte o destaque dado foi à expectativa de aumento de afluência em Tucuruí já para o mês de abril a ponto de que o reservatório possa alcançar sua capacidade máxima. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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3 ONS: preservação das cabeceiras das bacias na região Sudeste

A ação do ONS no Sudeste ainda tem sido no sentido de preservar as cabeceiras das bacias na região e tem operado Furnas, Emborcação, Serra da Mesa e Itumbiara de forma a economizar água visando o replecionamento desse submercado. A expectativa é de que o nível deverá chegar a algo próximo a 58%. A meta de armazenamento de 30% para o final de novembro no país parece factível, mas para isso precisa que a afluência fique em 71% da MLT até lá. Essa previsão considera uma geração de térmicas de CVU de até RR$ 211/MWh. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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4 Transmissão de energia sofre atrasos

Em transmissão houve atraso na modelagem do Madeira que estava previsto para ter a capacidade de escoamento de energia de 5.325 MW já em abril, mas permaneceu em 3.750 MW. O cronograma de limites de escoamento para os períodos subsequentes continua quase o mesmo, no segundo semestre deste ano está previsto um volume de 5,6 mil MW, no primeiro semestre de 2017 de 6.800 MW que persiste até novembro e chega em dezembro com 7 mil MW. Quanto ao sistema de transmissão de Belo Monte a cargo da Abengoa o operador já registra um atraso de 24 meses na execução. Esses lotes estão relacionados ao reforço nos limites de escoamento de energia do N-NE, principalmente. Segundo o ONS, o atraso vai provocar alteração significativa dos limites de intercâmbio de energia, que só agora foram considerados oficialmente no modelo. São muitas linhas que vão impactar a capacidade de importação de energia oriunda da região Norte. A previsão climática para o próximo trimestre aponta um enfraquecimento do El Niño. No mapa de profundidade apresentado é visível que a coluna de água quente, que caracteriza esse fenômeno climático, está cada vez mais rasa. Contudo, os modelos estão muito divergentes a partir de maio. Há uma dispersão muito grande dos modelos, então, ainda é arriscado afirmar que ocorrerá um La Niña. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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5 Preço de referência para energia tem nova baixa no Sudeste

A curva do preço de referência para contratos de energia elétrica do submercado Sudeste/Centro-Oeste segue em ritmo de baixa. O valor, referente ao trimestre de abril a junho de 2016, foi fixado em R$ 60,31/MWh na semana, o que representa uma queda de 3,7% em relação ao período anterior. Na comparação com as bases mensal e anual, o índice apresentou elevação de 0,77% e retração de 84,43%, respectivamente. A análise foi elaborada pela consultoria Dcide e publicada nesta quarta-feira (23/3) no Boletim Semanal da Curva Forward. Para a fonte convencional de longo prazo, que abrange o período de 2017 a 2020, o preço foi calculado em R$ 121,18/MWh, valor praticamente estável em relação à semana passada e registrando variações negativas de 0,48% no mês e 43,65%% no ano, de acordo com a Dcide. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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Energias Renováveis

1 CPFL estudará impactos da microgeração na rede de distribuição

A CPFL Energia deu início a um projeto de P&D da Aneel que levará à instalação de sistemas fotovoltaicos em 200 unidades consumidoras em Campinas. O investimento previsto é de R$ 14,8 mi e término no início de 2018, quando apresentará os resultados. A meta é de avaliar os impactos da inserção da microgeração nas redes elétricas de baixa tensão e preparar o grupo para seu avanço no país nos próximos anos, até mesmo como um possível segmento de negócio dentro do grupo. De acordo com o coordenador do projeto de P&D Telhados Solares da CPFL Energia, Rafael Moya, com a iminência do avanço da geração distribuída, as distribuidoras precisam se preparar. O ponto de partida é o de estudar os impactos técnicos em termos de qualidade da energia na rede quando houver milhões de sistemas em operação em uma área de concessão. O foco, disse ele, está na solar fotovoltaica por ser a tendência desse mercado em todo o mundo. Farão parte desse projeto 200 sistemas instalados em unidades consumidoras no bairro de Barão Geraldo, onde fica a própria sede da empresa e está próxima à Unicamp e o CPqD, que são os parceiros da CPFL no projeto. A universidade é a responsável pelas simulações computacionais, avaliação dos impactos técnicos, capacitação técnica e formação de mão de obra para a geração solar. Já o CPqD analisará a proposição de modelos de negócio e mudanças no arcabouço regulatório do ponto de vista das questões técnicas. Esse projeto será aplicado em um único circuito que atende a 5 mil consumidores com uma geração que equivale a 20% da demanda dessa região. Mas, ressaltou Moya, esse projeto não terá um impacto significativo na rede da empresa por se tratar de uma pequena amostra de consumidores dentro da CPFL Paulista. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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2 Usinas vendem 1,1 bilhão de litros de etanol em março

As usinas de etanol da região Centro-Sul do país venderam 1,1 bi de litros na primeira metade de março deste ano, sendo 94,5% para o mercado interno e apenas 5,5% de exportação, de acordo com dados da Unica. Dentro do país, as vendas totalizaram 547,9 mi de litros de etanol hidratado entre 1º e 16 de março, o que representa uma queda de mais de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. Quanto ao anidro, utilizado na mistura com gasolina, foram comercializados 492,6 mi de litros, volume 37% superior na mesma comparação. “Com o início da safra 2016/17, os preços do etanol caíram nas usinas. Esperamos que essa alteração seja repassada para as bombas dos postos de combustível do país nos próximos dias”, afirmou o diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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3 Etanol se sobrepõe ao açúcar

Nas primeiras semanas de março, a quantidade de cana-de-açúcar processada alcançou 5,3 mi de toneladas. Já no acumulado da safra 2015/16, entre 1º de abril de 2015 e 16 de março de 2016, a moagem totalizou 603,6 mi de toneladas, alta de 6,4% frente à safra anterior. Com relação à proporção da cana utilizada pelas usinas, 70,5% foram direcionados à produção de etanol e apenas 29,5% para o açúcar. Assim, foram produzidos 180,4 milhões de litros de hidratado e 39 mi de litros de anidro. Houve também uma grande quantidade de usinas convertendo anidro para hidratado no período. A Unica contabilizou 75 unidades produtoras da região Centro-Sul em operação na última quinzena, mas a expectativa é que esse número suba para 120 até o final de março, em função do início da safra 2016/17. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 ANP faz audiência pública sobre envio de informações para transporte de gás

A ANP fará uma audiência pública para divulgar as mudanças nos procedimentos de envio de informações referentes à atividade de transporte de gás natural para a agência e também para os carregadores envolvidos. A audiência será realizada no dia 31 de maio, das 14h às 17h, no escritório central da ANP, no Rio de Janeiro. Os interessados também podem contribuir por meio de consulta pública, aberta até 17 de abril. O objetivo da ANP é obter subsídios para a redação final da nova resolução, que deve substituir a regulamentação vigente, de 2003. No dia 18 de março,, a ANP publicou a Resolução nº 11/2016, que regulamenta o livre acesso aos gasodutos de transporte para “permitir a efetiva competição nas atividades de produção e comercialização de gás natural”, informou. O texto incluiu também o swap de gás natural, que consiste na negociação do transporte de gás pelo volume disponível nos gasodutos, e não pelo fluxo físico da molécula. Uma das novidades é a figura do carregador, agente interessado em utilizar o serviço de movimentação de gás. Para isso, o carregador participa de uma chamada pública para contratar capacidade de transporte em dutos existentes, a serem construídos ou ampliados. A agência tem então 90 dias para analisar e aceitar ou não a negociação. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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2 Desligamento de térmicas e retração econômica derrubam consumo de gás natural em janeiro

O consumo total de gás natural caiu 3,12% em janeiro em relação a dezembro do ano passado, com 68 milhões de metros cúbicos. Na comparação anual, a queda foi de 13,8%, consequência do desligamento de parte das termelétricas a gás, com a melhora do armazenamento dos reservatórios das hidrelétricas, informou a Abegás nesta quarta-feira (23/3). No entanto, a retração da economia também refletiu na retração da demanda, de acordo com a entidade. O segmento residencial apresentou crescimento de 13,9% contra um ano antes, resultado do investimento das concessionárias na expansão da rede de distribuição e no esforço pela captação de novos clientes. Já o pequeno aumento na produção industrial puxou a alta de 4,6% no volume de gás natural em janeiro frente a dezembro. Frente a janeiro de 2015, a queda é de 13,3%, de acordo com o levantamento feito pela associação. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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Grandes Consumidores

1 Comgás desenvolve solução energética para planta industrial da Mercedes-Benz

A Comgás desenvolveu a solução energética para a nova fábrica da Mercedes-Benz, inaugurada nesta quarta-feira, 23 de março, e localizada em Iracemápolis (SP). A planta é a primeira do setor automobilístico autossuficiente em energia, utilizando a cogeração a partir do gás natural. A fábrica utiliza dois moto geradores da GE, cada um de 1,35 MW, que alimentam as estufas de secagem e pintura. O volume contratado é de 380 mil metros cúbicos de gás por mês. O contrato da empresa com a Comgás foi assinado em fevereiro de 2015 e a Comgás disponibilizou o gás natural já a partir de novembro. "A cogeração possibilita melhor aproveitamento do gás, com mais eficiência e custos atrativos. Para uma indústria, trata-se de uma decisão estratégica que permite a sua independência energética, eliminando variáveis que estão fora do controle como eventuais apagões, quedas de energia, volatilidade nos preços e mudanças na regulação do mercado de energia elétrica", explica o gerente executivo de vendas diretas B2B da Comgás, Sergio Pais. Segundo ele, a Mercedes já é cliente da empresa na unidade em São Bernardo. O projeto a gás natural permitiu a viabilidade de instalação da fábrica no município dentro do prazo e da demanda de suprimento energético planejados. O maior desafio da Comgás, de acordo com Pais, foi levar gás natural em tempo recorde para um município onde ainda não havia rede, que só passava em Limeira, município vizinho. Assim, a Comgás construiu uma rede de aproximadamente um quilômetro e uma estação redutora de pressão. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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2 Pesquisa indica prejuízos da indústria com falhas no fornecimento de energia

Uma pesquisa divulgada na última quarta feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 67% das empresas que usam eletricidade como principal fonte em seu processo produtivo são impactadas de forma significativa em razão das interrupções no serviço. De acordo com o estudo, 16% das empresas são afetadas frequentemente por falhas no abastecimento e 34% são atingidas eventualmente. Outras 44% se depararam com quedas de energia em raras ocasiões e 4% responderam que nunca houve falhas. Segundo a Aneel, no ano passado os consumidores ficaram sem energia elétrica, em média, por 18 horas e 35 minutos. O número é maior que o de 2014, quando foram registradas 18 horas e 4 minutos sem energia. A CNI diz que o maior problema da queda de energia é a paralisação da produção da indústria. “Dependendo do tipo de empresa e da linha de produção, há perdas de matéria-prima, produtos e horas de trabalho. São prejuízos consideráveis, que acabam se revertendo em recursos”, informou a confederação. Segundo a pesquisa, a indústria extrativa é o segmento atingido com maior frequência pelas quedas no fornecimento de energia. Pelos dados, 51% das empresas desse setor relataram prejuízos altos em decorrência das falhas do sistema. Na indústria de transformação, esse percentual recua para 35%, enquanto na construção fica em 14%. A pesquisa foi feita pelo Ibope, que entrevistou 2.876 empresas, 1.143 pequenas, 1.070 médias e 663 grandes, entre os dias 1º e 15 de outubro de 2015. (Agência Brasil – 23.03.2016)

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3 Queda de produção de aço chinês deve ajudar siderúrgicas globais

A ajuda pode estar à mão para as siderúrgicas internacionais atingidas pela concorrência da China. O volume recorde de exportações do maior país produtor provavelmente cairá após o aumento dos preços, ampliando a atratividade das vendas locais para as usinas em relação aos embarques ao exterior, segundo o Noble Group. “A principal razão pela qual teremos exportações menores de aço chinês, pelo menos nos próximos meses, é que, de dezembro para cá, os preços do aço chinês têm apresentado um desempenho muito melhor do que os preços do aço de outras regiões”, afirmou Gueorgui Pirinski, analista de materiais de aço-carbono da trader de commodities, em uma conferência em Cingapura nesta quarta-feira. “Tivemos uma alta enorme, de 30% a 40%”. As exportações da China, país que responde por cerca de metade da produção global, atingiram uma alta histórica no ano passado em um momento em que as produtoras lidavam com a queda dos preços locais e com a abundância de material. O excesso ampliou a concorrência na Ásia, na Europa e nos EUA, reduzindo os lucros das usinas de todo o mundo e gerando um aumento nas tensões comerciais em meio às acusações de que os volumes crescentes da China estavam sendo vendidos barato demais. Neste ano, os preços do aço da China se recuperaram, em uma mudança que, segundo Pirinski, foi impulsionada pela produção mais baixa. (O Globo – 23.03.2016)

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Economia Brasileira

1 Energia elétrica foi item que mais contribuiu para queda do IPCA em março

O IPCA teve variação de 0,43% em março e ficou 0,99 ponto percentual abaixo da taxa de 1,42% de fevereiro. Em relação aos meses de março, constitui-se no índice mais baixo desde 2012, quando registrou 0,25%. A energia elétrica foi o item que, com queda de 2,87%, exerceu o impacto para baixo mais expressivo (-0,11 p.p.), segundo o IBGE. Este comportamento deve-se à redução na cobrança extra da bandeira tarifária que, a partir de 1º de março, passou dos R$ 3, da bandeira vermelha, para R$ 1,50, da bandeira amarela, por cada 100 kWh consumidos. As contas de energia de todas as regiões pesquisadas ficaram mais baratas, especialmente em Salvador, com queda de 5,85%. Em algumas regiões, entre elas Salvador, houve ainda queda no valor das alíquotas de PIS/COFINS. O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado por trimestre, situou-se em 2,79%, abaixo da taxa de 3,50% registrada nos três primeiros meses do ano passado. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 9,95%, descendo dos 10,84%, que havia atingido nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2015, a taxa havia sido 1,24%. No mês de março, o principal impacto individual no IPCA-15, ficou com os combustíveis, onde a alta foi 1,23%. (Agência CanalEnergia – 23.03.2016)

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2 Taxa de desemprego sobe para 9,5% no trimestre encerrado em janeiro

A taxa de desemprego aumentou para 9,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2016, de acordo com a Pnad Contínua, do IBGE. Essa taxa é recorde da série histórica da pesquisa, iniciada no primeiro trimestre de 2012. No mesmo período em 2015, o desemprego atingia 6,8% da população economicamente ativa do país. A população desocupada também atingiu recorde, de 9,6 milhões de pessoas, crescendo 6% (545 mil pessoas a mais) no confronto com trimestre encerrado em outubro de 2015. O aumento em relação ao mesmo trimestre de 2015, de 42,3% (2,9 milhões de pessoas a mais) é outro recorde no levantamento, em variação de porcentagem e em número absoluto, informou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. De acordo com o especialista, nas comparações anuais dos seis últimos trimestres da Pnad Contínua, o total de população desocupada totalizou mais de 2 milhões de pessoas. Segundo ele, o resultado de janeiro de 2016 mostra que o mercado dispensou mais funcionários além dos empregados temporários admitidos no fim do ano passado, para as vendas de Natal. Já a população ocupada, de 91,7 milhões de pessoas, é 1,1% menor (1 milhão de pessoas) que a de igual período em 2015. Em relação ao trimestre encerrado em outubro, a redução foi de 0,7% (656 mil a menos). (Valor Econômico – 24.03.2106)

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3 Governo prevê déficit fiscal de quase R$ 100 bi neste ano

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, anunciou nesta quarta-feira que vai encaminhar um projeto de lei ao Congresso Nacional para reduzir de R$ 24 bi para R$ 2,8 bi a meta de superávit primário deste ano prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016. A proposta vai prever ainda a possibilidade de abatimento de R$ 99 bi gastos com investimentos, saúde e defesa. Segundo o ministro, com isso, o governo poderá registrar um déficit fiscal poderá chegar a R$ 96,65 bi neste ano ou o equivalente a 1,55% do PIB. Por enquanto, esse é o valor máximo porque, conforme Barbosa, está sendo considerado a previsão de reverter o contingenciamento do orçamento anunciado ontem de R$ 21,2 bi no decorrer do ano. O ministro disse que a proposta de alteração da LDO vai prever uma cláusula para permitir o abatimento do impacto do alongamento das dívidas dos Estados com a União na meta de superávit primário dos Estados e municípios, que atualmente é de R$ 6,6 bi. O valor de alteração da LDO depende do resultado da negociação dos contratos com os Estados. Por enquanto, esse impacto, se todos os instrumentos propostos pelo governo forem utilizados pelos Estados, está estimado em R$ 6 bi. Barbosa informou ainda que a mudança da meta fiscal é necessária devido à frustração de receitas administradas, que caíram no primeiro bimestre e deverá apresentar baixa também em março, por causa da recessão econômica. “Houve desaceleração forte da economia e se reflete em redução das receitas do governo, principalmente, das receitas tributárias e por isso temos que readequar nossa previsão fiscal”, afirmou Barbosa. No total, o projeto que será encaminhado ao Congresso prevê a redução máxima de R$ 120,65 bi na meta deste ano. O abatimento de R$ 99 bi contido na proposta prevê a acomodação de frustração de receita administrada de até R$ 40,3 bi. Além disso, considera a manutenção do desconto de frustração de receita não administrada em até R$ 41,7 bi; até R$ 3 bi nos gastos de saúde e de até R$ 9 bi de investimentos. Mas foi incluída também a possibilidade de deduzir gastos com defesa em até R$ 3,5 bi e de regularização dos pagamentos do Fundo de Exportação de até R$ 1,95 bi. (Valor Econômico – 23.03.2016)

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4 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h09, a moeda americana apresentava alta de 0,99%, a R$ 3,7135. Na quarta-feira, o dólar comercial subiu 2,20%, fechando a R$ 3,6776. (G1 e Valor Econômico – 24.03.2016 e 23.03.2016)

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Internacional

1 Argentina: Antes de chegada de Obama, Dow anuncia a criação de parque eólico

A norte-americana Dow se adiantou à chegada do presidente dos EUA, Barack Obama e anunciou um acordo com a tecnológica provincial Invap para desenvolver um parque eólico em Rio Negro, Argentina. O projeto está atado ao Governo, que deve assinar a regulamentação da lei de Energias Renováveis, votada ano passo e que define a estrutura impositiva, preços e inserção no mercado dos novos projetos. A norma obriga que as indústrias consumam 8% de energia renovável até o fim de 2017, o que incentivou o projeto da companhia dos Estados Unidos. (Inversor Energético – Argentina – 23.03.2016)

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2 Argentina: Mais de 2,8 milhões de usuários podem ter acesso à tarifa social de eletricidade

Mais de 2,8 milhões de usuários do serviço elétrico já se encontram em condições de ter acesso à tarifa social implantada pelo Governo argentino no final de janeiro, como parte do processo de readequação tarifária. O Ministério de Energia afirmou que, com base na informação obtida através do Sistema de Identificação Nacional Tributário e Social (SINTyS), que depende do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais, durante o levantamento, foi possível identificar 2.849.918 usuários em condições de ter acesso à tarifa social em todo o país. (Inversor Energético – Argentina – 23.03.2016)

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3 Argentina: Governo lança leilão para somar nova energia

Para começar a baixar os custos e assegurar maior provisão nos meses de verão, o Governo argentino lançou uma convocatória a interessados em ofertar nova capacidade de geração térmica e de produção de energia elétrica associada por um total de 1.000 MW. Trata-se de pequenos equipamentos, de entre 40 e 150 MW, chamada energia distribuída porque consiste em pequenas centrais. O leilão foi estabelecido pela resolução 21/2016 da Secretaria de Energia Elétrica, que faz referência à emergência elétrica que afeta o país e à urgência de atender a esta situação. (Clarín - Argentina – 23.03.2016)

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4 Colômbia: Mais de 390 empresas se unem a campanha de poupança energética

O Governo informou que mais de 390 empresas e entidades se uniram à campanha “Apagar Paga”, que promove a poupança de energia para enfrentar a crise energética que afeta o país. “Mais de 390 empresas estão autogerando energia e trabalhando com suas plantas. Isto é uma forma de garantir o futuro ao poupar luz e energia”, assegurou a ministra de Minas e Energia, María Lorena Gutiérrez. O plano visa combater a possibilidade de o país enfrentar um racionamento elétrico devido aos efeitos do fenômeno El Niño, que causa seca aguda e reduziu o nível dos rios que alimentam as hidrelétricas. (Portafolio – Colômbia – 23.03.2016)

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5 Cesbe é contratada para primeiro projeto no Peru

A Cesbe, uma das construtoras da UHE Itaocara, foi contratada pelo governo do Peru para realizar obras de melhorias nos sistemas de água e esgoto da região de Apurímac. A empreiteira venceu a licitação promovida pelo Ministério de Habitação, Construção e Saneamento do Peru cinco meses após anunciar a expansão de suas atividades para outros países da América Latina. Nesse empreendimento, a Cesbe entrou em um consórcio junto com a construtora peruana Marquisa e a projetista espanhola Ingesa. O cronograma prevê a elaboração de um projeto executivo nos próximos seis meses, e, nos 12 meses seguintes, a realização das obras, o fornecimento e a instalação de todos os materiais e equipamentos. No Brasil, a Cesbe faz parte do consórcio construtor da hidrelétrica de Itaocara, prevista para 2018. A empresa também já comandou as obras da UHE Santo Antônio do Jari (373 MW – PA/AP), em operação desde 2014, e da UHE Cachoeira Caldeirão (219 MW – AP), prevista para 2017. (Agência Brasil Energia)

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6 Central angolana de ciclo combinado começa a funcionar em 2017

A futura central de ciclo combinado do Soyo, cuja construção vai custar ao Estado angolano mais de € 830 milhões, entra em testes no início de 2017 e permitirá garantir eletricidade a Luanda e ao norte de Angola. A informação foi divulgada pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, acrescentando que o projeto envolve ainda a construção de uma linha elétrica até à capital, ao longo de mais de 400 km, com 1.500 torres. Trata-se de uma das maiores obras públicas em curso em Angola, executada por empresas chinesas, sendo um empreendimento considerado fundamental para reduzir o déficit energético angolano. (Correio da Manhã – Portugal – 24.03.2016)

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7 Capacidade eólica offshore deve chegar a 74 GW em 2025

A capacidade instalada de usinas eólicas offshore no mundo deve chegar a 74 GW até 2025, de acordo com a consultoria Douglas Westwood (DW). Nos próximos dez anos, estima a companhia, serão destinados € 200 bi para o setor, com possibilidade de mais € 70 bi para projetos ainda em discussão. As adições de capacidade de eólicas offshore devem começar a crescer significativamente após 2016, aponta a DW, atingindo um pico de 9,2 GW que devem ser entregues em 2022. Neste ano, lembra a consultoria, devem começar a ser construídos muitos projetos da Rodada 3, no Reino Unido, que marca uma área com potencial de 33 GW no offshore. O Reino Unido e a Alemanha devem instalar 10 GW cada até 2025, impulsionando o setor de eólicas offshore no Mar do Norte — uma oportunidade para muitos participantes da cadeia de suprimentos do setor de óleo e gás, aponta a DW. Além disso, os EUA e a Coréia do Sul devem instalar suas primeiras usinas eólicas instaladas no mar, que somam 30 MW. A China tem a previsão de instalar 10 GW de capacidade, volume abaixo do que era previamente esperado, mas o país deve continuar sendo uma peça chave para o crescimento desse mercado. A França e a Taiwan vão começar a construção de suas primeiras usinas do tipo. Embora projetos eólicos offshore ainda sejam considerados caros, os custos vêm caindo conforme maiores modelos de turbinas e projetos de maior escala, combinados, têm resultado em retornos maiores e maior eficiência operacional. Apesar de esse crescimento, das máquinas e dos projetos, representar grande desafio para a instalação dos projetos, a DW avalia que inovações nas embarcações e métodos de construção responderão rapidamente a essa nova demanda e a expectativa é que o tamanho dos componentes para esses parques continue a crescer até depois de 2025. (Agência Brasil Energia – 23.03.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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