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IFE: nº 4.046 - 08 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Workshop sobre Índices de Sustentabilidade Financeira
2 Aneel quer tornar fiscalização mais preventiva do que punitiva
3 Cobrança de energia de reserva pode ser retirada de estados exportadores
4 MME declara nova extinção de concessão da MGF Energy
5 Abraget consegue retomar liminar que concedia prioridade no recebimento dos créditos das liquidações do mercado de curto prazo

Empresas
1 MME autoriza projeto de transmissão da Eletrosul a emitir debêntures
2 Em 2015, EDP investiu R$ 27,6 mi em eficiência energética
3 DEC e FEC das EDP Escelsa e Bandeirante ficam dentro da meta regulatória
4 Cargill espera aumentar em até 50% vendas de óleo vegetal para transformadores
5 Light atesta sucesso do óleo vegetal da Cargill
6 Sem detalhes, TGM indica que deve aumentar eficiência de suas turbinas
7 TGM prevê atender 90 empresas este ano em projeto de eficiência
8 BBCE movimenta R$ 700 milhões em contratos em 2015

9 BBCE projeta crescimento de pelo menos 16% este ano

10 BBCE aumentará de 19 para 20 seu número de sócios

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste possui variação negativa de 3,5%, em relação ao mesmo período anterior
2 Em três dias, alta dos reservatórios no Sul acelera e chega perto dos 100%
3 Carga de energia do sistema brasileiro sobe 2% em fevereiro, diz ONS

4 Consumo de energia cresce 5,9% de janeiro para fevereiro, diz ONS

5 Elevação das tarifas de energia contribui para redução da carga nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul

Meio Ambiente
1 JPMorgan não financiará novas minas de carvão por razões ambientais

Energias Renováveis
1 Preço do barril afeta renováveis, diz especialista
2 Governo financiará geração de energia eólica em reserva indígena
3 Capacidade instalada de usinas eólicas cresce 45% em 2015

4 Aneel autoriza operação de quatro parques eólicos

5 Algar Telecom inaugura duas micro-usinas solares em estações de retransmissão

6 GE e CS Bioenergia vão gerar energia a partir do esgoto

Gás e Termelétricas
1 Fundos britânicos têm até R$ 7 bi para energia e óleo e gás

Grandes Consumidores
1 Klabin conclui nova fábrica e já prepara expansão em cartões
2 Vale e Fortescue firmam parceria para vender minério na China

Economia Brasileira
1 Balança tem superávit de US$ 1,2 bi na primeira semana de março
2 Setor de serviços eleva competitividade de exportações brasileiras, aponta OMC

3 Com recuo na tarifa de energia, inflação da baixa renda é a menor desde outubro
4 IGP-DI desacelera e marca 0,79% de alta em fevereiro
5 IPC-S desacelera na 1ª prévia de março
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: obras das represas em Santa Cruz serão reativadas em maio
2 Bolívia: Joaquín Rodríguez Gutiérrez toma posse como novo vice ministro de eletricidade e energias alternativas
3 Bolívia: Governo e empresa russa Rosatom firmam acordo para a construção de Centro Nuclear
4 Bolívia e Argentina negociarão compra e venda de energia elétrica até 21 de março
5 Paraguai: Fornecimento de Itaipu para ANDE aumenta

6 Venezuela: Plantas térmicas operam a menos de 30% da capacidade instalada

7 Mercado de baterias tem expansão recorde nos Estados Unidos

8 Statoil investe US$ 3 mi em empresa de energia eólica dos EUA


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Workshop sobre Índices de Sustentabilidade Financeira

Acontece no próximo dia 16 de março, às 9.30h no Instituto de Economia da UFRJ, Campus da Praia Vermelha o Workshop sobre Índices de Sustentabilidade Financeira. O evento, organizado pelo GESEL-IE-UFRJ, faz parte do projeto de P&D “Índice de Sustentabilidade Econômico-Financeira das Distribuidoras de Energia Elétrica”, desenvolvido pelo GESEL com o apoio do Grupo CPFL Energia e realizado no âmbito do Programa de P&D da Aneel. O objetivo central deste P&D é, com base na experiência internacional e nacional, contribuir, através da sistematização de elementos e subsídios, para as inovações regulatórias que dizem respeito à supervisão financeira da atividade de distribuição que a Agência Reguladora irá adotar. Este P&D está relacionado com a preocupação da Aneel que, em função da quebra do Grupo Rede, tem procurado adotar uma postura proativa à sustentabilidade financeira das empresas de distribuição, incluindo neste processo a abertura de uma Consulta Pública sobre o tema (CP015/2014) e a introdução de indicadores de sustentabilidade financeira nos novos contratos de concessão. No Workshop serão apresentados desenvolvimentos do trabalho e apresentadas algumas conclusões preliminares com base em cinco Relatórios Técnicos. Nestes termos, a participação de diversos atores neste evento eminentemente técnico é muito importante para que possamos obter contribuições e críticas que ajudem a qualificar ainda mais a pesquisa em curso. Vale assinalar que no dia 26 de fevereiro foi realizado WS para o corpo técnico dos Superintendências afins da Aneel. O WS é gratuito, mas é necessário confirmar sua presença e de representantes da sua Empresa através do mail: izis@gesel.ie.ufrj.br ou pelo tel: 21- 2542-2490. (GESEL-IE-UFRJ – 08.03.2016)

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2 Aneel quer tornar fiscalização mais preventiva do que punitiva

A Aneel anunciou, no dia 3 de março, que mudará os procedimentos de fiscalização dos serviços de transmissão e distribuição de energia. A ideia é fazer uma fiscalização preventiva junto às concessionárias, mais do que punitiva. As mudanças foram apresentadas em evento em Brasília. De acordo com apresentação disponível no site ,a agência preventiva deve usar de inteligência analítica, incorporando as técnicas de fiscalização baseadas nas evidências. A ideia é que as empresas enviem regularmente informações gerenciais à agência, para que sejam analisadas e monitoradas. A expectativa da Aneel é que esse procedimento acabe por diminuir o número de processos punitivos. No caso das distribuidoras, por exemplo, a fiscalização deverá focar em distribuidoras com maior quantidade de reclamações por unidade consumidora e desempenho insatisfatório dos indicadores de qualidade. Já a fiscalização da atividade de transmissão deve focar nos registros de desligamentos forçados, no caso de linhas já em operação, e na análise por grupos econômicos, no caso de projetos em implantação, considerando o cumprimento e previsibilidade de cronogramas. Feitas as análises, baseadas no monitoramento destes e outros indicadores, a Aneel emitirá relatórios analíticos e procederá com o monitoramento das empresas que despertem alguma preocupação. Caso não identifique melhora durante o monitoramento, a agência passará aos processos punitivos. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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3 Cobrança de energia de reserva pode ser retirada de estados exportadores

A comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou na semana passada um projeto de lei que impede as distribuidoras de repassar os custos da compra de energia de reserva para consumidores de estados exportadores de enrgia. Atualmente, o custo da contratação de energia reserva é rateado entre todos os consumidores finais de todos os estados, independente de serem produtores de energia ou não. Para o autor do PL, essa regra prejudica estados exportadores de energia, como o Tocantins, Pará e Rondônia. O texto aprovado, que combina a proposta original com a de outro PL (1524/15) sobre o tema, limita a dispensa da cobrança aos estados cujo consumo de energia seja superior a metade de sua produção energética. O PL 1.211 de 2015, de autoria do deputado César Halum (PRB-TO), será agora deliberado pela comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de onde, se aprovado, seguirá para apreciação do Senado. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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4 MME declara nova extinção de concessão da MGF Energy

O MME declarou, no dia 7 de março, a extinção da concessão da MGF Energy Guaianazes, sociedade de propósito específico formada pela MGF Engenharia e Incorporações (95%) e Geoenergy (5%). A concessão engloba cerca de 115 km em linhas de transmissão. A Aneel havia recomendado a extinção ao ministério em decisão de novembro de 2015. A concessão foi formalizada em outubro de 2013, com negociação no leilão de transmissão 2/2013. O prazo para entrada em operação dos projetos era de até 30 meses a partir da assinatura do contrato, porém o cronograma apresenta grave atraso, com descumprimento a diversas cláusulas do contrato pela empresa. Os projetos compreendem as LTs Lajeado 2 - Lajeado 3, com extensão de 16,4 km; Lajeado 3 - Garibaldi, de 47 km; e Candiota - Bagé 2, de 49 km. Todas possuem 230 kV e são em circuito simples. As SEs são Lajeado 3 e Vinhedos, todas com transformação 230/69 kV. A companhia é responsável também pela implementação do trecho de 2 km entre o seccionamento da LT Monte Claro – Garibaldi e a SE Vinhedos. O trecho é circuito duplo e em 230 kV. Segundo relatório da agência, as obras atenderiam as regiões de Lajeado, Farroupilha, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa e Garibaldi, no Rio Grande do Sul, onde serão instaladas. É a segunda sociedade das empresas a ter a concessão extinta também por atrasos no cronograma. No dia 8/1, o ministério declarou o fim da concessão da linha Lagoa Nova II – Currais Novos II, detida pela MGF Energy Seridó. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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5 Abraget consegue retomar liminar que concedia prioridade no recebimento dos créditos das liquidações do mercado de curto prazo

A Abraget conseguiu retomar uma liminar que concedia prioridade no recebimento dos créditos das liquidações do mercado de curto prazo de energia. A decisão foi proferida na sexta-feira à noite e já deve valer na liquidação de dezembro, que termina hoje com o pagamento dos créditos contabilizados. A operação deve continuar refletindo forte nível de inadimplência, uma vez que as liminares relacionadas ao risco hidrológico ainda não foram retiradas. A decisão judicial, porém, vai fazer com as que termelétricas tenham prioridade no recebimento. "Essa é uma importante conquista para os geradores termelétricos, na medida em que seus créditos da liquidação do mercado de curto prazo são destinados quase que exclusivamente para cobrir os custos associados à aquisição de combustível. Essa é uma peculiaridade dos agentes termelétricos", afirmou Alexandre Kingston, advogado do Schmidt Lourenço Kingston Advogados, representante da Abraget. A Abraget foi uma das primeiras associações a conseguir uma decisão judicial determinando a prioridade no recebimento dos créditos contabilizados. No entanto, a CCEE conseguiu derrubar essa liminar, o que fez com que as companhias recebessem uma porção muito menor do que teriam direito na liquidação de novembro. Na liquidação de novembro do mercado de curto prazo de energia, foram contabilizados R$ 6,3 bi, mas apenas R$ 2,47 bi foram pagos, uma inadimplência de R$ 3,8 bi ou 61%. A maior parte da inadimplência é reflexo das liminares usadas pelas hidrelétricas para limitar a exposição ao GSF. As termelétricas receberam apenas 12% do montante a que teriam direito nessa operação. Segundo Xisto Vieira Filho, presidente da Abraget, as companhias teriam direito ao recebimento de R$ 2,27 bi, mas receberam apenas R$ 270 mi. A situação das empresas não tem data para ser resolvida. A CCEE não marcou a liquidação de janeiro, que vai contar com a contabilização dos pagamentos de todos os que tinham liminares limitando a exposição ao GSF e que aderiram à repactuação proposta pelo governo. Como informou o Valor ontem, a CCEE será responsável por mediar a negociação entre os credores e os devedores do mercado de curto prazo, depois que algumas hidrelétricas pediram o parcelamento da exposição ao GSF. (Valor Econômico – 08.03.2016)

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Empresas

1 MME autoriza projeto de transmissão da Eletrosul a emitir debêntures

O MME classificou como prioritário o Lote A do leilão de transmissão realizado em 18 de novembro de 2014, e arrematado pela Eletrosul, segundo despacho publicado na edição de 4 de março do Diário Oficial da União. Com isso, a empresa fica autorizada a emitir debêntures de infraestrutura, o que permite uma melhor equação do financiamento do empreendimento. O lote é composto por seis linhas de transmissão, quatro subestações e um seccionamento no estado do Rio Grande do Sul. A empresa apresentou oferta no valor de R$ 336 mi, representando um deságio de 14,01% em relação à RAP prevista de R$ 390,7 mi. Ainda segundo Diário Oficial da União, também foram classificados como prioritários os parques eólicos Dreen Guajiru (21,6MW) e Dreen Cutia (25,2 MW), localizados nos municípios de Pedra Grande e São Bento do Norte, no estado do Rio Grande do Norte, e de propriedade da Cutia Empreendimentos Eólicos. A usina Pontal 3B (27MW), da Enerplan, também recebeu o benefício. O projeto fica em Viamão, no Rio Grande do Sul. (Agência CanalEnergia – 07.03.2016)

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2 Em 2015, EDP investiu R$ 27,6 mi em eficiência energética

A EDP investiu R$ 27,6 mi em ações de eficiência energética em 2015. A economia gerada está estimada em 35.041 MWh a partir de uma série de projetos, que atenderam 173 mil consumidores em SP e ES. Considerando os projetos também fora das iniciativas de eficiência energética, os investimentos totais em ações de combate às perdas chegaram a R$ 67 mi no ano. Em toda a área de concessão do grupo foram feitas 231 mil inspeções. A empresa pretende intensificar o combate às perdas, atuar mais fortemente em geração distribuída e atuar em eficiência energética como forma de compensar as perdas de mercado que eventualmente possam ocorrer com a flexibilização das regras para micro e mini-geração. Foram regularizadas 19 mil ligações clandestinas e retiradas 74 mil ligações irregulares de unidades da EDP Escelsa (ES). Para a EDP Bandeirante (SP), foram regularizadas outras 1,1 mil clandestinas e 12 mil ligações irregulares foram retiradas. Com as ações, as perdas não técnicas sob baixa tensão da EDP Bandeirante diminuíram 1,55 p.p, de 12,15% em 2014 para 10,60% em 2015, enquanto os valores da EDP Escelsa passaram de 17,87% para 14,89% no período, queda de 2,98 p.p. Ainda assim os valores estão acima das metas estabelecidas pela Aneel, que seria 9,83% e 7,87%, respectivamente. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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3 DEC e FEC das EDP Escelsa e Bandeirante ficam dentro da meta regulatória

Os indicadores de qualidade das empresas EDP Escelsa (ES) e EDP Bandeirante (SP) ficaram dentro da meta regulatória da agência no ano. O DEC da EDP Bandeirante registrou 8,43 horas, aumento de 0,81 hora (+10,6%), atribuído pela empresa às tempestades que ocorreram no último trimestre. O DEC da EDP Escelsa foi 9,07 horas, queda de 1,30 hora (-12,6%). Já o FEC da distribuidora paulista foi 5,09 vezes em 2015, redução de 0,25 vezes (-4,6%) na comparação, enquanto o indicador da EDP Escelsa registrou 5,08 vezes, menor em 1,36 vezes. Ao todo, a empresa possui 3,2 milhões de unidades consumidoras, sendo 1,7 milhão atendidas em 28 municípios de São Paulo e 1,5 milhão em 70 cidades do Espírito Santo. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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4 Cargill espera aumentar em até 50% vendas de óleo vegetal para transformadores

A Cargill espera aumentar suas vendas entre 40% e 50% ao ano, nos próximos cinco anos, do óleo vegetal utilizado em transformadores. Atualmente, grandes concessionárias já estão adotando o fluido vegetal, que além de ser um produto renovável, tem diversas vantagens quando comparado ao óleo mineral, que normalmente é utilizado nesses equipamentos. Marcelo Neves Martins, gerente Comercial da Cargill, conta que o produto, chamado de FR3, tem três grandes vantagens em relação ao óleo mineral. A primeira, segundo ele, é que o fluido é resistente ao fogo, então, quando ocorre uma falha no transformador, o óleo vegetal não permite que o transformador se incendeie. "O outro óleo é um combustível e pega fogo. Então, por ser um produto resistente ao fogo, o Corpo de Bombeiro dá uma série de vantagens na instalação", comentou o executivo. Ele diz ainda que quando o transformador utiliza óleo vegetal, não é preciso construir parede corta-fogo na instalação, não precisa de sistemas de extinção de incêndio e o seguro da instalação pode ficar mais baixo também. A segunda vantagem, continua Martins, é que o óleo vegetal é um produto renovável e não tóxico. Em um eventual vazamento, a água e o solo não são totalmente contaminados. Além disso, ele é certificado como não tóxico e facilmente biodegradável. "Na parte da construção civil, quando não é necessário fazer sistemas de contenção para fogo e acidentes ambientais, o custo pode ser reduzido em 5% no caso de uma grande subestação elétrica. Isso é muito dinheiro", aponta. A terceira vantagem, continua o gerente, diz respeito a vida útil do transformador. Segundo ele, o FR3 pode fazer o equipamento durar oito vezes mais tempo do que o óleo mineral, que dá uma vida útil de dez anos. "Ele duraria 80 anos", comenta. Só que a indústria, ainda de acordo com Martins, prefere ter a mesma vida útil, mas aproveitar a eficiência do fluido para reduzir o tamanho do transformador e, assim, reduzir seu custo.

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5 Light atesta sucesso do óleo vegetal da Cargill

Uma distribuidora que utilizou o novo óleo vegetal utilizado em transformadores da Cargill foi a Light. Marcelo Neves Martins, gerente Comercial da Cargill, conta que a empresa aumentou em 20 graus a temperatura do transformador e reduziu seu tamanho, diminuindo assim, seu custo. A Light já havia adquirido no ano passado 12 transformadores de potência com a nova tecnologia. Neste ano, investiu em mais três transformadores na Subestação Olímpica. "Esse projeto da Light é inovador porque comprou somente óleo vegetal, utilizando-se de todas as vantagens do fluido", explicou o executivo. A CPFL, de acordo com ele, é outra grande concessionária que passou a adotar o óleo vegetal. "Há três anos a CPFL converteu toda a rede dela para óleo vegetal. Todas as novas compras são com esse óleo", disse. A Copel e a Eletronorte também são clientes da Cargill. "Na nossa lista de projetos tem três grandes concessionárias que estão em conclusão final para passar a adotar somente o óleo vegetal", comentou. Ele ressalta que o óleo mineral é importado, enquanto o óleo vegetal é um produto nacional. A fábrica da empresa em Mairinque-SP, além de fornecer o insumo nacionalmente, também exporta para a América Latina. E desde o ano passado, com a desvalorização do real frente ao dólar, Martins conta que a empresa tem exportado o produto para países da Ásia e da Europa. (Agência CanalEnergia – 07.03.2016)

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6 Sem detalhes, TGM indica que deve aumentar eficiência de suas turbinas

Sem revelar nomes das empresas nem estimativas de economia, a TGM estudou a substituição de turbinas de preparo e moenda de baixa eficiência em uma usina ao adotar modelo que resultou em aumento de 73% na eficiência do equipamento. A modernização possibilitaria maior disponibilidade de vapor para a turbina de geração de energia, com adicional de exportação de 3,75 MWh. “Turbinas de simples estágio têm eficiência abaixo de 40%, assim como as turbinas de múltiplo estágio operando com condições abaixo do projeto". A empresa também avaliou, em outra indústria, a repotenciação de duas turbinas de geração, com a substituição dos rotores, ou a substituição dos equipamentos por uma nova turbina de reação. Segundo os estudos, os ganhos de exportação de energia com a repotenciação ficaria em 4,1 MWh e com a substituição, 6,6 MWh. Não há investimento dos clientes para as avaliações. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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7 TGM prevê atender 90 empresas este ano em projeto de eficiência

A fabricante de equipamentos industriais TGM estima que em 2016 deve atender 90 empresas em busca de ações de eficiência energética, como forma de reduzir custos de eletricidade em seus respectivos processos produtivos. As ações estão inseridas no Projeto Energia da multinacional, que desenvolve avaliações energéticas de turbinas e redutores de plantas industriais. O foco da empresa está no segmento de biomassa, especialmente na geração por meio do bagaço de cana de açúcar. A TGM está nos mercados de turbinas a vapor, redutores e serviços. A companhia possui sede em Sertãozinho-SP, com unidades em Maceió-AL e São José dos Campos-SP. O projeto atua no diagnóstico para ganho de eficiência global do ciclo termodinâmico, o que pode levar às empresas a obterem energia adicional que pode ser colocada para comercialização, como excedente, ou economia de combustível. Já passaram pelo projeto companhias como Biosev, com sete unidades, a usina hidrelétrica Santo Antônio, Clealco, Alta Mogiana, Agrovale e São José do Pinheiro. “Em muitos casos, temos equipamentos superdimensionados resultando em trabalho fora da curva ótima de operação. Avaliamos turbinas de baixa eficiência que, através do retrofitdo rotor, conseguem aumentar a eficiência ou ainda a substituição dessas turbinas por modelos de reação”, explica o gerente de desenvolvimento de negócios da companhia, Leonardo Buranello. O mercado de retrofit é de alto potencial, uma vez que muitas usinas de açúcar e etanol são antigas, e necessitariam de retrofit de equipamentos para elevar a produção e comercialização de energia. O cenário de alta nos custos e retração econômica impulsionou a diversificação dos serviços da fabricante. A companhia já realizava trabalhos de avaliação com projetos novos ou modernizações desde o início das atividades, em 1991, porém o atual contexto levou à criação de uma equipe específica para os diagnósticos de eficiência energética. “O momento exige que as empresas busquem cada vez mais soluções eficientes, sendo um caminho seguro para as unidades maximizarem a geração de energia e fazer mais com o mesmo equipamento”, concluiu Buranello. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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8 BBCE movimenta R$ 700 milhões em contratos em 2015

O Balcão Brasileiro de Energia Elétrica (BBCE), plataforma eletrônica de leilão para contratação no mercado livre, negociou 3.618 MW em contratos de compra e venda de energia em 2015. A movimentação financeira ficou em R$ 700 mi. Foram 2.045 contratos negociados e 17.240 ofertas de produtos. O desempenho foi pressionado especialmente por fatores verificados no primeiro trimestre do ano, entre eles “preços de curto prazo, o PLD, no valor máximo, impactando a liquidez como um todo”, explicou o presidente do BBCE, Victor Kodja, em comunicado, nesta segunda-feira (7/3). A empresa informou que pretende lançar a Curva Futura BBCE para os preços de energia elétrica no mercado livre, baseado em negócios reais e em agentes ativos na plataforma. O BBCE foi fundado em 2012 e, desde então, já negociou 8.881.669 MWh. Atualmente, a empresa possui 18 sócios. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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9 BBCE projeta crescimento de pelo menos 16% este ano

O ano de 2016 para a BBCE deverá ser melhor do que em 2015. Mesmo com a retração do consumo a perspectiva é de que a plataforma mantenha uma média de negociação entre 350 a 400 MWméd mensais, um aumento de pelo menos 16% ante o verificado em 2015, que ficou em 301,5 MWméd. O presidente da BBCE, Victor Kodja, explica que essa estimativa tem relação com a perspectiva de que esse ano o setor elétrico não deverá ter uma grande perturbação, como a vista no ano passado. Em 2015, lembrou, foram cinco meses em que o setor viveu tensões que afetaram o desempenho. No início foi o PLD que ficou no teto e influenciou os preços no mercado livre. Já no segundo semestre foram as paralisações do mercado por conta da suspensão da liquidação financeira do MCP em decorrência das ações judiciais acerca do GSF. “A migração de consumidores especiais do ACR para o mercado livre deverá compensar a queda do consumo projetada para este ano, por isso que mantemos a perspectiva de crescimento no volume de operações”, comentou Kodja. Essa expectativa toma como base os números dos dois primeiros meses desse ano que já somam uma média de 617 MWméd negociados, sendo que a maior parte foi vista em janeiro, com 473 MWméd. Esse desempenho no primeiro mês do ano é encarado como um movimento corriqueiro para esse período, pois é quando muitas empresas normalmente contratam para alguns meses. Somente nos cinco primeiros dias úteis de março a BBCE já registrou cerca 87 MWméd, o que reforça a perspectiva de um ano melhor. Aliás, comentou Kodja, se todos os meses de 2015 tivessem apresentado o mesmo desempenho daqueles em que não houve uma perturbação nas condições normais de mercado, o resultado de volume de energia negociada teria sido 30% maior do que os 3.618 MWméd. O executivo acredita que poderia ter ficado entre 4.500 MWméd e 4.800 MWméd. “Esses são os planos para 2016, repetir ou ampliar os volumes negociados na plataforma. Para isso este ano teremos dois novos produtos, um é o derivativo financeiro que deverá ser lançado em abril, já estamos no desenvolvimento da tecnologia para começara negociação e um segundo produto que entrará no mercado por volta do mês de julho”, disse Kodja sem revelar qual será o produto por conta de um período de confidencialidade. (Agência CanalEnergia – 07.03.2016)

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10 BBCE aumentará de 19 para 20 seu número de sócios

A plataforma BBCE poderá ter o aumento no número de sócios, que deverá passar dos atuais 19 para 20. Atualmente são 16 comercializadoras e três empresas que atuam no setor. Essa nova empresa que está em negociação é uma comercializadora. A BBCE divulgou que no ano passado foram negociados contratos equivalentes a R$ 700 mi. A empresa registrou 17.240 ofertas de produtos e 2.045 contratos. A taxa de conversão foi recorde para a plataforma, com 12% ante uma média histórica de cerca de 9%. O presidente da BBCE, Victor Kodja, atribui esse crescimento do indicador lançamento de novos produtos. Destacou que em 2015 houve uma média de nove produtos sendo negociados ao longo do ano sendo que no pico eram ofertados 16 tipos de contratos ao mesmo tempo. Para efeitos de comparação, em 2012 e 2013 a média era de quatro produtos negociados. Segundo o executivo, ao passo em que se aumenta a oferta os negócios também crescem. E nesse sentido, com o avanço da migração, a perspectiva é de que os contratos que envolvem energia incentivada deverá, pelo menos, manter o patamar de 8,5% do ano de 2015, um aumento expressivo quando comparado com o 1,5% de 2014. (Agência CanalEnergia – 07.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Subsistema Sudeste/Centro-Oeste possui variação negativa de 3,5%, em relação ao mesmo período anterior

Com relação a janeiro de 2016, há uma variação positiva de 7,7%. Mas o resultado acumulado nos últimos 12 meses mostra o subsistema Sudeste/Centro-Oeste ainda com variação negativa de 3,5%, em relação ao mesmo período anterior. Para o Subsistema Sul, os valores de carga de energia de fevereiro último indicam variação positiva de 1,1% em relação a fevereiro do ano passado. Com relação a janeiro de 2016, houve acréscimo de 4,3%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses, o Sul apresentou uma variação negativa de 3,5% em relação ao mesmo período anterior. A variação positiva apresentada pelo subsistema Sul é explicada, em parte, também pela ocorrência de temperaturas relativamente elevadas, superiores às ocorridas neste mesmo mês do ano anterior e pelo maior número de dias úteis. Já para o subsistema Nordeste, os valores de carga de energia de fevereiro de 2016 indicam decréscimo de 1,4% em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior, mas com relação a janeiro deste ano há uma variação positiva de 3,2%. No acumulado dos últimos 12 meses o Nordeste teve crescimento de 1,8% em relação ao mesmo período anterior. No subsistema Norte, o valor de carga de energia de fevereiro indica variação positiva de 4,3% em relação a fevereiro do ano passado. (Agência Brasil – 07.03.2016)

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2 Em três dias, alta dos reservatórios no Sul acelera e chega perto dos 100%

Os reservatórios de todos os submercados registraram recuperação no fim de semana, sendo o Sul o que obteve uma elevação mais expressiva. Segundo dados do ONS. Os submercados do Sul e Norte foram os que tiveram as melhores taxas de variação diária. O submercado Norte apresentou uma variação de 0,7 ponto percentual neste domingo (06/03) em comparação com o dia anterior. Os reservatórios fecharam o dia com 45,2% de armazenamento. Na sexta-feira (04/03), o submercado em questão não havia apresentado recuperação, mantendo o mesmo percentual de armazenamento do dia anterior. Nos três dias, a variação total ficou em 1,2 ponto percentual. Apesar de registrar um percentual de recuperação menor do que o Norte ontem, o submercado Sul foi o que apresentou a melhor recuperação do fim de semana. O submercado fechou a quinta-feira com 95,5% do armazenamento e já no domingo marcava 97,2%, o que correspondeu a uma alta de 1,7 ponto percentual em relação à 3/3. Mesmo com as altas, o reservatório da hidrelétrica de Serra da Mesa (1.275 MW), em Goiás, no submercado Norte é o que apresenta o menor índice de armazenamento de todos os submercados. De acordo com o boletim divulgado diariamente pelo ONS, o reservatório apresenta apenas 22,26% de sua capacidade. No fim de semana, não houve exportação nem importação de energia. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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3 Carga de energia do sistema brasileiro sobe 2% em fevereiro, diz ONS

A carga de energia elétrica do sistema interligado brasileiro cresceu 2% em fevereiro ante mesmo período de 2015, informou nesta segunda-feira o ONS, com influência de temperaturas elevadas no Sudeste e maior número de dias úteis neste ano. A carga do Sudeste/Centro-Oeste subiu 2,8% na comparação anual, enquanto houve queda pelo segundo mês consecutivo no Nordeste, com baixa de 1,4%. O ONS destacou o comportamento da região Nordeste, que até então “se mostrava menos sensível aos efeitos da conjuntura econômica adversa”. No Sul, houve crescimento de 1% na carga, enquanto o Norte teve alta de 4,3%, na comparação anual. O ONS afirmou que, se desconsiderados efeitos decorrentes de “fatos fortuitos”, como o maior número de dias úteis em 2016, a carga do sistema brasileiro teria crescido 1% ante fevereiro do ano passado. Nessa comparação ajustada, o Nordeste teria apresentado redução de 2,9%, enquanto o Sul teria queda de 0,7% na carga. Já Sudeste/Centro-Oeste e Norte teriam crescido, respectivamente, 2,1% e 4,3%. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a carga do país apresenta redução de 2,1%. A queda acumulada é de 3,5% em Sudeste/Centro-Oeste e Sul; já Nordeste e Norte ainda acumulam uma alta de 1,8% e 3,3% no período, respectivamente. O ONS afirma que a carga tem sido afetada pelo “baixo desempenho da atividade econômica, diante da demanda interna fraca” e pela “elevação das tarifas... que começou a ser sentida pelos consumidores a partir de abril de 2015”. (O Globo – 07.03.2016)

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4 Consumo de energia cresce 5,9% de janeiro para fevereiro, diz ONS

Depois de um comportamento negativo nos últimos meses, o consumo de energia elétrica demandado ao SIN cresceu 5,9%, de janeiro para fevereiro deste ano. Em comparação a fevereiro do ano passado, o aumento chegou a 2%. Apesar do crescimento destes primeiros dois meses do ano, o consumo acumulado dos últimos doze meses ainda é negativo em 2,1%, em relação ao período entre janeiro de 2015 e fevereiro de 2016. Os dados integram o Boletim de Carga Mensal de fevereiro do ONS, divulgado nesta segunda feira. Eles indicam que, em fevereiro, foram demandados ao Sistema 69.510 Mw médio em fevereiro. O aumento de 5,9% na procura por energia de janeiro para fevereiro foi atribuído pelo ONS a temperaturas relativamente elevadas nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul e ao maior número de dias úteis, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, que contribuíram para a elevação do consumo, mesmo com os indicadores da economia divulgados pelo mercado mostrando, ao longo dos últimos meses, “o baixo desempenho da atividade econômica, diante da demanda interna fraca causada principalmente pelo endividamento das famílias, da presença de taxas de juros e de desemprego elevadas, fatores que vêm impactando negativamente o comportamento da carga”. (Agência Brasil – 07.03.2016)

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5 Elevação das tarifas de energia contribui para redução da carga nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul

Na avaliação do ONS, a elevação das tarifas de energia elétrica vem se refletindo nos padrões de consumo de energia, contribuindo para a redução da carga, principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul. O ONS ressaltou que a carga de fevereiro de 2015 ainda não estava sob o impacto da RTE, que começou a ser sentida pelos consumidores a partir de abril último. Em consequência, a mesma carga do subsistema Nordeste que, ao longo de 2015, se mostrava menos sensível aos efeitos da conjuntura econômica adversa, já apresenta variações negativas nos primeiros dois meses de 2016. Segundo o ONS, a variação positiva de 1% na carga ajustada do SIN em fevereiro último, quando comparada a fevereiro de 2015, ratifica os resultados e mostra que os fatores fortuitos, não econômicos, contribuíram positivamente com 1% para a taxa de crescimento de consumo: 5,9%. Para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os valores de carga de energia de fevereiro último apresentam acréscimo de 2,8% em relação a fevereiro de 2015. (Agência Brasil – 07.03.2016)

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Meio Ambiente

1 JPMorgan não financiará novas minas de carvão por razões ambientais

A entidade afirmou em comunicado de 7 de março que não vai mais financiar novas minas da matéria-prima pelo mundo, nem apoiar novas usinas de energia a carvão em países desenvolvidos da OCDE. A decisão inclui o JPMorgan em uma lista crescente de bancos que se comprometeram a parar ou reduzir o apoio a projetos ligado ao carvão. A ação faz parte de uma ampla campanha de desinvesimento estimulada por grupos ambientais que buscam puxar a economia global além dos combustíveis fósseis. Fora dos países ricos, o banco sediado em Nova York somente apoiará usinas a carvão que tenham tecnologia “ultra-supercrítica” que seja mais eficiente do que sistemas convencionais. O JPMorgan diz que vai considerar a questão “caso a caso” sobre o uso tecnológico em países desenvolvidos e emergentes. O JPMorgan também planeja reduzir sua exposição de crédito no médio prazo a companhias que geram a maior parte de sua receita a partir da extração e venda de carvão. O banco espera que o negócio reflita o “declínio do carvão como fonte de energia”. (O Globo – 07.03.2016)

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Energias Renováveis

1 Preço do barril afeta renováveis, diz especialista

O baixo preço do petróleo pode comprometer a competitividade de projetos de fontes renováveis de energia e de implementação de veículos elétricos no futuro próximo. A avaliação é de Edward Chow, ex-diretor da petroleira americana Chevron e especialista em energia do Center for Strategic and International Studies (CSIS), "thinkthank" sediado em Washington (EUA). Para ele, não há previsão em curto prazo de queda da oferta de petróleo e, consequentemente, aumento do preço da commodity. "O mercado continua em uma condição de excesso de oferta e permanecerá assim até que a produção de países não Opep diminua significativamente e a demanda global retome o crescimento, como resultado dos preços mais baixos", afirma o especialista, que está no Brasil esta semana para uma série de compromissos. Chow participará de seminário sobre geopolítica da energia, organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), em parceria com o consulado geral dos EUA no Rio de Janeiro. Ex-diretor de Assuntos Internacionais da Chevron, na década de 1990, Chow avalia que o Irã deve aumentar entre 500 mil a 1 milhão de barris diários sua produção de petróleo no próximo ano, com o fim das sanções comerciais contra o país. De acordo com dados do Departamento de Energia do governo americano (DoE, na sigla em inglês), a produção atual do Irã é da ordem de 3,4 milhões de barris diários. "O Irã declarou publicamente que quer retomar a produção para os níveis pré-sanção ou em um 1 milhão de barris diários. Eles têm ambição de produzir ainda mais, o que dependerá muito dos níveis de investimento no futuro", afirma. Chow demonstra ceticismo sobre o sucesso de um possível acordo, em curto prazo, entre a Rússia e os membros da Opep para um corte da produção petrolífera. Segundo ele, talvez um consenso nesse sentido possa ocorrer em seis meses ou um ano. Questionado sobre o impacto do preço do petróleo sobre o desenvolvimento do pré-sal brasileiro, ele avalia que tudo dependerá da manutenção do nível de investimentos e da eficácia deles. Sobre a produção de petróleo e gás não convencional nos EUA, o especialista do CSIS acredita que o segmento conseguirá vencer o momento atual de baixo preço do petróleo. "A eficiência na produção continua crescendo, com tecnologias melhores, menores custos e maiores taxas de extração. Nos próximos um ou dois anos também haverá aumento de produção em águas profundas nos EUA, a partir de projetos cujo investimento já foi iniciado." (Valor Econômico – 08.03.2016)

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2 Governo financiará geração de energia eólica em reserva indígena

O governo federal dá início oficialmente nesta semana ao primeiro projeto de geração de energia eólica em uma reserva indígena no país, em uma ideia que surgiu das próprias comunidades. Em nota divulgada nesta segunda-feira, o MME confirmou que vai incluir no programa Luz Para Todos a instalação de unidades de geração eólica e solar - esta, em menor escala - para abastecer cem famílias de duas comunidades de Raposa Serra do Sol, em Roraima. Estudos iniciais promovidos pelo Instituto Socioambiental (ISA) e pela UFMA comprovaram um grande potencial de geração de energia a partir dos ventos no alto do Monte Roraima. Políticos preveem que a região poderá, no futuro, gerar até 400 MW de energia eólica – cerca de 5% da geração eólica nacional atualmente. Na quarta-feira, o governo deverá bater o martelo sobre quanto entregará ao sistema. O orçamento estimado pelo ISA é de custo de R$ 2,5 mi para benefício de cem famílias, incluindo o desenvolvimento de projetos produtivos locais. O custo de instalação por família é mais alto do que a média do Luz Para Todos, mas o governo prevê uma compensação pelo menor consumo de óleo diesel. “Vamos gastar em Raposa Serra do Sol menos volume de óleo diesel e equilibrar a conta usando a energia eólica no Monte Roraima” disse o ministro Eduardo Braga, na semana passada. Para o senador Telmário Mota (PDT-RR), a inclusão do projeto de geração para consumo próprio das famílias é um “primeiro passo” para, no futuro, a comunidade indígena fornecer energia ao sistema nacional e lucrar com isso. “Será o primeiro projeto de geração na região Norte e o primeiro em comunidade indígena” disse Mota. Ciro Campos, analista do ISA, explica que, em 2012, o projeto Cruviana começou a medir os ventos na região e comprovou o alto potencial da região de Roraima – de 5 a 9 metros por segundo de vento médio por mês, um nível bastante atrativo. Segundo ele, o projeto para o local é de colocar geradores eólicos com pás menores do que as usadas no Nordeste atualmente, conectados aos geradores solares, baterias e geradores a diesel. O diesel ainda será importante para os momentos em que nenhuma das fontes limpas estiver funcionando por muito tempo – quando houver poucos ventos ou muitas nuvens, por exemplo. “Mesmo que ainda tenhamos o gerador, o uso do óleo diesel passaria de 100% para até 10%, reduzindo muito o gasto atual de 25 mil litros por ano” disse Campos. Na quarta-feira, o ministro Braga deverá se reunir com parlamentares do estado para debater o tema e confirmar a inclusão do Projeto Cruviana no Luz para Todos. É por uma situação de vulnerabilidade (o estado sofre com apagões) que o projeto de geração de energia solar é vista por muitos como uma saída para a situação energética de Roraima. (O Globo – 07.03.2016)

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3 Capacidade instalada de usinas eólicas cresce 45% em 2015

A capacidade instalada de usinas eólicas creceu 45% ao longo de 2015 na comparação com 2014, saltando de 5.710 MW para 8.277 MW. Entre janeiro e dezembro do ano passado, entraram em operação 102 novos empreendimentos, somando um total de 325 geradoras eólicas em 2015. O balanço foi divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica nesta segunda-feira, 7 de março. Segundo a CCEE, as usinas eólicas produziram 2.971 MW médios, crescimento de 52% em relação ao mesmo período de 2014. Vale destacar o desempenho da fonte no mês de agosto, quando a produção alcançou seu auge e entregou ao SIN de 3.199 MW médios. Na análise por estado, o RN fechou 2015 com a maior capacidade instalada em usinas eólicas, um total de 2.493 MW, aumento de 28,3%. Em seguida, aparecem CE com 1.573,5 MW (+22,8%), RS com 1.514 MW (+30,6%) e BA com 1.441 MW (+41,6%). Os dados consolidados do boletim InfoMercado Mensal referentes à dezembro mostram ainda uma variação positiva no consumo e geração de energia do SIN. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 0,5% no consumo (61.795 MW médios ante 61.479 MW médios) e de 0,4% na geração de energia (61.826 MW médios frente aos 61.559 MW médios). (Agência CanalEnergia – 07.03.2016)

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4 Aneel autoriza operação de quatro parques eólicos

A Aneel autorizou a operação comercial da unidade geradora nº 1, de 3 MW, do parque eólico Itarema II, localizado no município de Itarema, no Ceará. A Agência também autorizou o comissionamento das usinas Baraúnas II (UG2 - 2,3 MW) e Banda de Couro (UG2 e UG14, de 2,3 MW cada), localizadas no município de Sento Sé, na Bahia. Ainda foi liberada para teste a unidade geradora nº 1, de 1,2 MW, do parque eólico Coradini, em Dom Perito, no Rio Grande do Sul. As informações constam na edição da última sexta-feira, 4 de março, do Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 07.03.2016)

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5 Algar Telecom inaugura duas micro-usinas solares em estações de retransmissão

A Algar Telecom inaugurou micro-usinas de geração de energia solar em duas estações de telecomunicações de Minas Gerias, responsáveis pela retransmissão de sinal de telefonia móvel, fixa e de internet de banda larga. Os equipamentos, instalados pela Alsol Energias Renováveis, ficam em dois sites de Uberlândia, um no bairro Aeroporto e outro em Jardim Karaíba. Essa é a primeira fase do programa de energia solar da Algar, que inclui a instalação de micro-usinas em 13 sites mineiros até o final de 2016, totalizando 450 kWp de potência. Cada micro-usina deve gerar 53 MWh/ano, cerca de 75% do volume médio consumido por cada unidade de retransmissão, de 70 MWh/ano. O escopo completo do programa prevê a instalação de 3,1 MWp de energia fotovoltaica em 17 estações de telecom até o final 2017, de acordo com a empresa. O diretor de operações e tecnologia da Algar, Luis Antônio Andrade Lima, afirmou que cada uma das micro-usinas terá em média 133 módulos fotovoltaicos, sendo 88 módulos para a unidade de menor potência (23 kWp) e 244 módulos para a maior (63 kWp). A energia produzida será consumida nos próprios sites ou, caso o consumo seja inferior ao volume gerado, injetada na rede elétrica da Cemig e transformada em créditos para a Algar. Em 2013, a Algar inaugurou o primeiro equipamento de telecomunicações do Brasil alimentado por um sistema de energia solar fotovoltaico conectado à rede elétrica, em Uberlândia. No início de 2015, outro site instalado em uma cidade mineira, Araguari, também passou a utilizar o equipamento. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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6 GE e CS Bioenergia vão gerar energia a partir do esgoto

A GE Power e a CS Bioenergia assinaram um contrato para desenvolver um projeto de geração de energia a partir da decomposição do lodo e da matéria orgânica depositada em estações de tratamento de esgoto. A usina, a ser instalada no Paraná, terá dois motores do modelo Jenbacher JCM 420, fornecido pela GE. Os equipamentos devem produzir 5,8 MW, sendo 3 MW de energia térmica e 2,8 MW de energia elétrica. Do volume total produzido, 0,5 MW será consumido pela própria usina e 2,3 MW serão disponibilizados para a rede de distribuição. A estação de tratamento Belém, em Curitiba, trata 840 L de esgoto por segundo, material que será direcionado para um tanque de armazenamento com outros materiais orgânicos coletados pela CS Bioenergia. Juntos, os materiais serão enviados para quatro biodigestores anaeróbicos, responsáveis pelo transformação do material em biogás. Durante o processo de geração de energia, os motores vão consumir o biogás proveniente dessa biodigestão, com capacidade de transformar 20 mil m³ do material orgânico em energia. A CS Bioenergia é uma joint-venture entre a Cattalini Bioenergia e a empresa de saneamento Sanepar. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Fundos britânicos têm até R$ 7 bi para energia e óleo e gás

Empresas dos setores de energia elétrica e petróleo e gás natural podem ter acesso a dois fundos de incentivo do Reino Unido no Brasil, com recursos de até 1,345 bi de libras (o equivalente a R$ 7 bi). O valor não é totalmente voltado para o país nem exclusivo para as duas áreas, mas o Brasil é considerado, pelo governo britânico, um dos destinos prioritários para investimentos em energia. Um dos fundos, o "Newton Fund", tem 45 mi de libras (cerca de R$ 245 mi), com contrapartida em igual valor pelo governo brasileiro, para a capacitação de pessoas e o financiamento de pesquisas e projetos de inovação no Brasil. O outro, o "Prosperity Fund", possui investimento global de 1,3 bi de libras (cerca de R$ 7 bi), em várias áreas, com destaque para energia. Apesar de a iniciativa ser mundial, o Brasil é um dos países prioritários. "Olhando para o futuro, temos aqui no Brasil dois fundos de apoio", afirmou o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alex Ellis. O diplomata participará hoje de evento para promoção de intercâmbio entre empresas dos dois países na área de petróleo e gás natural, organizado pelo consulado britânico no Rio de Janeiro. Segundo o embaixador, apesar da queda do preço internacional do petróleo e da situação financeira delicada da Petrobras, âncora do setor no Brasil, há muitas oportunidades de negócios em conjunto no mercado petrolífero hoje. Ele ressaltou que existem mais de 200 empresas britânicas atuando no setor de óleo e gás, com destaque para a fabricação de robôs subaquáticos controlados remotamente (ROV, na sigla em inglês), utilizados nas atividades em águas profundas - perfil do Mar do Norte e das Bacias de Campos e Santos. "O Reino Unido continuará sendo um parceiro fiel do Brasil, especialmente nesse setor de petróleo e gás natural", disse Ellis. O embaixador contou que já teve reuniões com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro, para tratar de oportunidades e lembrou que os maiores investidores britânicos no Brasil são do setor de óleo e gás. "A BG e a Shell separadamente já eram empresas muito grandes no Brasil. Agora [com a aquisição da BG pela Shell] ainda mais. O Brasil, em termos de exploração, é o país mais importante do mundo para a Shell nos próximos anos. Não foi por acaso que o presidente global da Shell [Ben Van Beurden] veio ao Brasil no dia da fusão", disse Ellis. (Valor Econômico – 08.03.2016)

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Grandes Consumidores

1 Klabin conclui nova fábrica e já prepara expansão em cartões

Maior produtora de papéis para embalagens do país, a Klabin iniciou na última sexta-feira (4) a operação do maior investimento de sua história, a fábrica de celulose de Ortigueira (PR). O projeto de R$ 8,5 bi, de acordo com o diretor- geral Fabio Schvartsman, define uma nova rota de crescimento para a companhia, direcionada a partir de agora a cartões e papéis para caixas. Com o chamado Projeto Puma, a Klabin garantiu matéria-prima para a futura expansão em papel e entra em novos mercados, como a única produtora brasileira de fibra longa de mercado (para venda a terceiros) e a maior fabricante local de celulose fluff - a Suzano Papel e Celulose iniciou em dezembro a produção dessa matéria-prima, usada em fraldas descartáveis e absorventes. "Estamos muito animados com as perspectivas que se abrem", disse Schvartsman, em entrevista ao Valor. A companhia já está trabalhando na pré- engenharia da nova máquina de cartões, com previsão de envio do projeto à aprovação do conselho de administração nos próximos meses. A expansão nesse segmento - a Klabin é a única produtora de cartões para líquidos do país - estava limitada pela falta de celulose própria, o que garante custo competitivo. Com o início de produção em Ortigueira, o projeto estimado em US$ 800 mi, para uma capacidade de 500 mil toneladas anuais de cartões, poderá ir em frente e potencialmente entrar em operação em 2017. "Esse será seguramente um investimento prioritário", afirmou. A geração de caixa do negócio de celulose também deve acelerar o processo de desalavancagem financeira, conforme Schvartsman, e dar fôlego para o novo ciclo de crescimento. A nova linha, de 1,5 milhão de toneladas por ano, praticamente dobra o tamanho da companhia, cujas vendas em 2015 totalizaram 1,8 milhão de toneladas sem incluir madeira. Dos R$ 8,5 bi investidos na fábrica de celulose, cerca de R$ 1 bi foi aplicado em infraestrutura e outro R$ 1 bi corresponde a impostos, que são recuperáveis. O BNDES e o BID participam como agentes financiadores do empreendimento. (Valor Econômico – 08.03.2016)

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2 Vale e Fortescue firmam parceria para vender minério na China

A brasileira Vale e a australiana Fortescue assinaram um memorando de entendimento que prevê a formação de uma ou mais joint ventures para mistura e distribuição de produtos de minério de ferro de ambas as empresas na China, informaram as mineradoras em um comunicado nesta segunda-feira. "O memorando de entendimento vai nos permitir trabalhar em conjunto para oferecer valor de longo prazo para os nossos clientes, através do fornecimento eficiente de uma mistura de minério de ferro nova, atraente e competitiva na China", afirmou em nota o presidente da Fortescue, Nev Power. Segundo a Vale, o memorando também oferece a ela, em caráter facultativo, a possibilidade de realizar projetos de mineração em conjunto com a Fortescue na Austrália, bem como a possibilidade de adquirir uma participação minoritária na outra companhia, uma de suas rivais no mercado internacional. Executivos da Fortescue disseram que o memorando permite que a Vale compre até 15% de ações da companhia australiana no mercado e acrescentaram que não se trata de um movimento para que a Vale venha a assumir o controle da empresa. A Vale é a maior produtora global de minério de ferro, seguida pelas australianas Rio Tinto, BHP Billiton e Fortescue. "Estamos com uma visão de futuro de dez anos", disse em nota o diretor de Minerais Ferrosos da Vale, Peter Poppinga. Para entrar em vigor, a parceria ainda precisa de aprovações regulatórias, assim como do Conselho de Administração da Vale e da Fortescue. A Fortescue exporta 165 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, opera infraestrutura e ativos de mineração na região de Pilbara na Austrália Ocidental. Já a Vale ofertou 345,9 milhões de toneladas da commodity no ano passado, sendo que a maior parte foi exportada. (O Globo – 07.03.2016)

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Economia Brasileira

1 Balança tem superávit de US$ 1,2 bi na primeira semana de março

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1,239 bi na primeira semana de março. As exportações somaram US$ 3,124 bi e as importações, US$ 1,885 bi. No ano, há um superávit acumulado de US$ 5,202 bi, ante um déficit de US$ 6,060 bi no mesmo período de 2015. O total exportado foi de US$ 27,714 bi e as compras no exterior somaram US$ 22,512 bi. A média diária importada, de US$ 471,2 mi, ficou 37,2% abaixo do valor registrado em março de 2015, como reflexo da recessão e da valorização do dólar frente ao real. As principais quedas nas compras externas ocorreram com siderúrgicos, automóveis, combustíveis e lubrificantes, equipamentos eletrônicos e químicos. Já a média diária exportada, de US$ 780,9 mi, cresceu 1,2% em relação a março do ano passado. As vendas de manufaturados foram as que mais aumentaram, em 15,6%, com destaque para centrifugadores e aparelhos para filtrar, quadros e painéis de energia, preparações para elaboração de bebidas, etanol, automóveis e açúcar refinado. (O Globo – 07.03.2016)

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2 Setor de serviços eleva competitividade de exportações brasileiras, aponta OMC

O Brasil aumenta sua participação nas cadeias globais de valor (CGV) e o setor de serviços contribui cada vez mais para a competitividade das exportações de manufaturados do país. É o que mostra a Organização Mundial do Comércio (OMC), em estudo que quantifica vários aspectos da dinâmica do comércio internacional nos dias de hoje e mostra como as exportações e importações de 61 economias estão conectadas globalmente. Segundo o diretor¬-geral da OMC, Roberto Azevêdo, há cada vez mais conteúdo importado nos produtos e serviços que os países exportam. Por ano, cresce em 9,9% a contribuição de insumos importados para as exportações globais. Economias em desenvolvimento estão aumentando sua participação nas cadeias globais de valor, inclusive num ritmo mais acelerado que as economias maduras. "Importações e exportações de bens e de serviços se complementam cada vez mais", diz Azevêdo. Pelos dados da OMC, a participação do Brasil nas cadeias globais de valor está em alta. Cerca de 11% de tudo que o país exporta, incluindo bens e serviços, se deve a insumos importados. E cerca de 25% das exportações brasileiras são reprocessadas ou utilizadas como insumos por outras companhias no exterior e exportadas depois para terceiros mercados. Somando os dois indicadores, o peso total das cadeias globais de valor no total exportado pelo Brasil ficou em 35% em 2011, representando alta de 14% por ano, na media, acima do crescimento de 13% nos países em desenvolvimento e de 8% nos países desenvolvidos. China, Estados Unidos e Alemanha são os grandes parceiros comerciais que mais processam insumos comprados no Brasil na sua cadeia de produção. (Valor Econômico – 07.03.2016)

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3 Com recuo na tarifa de energia, inflação da baixa renda é a menor desde outubro

Favorecida por energia e alimentos in natura mais baratos, a inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda mostrou em fevereiro o menor patamar desde outubro, informou ontem a FGV. O IPC-C1, que mede de variação de preços de quem ganha até 2,5 salários mínimos mensais, subiu 0,73%. Em janeiro o indicador subiu 1,91%. Em outubro a taxa havia sido de 0,70%. O indicador acumula alta de 2,65% no ano e de 11,30% nos últimos 12 meses. Para o economista André Braz, da FGV, o índice deve continuar em desaceleração devido à previsão de bandeira amarela na tarifa de energia a partir do próximo mês. Ao mesmo tempo, os preços dos alimentos in natura, prejudicados pelo clima desfavorável do início do ano, devem continuar a cair de preço. A perspectiva também deve influenciar a trajetória futura do indicador que abrange famílias de maior renda, o IPC-BR, para famílias com renda até 33 salários mínimos. Segundo Braz, o IPC-BR desacelerou, de 1,78% em janeiro para 0,76% em fevereiro, também devido à retração na energia e hortaliças e legumes. Também contribuíram para o recuo dos indicadores o fim do efeito dos reajustes das tarifas de ônibus e das mensalidades escolares, realizados no começo do ano. Em fevereiro, a tarifa de eletricidade residencial caiu 2,33%, em comparação com a alta de 2,53% no primeiro mês do ano. Isso ajudou a reduzir fortemente a inflação do grupo Habitação (de 1,04% para 0,08%). (Valor Econômico – 07.03.2016)

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4 IGP-DI desacelera e marca 0,79% de alta em fevereiro

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna cedeu para 0,79% em fevereiro, após se situar em 1,53% um mês antes, informou a FGV. Em fevereiro de 2015, a alta tinha sido de 0,53%. No ano, o IGP-DI acumula avanço de 2,33% e, em 12 meses, de 11,93%. Em fevereiro, houve desaceleração dos preços no atacado, em especial os industriais, e também no varejo, segmento beneficiado especialmente pela queda da conta de luz. No atacado, o IPA saiu de alta de 1,63% em janeiro para 0,84% um mês depois. Os preços dos produtos agropecuários deixaram elevação de 2,58% para 2,02% e os dos produtos industriais passaram de 1,24% para 0,36% de aumento. Os itens que mais contribuíram para a desaceleração do IPA foram soja em grão e farelo, tomate, suínos e óleo combustível. Na contramão, milho, ovos, bovinos, cana e mandioca impediram um recuo maior do indicador. No varejo, o IPC foi de 1,78% para 0,76% de acréscimo entre janeiro e fevereiro. Seis das oito classes de despesa do índice registraram taxas de variações mais moderadas, com a maior contribuição partindo de Educação, leitura e recreação (5,08% para 0,44%) com o fim da influência dos reajustes dos cursos formais, cuja taxa passou de 10,31% para zero. (Valor Econômico – 08.03.2016)

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5 IPC-S desacelera na 1ª prévia de março

O IPC-S cedeu de 0,76% para 0,68% da última quadrissemana de fevereiro para a primeira de março, informa a FGV. Essa desaceleração foi puxada pela queda da conta de luz e por alguns alimentos, que ficaram mais baratos. No total, quatro das oito classes de despesa do IPC-S registraram variações de preços mais baixas. O destaque foi o grupo habitação (0,39% para 0,19%), em que o condomínio residencial saiu de alta de 0,35% para queda de 0,23%. Também pertencente a esse grupo, a tarifa de energia elétrica saiu de queda de 2,44% para recuo de 2,64%. Transportes (1,13% para 0,88%), educação, leitura e recreação (0,44% para 0,33%) e vestuário (0,04% para 0,03%) completam a lista de taxas mais baixas, influenciados por tarifa de ônibus urbano (1,50% para 0,66%), passagem aérea (1,75% para -4,66%) e calçados (0,49% para 0,06%), respectivamente. (Valor Econômico – 08.03.2016)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 11h29, a moeda norte-americana caía 0,6%, vendida a R$ 3,7706. Na segunda-feira, o dólar comercial subiu 0,86% encerrando a R$ 3,7916. (G1 e Valor Econômico – 08.03.2016 e 07.03.2016)

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Internacional

1 Argentina: obras das represas em Santa Cruz serão reativadas em maio

Após três meses de incertezas, o Ministério de Energia anunciou que a construção das represas hidrelétricas será retomada em maio. Os empreendimentos contam com financiamento de bancos da China e, apesar do início das obras nos meses finais de 2015, os trabalhadores paralisaram os trabalhos e estavam apenas realizando obras menores em função da mudança no governo nacional. (Inversor Energético – Argentina – 07.03.2016)

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2 Bolívia: Joaquín Rodríguez Gutiérrez toma posse como novo vice ministro de eletricidade e energias alternativas

Joaquín Rodríguez Gutiérrez tomou posse, na cidade de Santa Cruz, como novo Vice Ministro de Eletricidade e Energias Alternativas, dependente do Ministério de Hidrocarbonetos e Energia. “Pedir-lhe compromisso, transparência e muito trabalho. O objetivo da nova autoridade é consolidar nos próximos 10 anos o novo pilar econômico da Bolívia, assim como os grandes investimentos no setor de eletricidade, mas, fundamentalmente, a integração energética com Argentina, Brasil e outros países”, afirmou o ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sánchez, que realizou o juramento da nova autoridade. (Hidrocarburos Bolívia – Bolívia – 01.03.2016)

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3 Bolívia: Governo e empresa russa Rosatom firmam acordo para a construção de Centro Nuclear

O governo boliviano e a empresa russa Rosatom firmaram na cidade de El Alto, o acordo para a construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologia Nuclear, que terá investimento de US$ 300 milhões. Em ato público com participação do presidente boliviano Evo Morales, o ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sánchez e o diretor geral da Rosatom, Sergey Kiriyenko, assinaram o documento. A construção do centro acontecerá em uma superfície de 20 hectares. (Página Siete – Bolívia – 06.03.2016)

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4 Bolívia e Argentina negociarão compra e venda de energia elétrica até 21 de março

As estatais ENDE (Empresa Nacional de Eletricidade) da Bolívia e Cammesa (Companhia Administradora do Mercado Atacadista Elétrico) da Argentina negociarão até o dia 21 de março os parâmetros de um possível acordo de compra e venda de energia elétrica entre os países, informou o ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sánchez que, nesta data, se reunirá com seu par argentino, Juan José Aranguren, em Buenos Aires para analisar os avanços da equipe técnica. (La Razón – Bolívia – 07.03.2016)

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5 Paraguai: Fornecimento de Itaipu para ANDE aumenta

De janeiro a fevereiro de 2016, o fornecimento acumulado da central hidrelétrica de Itaipu Binacional a ANDE (Administração Nacional de Eletricidade) foi de 2.183 GWh, 1,2% a mais de energia do que o mesmo período de 2015, que obteve resultado de 2.156 GWh. (ABC Color – Paraguai – 06.03.2016)

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6 Venezuela: Plantas térmicas operam a menos de 30% da capacidade instalada

As plantas de geração térmica do país estão operando a menos de 30% de sua capacidade instalada como consequência da falta de manutenção das instalações. Entre as centrais mais afetadas estão Tacoa e Planta Centro, que são as que aportam mais energia ao sistema elétrico nacional, segundo informaram fontes do setor. “A capacidade instalada total do parque térmico é de 15 GW, dos quais menos de 4,5 GW estão disponíveis”, disse uma das fontes ouvidas pelo jornal. (El Nacional – Venezuela – 07.03.2016)

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7 Mercado de baterias tem expansão recorde nos Estados Unidos

Os Estados Unidos implantaram 221,4 MW de capacidade para armazenamento de energia em 2015, maior volume já registrado no país. O valor recorde é 243% superior, isto é, mais do que o triplo do total instalado no ano anterior, de acordo com o relatório da GTM Research. No território norte-americano, o Havaí liderou o segmento residencial na instalação de baterias em 2015. Já o estado da Califórnia foi responsável pelo maior crescimento fora das residências, como em estabelecimentos comerciais, órgãos públicos e outros empreendimentos. Já a companhia PJM implantou a maior quantidade de MWs para armazenamento de energia elétrica no setor de transmissão, com exceção do estado de Nova Jersey, ainda segundo o levantamento da GTM Research. Tecnologia em expansão: A tecnologia lítio-íon ocupou maior parcela do mercado de baterias dos Estados Unidos no ano passado. Do total de sistemas instalados, 96% eram feitos de lítio-íon, o que representa um aumento de mais de 20 pontos percentuais com 2014, quando a tecnologia registro 72% do total. Os consultores da GTM indicaram que a ampliação foi causada, principalmente, pelo maior número de projetos de grande porte em 2015. (Agência Brasil Energia – 07.03.2016)

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8 Statoil investe US$ 3 mi em empresa de energia eólica dos EUA

A Statoil vai investir US$ 3 mi (o equivalente a cerca de R$ 11,1 mi) na United Wind, empresa fornecedora de projetos de energia eólica em residências por meio de contratos de leasing nos EUA, informou nesta segunda--feira a petroleira norueguesa. Este é o primeiro investimento do Statoil Energy Ventures, fundo de US$ 200 mi (R$ 743 mi) da companhia dedicado a aportes em empresas de energias renováveis. De acordo com o vice--presidente da Statoil e diretor-executivo da Statoil Energy Ventures, Gareth Burns, a petroleira está comprometida com a energia eólica, conforme demonstrado pela forte participação no setor eólico offshore. O investimento na United Wind deve garantir rápida entrada no capital da empresa, impulsionando o seu crescimento no mercado de energia eólica distribuída nos Estados Unidos, disse Burns. Com o aporte, a Statoil Energy Ventures terá um assento no conselho de administração da United Wind. O modelo de energia eólica distribuída, por leasing, permite que os clientes que desejem instalar um aerogerador em suas residências reduzam sua conta de luz sem ter o custo de instalação do equipamento. (Valor Econômico – 07.03.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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