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IFE: nº 4.045 - 07 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 CCEE deve mediar condições para pagamento do GSF
2 Solução para destravamento de mercado está na reta final
3 Empréstimos em linha estão fora de questão, afirma diretor da Aneel
4 CDE: Abrace volta a questionar a inclusão de novos custos no fundo setorial
5 Incerteza regulatória atrapalha negociações
6 Aneel autoriza operação comercial de duas pequenas hidrelétricas no Sul
Empresas
1
Setor elétrico brasileiro vive uma forte onda de venda de ativos
2 Investidores americanos demonstram interesse em comercializadoras de energia brasileiras
3 Usina da Eletrobras na Nicarágua é desvantajosa, diz TCU
4 Furnas e Brookfield podem assumir linha de Belo Monte
5 Empresas despistam sobre ativos da Abengoa; governo quer dar fim ao impasse
6 Solução para os ativos da Abengoa deveria sair ainda no primeiro semestre, avalia EPE
7 CPFL Santa Cruz investe R$ 4,4 mi em Avaré
8 RGE investe R$ 23 mi no sistema elétrico de Caxias do Sul em 2015
9 Fitch afirma rating AA (bra) para emissão de debêntures da Epesa
10 Eletrobras Alagoas investe R$ 33 mi no combate ao furto de energia
11 Fitch Ratings rebaixa ratings da emissão de debêntures da Santo Antônio Energia
12 RGE seleciona projetos de eficiência energética
Leilões
1
EPE pretende realizar pelo menos três leilões em 2016
2 Total de energia contratada para leilões ainda não foi definido
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo de energia fecha fevereiro com alta de 1,2%
3 EPE: governo deve rever para baixo a previsão da demanda de energia para os próximos cinco anos
4 Operação: quinta-feira (3/3) tem demanda inferior à prevista pelo ONS
5 ONS revisa para baixo a projeção de chuvas de março em três submercados
6 PLD sai do mínimo no Sudeste, Sul e Norte
Meio
Ambiente
1
Congresso terá que ratificar acordo do Clima de Paris
2 MPF inicia nova ação contra Santo Antônio Energia por morte de peixes
Energias Renováveis
1
Eletronorte fará usina solar em lago de hidrelétrica
2 Usina solar flutuante: Pesquisador acredita em mitigação de crime ambiental em Balbina
3 Nova usina solar flutuante no AM deve atender 9,5 mil famílias até 2017
4 Para ministro de Minas e Energia, iniciativa contribui para “baratear energia”
5 Em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros devem gerar sua própria energia
6 Crescimento do setor reduzirá preço da geração própria, afirma diretor da Prátil
7 Primeira unidade da eólica Itarema II entra em plena operação
8 Chesf inicia testes na Baraúnas II
Grandes
Consumidores
1 Abesco alerta indústria sobre perdas em sistemas de ar comprimido
Economia Brasileira
1 Mercado vê inflação de 7,59% e queda de 3,5% para o PIB em 2016
2 Fitch revê projeções para PIB brasileiro e prevê recuo de 3,5% em 2016
3 Caixa publica edital para vender 57 imóveis da União
4 Inflação das famílias de baixa renda recua para 0,73% em fevereiro
5 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Argentina apresentará contraproposta energética
2 Colômbia: Asoenergía afirma que não haverá racionamento
3 Colômbia: Apesar do “El Niño”, Isagén gerou mais energia em 2015
4 Venezuela: Sistema elétrico de Lara apresenta déficit de 650 MW
5 Portugal: EDP critica enquadramento fiscal e regulação do setor
6 Venezuela: Sistema elétrico de Lara apresenta déficit de 650 MW
7 Investimento em energia limpa bate recorde em 2015
8 First Solar atinge eficiência de 22,1% com tecnologia de filme fino
9 China lidera expansão da fonte hídrica em 2015
Regulação e Reestruturação do Setor
1 CCEE deve mediar condições para pagamento do GSF
A solução que vai destravar em definitivo o mercado de curto prazo de energia deve ser discutida com credores e devedores, sob mediação CCEE, que vai fechar os acordos de parcelamento da exposição ao risco hidrológico para todos os que aderiram aos termos da repactuação propostos pelo governo. Ainda não foram definidos termos do parcelamento, mas a ideia é que todos tenham a opção, e não apenas os que a pleitearam. "Estamos avaliando com a CCEE a possibilidade de que ela facilite a mediação, porque aí será basicamente uma negociação entre devedor e credor", disse ao Romeu Rufino, diretor ¬geral da Aneel. Segundo ele, o papel da Aneel deve ser menor por não se tratar de uma discussão regulatória, mas uma negociação no mercado sobre os pagamentos. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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2 Solução para destravamento de mercado está na reta final
As liquidações do mercado de curto prazo carregam inadimplência significativa desde o ano passado, quando as hidrelétricas conseguiram liminares limitando a exposição ao GSF. Havia a expectativa de que a situação dos credores ¬ que não recebem integralmente pela energia vendida desde então ¬ fosse resolvida com a forte adesão dos agentes à repactuação do risco hidrológico nos contratos do mercado regulado. No entanto, algumas usinas pediram o parcelamento da exposição ao GSF, tornando a solução distante. Segundo Romeu Rufino, diretor geral da Aneel, a solução para o destravamento do mercado de curto prazo está na "reta final" e deve sair "em breve", mas não é possível prever prazos exatos. Apura-se que, à princípio, a Aneel pretendia abrir uma audiência pública para discutir os pleitos de parcelamento, mas decidiu encaminhar a discussão para a CCEE para conseguir uma solução mais rápida. O papel da CCEE deve ser de mediar as conversas entre devedor e credor para que possam chegar a uma condição "equilibrada" para o parcelamento, disse Rufino. "É um assunto que está sendo discutido e tratado com a CCEE, não há solução ainda, a fase da Aneel no assunto ainda não se completou", disse ele, se referindo às anuências aos pedidos de repactuação do GSF por parte do órgão regulador. Uma vez que a Aneel termine de anuir todos os pedidos de repactuação, ainda será necessário aguardar as retiradas de todas as liminares que limitam o GSF. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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3 Empréstimos em linha estão fora de questão, afirma diretor da Aneel
As hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, ainda com algumas obras em construção, foram as primeiras a pedir o parcelamento da exposição ao GSF de 2015, junto com seus pedidos de repactuação. As duas usinas devem, respectivamente, R$ 500 mi e R$ 375 mi. Também fizeram igual pedido usinas representadas pela Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine). Caberá à CCEE conversar com os agentes para encontrar a opção de parcelamento mais adequada para todos, explicou Romeu Rufino, diretor geral da Aneel. Um empréstimo em linha com o concedido às distribuidoras em 2014, porém, está fora de questão. "Na parte do GSF não há espaço para algo similar, é uma situação absolutamente distinta", disse Rufino. Ainda não há data para a liquidação de janeiro no mercado de curto prazo, na qual a exposição das usinas ao GSF em 2015 deve ser paga, normalizando o mercado. A CCEE conclui no dia 8 de março a liquidação de dezembro, que deve seguir afetada por forte inadimplência. Na de novembro, foram contabilizados R$ 6,3 bi, mas apenas R$ 2,47 bi foram pagos. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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4 CDE: Abrace volta a questionar a inclusão de novos custos no fundo setorial
Sem solução para alguns dos pleitos da indústria, a polêmica sobre o orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético deve continuar em 2016. A Abrace voltou a questionar a inclusão de novos custos no fundo setorial, mesmo depois de conseguir retirar da cota anual desse ano uma despesa adicional de R$ 1,6 bi, que seria cobrada em duplicidade na Conta de Consumo de Combustíveis. A entidade que representa os consumidores industriais aguarda o julgamento de recurso na Aneel em que solicita, entre outras coisas, a retirada de R$ 1,1 bi da Reserva Global de Reversão, destinado à concessão de empréstimos pela Eletrobras que normalmente vão para empresas do grupo estatal. “É um fundo fechado que a Eletrobras empresta para as empresas dela. Se não tem dinheiro para pagar indenização [das concessões de geração e transmissão que foram renovadas em 2013], não tem que ter dinheiro para empréstimo. Vamos brigar por isso”, afirmou o presidente da Abrace, Paulo Pedrosa. No ano passado, a Abrace obteve liminar que suspendeu o pagamento de parte dos custos da CDE pelos associados da entidade. A dúvida é se a decisão judicial do ano passado também se aplica à CDE deste ano. O orçamento da conta em 2016 é superior a R$ 12 bi, valor 31,5% menor que o de 2015, de mais de R$ 18 bi. Em nota técnica com considerações sobre a cota anual, a Abrace alerta para a falta de transparência na comprovação de despesas. “Faltam informações detalhadas sobre o uso dos recursos coletados para que os consumidores façam suas próprias verificações”, diz o documento. Para a associação, diversas despesas, especialmente aquelas informadas pelo Ministério de Minas e Energia, não são fundamentadas tecnicamente. É o caso, segundo a nota, dos R$ 4 bi destinados ao programa Luz para Todos, à indenização das concessões e aos subsídios ao carvão mineral usado em termelétricas, além de gastos da Eletrobras sem comprovação (R$4 bi). O documento lembra que com a configuração atual da CDE houve transferência de custos para os consumidores atendidos em alta tensão, especialmente as grandes indústrias, que estão conectadas diretamente à Rede Básica do Sistema Interligado. Os chamados subsídios cruzados existem também no pagamento por consumidores livres de despesas relacionadas ao mercado regulado, caso das indenizações dos ativos de geração e eventuais compensações aos geradores. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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5 Incerteza regulatória atrapalha negociações
As incertezas regulatórias e a forte interferência política têm sido um ponto negativo nas negociações envolvendo ativos do setor elétrico. Entender os desdobramentos e os motivos que levaram o governo a editar a MP 579, que desarrumou o segmento desde 2012, por exemplo, não tem sido uma tarefa muito fácil para investidores que ainda não estão no País. Alguns já desistiram de fechar negócios por causa das regras do setor. “Eles questionam sobre o fim das concessões e sobre as responsabilidades no caso de invasão de obras (como as que ocorrem na Hidrelétrica de Belo Monte)”, afirma Raphael Gomes, da Demarest Advogados. Quando ouvem as explicações, diz ele, recuam imediatamente. Num setor estratégico, que exige investimentos altos e previsibilidade, os últimos anos têm sido de intensa instabilidade regulatória. As incertezas têm efeito direto na qualidade de crédito para o setor e na lucratividade das empresas, que tem caído. Na avaliação do diretor sênior da agência de classificação de risco Fitch Rating, Mauro Storino, o maior risco dessa onda de investimento é o de ativos pararem nas mãos de empresas que não conhecem o setor elétrico brasileiro. Segundo ele, todo segmento que tem um grau de regulação requer de quem está entrando no mercado um entendimento maior sobre o assunto. (O Estado de São Paulo – 07.03.2016)
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6 Aneel autoriza operação comercial de duas pequenas hidrelétricas no Sul
A Aneel autorizou o início da operação comercial de duas pequenas hidrelétricas localizadas na região Sul do país. A PCH Agudo, da empresa Geração e Comercialização de Energia Elétrica, está localizada no município de Campos Novos, em Santa Catarina, com 3,9 MW de capacidade instalada; enquanto a CGH Frederico João Cerutti, que pertencente a empresa Hidrelétrica Frederico João Cerutti, está instalada no município de Erval Seco e Seberi, no Rio Grande do Sul, com 1,2 MW de potência. As informações foram publicadas no dia 3 de março, do Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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Empresas
1 Setor elétrico brasileiro vive uma forte onda de venda de ativos
Um ano depois de enfrentar uma grave crise hídrica e financeira, o setor elétrico brasileiro vive uma forte onda de ativos à venda. Apenas na área de geração, a capacidade instalada à venda equivale a quase uma Hidrelétrica de Belo Monte, de 11.233 MW. O movimento de venda no setor é reflexo de uma conjunção de fatores, sendo um deles a fragilidade da atividade econômica. Além disso, o crédito se tornou mais restritivo e caro, especialmente para empresas envolvidas na Operação Lava Jato, que ficaram com caixa debilitado para fazer frente a investimentos. Outro fator envolve a saúde financeira de companhias estrangeiras em suas matrizes, o que tem obrigado as subsidiárias a diminuir suas estruturas. Com tantos ativos à venda e incertezas em relação ao futuro econômico, quem tem dinheiro e disposição para investir no Brasil está em vantagem. De um lado, os vendedores têm feito inúmeras exigências e jogado o valor dos ativos ainda mais pra baixo. Do outro, boa parte dos vendedores precisa fazer caixa com urgência para honrar compromissos. (O Estado de São Paulo – 06.03.2016)
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2 Investidores americanos demonstram interesse em comercializadoras de energia brasileiras
Uma área que vem sendo sondada pelos investidores estrangeiros e que exige um grau elevado de conhecimento do setor elétrico é o de comercialização de energia. Nos últimos anos, com o avanço do mercado livre (em que os consumidores escolhem de quem vão comprar a energia), essas empresas ganharam importância relevante e cresceram suas estruturas. Hoje algumas podem valer até R$ 1 bi. Segundo fontes, três comercializadoras estão no radar dos investidores americanos. Uma delas é a comercializadora do BTG, atualmente a maior do País. A instituição, no entanto, afirma que o ativo não está à venda, pois é bastante rentável para o grupo. (O Estado de São Paulo – 07.03.2016)
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3 Usina da Eletrobras na Nicarágua é desvantajosa, diz TCU
Marcada como a primeira investida internacional da Eletrobras, a usina hidrelétrica de Tumarín, na Nicarágua, é um projeto "extremamente desvantajoso e potencialmente lesivo" para a empresa. O diagnóstico é do TCU, que deve concluir em 30 dias uma auditoria nos contratos firmados pela estatal para construção de usinas na América Latina. Anunciada em 2008 e orçada em US$ 1,2 bi, a hidrelétrica foi concedida pelo governo nicaraguense a uma sociedade entre a Eletrobras e a Queiroz Galvão. No despacho que deu origem à auditoria, a procuradoria do TCU chama atenção para as dificuldades financeiras da estatal e de sua sócia resultarem na interrupção do empreendimento. A usina, entretanto, já está em banho-¬maria há bastante tempo. O BNDES não estaria mais tão disposto a financiar a obra, decisão que colocou a Eletrobras em uma situação "desfavorável". A estatal trabalha atualmente na busca de soluções alternativas de funding, mas não descarta a venda de sua participação de 50% no projeto. Além do financiamento, políticos nicaraguenses têm citado a Lava¬-Jato como um dos principais entraves para o início das obras da usina, que terá 253 megawatts (MW) de capacidade. Devido a especificidades de solo e clima, a construção de uma hidrelétrica na Nicarágua pode custar até quatro vezes mais que um projeto similar no Brasil. Segundo técnicos do TCU, ainda assim o governo daquele país aceitou pagar valores elevados pela energia a ser produzida em Tumarín. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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4 Furnas e Brookfield podem assumir linha de Belo Monte
A estatal Furnas, do Grupo Eletrobrás, e a empresa canadense de investimentos Brookfield avaliam a possibilidade de adquirir ativos do setor elétrico que hoje estão nas mãos da Abengoa. Duas fontes do setor confirmaram ao ‘Estado’ que, nas últimas semanas, representantes dessas empresas têm conversado com membros do MME para discutir como a transação poderia ser feita. A maior preocupação do governo é encontrar um comprador para concluir as obras do chamado “linhão pré-Belo Monte”, um projeto de 1.854 km de extensão. Estimado em R$ 1,3 bi, o contrato foi vencido pelos espanhóis da Abengoa no fim de 2012, com o compromisso de ser entregue em operação em fevereiro passado. Sem dinheiro, a empresa paralisou as obras. Hoje, a linha não tem data definida para ser concluída. Abengoa teria de entregar o linhão em fevereiro, mas paralisou as obras. Pela proposta colocada na mesa, a Brookfield passaria a ser dona dos ativos já concluídos pela Abengoa e, em troca, assumiria o compromisso de entregar 100% da linha em funcionamento. Furnas entraria na transação como uma sócia “operacional”, para executar as obras, tendo depois a possibilidade de comprar efetivamente uma fatia do negócio. A equação financeira e o arranjo regulatório da transação, no entanto, ainda são temas de debate dentro do governo. (O Estado de São Paulo – 05.03.2016)
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5 Empresas despistam sobre ativos da Abengoa; governo quer dar fim ao impasse
Os ativos da Abengoa são analisados ainda por outras empresas. A Casa dos Ventos, maior desenvolvedora de projetos eólicos do Brasil, e a chinesa StateGrid, que já é dona de outra linha de transmissão para Belo Monte, sinalizaram interesse em assumir os projetos da companhia espanhola. O governo tem pressa de dar fim ao impasse. Em processo de pré-recuperação judicial na Espanha, a Abengoa se transformou em um grande abacaxi que o governo ainda não sabe como descascar. Em 2013, chegou a ser a maior arrematadora de linhas de transmissão nos leilões brasileiros. Hoje, a companhia está à frente de nada menos que 16 contratos de concessão no setor elétrico, os quais somam mais de 6 mil quilômetros de rede para entregar energia em diversas regiões do País. Ocorre que grande parte dessa rede não foi construída. A situação tem sido monitorada pela Aneel. Nos cálculos da agência, a hidrelétrica de Belo Monte, que em breve deve iniciar sua geração comercial de energia, não deverá ter dificuldades de entregar sua energia até meados de outubro deste ano, por conta da rede local já existente em Altamira-PA, pela qual sairá até a linha de Tucuruí, em Marabá, seguindo para outros Estados. Em novembro, porém, segundo cronograma de geração montado pela agência, pode ocorrer de o volume de energia gerado pela usina não ter rede com capacidade suficiente para distribuí-la. (O Estado de São Paulo – 05.03.2016)
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6 Solução para os ativos da Abengoa deveria sair ainda no primeiro semestre, avalia EPE
A solução para os ativos da Abengoa deveria sair ainda no primeiro semestre do ano para evitar maiores atrasos nos projetos de transmissão, na opinião do presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim. Ele diz que a questão da transmissão preocupa, não só pela desistência de investidores estrangeiros, mas também devido aos constantes atrasos nas obras. "A gente está trabalhando para que as linhas que foram vendidas encontrem interessados, para tornar os novos leilões mais atraentes para os investidores e fazer um esforço justamente para reduzir os atrasos", afirmou o executivo. De acordo com ele, em alguns casos os atrasos são culpa dos investidores, mas em outros, são problemas para conseguir licenças, passar por propriedades, entre outros desafios. "A gente tem um grupo de trabalho, que envolve o MME, a EPE, o ONS e a Aneel que está trabalhando justamente em cima disso", conta. Ele acredita que os ativos da Abengoa devem ser adquiridos por alguma empresa privada, mas diz que as negociações acontecem entre a empresa e os interessados. "A gente acompanha porque é importante para o governo que se tenha uma solução rápida", diz. Tolmasquim conta que está sendo feito um balanço das consequências do atraso, mas que, no caso do escoamento da energia de Belo Monte, existem outros meios de escoar grande parte da produção. "Eventualmente, num cenário mais extremo, pode-se ter alguma restrição", apontou o executivo que participou de evento sobre o Acordo de Paris nesta sexta-feira, 4 de março, no Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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7 CPFL Santa Cruz investe R$ 4,4 mi em Avaré
A CPFL Santa Cruz investiu R$ 4,478 milhões na manutenção e expansão da rede elétrica de Avaré (SP) em 2015, tornando o sistema elétrico local mais confiável para 35.950 consumidores na cidade. Do total investido, a CPFL Santa Cruz aplicou em torno de R$ 1,98 mi em projetos voltados ao atendimento ao cliente. A companhia destinou R$ 530 mil na expansão da rede elétrica para núcleos urbanos. A distribuidora aportou R$ 574 mil na instalação de medidores para clientes de baixa tensão, expandindo a base de clientes residenciais e comerciais. A companhia ainda aplicou R$ 2 mi em projetos destinados à melhoria da rede elétrica, sendo R$ 806 mil na melhoria da rede secundária da companhia. A CPFL Santa Cruz também investiu mais R$ 188,8 mil na manutenção da rede elétrica da cidade. As manutenções preventivas visam reforçar a confiabilidade do sistema para enfrentar o ciclo de tempestades no verão, uma vez que a malha de distribuição se torna menos suscetível a interferências externas. A distribuidora fornece energia para 24 municípios localizados no Estado de São Paulo, na região da Média Sorocabana, e em três municípios ao norte do Paraná. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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8 RGE investe R$ 23 mi no sistema elétrico de Caxias do Sul em 2015
A RGE (RS) investiu R$ 23,2 mi na rede elétrica do município de Caxias do Sul em 2015. A concessionária realizou uma série de obras para ampliar e reforçar o sistema elétrico da Serra, tornando-o menos vulnerável às adversidades climáticas. No final do ano passado, a Serra foi um dos pontos do estado do Rio Grande do Sul mais castigados com temporais, acompanhados de fortes rajadas de vento e a incidência de granizo. No bairro Rio Branco, foram investidos mais de R$ 100 mil na construção de uma rede compacta, resistente às intempéries. Também houve o melhoramento do circuito secundário do bairro Centro, ampliando a capacidade da rede elétrica com a instalação de um novo transformador de 300 KVA. Esse investimento foi de quase R$ 30 mil. No distrito de Vila Cristina, a RGE resolveu um problema histórico com uma obra de R$ 114 mil. Com intervenções na rede, a concessionária eliminou situações de risco, como fiação antiga ou vulnerável a objetos lançados na rede, como galhos, e deu mais confiabilidade ao sistema local, distante 20 km da área central da cidade. A RGE ainda aplicou R$ 128,5 mil na localidade de Capela Loreto, estendendo a rede trifásica e, assim, colaborando com a expansão da agricultura familiar, um dos vetores de crescimento econômico da Caxias do Sul. Dentro do Programa de Manutenção, a RGE realizou a substituição de 744 postes de madeira substituídos por postes de concreto ou fibra em Caxias. Além disso, outros 1,8 mil novos postes de concreto foram instalados para ampliação do abastecimento de energia em novas áreas urbanas que sugiram na cidade. A concessionária instalou ainda 441 novos transformadores em todo o município. No PDE, 52 famílias foram beneficiadas com a regularização das medições. A RGE forneceu medidores e padrões de entrada, uma ação que teve investimento de R$ 86 mil. De acordo com o presidente da companhia Roberto Sartori, os investimentos da RGE em Caxias do Sul mostram a aposta que a concessionária faz no crescimento econômico da cidade, mesmo em um ano marcado pela crise que afetou diversos setores da economia. “Sabemos que Caxias é uma das locomotivas da economia do Rio Grande do Sul, e a cidade não pode ficar para trás. Sabemos que a crise é passageira e temos que ter um sistema elétrico confiável para auxiliar na retomada do crescimento”, afirma o presidente. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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9 Fitch afirma rating AA (bra) para emissão de debêntures da Epesa
A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou na última quinta-feira, 3 de março, o rating nacional de longo prazo ‘AA(bra)’ da primeira emissão de debêntures da Centrais Elétricas de Pernambuco (Epesa), proprietária das termelétricas Termomanaus (143 MW) e Pau Ferro I (94 MW), ambas localizadas no município de Igarassu, em Pernambuco. A perspectiva foi revisada de positiva para estável. Segundo a Fitch, sua opinião é baseada no risco dos contratos de comercialização firmados pelas usinas no ambiente regulado. A agência informa que os projetos apresentaram bom desempenho operacional, com elevados e estáveis índices de disponibilidade de equipamentos durante os despachos ao longo de 2015. Após os eventos de indisponibilidade enfrentados em 2011 e 2012, a eficiência operacional da companhia aumentou ao longo dos anos. A Epesa obteve índices de disponibilidade líquidos próximos a 99,3% em 2015, acima das expectativas da Fitch, devido aos processos operacionais implementados e à formação de uma equipe própria de O&M. A metade de todos os motores das usinas foi trocada em 2015, após a terceira grande manutenção. A expectativa, portanto, é de elevados índices de disponibilidade. O risco de fornecimento do óleo diesel é baixo, pois o combustível é fornecido pela Petrobras Distribuidora, por meio de contrato de longo prazo. O mecanismo de reajuste do preço do diesel se assemelha ao da receita variável, o que mitiga qualquer exposição de preços. O contrato de fornecimento inclui provisões de indenização que cobrem inteiramente quaisquer penalidades associadas a falhas na geração devido à falta de combustível. A Epesa beneficia-se de contratos de venda de energia por PPAs de 15 anos, firmados com um grupo de 30 distribuidoras de energia, sem exposição comercial. Os índices de cobertura do serviço da dívida são elevados, mesmo quando não há despacho das usinas. A alta receita marginal e o contrato de fornecimento de diesel elevam o fluxo de caixa operacional de forma significativa quando as usinas estão despachando. Os investimentos de reposição de equipamentos são baixos, devido à sua natureza. No cenário-base da Fitch, que considera despachos de 25% e 12,5% ao longo dos próximos dois anos. Ao longo de 2015, as UTEs foram despachadas pelo equivalente a 4,5 meses, ou 3.390 horas. O despacho beneficiou o projeto, proporcionando Ebitda anual de R$ 233,7 milhões e geração de caixa ajustada para o serviço da dívida de R$ 270,2 milhões. O Os índices de cobertura do serviço da dívida equivalente, baseado na metodologia da Fitch, foi de 9,10 vezes. O índice dívida líquida/EBITDA, em 31 de dezembro de 2015, foi de aproximadamente 0,20 vez. A disponibilidade média total das UTEs até o ponto de conexão atingiu aproximadamente 99,35%. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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10 Eletrobras Alagoas investe R$ 33 mi no combate ao furto de energia
A Eletrobras Distribuição Alagoas investiu mais de R$ 33 mi em obras de regularização de consumidores clandestinos. Segundo a companhia, os "gatos", ou furtos de energia, estão entre os fatores que mais interferem na qualidade do fornecimento de energia elétrica, além de representar um risco para a população e perda de receitas. A iniciativa beneficiou aproximadamente 12 mil consumidores, mas a meta da Eletrobras é atingir mais de 15 mil unidades, até junho deste ano. Após esse prazo, será feito outro levantamento para identificar novas áreas que serão atendidas. Para escolher as unidades a serem regularizadas a Eletrobras realiza um estudo com a finalidade de verificar as regiões com maiores perdas de energia e risco de acidentes. O projeto já visitou Piranhas, Jequiá da Praia, Olho D’Água das Flores e diversos bairros de Maceió, que foi o primeiro município atendido. Segundo Jarson Amaral, gerente do departamento de Universalização do Acesso à Energia, o principal benefício da ação é o aumento na qualidade do atendimento da Eletrobras ao consumidor. “A maior vantagem é a melhoria no fornecimento, pois a ligação clandestina compromete a qualidade da energia”, disse. A população que tem a energia regularizada também usufrui de outros benefícios, como documento que comprova residência fixa; acesso à Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) – para os que possuem o perfil estabelecido pelo governo federal; e possibilidade de solicitar e obter serviços junto à distribuidora de energia. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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11 Fitch Ratings rebaixa ratings da emissão de debêntures da Santo Antônio Energia
A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou nesta sexta-feira, 4 de março, os ratings nacionais de longo prazo da terceira emissão de debêntures da Santo Antônio Energia. Tanto da primeira séria, no montante de R$ 200 milhões, com vencimento em abril de 2022, quanto da segunda série, de R$ 500 milhões, com vencimento em abril de 2024, os ratings foram rebaixados de 'AA-(bra)' para 'A-(bra)'. Segundo a Fitch, a ação de rating reflete a deterioração da qualidade de crédito do grupo Andrade Gutierrez, um dos acionistas do projeto. O rating da terceira emissão de debêntures da Saesa também reflete a dependência do projeto da hidrelétrica de Santo Antônio de aportes de recursos adicionais por parte dos acionistas, de acordo com os cenários estimados pela agência, para pagamento de suas obrigações. Estas obrigações incluem penalidades relativas ao Fator de Disponibilidade das Turbinas (FID) e ao déficit do Generating Scalling Factor (GSF). A Saesa sofreu penalidades sobre o FID, que chegou a ser considerado no valor mínimo de 91%. Após revisões de metodologia de cálculo da Agência Nacional de Energia Elétrica, o FID do projeto está em torno de 96,0%, cenário considerado pela Fitch, e que representa uma penalidade de 3,5% sobre o FID previsto nos contratos de PPA. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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12 RGE seleciona projetos de eficiência energética
A RGE vai abrir chamada pública para projetos de eficiência energética, com previsão para lançamento do edital em 11/4. A chamada é feita anualmente pela empresa e vai selecionar iniciativas dos próprios consumidores voltadas a conservação de energia e consumo inteligente. A concessionária investirá R$ 4 mi nos projetos selecionados. Para a chamada, será feito workshop no próximo dia 23/3 para orientar os interessados sobre as principais informações e conceitos do tema e capacitá-los para a apresentação das propostas. O evento vai acontecer em Caxias do Sul, na sede da empresa, no Rio Grande do Sul. As incrições acontecem até 10/3. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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Leilões
1 EPE pretende realizar pelo menos três leilões em 2016
O governo mantém a previsão de realizar pelo menos três leilões de energia este ano, mesmo com a fraca demanda no mercado e a sobreoferta das distribuidoras. Além dos leilões convencionais de longo prazo - o "A-5" e "A-3" -, a EPE pretende realizar pelo menos um leilão de energia de reserva, destinado a projetos de energia eólica, solar e de pequenas e micros hidrelétricas. "Vamos ter todos os leilões, mesmo com a demanda baixa. No A-5 e A-3 vamos ter pouca demanda porque grande parte das distribuidoras [que definem a demanda desses leilões] estão sobrecontratadas. No [leilão] de reserva, temos uma certa liberdade para contratar um pouco mais, porque não depende da distribuidora. É uma energia a mais do que ela requereu", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, em evento sexta-feira, no Rio. O executivo explicou que, mesmo com a fraca demanda, é importante fazer o leilão de reserva para garantir a continuidade das encomendas para a cadeia de fornecedores das indústrias eólica e solar. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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2 Total de energia contratada para leilões ainda não foi definido
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, explicou que ainda não está definido o total de energia que poderá ser contratado. “No leilão A-3 e A-5 vai depender da demanda das distribuidoras. Quanto elas vão pedir para ser contratado”, disse. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim explicou que ainda não está definido o total de energia que poderá ser contratado. Tolmasquim esclareceu, no entanto, que nos leilões de reserva há mais liberdade na contratação de um pouco mais de energia, porque não depende da distribuidora. “A gente tem uma margem de contratar um pouco maior no leilão de reserva, porque é uma energia adicional a que já tem, mas é claro que a queda do mercado faz você contratar um pouco menos de oferta. Hoje a gente tem um excedente estrutural de energia muito grande, então, não vai construir usina desnecessariamente, porque isso é um custo para o consumidor, que vai ter que pagar”, disse. Para os leilões de A-3 e de A-5, Tolmasquim admitiu que a estimativa é que a demanda será pequena, porque hoje as distribuidoras, em grande maioria, estão sobrecontratadas porque a demanda caiu bastante. O leilão de A-5 foi marcado para o dia 29 de abril, mas o de A-3 ainda não tem data prevista. O presidente da EPE adiantou que está sendo analisada uma nova previsão de demanda para o período de dez anos, com destaque para os próximos cinco anos e os números devem ser menores. Ele considerou possível ser negativo em 2016. “Para 2016 era um crescimento de 1% no consumo de energia e, certamente, isso será revisto para baixo. Eu não tenho o número ainda, mas existe a possibilidade de ser negativo”, disse, acrescentando que para o período de cinco a dez anos a demanda vai continuar expandindo, mas será menor do que se previa antes. Os novos cálculos podem ser divulgados na revisão ordinária de demanda prevista para maio deste ano. “A revisão ordinária ocorre em maio, então, a gente, em princípio deve fazer na revisão ordinária, a não ser, porque está terminando agora, e vai ter que acertar com a ONS, a revisão e a gente vai ver. Ou vai ser na ordinária ou a gente faz um mês antes. Vamos ver”, indicou. (Agência Brasil – 04.03.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do Sul subiram 0,2% para 95,5% na última quinta-feira, 3 de março, na comparação com o dia anterior, segundo dados do ONS. A energia armazenada no dia ficou em 19.064 MW mês. A energia afluente armazenável acumula 163% da média de longo termo. A hidrelétrica de Passo Real opera com 87,21% da capacidade. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o nível de armazenamento dos reservatórios aumentou 0,3% para 51,5% da capacidade. A energia armazenada no dia somou 104.531 MW mês. A ENA armazenável está em 71% da MLT. A usina de Furnas está com 63,4% da capacidade e a de Emborcação, com 45,08%. O Nordeste teve alta de 0,2% no armazenamento dos reservatórios para 32,2%. A energia armazenada chegou a 16.657 MW mês. A ENA armazenável está em 39% da média histórica. A hidrelétrica Sobradinho trabalha com 31,17% da capacidade. Na região Norte, os reservatórios subiram 0,2% para 44% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 6.621 MW mês. A ENA armazenável está em 45% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí opera com 58,25% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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2 Consumo de energia fecha fevereiro com alta de 1,2%
O consumo de energia elétrica no Brasil no mês de fevereiro cresceu 1,2% e chegou a 63.492 MW médios, de acordo com dados da CCEE. A geração também teve alta, em patamar semelhante, de 1,1% na comparação com o mesmo mês de 2015. A análise do consumo de energia aponta um aumento de 2,5% no mercado cativo e redução de 2,8% no mercado livre. Os dados são preliminares, de acordo com a CCE, e englobam o período entre 1/2 e 29/2. Segundo a câmara, houve crescimento no consumo em diversos setores devido à migração de consumidores para o mercado livre, com destaque ao alimentício (10%), devido à abertura de novos empreendimentos gastronômicos, comércio (4,8%) e saneamento (4,7%). No entanto, houve retração em alguns setores, incluindo veículos (-14,7%), extração de minerais metálicos (-6,8%), químicos (-5,7%) e têxteis (-5,5%). Em fevereiro, a produção das usinas do SIN alcançou 65.970 MW médios de energia e as eólicas voltaram a registrar aumento na produção com 2.659 MW médios, um crescimento de 49,1% em relação a fevereiro do ano passado. As usinas hidráulicas, incluindo as PCHs, foram responsáveis por 52.069 MW médios, aumento de 9,5%. A estimativa é de que as usinas hidrelétricas integrantes do MRE gerem, até a quinta semana de fevereiro, o equivalente a 90,5% de suas garantias físicas, ou 50.247 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 99,3%. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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3 EPE: governo deve rever para baixo a previsão da demanda de energia para os próximos cinco anos
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, revelou que o governo deve rever para baixo a previsão da demanda de energia para os próximos cinco anos. A projeção oficial, feita em conjunto com o ONS, indica uma média de crescimento de 3,6% ao ano, entre 2015 e 2020. Para este ano, a previsão é de crescimento de 1%, mas ela foi baseada em uma previsão de queda do PIB de 2%. E especialistas avaliam que o tombo da economia brasileira em 2016 será maior que essa estimativa. "Para 2016, [a previsão] era um crescimento de 1% do consumo de energia. Certamente isso vai ser revisto para baixo. Não tenho o número ainda, mas existe uma possibilidade de ser negativo", disse ele. "De cinco a dez anos, [a demanda] vai continuar se expandindo, mas vai ser uma expansão menor do que aquela que se previa antes", completou. Pelo rito ordinário, a EPE e o ONS seriam obrigados a divulgar a revisão da previsão em maio. Segundo Tolmasquim, porém, é possível que a revisão seja antecipada em um mês. O motivo é a rápida deterioração da economia do país. Se o consumo de energia recuar em 2016, será o segundo ano consecutivo de retração da demanda. Em 2015, o consumo recuou 2,1% em relação ao ano anterior. Tolmasquim também disse que "provavelmente" uma empresa privada assumirá os ativos de transmissão da espanhola Abengoa no Brasil, que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro. Segundo ele, é importante que uma solução para o caso seja encontrada ainda no primeiro semestre, para evitar que o atraso nas obras da Abengoa afete o fornecimento de energia do país. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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4 Operação: quinta-feira (3/3) tem demanda inferior à prevista pelo ONS
A demanda máxima de eletricidade verificada no país na última quinta-feira (3/3) ficou 1.105 MW médios, ou 1,65% inferior ao programado pelo ONS para o dia, de acordo com relatório preliminar de operação da instituição. A demanda prevista era de 67.974 MW médios, sendo verificado consumo total de 66.869 MW médios. Já os quatro submercados do país mantiveram a alta moderada diária dos reservatórios das hidrelétricas, registrando variação entre 0,2 e 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior. Os três primeiros dias de março somam alta de 0,9 ponto percentual no Norte, o maior aumento de acumulação entre os quatro subsistemas no período. A usina de Barra dos Coqueiros, da Gerdau (SE/CO) apresenta armazenamento de 27,87%, enquanto que a de Machadinho (S), da Tractebel, registrou 71,83% e Tucuruí, no mesmo submercado, 58,25%. Março é o penúltimo mês do chamado período chuvoso, que se encerra em meados de abril. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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5 ONS revisa para baixo a projeção de chuvas de março em três submercados
A revisão 1 do PMO prevê a queda no nível das afluências em quase todo o Brasil na comparação com a previsão da semana passada. De acordo com o ONS apenas no Sul houve aumento da projeção de energia natural afluente para o final de março, passando de 129% para 152% da média de longo termo. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, que concentra a maior parte da capacidade de armazenamento do país, a expectativa caiu 10 pontos porcentuais, para 94% da MLT. No Nordeste, a nova estimativa é de ENA de 39% da média histórica e no Norte esse indicador é de 64%. A previsão de carga aumentou para o final deste mês. Segundo o ONS, agora é esperado um aumento de 1,3% na comparação com o mês de março de 2015. Apenas no Sul está estimada a redução de demanda, 2,7% de queda. No SE/CO o indicador é de crescimento de 1,6%, no NE é de 2,6% e no Norte continua a maior elevação, com 5,5%. Como consequência a previsão de armazenamento ao final do mês seguiu a tendência da hidrologia e recuou. No SE/CO caiu de 61,4% para 59,3%, no NE de 37,5% para 37,1%, no Norte de 66,5% para 58,3% e mesmo no Sul, onde a previsão de vazões aumentou, a perspectiva é de queda, passou de 98,1% para 94,7% da capacidade máxima. O CMO para a semana que se inicia no sábado, 5 de março, aumentou, mas continua o descolamento do NE, que tem o CMO médio de R$ 250,40/MWh resultado da carga pesada e média de R$ 254,08/MWh e a leve de R$ 243,95/MWh. Já no restante do país os patamares pesado e médio estão em R$ 38,92/MWh e o leve em R$ 34,06/MWh, que levaram o CMO médio a R$ 37,16/MWh. A geração térmica para a semana operativa está prevista em 11.095 MW médios. Desse volume, 5.444 MW médios são por ordem de mérito, 1.222 MW médios por inflexibilidade, 4.387 MW médios por segurança energética e 41 MW médios por restrição elétrica. Em relação ao clima a previsão aponta para a ocorrência de chuva fraca em pontos isolados das bacias dos rios Tietê, Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins. Essa previsão decorre da possibilidade de atuação de um sistema de baixa pressão nos estados do Sudeste e Centro-Oeste. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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6 PLD sai do mínimo no Sudeste, Sul e Norte
O PLD saiu do patamar mínimo nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, depois de sete semanas fechando em de R$ 30,25/MWh. Na semana de 5 a 11 de março, o preço dos submercados ficou, em média, a R$ 52,12/MWh, valor 72% superior ao registrado no período anterior. Já a região Nordeste, que tem registrado semanalmente valores mais altos do que os outros submercados em função da dependência da importação de energia, ficou com o PLD médio em R$ 240,63/MWh na segunda semana operativa de março. O CMO, utilizado na base de cálculo do PLD, subiu 71% no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte na semana, para R$ 37,16/MWh. Para o Nordeste, o valor passou de R$ 236,74/MWh para R$ 250,40/MWh, de acordo com o ONS. A previsão do operador para a próxima semana é de chuvas fracas em pontos isolados das bacias dos rios Tietê, Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins. “No dia 9 de março, teremos chuva fraca nas bacias hidrográficas dos subsistemas Sul e Sudeste, já no dia seguinte, a precipitação é prevista para pontos isolados do São Francisco e do Tocantins”, informou o ONS. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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Meio
Ambiente
1 Congresso terá que ratificar acordo do Clima de Paris
O Congresso Nacional terá que ratificar o Acordo de Paris, com metas para a redução das emissões causadoras do efeito estufa e mudanças climáticas, fruto da COP 21 realizada no ano passado na França. De acordo com a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em abril acontecerá em Nova York, nos Estados Unidos, uma cerimônia produzida pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em que os países serão convidados a assinar o acordo. Depois que os países assinam o acordo, explica, como se trata de direito internacional, o Congresso Nacional de cada país tem que ratificar. De acordo com ela, é preciso que 55% dos 195 países que participaram da COP 21 ratifiquem o acordo para que ele entre em vigor. "Isso normalmente compreende um tempo de três a quatro anos", calcula. A ministra pede que a sociedade faça pressão para que o acordo seja ratificado. "O acordo de Paris é importante porque deixou-se de discutir o problema para buscar a solução", disse a ministra. As propostas do Brasil na COP 21 são calcadas no uso da terra e em energia. A meta é que 45% da matriz energética seja renovável até 2030 e, segundo Izabella Teixeira, o Brasil terá que fazer opções tecnológicas agora para se ter esses resultados no horizonte previsto. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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2 MPF inicia nova ação contra Santo Antônio Energia por morte de peixes
O MPF/RO apresentou à Justiça Federal de Ronônia denúncia contra a Santo Antônio Energia por danos ambientais. A ação se refere à abertura da comporta do vertedouro complementar da hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW) em abril de 2012, que causou mortandade de centenas de peixes no rio Madeira, onde está em construção. Segundo o órgão, foi atingida uma série de espécies nativas da região amazônica. A empresa abriu a comporta do vertedouro para diminuir a vazão do rio e, assim, manter o nível do reservatório na cota de 70,5 metros, porém os procedimentos foram feitos sem as cautelas necessárias para a prevenção dos danos. O ministério apontou também que, no mesmo ano, a companhia já havia sido autuada duas vezes pelo Ibama por infrações semelhantes. No entendimento do MPF, como deixou de adotar as medidas preventivas necessárias, a empresa assumiu o risco dos danos, com prejuízos não só à fauna, mas às comunidades pesqueiras da região. A denúncia será analisada pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Rondônia, em Porto Velho. O consórcio Santo Antônio Energia é formado por Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), SAAG (12,4%), Cemig (10%) e Caixa FIP Amazônia Energia (20%) e a usina está prevista para ser concluída em 2017. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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Energias Renováveis
1 Eletronorte fará usina solar em lago de hidrelétrica
A Eletronorte, a Sunlution e a WEG iniciaram na última semana a construção de uma usina solar flutuante na superfície do reservatório da hidrelétrica de Balbina (AM). O projeto terá 5 MW de capacidade instalada, divididos em duas etapas. A primeira, de 1 MW, deve ser concluída ainda este ano. Os 4 MW complementares deverão ser instalados em até três anos. Projeto de mesmo porte será realizado pela WEG e a Sunlution em parceria com a Chesf, para a instalação da usina na superfície do reservatório da hidrelétrica de Sobradinho-BA. As duas usinas estão incluídas em dois projetos de P&D das duas subsidiárias da Eletrobras, que somam R$ 112 mi de investimentos. Além da construção dos empreendimentos, os recursos também serão voltados para uma série de estudos complementares, que serão realizados em parceria com a UFAM, a UFPE, a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (FADE) e Fundação de Apoio Rio Solimões (Unisol). O principal objetivo dos projetos é avaliar a potencialidade do sistema híbrido hidro/solar nas hidrelétricas. "É uma inovação que traz um benefício bastante interessante. A evaporação [da água do reservatório] diminui a temperatura do painel fazendo com que ele seja mais produtivo do que a geração solar em terra", afirmou Orestes Gonçalves Júnior, sócio--diretor da Sunlution. A companhia fornecerá os painéis solares flexíveis flutuantes a partir de uma fábrica que será instalada em Camaçari-BA. Já a WEG ficará responsável pela conexão das usinas solares à rede elétrica brasileira. Para participar do projeto, a Sunlution firmou parceria com a francesa Ciel et Terre International, fabricande de flutuadores solares, e criou a joint venture Ciel et Terre Brasil. A ideia, segundo Gonçalves Júnior, é participar dos próximos leilões de energia voltados para a contratação de projetos de fonte solar. Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, que participou do lançamento do projeto, na última sexta--feira, em Balbina, aproveitando a infraestrutura já instalada na hidrelétrica é possível gerar energia para atender 70 mil residências a partir de energia solar na região. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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2 Usina solar flutuante: Pesquisador acredita em mitigação de crime ambiental em Balbina
José de Castro Correia, professor da UFAM e coordenador dos estudos, reconhece que a hidrelétrica de Balbina, no coração da Amazônia, é geralmente comparada a um desastre ambiental, por seu baixo aproveitamento em geração de energia em comparação com o lago gigantesco. “As placas vão dar um novo olhar sobre a usina, mas a pesquisa não é obrigada a chegar a um resultado favorável. Podemos chegar à conclusão de que os flutuadores com geração solar não são viáveis” disse Castro Segundo o pesquisador, porém, se as placas forem colocadas em 1 hectare do reservatório de Balbina, essa área terá produtividade mil vezes maior do que gera em hidreletricidade um mesmo hectare da usina. “Balbina é um dos maiores crimes ambientais que a engenharia já fez nesse país. Como mitigar esse crime? Melhorando o custo-benefício da usina. Vamos estudar os impactos, mas podemos tranquilamente, com a subestação e a linha de transmissão que temos aqui, colocar 300 MW de energia (solar)” disse Braga. (O Globo – 04.03.2016)
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3 Nova usina solar flutuante no AM deve atender 9,5 mil famílias até 2017
De acordo com o presidente da Eletrobras, José da Costa, a redução dos custos com a geração de energia solar, comparada a termoelétrica, deve impactar diretamente o bolso do consumidor. "Ainda é difícil avaliar em quanto pode ficar a redução, mas de qualquer maneira, a gente sabe que pode ter uma redução substancial. Hoje, a participação da solar na matriz energética brasileira é muito pequena, mas a gente julga que nos próximos anos ela vai subir e pode chegar a até 10% ou mais. Cada vez mais estes painéis estão reduzindo [preço], então a energia solar vai ficar muito barata e então esta economia vai ser repassada para as tarifas que beneficiam o consumidor brasileiro", afirmou o presidente. Após a finalização do sistema em 2017 - em que os 5 MW irão abastecer 9.500 famílias - a ideia é ampliar o investimento e aproveitar as condições favoráveis do Lago. Com isto, dependendo dos resultados obtidos, a ideia é saltar de 5 megawatts para 300 MW, abastecendo 540 mil famílias. (G1 – 04.03.2016)
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4 Para ministro de Minas e Energia, iniciativa contribui para “baratear energia”
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, apontou as vantagens da geração híbrida utilizando a infraestrutura ociosa dos reservatórios. "Aqui em Balbina é um caso bastante típico, em que temos uma subestação de 300 MVA, que poderia estar transmitido algo como 250 megawatts, hoje usa 50 megawatts e que vamos poder suplementar com energia solar e com custo muito reduzido. Fazendo com que tenhamos eficiência energética, gestão energética, melhor gestão hídrica dentro dos reservatórios e ao mesmo tempo baratear energia, para que tarifa seja mais barata em nosso país", disse. O ministro apontou também que além de Camaçari na Bahia, as placas flutuantes também devem ser fabricadas no Polo Industrial de Manaus. (G1 – 04.03.2016)
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5 Em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros devem gerar sua própria energia
Você já pensou em gerar a sua própria energia elétrica em casa? Pois essa possibilidade já existe e deve ser cada vez mais comum no país. Segundo estimativa da Aneel, até 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, que permite que o consumidor instale pequenos geradores de fontes renováveis, como painéis solares e microturbinas eólicas, e troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz. O diretor da Aneel Tiago Correia já instalou oito placas de geração de energia solar em sua casa, o que vai atender ao consumo total da residência a partir do mês que vem. Para ele, além da vantagem de usar apenas fontes renováveis, um dos benefícios da geração distribuída é a redução de investimentos em redes de distribuição de energia. “Ela traz a geração para próximo do consumo”, afirma. Na última terça-feira, começaram a valer as novas regras aprovadas pela Aneel para a geração distribuída no país, que devem aumentar a procura pelo sistema. Uma das novidades é a possibilidade de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas pode se unir em um consórcio ou em cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para reduzir as faturas dos consorciados ou cooperados. Segundo Tiago Correia, essa mudança vai possibilitar que mais pessoas adotem a geração compartilhada. “Quanto maior o sistema, mais barata é a instalação total, porque alguns custos são diluídos. Isso faz com que o retorno do investimento seja muito mais rápido, além de facilitar o acesso ao crédito cooperativado”, acrescenta. Também foi autorizado pela Aneel que o consumidor gere energia em um local diferente do consumo. Por exemplo, a energia pode ser gerada em uma casa de campo e consumida em um apartamento na cidade, desde que as propriedades estejam na área de atendimento de uma mesma distribuidora. A norma também permite a instalação de geração distribuída em condomínios. Nesse caso, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores. Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida, o cliente fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses. (Agência Brasil – 06.03.2016)
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6 Crescimento do setor reduzirá preço da geração própria, afirma diretor da Prátil
O investimento em um sistema de geração de energia distribuída ainda é alto no Brasil, por causa do custo dos equipamentos, mas o retorno poderá ser sentido pelos consumidores entre cinco e sete anos, segundo o diretor da Aneel. “Se você pensar como um investidor, que tem um dinheiro disponível e gostaria de aplicar, traria um rendimento muito melhor do que qualquer aplicação financeira disponível hoje”, diz o diretor da Aneel Tiago Correia. Já o responsável pela área de geração distribuída da empresa Prátil, Rafael Coelho, estima que uma residência consiga obter o retorno do investimento a partir de quatro anos, dependendo da radiação do local e do custo da tarifa. Para ele, o investimento vale a pena, especialmente porque o consumidor evita oscilações na tarifa de energia. “Quando você faz o investimento em um sistema desses, é o equivalente a você comprar um bloco de energia antecipado, um estoque de energia, que poderá usar por 25 anos sem se preocupar se o valor da energia vai subir ou vai descer”, diz Coelho. Segundo ele, o aumento da procura por equipamentos vai fazer com que o custo da instalação tenha uma redução nos próximos anos. “Como qualquer indústria, ela precisa de escala para poder reduzir o custo unitário. Então, com o crescimento do setor, essa escala deve vir e consequentemente o custo para o cliente deve abaixar também”. Para a Absolar, o principal gargalo para o avanço do setor de geração distribuída no país é a questão tributária, especialmente nos 12 estados que ainda não eliminaram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS sobre a energia da microgeração. Em nível federal, o governo já fez a desoneração do PIS-Pasep e da Cofins sobre o sistema. Em relação ao financiamento, a entidade espera que o governo mobilize os bancos públicos para a oferta de crédito com condições especiais para pessoas e empresas interessadas em investir em mini e microgeração distribuída. (Agência Brasil – 06.03.2016)
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7 Primeira unidade da eólica Itarema II entra em plena operação
A Rio Energy iniciou a plena operação da primeira unidade da eólica Itarema II (27 MW), no Ceará. O aero-gerador possui 3 MW, fornecido pela Acciona. Estão em funcionamento também outras cinco unidades das nove que compõem o projeto, porém em regime de testes desde fevereiro. O parque foi negociado no leilão A-3 de 2013 e está conectado à subestação Aracaú II (230 kV). As obras começaram em 2015 e a previsão de entrada em plena operação da usina é para este mês. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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8 Chesf inicia testes na Baraúnas II
A Chesf iniciou os testes de novos aerogeradores das eólicas Baraúnas II (21,6 MW) e Banda de Couro (29,7 MW), em Sento Sé, na Bahia. São 7,05 MW a partir de três turbinas, sendo duas em Banda do Couro e uma em Baraúnas II. A operação comercial das usinas está prevista para março. Elas serão conectadas à subestação Sobradinho (230 kV). Baraúnas II já possui cinco unidades em operação, de modo que cinco ainda aguardam liberação. E Banda de Couro tem sete turbinas em testes, das 13 que compõem o projeto. Os projetos foram negociados no leilão A-5, de dezembro de 2013, pelo consórcio formado entre a Chesf (49%) e a Brennard Energia (51%). (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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Grandes Consumidores
1 Abesco alerta indústria sobre perdas em sistemas de ar comprimido
A Abesco inicia uma campanha de alerta junto à indústria brasileira sobre os ganhos que melhorias no sistema de ar comprimido podem trazer para as empresas. Segundo o especialista em eficiência energética e membro da Abesco, Luiz Fernando Vieira, medidas simples, como combate a vazamentos, podem gerar economias de energia de até 16%. Além disso, há como aumentar os ganhos com substituições de compressores e uso de sistemas de múltipla pressão. O especialista diz que há 11 ações, listadas por um instituto renomado alemão de pesquisa em eficiência energética, o Fraunhofer Institute, que podem melhorar o sistema de ar comprimido, cuja geração é responsável por pelo menos 30% da energia elétrica de uma indústria comum. “O ar comprimido é uma das fontes mais caras para geração de energia que precisa ser eficientizada”, alerta Vieira. Segundo ele, é importante também que o trabalho de consultoria e implantação seja feito por esco ou outra empresa com reconhecido know-how na área. “Há ferramentas de auditoria que permitem identificar para cada empresa a real economia que cada um desses pontos pode proporcionar e, dessa forma, garantir o sucesso do projeto”, diz. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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Economia Brasileira
1 Mercado vê inflação de 7,59% e queda de 3,5% para o PIB em 2016
As expectativas dos economistas consultados pelo BC para a atividade e a inflação deste ano voltaram a se deteriorar, de acordo com o boletim Focus. A mediana das previsões para o desempenho do PIB em 2016 caiu pela sétima vez consecutiva e a previsão agora é de contração de 3,50%, ante recuo de 3,45% estimado no documento anterior. Para 2017, a projeção seguiu sendo de crescimento de 0,50% para a economia brasileira. Na quinta-feira passada, o IBGE informou que o PIB de 2015 caiu 3,8%, valor que ficou dentro do esperado por analistas. Foi o pior resultado desde a queda de 4,3% em 1990, e que deixou uma significativa herança estatística negativa de 2,50% para este ano. O cenário político extremamente adverso, os efeitos da Operação Lava-Jato, a queda no consumo das famílias, do investimento e o aumento do desemprego são fatores que afetaram 2015 e devem continuar prejudicando a atividade econômica do país neste ano, segundo os analistas consultados pelo Valor. Apesar de forte, a queda da atividade por dois anos consecutivos ainda não será capaz de debelar a inflação. No Focus, a mediana das projeções para o IPCA voltou a subir, após ter recuado no relatório anterior, indo de 7,57% para 7,59%, um pouco mais de um ponto acima do teto estabelecido para este ano. A previsão em 12 meses também teve um leve ajuste, de 6,67% para 6,70% de alta. Para 2017, a previsão seguiu em 6% de aumento pela quarta semana seguida. Também continuou a mesma - em 0,95% de avanço - a estimativa para o IPCA de fevereiro, que será divulgado pelo IBGE na quarta-feira. Quanto aos juros, as apostas foram mantidas para a taxa básica em 14,25% em 2016 e em 12,50% em 2017. Na semana passada, o Copom decidiu manter a Selic em 14,25% ao ano. Novamente, a decisão não foi unânime, com dois diretores do BC, Tony Volpon e Sidnei Corrêa Marques, votando por uma alta de 0,50 ponto percentual. No comunicado, o colegiado cita as incertezas domésticas e externas para justificar a decisão. Entre os analistas grupo Top 5 - os que mais acertam as previsões - tudo continuou igual. Não foram alteradas as medianas de médio prazo para o resultado do IPCA em 2016 (7,95%) e 2017 (6,50%) e para a Selic neste (14%) e no próximo ano (12,25%). (Valor Econômico – 07.03.2016)
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2 Fitch revê projeções para PIB brasileiro e prevê recuo de 3,5% em 2016
A Fitch Ratings cortou as projeções para o desempenho da economia do Brasil para este ano e o próximo, em função da expectativa de que a recuperação econômica do país será mais lenta que o esperado anteriormente por conta da alta incerteza política, a baixa confiança e os desafios impostos pelo cenário externo. A agência de classificação de risco agora espera que o PIB do Brasil recue 3,5% em 2016 e avance 0,7% em 2017. Em dezembro passado, as projeções eram de queda de 2,5% e de crescimento de 1,2%, respectivamente. As novas estimativas da Fitch constam no relatório trimestral publicado hoje com as perspectivas da agência para o crescimento global. A Fitch afirma que cortou as projeções para diversos países avançados e emergentes e agora espera que a economia global avance 2,5% neste ano, 0,4 ponto percentual a menos que a projeção anterior. A estimativa de crescimento para as economias avançadas para este ano foi reduzida de 2,1% para 1,7% e para as emergentes, de 4,4% para 4%. No caso do Brasil, a Fitch afirma que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e preocupações com a trajetória fiscal vão continuar a prejudicar a confiança. Com isso, tanto o consumo como os investimentos devem recuar neste ano. Os analistas da agência também afirmaram que esperam que a inflação continue desacelerando durante 2016, mas que ficará acima da meta do BC. Para os juros, a agência projeta estabilidade da Selic no patamar atual de 14,25% ao longo deste ano, por conta das condições econômicas adversas do país. Entre os desafios ao Brasil impostos pelo cenário externo, a Fitch cita a queda nos preços das commodities, o aumento da volatilidade no mercado financeiro internacional e a desaceleração da China. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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3 Caixa publica edital para vender 57 imóveis da União
A Caixa Econômica Federal publicou hoje um edital para vender 57 imóveis da União localizados no Distrito Federal. Estão sendo ofertados 24 apartamentos funcionais, duas casas e 31 terrenos, que valem, ao todo, R$ 152,4 milhões. O edital está disponível no site do banco e contém prazos e regras para a apresentação de propostas, bem como preço mínimo de venda para cada imóvel. Entre os imóveis mais caros, estão 12 terrenos com dois mil a três mil metros quadrados, cujos valores vão de R$ 7,6 milhões a 9,6 milhões de reais. Terrenos e casas no Lago Sul, região nobre da capital federal, também estão à venda, assim como apartamentos na Asa Norte, Asa Sul e em Guará II. No início do ano, o governo federal anunciou que colocaria à venda um total de 239 imóveis com os quais pretende arrecadar R$ 1,5 bilhão neste ano. A lista de todos eles foi publicada pelo Ministério do Planejamento no Diário Oficial da União no dia 19 de janeiro e compreende, além do Distrito Federal, bens espalhados em 21 Estados. Segundo informações da Caixa, os interessados em participar da concorrência têm até o dia 6 de maio para entregar uma proposta. É preciso fazer o recolhimento de depósito em conta vinculada, a título de caução, no valor correspondente a 5% do valor do imóvel pretendido, limitado a R$ 10 mil. Qualquer pessoa, física ou jurídica, pode participar da concorrência. A divulgação do resultado acontecerá no dia 17 de maio. O prazo para recurso será até o dia 24 de maio e a homologação do resultado da concorrência, no dia 25 do mesmo mês. Até o fim de abril serão lançados outros editais ofertando mais 182 imóveis totalizando, assim, os 239 imóveis que a União tem a intenção de vender. (Valor Econômico – 07.03.2016)
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4 Inflação das famílias de baixa renda recua para 0,73% em fevereiro
A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda desacelerou em fevereiro, de acordo com a FGV. O IPC-C1, que mede a variação dessa cesta para quem ganha até 2,5 salários mínimos mensais, subiu 0,73% no segundo mês de 2016, após alta de 1,91% em janeiro. Com isso, o indicador acumula elevação de 2,65% no ano e de 11,30% nos últimos 12 meses. A queda da tarifa de energia elétrica, o fim do efeito do reajuste das passagens de ônibus e das mensalidades escolares, e o recuo dos preços de alguns alimentos puxaram o IPC-C1 para baixo no período. A inflação das famílias de menor renda ficou um pouco abaixo da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que subiu 0,76% em fevereiro. Em 12 meses, o IPC-BR teve aumento de 10,37%. Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 tiveram alta menos acentuada na passagem de janeiro para fevereiro, como Alimentação (2,63% para 1,01%), Transportes (4,02% para 1,55%), Habitação (1,04% para 0,08%), Educação, leitura e recreação (3,73% para 0,38%) e Vestuário (0,39% para 0,31%). (Valor Econômico – 07.03.2016)
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5 Dólar ontem e hoje
Hoje, o dólar comercial operava em baixa em quase 40 minutos após a abertura. A moeda americana estava cotada a R$ 3,7450 às 9h38, com recuo de 0,38%. Na sexta-feira, o dólar comercial caiu 1,08%, encerrando a R$ 3,7592. Com isso, a moeda americana cai 5,96% na semana, acumulando desvalorização de 6,11% no mês e de 4,98% no ano. (Valor Econômico – 07.03.2016 e 04.03.2016)
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Internacional
1 Argentina apresentará contraproposta energética
O Ministério de Energia e Minas da Argentina apresentará até o dia 10 de março sua contraproposta à proposta de venda de energia elétrica feita pelo Ministério de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia. Na última quarta, 02 de março, os ministros Luis Alberto Sánchez, da Bolívia e Juan José Aranguren, da Argentina, se reuniram em Buenos Aires, onde o boliviano apresentou uma proposta para comercializar energia elétrica ao país vizinho. (La Razón – Bolívia – 04.03.2016)
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2 Colômbia: Asoenergía afirma que não haverá racionamento
Simulações realizadas por Asoenergía, associação que reúne os grandes consumidores de energia do país, indicam que o país não enfrentará um desabastecimento de energia. Os estudos indicam que a hidrologia será muito severa em março, continuará baixa em abril, mas se normalizará durante o mês de maio. (Portafolio – Colômbia – 04.03.2016)
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3 Colômbia: Apesar do “El Niño”, Isagén gerou mais energia em 2015
Em 2015, Isagén produziu 21% a mais de energia do que em 2014, apesar da forte seca vivida pelo país, graças à entrada em operação comercial da hidrelétrica Sogamoso, à maior eficiência da central San Carlos e ao aporte de Termocentro. Em seu relatório de gestão, a empresa destacou, por fim, que suas receitas operacionais somaram 2,884 bilhões de pesos, 25% a mais do que o obtido no período anterior. (Portafolio – Colômbia – 04.03.2016)
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4 Venezuela: Sistema elétrico de Lara apresenta déficit de 650 MW
A demanda no estado está entre 750 e 800 MW, dos quais a produção local é de apenas 120 MW, dependendo assim, em grande parte, do Sistema Interconectado Nacional, que aporta 350 MW. A represa de Guri, que se encontra a ponto de chegar a estado crítico em relação aos níveis dos reservatórios, proporciona 17 mil MW quando trabalha em normalidade, enquanto que a demanda na Venezuela é de 19 mil MW, conforma explica Antonio Patiño, integrante da Comissão de Eletricidade do Colégio de Engenheiros. Tal situação afeta muito o estado de Lara, longe de produzir a demanda solicitada. (El Nacional – Venezuela – 04.03.2016)
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5 Portugal: EDP critica enquadramento fiscal e regulação do setor
A EDP apontou uma bateria de críticas ao atual enquadramento fiscal e regulatório que penaliza o setor em Portugal. “A aposta em Portugal foi determinante nos últimos anos, vê-se por aquilo que é o peso do investimento nacional no total do esforço feito pela companhia, independentemente do seu esforço de diversificação, quer do ponto de vista de tecnologia, quer geográfico”, afirmou o presidente do grupo elétrico, António Mexia. E acrescentou: “O resultado deste ano é claramente afetado por um ano hidrológico, muito abaixo daquilo que é a média, mas também pela introdução de um conjunto de regras, muitas das quais não estavam lá quando foram tomadas as decisões e que penalizam o investimento em Portugal.” (Económico – Portugal – 04.03.2016)
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6 Venezuela: Sistema elétrico de Lara apresenta déficit de 650 MW
A demanda no estado está entre 750 e 800 MW, dos quais a produção local é de apenas 120 MW, dependendo assim, em grande parte, do Sistema Interconectado Nacional, que aporta 350 MW. A represa de Guri, que se encontra a ponto de chegar a estado crítico em relação aos níveis dos reservatórios, proporciona 17 mil MW quando trabalha em normalidade, enquanto que a demanda na Venezuela é de 19 mil MW, conforma explica Antonio Patiño, integrante da Comissão de Eletricidade do Colégio de Engenheiros. Tal situação afeta muito o estado de Lara, longe de produzir a demanda solicitada. (El Nacional – Venezuela – 04.03.2016)
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7 Investimento em energia limpa bate recorde em 2015
Os investimentos em energias renováveis no ano de 2015 somaram US$ 367 bi. Esse montante é 45% maior que os US$ 253 bi aportados em combustíveis fósseis nesse mesmo período. De acordo com o estudo A Year For The Record Books, elaborado pela Clean Energy Canada. Essa é a primeira vez que os países em desenvolvimento aplicam mais recursos em energia limpa do que as nações desenvolvidas alcançando US$ 167 bi contra US$ 162 bi, respectivamente. A China liderou os investimentos com US$ 110,5 bi. Esse valor supera a soma do segundo e terceiro colocados que são os Estados Unidos, com US$ 56 bi, e Japão, com US$ 46 bi. Em seguida aparece o Reino Unido com US$ 23,4 bi, e a Índia com US$ 10,9 bi. Já por fonte, a solar é a que mais atraiu recursos mundialmente com US$ 160 bi, seguida de perto pela eólica com US$ 110 bi. As grandes hidrelétricas, relatou o estudo, foram o destino de US$ 42 bi e a biomassa com US$ 41 bi. O estudo apontou que o custo da energia eólica nos EUA caiu 61% entre 2009 e 2015, já a solar apresentou queda de 82% nesse mesmo período. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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8 First Solar atinge eficiência de 22,1% com tecnologia de filme fino
A First Solar afirma ter chegado a uma eficiência de 22,1 % com células fotovoltaicas feitas de telureto de cádmio – tecnologia que representa hoje cerca de 5% do mercado global de energia solar. Para comparação, a linha comercial da companhia alcança uma eficiência de 16,4% na conversão da luz solar em energia. Em teoria, a eficiência máxima que poderia ser alcançada por células de telureto de cádmio ficaria acima de 30%. É um limite bastante acima do alcançado pela tecnologia convencional a base de silício, que fica entre 16% e 18%. A First Solar afirma ser a única grande fabricante de painéis solares de telureto de cádmio nos EUA e quer levar a eficiência dessa tecnologia para perto de seu limite, em escala comercial. “A diferença entre o que é teoricamente alcançável e o que está disponível tem sido bem grande. Nós estamos diminuindo essa diferença a um ritmo vertiginoso”, diz o chefe de Tecnologia da companhia, Raffi Garabedian. As células a telureto de cádmio são um tipo de tecnologia chamada de “filme fino”, que tem um bom desempenho em ambientes quentes e úmidos. A tecnologia demanda um volume menor de produtos para ser fabricada e o processo de manufatura é mais simples. “Silício monocritalino é o padrão, em termos de eficiência, para o mercado atual de energia solar. Mas o recorde de eficiência para essa tecnologia foi estabelecido em 1999, em um nível de cerca de 25%, onde permaneceu. No mesmo período, a tecnologia de telureto de sódio melhorou muito sua margem de eficiência”, comenta Garabedian. (Agência Brasil Energia – 04.03.2016)
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9 China lidera expansão da fonte hídrica em 2015
A China voltou a liderar a expansão da capacidade hídrica mundial. De acordo com um estudo da Associação Internacional da Hidroeletricidade (IHA, na sigla em inglês) o país asiático acrescentou 19,4 GW em novas usinas dessa fonte. No total foram reportados 33 GW de aumento na potência instalada em todo o mundo durante 2015. Com isso, há 1.211 GW em usinas hidrelétricas em operação sendo 320 GW somente na China. O avanço da China Three Gorges no Brasil foi um dos destaques apontados pela entidade. A CTG passou a ser a segunda maior geradora privada no país após o leilão que relicitou 28 usinas em novembro de 2015. A empresa arrematou as duas UHEs da Cesp – Ilha Solteira e Jupiá - que não tiveram o contrato de concessão renovados segundo a lei 12.783/2013. Segundo o executivo chefe da IHA, Ricardo Taylor, os mais recentes dados apurados pela entidade mostram que a fonte hídrica continua a apresentar um forte crescimento ao redor do mundo. Em sua análise essa tendência tem como uma de suas bases as metas climáticas definidas na COP 21 de Paris, encontro realizado em novembro do ano passado. Para o executivo, a fonte e seus usos múltiplos podem levar ao alcance das metas ambientais. A entidade também reportou o aumento em 2,5 GW de armazenamento bombeado para a geração de energia, que elevou a modalidade a somar 145 GW instalados. (Agência CanalEnergia – 04.03.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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