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IFE: nº 4.049 - 11 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 MCP: Resultado da liquidação de dezembro causa insatisfação entre credores
2 MCP: ABRACE diz que judicialização tem sido um instrumento de sobrevivência
3 MME lança programa de energia solar sobre flutuadores em Sobradinho
4 Aneel autoriza comissionamento da UTE Goianésia
5 Tarifas de energia devem cair 3,5%
Empresas
1
Ainda indefinido plano para novas usinas nucleares no país
2 Diretor do Firjan vê nucleares como necessárias e defende abertura do setor para a iniciativa privada
3 GESEL: Angra 3 é um problema político, sem solução à vista, corroborado pela queda da demanda
4 Espanhola Abengoa estabelece bases de acordo com credores
5 No Brasil, governo trata situação da Abengoa com cautela
6 Lucro líquido da Alupar recua 63,3% no 4º tri de 2015, para R$ 42 mi
7 Equatorial Energia: Lucro recua 72,9% no 4º tri, para R$ 143 mi
8 Taesa tem lucro estável em 2015
9 Com melhoria em edital, Taesa participará de leilão
10 CPFL Energia abre nova chamada públcia para projetos de eficiência energética
11 Schneider fornece soluções para operação de rede de distribuição para Light
12 Copel GT inaugura sistema de transmissão em São Paulo
13 Severi renuncia ao cargo de diretor de Relações Institucionais da CPFL Renováveis
14 Armando Henriques é o novo presidente da Duke Energy International
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Demanda do mercado livre cai 5,6% na primeira semana de março
3 Liminar eleva vazão do reservatório de Xingó
4 Problemas com Sobradinho
Energias Renováveis
1
EDP Renováveis fecha contrato para venda de 100 MW no Canadá
2 Usina solar flutuante da Cesp deve entrar em operação em maio
3 Novos projetos fotovoltaicos devem somar 64,7 GW globais em 2016
4 São José do Rio Preto vai gerar energia a partir do biogás do esgoto
Gás e
Termelétricas
1 UTE Novo Tempo, da Bolognesi, é autorizada a emitir debêntures de infraestrutura
2 Eletronuclear utiliza mergulhadores para realizar manutenção em Angra 1
3 GNL americano para o Brasil pode virar rotina
Grandes
Consumidores
1 Usiminas coloca 1.300 em licença remunerada em Cubatão
Economia Brasileira
1 Fitch: Previsão do PIB brasileiro indica queda na confiança e pressões externas
2 Pesquisa da FGV prevê ociosidade elevada na indústria
3 Volume de serviços cai 5% e registra pior janeiro desde 2012
4 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Eólica: instalações anuais na América Latina vão ultrapassar as da América do Norte em 2025
2 Argentina: presidente de estatal argentina YPF renuncia
3 Bolívia: Criada a Agência Boliviana de Energia Nuclear, a estatal ABEN
4 Colômbia: Ideam diz que El Niño está de saída
5 Paraguai: Cartes solicita acelerar obras da ANDE
6 EUA: Mercado solar deve crescer 119% em 2016
7 Estados Unidos devem adicionar 16 GW fotovoltaicos em 2016
Regulação e Reestruturação do Setor
1 MCP: Resultado da liquidação de dezembro causa insatisfação entre credores
O resultado da liquidação financeira das operações de dezembro no MCP conseguiu desagradar até mesmo quem teve prioridade no recebimento de créditos pela venda de energia, caso de geradores termelétricos, de comercializadores e de grandes consumidores beneficiados por decisões judiciais. A inadimplência atingiu a 77,94% dos valores contabilizados e mostrou que pode levar tempo maior do que o previsto para que o mercado retorne à normalidade. O presidente da Abraget, Xisto Vieira Filho, afirma que o valor pago às empresas associadas foi insuficiente para cobrir os custos de geração das usinas. “Nós estamos bastante insatisfeitos com isso”, disse o executivo. Ele calcula em mais de R$ 1 bi o valor ainda pendente a ser pago às usinas térmicas. Mesmo nos casos em que a Justiça determinou o pagamento, os agentes receberam valores parciais. Foram quitados R$ 1,10 bi, ou 22,06% dos R$ 4,98 bi em débitos contabilizados. Não houve recursos financeiros para repasse aos demais credores. A maior parte da fatura em aberto, de R$ 3,88 bi, é resultante de liminares que suspenderam o pagamento do custo do déficit hídrico das usinas, seja pelos devedores originais, seja por outros agentes que entrariam no rateio desse custo. A Abraget pretende agir em duas frentes. Uma delas é a apresentação à CCEE do resultado de um trabalho desenvolvido pela Thymos Energia sobre a situação dos geradores termelétricos. A associação também vai relatar o resultado da liquidação de dezembro ao juiz que determinou prioridade às térmicas no recebimento dos valores liquidados. “A gente quer estudar os números para fazer uma proposta à CCEE e ao juiz, porque a gente acha que tem meios de pagar mais, com recursos de outras contas”, explicou Xisto. Um das possibilidades já mencionadas pela Abraget é o uso da Conta Centralizadora, que é destinada a cobrir aumentos no custo de geração energia que estão sem cobertura tarifária ao longo do ano. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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2 MCP: ABRACE diz que judicialização tem sido um instrumento de sobrevivência
Para o presidente da ABRACE, Paulo Pedrosa, “esse processo da CCEE exemplifica a atual situação caótica do setor elétrico, em que a judicialização tem sido um instrumento de sobrevivência.” Pedrosa acrescentou que, apesar disso, “o diálogo com as instituições está preservado”, e que é possível “encontrar soluções estruturais”, “recuperar o setor elétrico e devolver competitividade à energia para que o setor produtivo não seja sacrificado. ”Uma das condições para que a liquidação de janeiro de 2016 transcorra sem problemas no mês que vem é a renúncia dos geradores às ações judiciais, no processo de adesão à repactuação do risco hidrológico. A Aneel corre contra o tempo para finalizar os processos de quem aderiu ao acordo de transferência de risco, ao mesmo tempo em que avalia a melhor solução para pedidos de parcelamento feito por grandes devedores, como a Santo Antônio Energia. O presidente executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros, lembra que, com a homologação dos acordos, a paralisação do mercado deixa de existir, porque os agentes devedores terão de cumprir os compromissos financeiros passados no mercado de curto prazo. “A liquidação de janeiro já vai contemplar a liquidação total do mercado”, acredita Medeiros. Não há, por enquanto, consenso em relação ao parcelamento de débitos de valor elevado, na impossibilidade de pagamento integral dos débitos em atraso. Para o executivo da Abraceel, a solução cabe ao próprio mercado, pois não se trata de uma questão regulatória. “A nossa avaliação é de que não cabe esse tipo de decisão à Aneel porque os créditos não são referentes ao mercado regulado. São créditos privados líquidos e certos e isso tem que passar necessariamente pelo credor”, disse. Medeiros acredita, porém que se credores e devedores chegarem a um acordo de renegociação da divida, isso pode ajudar a destravar as operações. Para Xisto Vieira, da Abraget, não faz sentido parcelar o valor da dívida, quando os geradores tiveram que bancar todo o custo do despacho das termelétricas. “Nós não vamos aceitar de jeito nenhum. A gente tem que receber à vista. O que é isso? As usinas térmicas não são banco pra fazer empréstimo”, reclamou o executivo. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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3 MME lança programa de energia solar sobre flutuadores em Sobradinho
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, e o presidente da Eletrobras Chesf, José Carlos de Miranda Farias, lançaram, no dia 11 de março, o projeto de pesquisa e desenvolvimento para exploração de energia solar com uso de flutuadores no lago da hidrelétrica Sobradinho, na Bahia. Na cerimônia será apresentado o protótipo com cerca de 60 m² de área em funcionamento, permitindo a visualização da energia gerada. Nas semanas seguintes, serão aprofundados os estudos da área dos lagos para a ampliação dos sistemas, que na primeira fase terão 1 MW, com área equivalente a um campo de futebol e, posteriormente, 5 MW, com superfície igual à de cinco campos. Na semana passada foi lançado o projeto no lago da hidrelétrica Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas. Somando-se os sistemas das duas usinas, a pesquisa contará com estrutura de geração de 10 MWp . O estudo será conduzido por pesquisadores das universidades federais do Amazonas e de Pernambuco, com acompanhamento do governo federal. Eles irão analisar questões diversas, desde viabilidade econômica para expansão em grande escala até possíveis impactos ambientais. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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4 Aneel autoriza comissionamento da UTE Goianésia
A Aneel autorizou o comissionamento da unidade geradora nº 7, de 7,3MW, da UTE Goianésia, localizada no município de mesmo nome, em Goiás. Também foram liberadas para testes as turbinas UG8 e UG9, de 3 MW cada, da usina eólica Itarema; e UG8, de 2,5 MW, da eólica Banda de Couro, ambas localizadas no município de Sento Sé, na Bahia. As autorizações foram publicadas na edição desta quinta-feira, 10 de março, do Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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5 Tarifas de energia devem cair 3,5%
O Copom do Banco Central indicou que deve haver uma redução de 3,5% nos preços de energia elétrica, consideradas as alterações nas bandeiras tarifárias. Na última reunião, a estimativa era de que houvesse um aumento de 3,7%, considerando as bandeiras vigentes à época. Segundo a ata divulgada na última quinta-feira (10/03) pelo Copom, o comitê decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano pela quinta vez seguida. Na reunião ocorrida entre os dias 01/03 e 02/03, não foram definidas as previsões para os preços da gasolina e do botijão de GLP. O colegiado também ressaltou a baixa previsibilidade do preço do barril de petróleo que avançou desde o último encontro. Segundo o Copom, os patamares atuais estão próximos a US$ 37, cerca de US$ 10 a mais do que o avaliado na última reunião, em janeiro. (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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Empresas
1 Ainda indefinido plano para novas usinas nucleares no país
De acordo com dados da Associação Mundial Nuclear (WNA, na sigla em inglês), 440 novos reatores nucleares estão atualmente em construção, e outros 510 em projeto, em todo o mundo. No Brasil, porém, o governo ainda não definiu os próximos projetos. A única usina nuclear em construção, Angra 3, está com as obras paradas desde setembro do ano passado, por falta de pagamentos e investigação de irregularidades. A obra está prevista para ser concluída em 2021. O problema, alerta o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), Antonio Müller, é que o custo da energia nuclear aumentou nos últimos cinco anos, devido às medidas de segurança exigidas pós-Fukushima, e viabilidade econômica dos projetos exige escala e um programa contínuo. Segundo ele, o custo de implantação da energia nuclear na Coreia do Sul, por exemplo, é de US$ 1,7 mil por kW instalado. Em um país que ainda não detém a tecnologia, esse custo pode chegar a US$ 5 mil por kW. Quase todos os países que haviam paralisado seus programas de expansão de energia nuclear, após o acidente em Fukushima, retomaram os planos de construir usinas, com exceção da Alemanha, que mantém a decisão de desativar todos os reatores até 2023. Segundo Müller, entre os países que voltaram a investir no setor, estão EUA, Reino Unido e o próprio Japão, devido à necessidade de aumentar a oferta de energia, sem contribuir para o aquecimento global. Segundo ele, outros países, como Turquia e Emirados Árabes Unidos, decidiram instalar os primeiros reatores. No Brasil, a última informação oficial sobre a expansão de energia nuclear é a do PNE 2030, lançado em 2007 e que deveria ser atualizado a cada cinco anos. O documento prevê quatro novas nucleares, além de Angra 3, até o fim da próxima década. Não há, porém, qualquer sinalização sobre a construção desses projetos, que levam cerca de dez anos, desde a tomada de decisão até o início da operação. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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2 Diretor do Firjan vê nucleares como necessárias e defende abertura do setor para a iniciativa privada
Para o diretor do Comitê Brasileiro do Conselho Mundial de Energia e presidente do Conselho de Energia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Sergio Malta, será necessário abrir o setor para a iniciativa privada para que sejam construídas novas usinas nucleares no país. "O Brasil vai ter que colocar novas nucleares na matriz até 2050. E é preciso mudar a Constituição e permitir que agentes privados possam construir e operar essas usinas. O modelo estatal não está apto [para fazer os investimentos]", disse. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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3 GESEL: Angra 3 é um problema político, sem solução à vista, corroborado pela queda da demanda
Com relação a Angra 3, segundo especialistas, a interrupção das obras cria risco para a integridade das estruturas. Além disso, a paralisação eleva o custo de manutenção dos componentes. Antes da decisão de retomar a implantação de Angra 3, em 2007, a Eletronuclear, dona do empreendimento, desembolsava US$ 20 mi por ano em manutenção e armazenamento dos equipamentos adquiridos no passado. Estima-se que esse custo hoje seja ainda maior. Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, Nivalde de Castro, a interrupção de Angra 3 é um problema político, sem solução à vista, corroborado pela queda da demanda, devido à crise econômica. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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4 Espanhola Abengoa estabelece bases de acordo com credores
A holding espanhola de energia Abengoa anunciou nesta quinta-feira o estabelecimento de bases para um acordo com bancos e detentores de bônus para a reestruturação da dívida da companhia e recapitalização do grupo. Segundo comunicado, um dos princípios do acordo é o aporte entre € 1,5 bi e € 1,8 bilhão, por um prazo máximo de cinco anos. Os financiadores desse aporte teriam direito a 55% do capital social da Abengoa. O financiamento teria uma classificação superior à divida antiga e seria garantido por certos ativos, incluindo ações da Atlantica Yield. A dívida antiga da companhia seria renegociada por 70% de seu valor nominal, que daria aos credores o direito de subscrever 35% de participação no processo de capitalização. A companhia indica também um segundo aporte, de € 800 mi, para o cumprimento de avais financeiros, que garantiriam 5% do capital social na nova estrutura. Após o fim da execução do plano, os atuais sócios da Abengoa teriam direito a 5% do capital social, com direito a um aumento de participação em até 5%, caso a companhia seja capaz de amortizar em cinco anos a totalidade do novo financiamento. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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5 No Brasil, governo trata situação da Abengoa com cautela
A notícia da injeção de capital dos credores na Abengoa numa tentativa de evitar a falência foi recebida com cautela pelo governo brasileiro. Há dúvidas de que a solução encontrada pela empresa fora do País tenha capacidade de eliminar o emaranhado financeiro e administrativo em que a Abengoa se meteu no Brasil, comprometendo a operação de grandes projetos de geração nos próximos meses. No País, a Abengoa detém principalmente linhas de transmissão em operação e em implementação, sendo que todas obras foram paralisadas no final do ano passado, quando a matriz iniciou o processo preliminar de recuperação judicial. Internamente, o governo tem estruturado caminhos jurídicos para acessar as obras abandonadas pela empresa e repassá-las para outros investidores. A intervenção direta nos lotes de linhas de transmissão é uma das alternativas analisadas. A maior preocupação do governo é encontrar um comprador para concluir as obras do chamado “linhão pré-Belo Monte”, um projeto de 1.854 km de extensão. Estimado em R$ 1,3 bi, o contrato foi vencido pelos espanhóis da Abengoa no fim de 2012, com o compromisso de ser entregue em fevereiro passado. (O Estado de São Paulo – 10.03.2016)
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6 Lucro líquido da Alupar recua 63,3% no 4º tri de 2015, para R$ 42 mi
A Alupar, holding que atua nos segmentos de transmissão e geração de energia elétrica, registrou lucro líquido de R$ 42,0 mi no quarto trimestre de 2015, em queda de 63,3% sobre o lucro líquido de R$ 114,6 mi no mesmo trimestre de 2014, segundo demonstração de resultados divulgada pela companhia na noite desta quinta--feira. Para o ano todo de 2015, a empresa teve lucro líquido de R$ 209,2 mi, em queda de 42,3% sobre o lucro líquido de R$ 362,8 mi um ano antes, segundo os dados divulgados no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). De acordo com a companhia, o resultado na última linha do balanço no quarto trimestre foi impacto por redução na receita bruta no negócio de geração, alta nos juros e na inflação, entre outros pontos. A receita líquida ajustada da empresa no quarto trimestre de 2015 foi de R$ 341,3 mi, em queda de 12,8% ante os R$ 391,1 mi no quarto trimestre de 2014. O valor para o ano todo de 2015 foi de R$ 1,417 bi, em alta de 5,9% sobre um ano antes. O Ebitda no quarto trimestre de 2015 foi de R$ 278,4 mi, em queda de 7,7% ante o Ebitda de R$ 301,6 mi do mesmo trimestre de 2014. Para o ano inteiro de 2015, o Ebitda foi de R$ 1,150 bi, em alta de 5,7% ante 2014. A despesa financeira líquida da companhia ficou em R$ 124,0 mi no quarto trimestre de 2015, em alta de 66,4% sobre a despesa financeira líquida de 74,5 mi um ano antes. O resultado para o ano todo de 2015 foi de despesa de R$ 427,7 mi, em alta de 76,3% ante 2014. No quarto trimestre de 2015, foram feitos investimentos de R$ 229,0 mi, mais que o dobro dos R$ 113,6 mi registrados um ano antes. Em 2015, os investimentos foram de R$ 753,5 mi, ante R$ 417,2 mi em 2014. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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7 Equatorial Energia: Lucro recua 72,9% no 4º tri, para R$ 143 mi
A Equatorial Energia, holding com investimentos na Cemar, Celpa, Geramar e Equatorial Soluções, registrou lucro líquido de R$ 143 mi no quarto trimestre de 2015, em queda de 72,9% sobre o lucro líquido de R$ 526 mi no mesmo trimestre de 2014, segundo demonstração de resultados divulgada pela companhia na noite desta quinta-feira. Para o ano todo de 2015, a empresa teve lucro líquido de R$ 808 mi, em alta de 26,8% sobre o lucro líquido de R$ 638 mi um ano antes, segundo os dados divulgados no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A receita operacional líquida da empresa no quarto trimestre de 2015 foi de R$ 1,875 bi, em queda de 22,6% ante os R$ 2,425 bi no quarto trimestre de 2014. O valor para o ano todo de 2015 foi de R$ 7,135 bi, em alta de 5,3% sobre um ano antes. O Ebitda no quarto trimestre de 2015 foi de R$ 333 mi, em queda de 57,2% ante o Ebitda de R$ 777 mi do mesmo trimestre de 2014. Para o ano inteiro de 2015, o Ebitda foi de R$ 1,176 bi, em queda de 9,4% ante 2014. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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8 Taesa tem lucro estável em 2015
A Taesa, transmissora da Cemig, registrou lucro líquido de R$ 909,4 mi em 2015, 0,5% acima do totalizado em 2014, quando apurou R$ 904,8 mi, o que indica praticamente estabilidade na comparação ano a ano. No quarto trimestre, a companhia obteve R$ 308,0 mi de lucro líquido, elevando em 42,8% o montante verificado no mesmo período do ano anterior, de R$ 215,6 mi. O Ebitda da transmissora no ano passado cresceu 5,5% ante o ano anterior – de R$ 1,254 bi para R$ 1,322 bi, respectivamente. No trimestre encerrado em dezembro, o Ebitda da Taesa teve variação de 52,3%, ao passar de R$ 260,3 mi em 2014 para R$ 396,4 mi no ano passado. (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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9 Com melhoria em edital, Taesa participará de leilão
A Taesa, transmissora de energia que tem como principais acionistas o FIP Coliseu e a elétrica mineira Cemig, planeja participar do próximo leilão de linhas de transmissão da Aneel, marcado para 13 de abril. Segundo o diretor-presidente, José Ragone Filho, a companhia tem interesse principalmente em projetos que possuam ganham de escala com o portfólio atual da empresa. "As condições apresentadas em edital melhoraram de forma representativa. Isso, de alguma forma, nos motiva a uma participação no leilão", disse o executivo, em teleconferência sobre os resultados da Taesa em 2015, um lucro de R$ 905 mi, em linha com o ano anterior (R$ 909 mi). Ragone Filho destacou que, além do aumento da taxa de remuneração dos projetos, outra mudança positiva para os próximos leilões foi a mitigação de problemas associados ao licenciamento ambiental dos empreendimentos. Questionado sobre a possibilidade de fusões e aquisições no setor de transmissão, o presidente da Taesa disse que as oportunidades que surgem no mercado são analisadas com disciplina e sob a ótica de aumentar o retorno financeiro. Sobre as linhas da espanhola Abengoa, que entrou com pedido de recuperação judicial no Brasil em janeiro, Ragone Filho reafirmou que a empresa não tem interesse no negócio, nas condições que os projetos se apresentam hoje. "Se houver reavaliação de receitas [dos contratos das linhas da Abengoa], vamos refazer as contas e, se fizer sentido, podemos evoluir em estudos mais profundos para uma possível transação", afirmou. Ontem, a holding da Abengoa na Espanha anunciou o estabelecimento de bases para um acordo com bancos e detentores de bônus para a reestruturação da dívida da companhia e recapitalização do grupo. Um dos princípios do acordo é o aporte entre € 1,5 bi e € 1,8 bi, por um prazo máximo de cinco anos. Os financiadores desse aporte teriam direito a 55% do capital social do grupo espanhol. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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10 CPFL Energia abre nova chamada públcia para projetos de eficiência energética
A CPFL Energia vai realizar nova chamada pública para projetos de eficiência energética, dentro do programa estabelecido pela Aneel. A companhia vai realizar um workshop no próximo dia 29/3 para apresentar os critérios para participação de clientes residenciais, industriais, comerciais, serviços, poder público e rurais na chamada pública. As distribuidoras envolvidas são a CPFL Paulista, a CPFL Piratininga e a CPFL Santa Cruz. As três distribuidoras investirão R$ 16,6 mi nos projetos selecionados, conforme os critérios estabelecidos em edital. Ainda de acordo com a CPFL Energia, os clientes interessados em aderir à chamada devem elaborar um pré-diagnóstico energético, contendo um levantamento preliminar das oportunidades de eficientização, os custos estimados de materiais, serviços de instalação, medição e verificação. O trabalho deverá apresentar também as ações para descarte de materiais, relatórios técnicos e custos da distribuidora, além da previsão de resultados energéticos, tais como redução de consumo e demanda no horário de ponta. O consumidor pode produzir o estudo ou contratar uma empresa especializada em serviços de eficiência energética (esco). (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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11 Schneider fornece soluções para operação de rede de distribuição para Light
A Schneider Electric firmou uma parceria com a Light (RJ) colocando em operação dois projetos pilotos de sistemas self-healing dentro da área de concessão da empresa. Os projetos contemplam tecnologias semi-centralizadas e descentralizadas para esse tipo de solução, e englobam todo o sistema de comunicação com rádio em TCP/IP com tecnologia spread spectrum, lógicas de self-healing em concentrador de dados e nos religadores, estudos de enlace, instalação e comissionamento. A implantação desses projetos visa melhorar a qualidade de prestação de serviço público de distribuição de energia da cidade do Rio de Janeiro, com sistemas inteligentes que isola falhas na rede de distribuição com agilidade e eficência, explica Marcel Araujo, gerente de serviços EAC da Schneider Electric. O sistema semi-centralizado foi implantado em três linhas da rede de distribuição de diferentes subestações. Nas linhas estão instalados dez equipamentos, sendo oito religadores U27 e duas chaves RL27 todos de fabricação Schneider Electric. A Light realizou todos os estudos necessários de forma a definir a melhor localização dos equipamentos, levando em consideração a capacidade de transferências de cargas entre os alimentadores, deixando o sistema preparado para que, em um momento de falta de energia, transfira as cargas isolando o trecho defeituoso e minimizando os impactos negativos na qualidade de fornecimento. O sistema descentralizado foi implantado em duas linhas da rede de distribuição, envolvendo três religadores e tecnologia spread spectrum. Neste sistema a decisão de transferência das cargas está embarcada nos equipamentos através das lógicas de proteção, não sendo necessárias implementações adicionais, é preciso apenas estabelecer a comunicação entre os mesmos. Por ser um sistema mais simples, possui limitações quanto às quantidades de alimentadores que podem ser contemplados em um mesmo sistema. “A grande vantagem desse sistema é que mesmo com a perda de comunicação com o centro de operação, os equipamentos terão a capacidade de realizar as manobras necessárias”, completa Araujo. “A implementação destas duas soluções permitirá que a Light obtenha subsídios mais concretos, baseados nos resultados obtidos, de forma a nortear as decisões futuras e possibilitar uma tomada de decisão mais assertiva. De modo geral, as decisões deverão levar em consideração as características particulares das redes de cada distribuidora, optando por uma ou ambas soluções em sua área de concessão“, afirma Luiz Carlos Direito, gerente de tecnologia, medição e automação da Light. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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12 Copel GT inaugura sistema de transmissão em São Paulo
A Copel Geração e Transmissão inaugurou na última quarta-feira, 9 de março, a subestação Paraguaçu Paulista II e a linha de transmissão associada ao projeto. O evento contou com a presença do diretor presidente da Copel GT, Sergio Luiz Lamy, e do secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, que esteve acompanhado de uma comitiva de integrantes da Secretaria e diretores da Cesp e da CPFL. A SE Paraguaçu Paulista II fica no sudoeste de São Paulo e opera em 230 kV. A unidade conta com três transformadores monofásicos de 50 MVA cada, somando 150 MVA de potência de transformação total, e um transformador reserva para situações emergenciais. Além da subestação, foi construída uma linha de transmissão com 41,5 km de extensão que conecta Paraguaçu Paulista II a outra subestação já existente no município vizinho de Assis. O conjunto de obras recebeu cerca de R$ 58 mi em investimentos. No discurso, Lamy destacou a importância do empreendimento para São Paulo: “Este conjunto de obras traz benefícios para todo o sudoeste do Estado, pois além de aumentar a confiabilidade da rede de transmissão, ainda dá condições para o escoamento pleno da energia gerada nas usinas térmicas movidas a biomassa existentes na região durante a safra da cana-de-açúcar”, diz o diretor. Meirelles elogiou a atuação da Copel: “Quero exaltar a desenvoltura da empresa na implantação de obras em nosso Estado. Hoje, comemoramos mais do que entrada dessa nova conexão, comemoramos as condições dadas à operação das usinas térmicas da região, que têm importante contribuição para a segurança energética”, disse. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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13 Severi renuncia ao cargo de diretor de Relações Institucionais da CPFL Renováveis
O diretor de Relações Institucionais da CPFL Renováveis, Márcio Antônio Severi, entregou carta de renúncia ao cargo nesta quinta-feira, 10 de março, com efeitos a partir de 1º de abril. Em comunicado ao mercado, a companhia informou que o conselho de administração vai discutir a renúncia no próximo dia 24 de março, quando também será deliberado o exercício do cargo interinamente por outro membro da diretoria executiva ou a eleição de novo diretor. A CPFL Renováveis agradeceu a dedicação e contribuição de Severi. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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14 Armando Henriques é o novo presidente da Duke Energy International
Armando Henriques, presidente da Duke Energy Brasil, é o novo presidente da Duke Energy International (DEI). O executivo assume as operações nos sete países da América Central e do Sul, mas manterá suas atuais responsabilidades no Brasil. Mesmo com a mudança na presidência, a Duke Energy continua explorando a venda de seus ativos na América Latina. De acordo com a companhia, "apesar dos esforços dos nossos empregados e das grandes contribuições ao longo dos anos, as recentes condições desfavoráveis de mercado comprometeram a força dos ativos nesses países, tornando-os incompatíveis com o perfil e o foco estratégico da Corp". (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste tiveram alta de 0,2% no nível de armazenamento na última quarta-feira, 9 de março, em relação ao dia anterior, alcançando 53,3%, segundo dados do ONS. A energia armazenada no dia somou 108.171 MW mês. A energia afluente armazenável está em 76% da média de longo termo. A hidrelétrica de Furnas trabalha com 66,88% da capacidade e Itumbiara, com 48,24%. No Nordeste, os reservatórios alcançaram 33% da capacidade, após também subir 2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada ficou em 17.090 MW mês. A ENA armazenável está em 33% da MLT do mês de março. A hidrelétrica de Sobradinho opera com 31,94%. A região Sul registrou alta de 0,1% no nível de armazenamento dos reservatórios para 97,5% da capacidade. A energia armazenada no dia totalizou 19.456 MW mês. A ENA armazenável acumula 179% da média histórica. A usina de G.B.Munhoz está com 99,68% da capacidade. Os reservatórios da região Norte subiram 0,2% para 45,7% da capacidade. A energia armazenada está em 6.868 MW mês. A energia afluente armazenável está em 46% da média. A usina de Tucuruí tem 60,44% do nível de armazenamento. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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2 Demanda do mercado livre cai 5,6% na primeira semana de março
O consumo de energia apresentou queda de 0,9% nos oito primeiros dias de março, na comparação anual, de acordo com dados prévios da CCEE. O país demandou 62.578 MW médios, contra 63.168 MW médios, respectivamwente. Na geração, a queda foi um pouco maior: 1,4% na mesma base de comparação, segundo o boletim Infomercado Semanal, divulgado nesta quinta-feira (10/3). O consumo no mercado livre apresentou queda de 5,6% entre os dias 1º e 8/3, para 14.323 MW médios, enquanto que no mercado regulado (atendido por distribuidoras), houve elevação de 0,5%. No caso do mercado livre, os autoprodutores verificaram queda de 20% no consumo nos primeiros oito dias do mês, contra um ano antes. Ainda de acordo com a CCEE, os setores que mais reduziram o consumo de energia foram os de extração de minerais metálicos (-13,7%); minerais não metálicos (-11%); veículos (-11%); e têxteis (-10,5%). As maiores elevações de demanda foram verificadas nos segmentos de madeira, papel e celulose, com 3,7%, saneamento (3,2%) gêneros alimentícios (2,2%) e comércio (1,8%). (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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3 Liminar eleva vazão do reservatório de Xingó
Por decisão judicial, a vazão mínima liberada pelo reservatório de Xingó, entre Sergipe e Alagoas, passou de 800 para 900 m³/s. A liminar, expedida pela 9ª Vara da Justiça Federal em Própria (SE), faz parte de uma ação civil pública movida por colônias de pescadores do estado, que se sentiram prejudicadas pela diminuição da água que sai de Xingó para a foz do rio São Francisco. A vazão de 900 m³/s foi autorizada pelo Ibama e está sendo praticada pela Chesf desde o fim de fevereiro. No entanto, a Chesf, que opera Xingó, informou, por meio de nota, que vai recorrer da decisão. A vazão de 800 m³/s havia sido autorizada pela ANA em janeiro último para Xingó e também Sobradinho, seguindo uma sequência de reduções de vazões nos reservatórios que vinha desde 2013, justificada pelo pouco aporte de água devido a chuvas abaixo da média na região da bacia hidrográfica. Maciel Oliveira, presidente do comitê, explica que a ação civil pública que culminou na liminar de elevação da vazão de Xingó é decorrente do impacto da liberação de pouca água do reservatório na piracema, período de reprodução dos peixes. No entanto, a região sofre outras consequências, como o avanço da chamada cunha salina, que ocorre quando a água do mar entra no rio. Segundo Oliveira, isso ocorre porque a baixa vazão não tem força suficiente para manter a água do mar no limite ideal na foz do rio São Francisco. (Agência Brasil – 10.03.2016)
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4 Problemas com Sobradinho
As recentes precipitações na cabeceira do rio São Francisco, no norte de Minas Gerais, fizeram o volume de Sobradinho subir pouco menos de 2% para cerca de 30% de sua capacidade total entre dezembro de 2015 e março de 2016. O reservatório, considerado o maior do Nordeste, tem a função de regularizar a vazão do rio São Francisco ao liberar água em direção à foz. Em nota, a Chesf afirma que, mesmo com o aporte de água, a situação é de cautela “em benefício dos usos múltiplos da água, com o objetivo de elevar o armazenamento de água até o fim do período úmido da Bacia do São Francisco, que se encerra em abril, para o aumentar a possibilidade de atendimento aos diversos usuários da água durante o período seco, de maio a outubro”. Segundo Maciel Oliveira, presidente do comitê, a hidrelétrica possui pouca reserva de água (por isso, é chamada de usina a fio d'água) e depende da vazão das barragens que ficam a montante (na direção da cabeceira), como Itaparica e Sobradinho. A vazão mínima liberada por Sobradinho continua em 800 m³/s. (Agência Brasil – 10.03.2016)
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Energias Renováveis
1 EDP Renováveis fecha contrato para venda de 100 MW no Canadá
A EDP Renováveis anunciou nesta quinta-feira que fechou um contrato de 20 anos para vender 100 MW de energia a ser produzida no parque eólico Nation Rise, em Ontário, no Canadá. O contrato foi assinado por meio da EDP Renewables Canada, subsidiária da empresa no país, como parte de um programa lançado pelo Independent Electricity System Operator (IESO). O Nation Rise é um projeto eólico localizado no distrito de North Stormont e a entrada em operação está prevista para 2019. O novo projeto será incluído no plano de negócios 2016-2020 da empresa portuguesa, a ser apresentado em maio a investidores. “A EDPR [EDP Renováveis] reforça a sua presença num mercado caracterizado pelo recurso eólico favorável e perfil de baixo risco, por meio da execução de contratos de longo prazo, que proporcionam uma sólida visibilidade sobre os fluxos de caixa”, disse a empresa em comunicado. (Valor Econômico – 11.03.2016)
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2 Usina solar flutuante da Cesp deve entrar em operação em maio
A usina solar fotovoltaica flutuante em construção na hidrelétrica Porto Primavera (Sérgio Motta), da Cesp, em Rosana-SP, deve entrar em operação em maio, estimou nesta quinta-feira (10/3) o secretário estadual de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles. A hidrelétrica também abrigará a primeira eólica do estado. O sistema flutuante que está em testes teve início em maio de 2014 e recebeu R$ 22,9 mi da Cesp, recursos estes do P&D da companhia. De acordo com a secretaria, estão sendo instalados 100 painéis rígidos flutuantes de 250 W cada (em terra), totalizando 25 KW, e 180 flexíveis flutuantes de 144 W cada, o que totaliza 25,92 KW. A área ocupada pelas placas flutuantes é de aproximadamente 500 m², enquanto o reservatório possui 2.250 Km². Em paralelo, dois outros empreendimentos estão sendo testados no país. Na semana passada, foram iniciados oficialmente os testes da unidade flutuante na hidrelétrica de Balbina (AM), da Eletronorte, e na próxima sexta-feira (11/3) serão inaugurados os testes na hidrelétrica de Sobradinho (BA). (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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3 Novos projetos fotovoltaicos devem somar 64,7 GW globais em 2016
As instalações anuais da fonte solar no mundo devem atingir 64,7 GW neste ano, de acordo com a consultoria Mercon Capital. Os novos projetos representariam um crescimento de 13% em relação ao total adicionado no ano passado, quando entraram em operação 57,8 GW da fonte. O mercado deve continuar dominado pela China, que já instalou neste ano 10 GW de projetos fotovoltaicos em 2016. Ao todo, o país asiático deve somar 19,5 GW em novas instalações da fonte neste ano. A redução e o atraso no pagamento de subsídios, entretanto, podem limitar a expansão da geração solar no país. Há, contudo, expectativas de que o governo chinês aumente sua meta de capacidade instalada da fonte para 200 GW até 2020. A projeção da Mercon é de que os Estados Unidos devem tomar ser o segundo maior mercado fotovoltaico neste ano, passando o Japão, que vinha ocupando a posição até o ano passado. A consultoria estima que o país norte-americano deve instalar 13 GW da fonte solar em 2016, impulsionado pela expectativa que os investidores tinham de que os incentivos fiscais para projetos fotovoltaicos acabassem neste ano, o que os levou a programar a entrada em operação dos projeto para 2016. Já o Japão deve entregar 9 GW de usinas solares em 2016. A indústria fotovoltaica do país, aponta a Mercon, passou por dois cortes nos subsídios oferecidos pelo governo. Até o momento, o país aprovou subsídios para projetos que somam 80 GW, dos quais cerca de 25% já entraram em operação. A Índia, outro grande mercado fotovoltaico, deve instalar 3,6 GW da fonte neste ano, contra 2,1 GW entregues em 2015. O governo indiano estabeleceu a meta de atingir 100 GW da fonte até 2022. As ofertas agressivas observadas nos leilões recentemente promovidos pelo país, contudo, têm despertado certa preocupação em relação à viabilidade dos projetos, com preços em patamares considerados baixos. No mercado europeu, a Mercon projeta que o Reino Unido lidere as adições de capacidade fotovoltaica, seguido pela Alemanha e França. De acordo com a consultoria, entretanto, existe muita incerteza em relação ao mercado solar no Reino Unido, porque alguns subsídios deverão ser cortados a partir deste ano. (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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4 São José do Rio Preto vai gerar energia a partir do biogás do esgoto
O Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto (Semae) de São José do Rio Preto (SP) vai lançar nos próximos dias licitação para implementar uma usina de geração de energia a partir do biogás gerado pelo tratamento de esgoto da ETE Rio Preto. Trata-se de obra de R$ 34 mi que contará com recursos do PAC e que envolverá a implantação de dois motogeradores de 750 kW cada, um gasômetro, um sistema de tratamento do biogás para remoção de umidade e gás sulfídrico, além da tubulação que captará o biogás do tratamento anaeróbico do esgoto e que hoje é queimado em flare. Segundo o gestor de saneamento da ETE Rio Preto, Renato Takahashi, quando pronto o sistema fornecerá 60% do consumo de energia da estação, ou seja, por volta de 19 MWh/dia. O consumo no local oscila entre 25 MWh a 27 MWh/dia. A conta mensal de energia da estação, que trata 100% do esgoto da cidade de 450 mil habitantes, é de R$ 320 mil, em contrato cativo com a CPFL. A estimativa, de acordo com Takahashi, é de que o projeto evite custo anual de energia de R$ 2.8 mi. Em fase de liberação final do financiamento na Caixa Econômica Federal, o Semae trabalha com a meta de iniciar as obras até o meio de 2016. Após isso, a usina deve começar a operar oficialmente em 24 meses. O sistema de tratamento anaeróbico de fluxo ascendente (UASB) gera como subproduto 6 mil Nm³/dia de biogás, com alto poder calorífico, com até 80% de metano, ao contrário da tecnologia de biodigestores, cujo gás tem 70% de metano. Em uma segunda fase do projeto, em um prazo estimado de cinco anos, o Semae pretende ainda ser autossuficiente e até mesmo ter energia excedente. Faz parte desse planejamento começar a utilizar o lodo seco resultante do tratamento de esgoto – e que passará por um processo de secagem especial criado pela autarquia que removerá 80% da sua umidade e será implementado também nessa primeira fase do projeto – como combustível para alimentar caldeira de biomassa que, por sua vez, seguirá para turbina a vapor. Para complementar o combustível a partir do lodo (gerado a volume de 24 a 30 t/dia), o Semae vai adicionar podas de árvores preparadas e resíduos de construção civil. Segundo Takahashi, a iniciativa de autogeração de energia foi motivada por conta da insegurança energética da estação, que fica localizada em fim de rede da concessionária e cujas interrupções são frequentes e prejudiciais ao tratamento e bombeamento. (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 UTE Novo Tempo, da Bolognesi, é autorizada a emitir debêntures de infraestrutura
O MME classificou como prioritário o projeto termelétrico Novo Tempo, controlado pela Bolognesi Empreendimentos. Com isso, a empresa poderá captar recursos no mercado por meio da emissão de debêntures de infraestrutura, títulos considerados mais atrativos por conta de incentivos fiscais. Segundo a Portaria nº 82, publicada no DOU desta quinta-feira, 10 de março, a térmica a gás terá 1.238MW e será instalada no município de Ipojuca-PE. A Bolognesi controla o projeto com 75% de participação. O restante pertence a UTE Novo Tempo-Gás e Geração de Energia. A usina foi licitada no leilão A-5 de novembro de 2014. O projeto tem investimentos estimados em R$ 3 bi. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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2 Eletronuclear utiliza mergulhadores para realizar manutenção em Angra 1
A Eletronuclear está realizando uma manutenção preventiva no sistema de transferência de combustível de Angra 1 com a usina em pleno funcionamento. Para tanto, os profissionais precisam mergulhar em águas radioativas de uma piscina repleta de combustível nuclear usado. A empresa contratada, Underwater, trabalha com mão de obra especializada para executar esse serviço. A piscina de combustível usado (PCU) de Angra 1 fica em um edifício anexo ao prédio do reator e há uma passagem submersa que faz a ligação da PCU com a cavidade do reator. Dentro do canal, fica o sistema de transferência responsável por transportar os elementos combustíveis novos ou usados de um edifício para o outro. Esse sistema está passando, agora, por uma revisão geral que ocorre a cada cinco anos. “Como todos os equipamentos ficam submersos em água contaminada radiologicamente é necessária a participação dos mergulhadores para remoção e a reinstalação desse material. Em seguida, os equipamentos são descontaminados e revisados em bancada”, explica Luciano Calixto, superintendente adjunto de Manutenção da Eletronuclear. Para minimizar as taxas de dose, seguindo a metodologia ALARA (sigla em inglês para: tão baixo quanto razoavelmente exequível), a equipe da proteção radiológica realiza um mapeamento de toda área e do canal de transferência, antes de iniciar qualquer atividade. Caso sejam encontrados pontos “quentes”, esses são removidos por um equipamento próprio usado na limpeza do fundo do canal. “O mergulhador tem de estar apto para realizar suas tarefas com o menor tempo de exposição possível. Durante o mergulho, por rádio, ele recebe todas as informações sobre taxas de doses e valores absorvidos até o momento e caso algum novo “ponto quente” seja identificado, o trabalho é interrompido imediatamente”, diz Calixto. Na bancada, após a descontaminação, o corpo técnico da Eletronuclear inspeciona cada item e, caso esteja fora das tolerâncias aplicadas ao componente, este é substituído. A revisão do sistema de transferência tem uma duração prevista de duas semanas e visa garantir a operação segura nos próximos ciclos da usina. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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3 GNL americano para o Brasil pode virar rotina
A primeira carga de GNL exportada pelos EUA, que está prevista para chegar ao Brasil na próxima semana, deve inaugurar um período de crescimento das exportações de gás da América do Norte para a os países sul-americanos. É no que acredita Edward Chow, pesquisador sênior do Centre for Strategic and International Studies (CSIS). O especialista acredita que uma das razões para a consolidação dessa nova rota de GNL é a diferença do preço do gás comercializado nos EUA e na América do Sul. Enquanto os americanos compraram o energético por uma média de US$ 2,62/MMBtu no Henry Hub, em 2015, as distribuidoras brasileiras, por exemplo, pagaram entre US$ 10/MMBtu e US$ 6/MMBtu à Petrobras no período. "Creio que haverá muito gás vindo para a América do Sul nos próximos anos", disse Chow, durante apresentação nesta quinta-feira (10/3) no evento Geopolítica da Energia, promovido pelo Consulado dos EUA, no Rio de Janeiro. A Petrobras comprou a primeira carga de GNL exportada dos Estados Unidos Continental (Lower 48, que exclui Alasca e Havaí), prevista para chegar ao terminal de regaseificação da Bahia na próxima semana. A embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde, disse que o momento vivido pelos EUA, que assumem um papel importante no fornecimento de petróleo mundial em função da revolução do shale, deve ser aproveitado pelo Brasil. "É uma boa hora para os países aprofundarem suas parcerias no setor de energia". Apesar das restrições internas, os Estados Unidos é exportador de GNL há anos, inclusive para o Brasil, e a compra feita pela Petrobras, na verdade, marca a entrada em operação do primeiro de uma série de novos terminais de GNL em construção na costa do Golfo do México. Os investidores (Cheniere, no caso da venda para Petrobras) precisaram de aval do governo e de agências regulatórias para exportar o GNL, que é uma reivindicação de empresas americanas de olho na grande oferta interna de gás e nos preços praticados internacionalmente. Atualmente, os fornecedores de GNL ao Brasil são Catar, Emirados Árabes, Espanha, Nigéria, Noruega, Portugal, Trinidad e Tobago, Holanda e Reino Unido. O preço médio praticado em 2015 foi da ordem de US$ 9/MMBtu (FOB). (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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Grandes Consumidores
1 Usiminas coloca 1.300 em licença remunerada em Cubatão
Após demitir dois mil funcionários na unidade de Cubatão, na Baixada Santista (SP), a Usiminas colocou a metade dos 2.500 restantes em licença remunerada. São 1.300 empregados que desde quarta-feira, 9 de março, estão em suas casas e assim ficarão até o dia 20 deste mês. Eles receberão integralmente seus salários. A decisão da siderúrgica “foi motivada pela baixa demanda do mercado e visa otimizar os custos de logística, serviços e energia”, disse a empresa em nota. Os dados mais recentes do Instituto Aço Brasil mostram que o consumo de aço em janeiro de 2016 foi de 1,3 milhão de toneladas, 35% menor que em igual mês do ano anterior. Segundo a Usiminas, as entregas aos clientes não serão afetadas. Os 1.300 funcionários que estão em licença remunerada são das áreas de laminação e de apoio à produção. A laminação é uma etapa posterior à produção de aço. É onde as placas são comprimidas, ficando mais finas. A produção de aço já havia sido completamente paralisada mês passado, com a demissão dos 2 mil funcionários e a paralisação dos dois alto-fornos da unidade. A siderúrgica mantém a produção de aço em Ipatinga (MG), embora um dos três alto-fornos na unidade mineira também tenha sido paralisado. Com a crise do setor e a briga que envolve os sócios controladores da Usiminas, os argentinos da Ternium e os japoneses da Nippon Steel, a siderúrgica está praticamente sem caixa e precisa urgentemente de uma injeção de capital para evitar a recuperação judicial. Nesta sexta-feira, o Conselho de Administração da Usiminas volta a se reunir para discutir a possibilidade do aporte. A Nippon Steel está disposta a injetar R$ 1 bi na companhia, mesmo que a Ternium não aceite fazer a contrapartida. Os argentinos defendem que Usiminas tenha acesso ao caixa da Mineração Usiminas, subsidiária da siderúrgica que produz minério de ferro. Os bancos credores exigem uma injeção de R$ 4 bi para rolar a dívida da companhia. A dívida que vence este ano é de R$ 1,9 bi. (O Globo – 10.03.2016)
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Economia Brasileira
1 Fitch: Previsão do PIB brasileiro indica queda na confiança e pressões externas
A agência de classificação de risco Fitch Ratings divulgou nota nesta quinta-feira na qual afirma que o impacto contínuo da falta de confiança, incerteza política e contratempos externos mais fortes no Brasil ressaltam a recente revisão do PIB do país pela entidade. Segundo a instituição, a profundidade e duração da recessão “destaca o risco de que a fraqueza econômica persistente possa minar a consolidação fiscal e a dinâmica da dívida do governo”. A agência rebaixou a nota de crédito do Brasil para “BB+” com perspectiva negativa em 2015 em dezembro, o que coloca o país em grau especulativo. Dessa forma, o país perde o “selo” de bom pagador, um espécie de título que reflete a capacidade do país de honrar pagamentos. “Em nosso mais recente (relatório) “Perspectivas econômicas globais”, publicado na segunda-feira, nós cortamos nossa previsão real de PIB do Brasil para -3,5% este ano, ante -2,5%. Nós ainda pensamos que o crescimento retornará no próximo ano, mas será mais fraco do que o previsto anteriormente, a 0,7%, ante 1,2%. Riscos negativos para nossa previsão persistem”, afirma a Fitch. A agência diz que a revisão “reflete nossa visão de que uma presidente retirada via processo de impeachment e preocupações sobre a trajetória fiscal do Brasil continuarão a prejudicar a confiança, junto a pressões externas do preço das commodities, desaceleração chinesa e volatilidade nos mercados financeiros internacionais”. Segundo a Fitch, o desemprego crescente e o crédito restrito vão inibir o consumo. Ela afirma que uma nova queda nos investimentos será intensificada pela incerteza política e a fraca perspectiva de demanda. Em 2015, a FBKF (que indica o nível de investimentos no país) caiu 14,1%, segundo dados que compõem o PIB do IBGE, divulgados na semana passada. (O Globo – 10.03.2016)
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2 Pesquisa da FGV prevê ociosidade elevada na indústria
A economia enfraquecida e a crise política continuam a derrubar a intenção de investimento da indústria de transformação. Sondagem trimestral da FGV sobre o tema mostrou que o setor vê grande ociosidade até pelo menos o fim do ano, o que não incentiva novos aportes nas fábricas. O Indicador de Intenção de Investimentos, síntese da sondagem, caiu 12,3 pontos no primeiro trimestre deste ano, ante o quarto trimestre de 2015, para 72,6 pontos, menor patamar da série iniciada no terceiro trimestre de 2012. Na comparação com igual período de 2015, o recuo é de 28,2 pontos. No quarto trimestre de 2015, o índice havia caído sete pontos. Para o superintendente -adjunto para ciclos econômicos da FGV, Aloísio Campelo, o agravamento da crise política pode levar o indicador a novos recordes negativos. O indicador fica abaixo de cem pontos quando a proporção de empresas que prevê reduzir os investimentos nos 12 meses seguintes é maior que o conjunto daquelas que pretendem investir mais. O índice está abaixo de 100 desde o segundo trimestre de 2015. No primeiro trimestre, 44,2% das empresas preveem investirem menos nos próximos 12 meses. É o maior percentual desde o início da pesquisa. Na outra ponta, 16,8% preveem investir mais. Outros 39% não vão aumentar nem reduzir investimentos. No quarto trimestre, 30,8% pretendiam reduzir os investimentos, 15,7% iam aumentar e 53,5% mantê--los estáveis. O indicador é calculado com perguntas sobre os fatores que influenciaram a intenção de investimento nos próximos 12 meses. Este ano, a FGV adicionou o ambiente político aos cinco tópicos já existentes: demanda interna, demanda externa, ambiente macroeconômico, condições de crédito e situação externa. Entre os entrevistados, 80,3% classificaram o atual ambiente político como fator negativo para decisão de investimento; 3,9% como positivo. Os demais consideraram o ambiente neutro. A pesquisa foi feita entre 4 de janeiro e 29 de fevereiro, com 670 empresas. "Se observarmos ao longo de 2015, podemos ver que as empresas estavam limitando investimentos para manter ritmo de produção e esperando que a situação melhorasse", disse Campelo. Para ele, se há sinais que o pior da recessão vai passar, os empresários começam a pensar em investir futuramente. "Não é isso que está ocorrendo, no começo do ano. Ao longo de 2016, pode ser que as empresas se tornem menos pessimistas. Mas o fator político é crucial porque joga para frente incertezas", afirma o economista da FGV. "O empresário não tem como prever o que vai acontecer na economia agora.” (Valor Econômico - 11.03.2016)
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3 Volume de serviços cai 5% e registra pior janeiro desde 2012
O volume de serviços prestados no país caiu 5% em janeiro, na comparação com igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE. A queda em janeiro foi a mais intensa para o mês desde o início da série do indicador, em 2012. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 3,7%. Os segmentos que mais puxaram para baixo os serviços na abertura de 2016, em volume, foram os profissionais, administrativos e complementares, com recuo de 9,1% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2015. Os serviços de transporte, auxiliares e de correio registraram baixa de 5,8%, seguidos pelos serviços prestados às famílias, que cederam 4,1% na mesma base de comparação. Os serviços de informação e comunicação caíram 2,1% em janeiro, sobre o mesmo mês de 2015, enquanto o conjunto de outros serviços (inclui, turismo) diminuiu 7,9%. O IBGE informou ainda que a receita nominal do setor caiu 0,1% em janeiro, mas verificou alta de 1,1% em 12 meses. Em janeiro, 20 unidades da federação apresentaram queda no volume de serviços. As mais intensas foram nos Estados do Amapá (-19,1%), Amazonas (-14%) e Pernambuco (-11,4%). No sentido oposto, o volume de serviços prestados cresceu nos Estados de Mato Grosso (17,5%), Distrito Federal (13,3%), Roraima (11,2%), Alagoas (6,3%), Mato Grosso do Sul (3,8%), Rondônia (1,4%) e Ceará (0,4%). (Valor Econômico - 11.03.2016)
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4 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 9h46, o dólar comercial era negociado com alta de 0,64%, saindo a R$ 3,6659. Na quinta-feira, o dólar comercial caiu 1,53%, encerrando a R$ 3,6416. (Valor Econômico – 11.03.2016 e 10.03.2016)
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Internacional
1 Eólica: instalações anuais na América Latina vão ultrapassar as da América do Norte em 2025
A consultoria internacional Make fez uma atualização das previsões de instalações de energia eólica no mundo para o período até 2025. Segundo o relatório da empresa, ao fim do horizonte, as instalações anuais da América Latina irão ultrapassar as da América do Norte. O Brasil continuará a liderar a expansão eólica na América Latina, mesmo com os problemas políticos e econômicos e o México se tornará o terceiro maior mercado das Américas. No ano passado, a China excedeu as expectativas para instalações eólicas tendo relatado uma capacidade conectada a rede de 32,9 GW. Segundo a consultoria, a corrida para implantar projetos eólicos na China em 2015 se deve ao fim do prazo de incentivos oferecidos à fonte. No curto prazo, de acordo com a Make, o crescimento da fonte será em grande parte impulsionado por um encerramento de políticas de incentivos em países como Alemanha, Estados Unidos e China. Os mercados europeus permanecem com incertezas regulatórias, tanto no curto prazo, quanto após 2020. Já os mercados do Oriente Médio e da África continuam a se desenvolver. A China, mesmo com um ritmo menor, continuará sendo o país com o maior número de instalações no período. (Agência CanalEnergia – 10.03.2016)
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2 Argentina: presidente de estatal argentina YPF renuncia
Miguel Gallucio apresentou sua renúncia como presidente da estatal argentina YPF, embora siga na frente da maior empresa do país até o fim de abril, confirmaram fontes da companhia. Sem explicar oficialmente as razões da renúncia, a imprensa argentina afirma que foi feita a pedido do governo do presidente Mauricio Macri. Na última semana, o presidente provisório do Senado, Frederico Pinedo havia afirmado que YPF tem uma dívida que é duas vezes maior que sua margem operativa e questionou as contas da companhia após reunião com o ministro de Energia, Juan José Aranguren, ao afirmar “uma dívida inesperada de quase US$ 400 milhões” com a Bolívia por importação de gás. (La Razón – Bolívia – 09.03.2016)
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3 Bolívia: Criada a Agência Boliviana de Energia Nuclear, a estatal ABEN
Após a aprovação dos regulamentos, o gabinete ministerial deu sinal verde à criação da Agência Boliviana de Energia Nuclear (ABEN). A entidade tem o objetivo de desenvolver, fornecer e comercializar os bens e serviços da tecnologia nuclear com fins pacíficos no país. O Ministério de Hidrocarbonetos e Energia informou, em nota, que a ABEN será uma instituição pública descentralizada que terá autonomia para sua gestão administrativa, técnica, legal, econômica e financeira, tudo sob a tutela do Ministério. (Pagina Siete – Bolívia – 10.03.2016)
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4 Colômbia: Ideam diz que El Niño está de saída
Em menos de um mês, as chuvas voltarão a níveis similares aos do 2º trimestre do ano passado em quase todo o território nacional, exceto no oriente e na Costa Caribe. Assim afirmou Cristian Uscátegui, chefe de alertas do Ideam (Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais). “Março é um mês de transição até a temporada de chuvas de abril e maio, razão pela qual há um aumento das precipitações no centro e no sul do país. Como o El Niño vem se debilitando, em abril e maio, será normalizado o regime de chuvas em boa parte do país”, concluiu. Por sua vez, a ministra de Minas e Energia, Maria Lorena Gutiérrez, afirmou que no dia 08 de março, foi registrada uma poupança de 1,98%, valor que continua sendo inferior aos 5% solicitados pelo Governo. (Portafolio – Colômbia –09.03.2016)
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5 Paraguai: Cartes solicita acelerar obras da ANDE
O titular da ANDE (Administração Nacional de Eletricidade), Víctor Romero, informou sobre as ações e os trabalhos que a instituição vem realizando após os eventos ocorridos há mais de duas semanas com o incêndio nas subestações de Lambaré e San Lorenzo. Romero colocou ainda que o presidente do país, Horacio Cartes, pediu que as obras fossem aceleradas, após reunião entre os dois. (Última Hora – Paraguai – 10.03.2016)
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6 EUA: Mercado solar deve crescer 119% em 2016
Espera-se que o mercado solar dos EUA cresça 119% neste ano, conforme afirma GTM Research em seu recém publicado U.S. Solar Market Insight Report 2015 Year in Review, em conjunto com SEIA (Associação das Indústrias de Energia Solar, sigla em inglês). GTM Research prevê que 16 GW de solar serão instalados no país em 2016, mais do que dobrando o recorde de 7,3 GW de 2015. (EV Wind – Espanha – 09.03.2016)
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7 Estados Unidos devem adicionar 16 GW fotovoltaicos em 2016
A GTM Research estima que os Estados Unidos devem adicionar 16 GW fotovoltaicos neste ano, mais do que dobrando o volume de novas instalações em 2015, quando acrescentou 7,3 GW da fonte. Do total de nova capacidade que será acrescentada neste ano, 74% será proveniente de projetos de geração centralizada. A expectativa é que o país ultrapasse os 100 GW da fonte até 2021, com instalações anuais em torno de 20 GW. Um fator que favorece as expectativas de crescimento da fonte solar no país é o prolongamento da política de incentivo fiscal para investimentos em sistemas fotovoltaicos de consumidores residenciais e comerciais. Inicialmente, os benefícios seriam concedidos para projetos que entrassem em operação este ano, mas foram estendidos por mais cinco anos, o que dá uma previsibilidade maior para os investidores. Para 2017, é esperada uma queda nas adições de novas instalações fotovoltaicas, porque os investidores programaram um grande volume de projetos para entrar em operação em 2016, com a iminência do término dos incentivos fiscais à fonte. A GTM estima que no ano que vem sejam instalados 10 GW de energia solar. Já a partir de 2018 o volume de novos projetos deve voltar a crescer. O crédito fiscal cedido pelo governo para projetos solares, de 30%, é válido para até 2019, com possibilidade de ser prolongado para 2022 e abarcando determinados projetos que entrem em operação até 2023. Solares comunitárias: De acordo com estudo da GTM, outro possível condutor de crescimento da demanda por projetos solares no EUA neste ano pode ser o investimento em sistemas fotovoltaicos comunitários e a instalação dos equipamentos em local afastado das unidades de consumo – opções que passaram a existir também no Brasil a partir deste mês. A previsão é de que pelo menos 100 MW de projetos de geração fotovoltaica comunitária sejam adicionados neste ano nos estados de Colorado, Massachussets e Minnesota. (Agência Brasil Energia – 10.03.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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