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IFE: nº 4.055 - 21 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Saída para Bolognesi não passa por extensão de cronograma, diz Aneel
2 Aneel admite relicitar linhas da Abengoa
3 José Jurhosa fala sobre a Bertin
4 Presidente da ANA defende revisão das regras de operação dos reservatórios
5 FGV disponibiliza Boletim de Conjuntura do Setor Elétrico

Empresas
1 Cemar e DME Distribuição lideram ranking de qualidade de serviços da Aneel
2 Lucro da CPFL Energia cai mais de 40% no quarto trimestre
3 CPFL Renováveis tem prejuízo de R$ 48,7 mi em 2015
4 Lucro da Copel cai 5,2% em 2015
5 Programa de Itaipu será usado na recuperação da bacia do Rio Doce
6 Copel inicia operação como comercializadora
7 Linhas do Teles Pires devem operar no início de abril, estima Copel
8 Raízen Energia prepara emissão de CRA’s

9 Tecipar tem três unidades geradoras liberadas para teste

10 Prejuízo da Bradespar aumenta quase seis vezes no 4º trimestre

11 Copel-D estima ter dois anos de folga em indicadores de qualidade

12 Copel-D focará o investimento em área rural

13 Zimmermann assume novamente presidência da Eletrosul

Leilões
1 Aneel divide leilão de transmissão de R$ 22 bilhões em dois

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS planeja chegar a 30% de armazenamento em dezembro
3 Nordeste continua com projeção de afluências pressionadas

4 CMO cai para R$ 15,02/MWh no Sudeste, Sul e Norte

Meio Ambiente
1 Hidrelétricas ameaçam bacias mais ricas em biodiversidade no mundo
2 Práticas sustentáveis ganham fôlego com certificação
3 Olimpíadas provocam onda de sustentabilidade entre fornecedores no Brasil

4 Especialistas acreditam que o futuro do mercado de energia é a sutentabilidade

5 Diagnóstico da dívida social de Sobradinho será feito pelo Ipea

Energias Renováveis
1 Gestamp consegue enquadrar duas eólicas no RN ao Reidi

Gás e Termelétricas
1 ANP regulamenta livre acesso aos gasodutos de transporte
2 Petrobrás vai se desfazer de 81% de sua rede de gasodutos
3 Carteira da GasBrasiliano chega a 17 mil clientes em São Paulo
4 Aneel aprova custo fixo ajustado de três térmicas

Grandes Consumidores
1 Braskem vai investir R$ 380 mi para diversificar matéria-prima
2 Vale deve receber semana que vem aval para nova barragem em MG

Economia Brasileira
1 Mercado espera inflação menor e queda maior da economia em 2016
2 Barbosa: Cenário permite ação mais convencional no câmbio

3 Queda da produção e alta no desemprego derrubaram arrecadação
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina vai desenvolver projeto solar de 700 MW
2 Paraguai: Senado pede relatórios sobre estações
3 Venezuela: Plano 20% de poupança energética colocado em marcha
4 Portugal: REN mantém investimento apesar dos cortes do regulador
5 Portugal: Lucro da REN sobe 3% para € 116 milhões em 2015

6 Capacidade global eólica offshore alcançará 52.120 MW até 2020

Biblioteca Virtual do SEE
1 FGV. “Boletim de Conjuntura do Setor Elétrico – No 2”. FGV Energia. Rio de Janeiro, fevereiro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Saída para Bolognesi não passa por extensão de cronograma, diz Aneel

Se a busca de "waiver" para eventuais problemas de cronograma é a opção da Bolognesi, a Aneel tornou essa opção mais distante. O diretor da Aneel, José Juhrosa, disse no dia 18 de março, que a saída buscada pela companhia não deverá passar pela extensão do cronograma de obras, pura e simplesmente. Segundo ele, a Aneel está acompanhando de perto a situação da empresa, que vê seus projetos ameaçados pela variação cambial e acredita que a saída da empresa será uma negociação com as distribuidoras. A diretoria da agência, inclusive, solicitou reunião com a empresa, o que deve ocorrer até o início de abril, para acompanhar o desenrolar. Juhrosa explicou que algumas das distribuidoras com as quais a Bolognesi fechou contrato podem abrir mão do fornecimento da energia em 2019, considerando a possibilidade do consumo se manter baixo, frente ao preço mais caro da energia térmica. Por outro lado, as distribuidoras que não prescindirem do fornecimento podem levar às térmicas a contratar lastro para substituir a energia não entregue, disse Juhrosa, após participar do VIII Encontro de Conselhos de Consumidores da Região Sudeste, em Niterói. As duas usinas da Bolognesi – Novo Tempo (PE) e Rio Grande (RS) – negociaram energia com 38 distribuidoras, cada uma. Cada empreendimento possui 1.250 MW de capacidade instalada e tiveram energia negociada no leilão A-5 de 2014. O maior fornecimento de Rio Grande foi para a Cemig Distribuição (81,6 MW médios). A mineira também foi a maior contratante na Novo Tempo (82,5 MW). (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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2 Aneel admite relicitar linhas da Abengoa

A Aneel não descarta relicitação de linhas da Abengoa que não encontrarem solução de mercado, afirmou dia 18 de março o diretor da Aneel, José Juhrosa. Ele contou que a preocupação maior da agência é com as linhas em construção, que se forem retomadas pelo governo por falta de interessados, pode haver um reestudo da receita. Juhrosa, que participou do VIII Encontro de Conselhos de Consumidores da Região Sudeste, foi taxativo ao afirmar que não haverá revisão da RAP, formada a partir das tarifas de transmissão, para empreendedores que se dispuserem a entrar nas linhas em construção. "O novo parceiro, se quiser que reajuste a RAP, não tem [como conceder]", disse. No caso da Bioenergy, que tem eólicas com atrasos de cronograma e tenta saída negociada na Aneel, a situação é mais dramática. Juhrosa afirmou que a decisão da Aneel é praticamente na direção da caducidade das outorgas. Ele avalia ser difícil a reversão do quadro. "Já foi decidido pela diretoria, está em fase de recurso", afirmou o diretor, destacando que aportes de novos sócios, por exemplo, poderiam garantir a execução dos projetos. A empresa tem cerca de 360 MW de eólicas negociadas em 2012 que não saíram do papel. Duas usinas já deveriam estar em operação este ano, enquanto outras quatro teriam que iniciar produção entre 2012 e 2013. Um bloco de sete eólicas estão previstas para iniciar operação em janeiro de 2017, mas sem nenhuma atividade de implantação. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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3 José Jurhosa fala sobre a Bertin

José Juhrosa, diretor da Aneel, contou que, no caso da Bertin, que ainda possui usinas sem sair do papel, com R$ 6,25 bi em multas, o processo está em fase final de análise, para entrar em discussão pelos diretores nas próximas semanas. Na semana passada, a área técnica da Aneel recomendou à diretoria por não aceitar pedido da Bertin para firmar termo de ajustamento de conduta para seis usinas a óleo combustível que somam 1.056 MW de capacidade instalada. A energia dessas usinas foi negociada no leilão de energia nova A-5 de 2008, o que obrigava esses empreendimentos a iniciar operação comercial em 2013. O termo refere-se às usinas MC2 Camaçari II, MC2 Camaçari III, MC2 Governador Mangabeira, MC2 Nossa Senhora do Socorro, MC2 Santo Antônio de Jesus e MC2 Sapeaçu. A Bertin vinha tentando onbter mudança no cronograma na Aneel, até que em 2014, a agência decidiu pela revogação das seis outorgas. Pelos cálculos da Aneel, a Bertin seria multada em R$ 6,25 bi, entre multas e ajustes contábeis. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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4 Presidente da ANA defende revisão das regras de operação dos reservatórios

O presidente da ANA, Vicente Andreu, defendeu uma revisão das regras de operação dos reservatórios hidrelétricos no Brasil, de tal modo que haja um equilíbrio entre o atendimento elétrico e hídrico. Para ele, a situação crítica em que se encontram os reservatórios no Nordeste é, em parte, resultante das condições regulatórias que disciplinam a operação do setor elétrico. “A questão principal é que precisamos integrar a operação energética nacional com as condições específicas de cada bacia”, disse. “O que pretendemos fazer é uma combinação do olhar energético com o olhar específico de cada bacia, de tal maneira que você possa compatibilizar e garantir a necessária segurança energética para todos aumentando a segurança hídrica.” Ele informou que já foi criado um grupo de trabalho para discutir o assunto com órgãos do setor elétrico e do setor hídrico. Segundo o ONS, a soma dos reservatórios do Nordeste está em 33,35%. “A situação se encontra com algum controle, numa perspectiva mais positiva do que a do período anterior, mais ainda requer muita atenção”, disse Andreu. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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5 FGV disponibiliza Boletim de Conjuntura do Setor Elétrico

A FGV Energia apresenta a edição de fevereiro do Boletim de Conjuntura do Setor Elétrico. Nesta edição, além das seções de acompanhamento do setor elétrico e dos setores de óleo e gás aborda-se, no editorial, como a geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos pode ser uma solução ambiental e economicamente adequada. Na coluna opinião, o especialista Oswaldo Pedrosa, Diretor-Presidente da PPSA, faz um panorama da evolução do preço do petróleo em função das condições geopolíticas mundiais, até chegar à crise atual do setor e suas consequências para a exploração do pré-sal brasileiro. Este boletim faz parte de um conjunto de publicações regulares onde são abordadas questões relevantes do setor, partindo de temas que vêm sendo definidos em nossos constantes diálogos com a academia, os agentes setoriais e os formuladores de políticas. Para ler o Boletim na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 21.03.2016)

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Empresas

1 Cemar e DME Distribuição lideram ranking de qualidade de serviços da Aneel

A Aneel divulgou nesta sexta-feira o ranking atualizado de qualidade de fornecimento de energia pelas distribuidoras em 2015. O ranking é dividido em duas categorias, sendo 36 empresas de grande porte e 26 de pequeno porte. A classificação é elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), a partir da comparação dos valores de DEC e FEC estabelecidos pela Aneel. Entre as maiores, a Cemar foi a primeira colocada, com DGC de 0,65, seguida pela Energisa Paraíba e pela CPFL Santa Cruz. A maior evolução coube à Celpa, com avanço de 11 posições ante 2014. As últimas classificadas são, na ordem, AES Eletropaulo, Celg-D e CEA — a penúltima em vias de ser privatizada e a última com graves problemas financeiros e operacionais. A AES Eletropaulo recorreu à Aneel alegando inconsistências no processo de apuração dos indicadores, levando à agência a abrir processo administrativo. No mercado de menor porte, a melhor empresa foi a DME Distribuição, de Poços de Caldas, seguida pela Forcel, do Paraná e pela Força e Luz João Cesa, de Santa Catarina. A maior evolução no ranking ficou com a Empresa Luz e Força Santa Maria (ES), com um avanço de sete posições ante 2014. As lanternas do ranking foram Boa Vista Energia, Eletroacre e Iguaçu Energia. A CERR foi excluída do ranking por não fornecer indicadores de continuidade e está sujeita às penalidades regulatórias. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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2 Lucro da CPFL Energia cai mais de 40% no quarto trimestre

A CPFL Energia registrou queda 40,6% no lucro do quarto trimestre, para R$ 304,2 milhões, na comparação anual. A receita da companhia recuou 8,7% de outubro a dezembro, para R$ 4,79 bi, em relação ao mesmo período de 2014. O resultado ficou acima da média das projeções de quatro casas de análise obtidas pelo Valor — Morgan Stanley, Itaú BBA, Goldman Sachs e BTG Pactual, que indicava um lucro de R$ 264 milhões. Já em relação à receita, os analistas esperavam que ficasse estável na casa dos R$ 5,27 bi. O resultado foi afetado por uma queda de 5,3% no volume de energia vendido, para 14.504 GwH. A área industrial, responsável por 38,9% do volume comercializado pela CPFL, caiu 9,6% no período, para 5.643 GWh, “refletindo a desaceleração da atividade econômica, a queda do nível de confiança dos empresários na indústria e os estoques excessivos observados na indústria nos últimos meses”, aponta a companhia em seu balanço. No mercado cativo, o volume vendido recuou 4,1%, para 10.621 GWh, enquanto no mercado livre, ou Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), o recuo foi de 8,5%, para 3.883 GWh. O Ebitda registrou queda de 25,1% no trimestre, para R$ 1 bi. A companhia informou ainda aumento de 143,5% nas deduções da receita operacional, que chegaram a R$ 3,79 bi. O aumento das deduções foram influenciados pelo avanço de 50,9% no ICMS, para R$ 426 mi; de 40,9% no PIS e Cofins, para R$ 195 mi; e de 1568,6%, para R$ 1,15 bi, na CDE, um encargo setorial que foi reajustado em 2015. A companhia encerrou 2015 com lucro de R$ 864,9 mi, queda de 8,95% em relação ao ano anterior. A receita operacional líquida subiu 16,8% no acumulado de 12 meses em 2015, para R$ 20,2 bi. Geração Energia O segmento de geração da CPFL Energia obteve lucro de R$ 137,7 mi no quarto trimestre de 2015, revertendo prejuízo de R$ 52 mi no mesmo período de 2014. A receita líquida caiu 18,6% no período, para R$ 263,1 mi, na comparação anual. Já o Ebitda subiu 253,9%, para R$ 286,4 mi. Os custos com energia elétrica do segmento de geração recuaram 74,4%, para R$ 46,14 mi, de outubro a dezembro. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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3 CPFL Renováveis tem prejuízo de R$ 48,7 mi em 2015

A CPFL Energias Renováveis teve prejuízo de R$ 48,7 mi em 2015, resultado melhor do que o apresentado no ano anterior, quando resgistrou perdas de R$ 167,4 mi. No último trimestre do ano passado a empresa registrou lucro líquido de R$ 82,6 mi, contra prejuízo de R$ 65,2 mi em igual período de 2014. A companhia registrou Ebitda de R$ 1,0 bi em 2015, crescimento de 50,9% na comparação com o ano anterior. Já no ultimo trimestre de 2015, o indicador atingiu R$ 372,0 mi, incremento de 77,7% em relação ao mesmo período de 2014. O desempenho no trimestre foi influenciado pelo ressarcimento do seguro da turbina da térmica a biomassa Bio Pedra (R$ 46,4 mi), a repactuação do GSF (R$ 26,3 mi), além de menores custos com GSF e compra de energia. Já a receita líquida da companhia somou R$ 1,5 bilhão em 2015, 20,2% mais que em 2014. No último trimestre do ano passado a recita da CPFL Renováveis foi de R$ 437,4 mi, também representando alta, de 18,4% em relação a igual período de 2014. Com a antecipação em oito meses da entrada em operação do parque eólico Morro dos Ventos II em abril de 2015, a companhia encerrou o ano de 2015 com capacidade total de 1.801,9 MW em funcionamento, expansão de 1,6% em relação a 2014. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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4 Lucro da Copel cai 5,2% em 2015

A Copel registrou queda de 5,2% no lucro líquido consolidado de 2015, ao fechar com R$ 1,266 bi, contra R$ 1,336 bi em 2014. No quarto trimestre, o lucro ficou em R$ 402,1 mi, 46,1% acima do totalizado no mesmo período um ano antes. A receita operacional líquida avançou 5,8% no ano passado, para R$ 14,728 bi, mas no quarto trimestre, houve queda de 25,2%, parra R$ 3,337 bi. O Ebitda da Copel elevou 9,7% no ano, para 2,585 bi, enquanto que no período outubro-dezembro, o indicador teve alta de 77,3% na comparação anual, para 957,9 mi. A empresa paranaense verificou ainda queda de 1% no volume de energia fornecida no ano, para 27.949 GWh. Nos últimos três meses do ano, o montante foi 4,4% menor, para 6.954 GWh. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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5 Programa de Itaipu será usado na recuperação da bacia do Rio Doce

O programa Cultivando Água Boa, desenvolvido pela Itaipu Binacional, será utilizado como metodologia na recuperação da bacia do Rio Doce, especialmente na região de Mariana, afetada pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da Samarco, considerado o maior acidente ambiental do país. Os recursos virão do Fundo de Recuperação das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais. O investimento é da ordem de R$ 6,5 mi e prevê recuperação da bacia do Rio Doce e de seus afluentes, ampliação das áreas de vegetação nativa e de áreas degradadas. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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6 Copel inicia operação como comercializadora

O forte movimento de migração por parte de grandes consumidores para o mercado livre atraiu a atenção da Copel que iniciou as operações de uma nova subsidiária, a Copel Comercialização. Essa iniciativa foi aprovada no final de janeiro pelo conselho de administração que autorizou a realização de ajustes no Estatuto Social da Copel Participações para a nova companhia, justamente com a finalidade de atuar no segmento das comercializadoras, e ainda, prestar serviços relacionados a essa atividade. De acordo com o presidente da holding, Luiz Fernando Vianna, a criação da comercializadora tem entre outras finalidades manter o cliente da empresa que estava no mercado regulado e que decidiu migrar para o livre. “Vamos comercializar o excedente que está contratado na distribuidora e também servirá como uma blindagem contra esse movimento de migração de consumidores para o ACL. Se o consumidor pretende sair, seja com incentivada ou convencional, que deixe de ser nosso cliente na distribuição e seja nosso cliente na comercializadora”, afirmou ele em teleconferência com investidores e analistas sobre o resultado da empresa em 2015. Os primeiros passos no sentido operacional do negócio já começaram a ser dados. Vianna afirmou que a empresa já trabalha para realizar o seu primeiro leilão de energia. Segundo ele, esse processo ainda está em planejamento, mas a estratégia da nova subsidiária é de trabalhar mais com acordos de médio e longo prazo. Contudo, não deu mais detalhes sobre esse leilão. O executivo disse ainda que esse passo procura reposicionar a Copel nesse segmento, que deverá apresentar um potencial de crescimento tanto em energia incentivada quanto na convencional, mas não indicou um guidance de quanto poderá representar essa perspectiva de crescimento. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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7 Linhas do Teles Pires devem operar no início de abril, estima Copel

A Copel estima que as linhas de transmissão que possui em sociedade com a State Grid na região da UHE Teles Pires (MT, 1.820) estarão prontos para a operação comercial no início de abril. Os projetos juntos envolvem linhas com 1.605 km de extensão e quatro subestações nos estados de MT, GO e MG e deveriam, segundo o cronograma original do leilão 002/2012, estar prontos no início de 2015. Como consequência dos atrasos, houve aumento dos aportes nas duas SPEs, a Matrinchã e a Guaraciaba. Para o primeiro projeto era previsto R$ 104,9 mi mas foram destinados R$ 254,3 mi e no segundo a projeção de aportes era de R$ 96,9 mi ante um valor realizado de R$ 170 mi. E ainda estão previstos mais R$ 21,6 mi e R$ 74,6 mi, respectivamente, pela participação da companhia paranaense nesses consórcios com a chinesa. A Copel detém 49% e a State Grid os 51% restantes. De acordo com o presidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, o atraso decorreu de causas que têm sido comumente vistas no setor de transmissão. Entre elas, destacou, estão questões fundiárias e de meio ambiente. Contudo, destacou que os dois projetos entram em operação a partir do início de abril e em maio. Apesar da elevação dos custos com os projetos, acima do projetado no capex das empresas, disse o executivo, o valor de investimento total ainda está abaixo do que a Agência Nacional de Energia Elétrica havia previsto no edital do leilão. No certame realizado em março de 2012, as SPEs resultantes da união entre a State Grid e a Copel ofereceram deságio de 43% pelo lote A, que possui três subestações e uma linha de transmissão com 1.005 km com RAP anual de R$ 126,4 mi. No segundo projeto o deságio ficou em 36,96% reduzindo a RAP anual para R$ 73,080 mi, valores esses a serem divididos proporcionalmente à participação de cada companhia no consórcio. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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8 Raízen Energia prepara emissão de CRA’s

A Raízen Energia prepara emissão de certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) no valor de até R$ 675 mi. A emissão deve ser feita em duas séries, sendo que a primeira terá vencimento em seis anos e remuneração máxima correspondente a 100% da taxa interbancária (DI). A segunda vence em sete anos e será remunerada pelo IPCA, com taxa máxima correspondente a NTN¬B mais 25 pontos base. Os pagamentos dos juros serão feitos semestralmente. A distribuição dos papéis está sendo feita pelo Banco do Brasil, Bradesco, Safra e Santander. A oferta é da Raízen Tarumã, subsidiária da Raízen energia. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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9 Tecipar tem três unidades geradoras liberadas para teste

A Tecipar Engenharia e Meio Ambiente teve liberada a operação em teste de três unidades geradoras, com 1.426 kW cada, somando 4.278 kW, da térmica a biogás de aterro, a partir desta sexta-feira, 18 de março, tendo em vista o início da contabilização da energia na CCEE. A solicitação de início da operação comercial somente poderá ser efetuada após a conclusão da operação em teste. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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10 Prejuízo da Bradespar aumenta quase seis vezes no 4º trimestre

A holding Bradespar, braço de participações do banco Bradesco e com investimentos na CPFL Energia e na mineradora Vale, registrou um prejuízo de R$ 1,98 bi no quarto trimestre de 2015, aumento de quase seis vezes (477%) em relação ao prejuízo de R$ 343,1 mi entregues no mesmo intervalo de 2014. No acumulado de 2015, a empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 2,59 bi, ante lucro de R$ 101,5 mi um ano antes. O resultado de equivalência patrimonial da companhia entre outubro e dezembro de 2015 ficou negativo em R$ 1,94 bi, maior em mais de seis vezes (511%) em relação ao montante do quarto trimestre de 2014; em 2015, o desempenho foi negativo em R$ 2,47 bi, alta de 35 vezes em base anual. A despesa financeira líquida da Bradespar foi de R$ 29,4 mi no último trimestre de 2015, crescimento de 43,7% em base anual. No ano de 2015 como um todo, a despesa financeira líquida somou R$ 101 mi, aumento de 16,3% na mesma base de comparação. No comunicado que acompanha as demonstrações financeiras, a holding afirma que o prejuízo de 2015 incluiu ajustes contábeis não recorrentes. Na Vale, esses ajustes se referem à baixa contábil de ativos e às perdas com variações monetárias e cambiais, entre outros efeitos, que totalizaram R$ 37,5 bi e tiveram impacto negativo sobre o resultado de equivalência patrimonial. Se excluídos esses itens não recorrentes, o prejuízo ajustado da Bradespar seria de R$ 527,9 mi no ano passado. A companhia também destaca os “grandes desafios” pelos quais passou a economia brasileira no intervalo, com um cenário de recessão do PIB e de “desequilíbrio macroeconômico” inibindo os investimentos no país e o progresso da maior parte dos setores da economia. Nesse contexto, o ano de 2015 registrou um recuo da demanda global, que teve peso sobre negócios relacionados à exportação, como os da Vale. Ao mesmo tempo, a Bradespar considera que a mineradora conseguiu entregar um “excelente desempenho operacional”, com esforço no corte de custos, disciplina na alocação de capital e priorização de ativos com maior margem de retorno e melhor qualidade. “A CPFL Energia, por sua vez, continua como uma das empresas mais representativas do país, fortalecida pela liderança no setor em que atua, estratégico para o desenvolvimento econômico”, diz a holding, no comunicado. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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11 Copel-D estima ter dois anos de folga em indicadores de qualidade

A Copel-D estima que terá até dois anos com uma certa folga em termos de indicadores de qualidade para o novo período de concessão que se iniciou em 2015. A empresa assinou no ano passado o 5º termo aditivo com o MME que prorrogou a concessão de distribuição até 2045. Como contrapartida, a empresa terá que atender aos novos indicadores de eficiência estabelecidos pela Aneel. Este segmento foi o segundo maior em termos de destinação de investimentos da holding paranaense. De acordo com o balanço da companhia, dos R$ 2,364 bi em aportes realizados em 2015, a distribuição ficou com R$ 656,4 mi. Para o ano a Copel havia indicado a destinação de R$ 784,7 mi somente nessa unidade de negócio, ou seja, realizou pouco mais de 80% do que estava previsto. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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12 Copel-D focará o investimento em área rural

De acordo com o novo diretor presidente da Copel-D, Antonio Sérgio Guetter, com a renovação da concessão a empresa focará os investimentos em áreas estratégicas para atender aos novos parâmetros indicados pela Aneel. E indicou que as instalações rurais deverão ser o alvo principal na área de concessão da empresa. Estão enquadrados nessa classe 368.297 unidades consumidoras, ou 8,3% do total de mais de 4,4 mi de clientes da empresa. Em termos de demanda o segmento rural representou 9,4% da energia vendida pela Copel no ano de 2015. “Estamos muito focados nos cinco primeiros anos de redução do DEC e FEC e nossa estratégia de investimentos está direcionada em buscar tecnologias”, afirmou o novo executivo em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados de 2015. “Outra coisa é o lançamento de programa específico para a classe de consumidor rural, especificamente para os pontos onde se precisa de mais qualidade para trazer o retorno do DEC e FEC para que não ocorra a nossa exposição. Os indicadores são bem apertados no longo prazo, mas temos folga no primeiro e segundo ano”, avaliou ele. Esse programa, explicou Guetter, deverá consumir cerca de R$ 500 mi em três anos a partir de 2016. Em sua avaliação ao elevar os aportes a consequência é a melhoria da qualidade da energia e a redução de custos. Nesse sentido, acrescentou, a Copel ainda manterá os programas de corte de gastos que estão em implementação, como o de terceirização de frota - e outros – que apresentam potencial de resultados mais imediatos que o de melhoria da qualidade. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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13 Zimmermann assume novamente presidência da Eletrosul

O ex-secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann, voltou a assumir, nesta sexta-feira (18/03), a presidência da Eletrosul, cargo que ocupou de abril a julho de 2015. Zimmermann substitui Djalma Berger, que deixa o cargo com a desvinculação do seu partido, PMDB/SC, do governo federal, controlador da empresa. A Eletrosul ainda informou, por meio de comunicado, que Laércio Faria assumiu interinamente a diretoria Administrativa, substituindo Paulo Afonso Vieira, que estava no cargo dsde abril de 2008. Zimmermann é empregado de carreira da Eletrosul, onde esteve à frente da diretoria de Produção e Comercialização e da diretoria Técnica. O executivo assessorava a presidência de Furnas, também integrante do grupo Eletrobras. Zimmermann já foi presidente dos conselhos de Administração da CGTEE, Cepel, Eletrosul e EPE. Foi, ainda, membro dos conselhos da Petrobras, da BR Distribuidora e do ONS. Laércio Faria é também empregado de carreira da Eletrosul e, em 40 anos de empresa, já foi secretário geral, assessor de Relações Trabalhistas e diretor Administrativo. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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Leilões

1 Aneel divide leilão de transmissão de R$ 22 bilhões em dois

A Aneel decidiu dividir o leilão de transmissão de R$ 22 bi em duas partes. De acordo com o diretor da agência, José Jurhosa, a decisão reflete o "momento difícil para o país" e a crise na Abengoa. "Seria muito difícil a gente fazer um leilão de R$ 22 bi e mais esses quase R$ 9 bi que o mercado vai ter que absorver da Abengoa tudo ao mesmo tempo", explicou o diretor, que também é o relator da decisão. A Abengoa, segundo Jurhosa, é responsável por 6 mil quilômetros de linhas de transmissão referentes ao escoamento da hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu (PA), e eólicas. De acordo com nota publicada em 18 de março, a Abengoa teve pedido de recuperação judicial aprovado pela 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O pedido havia sido entregue em 29 de janeiro e é referente a uma dívida de cerca de R$ 3 bi. Segundo Jurhosa, após essa subdivisão, serão três leilões de transmissão para 2016, que somam R$ 30 bi em investimento. De acordo com o diretor, dois deles já estão marcados. "A gente abriu colocando primeiro as obras que são atendimento ao mercado, restrição de carga e no segundo leilão aquelas obras que vão atender a futuras gerações, então não teria nenhum impacto neste momento", acrescentou.(Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste continuaram o processo de recuperação na última quinta-feira, 17 de março, com alta de 0,2% para 56,2% da capacidade, na comparação com o dia anterior, segundo dados do ONS. A energia armazenada ficou em 113.979 MW mês. A energia afluente armazenável está acumulada em 81% da média de longo termo no mês. A hidrelétrica de Furnas opera com 70,65% da capacidade e a de Mascarenhas de Moraes, com 81,29%. Já no Nordeste, os reservatórios voltaram a se recuperar tendo alta de 0,2% no nível de armazenamento para 33,4% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 17.277 MW mês. A energia afluente armazenável está em 31% da MLT. A usina de Sobradinho está com 31,94% da capacidade. No Norte, a elevação dos reservatórios ficou em 0,4%, alcançando 51,6% da capacidade. A energia armazenada chegou a 7.762 MW mês no dia. A energia afluente armazenável está em 52% da média histórica. A usina de Tucuruí está com 69,16% da capacidade. Por outro lado, na região Sul, os reservatórios continuam tendo redução no nível de armazenamento, com queda de 0,7% para 96,7% da capacidade. A energia armazenada alcançou 19.306 MW mês. A energia afluente armazenável está em 171% da média. A hidrelétrica de Passo Fundo opera com 99,47% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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2 ONS planeja chegar a 30% de armazenamento em dezembro

O ONS avalia que o volume de chuvas no submercado Sudeste/Centro-Oeste terá que corresponder a 94% da média até abril e 80% da média ao longo do período seco (entre maio e novembro), para que o início do próximo período úmido possa contar com armazenamento de 30%. O percentual é a meta fixada pelo ONS para o próximo período de chuvas. Segundo o diretor-geral da Aneel, Hermes Chipp, no cenário mais provável de chuvas, atualmente o SE/CO se encontra com 56% de armazenamento. Se o volume de chuvas ficar nos 94%, a expectativa é que o submercado, que concentra pouco mais de dois terços do armazenamento total do país, feche abril com 71%. Neste caso, o nível de chuvas na casa dos 80% da média garantiria armazenamento de 30%. Chipp, que participou do VIII Encontro de Conselhos de Consumidores da Região Sudeste, disse que "não é mais possível perseguir 10% ao fim do ano e apostar no período úmido", disse. Segundo ele, Foi esse o quadro ocorrido entre 2014 e 2015, com reservatórios quase secos, que o ONS pôde trabalhar, como forma de evitar racionamento de energia. "Esperamos que depois dessa crise, ninguém volte pra casa e espere a próxima: tem que se prestar atenção, tem que se resolver com antecedência, não dá pra apostar nas caras de emergência", afirmou. Para garantir o mesmo percentual de 30% no final de novembro do ano que vem, o próximo período úmido teria que apresentar nível de chuvas equivalente a 86% da MLT para que o armazenamento em abril do ano que vem fique em 74%. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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3 Nordeste continua com projeção de afluências pressionadas

A revisão das projeções de armazenamento para o final de março acompanha a previsão das vazões que foram atualizadas pelo ONS. A expectativa é de que no Sudeste/Centro-Oeste os lagos das usinas terminem o mês com 59,5% de uso. No Sul esse volume é de 97,7%, no Norte está em 66,2% e no Nordeste em 35,3%. Na semana passada os indicadores esperados eram de 61,6%, 97,1%, 60,8% e 37,1%, respectivamente. Essa previsão de variação vai ao encontro da nova projeção de energia natural afluente ante a divulgada na semana anterior. É esperado um nível de 100% da MLT no SE/CO, de 185% no Sul, 63% no Norte e 33% no Nordeste para o final do mês. Na revisão anterior esses volumes estavam em 106%, 182%, 37% e 54%, segundo o Informe do PMO. A nova previsão de carga aponta para um aumento de 1,9% na comparação com o mês de março de 2015. Esse indicador está 0,4% menor do que o esperado na semana anterior. Se confirmar essa demanda, representará um consumo de 67.887 MW médios. Nas regiões SE/CO e Nordeste é esperado um aumento de 2,8%, já no sul está a única perspectiva de queda, com 3,2% e no Norte está o maior crescimento, com 4,9%, ainda por conta da integração de Macapá (AP) ao SIN. Com isso, o CMO médio voltou a recuar em todo o país, mas no Nordeste continua descolado. Para a semana operativa que começa neste sábado, 19 de março, ficou em R$ 250,88/MWh, sendo que o patamar de carga pesada ficou em R$ 269,52/MWh, o médio em R$ 266,09/MWh e o leve em R$ 230,37/MWh. Nos demais submercados do país o CMO médio é de R$ 15,02/MWh sendo que a carga pesada está em R$ 16,55/MWh, a carga média em R$ 16,19/MWh e a leve em R$ 13,43/MWh. A geração térmica para a semana está prevista em 10.757 MW médios, sendo que 3.185 MW médios por ordem de mérito, 2.887 MW médios por inflexibilidade, 4.641 MW médios por garantia energética e 44 MW médios por restrição elétrica. Em termos de previsão do tempo para a semana operativa é esperada chuva fraca com períodos de moderada nas bacias hidrográficas do subsistema sul. A partir do dia 23 deve ocorrer precipitação de intensidade fraca nas bacias do SE/CO. No Tocantins estão previstas pancadas de chuvas em pontos isolados. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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4 CMO cai para R$ 15,02/MWh no Sudeste, Sul e Norte

O CMO caiu 23,5% nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, passando de R$ 19,64/MWh para R$ 15,02/MWh, na semana de 19 a 25 de março. Já no Nordeste, que segue importando o volume máximo de energia, houve um recuo de 4,5% no período, para R$ 250,88/MWh, de acordo com revisão do PMO divulgado pelo ONS nesta sexta-feira (18/3). Para o início da próxima semana, o operador previu chuva fraca a moderada nas bacias hidrográficas do subsistema Sul. Já a partir de 23 de março, a estimativa é de precipitação de intensidade fraca nas bacias do subsistema Sudeste/Centro-Oeste e em pontos isolados da bacia do rio Tocantins. O PLD, que utiliza o CMO em sua base de cálculo, seguiu no patamar mínimo nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, de R$ 30,25/MWh. Já o Nordeste registrou média de R$ 249,64/MWh na semana, de acordo com a CCEE. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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Meio Ambiente

1 Hidrelétricas ameaçam bacias mais ricas em biodiversidade no mundo

A construção de usinas hidrelétricas coloca sob risco as três bacias hidrográficas mais ricas em biodiversidade do mundo. A conclusão de artigo, resultado de um estudo, publicado em janeiro na revista Science por um grupo de pesquisadores dos EUA, Alemanha, Canadá, Camboja e Brasil. O levantamento realizado pelos cientistas mostra que a construção de barragens ameaça espécies de peixes nas bacias dos rios Amazonas, na América do Sul; Mekong, na Ásia, e Congo, na África. O artigo aponta a explosão de projetos hidrelétricos nessas regiões, que atendem a demandas crescentes por energia elétrica, mas cujos benefícios econômicos são frequentemente superestimados, bem como os impactos ambientais são subestimados. O texto apresenta dados ambientais que provam que a o impacto de construir esses projetos são maiores do que o imaginado, ou admitido, pelos empreendedores. Apenas o projeto da hidrelétrica Belo Monte (11.233 MW), de acordo com o estudo, pode representar risco para mais de 450 espécies, das quais 50 são encontradas apenas na Amazônia. Hoje, a bacia mais ameaçada é a do Rio Tapajós, com 43 empreendimentos planejados, sendo que dez deles estão previstos para serem finalizados até 2022. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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2 Práticas sustentáveis ganham fôlego com certificação

Da gestão de emissões de carbono ao consumo de água e energia, grandes eventos esportivos, culturais e até religiosos avançam como vitrines de práticas sustentáveis. "É expressivo o poder de influência nas diversas cadeias de fornecedores, que passam a olhar para critérios ambientais e sociais e não somente para custos e preços", analisa Vanda Nunes, diretora da SGS Group, responsável pelas auditorias de certificação do Comitê Rio 2016 com base nas normas internacionais ISO 20.121, aplicadas à organização e à realização dos Jogos Olímpicos. Lançado globalmente em 2012, o selo atesta a adoção de critérios de sustentabilidade desde e etapa de planejamento do evento, impondo novos processos e rotinas com ênfase na realização de compras e contratações, consultas públicas e relacionamento com clientes. Para Nunes, o sistema, já utilizado há quatro anos nos jogos de Londres, "dá credibilidade às estratégias e encoraja melhorias contínuas, com cumprimento de requisitos sociais e respeito à legislação ambiental". (Valor Econômico – 21.03.2016)

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3 Olimpíadas provocam onda de sustentabilidade entre fornecedores no Brasil

Um dos destaques no caso dos preparativos para a Olimpíada no Rio de Janeiro, primeiro evento a receber a certificação ISO 20.121 no Brasil, tem sido o engajamento de fornecedores em questões como redução de desperdícios e uso de materiais de origem sustentável. A partir das normas de certificação para a gestão do evento, o consumo de energia foi reduzido em 18%, entre 2013 e 2015, além de ganhos ambientais e financeiros com a diminuição do uso de materiais. O trabalho teve como suporte a metodologia do Manual de Compras Sustentáveis, desenvolvido pelo Cebds. A expectativa é de que as práticas de sustentabilidade, induzidas entre fornecedores, tenham continuidade e sejam definitivamente incorporadas aos negócios após a realização do evento. Os preparativos e a realização da Olimpíada deverão lançar na atmosfera o equivalente a cerca de 3,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Desse total, aproximadamente 2 milhões de toneladas, referentes ao uso energético e de materiais antes e durante os jogos, incluindo as viagens e a alimentação dos expectadores que estarão nas arenas, serão compensados por projetos de tecnologia de baixo carbono desenvolvidos pela indústria química Dow. Segundo o líder de tecnologia e sustentabilidade da empresa para os Jogos Rio 2016, Júlio Natalense, "a estratégia é adotar um forte componente de inovação, capaz de adicionar esforços à redução de gases de efeito estufa, com potencial de se incorporar ao mercado após o evento". Entre as iniciativas, estão projetos demonstrativos de eficiência energética na indústria e na construção civil, como isolantes térmicos que podem reduzir entre 30% e 70% o consumo elétrico só com o menor uso de ar condicionado. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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4 Especialistas acreditam que o futuro do mercado de energia é a sutentabilidade

"Ninguém conseguirá sobreviver no mercado sem esses procedimentos", alerta Cláudio Lopes, proprietário da empresa de movelaria Pereira Lopes, que tem sede em Duque de Caxias (RJ) e se preparou para fornecer móveis, balcões, sofás e estrutura de arquibancadas e pódios para o Rio 2016. Com esse objetivo, a marcenaria mudou processos para obter o selo socioambiental que comprova a origem sustentável da madeira e o cumprimento de critérios sociais e de normas trabalhistas. "Um evento de grande porte, como a Olimpíada, gera visibilidade para produtos com o diferencial da sustentabilidade que muitas vezes passam despercebidos entre os consumidores", ressalta Aline Tristão, diretora executiva do FSC no Brasil. Entre outros exemplos, a Casa da Moeda do Brasil obteve o selo FSC para o fornecimento dos diplomas e certificados que serão entregues aos atletas. Com a adoção de critérios socioambientais, a empresa pretende agora apoiar o reflorestamento de uma reserva ecológica habitada pelo mico¬leão¬dourado, no Rio de Janeiro. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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5 Diagnóstico da dívida social de Sobradinho será feito pelo Ipea

Pesquisadores vão elaborar um diagnóstico da dívida social do Estado brasileiro com a população atingida pela construção da barragem da hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia. O estudo sobre os impactos sociais, territoriais, culturais e econômicos da usina da Chesf, 37 anos após sua entrada em operação comercial, é resultante de parceria entre o Ministério da Integração Nacional e o Ipea. O levantamento vai custar R$ 982,1 mil, segundo o ministério, e terá a participação de profissionais da UnB. Sobradinho será o primeiro empreendimento a ter seus impactos socioeconômicos medidos ao longo do tempo, com o objetivo de subsidiar o desenvolvimento de ações e políticas públicas voltadas para os atingidos por barragens. O ministério informou que pesquisas semelhantes serão realizadas em outras hidrelétricas no país. No início do mês, dirigentes e técnicos do Ipea receberam representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens para estabelecer o cronograma de trabalho. O diagnóstico dos impactos das barragens é resultante de um acordo feito em 2012 com o MAB pela Secretaria Geral da Presidência da República. Com 1.050 MW de potência instalada, a hidrelétrica da Chesf entrou em operação comercial em novembro de 1979. Sobradinho está localizada no rio São Francisco e tem um reservatório 4.214 km². (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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Energias Renováveis

1 Gestamp consegue enquadrar duas eólicas no RN ao Reidi

O MME concedeu o enquadramento ao Reidi para três novos projetos do setor elétrico. Entre eles, estão dois parques eólicos da Gestamp no município de Cerro Corá-RN. Os dois projetos - Pedra Rajada e Pedra Rajada II - somam 40 MW, cada com 20 MW. Cada um é constituído por 10 aerogeradores, com 2 MW cada. A estimativa é de um investimento total, já sem impostos, de R$ 219,980 mi. As obras devem ser iniciadas a partir de 1º de março e concluídas até 1º de outubro de 2017. O outro projeto enquadrado foi da CGH Estreito, com 1 MW, localizada no município de Videira, em Santa Catarina. Os investimentos previstos somam R$ 7,273 milhões. As obras devem ser concluídas até 30 de novembro deste ano. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 ANP regulamenta livre acesso aos gasodutos de transporte

A ANP regulamentou o livre acesso aos gasodutos de transporte, por meio da Resolução nº 11/2016, publicada em 18 de março. O texto, que aguardava análise da agência desde abril de 2015, define que “o acesso de terceiros à infraestrutura de transporte existente deve ser ofertado e concedido sempre que possível, de modo a permitir a efetiva competição nas atividades de produção e comercialização de gás natural”. Somente os gasodutos de transporte estão incluídos nessa resolução. A malha de distribuição das próprias concessionárias ou os dutos que conectam os campos produtores de gás com UPGNs, como Rota 2 e Rota 3, não fazem parte dessa medida. A resolução cria a figura do carregador, agente que tenha interesse em utilizar o serviço de movimentação de gás. Para isso, o agente precisa participar de uma chamada pública, que prevê a contração da capacidade de transporte em dutos existentes, a serem construídos ou ampliados. A ANP então analisa a proposta por 90 dias e aceita ou não, de acordo com o cumprimento das exigências estabelecidas pela agência. Uma das regras colocadas pela ANP para a celebração desses contratos é que a empresa transportadora, dona do gasoduto de transporte em questão, não tenha qualquer relação societária com o agente carregador interessado. O objetivo dessa medida é evitar monopólio no serviço de transporte de gás. Com isso, a Petrobras não poderá utilizar, exclusivamente, a capacidade ociosa de gasodutos das suas transportadoras. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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2 Petrobrás vai se desfazer de 81% de sua rede de gasodutos

Após a conclusão da venda da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), a Petrobrás deve negociar, no segundo semestre deste ano, a subsidiária Transportadora Associada de Gás (TAG), que reúne a infraestrutura de gasodutos nas Regiões Norte e Nordeste do País. A previsão é repetir o modelo de venda adotado na NTS. A empresa vai se desfazer de 81% da rede de gasodutos. A Petrobrás chegou a avaliar vender NTS e TAG juntas. Pesou na divisão da rede de dutos em duas empresas a avaliação de que o comprador poderia se transformar em um monopolista privado da rede de dutos do País. “Juntas, as duas empresas são muito grandes. Além do que, a necessidade de investimentos nas distintas regiões é diferente. A gente tem visto uma estratégia da Petrobrás de maximizar o valor na venda desses dois ativos”, afirmou uma fonte próxima à negociação. Mas, apesar de oferecer as duas empresas separadamente, não há restrição, por parte da petroleira, em fechar com um mesmo comprador para a NTS e a TAG. O plano de negócios da Petrobrás para o período de 2016 a 2020 está sendo elaborado já levando em conta as previsões de que a empresa vai perder espaço no mercado de gás natural e de energia elétrica. Hoje, a Petrobrás produz o gás, é dona da rede de transporte do produto, participa da maioria das distribuidoras estaduais de gás e também de usinas térmicas, que utilizam o gás como combustível. A ideia é concluir o plano de negócios antes de decidir o comprador das duas empresas transportadoras. A ANP vê com bons olhos a mudança. Desde 2013, a resolução 51 proíbe a mesma empresa de ser dona e usuária de um gasoduto, simultaneamente. A medida visa a limitar a atuação da Petrobrás no setor e abrir o mercado a operadoras privadas. Mas, mesmo depois de aprovada a resolução, nada mudou. A Petrobrás continuou ocupando as duas posições e controlando o mercado de gás, porque nenhuma outra empresa se habilitou a concorrer com ela. (O Estado de São Paulo – 19.03.2016)

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3 Carteira da GasBrasiliano chega a 17 mil clientes em São Paulo

A GasBrasiliano chegou ao final de fevereiro com 17 mil clientes conectados à sua rede de distribuição de gás natural. Os municípios paulistas de Ribeirão Preto, Araçatuba e São Carlos protagonizaram o resultado da GasBrasiliano, com o maior número de conexões. Nos últimos quatro anos, a distribuidora investiu cerca de R$ 90 milhões na instalação de novos gasodutos no estado de São Paulo. O mercado residencial da GasBrasiliano cresceu 114% no período, de 7,4 mil para 15,8 mil clientes conectados. Já no segmento industrial, o destaque foi o início do fornecimento para a Lanchero Alimentos, unidade industrial do setor alimentício com sede em Marília. O gás natural será utilizado na nova caldeira da fábrica para produzir molhos e condimentos. Atualmente, a GasBrasiliano tem mais de 941 km de gasodutos construídos para atender ao consumo de gás natural de 30 municípios da região noroeste de São Paulo. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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4 Aneel aprova custo fixo ajustado de três térmicas

A Aneel aprovou, provisoriamente, os valores de Custo Fixo Ajustado, referentes a fevereiro de 2016, das termelétricas Iranduba, Mauá Bloco IV e São José. O custo fixo ajustado é de R$ 1.482.263,01; R$ 1.018.768,99; R$ 1.618.500,14. Foi determinado ainda à CCEE que efetue o ressarcimento à Amazonas-GT dos custos aprovados por ESS, em conformidade com as regras de comercialização, adotando critério de rateio entre os agentes pagadores idêntico ao do ESS por restrição de operação no âmbito do SIN. (Agência CanalEnergia – 18.03.2016)

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Grandes Consumidores

1 Braskem vai investir R$ 380 mi para diversificar matéria-prima

O Conselho de Administração da petroquímica Braskem aprovou projeto de investimento de R$ 380 mi para permitir flexibilidade em sua central petroquímica da Bahia e assim usar até 15% de etano como matéria-prima. Com o projeto, que tem início de operação no segundo semestre de 2017, será realizada modernização da unidade e adequação da infraestrutura portuária, informou a Braskem em comunicado nesta segunda-feira. A empresa também assinou contrato de fornecimento de etano importado nos Estados Unidos com prazo de 10 anos e preço baseado na referência internacional Mont Belvieu. “Esse projeto faz parte da estratégia da Braskem de diversificação de sua matriz de matéria-prima com foco no aumento da sua competitividade e da cadeia petroquímica brasileira”, disse a Braskem. A companhia havia informado no mês passado que estudava diversificar a matéria-prima no Brasil, onde consome principalmente nafta, o que poderia envolver a migração de uma pequena parte do insumo para gás. (O Globo – 21.02.2016)

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2 Vale deve receber semana que vem aval para nova barragem em MG

A autorização provisória de operação para uma nova barragem para a mina de Brucutu, da Vale, a maior da companhia em Minas Gerais, deverá ser concedida pela Secretaria do Ambiente do Estado na próxima semana, dependendo apenas de uma conclusão do Ibama, disse à Reuters o subsecretário de Gestão e Regularização Ambiental Integrada da Semad, Geraldo Abreu. A afirmação foi feita após representantes da Vale informarem nesta semana, em uma audiência pública, que a demora na liberação de licenciamento ambiental para alguns projetos da companhia poderia reduzir fortemente sua atividade em Minas Gerais, onde está concentrada cerca de 60% da produção da maior produtora global de minério de ferro. Um dos projetos que estariam prejudicados, segundo a Vale, seria a nova barragem de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo. Abreu ressaltou, no entanto, que o licenciamento da nova estrutura de Brucutu segue conforme o esperado e o diálogo com a Vale tem sido constante e transparente. “Eu sinceramente fiquei sem entender, eu acho que (essas declarações) não correspondem com as tratativas que nós temos tido com a empresa”, afirmou Abreu. Segundo ele, a Semad aguarda atualmente apenas um parecer oficial do Ibama de que condicionantes foram cumpridas pela empresa para que possa liberar a operação. Na audiência pública, a Vale explicou que há 88 projetos em análise pelos órgãos licenciadores e que, no caso da não obtenção das licenças, uma das possíveis consequências seria a queda de até 50 por cento do volume de minério de ferro produzido pela Vale em Minas Gerais nos próximos três anos, passando do atual patamar de 200 milhões de tonelada/ano para 100 milhões de toneladas/ano. Abreu admitiu que praticamente todas as licenças avaliadas estão atrasadas, mas ressaltou que isso está mais ligado a um problema estrutural do sistema do que ao rompimento da barragem da Samarco, joint venture da Vale com a BHP Billiton. De qualquer forma, o processo de licenciamento ficará mais rigoroso diante do desastre, acrescentou. Ele disse ainda que a secretaria está em diálogo permanente com representantes da Vale para traçar metas. “Nós temos feito isso permanentemente”, afirmou. “Eu não vou negar que nós temos dificuldades estruturais, isso é do conhecimento de todo mundo... Mas ao mesmo tempo eu não posso dizer que estou largando as empresas na mão, porque isso não é verdade, tenho conversado com todas”. (O Globo – 18.03.2016)

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Economia Brasileira

1 Mercado espera inflação menor e queda maior da economia em 2016

As expectativas dos analistas econômicos para a inflação melhoraram pela segunda semana consecutiva, acompanhando uma queda nas estimativas para os preços administrados e para o dólar no fim deste ano, de acordo com informações do boletim Focus, do BC. A mediana das estimativas para a alta do IPCA saiu de 7,46% para 7,43% em 2016. Em 12 meses, a previsão saiu de um aumento de 6,61% para 6,60%. Entre os analistas Top 5, que mais acertam as previsões no médio prazo, a mediana para este ano foi de 7,69% para 7,46% de elevação. Para 2017, o mercado em geral manteve a estimativa de aumento de 6% para o IPCA. Os Top 5 reduziram sua expectativa de 6,50% para 6,20%. Essa queda nas estimativas de inflação pode estar sendo influenciada pela deterioração da atividade. A mediana das previsões para o desempenho do PIB do país neste ano saiu de queda de 3,54% para retração de 3,60%. Para 2017, a estimativa de crescimento de 0,50%, que se manteve intacta por três semanas, agora passou para 0,44%. Os primeiros indicadores de atividade econômica de 2016, divulgados ao longo da semana passada, vieram ruins. A economia aprofundou a retração nos 12 meses encerrados em janeiro. A queda do PIB paulista, que responde por cerca de 30% da economia do país, puxou esse resultado. Segundo a Fundação Seade, a retração do Estado nesse período passou de 4% para 4,4%. Em janeiro, contudo, houve estabilidade ante dezembro, influenciada pelo agronegócio. Já o Monitor do PIB, da FGV, saiu de queda de 3,8% nos 12 meses encerrados em dezembro de 2015 para recuo de 4,1% em janeiro, a despeito de a economia ter registrado alta de 0,13% no primeiro mês do ano, na comparação com dezembro. O IBC¬Br, por sua vez, saiu de queda de 4,05% para recuo de 4,48%. Aqui, porém, o dado de janeiro mostrou recuo de 0,61% na atividade ante dezembro. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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2 Barbosa: Cenário permite ação mais convencional no câmbio

As condições mais favoráveis das últimas semanas, com estabilização dos preços de commodities e sinalização que as taxas de juros internacionais devem ficar estáveis por mais tempo, abriram espaço para que o BC atue daqui para frente de maneira “mais convencional” no mercado de câmbio, disse o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Ontem, o BC anunciou que vai reduzir o volume de rolagem de contratos de swap cambial ¬ que equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro. “Isso (a oferta de contratos de swap) foi necessário para proteger o setor privado, algo que o governo ofereceu para proteger o setor privado em um momento de maior volatilidade cambial, para evitar que aquela depreciação gerasse problemas financeiros. Agora, com a normalização das condições financeiras internacionais, podemos voltar a atuar de maneira mais convencional nas intervenções no mercado de câmbio”, declarou nesta manhã durante evento em São Paulo. Liquidez Barbosa acrescentou que o governo está estudando, em conjunto com o BC, possíveis medidas a serem tomadas para dar “assistência de liquidez” para a economia. “Estamos estudando com o BC se novas medidas podem ser necessárias e, se forem, qual melhor maneira de aplicá¬-las. Não é decisão formada”, afirmou ele em evento da revista Carta Capital, em São Paulo. Segundo o ministro, há várias ideias para dar assistência de liquidez para empresas via compulsório. O problema, diz ele, é que é preciso ter cuidado porque, em algumas ocasiões, simplesmente reduzir compulsório não garante que esses recursos vão chegar “na ponta”, no tomador final. (Valor Econômico – 21.03.2016)

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3 Queda da produção e alta no desemprego derrubaram arrecadação

Na esteira dos indicadores econômicos ruins apresentados mês a mês pelo governo, a Receita Federal divulgou nesta sexta-feira os resultados da arrecadação de impostos e contribuições federais de fevereiro. Com a economia em recessão, a arrecadação teve o pior desempenho para o mês de fevereiro dos últimos seis anos: entraram nos cofres públicos R$ 87,8 bi, uma queda real (já descontada a inflação) de 11,53%. Nos dois primeiros meses deste ano, o governo arrecadou R$ 217,2 bi, 8,71% a menos do que no mesmo período de 2015 e também o pior resultado desde 2010. Os números da arrecadação só confirmam o que os analistas têm alertado há meses: com o agravamento da crise política, que se acentuou nos últimos dias com a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma, não há horizonte à vista para a recuperação para a economia. A fraca atividade econômica e o aumento do desemprego — o governo deve informar na semana que vem o fechamento de 100 mil vagas formais em fevereiro — derrubam a receita com impostos, agravando a crise fiscal e elevando a dívida pública, o que amplia a desconfiança dos mercados. Com isso, fica mais difícil para o governo controlar a inflação e abrir caminho para a retomada do crescimento. A equipe econômica já sinalizou que não deve conseguir alcançar o superávit fiscal primário previsto para este ano, de R$ 30,5 bi, e pretende enviar ao Congresso um pedido de abatimento por frustração de receita, o que permitiria um déficit primário de R$ 60,2 bi em 2016. A previsão do mercado é mais pessimista. Segundo o Prisma Fiscal, que reúne expectativas de analistas, o rombo pode chegar a R$ 79,5 bi. Com isso, será o terceiro ano seguido de déficit nas contas públicas, que encerraram 2015 com um rombo de R$ 114,9 bi. A Receita atribui o resultado ruim da arrecadação, sobretudo, ao fraco desempenho da economia. Em 2015, a retração do PIB chegou a 3,8%. Para este ano, o governo admite uma queda de 2,9% na atividade. E o mercado prevê um recuo de 3,5%. A inflação, por sua vez, está fixa em dois dígitos e não cede, apesar de o BC manter os juros em 14,25% ao ano. O IPCA acumulou alta de 10,36% nos últimos12 meses até fevereiro. (O Globo – 19.02.2016)

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4 Dólar ontem e hoje

Hoje, o dólar comercial tinha valorização de 1,14%, cotado a R$ 3,6190. Na sexta-feira, o dólar comercial caiu 1,95% e fechou a R$ 3,5787. Com isso, a moeda americana encerra a semana em queda de 0,29%, e acumula desvalorização de 10,61% no mês. (Valor Econômico – 21.03.2016 e 18.03.2016)

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Internacional

1 Argentina vai desenvolver projeto solar de 700 MW

O governo da província argentina de La Rioja assinou uma carta de intenção com a empresa alemã Photovoltaic Park para o desenvolvimento de um projeto solar de 700 MW de capacidade. A carta de Intenções, firmada semana passada, prevê a instalação de três parques solares – duas usinas de 300 MW e uma de 100 MW em diferentes áreas da província no noroeste da Argentina. O investimento total é estimado em US$ 1,4 bilhão. As usinas de energia solar podem ser instaladas e estar em funcionamento dentro de dois anos, de acordo com o anúncio. As plantas devem criar 1.000 empregos durante a construção, bem como cerca de 150 postos de trabalho permanentes. O governador da província Sergio Casas disse durante a cerimónia de assinatura que La Rioja apresentou ao presidente da Argentina e os ministérios competentes uma oportunidade concreta para a província produzir mais de 1,4 GW em energia renovável. (Agência Brasil Energia – 18.03.2016)

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2 Paraguai: Senado pede relatórios sobre estações

A Câmara dos Senadores aprovou um pedido de relatórios à ANDE (Administração Nacional de Eletricidade) sobre a instalação, operação e manutenção das subestações elétricas em áreas urbanas. O projeto foi apresentado pelos senadores Carlos Filizzola, Sixto Pereira, Esperanza Martínez, Hugo Richer e Fernando Lugo. Nas últimas semanas, três importantes subestações tiveram incêndios, deixando milhares de paraguaios sem energia. (ABC Color – Paraguai – 18.03.2016)

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3 Venezuela: Plano 20% de poupança energética colocado em marcha

O ministro do Poder Popular para a Energia Elétrica, Luis Motta Dominguez, ofereceu um balanço sobre o plano de poupança energética, de 20%. O ministro destacou que a demanda elétrica dos centros comerciais reduziu-se “satisfatoriamente” e que, de forma contrária, o balanço da poupança de eletricidade nas zonas residenciais foi “negativo”. Fez um apelo aos cidadãos para fazer uso racional de energia e diminuir o uso de aparelhos elétricos. (El Nacional – Venezuela – 17.03.2016)

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4 Portugal: REN mantém investimento apesar dos cortes do regulador

O plano de negócios da (REN), apresentado em 2015, aos investidores, é para manter, apesar dos recentes pareceres negativos da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) aos seus projetos de desenvolvimento de infra-estruturas de eletricidade e gás natural a longo prazo. A garantia foi dada pelo presidente da companhia, Rodrigo Costa. (Económico – Portugal – 18.03.2016)

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5 Portugal: Lucro da REN sobe 3% para € 116 milhões em 2015

O resultado líquido da REN subiu 3% no ano passado para € 116,1 milhões, naquele que foi o primeiro exercício completo sob liderança executiva de Rodrigo Costa. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) atingiu os € 489,7 milhões, uma diminuição de 3,1% em relação a 2014. (Publico – Portugal – 17.03.2016)

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6 Capacidade global eólica offshore alcançará 52.120 MW até 2020

O aumento das vantagens da energia eólica offshore em comparação com a onshore é um fator do “boom” do seu mercado global, mostrou Transparency Market Research, em seu último relatório, intitulado “Offshore Wind Energy Market – Global Industry Analysis, Size, Share, Growth, Trends, and Forecast 2014 – 2022”. De acordo com o relatório, a capacidade instalada global eólica offshore está crescendo de 7.045 MW em 2013 para 52.120 MW em 2020, crescimento anual de 25% durante o período previsto. (EV Wind – Espanha – 17.03.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 FGV. “Boletim de Conjuntura do Setor Elétrico – No 2”. FGV Energia. Rio de Janeiro, fevereiro de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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