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IFE: nº 4.054 - 18 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Manutenção dos royalties aos municípios afetados por Itaipu é clausula pétrea, diz Samek
2 Solução para sobrecontratação de distribuidoras exige alteração no modelo setorial
3 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da PSR
4 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da Thymos Energia
5 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da Engenho
6 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da Abraceel
7 Aneel aceita repactuação de mais duas PCHs
8 Conselhos de Energia discutem ações para reduzir reclamações
9 Quem participará do Conselho de Energia
10 CCEE: liquidações financeiras de energia nuclear e UHEs somam R$ 737 milhões em fevereiro
11 Prêmio da Sanepar vai distribuir R$ 75 mil para pesquisas sobre energia e saneamento

Empresas
1 Lucro da Copel cresce 46% no 4º trimestre de 2015, para R$ 402 mi
2 Consultoria K2 será responsável pela administração judicial da Abengoa Brasil
3 Distribuição afeta CPFL
4 GE passa por mudança visando maior produtividade aos clientes
5 GE crescerá no Brasil neste ano, apesar da crise, diz CEO
6 CPFL Sul Paulista terá base de remuneração bruta de R$ 210 mi
7 Acciona incorpora EDF Energies à carteira de clientes
8 Projecta adquire 39 geradores da Cummins

9 Abinee: GTD apresenta queda nas exportações e importações no 1º bimestre

10 Santo Antônio Energia: “não existe relação entre a hidrelétrica e a melhora ou piora da navegabilidade do Rio Madeira

11 Base de remuneração líquida da CPFL Sul Paulista será de R$ 123,6 mi

12 Light adota óleo vegetal isolante da Cargill

13 EDP Brasil tem novos diretores

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo cai 2% na primeira metade de março

Meio Ambiente
1 Para diretor de Itaipu, é possível fazer UHEs de grande porte em harmonia com meio ambiente

Energias Renováveis
1 Cenário econômico adverso estimula projetos racionais e sustentáveis
2 Duplicar a geração de energia renovável pode economizar US$ 4,2 tri ao ano
3 Eólicas na BA tem unidades liberadas para operação comercial

4 Aneel libera operação comercial de 18,8 MW eólicos

5 Greenpeace Brasil coordena projeto beneficente que visa economia através de placas fotovoltaicas

Gás e Termelétricas
1 Aneel define procedimentos para alocação de energia da UTE Maranhão III
2 Áreas do complexo onde ficam usinas nucleares Angra 1 e 2 são assaltadas

Grandes Consumidores
1 Usiminas firma acordo para suspender obrigações financeiras por 120 dias
2 Vale e China Cosco Shipping assinam acordo para transporte de minério

Economia Brasileira
1 Banco Central sinaliza que reduzirá intervenção no câmbio
2 Governo cria instrumento de política monetária

3 Sondagem da CNI mostra queda menor de produção em fevereiro
4 Indústria está menos pessimista, mostra CNI
5 Puxado por alimentos, IPC-Fipe acelera na segunda prévia de março
6 Inflação medida pelo IGP-M desacelera na segunda prévia de março
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Empresários alemães querem investir em parque eólico em La Pampa
2 Bolívia: Morales afirma que a única forma de enfrentar mudanças climáticas é com mais água e energia
3 Paraguai: Três estações da ANDE se incendiaram em um mês
4 Uruguai: Petróleo e eólica geram dúvida sobre regasificadora
5 De olho em negócios, Cuba recebe Obama

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Manutenção dos royalties aos municípios afetados por Itaipu é clausula pétrea, diz Samek

Em cinco anos, mais exatamente em fevereiro de 2023, será considerado pago o empréstimo de US$ 27 bi (em valores não atualizados) contraído pelos governos brasileiro e paraguaio para a construção da hidrelétrica Itaipu Binacional (14.000 MW). Dessa forma, as bases financeiras do Tratado de Itaipu, firmado em 1973, poderão sofrer profundas mudanças. A aproximação dessa data causa preocupação quanto ao futuro dos royalties, que hoje são pagos para 16 municípios - na margem brasileira - afetados pelo reservatório de Itaipu, sendo 28 no Paraná e um no Mato Grosso. “Estamos acertando com a associação dos municípios lindeiros... que nós não aceitamos nenhum tipo de conversa que chegue a limitar os royaties”, declarou Jorge Samek, diretor-geral da parte brasileira de Itaipu. “Isso é uma cláusula pétrea.” Ele justificou a continuidade do pagamento da compensação financeira à medida que a terra alagada pelo reservatório de Itaipu segue improdutiva, o que exige uma indenização permanente à população lindeira, ou seja, afetada formação do reservatório da usina. "Enquanto tivermos usando parte dessa terra para o reservatório, não dá para plantar soja, milho ou criar porco, gado e frango. Portanto, é mais do que justos que todos os Estados que recebem energia proveniente de Itaipu paguem uma parte para aqueles municípios que sofreram alagamento e dano ambiental”, argumentou Samek. Atualmente, contou o executivo, 61% de toda a receita arrecada com a comercialização de energia é destinada ao pagamento da dívida contraída por Itaipu. “Faltam agora só mais cinco anos e estamos na reta final”, comemorou o executivo em entrevista, durante a 13º edição do encontro Cultivando Água Boa, em Foz do Iguaçu, no Paraná. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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2 Solução para sobrecontratação de distribuidoras exige alteração no modelo setorial

A audiência pública 12/2016, cujo prazo para contribuições terminará 21 de março e trata da sobrecontratação das distribuidoras é vista como uma solução de alcance restrito no setor elétrico. Por se tratar de um pequeno aperfeiçoamento na Resolução Normativa 508/2012 da Aneel é uma ação de curto prazo. O avanço das sobras das distribuidoras com a atual perspectiva de demanda em baixa associado às transformações pelas quais o mercado tem passado com o avanço da migração do mercado regulado para o livre, a perspectiva de crescimento dos sistemas de micro e minigeração e uma eventual redução dos limites para consumidor livre ou especial, leva à necessidade de uma mudança mais estrutural no sistema. E essa solução passaria não somente pela Aneel, mas também pelo MME. O volume de sobras ainda é incerto e os cálculos de especialistas na área apresentam números diferentes. De acordo com a Abradee, esse número médio é de 107%. Na avaliação da consultoria PSR somente a audiência pública não será suficiente para resolver o problema da redução da demanda no mercado regulado, que classifica como sistêmica. E lembra que, além do cenário de intensa migração para o mercado livre, o mecanismo de compensação de sobras e déficits não deverá ser eficiente porque para que funcione deve existir distribuidora com déficit contratual. Já os demais mecanismos de redução de contratos são todos baseados na redução dos acordos de energia existente, cujo volume hoje é muito baixo em função da transformação de grande parte desse insumo em cotas de garantia física. E que isso indica que serão necessárias mudanças mais profundas nas regras que regem a contratação de energia por parte das distribuidoras e seu repasse às tarifas dos consumidores finais. Dessa forma permitira às concessionárias lidar com a redução súbita da demanda e com as sobras contratuais decorrentes. A consultoria aponta a necessidade de que seja implementado um mecanismo centralizado de redução concomitante de oferta e volumes contratados. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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3 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da PSR

Segundo o especialista da área regulatória da PSR, José Rosenblatt, essa centralização vem do fato que os contratos já foram licitados de forma centralizada e submetidos a vários MCSDs centralizados. Além disso, também passaram por adiamentos, alterações e implementações de maneira centralizada. “Seus custos são repassados aos consumidores cativos sem discussão, desde que os volumes contratados estejam dentro dos limites regulamentares”, explicou o executivo. “Em suma, os contratos não são bilaterais, e nessas circunstâncias, não parece razoável alocar unicamente a redução, adiamento ou rescisão dos contratos um caráter bilateral, com negociação entre partes. Se tudo mais nesses contratos é centralizado, então, em princípio, um eventual mecanismo de redução também deveria sê-lo”, acrescentou. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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4 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da Thymos Energia

Na avaliação da Thymos Energia pelo menos no curto prazo essa audiência pública poderá trazer um alívio para os distribuidores e geradores que podem dessa forma evitar uma alta penalização. Contudo, ele concorda que as medidas propostas não deverão ser suficientes para o cenário de longo prazo, ainda mais com a situação macroeconômica. “À medida que se tem esse cenário de retração da economia a sobra estrutural é gigantesca. Mesmo com os novos mecanismos não se segura no longo prazo, a adoção de novos instrumentos de alocação dessa sobra ao mercado livre seria interessante e traria maior oferta e redução de preços”, comentou o consultor da Thymos, Ricardo Savoia. Para ele, esse assunto abre espaço para uma nova audiência pública com a meta de discutir os caminhos da sobrecontratação à luz da ampliação do mercado livre. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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5 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da Engenho

Leontina Pinto, diretora da Engenho, lembra que essa situação de sobrecontratação veio em parte pela redução espontânea da demanda por conta das dificuldades econômicas com o desemprego e a falta de confiança das pessoas. E afirmou que essa posição é momentânea, afinal, a reação para a retomada é dinâmica, apesar de não ser imediata. Contudo, há um segundo ponto, que é a ampliação da migração para o mercado livre por parte de consumidores potencialmente livres. “Essa demanda é estrutural e não volta assim tão cedo”, destacou. Ela concorda que esse aprimoramento em discussão é saudável para o mercado no curto prazo. Mas ressalta que o país precisa discutir alterações mais estruturais, inclusive a liberação do excedente das distribuidoras para ser vendido no mercado livre seria uma das opções viáveis por não afetar tanto o fluxo de caixa das distribuidoras, que têm que liquidar os excessos ao PLD e ao mesmo tempo injetando energia nova em um mercado que está em crescimento. Em sua opinião, o governo deveria agir nesse sentido, pois se há um desequilíbrio causado pela sua atuação é seu dever corrigir e trazer equilíbrio. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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6 Sobre a sobrecontratação das distribuidoras: avaliação da Abraceel

O presidente executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros, destaca que o poder concedente deveria permitir que o mercado tivesse mais trânsito entre os agentes. Ele lembra que no leilão A-1 de 2015 a demanda das distribuidoras foi fortemente atendida por comercializadoras. “Hoje há um impedimento legal para se fazer negócios no sentido contrário do A-1. Deveríamos corrigir esse mecanismo para que as distribuidoras pudessem gerenciar esse risco e evitaríamos problemas como os atuais ao vender essa energia no mercado”, defendeu. Medeiros faz coro ao afirmar que essa audiência deverá equacionar parte do problema, mas não corrige estruturalmente a questão que é de dar poder à distribuidora de gerenciar seu risco junto ao mercado. Um leilão público seria uma alternativa viável para a sobrecontratação. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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7 Aneel aceita repactuação de mais duas PCHs

A Aneel publicou, na edição de 17 de março, do Diário Oficial da União, a anuência à repactuação de risco hidrológico de duas PCHS. A primeira é da Rio Sucuruí Energia, proprietária da PCH Buriti, e a segunda é a PCH Porto das Pedras pertencente à Empresa Energética Porto das Pedras. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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8 Conselhos de Energia discutem ações para reduzir reclamações

De hoje até sábado, Conselhos de Consumidores de Energia Elétrica da Região Sudeste se reúne para discutir assuntos de interesse do setor, promover a troca de experiência e entender o que pode ser cobrado das distribuidoras. O evento, que acontece no Hotel Mercure, em Niterói, é organizado pelos Conselhos de Consumidores da Ampla e da Light. A intenção do Encontro de Conselhos é trocar experiências sobre como as outras distribuidoras estão agindo para reduzir as reclamações e melhorar esses índices que refletem o comportamento do consumidor final. Somente no Sudeste, de acordo com dados da publicação “Ouvidoria Setorial em Números” são cerca 34,7 mi de unidades consumidoras. No estado do Rio, são cerca de 2,6 mi de clientes da Ampla e cerca de 3,7 mi da Light. O IASC revela que, em 2015, 50,62% dos consumidores ficaram satisfeitos com o atendimento da Ampla e 49,81% com o da Light. O Conselho de Consumidores da Ampla se reúne mensalmente com representantes da distribuidora de energia e tem recebido informações constantes sobre os novos investimentos da concessionária de energia. Mas, apesar dos investimentos anunciados, ainda não consegue perceber melhoras significativas. De acordo com dados obtidos no Espaço do Consumidor Aneel, de dezembro de 2014 a novembro de 2015, as principais reclamações dos consumidores da Ampla nos canais de atendimento das distribuidoras indicavam que 78,15% eram de interrupções no fornecimento de energia e 21,85% como outras reclamações, que entram informações sobre entrega de fatura, dano elétrico, problemas de tensão e instalação e variação de consumo. Na Light, no mesmo período, as principais reclamações dos consumidores nos canais de atendimento das distribuidoras indicavam que 88,93% eram de interrupções no fornecimento de energia e 11,07% era de outras reclamações. (O Globo – 17.03.2016)


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9 Quem participará do Conselho de Energia

Além dos Conselhos de Consumidores da Ampla e da Light e dos outros 22 conselhos da região sudeste, foram convidados para o evento em Niterói o diretor da ANEEL, José Jurhosa; o presidente do Operador Nacional de Sistemas – ONS, Hermes Chipp; o presidente do Conselho de Administração da Enel Brasil, Mário Santos; o diretor de distribuição da Light, Wilson Couto Oliveira; o presidente do Conselho de Consumidores da Ampla, Manoel Neto; o presidente do Conselho de Consumidores da Light, Fernando Carlos Cancella; o presidente do Conselho Nacional de Consumidores, José Luiz Nóbrega. Estão previstas a participação de palestrantes da COPPE-UFRJ, IBAMA, INEA , FIRJAN e das distribuidoras Ampla, AES Eletropaulo, CEBe CELPE, que farão uma apresentação sobre o Plasno de Resultados e Qualidade do Fornecimento. Estão inscritos cerca de 130 participantes de conselhos de todo o país. Especialistas da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também irão participar do encontro destacando estudos sobre microgeração de energia, o cenário energético, preço e qualidade, com destaque para a questão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na conta de energia dos Estados. Também será apresentado um mapeamento da qualidade dos serviços prestados, com a participação de algumas distribuidoras da região sudeste, tendo como mediador um representante da ANEEL. (O Globo – 17.03.2016)

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10 CCEE: liquidações financeiras de energia nuclear e UHEs somam R$ 737 milhões em fevereiro

As liquidações financeiras de energia nuclear e cotas de garantia física e potência de hidrelétricas, referentes a fevereiro de 2016, movimentaram R$ 737 mi sendo registradas adimplências de 99,5% e 99%, respectivamente, nas operações. Segundo a CCEE, a liquidação das usinas de Angra 1 e 2, que pertencem à Eletronuclear,ficou em R$ 230.403.473,31 dos R$ 231.590,59 contabilizados. No caso da liquidação de cotas, a operação somou R$ 506.735.402,63 dos R$ 512.197.418,52 contabilizados, o que representa adimplência de 99%. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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11 Prêmio da Sanepar vai distribuir R$ 75 mil para pesquisas sobre energia e saneamento

Estudantes de graduação, especialização, mestrado ou doutorado que tenham desenvolvido pesquisa sobre eficiência energética no saneamento podem concorrer aos R$ 75 mil do Prêmio Sanepar de Tecnologias Sustentáveis. Serão premiados os seis melhores trabalhos acadêmicos com valores em dinheiro e com a publicação de um livro, previsto para ser lançado em 2017. O prêmio está em sua primeira edição e é promovido pela Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar). Segundo o presidente da companhia, Mounir Chaowiche, a ideia é estimular a pesquisa na área e encontrar soluções sustentáveis para a conservação, a racionalização e a produção de energia, um dos principais insumos do setor de saneamento. "De modo geral, todas as empresas de saneamento possuem instalações que demandam alto consumo de energia, o que gera muitos custos. Portanto, esse prêmio, que busca soluções sustentáveis para a relação energia e saneamento pode ajudar todo o setor", comentou o executivo. Ele informou que a Sanepar, com cerca de 11 milhões de clientes, consumiu 682,9 GWh de energia elétrica em 2014 a um custo de R$ 206 mi. Em 2015, o consumo de energia foi de 676,7 GWh, mas a Sanepar pagou R$ 390,8 mi, 89% a mais do que no ano anterior. As inscrições, que podem ser feitas até o dia 15 de junho, estão abertas em duas categorias: uma para graduação e especialização e outra para alunos de mestrado e doutorado. Os resultados finais serão conhecidos em 23 de janeiro de 2017, quando a Sanepar comemora 54 anos de fundação. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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Empresas

1 Lucro da Copel cresce 46% no 4º trimestre de 2015, para R$ 402 mi

A Copel apresentou lucro líquido atribúido aos acionistas controladores de R$ 402,1 mi no 4º trimestre de 2015, montante 46,1% superior aos R$ 275,2 mi apurados em igual período de 2014. No encerramento de 2015, o ganho líquido totalizou R$ 1,265 bi, 5,2% menor que o R$ 1,335 bi de 2014. Ainda no quarto trimestre do ano passado, a receita operacional líquida atingiu R$ 3,337 bi, apresentando retração de 25,2% ante os R$ 4,462 bi do mesmo período do ano anterior, refletindo, principalmente, o menor resultado de ativos e passivos financeiros setoriais. Considerando o resultado acumulado em 2015, a receita operacional líquida da Copel atingiu R$ 14,728 bi, aumento de 5,8% em relação ao registrado no ano anterior, refletindo, principalmente, os reajustes aplicados às tarifas da Copel Distribuição e o crescimento do mercado de distribuição de gás natural e de telecomunicações. No 4º trimestre de 2015, o Ebitda atingiu R$ 957,9 mi, montante 77,3% superior ao apresentado no mesmo período do ano anterior (R$ 540,2 mi). Em 2015, o Ebitda atingiu R$ 2,585 bi, crescimento de 9,7% em comparação com 2014, quando foi registrado R$ 2,357 bi. Desconsiderando os efeitos não recorrentes dos períodos, o Ebitda ajustado seria de R$ 547,3 mi no 4º trimestre de 2015, montante 17,2% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, enquanto que em 2015 o Ebitda ajustado seria de R$ 2,174 bi, redução de 21,0% em relação a 2014. O demonstrativo de resultados foi encaminhado na noite desta quinta--feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). (Valor Econômico – 18.03.2016)

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2 Consultoria K2 será responsável pela administração judicial da Abengoa Brasil

O pedido de recuperação judicial ajuizado pela espanhola Abengoa no Brasil no fim de janeiro foi deferido pela 6ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A consultoria K2 será responsável pela administração judicial da companhia durante o processo de recuperação. A Abengoa pediu recuperação judicial contra cerca de R$ 3 bi em dívida em 29 de janeiro. Desde novembro, quando a sua controladora pediu proteção judicial contra os credores na Espanha, as obras da Abengoa no Brasil estão paralisadas. A questão é uma das prioridades do governo no setor, uma vez que a Abengoa é responsável pelas obras de construção do linhão de transmissão que vai escoar energia gerada na usina de Belo Monte, no rio Xingu, até o Nordeste. No pedido de recuperação judicial, a empresa afirma ser responsável direta ou indiretamente por cerca de 10 mil quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica, parte ainda em construção. Desde novembro, o governo estuda uma alternativa para a situação. O cenário preferido é o que inclui a venda dos contratos atualmente da Abengoa para outros agentes, sem a necessidade de mudança nas taxas de retorno, prazos e demais condições. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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3 Distribuição afeta CPFL

O segmento de distribuição deve pressionar os resultados da CPFL Energia no quarto trimestre do ano passado, segundo analistas. A média das projeções de quatro casas de análise indica lucro de R$ 264 mi no trimestre, queda de 48% ante os R$ 512 mi do mesmo intervalo de 2014. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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4 GE passa por mudança visando maior produtividade aos clientes

A americana GE, um dos maiores produtores mundiais de equipamentos industriais, continua a considerar o Brasil como um mercado prioritário, apesar do difícil ciclo pelo qual passa o país, marcado pela polarização política e pela volatilidade financeira. A manutenção da aposta no mercado brasileiro se dá em um momento de mudança para a GE. A empresa vendeu a maior parte dos serviços financeiros e focou no crescimento do negócio industrial. Em 2015, fechou a maior compra de sua história, a divisão de energia da Alstom. Nessa transição, surge uma "nova" GE, que vai disputar a liderança da chamada "quarta revolução industrial". Esse conceito de "quarta revolução ou indústria digital" vem sendo usado para definir fábricas "inteligentes" que usam informações e tecnologias de comunicação em seus processos de produção. O objetivo da GE é entregar maior produtividade aos clientes. De acordo com Immelt, a produtividade industrial, em termos globais, cresceu em média 4% por ano entre 1990 e 2010. A partir de então, a taxa caiu para apenas 1%. Por meio do avanço industrial digital, a GE espera retomar e impulsionar o crescimento da produtividade. A internet ligada à indústria deve representar US$ 20 bi em receitas, com a venda de aplicativos e softwares, para a GE, em 2020 (este ano esse número deve ser de cerca de US$ 7 bi). Essa receita com o negócio digital, se confirmada, fará da GE uma das dez maiores empresas de software do mundo, disse Immelt. Em 2015, a GE faturou US$ 117 bi no seu negócio industrial e registrou lucro de US$ 15,9 bi. Immelt completa este ano 15 anos como presidente da GE. "Vivemos em um tempo de grande volatilidade e onde a polarização política tornou--se uma verdade em todos os países do mundo, é parte do jogo." Quando se tornou presidente da GE, a companhia tinha 70% das vendas nos EUA. Este ano 70% da receita virá de fora do mercado americano. No processo de transição, a GE vendeu os serviços financeiros da GE Capital, com exceção daqueles prestados ao negócio industrial do grupo, em uma transação que permitirá à empresa receber US$ 36 bi. Isso dá à GE capacidade de recomprar ações no mercado e de fazer aquisições de empresas, embora o foco seja o crescimento "orgânico". Parte da transformação pela qual passa a GE ocorreu em 2015, quando a companhia concluiu a compra da divisão de energia da Alstom por US$ 10,6 bi. São esperados ganhos a partir da combinação das linhas de produtos das duas companhias. "Há muita complementariedade [com a Alstom], em termos de tecnologia, com o que a GE tem", disse Immelt. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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5 GE crescerá no Brasil neste ano, apesar da crise, diz CEO

A americana GE, um dos maiores produtores mundiais de equipamentos industriais, continua a considerar o Brasil como um mercado prioritário, apesar do difícil ciclo pelo qual passa o país, marcado pela polarização política e pela volatilidade financeira. "Esperamos crescer no Brasil este ano mesmo em um ambiente desafiador", disse Jeff Immelt, presidente global da GE. "Estamos preparados para aumentar a produtividade do Brasil. E será desta maneira que a GE manterá a agenda de crescimento no país." No Brasil, onde está há 96 anos (desde 1919), a GE tem 21 fábricas. Nessas unidades, todas as linhas de negócios da GE estão representadas (energia, gerenciamento de energia, energia renovável, óleo e gás, transporte, iluminação, saúde e aviação). Mas a diferença hoje é que fábricas que antes funcionavam com uma única linha de produto agora são multidisciplinares (produzem três, quatro tipos de produto). "Reconhecemos que o momento é mais difícil do que há um ano, há mais riscos, então é preciso trabalhar mais forte para trazer soluções financeiras que viabilizem projetos. Nossa agenda é de crescimento para 2016", disse Rafael Santana, presidente da GE para a América Latina. Immelt, que tenta visitar o Brasil pelo menos uma vez por ano, reconhece que existe mau--humor com o Brasil no mercado internacional. Ele não citou números sobre o crescimento no mercado brasileiro este ano, mas indicou que deve ser na casa de um dígito, na mesma linha da meta fixada para as operações globais, que prevê expansão entre 2% e 4% este ano. "Nós ainda vemos oportunidades para a companhia [no mercado brasileiro]." E acrescentou: "Eu olho mais o micro do que o macro. Se olhar de um ponto de vista macro, [a situação] é bastante deprimente. Mas se olhar do ponto de vista micro, verá muitas oportunidades", disse Immelt. As perspectivas de negócios da GE no país incluem os segmentos de energia e de transportes (locomotivas). A empresa também tem atuação forte na aviação e em equipamentos para a saúde. O setor de óleo e gás, apesar das dificuldades, também está no radar: "A Petrobras é um grande cliente e precisamos estar preparados para atender suas necessidades." A desvalorização do real, afirmou, torna mais competitiva a exportação de produtos manufaturados a partir do mercado brasileiro. Apontou como fatores positivos o fato de o Brasil ter "massivos" recursos naturais, crescimento populacional e um setor agrícola forte, além de grandes necessidades em áreas como eletricidade e saúde, segmentos atendidos pela GE. "Minha crença no setor privado continua. Existe no Brasil uma grande classe empresarial", disse. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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6 CPFL Sul Paulista terá base de remuneração bruta de R$ 210 mi

A Aneel aprovou a base de remuneração líquida da distribuição da CPFL Sul Paulista em R$ 123,6 mi. O despacho do superintendente, publicado na edição desta quinta-feira (17/3) do DOU, ainda determinou que o valor da remuneração bruta será de R$ 210,2 mi. Os valores definidos são válidos para o quarto ciclo de revisão tarifária periódica. O documento ainda definiu a taxa de depreciação média em 3,77% ao ano. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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7 Acciona incorpora EDF Energies à carteira de clientes

A Acciona Windpower incorporou a EDF Energies Nouvelles à sua carteira de clientes no Brasil. O contrato assinado com a multinacional francesa compreende o fornecimento de 66 MW para o parque eólico Ventos da Bahia I. O acordo também inclui transporte, instalação e comissionamento de 22 aerogeradores, de 3 MW de potência cada, assim como o serviço de manutenção dos mesmos durante cinco anos. As turbinas correspondem ao modelo AW 125/3000, de 125 metros de rotor, e serão montadas na planta da Acciona Windpower em Simões Filho-BA. As turbinas serão instaladas em torres de concreto a 100 e 120 m, fabricadas pela companhia no Brasil. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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8 Projecta adquire 39 geradores da Cummins

A Projecta, empresa especializada em aluguel de máquinas e venda de material de construção da Paraíba, comprou 39 geradores da Distribuidora Cummins Diesel do Nordeste. Do portfólio atual da companhia, que conta com 46 geradores, a maior parte é da Cummins Power Generation. A empresa vem observando a crescente demanda de equipamentos de energia para locação. "Os clientes buscavam geradores de maior potência, seja para uso em canteiros de obras ou em eventos. Por isso, investimos na diversificação da nossa frota de geradores, na faixa de 53 kVA até 260 kVA", conta Orlando Silva, gerente de operações da Projecta. No setor de aluguel de máquinas, a empresa oferece aos clientes produtos como containers, geradores de alta potência, plataformas elevatórias, rolos compressores e refletores de iluminação móveis, além de toda linha de máquinas, ferramentas de pequeno e médio porte. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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9 Abinee: GTD apresenta queda nas exportações e importações no 1º bimestre

Os equipamentos de geração, transmissão e distribuição da indústria elétrica e eletrônica apresentaram queda tanto nas exportações quanto nas importações no primeiro bimestre, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. As exportações de janeiro e fevereiro deste ano caíram 13%, saindo de US$ 71,8 mi no ano passado para US$ 62,6 mi neste ano. Já as importações do segmento fecharam com US$ 102,1 mi nos dois primeiros meses de 2016, queda de 13% em relação ao mesmo período anterior. Se considerado apenas o mês de fevereiro, as exportações cresceram 17% e alcançaram US$ 42 mi. Em contrapartida, as importações tiveram queda de 33%, passando de US$ 54,6 mi em 2015 para US$ 36,1 mi em 2016. No geral, o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos atingiu US$ 2,8 bi no primeiro bimestre de 2016. Segundo a Abinee, o resultado é 48% inferior ao registrado no mesmo período passado. A queda reflete o desempenho das importações, que recuaram 42%, passando de US$ 6,2 bi para US$ 3,6 bi no primeiro bimestre deste ano. A redução das importações atingiu todas as áreas representadas pela Abinee, com destaque para a retração de 44% dos componentes elétricos e eletrônicos, cujo montante representa 57% das importações totais do setor. Já as exportações somaram no total US$ 820 mi no primeiro bimestre do ano, crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período passado. "A queda expressiva no déficit da balança do setor é um indicativo da brusca redução da produção industrial e da retração do mercado interno", afirmou o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Ele afirma ainda que, apesar do novo patamar do câmbio, as exportações ainda não reagiram de forma significativa. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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10 Santo Antônio Energia: “não existe relação entre a hidrelétrica e a melhora ou piora da navegabilidade do Rio Madeira

O início do período de cheia na Amazônia aumenta a preocupação com acidentes envolvendo embarcações. Por causa da subida do nível dos rios e do aumento da força das correntezas, troncos de árvores e pedaços de madeira podem atingir os barcos. Isso coloca em risco a vida de passageiros e causa prejuízos ao transporte fluvial devido aos custos do conserto. No ano passado, de acordo com o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), a Marinha registrou cinco acidentes no Amazonas com embarcações batendo em troncos de árvores. Dois barcos naufragaram, mas não houve vítimas fatais. Em 2016, já foi registrado um acidente no Rio Madeira, mas sem gravidade. Em nota, a Santo Antônio Energia disse que “não existe relação entre a hidrelétrica e a melhora ou piora da navegabilidade do Rio Madeira com a existência dos troncos”. A concessionária declarou ainda que “os troncos que descem o rio passam pela barragem e seguem seu curso normal, como sempre seguiram”. Também por meio de nota, a Energia Sustentável do Brasil, concessionária da Usina de Jirau, informou “que cumpre o determinado no licenciamento ambiental ao manter o fluxo e as condições naturais do Rio Madeira, inclusive a passagem de troncos”. (Agência Brasil – 17.03.2016)

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11 Base de remuneração líquida da CPFL Sul Paulista será de R$ 123,6 mi

A Aneel definiu a base de remuneração da CPFL Sul Paulista para o quarto ciclo de revisão tarifária. A base de remuneração bruta da companhia será de R$ 210.255.706,77 e a base de remuneração líquida, de R$ 123.696.152,07. A taxa de depreciação média foi fixada em 3,77% ao ano. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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12 Light adota óleo vegetal isolante da Cargill

A Light começou a usar óleo vegetal, desenvolvido pela Cargill, nos transformadores de potência de suas subestações na cidade do Rio de Janeiro. A empresa já utiliza o fluido em seus transformadores subterrâneos e adquiriu, no ano passado, 12 transformadores de potência com a nova tecnologia. O objetivo é substituir os equipamentos nos próximos anos. Segundo a Light, os principais fatores que a levaram a adotar o fluido foram a preocupação com a preservação ambiental na sua área de concessão, redução dos riscos de incêndios, redução de custos de novas obras e de manutenção. A Cargill afirmou que o novo óleo protege o transformador por cinco a oito vezes mais tempo que o óleo mineral, aumentando a durabilidade e disponibilizando até 20% mais capacidade frente a um com óleo mineral. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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13 EDP Brasil tem novos diretores

A EDP Brasil nomeou Fernanda Pires como diretora de Recursos Humanos e Marcos Penna como diretor de Tecnologias de Informação do Centro de Serviços Partilhados. Penna, até então Gestor Executivo de Faturamento e Arrecadação e Combate às Perdas, passa a ocupar o cargo de Diretor de Tecnologias de Informação do Centro de Serviços Partilhados (CSP), área que atende os clientes internos da Companhia. O executivo iniciou sua carreira na EDP Brasil há 30 anos, como estagiário técnico em eletrotécnica. Logo após, desempenhou diversas funções nas áreas de concessão da EDP em SP e ES, passando por setores como Medição, Engenharia da Distribuição, Comercial, Planejamento e Controle, Call Center, Normas e Sistemas, Faturamento e Arrecadação e Combate às Perdas e Inadimplência. Fernanda Pires, até então Gestora Executiva de Recursos Humanos, assume como Diretora de Recursos Humanos. Com 19 anos de carreira na área e dois anos de EDP Brasil, a executiva contribuiu para aprimorar e desenvolver novos projetos relacionados ao RH. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste, depois de dias de estabilidade, registraram redução de 0,1% no nível de armazenamento na última quarta-feira, 16 de março, em relação ao dia anterior, para 33,2%. A energia armazenada ficou em 17.228 MW mês. A energia afluente armazenável acumula 30% da média de longo termo. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 31,86% da capacidade. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento subiu 0,2% para 56% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 113.633 MW mês. A ENA armazenável está em 81% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 70,36% da capacidade e Serra do Facão, com 35,67%. A região Sul continua vendo um deplecionamento dos reservatórios. O nível de armazenamento caiu mais 0,4% para 97,4% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 19.433 MW mês. A ENA armazenável está acumulada em 173% da média. A hidrelétrica de Barra Grande está com 98,94% da capacidade. Os reservatórios da região Norte tiveram mais uma forte elevação de 0,7% para 51,2% da capacidade. A energia armazenada no dia somou 7.698 MW mês. A energia afluente armazenável está em 52% da média histórica. A usina de Tucuruí está com 68,54% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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2 Consumo cai 2% na primeira metade de março

Os brasileiros consumiram 2% menos energia na primeira quinzena de março, totalizando de 61.780 MWm. A demanda foi 1,4% menor no mercado regulado de energia e 3,6% no livre, na comparação com o mesmo período de 2015, de acordo com dados da CCEE divulgados nesta quinta-feira (17/3). A extração de minerais metálicos, que por meses foi o único segmento industrial com aumento de consumo, registrou queda de 12,1%, a maior do período. Em seguida, os setores de extração de minerais não metálicos, veículos e bebidas tiveram recuos de 10,8%, 7,7% e 6,4%, respectivamente. Alguns ramos, contudo, elevaram seu consumo de energia elétrica nos primeiros 15 dias de março, como saneamento (4,6%), madeira, papel e celulose (4,6%), comércio (4,4%) e alimentício (3,7%), segundo a câmara. Em relação à geração de energia, a retração foi de 1,9% no período, para 64.294 MWm. Tanto as usinas eólicas quanto as térmicas à biomassa tiveram aumentos de 50,5% e 18%, respectivamente, no volume de energia produzido. Houve ainda aumento de 7,9% na geração das hidrelétricas, incluindo as PCHs, para 51.650 MWm. Esse volume representa 80,4% de toda energia gerada no país, índice 7,3 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Além disso, a CCEE calculou que as hidrelétricas integrantes do MRE gerem o equivalente a 97,6% de suas garantias físicas (52.009 MWm) até a terceira semana de março. “Para fins de repactuação do risco hidrológico, esse percentual foi de 102,8%”, informou. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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Meio Ambiente

1 Para diretor de Itaipu, é possível fazer UHEs de grande porte em harmonia com meio ambiente

Em meio as críticas que envolve a continuidade da construção de hidrelétricas no Brasil, o CAB, premiado projeto socioambiental da Itaipu Binacional, mostra que é possível um empreendimento hidrelétrico explorar economicamente uma bacia hidrográfica e ao mesmo tempo se tornar um vetor de desenvolvimento econômico e social regional.Ampliado em 2003, durante a gestão do executivo Jorge Samek, diretor-geral da companhia. O programa atua na proteção e conservação dos solos e águas, recuperação de matas ciliares e fortalecimento da economia local. Entre 17 e 18 de março, aproximadamente 10 mil pessoas devem participar da 13º edição do encontro Cultivando Água boa, em Foz do Iguaçu. Para Nelton Friedrich, diretor de Coordenação e Meio ambiente da Itaipu Binacional, o Brasil não pode abrir mão de explorar a hidroeletricidade. “Temos que compreender que nós todos precisamos de energia. O que temos que descartar são as energias profundamente prejudiciais à água, ao solo, à vida. É preciso compreender que no campo das energias renováveis, você tem um conjunto de fontes, e a hidrelétrica é uma delas e vai continuar sendo”, defendeu. Friedrich lembrou que é preciso fazer a ampliação da matriz limpa, mas compreender que há etapas nessa transição que precisam ser superadas. “É possível reconhecer que é possível fazer empreendimentos de médio e grande porte mitigando bastante, diminuindo os impactos sociais, ambientais e econômicos, mas o mesmo tempo que possamos ter empreendimentos que sejam uma alavanca de desenvolvimento sustentável na onde ele influencia. Não é uma visão imediatista, setorista e mecanizada. É uma visão sistêmica, com a complexidade que isso tem”, concluiu. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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Energias Renováveis

1 Cenário econômico adverso estimula projetos racionais e sustentáveis

As mudanças nos desenhos dos quartos de hotéis estão acontecendo de forma perceptível no mercado brasileiro porque o país ainda está passando pela onda de renovação do parque hoteleiro que foi iniciada em 2008, logo após o Brasil ser anunciado sede da Copa do Mundo e, depois, dos Jogos Olímpicos. Segundo um estudo realizado pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb), em meados de 2015, para o Ministério do Turismo, os empresários do setor planejavam investir R$ 12,8 bi em 630 novos empreendimentos até o ano de 2020, o que representa um incremento de capacidade da ordem de 65% sobre a atual oferta disponível naquele período. Mas entre a assinatura dos projetos e a construção e inauguração de vários desses empreendimentos, a recessão econômica pegou essa indústria no contrapé. Tanto é que em 2015, pela primeira vez em dez anos, a hotelaria nacional fechou um ano com indicadores operacionais em retração. A taxa média de ocupação dos quartos caiu de 66,65%, para 61,56%, e o RevPar - indicador que reflete a receita média por cada quarto disponível - teve uma diminuição de 10,9%, para a casa de R$ 145,59, apontou o Fohb. A entidade projeta para este ano de 2016 alguma recuperação, mas em percentuais apenas marginais - no caso da taxa de ocupação, um avanço de apenas 2% e, no Revpar, de 6,6%. Apesar de adverso, esse ambiente acabou estimulando os projetos mais racionais e eficientes. "Eu diria que hoje o custo [de um quarto] é 5% menor em termos nominais do que eram há 10 ou 15 anos", afirma o vice--presidente da Accor, Paulo Mancio. O presidente do Nobile, Roberto Bertino, pondera que esse perfil é mais evidente nos hotéis econômicos e de médio padrão - os "midscale". "Nos hotéis de luxo, carpete, mesa de trabalho, guarda--roupas e quartos amplos ainda são exigências dos hóspedes", diz Bertino. Mas a consultora da Mapie Carolina Sasso aponta que mesmo quando hospedada em endereços de maior padrão, a 'geração Y' prefere empreendimentos que empregam conceitos de sustentabilidade. "Esse público acaba atraído por novas tendências que buscam soluções que atendem também eficiência e racionalidade de custos, que mostrem sustentabilidade", afirma. Na rede Accor, os novos hotéis conseguem reduzir a conta de energia entre 20% e 30% com o uso de placas solares e em 50% o consumo de água com chuveiros e torneiras mais eficientes. "No fim, com pisos frios em lugar de carpete, menos móveis e gastos mais eficientes de energia e água, o custo de manutenção cai", diz o vice-presidente da rede. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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2 Duplicar a geração de energia renovável pode economizar US$ 4,2 tri ao ano

Um relatório da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) divulgado nesta quinta-feira informa que duplicar a geração de energia renovável até 2030 poderia economizar US$ 4,2 tri anuais. Os custos para dobrar o percentual de produção de energia renovável de 18% para 36% da matriz energética mundial seriam de US$ 290 bi por ano e, segundo o documento, a expansão limitaria o aquecimento global a menos de dois graus centígrados. A compensação dos investimentos em energias renováveis pode ser até 15 vezes maior que os gastos para aumentar a matriz, já que, além da redução das alterações climáticas, como reduzir o aumento do nível do mar, as tecnologias poderiam diminuir o consumo de combustíveis fósseis e aumentar o nível de segurança energética, de acordo com o relatório. “Duplicar a produção de energias renováveis não só é possível como inclusive mais barato do que se não for feito” disse, em nota, Adnan Amin, diretor geral da Irena. O setor de energia renovável teve um investimento recorde de US$ 329,3 bi em 2015, apesar da queda dos preços do petróleo, de acordo com a Bloomberg. A implementação de energias renováveis também cresce cada vez mais que os combustíveis fósseis a cada ano, mas a Irena, que tem 145 países associados, diz que é necessário ainda muito mais trabalho para reverter as mudanças climáticas de maneira eficaz. “A fim de alcançar os objetivos globais relacionados ao clima e desenvolvimento, a próxima fase vai exigir um maior foco nos transportes, aquecimento e arrefecimento” disse Dolf Gielen, que dirige o centro de inovação e tecnologia da Irena. Segundo ele, o objetivo é que, se a duplicação da geração for alcançada, o transporte, aquecimento e arrefecimento devem ser responsáveis por metade do consumo de energias renováveis em 2030 mas, para isto, ainda deve haver um crescimento drástico do uso deste tipo de energia por esses setores. As emissões globais de dióxido de carbono derivadas do setor energético se mantiveram em 32,1 bilhões de toneladas em 2015 pelo segundo ano consecutivo (dados da IEA) , o que sugere que a poluição por gases de efeito estufa atingiu seu ponto máximo. A instituição atribui às energias renováveis esta estabilização, visto que 90% da nova energia que implementada é renovável. A Irena refutou a ideia de desemprego gerada pela mudança, ao afirmar que a duplicação da cota das energias renováveis levaria a um aumento líquido de seis milhões de postos de trabalho e uma elevação de 9,2 milhões para 24,4 milhões de trabalhadores no setor de energia renovável. O relatório diz ainda que não é necessário duplicar a energia renovável em todos os países e que as proporções variam de acordo com a população, a atividade econômica e a infraestrutura de energia existente. Os EUA, por exemplo, teriam de aumentar sua cota em 15%, enquanto a China deveria aumentar em 20%. (O Globo – 17.03.2016)

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3 Eólicas na BA tem unidades liberadas para operação comercial

Duas eólicas localizadas no município de Sento Sé-BA, tiveram unidades liberadas para operação comercial a partir desta quinta-feira, 17 de março. A EOL Banda de Couro teve liberadas a UG1, UG2, UG4 e UG14, com 2,35 MW cada, totalizando 9,4 MW. Já a EOL Baraúnas poderá operar as UGs 2, 4, 9 e 10, também com 2,35 MW cada. A Aneel também liberou para operação comercial as unidades 1 e 2, de 4,55 MW cada da PCH Cazuza Ferreira (RS). Para operação em teste, foram liberadas a UG1 a UG5, de 3 MW cada, da EOL Itarema 3 (CE). (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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4 Aneel libera operação comercial de 18,8 MW eólicos

A Aneel liberou a operação comercial de unidades de 10 unidades geradoras a partir de 15 de março. Segundo despacho publicado hoje no Diário Oficial da União, as unidades geradoras UG1, UG2, UG4 e UG14, que somam 9,4 MW de capacidade instalada, passam a operar comercialmente na eólica Banda de Couro, na Bahia. Também na Bahia, outras quatro unidades geradoras, que também somam 9,4 MW de capacidade, foram autorizadas a operar comercialmente no parque eólico de Baraúnas II. A agência liberou também que as duas unidades geradoras, UG1 e UG2, com capacidade total de 9,1 MW, comecem a operar comercialmente na PCH Cazuza Ferreira, no Rio Grande do Sul. Na eólica Itarema III, no Ceará, a Aneel liberou a operação em teste a partir de hoje de cinco unidades geradoras (UG1 a UG5), de 3 MW cada, totalizando 15 MW de capacidade instalada. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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5 Greenpeace Brasil coordena projeto beneficente que visa economia através de placas fotovoltaicas

O Greenpeace Brasil e duas instituições beneficentes lançaram uma campanha de financiamento coletivo para a instalação de sistema de energia nessas duas unidades. O objetivo é arrecadar R$ 250 mil para instalar placas fotovoltaicas no abrigo de idosos Paulo de Tarso (BA), e na Casa Santa Gemma (MG), que cuida de pessoas em situação de rua. Com as mudanças, as contas de luz das entidades serão praticamente zeradas e o dinheiro economizado poderá ser revertido para outras ações. O Abrigo Paulo de Tarso, por exemplo, vai usar o dinheiro economizado para contratar um fisioterapeuta. Já na Casa Santa Gemma, a economia na conta de luz irá ajudar a criar um espaço para acolher mulheres. O financiamento coletivo está no site Kickante e até hoje (17/03) já foram arrecadados R$ 5 mil, cerca de 2% do objetivo. A campanha ainda tem 57 dias para chegar à meta. (Agência Brasil Energia – 17.03.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Aneel define procedimentos para alocação de energia da UTE Maranhão III

O cálculo da geração da termelétrica Maranhão III que a Eneva terá de alocar em outras usinas do grupo será correspondente à diferença entre a potência instalada e a soma de geração própria das UTEs Maranhão IV e V, multiplicada pelo fator de comprometimento com os contratos de comercialização de energia dessas usinas. O procedimento foi definido esta semana pela Aneel e será usado no cumprimento de compromisso assumido pela empresa no TAC assinado com a Aneel em 2014. A agência determinou à CCEE a recontabilização da energia da térmica, do período entre a data da publicação do TAC e a de publicação do despacho com a decisão aprovada da última terça-feira, 14 de março. O TAC proposto pela Parnaíba II Geração de Energia S.A., responsável pela UTE Maranhão III, tinha como finalidade equacionar as obrigações previstas nos contratos de comercialização de energia negociados pela empresa no leilão A-3 de 2011. Ele foi aprovado pela Aneel em 11 de novembro de 2014, após avanços na proposta original apresentada à agência. Em junho de 2015, a empresa questionou a metodologia usada pela CCE para contabilizar a geração em teste de Maranhão III que seria destinada Maranhão IV e V. Ela propôs que a totalidade da energia produzida pela usina UTE Maranhão III fosse remunerada provisoriamente pelo Custo Variável Unitário, desde o início de aplicação do TAC até que a questão fosse decidida em ultima instância pela diretoria da Aneel. O termo de ajuste estabeleceu regras para a contabilização da energia das usinas do complexo do Paranaíba. Ele prevê que se as UTEs Maranhão IV e Maranhão V forem despachadas por ordem de mérito de preço, a soma da energia gerada por Maranhão III, IV e V deverá ser alocada a estas duas ultimas usinas, na proporção dos contratos de cada uma, até o limite dos montantes e das disponibilidades contratadas. Caso a soma da geração das três usinas seja maior que o necessário para atendimento aos contratos, o excedente deverá ser remunerado pelo CVU de Maranhão III e o ganho resultante da diferença entre o custo da usina e Preço de Luquidação das Diferenças será destinado à modicidade tarifária. O problema apontado pela Eneva na contabilização da CCEE é que no despacho por ordem de mérito de custo a geração em teste de Maranhão III foi alocada às outras usinas até o limite da potência instalada delas, com a aplicação posterior do fator de comprometimento dos contratos, de 96,4%. Os 3,6% de energia restantes foram liquidados a favor das distribuidoras que têm contratos com as UTEs Maranhão IV e V, enquanto o gerador recebeu o equivalente ao CVU apenas para a energia proporcional aos 96,4%. A proposta da Eneva era de que o montante destinado às distribuidoras ficasse com a geradora, que liquidaria essa energia ao PLD. (Agência CanalEnergia – 17.03.2016)

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2 Áreas do complexo onde ficam usinas nucleares Angra 1 e 2 são assaltadas

Nem as usinas nucleares de Angra 1 e 2, em Angra dos Reis, escapam da violência urbana. A Eletronuclear informou nesta quinta-feira que os seguranças de duas áreas que fazem parte do acesso às usinas foram assaltados no último dia 14 por volta das 23h30. Os assaltantes roubaram as armas dos vigilantes. Segundo a empresa, vigilantes da empresa terceirizada para fazer a guarda da área da Central Nuclear Almirante Alvaro Alberto, foram surpreendidos por cinco homens armados que estavam em três motocicletas. A companhia informou que foram roubados dois revólveres Os vigilantes foram amarrados, colocados em um carro da empresa terceirizada e levados a outro posto de observação. Lá, renderam outros dois guardas, roubaram seus armamentos e fugiram, abandonando o carro com os sentinelas amarrados. A Eletronuclear esclareceu que, apesar de terem ocorrido em áreas da empresa, os assaltos foram longe dos prédios onde operam as usinas nucleares. As autoridades competentes foram, imediatamente, comunicadas. As duas usinas estão em operação, enquanto as obras de Angra 3 estão paradas desde setembro passado, por seus contratos serem suspeitos de irregularidades apontadas pelas investigações da Operação Lava-Jato. A Andrade Gutierrez e a Engevix que estavam construindo a usina, que está com 50% das obras prontas, devem perder os contratos caso se confirmem as suspeitas de irregularidades. Estão sendo feitas auditorias internas na companhia para apurar as irregularidades. Faltam R$ 5 bi para concluir a usina que já ficou durante 23 anos com as obras paradas, tendo sido retomadas em 2009. (O Globo – 17.03.2016)

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Grandes Consumidores

1 Usiminas firma acordo para suspender obrigações financeiras por 120 dias

A Usiminas assinou acordo com credores brasileiros e japoneses para suspender obrigações financeiras da companhia pelo prazo de 120 dias, condicionado à aprovação de proposta de aumento de capital, de acordo com comunicado da siderúrgica nesta sexta-feira. Os acordos determinam a suspensão da exigência das obrigações de pagamento do montante principal, bem como das obrigações de cumprimento de índices financeiros contidos nos contratos de financiamento da siderúrgica com os credores. O Conselho da empresa se reúne nesta sexta-feira e deve aprovar a convocação de assembleia extraordinária de acionistas para que a proposta de aporte de R$ 1 bi na empresa, aprovado na semana passada, seja chancelada. Caso a proposta não seja aprovada, os acordos deixarão de vigorar antes do fim dos 120 dias. Os credores também se comprometeram a não declarar o vencimento antecipado das obrigações financeiras da Usiminas. A empresa tem um total de R$ 8 bi em dívidas, do qual metade com bancos. Em 2016, vence R$ 1,9 bi do montante total. Sem a trégua junto às instituições, a empresa não tem caixa para fechar o mês, restando a recuperação judicial. A japonesa Nippon Steel se comprometeu a subscrever até R$ 1 bi na operação. A ítalo-argentina Techint fez proposta diferente, que prevê aumento de capital de até R$ 563 mi, e voltará a ser apresentada na assembleia para discutir o aumento de capital. Os dois grupos dividem o controle da siderúrgica brasileira. Segundo comunicado da Usiminas, os acordos com credores divulgados nesta sexta-feira também podem deixar de vigorar antes do fim do prazo caso seja aprovada proposta alternativa de aumento de capital, a menos que os credores concordem com a outra proposta previamente. A Usiminas disse que continua negociando com os bancos um projeto de reestruturação financeira para adequar seu perfil de endividamento. (O Globo – 18.03.2016)

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2 Vale e China Cosco Shipping assinam acordo para transporte de minério

A China Cosco Shipping Corporation e a Vale assinaram um acordo com duração de 27 anos para que a gigante chinesa transporte 16 milhões de toneladas de minério de ferro para a mineradora brasileira por ano. O acordo foi assinado pelas companhias em uma cerimônia em Pequim nesta sexta-feira, disse a companhia chinesa em comunicado. "A assinatura do acordo marca o início de um novo capítulo da cooperação entre as duas empresas", afirma. A China COSCO Shipping Corporation foi lançada no mês passado depois da fusão das antigas rivais China Ocean Shipping (Group) Company e China Shipping Group. Anteriormente, a COSCO tinha um acordo de transporte de longo prazo com a Vale. (O Globo – 18.03.2016)

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Economia Brasileira

1 Banco Central sinaliza que reduzirá intervenção no câmbio

Com a baixa do dólar, o BC sinalizou nesta quinta-feira que reduzirá a política de intervenção no câmbio. Ainda não há indicação da intensidade da queda da oferta de contratos de swap, um tipo de instrumento que funciona como proteção contra a variação do dólar, já que corresponde uma venda de dólar no mercado futuro. “O BC avalia que o atual ambiente internacional abre uma oportunidade para realizar parte de suas posições em swaps cambiais, diminuindo a intensidade das rolagens diárias”, limitou-se a dizer a assessoria de imprensa da instituição. Isso significa que a autoridade monetária - que já não colocava mais contratos novos no mercado - não renovará totalmente os swaps que estão na praça. Os números dão espaço para essa manobra. Em fevereiro, por exemplo, o BC voltou a ter lucro com operações cambiais após dois meses de perdas. Os contratos de swap renderam R$ 11,7 bi no mês passado. Quando o dólar sobe de preço, o BC paga para quem comprou o contrato. Já quando a cotação cai, há ganhos para a autoridade monetária. Foi o que aconteceu no mês passado e o que acontece no início de março. Com a moeda americana mais barata, reflexo da crise política, o BC já lucrou R$ 20,5 bi apenas nos quatro primeiros dias de maio. A intenção do BC não é lucrar com esse tipo de operação, mas dar segurança para as empresas que precisam fazer operações com o dólar. Essa política do BC colecionou críticas por causa do seu impacto nas contas públicas. As perdas aumentam a conta de juros da dívida pública. Isso aumenta o rombo das contas públicas, que devem amargar o terceiro déficit seguido neste ano. (O Globo – 17.03.2016)

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2 Governo cria instrumento de política monetária

Em projeto de lei complementar elaborado no Ministério da Fazenda para ser enviado ao Congresso na segunda-feira, o governo proporá a criação das reservas bancárias remuneradas como um novo instrumento de política monetária do Banco Central. O projeto também vai prever o refinanciamento da dívida dos Estados, medida que abrirá espaço para cerca de R$ 9 bi em investimentos, e fixará teto de expansão do gasto público. O depósito remunerado de reservas bancárias, quando criado, conviverá com o outro instrumento do BC, as operações compromissadas. A ideia é que, de forma gradual, o BC reduza o estoque de compromissadas, que chega a R$ 1 tri, mediante o resgate desses papéis de curta duração com recursos do Tesouro no BC ou, ainda, com o uso de uma parte das reservas cambiais. Isso diminuirá a dívida bruta. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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3 Sondagem da CNI mostra queda menor de produção em fevereiro

A ociosidade da indústria continuou recorde em fevereiro, mas alguns indicadores, embora negativos, registraram uma melhora relativa. Entre eles, estão os de volume de produção, número de empregados, estoques e expectativas. Os dados são da sondagem mensal realizada pela CNI. Em fevereiro, a utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria permaneceu em seu piso histórico: 62%. O percentual é quatro pontos percentuais inferior ao registrado em fevereiro de 2015. Produção e emprego continuaram em queda no mês, embora menos acentuada. O indicador de evolução da produção saiu de 39,7 para 42,2 pontos, e o de empregados subiu de 41,4 para 42,8 pontos. Já os estoques de produtos finais se mantiveram em níveis um pouco menores que os planejados pela indústria. Enquanto o indicador de evolução dos estoques caiu de 48,4 para 48,2, aquele que aponta o estoque real em relação ao planejado recuou de 50,3 para 49,7 entre fevereiro e março. Expectativas Enquanto isso, os índices de expectativas - relativos a março - mostram empresários menos pessimistas com relação à demanda esperada e perspectivas de menor queda do número de empregados e das compras de matérias-primas nos próximos seis meses. Os industriais permanecem otimistas com relação às vendas ao exterior, mas o indicador é mais baixo que no mês anterior. Assim, a expectativa sobre a demanda teve uma melhora relativa entre fevereiro e março, de 45,6 para 46,9. A de compra de matérias-primas seguiu o mesmo caminho, de 43,6 para 45,2. A expectativa quanto ao número de empregados subiu de 42,1 para 43. As expectativas de exportação ficaram acima de 50 - limite que separa o pessimismo do otimismo, mas recuaram de 53,5 para 52,6, enquanto a de intenção de investimento recuou de 39,8 para 39,4. (Valor Econômico – 17.03.2016)

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4 Indústria está menos pessimista, mostra CNI

A ociosidade da indústria continuou recorde em fevereiro, mas alguns indicadores, embora negativos, registraram melhora relativa. Entre eles estão volume de produção, número de empregados, estoques e expectativas. Os dados são da sondagem mensal realizada pela CNI. No mês passado, a utilização da capacidade instalada da indústria permaneceu no piso histórico: 62%. O percentual é quatro pontos percentuais inferior ao de fevereiro de 2015. Produção e emprego continuaram em queda no mês, embora menos acentuada. O indicador de evolução da produção saiu de 39,7 para 42,2 pontos, e o de empregados subiu de 41,4 para 42,8 pontos. Os estoques de produtos finais mantiveram--se em níveis um pouco menores que os planejados. Enquanto o indicador de evolução dos estoques caiu de 48,4 para 48,2 pontos, a que aponta o estoque real em relação ao planejado recuou de 50,3 para 49,7 pontos. Os índices de expectativas relativos a março mostram empresários menos pessimistas com relação à demanda e perspectivas de menor queda do número de empregados e das compras de matérias-primas nos próximos seis meses. Os industriais permanecem otimistas com relação às exportações, mas o indicador é mais baixo que no mês anterior. A expectativa sobre a demanda teve melhora relativa entre fevereiro e março, de 45,6 para 46,9 pontos. A de compra de matérias-primas seguiu o mesmo caminho, de 43,6 para 45,2 pontos. A expectativa quanto ao número de empregados subiu de 42,1 para 43 pontos. A de intenção de investimento recuou de 39,8 para 39,4 pontos. (Valor Econômico – 18.03.2016)

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5 Puxado por alimentos, IPC-Fipe acelera na segunda prévia de março

Puxada por alimentos e despesas pessoais, a inflação acelerou na cidade de São Paulo na segunda quadrissemana de março, na comparação com a primeira, segundo a Fipe. O IPC foi de alta de 0,80% para 0,94% no período. O IPC-Fipe calcula a inflação para famílias que recebem até dez salários mínimos mensais. O grupo alimentação saiu de alta de 1,37% para 0,86% e foi responsável por 0,33 ponto da inflação do período. Também subiram as despesas pessoais, de 1,26% para 1,55%, adicionando outro 0,21 ponto ao IPC-Fipe. Vestuário também aumentou, de 0,58% para 0,97%. Os quatro demais grupos registraram taxas menores da primeira para a segunda quadrissemana de março: habitação (de 0,83% para 0,71%), transportes (de 0,42% para 0,40%), saúde (de 0,89% para 0,65%) e educação (de 0,21% para 0,15%). (Valor Econômico – 18.03.2016)

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6 Inflação medida pelo IGP-M desacelera na segunda prévia de março

A inflação medida pelo IGP-M cedeu de 1,24% para 0,43% da segunda prévia de fevereiro para o mesmo período em março, com desaceleração nos preços do atacado e do varejo, informa a FGV. O indicador é referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. No atacado, o IPA - com peso de 60% - subiu 0,39% na segunda prévia de março, contra 1,39% em fevereiro. Bens finais saíram de 1,31% para 1,38%, com a alta dos alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,99% para 8,32%. Bens intermediários saíram de alta de 1,13% para queda de 0,90% no período, puxados por materiais e componentes para a manufatura (de 1,66% para -1,32%). Já as matérias primas brutas passaram de alta de 1,82% para 0,76%, com desaceleração na alta do milho em grão (17,17% para 2,62%), soja em grão (-0,45% para -5,39%) e mandioca (6,87% para -1,42%). (Valor Econômico – 18.03.2016)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 11h, a moeda norte-americana caía 0,98%, vendida a R$ 3,6175. Na quinta-feira, o dólar comercial caiu 2,37% e fechou a R$ 3,65. (G1 e Valor Econômico – 18.03.2016 e 17.03.2016)


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Internacional

1 Argentina: Empresários alemães querem investir em parque eólico em La Pampa

O governador Carlos Verna se reuniu com empresários alemães que pretendem instalar um parque eólico em General Acha. Verna recebeu representantes da empresa alemã ABO Wind, Energías Renovables, encabeçada por seu CEO Andreas Höllinger e Vanesa Revelli, diretora para América Latina. O projeto eólico teria 50 MW. (Inversor Energético – Argentina – 17.03.2016)

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2 Bolívia: Morales afirma que a única forma de enfrentar mudanças climáticas é com mais água e energia

O presidente Evo Morales assegurou que a única forma de enfrentar a mudança climática gerada pelas grandes potências industriais, é garantindo mais água e energia elétrica. “Lamentavelmente o clima vai sendo mudado pelas potências internacionais, mudando a temperatura em todo mundo, o chamado aquecimento global e a única forma de enfrentá-lo é com mais água, mas também mais energia”, disse Morales. (Cambio – Bolívia – 17.03.2016)

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3 Paraguai: Três estações da ANDE se incendiaram em um mês

A explosão do dispositivo denominado “bushing” do transformador elétrico da estação de Natalio, departamento de Itapúa, provocou um incêndio que destruiu parte do equipamento e deixou sem serviço 20 mil usuários. Trata-se do 3º sinistro em pouco mais de um mês, afetando o sistema da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE). (ABC Color – Paraguai – 17.03.2016)

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4 Uruguai: Petróleo e eólica geram dúvida sobre regasificadora

A queda do preço do barril de petróleo e a maior geração de energia eólica são elementos que põem em dúvida avançar na construção da planta regasificadora, segundo relatório sobre os desafios do mercado elétrico elaborado por Objetiva, portal da consultora Deloitte. Segundo o documento, que já leva em conta dados da Administração do Mercado Elétrico (ADME), um dos fatos mais relevantes de 2015 foi o avanço da geração de energia eólica, que superou os 2 mil GW e aportou 18% da oferta bruta de eletricidade, quando há dois anos, seu peso relativo alcançava 1%. (El País – Uruguai – 17.03.2016)

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5 De olho em negócios, Cuba recebe Obama

Uma ilha rodeada de oportunidades de negócios por todos os lados. É assim que Cuba se delineia hoje. Depois de cinco décadas relativamente fechado a recursos internacionais, o país vem se abrindo cada vez ao capital estrangeiro. No fim de 2015, o governo cubano apresentou uma carteira com 330 projetos em mais de dez setores, como infraestrutura, turismo e energia, que somam investimentos de US$ 8,7 bilhões. Atentos a esse mercado que se abre no Caribe - com PIB que cresceu 8,4% em 2015, para US$ 89,5 bilhões, e inflação prevista de 3,9% para 2016, segundo dados da Economist Intelligence Unit - países como França, Japão e Alemanha enviaram nos últimos meses representantes do governo e empresários para garimpar contratos. A visita a Havana que o presidente Barack Obama inicia no domingo também sinaliza que o embargo econômico americano, que inibe o comércio e os investimentos diretos entre os dois países, se aproxima de uma solução. O Brasil, que está entre os seis principais parceiros comerciais de Cuba no mundo, não está parado. Depois de despachar para Havana uma missão com 30 empresários de São Paulo e 40 empresas de Pernambuco, em 2015, o governo brasileiro, por meio de federações de comércio e indústrias, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Embaixada do Brasil em Cuba, convidou mais 20 companhias do Ceará para visitar neste ano o país presidido por Raúl Castro. O objetivo é engordar a lista de 300 grupos nacionais que hoje já fazem negócios no mercado cubano e reforçar as exportações. O valor das vendas externas brasileiras para Cuba passou de US$ 507,7 milhões, em 2014, para US$ 513,5 milhões no ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). (Valor Econômico – 18.03.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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