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IFE: nº 4.043 - 03 de março de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
PAC: governo executa R$ 63,6 bi em energia em 2015
2 Aneel publica valores da conta das bandeiras para janeiro
3 Aneel nega recurso sobre usinas excluídas do MRE
4 MCP: CCEE posterga liquidação financeira de fevereiro
5 Câmara aprova MP que concede isenções às distribuidoras para Olimpíadas e Paraolimpíadas
6 Ministério Público recomenda instalação de energia para acampamentos de sem-terra em RO

Empresas
1 BNDES fica com ações da Cemig
2 Casa dos Ventos tem interesse em ativos da Abengoa
3 Empresas de energia eólica avaliam trechos da Abengoa
4 Abengoa: Chefe de project finance do Santander pede atenção ao contexto macroeconômico
5 Eletrobras Distribuição Acre pagou parte dos valores em aberto na CCEE
6 Norte Energia instala rotor de 1.200 toneladas em Belo Monte
7 Lucro da EDP cresce 70,3% para R$ 1,265 bi em 2015
8 Eletronorte vai usar dirigíveis para monitoramento em LTs

9 Rafael Santana é novo presidente da GE para América Latina

Leilões
1 MME remarca para 29 de abril leilão de energia A¬5
2 CTG Brasil considera que leilão para mercado livre foi realizado com sucesso

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Consumo de energia em janeiro cai 5,9% ante igual mês de 2015, diz EPE
2 Números dos reservatórios pelo Brasil
3 Falha em transmissão deixa três estados sem energia

4 Preço de referência para energia volta a cair no Sudeste

5 CMSE diz que condições de suprimento de energia melhoraram

Energias Renováveis
1 Mudanças climáticas podem afetar geração de energia renovável
2 Geração eólica atrai financiamentos de bancos privados
3 Energia eólica vem ganhando destaque na matriz elétrica brasileira

4 Etanol chega ao limite da capacidade de produção, aponta ANP

5 JA Solar tem acordo de fornecimento de 300 MW no Brasil

6 JA Solar deve fazer parceria com empresas brasileiras

7 Executivo da JA Solar vê 250-300 MW/ano como condição ideal para viabilizar uma fábrica no Brasil

8 Bondinho economiza 2MWh/mês com painéis solares

9 Parques eólicos da Gestamp entram em operação comercial

Gás e Termelétricas
1 Aneel homologa revisão de custo de combustível da UTE Daia

Economia Brasileira
1 BC mantém taxa de juros em 14,25% pela quinta reunião consecutiva
2 Índice de Commodities do BC registra queda em fevereiro

3 PIB per capita cai 4,6% em 2015
4 Indústria paulista volta a crescer em janeiro após sete meses de recuo
5 Produção registra pior queda desde 2009, dizem analistas
6 Câmbio pressiona e provoca alta nos preços ao produtor
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: População será ressarcida por cortes não programados
2 Uruguai: Vestas recebe encomenda para central eólica
3 Portugal: Estratégia passa por eficiência energética e renováveis
4 Japão: Sobretensão elétrica causa avaria em reator recém ativado
5 China começará a construir sua primeira usina nuclear flutuante


Regulação e Reestruturação do Setor

1 PAC: governo executa R$ 63,6 bi em energia em 2015

O PAC em 2015 executou investimentos da ordem de R$ 251,7 bi, o que representa 24,2% do total previsto para o período 2015-2018 (R$ 1,04 tri). As obras entregues à população no ano passado somaram R$ 159,7 bi, o que representa 23,8% do previsto para o período 2015-2018 (R$ 672 bi), dos quais 63,6 bi foram para energia, R$ 91,2 bi para as áreas social e urbana e R$ 4,9 bi para logística. Segundo o novo balanço do PAC divulgado pelo Ministério do Planejamento nesta semana, foram acrescidos mais de 5.217 MW a matriz elétrica brasileira, com destaque para a conclusão de 108 (2.717 MW) novos parques eólicos. Também entraram em operação 1.578 quilômetros de linhas de transmissão e oito subestações. O programa Luz para Todos também contribuiu para o resultado ao executar 57.676 novas ligações em todo país no período, o que corresponde a 28% da meta estabelecida para o período 2015-2018. Atualmente o programa beneficia 3.258.086 famílias, ou cerca de 15,6 milhões de moradores em áreas rurais. Do total dos valores executados em 2015 pelo PAC, R$ 99,9 bi correspondem a valores de financiamento ao setor público, financiamento habitacional de imóveis novos e do programa Minha Casa, Minha Vida, R$ 55,8 bi das empresas estatais, R$ 47,3 bilhões do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social, R$ 45,4 bi do setor privado e R$ 3,3 bi de contrapartidas de estados e municípios. “Este resultado demonstra que uma expressiva parte do compromisso firmado foi cumprida com sucesso”, diz o secretário do PAC, Maurício Muniz. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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2 Aneel publica valores da conta das bandeiras para janeiro

A Aneel publicou , na edição de 2 de março, do Diário Oficial da União, os valores da Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias para fins da liquidação das operações do mercado de curto prazo na CCEE referente a janeiro. As 90 concessionárias e permissionárias de distribuição devedoras deverão repassará à conta das bandeiras R$ 338.414,83 até o dia 4 de março. Já as 8 distribuidoras credoras receberão até 8 de março R$ 5.193,70 sendo que esses valores serão creditados nas contas correntes vinculadas à liquidação das operações no MCP, após o rateio de eventual inadimplência. E, a CCEE receberá da conta de bandeiras R$ 1.000.386,83, relativo à previsão de custos administrativos, financeiros e eventuais encargos tributários para o ano de 2016 e não sujeito ao rateio de inadimplência. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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3 Aneel nega recurso sobre usinas excluídas do MRE

A Aneel manteve a decisão da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica sobre a sazonalização da garantia física de nove pequenas usinas que seriam excluídas do MRE a partir de janeiro de 2016. No recurso apresentado a Aneel, a Abragel afirma que a CCEE antecipou os efeitos do Despacho 3.264, que determinou a retirada dos empreendimentos do MRE. Em 18 de dezembro de 2015, a Abragel obteve liminar do juiz da 17ª Vara Federal de Brasília, que suspendeu o processo de exclusão de suas associadas, “até julgamento da demanda.” O desligamento do MRE aconteceu em razão do não atendimento pelas usinas das metas de geração previstas em norma da Aneel. Com o processo suspenso, a discussão passou a ser a forma de alocação da energia contratada ao longo de 2016, que deveria ter sido feita até 16 de dezembro de 2015. A associação que representa pequenas centrais hidrelétricas alegou que as empresas tiveram o acesso ao sistema CliqCCEE bloqueado e não conseguiram realizar o procedimento. A CCEE informou ter sido notificada da decisão judicial após a divulgação do Programa Mensal de Operação de janeiro, em 23 de dezembro. Por isso, teria decidido não reabrir prazo para a sazonalização e alocado a garantia física dos empreendimentos de acordo com o perfil das demais usinas participantes do MRE. No dia 30 de dezembro, o Conselho de Administração da Câmara determinou a manutenção, no mecanismo, dos empreendimentos beneficiados pela liminar, “enquanto vigorar a decisão judicial.” Na avaliação da Aneel, a solução adotada pela CCEE para atender a decisão judicial foi acertada, porque “a sazonalização pleiteada pela Abragel irá, ainda que marginalmente, impactar os resultados dos demais agentes setoriais participantes do MRE, tanto na eventual exposição quanto na alocação de energia secundária.” (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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4 MCP: CCEE posterga liquidação financeira de fevereiro

A CCEE decidiu em sua reunião do Conselho de Administração realizada nesta terça-feira, 1º de março, pela postergação da liquidação financeira das operações no mercado de curto prazo referentes a fevereiro. Assim como o ocorrido com o evento de janeiro, que deveria ser efetuado nos dias 8 e 9 de março, a câmara afirmou em comunicado que o motivo pelo adiamento são as tratativas decorrentes da repactuação do risco hidrológico nos termos da resolução normativa da Aneel nº 684/15. Até o momento não há previsão para a liquidação de janeiro. Apenas a de dezembro, que normalmente ocorre em fevereiro, está confirmada para a semana que vem, dia 7 para as operações de débito e 8 para as de crédito. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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5 Câmara aprova MP que concede isenções às distribuidoras para Olimpíadas e Paraolimpíadas

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 1º de março, a MP 693/15 que estende várias desonerações tributárias federais concedidas a equipamentos e materiais destinados às Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016 às distribuidoras responsáveis pelo suprimento temporário nas áreas dos jogos. A medida alcança as cidades do Rio de Janeiro, e as cidades-sede que terão partidas de futebol, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Manaus. Segundo o texto aprovado, o benefício atingirá obras de construção civil, elétrica e eletromecânica, inclusive sob regime de empreitada global, prestação de serviços, inclusive com o fornecimento de bens, equipamentos, partes e peças, prestação de serviços de operação dos sistemas de controle, gestão, monitoramento e supervisão do fornecimento de energia temporária, além de compra e aluguel de máquinas, equipamentos e materiais. A medida engloba a Cide-combustíveis, IPI, Confins-importação, Pis/Pasep-importação, adicional ao AFRMM, II, além do IRRF que incide sobre os valores pagos ou remetidos em virtude de prestação de serviços, fornecimento de bens ou alugueis. A matéria ainda precisa ser votada pelo Senado. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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6 Ministério Público recomenda instalação de energia para acampamentos de sem-terra em RO

O MPF em Rondônia recomendou à Eletrobras Distribuição Rondônia que implemente instalações de energia elétrica em três acampamentos de trabalhadores rurais sem-terra. Segundo o MPF/RO, a distribuidora terá que adotar com urgência providências para atendimento aos acampamentos Canaã, Raio de Sol e Renato Nathan, cujas obras estão em fase de conclusão. O MPF disse na recomendação considerar que a energia elétrica constitui um serviço público de natureza essencial, e e que a paralisação das obras no estágio em que se encontram pode causar prejuízos a todos os envolvidos. O órgão estabeleceu prazo de 10 dias para que a distribuidora apresente documentos que comprovem o cumprimento das recomendações. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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Empresas

1 BNDES fica com ações da Cemig

A Cemig está em meio a uma nova divisão acionária. O BNDES, por meio de seu braço de participações, o BNDESPar, passa a ter 12,9% do capital ordinário da empresa e 6,4% do capital total. O banco aumentou sua participação direta na estatal por meio de uma operação de troca de debêntures com o grupo Andrade Gutierrez. A operação estava prevista desde 2009, quando o banco de fomento e a Andrade Gutierrez firmaram um acordo que envolvia empréstimo e debêntures. "A permuta, efetivada a partir de comunicação enviada à AGC Energia [subsidiária do setor de energia da Andrade Gutierrez] em 25 de janeiro de 2016, permitirá à BNDESPar o recebimento das ações de emissão da Cemig em cinco dias úteis (03 de março 2016), conforme previsto na escritura de emissão das Debêntures Permutáveis." A nova fatia da companhia elétrica não dá necessariamente direito ao banco a indicar conselheiros no conselho de administração da Cemig. Mas, segundo uma pessoa que acompanha de perto a modificação, a intenção do banco é avaliar "no momento oportuno" se buscará indicar ou não conselheiros. A Cemig é uma das principais empresas do setor elétrico e tem como principal acionista o governo de Minas Gerais. Suas ações são negociadas na Bovespa e nas bolsas de Nova York e de Madri. (Valor Econômico – 03.03.2016)

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2 Casa dos Ventos tem interesse em ativos da Abengoa

A Casa dos Ventos se ofereceu para assumir alguns trechos de linhas de transmissão da Abengoa. A empresa se colocou à disposição do governo federal para “fazer parte da solução” no caso dos ativos da espanhola, que paralisou suas atividades no Brasil por causa das dificuldades financeiras que a levaram ao processo de pré-recuperação judicial na Espanha. A desenvolvedora de projetos eólicos participou de reunião com o MME, juntamente com outras geradoras de energia, e mostrou áreas mapeadas para futuros projetos eólicos que seriam impactados pela paralisação dos projetos da Abengoa. Entre as obras interrompidas pela espanhola está uma linha, prevista para entrar em operação em agosto próximo, que deve ser usada para conectar 1,2 MW da Casa dos Ventos. A empresa ainda tem projetos para mais 1,2 MW na região. “Nos dispusemos a fazer parte da solução, tentar colaborar, porque temos bons projetos lá e é uma das linhas mais avançadas da Abengoa”, disse o diretor de Desenvolvimento de Projetos da empresa, Lucas Araripe. Segundo ele, para assumir esse e potenciais outros ativos de interesse da empresa, seria necessária uma flexibilização dos contratos, para uma elevação da Receita Anual Permitida (RAP). “Todas as empresas transmissoras que avaliaram, nenhuma, nem chinesa, disse que queria assumir”, disse ele. Para assumir os ativos, no entanto, a Casa dos Ventos teria de fazer parceria com outras companhias. (O Estado de São Paulo – 02.03.2016)

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3 Empresas de energia eólica avaliam trechos da Abengoa

Segundo fontes do setor, outras empresas de energia eólica também estão avaliando os trechos da Abengoa. No total, nove lotes atraem esses investidores, até então focados na construção e geração de energia eólica. A ideia surgiu com a dificuldade do governo de licitar novas linhas de transmissão. Para irem a leilão, os parques eólicos precisam comprovar que tem conexão para colocar a energia na rede. O problema é que os novos projetos não tem essa comprovação, pois os trechos não foram construídos. Por isso, os empresários de energia eólica querem apresentar ao governo um projeto para que possam investir também em transmissão. Um estudo está sendo elaborado para ser entregue ao governo. Em relação aos ativos da Abengoa, ainda há algumas incertezas. Se algum investidor quiser assumir os ativos, como seria a transferência?, questiona uma fonte. “Seria feito um novo leilão ou seria feita uma autorização?” Há ainda a questão dos custos e dos prazos, que precisariam ser repactuados. Na terça-feira, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que há dois grupos estrangeiros interessados nos ativos da Abengoa no País, um deles seria a chinesa State Grid, que confirmou ter interesse nos ativos, mas disse que não fez uma proposta formal. “O que nós queremos é que a proposta que seja colocada para nós seja uma proposta viável. Estamos estudando e conversamos com dois interessados, que efetivamente manifestaram interesse, e estamos analisando se as propostas são viáveis e firmes no sentido de viabilizar a entrega das concessões no prazo estabelecido", afirmou o ministro. (O Estado de São Paulo – 02.03.2016)

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4 Abengoa: Chefe de project finance do Santander pede atenção ao contexto macroeconômico

O chefe de project finance do Santander, Diogo Berger, lembrou que quando a Abengoa participou e venceu os leilões, em 2013, 2014, o contexto macroeconômico era outro, com outro nível de taxa de juros, e a empresa disputou lotes importantes sozinha, oferecendo grandes descontos. “Por que alguém agora, em um contexto pior, vai assumir aqueles compromissos, ainda precisando fechar contrato de EPC, assumindo que não é uma construtora. O governo tem um problema”, disse. Araripe lembrou que as empresas espanholas atuantes no setor de transmissão brasileiro, como a Abengoa, têm foco na construção para a captura do retorno. “O governo está ciente que terá que passar por alguma flexibilização de tarifa ou RAP”, afirmou Araripe. “Se for pelo rito regulatório, vai ser muito complicado, esperar caducar, a Aneel entrar... Então estão tentando buscar uma solução”, completou. (O Estado de São Paulo – 02.03.2016)

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5 Eletrobras Distribuição Acre pagou parte dos valores em aberto na CCEE

A Eletrobras Distribuição Acre afirmou que caucionou os valores junto à CCEE, que em 23 de fevereiro, deliberou pelo desligamento da concessionária de distribuição de seu quadro de agentes pelo descumprimento de obrigações. A distribuidora estaria inadimplente nas liquidações do mercado de curto prazo referentes a setembro e novembro de 2015, liquidações de penalidades e multas de outubro e dezembro do ano passado e liquidação das cotas de energia nuclear de janeiro de 2016. De acordo com a concessionária da região Norte, “o fluxo de caixa da Eletrobras Distribuição Acre, nos últimos meses, teve que arcar com a compra de combustível para as usinas térmicas dos sistemas isolados, uma vez que houve atrasos nos repasses dos recursos da conta CCC. Isto prejudicou a Eletrobras Acre em honrar diversos compromissos financeiros, dentre os quais os da compra de energia”. A Eletrobras, controladora da distribuidora, é a responsável pelo repasse desses recursos. Segundo os cálculos da concessionária, o valor total que deveria ser liquidado com a contabilização do mercado de curto prazo na CCEE, relativa aos meses de outubro e novembro do ano passado somava R$ 7,656 mi. Desse montante, após a liquidação ocorrida em 10 de fevereiro foram caucionados R$ 7,542 mi, restando ainda pouco mais de R$ 113 mil para completar essa operação. A perspectiva é de que esses valores deverão ser depositados antes da próxima operação de liquidação, que deverá ocorrer na semana que vem, referente ao mês de dezembro. A empresa explicou ainda, em nota enviada à Agência CanalEnergia, que também foram aportados R$ 87.794,01 para a quitação das penalidades relativas a essa inadimplência. Contudo, a empresa admite que ainda há um valor de R$ 2,140 mi em aberto relativo às contas de energia que, “deverá ser equacionado o mais breve possível, em função do fluxo de caixa da Eletrobras Distribuição Acre”. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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6 Norte Energia instala rotor de 1.200 toneladas em Belo Monte

A Norte Energia realizou mais uma etapa na montagem dos equipamentos eletromecânicos da hidrelétrica Belo Monte. Nessa semana, a companhia posicionou o rotor do gerador de 1.200 toneladas na unidade geradora nº 2, da Casa de Força Principal do empreendimento. O rotor do gerador é um conjunto de equipamentos fundamentais para a geração de energia em uma hidrelétrica. Antes dele, a Norte Energia instalou o rotor da turbina, em janeiro passado. A peça de 320 toneladas transformará a força da água do Rio Xingu em energia mecânica, que será transmitida pelo eixo da turbina, até chegar ao do rotor do gerador. É dele, junto com o estator, o trabalho de converter energia mecânica em energia elétrica. A Norte Energia se prepara para ativar a Unidade Geradora 01 neste mês de março, inaugurando, assim, a geração comercial da maior hidrelétrica 100% nacional. A previsão é que a segunda turbina da Casa de Força Principal comece a operar no mês de maio, conforme o cronograma estabelecido em contrato de geração com a Aneel. Em 2019, Belo Monte terá potência instalada de 11.233,1 MW, quando estiver em plena operação com as casas de força Principal e Complementar em funcionamento. A energia gerada atenderá 60 milhões de pessoas em 17 estados brasileiros. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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7 Lucro da EDP cresce 70,3% para R$ 1,265 bi em 2015

A EDP Brasil registrou alta de 70,3% no lucro líquido de 2015, que alcançou R$ 1,265 bi, sobre o ano anterior, que havia sido de R$ 743,5 mi. No quarto trimestre, o resultado cresceu 20,7% para R$ 383,055 mi. O ebtida da companhia cresceu 56,8% no ano para R$ 3 bi e no quarto trimestre, a alta ficou em 3,3% para R$ 785,280 mi. O resultado é explicado pela consolidação da térmica Pecém I, do menor impacto com GSF, do impacto da repactuação do risco hidrológico, do aumento do VNR das distribuidoras e do ganho contábil da venda da EDP Renováveis Brasil. Além disso, segundo a EDP, houve menor contabilização de ativo financeiro setorial no quarto trimestre. Em relação ao GSF, o impacto no ano passado ficou em R$ 388,7 mi, menor que os R$ 491,7 mi de 2014. No quarto trimestre, o impacto ficou em R$ 19,4 mi, bem menor que os R$ 176,1 mi de igual período anterior. Já, a receita líquida da EDP ficou em R$ 10,107 bi, com alta de 13,6% no ano. No quarto trimestre, houve queda de 10,7% para R$ 2,513 bi. Os investimentos aumentaram 12,7% para R$ 420,417 mi no ano passado. No quarto trimestre, a alta foi mais forte de 111,3% para R$ 174,144 mi. A dívida líquida da empresa cresceu 99% para R$ 5,036 bi. A proposta de distribuição de dividendos a ser apreciada pela Assembleia Geral Ordinária é de R$ 302,8 mi. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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8 Eletronorte vai usar dirigíveis para monitoramento em LTs

A Airship do Brasil (ADB), de São Carlos-SP, está construindo um modelo protótipo tripulado de balões dirigíveis que a Eletronorte passará a usar para manutenção, inspeção e construção de linhas de transmissão. O dirigível piloto de menor porte acomoda seis pessoas e começará a ser testado com voos ainda neste ano, quando será avaliado pela Anac. Para essa etapa, a ADB já recebeu R$ 3 mi da estatal, que reservou para o projeto R$ 40 mi em recursos provenientes do programa de P&D da Aneel. Depois dessa fase piloto, a empresa tem contrato assinado de mais R$ 30 mi para fornecer a partir de maio de 2018 sete dirigíveis em escala real para a Eletronorte. O dirigível a gás hélio – com nome técnico LTA (lighter than air, mais leve do que o ar) – terá 130 metros de comprimento e 35 m de diâmetro e 50 m de altura, com autonomia de voo de 20 dias e capacidade para transportar 30 toneladas. Segundo a ADB, o dirigível (modelo ADB-3-30E) será voltado para inspeção, manutenção, construção de linhas de transmissão elétrica e também atenderá necessidades logísticas em localidades sem infraestrutura para outros modais de transporte, como as regiões amazônicas, onde a Eletronorte poderá contar com uma plataforma aérea para suas operações. A ADB é uma sociedade entre os grupos Engevix e Bertolini. Sua fábrica em São Carlos foi inaugurada em maio de 2015, um investimento total de R$ 200 mi. Para o desenvolvimento dos dirigíveis, a empresa contou com financiamento de R$ 102 mi do BNDES. O contrato com a Eletronorte foi dispensado de licitação porque a empresa era a única nacional (como é exigido no programa da Aneel) habilitada para o fornecimento. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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9 Rafael Santana é novo presidente da GE para América Latina

Rafael Santana é o novo presidente da GE para a América Latina. Santana trabalha na GE há 16 anos e já ocupou uma série de cargos de liderança locais e globais dentro da companhia e de suas subsidiárias, como na GE Power e na GE Oil & Gas. Formado em Engenharia Civil pela UFMG. Santana começou sua carreira na GE Transportation em 2000 e, desde então, passou por diversas áreas na empresa, especialmente nos setores de energia elétrica e óleo & gás. Antes de ingressar na GE, Rafael trabalhou na ExxonMobil e na British American Tobacco. Desde 2013, o executivo ocupava o cargo de presidente da divisão Turbomachinery Solutions da GE Oil & Gas, baseado em Florença, na Itália. Na sua nova atividade, Santana ficará em São Paulo-SP. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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Leilões

1 MME remarca para 29 de abril leilão de energia A¬5

O MME remarcou para 29 de abril o leilão de energia do tipo “A¬5”, que negocia contratos com início de fornecimento dentro de cinco anos (2021), de acordo com portaria publicada nesta quarta¬feira no Diário Oficial da União. Na última segunda¬feira, dia 29, a pasta havia confirmado ao Valor que adiaria o certame, de 31 de março para o fim de abril. Na ocasião, o MME explicou que o motivo do adiamento é permitir que o leilão ocorra apenas após a primeira etapa do leilão de linhas de transmissão, marcado para 13 de abril e no qual serão ofertados empreendimentos necessários para o escoamento da energia de usinas inscritas para o A¬5. Este foi o terceiro adiamento do certame. De acordo com a EPE, estão inscritos 1.055 empreendimentos para o leilão A¬5, totalizando 47.618 MW de capacidade instalada. Desse total, a maior parte, 864 projetos (21.232 MW), são de fonte eólica. (Valor Econômico – 02.03.2016)

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2 CTG Brasil considera que leilão para mercado livre foi realizado com sucesso

A CTG Brasil informou nesta quarta-feira (2/3) que o primeiro leilão para o mercado livre, que ocorreu na última terça-feira (1/3), foi realizado com sucesso. A empresa ofertou três produtos, com duração de contratos entre três e 12 anos, a partir da geração das usinas Jupiá e Ilha Solteira, arrematadas no ano passado no leilão de hidrelétricas com concessão vencida. O leilão liberava a negociação de até 30% da energia no mercado livre. A CTG Brasil não divulgou números, por motivos estratégicos, mas informou que a empresa pôde atender o volume de venda desejado. "Como a empresa já esperava, houve interesse dos principais players no mercado, confirmando que a aquisição das duas usinas representa mais um importante passo nos planos da CTG Brasil de se tornar uma empresa de relevância no mercado brasileiro de energia limpa", disse a CTG Brasil. Jupiá e Ilha Solteira, juntas, somam quase 5 mil MW de capacidade instalada. De acordo com o edital, a assinatura dos contratos será realizada na próxima sexta-feira (4/3). (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Consumo de energia em janeiro cai 5,9% ante igual mês de 2015, diz EPE

O consumo de energia no Brasil em janeiro totalizou 38.214 gigawatts¬hora, volume 5,9% menor que o registrado em igual período do ano passado, de acordo com relatório divulgado nesta terça¬feira pela EPE. Segundo a estatal, o resultado foi influenciado pela queda “acentuada” do consumo da classe industrial, na mesma comparação, de 9,3%, “a mais alta registrada desde o ano de 2010”. A EPE destacou que, na série dessazonalizada, a retração foi de 3,7%, terceira consecutiva e a também a maior desde 2010. As classes residencial e comercial também contribuíram para o resultado negativo no mês, com recuos de e 5,4% e 3,7%, respectivamente. “Temperaturas mais amenas, verão mais chuvoso, além da deterioração do cenário econômico, foram os fatores que influenciaram o comportamento observado nestas classes [residencial e comercial] principalmente nas regiões Sul e Sudeste”, informou a EPE. A estatal de estudos energéticos informou que o setor de extração de minerais metálicos, um dos poucos que sustentaram avanços no consumo no ano passado, vem exibindo quedas desde novembro, atingindo ¬20,3% em janeiro, em relação a igual período de 2015. O resultado, de acordo com a EPE, pode ser atribuído ao desastre ambiental em Mariana (MG), aos baixos preços dos minérios no mercado internacional e à menor atividade dos setores que utilizam o minério como matéria¬prima. Na área residencial, a EPE ressaltou que, há um ano, o consumo de eletricidade nas residências registrava crescimento de 6%, seguindo tendências de períodos anteriores. “No decorrer de 2015, contudo, a deterioração do cenário econômico atrelada ao aumento das tarifas de energia elétrica ocasionaram a desaceleração do consumo”, completou a empresa. Com relação ao setor de comércio, a EPE destacou que a queda reflete a recessão econômica. (Valor Econômico – 02.03.2016)

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2 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste começaram o mês de março em alta em relação ao último dia de fevereiro. Segundo o ONS, na última terça-feira, 1º, a região estava com 51,1% da capacidade, alta de 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada ficou em 103.631 MW mês no dia. A energia afluente armazenável está em 69% da média de longo termo. A hidrelétrica de Furnas está com 62,65% da capacidade e Nova Ponte, com 32,5%. A região em fevereiro terminou o mês na melhor posição desde 2012, 50,89%, ante 80,13%. Em relação ao ano passado, o nível mais que dobrou sobre os 20,42% registrados então. No Nordeste, houve alta de 0,1% no armazenamento dos reservatórios, que chegaram a 31,9% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 16.524 MW mês. Já a ENA armazenável está em 41% da média histórica. A usina de Sobradinho está com 30,78% da capacidade. A região se recuperou em fevereiro em relação a 2015, ficando com 31,83% contra 18,13%, mas ainda abaixo de 2014, quando tinha 42,2% A região Sul continua registrando o melhor armazenamento com 95,2% da capacidade, e alta de 0,1% sobre o dia anterior. A energia armazenada no dia ficou em 18.997 MW mês. A ENA armazenável está em 181% da MLT. A usina G.B.Munhoz está com 99,03% da capacidade e Salto Santiago, com 99,09%. A região teve em fevereiro o melhor nível de armazenamento desde 2010, quando ficou com 97,14%. O nível de 95,12% registrado mês passado é bem superior aos 50,81% fechados em fevereiro de 2015. Os reservatórios da região Norte subiram 0,3% para 43,4% da capacidade. A energia armazenada ficou em 6.521 MW mês no dia. A ENA armazenável está em 43% da média. A hidrelétrica de Tucuruí está com 57,23% da capacidade. A região Norte teve uma leve recuperação em comparação ao ano passado em fevereiro, 43,08% ante 38,58%. O nível continua abaixo do registrado em 2014, de 80,9%. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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3 Falha em transmissão deixa três estados sem energia

Uma falha no sistema de transmissão da Vila do Conde Transmissora de Energia (VCTE) causou a saída do sistema da Subestação de Tucuruí, da Eletronorte, afetando consumidores dos estados do Pará, Amazonas e parte do Amapá na manhã desta quarta-feira (2/3). De acordo com o ONS, o problema ocorreu em um transformador de corrente da linha de transmissão em 500 kV Tucuruí/Vila do Conde, circuito 3, de sua propriedade, na barra de 500 kV da usina de Tucuruí. A falha desativou 2.990 MW em quatro estados. As causas do dano nos equipamentos ainda estão sendo apuradas pelas instituições envolvidas, segundo a Celpa, em nota. A distribuidora informou que parte do Maranhão também ficou sem energia, mas no comunicado do ONS não havia tal informação. Ainda de acordo com o ONS, por atuação do sistema de proteção, a usina hidrelétrica de Tucuruí foi automaticamente desligada. Na sequência, foram desligadas linhas de transmissão em 230kV e 500kV da área Pará e o desligamento do chamado Tramo Oeste. Com isso, parte da região Norte foi desconectada do restante do SIN. A falha retirou 2.450 MW do Pará, de 400 MW no Amazonas, mais especificamente na capital, Manaus, e de 140 MW em Macapá. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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4 Preço de referência para energia volta a cair no Sudeste

O preço de referência para contratos de energia elétrica do submercado Sudeste/Centro-Oeste caiu 2,49% na semana, enquanto os índices de longo prazo permaneceram estáveis, de acordo com a consultoria Dcide. O valor, referente ao trimestre de março a maio de 2016, foi fixado em R$ 58,36/MWh. Em relação às bases mensal e anual, o índice trimestral registrou, respectivamente, alta de 0,24% e baixa de 84,93%. A análise foi publicada nesta quarta-feira (3/2) no Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela Dcide. A fonte convencional de longo prazo, para fornecimento entre 2017 e 2020, apresentou uma leve variação negativa na semana, de 0,31%. O valor, de R$ 121,38/MWh, é 5,22% inferior ao registrado no mês anterior e 42,26% no ano. O documento tem como base os dados fornecidos por 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela Dcide. As curvas de preço apuradas são validadas por um modelo matemático, que elimina as distorções, e por um comitê. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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5 CMSE diz que condições de suprimento de energia melhoraram

O CMSE divulgou no dia 2 de março que as condições de suprimento de energia do SIN melhoraram em relação ao mês anterior e o risco de deficit de energia nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste continua sendo zero. Em março do ano passado, o risco de deficit de energia estava em 6,1% para as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Segundo o grupo, que reúne técnicos do setor elétrico do governo, o SIN tem sobra estrutural de energia elétrica de 12.899 megawatts (MW) médios para atender a carga prevista. De acordo com o comitê, em 2016 entraram em operação 1.463 MW do total de 7.223 MW de capacidade de geração previstos para o ano. A previsão do comitê é que os níveis de armazenamento dos reservatórios das regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Norte, atingiriam, no final de março, valores da ordem de 57%, 34%, 85% e 57% respectivamente. (Agência Brasil – 02.03.2016)

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Energias Renováveis

1 Mudanças climáticas podem afetar geração de energia renovável

Todas as fontes renováveis de energia estarão, em graus variáveis, vulneráveis à mudança do clima. Em cenários de clima extremo, com aumentos de temperatura acima de 4°C neste século, a energia hidrelétrica no Brasil sofrerá pela menor vazão dos rios, assim como eólica, solar e biomassa. O país pode ingressar em um ciclo vicioso, recorrendo a fontes energéticas fósseis que alimentam o problema. Esta visão é de Roberto Schaeffer, da Coppe/UFRJ, especialista em energia e um dos autores do estudo "Riscos de Mudanças Climáticas no Brasil e Limites à Adaptação", divulgado ontem. Coordenado pelos climatologistas Carlos Nobre e José Marengo e realizado com apoio da Embaixada do Reino Unido, o estudo analisou impactos em saúde, agricultura, biodiversidade e energia no Brasil em cenários de aumento de temperatura de mais de 4°C. Neste quadro, o déficit no atendimento da demanda elétrica no Brasil se tornará praticamente inevitável. O sistema também será mais pressionado pela demanda, com maior necessidade do uso de ar-¬condicionado, por exemplo. O Brasil, que produz 80% de sua energia elétrica com base na hidroeletricidade, fica muito vulnerável à mudança do clima, diz Schaeffer. "Cenários de menos de 4°C já causam muito impacto", reforça. Estudos contratados pela extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) indicam que a mudança do clima e a mudança no regime de chuvas podem fazer com que as bacias brasileiras tenham vazão de 40% a 60% mais baixas, com perda de capacidade de geração de energia de 25%. "O planejamento energético parte do pressuposto que o clima é estacionário, o que não é verdade", disse. "Qualquer projeto de hidrelétrica no mundo que tenha dinheiro do Banco Mundial tem de considerar cenários de mudança climática. O banco quer saber se vai emprestar para uma obra que talvez não tenha como retornar o empréstimo." No caso de temperaturas extremas há impactos no padrão dos ventos e a probabilidade de mais nuvens afeta a geração de energia solar. A produção de cana também é muito vulnerável e, por consequência, a eletricidade gerada por biomassa. Schaeffer teme que esse quadro esconda uma armadilha. "Se o Brasil recorrer mais a fontes renováveis pode ficar mais vulnerável e, para se proteger, voltar¬se mais às fontes fósseis", disse. "O setor elétrico terá que mudar sua cara, depender menos de hidrelétrica e, perversamente, talvez optar pelas térmicas a gás. Há uma tendência do setor energético de aumentar muito suas emissões para lidar com o problema", disse. O estudo revelou os principais riscos para o Brasil no caso de a elevação da temperatura superar os 4°C: queda de produtividade entre 20% e 81% em culturas como arroz, feijão e soja; possibilidade de o mosquito Aedes aegypti encontrar condições ainda mais favoráveis para se disseminar e aumento da extinção em 25%. "Há limites para a adaptação à mudança do clima", disse Carlos Nobre. "A principal mensagem deste estudo é tomarmos medidas já para evitar chegar a esta situação." (Valor Econômico – 03.03.2016)

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2 Geração eólica atrai financiamentos de bancos privados

Os financiamentos de projetos no segmento de energia devem chegar ao fim de 2016 representando 50% da carteira do Santander Brasil, afirmou Diogo Berger, chefe do setor de "project finance" do banco. Dentro dos esforços na área de energia, a fonte eólica é "o foco do foco" do banco, e deve chegar a 70% a 75% dos financiamentos previstos para o ano. Só a Casa dos Ventos, desenvolvedora de projetos de energia eólica pertencente à família do empresário cearense Mário Araripe, deve fazer três emissões de debêntures de infraestrutura neste ano, somando R$ 500 mi, disse Ivan Hong, diretor financeiro da empresa. As declarações foram feitas em uma conversa com a imprensa no contexto do 2º Encontro de Energia Eólica do Santander. "É uma fonte muito segura. O Brasil tem inclusive características melhores do que outros países, e, mesmo quando comparamos com outros negócios de infraestrutura ou outras matrizes de energia no país, vemos o risco muito mitigado na matriz eólica", disse Berger. "É uma composição que nos faz crer que é um negócio muito bom", completou. De acordo com Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos e filho de Mário, a empresa fez duas emissões desse tipo no ano passado, que somaram cerca de R$ 200 mi. Desde o fim de 2014, quando foram viabilizadas as emissões de debêntures de infraestrutura, foram realizadas apenas quatro delas, incluindo as duas feitas pela Casa dos Ventos. "É um mercado importante, o BNDES tem reduzido as garantias, então essa é uma fonte adicional", afirmou Diogo Berger, chefe do setor de "project finance" do banco Santander se referindo às emissões, que contam com benefícios como isenções fiscais. O banco estatal de desenvolvimento reduziu o volume de crédito concedido para essas operações ao mesmo tempo em que houve um aumento do custo das emissões, afirmou Hong. "O custo flutuou pra cima, as emissões acabaram custando mais", disse. Segundo Hong, outro fator que aumentou o preço é o interesse do mercado, pois os investidores estão mais conservadores, demandando spreads maiores. "São duas componentes que têm feito o custo das debêntures subir", afirmou Hong. A avaliação se vale ou não a pena fazer as emissões cabe a cada projeto, disse ele. A Casa dos Ventos emitiu no volume esperado no ano passado, o que, de acordo com Araripe, aconteceu pelo fato de os projetos serem "robustos", reduzindo o risco. Hoje, as debêntures de infraestrutura estão compondo um total de 10% a 15% do total dos investimentos da Casa dos Ventos. "De um tempo pra cá, houve uma redução do BNDES, então isso ajuda a complementar", explicou. A questão da transmissão de energia e dos projetos em atraso é um risco para o interesse dos investidores no setor de energia eólica. "Há alguns parques eólicos afetados e tem potencial efeito nos próximos leilões", disse Berger. Para ele, a Casa dos Ventos, por ter um volume grande de projetos, pode ser beneficiada pelo cenário. "Eventualmente os parques deles podem ter um valor ainda maior do que teriam num contexto de normalidade", disse. "Temos projetos que conectaríamos em pontos já existentes da rede, isso foi critério para o lance. Isso também vale para o futuro, como temos opções de projetos em diferentes áreas, vamos escolher projetos que tenham esse risco mitigado", disse Araripe. (Valor Econômico – 03.03.2016)

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3 Energia eólica vem ganhando destaque na matriz elétrica brasileira

O setor de energia é, dentre as áreas de infraestrutura, o que está mais bem regulado no País. Mas, apesar de ser um setor bastante atrativo, ainda há muitos desafios, sobretudo no conceito de energia renovável complementar. A avaliação foi feita por Elbia Gannoum, presidente-executiva da ABEEólica, que falou sobre o tema energia eólica e segurança na oferta de energia, no Fórum Estadão que ocorre na manhã desta quarta-feira, 2, em São Paulo. Segundo Elbia, a maior fonte de energia utilizada no País é proveniente de hidrelétricas. E citou que em razão da tecnologia e inovação, apesar dos desafios, a energia eólica vem ganhando destaque na matriz elétrica. "O Brasil possui o melhor vento do mundo para a produção de energia eólica e se destaca como grande investidor nesse setor", destacou a presidente executiva da ABEEólica. Em 2014, o Brasil passou para o top 10 dos países em capacidade instalada e no ano passado a utilização dessa fonte de energia na matriz brasileira foi de 5,5%. Assim, o Brasil foi o quarto país que mais investiu em fontes eólicas e o que mais cresceu em termos porcentuais. E também em 2015, pelo segundo ano consecutivo, o Brasil foi a segunda nação mais atrativa em fontes eólicas, logo atrás da China, segundo estudo do Banco Mundial. Um dos atrativos é justamente o aparato regulatório, informou Elbia Gannoum. Segundo ela, o Brasil é pioneiro na contratação de leilões neste setor. E em termos de geração do setor, o País já está perto de uma usina de Belo Monte. "Pelas avaliações do mercado, em 2020 já seremos a segunda fonte de energia da matriz elétrica nacional", exemplificou. (O Estado de São Paulo – 02.03.2016)

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4 Etanol chega ao limite da capacidade de produção, aponta ANP

O aumento de 20% no consumo de etanol em 2015 levou o combustível a ficar no “limite da capacidade de produção”, apontou a ANP. Em safras que giram em torno dos 30 milhões de m³/ano, a demanda no ano passado ficou em 28,79 milhões de m³, somada a cerca de 1,35 milhão de m³ em exportação, fora reservas industriais. “Está dada a nossa capacidade de ofertar etanol no país. Acima disso, só com investimentos em ampliação ou com novas tecnologias de produção”, ressaltou o superintendente adjunto de Abastecimento da ANP, Rubens Freitas, em seminário sobre o mercado de combustíveis, nesta quarta-feira (2/3). O consumo interno de etanol foi puxado especialmente pelo hidratado, que subiu 37,5%, de 12,99 milhões de m³ em 2014 para os atuais 17,86 milhões de m³. A alta compensou a queda de 1,4% no consumo do anidro, de 11,09 milhões de m³ para 10,93 milhões de m³. A retração do anidro está associada à queda do consumo da gasolina. Entre os fatores que contribuíram para o avanço geral da fonte estão o retorno da Cide, aumento nos custos da gasolina, baixa rentabilidade do açúcar e subsídios estaduais. “Os cinco estados que mais consomem etanol no Brasil, o que dá 85% do mercado, têm tributação de ICMS incentivando o combustível”, afirmou Freitas. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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5 JA Solar tem acordo de fornecimento de 300 MW no Brasil

A JA Solar, fabricante chinesa de painéis solares, tem um acordo de fornecimento de cerca de 300 MW para um projeto vendido no leilão de energia de reserva de 2014, o primeiro a contratar energia fotovoltaica para o mercado regulado. A informação é do gerente geral da companhia para o Brasil, Claudio Loureiro. Os equipamentos deverão ser importados. Embora o executivo não revele para quem a companhia entregará os painéis, não são muitas as opções: apenas a EGP, que vendeu 210 MW, e a Elecnor, que vendeu outros 270 MW (através da subsidiária Lintran), negociaram projetos tão grandes no LER de 2014. “Quanto aos leilões de 2015, ainda não tem nada definido. As negociações começaram após o carnaval. Muitos ganhadores estão ainda definindo a engenharia financeira dos projetos, ainda buscando alternativas entre módulos fotovoltaicos (importados ou nacionais)”, comenta Loureiro. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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6 JA Solar deve fazer parceria com empresas brasileiras

A companhia JA Solar, que estuda o mercado brasileiro à aproximadamente um ano e meio, ainda não definiu se terá ou não uma produção local para atender as regras de nacionalização do BNDES. Contudo, a JA Solar, a exemplo do que pretende fazer a também chinesa Canadian Solar, enxerga na parceria com empresas brasileiras uma possível solução para viabilizar uma fábrica brasileira. De acordo com o gerente geral da companhia para o Brasil, Claudio Loureiro, o cenário de contratação em leilões e a expectativa de crescimento da geração distribuída – ou seja, a sinalização de mercado –, além do aumento das tarifas, fazem com que investir em uma unidade no Brasil tenha sentido econômico. “Mas são poucos fabricantes de equipamentos que vêem essa oportunidade: não conhecem o Brasil, nossa estrutura tributaria mais complexa, papelagem de BNDES. É muito difícil tomar a decisão de vir sozinho com a cara e a coragem”, pondera. Por isto, explica Loureiro, criar uma joint venture com uma empresa brasileira e iniciar a produção dos equipamentos com um sócio que já tenha experiência no país facilitaria muito a entrada de um fabricante de “primeira linha”. “Um parceiro com conhecimento do mercado brasileiro, que representam um ganho operacional”, comenta o executivo. Há também a possibilidade de terceirizar a produção, aponta o executivo, com a contratação de uma empresa que fará a manufatura dos produtos de acordo com as especificações do cliente. “Nestes casos, o investimento na manufatura não é feito pelo dono da tecnologia”, explica Loureiro. Essas opções, para o executivo, também devem estar sendo estudadas por outras grandes fabricantes de painéis interessadas em produzir no país. “Nenhuma das “top cinco” vai fazer um investimento sozinha, acho muito difícil isso acontecer”, diz o executivo. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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7 Executivo da JA Solar vê 250-300 MW/ano como condição ideal para viabilizar uma fábrica no Brasil

Quando inquirido sobre qual seria a capacidade produtiva sustentável de uma fábrica de painéis no Brasil, o gerente geral da companhia para o Brasil, Claudio Loureiro, preferiu se posicionar como executivo do setor – o executivo também já foi gerente geral da Canadian Solar – e não pela JA Solar. A percepção do executivo é de que, em qualquer uma das alternativas (em parceria ou não), um volume de 250 MW/ano a 300 MW/ano seria a condição ideal para viabilizar uma fábrica no país. “Mais do que isso será tomar um risco: não necessariamente vai conseguir colocar o produto no mercado. E abaixo disso fica pressionado por demanda interna”, projeta. Loureiro calcula que, para entregar uma unidade com essa capacidade, seria necessário um investimento da ordem de US$ 30 milhões a US$ 40 milhões. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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8 Bondinho economiza 2MWh/mês com painéis solares

O Bondinho do Pão de Açúcar, famoso ponto turístico da cidade do Rio de Janeiro-RJ, registrou uma economia de 2 MWh por mês com o uso de 42 painéis fotovoltaicos instalados na Estação III do teleférico. O equipamento foi fornecido pela Panasonic. O volume economizado é suficiente para atender ao consumo de energia elétrica de dez famílias brasileiras, de acordo com dados da EPE. Com os bons resultados encontrados, a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar (CCAPA), empresa que administra o teleférico, anunciou que fará investimentos em outros projetos de energia renovável nos próximos anos. Um desses projetos, iniciado há seis meses, prevê a instalação de painéis solares para o aquecimento da água utilizada por um dos restaurantes do Morro da Urca. De acordo com a CCAPA, o aquecimento da água será feito de forma contínua durante o dia, inclusive durante períodos nublados, com baixa luminosidade. (Agência Brasil Energia – 02.03.2016)

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9 Parques eólicos da Gestamp entram em operação comercial

A Aneel autorizou a operação comercial de três parques eólicos da Gestamp, conforme despachos publicados no DOU desta quarta-feira, 2 de março. Os empreendimentos denominados Serra de Santana I, II e III somam 80 MW de capacidade instalada e estão instalados nos municípios de Lagoa Nova-RN e Bodó-RN. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Aneel homologa revisão de custo de combustível da UTE Daia

A Aneel homologou a parcela do Custo de Combustível do CVU para a UTE Daia de forma retroativa, já considerados os efeitos da aplicação dos ajustes definidos no despacho no 249/2015. Além disso, decidiu homologar também o valor de R$ 21,66 a ser adicionado à parcela do custo de combustível a partir de maio de 2015, antes da aplicação dos efeitos do referido despacho da agência reguladora. Com isso, a Aneel determinou que a CCEE recalcule o CVU da térmica e proceda à apuração das receitas de venda dos CCEARs firmados pela usina e efetue a recontabilização com atualização monetária. (Agência CanalEnergia – 02.03.2016)

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Economia Brasileira

1 BC mantém taxa de juros em 14,25% pela quinta reunião consecutiva

Com inflação em alta e recessão maior, o BC decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) estável em 14,25% ao ano. A decisão, tomada na noite desta quarta-feira pela autoridade monetária, não foi unânime: seis diretores votaram a favor da manutenção e dois pela elevação da taxa. Desde julho do ano passado, o Copom não altera a política de controle de preços no país. Na prática, essa é a quinta reunião consecutiva em que a taxa permanece inalterada. Apesar de a inflação oficial, o IPCA, acumular uma alta de 10,84% nos últimos 12 meses (muito acima do teto da meta de 6,5% para este ano), os diretores do BC julgaram que não há espaço para mais aperto nos juros por causa da crise econômica. No início do ano, o Copom até sinalizou que apertaria a política monetária. Apenas um dia antes da reunião do colegiado em janeiro, o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, soltou um comunicado nada convencional para comentar previsões do FMI. Era um pretexto para avisar que o plano de voo tinha mudado e que não haveria alta dos juros. Com um cenário pior de crise econômica, os analistas diminuíram suas previsões para o IPCA em 2016. De acordo com a pesquisa semanal que o BC faz com as principais instituições financeiras, a expectativa passou de 7,62% para 7,57% no início desta semana. Foi a primeira queda em 12 semanas. É um efeito do desligamento de termelétricas e de baixa na conta de luz. (O Globo – 02.03.2016)

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2 Índice de Commodities do BC registra queda em fevereiro

As matérias-primas que têm influência sobre a inflação brasileira apresentaram a primeira queda mensal desde novembro do ano passado. Pelos cálculos do BC, o Índice de Commodities Brasil (IC¬Br) caiu 1,48% no mês passado, após alta de 2,98% em janeiro. No ano, no entanto, o índice tem alta de 1,45% e sobe 23,72% em 12 meses. O indicador é construído partindo dos preços das commodities agrícolas, metálicas e energéticas convertido para reais. Seu equivalente internacional, o “Commodity Research Bureau” (CRB), mostrou variação positiva de 0,03% em fevereiro, e sobe 29,17% em 12 meses. Entre os três subgrupos que compõem o IC¬Br, o de commodities agropecuárias (carne de boi, carne de porco, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café e arroz) mostrou queda de 2,97% no mês, após alta de 4,05% em janeiro. Em 12 meses, subiu 28,85% Houve alta no preço das commodities metálicas (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo e níquel), que avançaram 4,89% em fevereiro, vindo de valorização de 1,95% em janeiro. Em 12 meses, a valorização está em 17,25%. As commodities energéticas (petróleo Brent, gás natural e carvão) mostraram leve alta de 0,08% no mês, após queda de 3,85% em janeiro. Em 12 meses, os preços recuam 2,09%. Observando o comportamento da média móvel trimestral, indicador mais utilizado para captar tendência, o IC¬Br aponta alta de 0,9% em fevereiro, após queda de 0,45% em janeiro. (Valor Econômico – 02.03.2016)

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3 PIB per capita cai 4,6% em 2015

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 5,9 tri no ano passado, o que gerou um PIB per capita de R$ 28.876. O valor das riquezas nacionais por habitante teve uma queda de 4,6% em 2015, na comparação com 2014. O valor per capita representa a divisão do PIB do país por seus habitantes. Para o cálculo de 2015, foi considerada a produção de R$ 5,9 tri e uma população de 204,4 milhões de pessoas. O PIB total diminiu 3,8% em 2015, em relação ao ano anterior, a maior queda da atual série histórica, iniciada em 1996. Tomando-¬se as demais séries, foi o pior resultado desde 1990, quando a atividade econômica do país recuou 4,3%. Em 2014, o PIB havia ficado praticamente estável (+0,1%) enquanto o PIB per capita recuou 0,8%. O setor externo adicionou 2,7 pontos percentuais ao PIB de 2015, nos cálculos do IBGE, maior contribuição da série divulgada hoje pelo instituto junto às Contas Nacionais Trimestrais, com início em 2005. Já a demanda interna, por outro lado, retirou 6,5 pontos do PIB, em sua pior contribuição para a atividade econômica no período analisado. A absorção doméstica consiste na soma do consumo das famílias, dos gastos do governo e dos investimentos, enquanto o setor externo é o resultado líquido entre exportações e importações de bens e serviços. (Valor Econômico – 03.03.2016)

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4 Indústria paulista volta a crescer em janeiro após sete meses de recuo

A atividade na indústria de transformação paulista aumentou 1,3% em janeiro sobre dezembro, interrompendo as quedas registradas desde maio último. As horas trabalhadas superaram em 1,6% as de dezembro, mas as vendas reais caíram 0,3%. Também houve redução de 0,5 ponto percentual no Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci). Os dados são da pesquisa Indicador de Nível de Atividade (INA), do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Depecon/Fiesp). Comparado igual período do ano passado, o INA teve um recuo de 11,5%. A pequena recuperação de janeiro foi puxada pelo segmento de móveis, com alta de 2,8%, variável com descontos dos efeitos sazonais. Quando compara comparado com janeiro de 2015, porém, o setor acusou queda de 2,4%. Sobre o mês anterior, as vendas reais cresceram 9,7% e as horas trabalhadas, tiveram alta de 1,2%. Já o Nuci permaneceu estável. O levantamento aponta que na metalurgia as atividades foram 0,4% inferiores às de dezembro, as horas trabalhadas recuaram 0,3% e as vendas reais caíram 1,7%. Nesse setor, também houve redução de 0,6 ponto percentual no Nuci. Em minerais não metálicos, que inclui a produção de cimento, responsável por metade das atividades do setor, houve queda de 3,7%. As vendas reais foram 19,8% menores, as horas trabalhadas caíram 1,1% e o Nuci teve redução de 1,5 ponto percentual. Por meio de nota, o diretor do Depecon, Paulo Francini, considerou inexpressivo o aumento do Indicador de Nível de Atividade. “É um número pequeno”, disse. “Eu diria para deixar o otimismo de lado e considerar isso como uma coisa normal dentro de um cenário de queda”, afirmou. (Valor Econômico – 02.03.2016)

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5 Produção registra pior queda desde 2009, dizem analistas

A indústria deve registrar em janeiro a menor queda mensal desde maio, mas em relação ao mesmo mês do ano passado o desempenho deve ser desastroso, de queda de 14%, segundo a média das estimativas de 19 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, a maior retração desde fevereiro de 2009, auge da crise internacional. Na comparação com dezembro, a médias das projeções aponta recuo de 0,4% da produção medida pela Pesquisa Industrial Mensal, na série com ajuste sazonal. As estimativas para o índice, a ser divulgado amanhã pelo IBGE, vão de alta de 0,4% a queda de 1,7%. Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria, avalia que o setor manufatureiro continua a enfrentar dificuldades e deve ter a oitava retração consecutiva na passagem mensal, embora a variação esperada para janeiro seja mais branda ¬ recuo de 0,1% em relação a dezembro, na série com ajuste. Segundo ele, os indicadores disponíveis referentes a janeiro mostraram evolução distinta, por isso a estimativa de quase estabilidade da produção industrial na passagem mensal. De um lado, observa Bacciotti, a expedição de papel ondulado encolheu 3% e o tráfego de veículos pesados em rodovias pedagiadas, 1,4%. Já a produção de veículos cresceu 2,7%, na série com ajuste sazonal calculada pela Tendências, e o Indicador de Nível de Atividade (INA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), avançou 1,3% no período. (Valor Econômico – 03.03.2016)

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6 Câmbio pressiona e provoca alta nos preços ao produtor

A desvalorização cambial voltou a pressionar o IPP em janeiro, que subiu 0,56% no mês após dois meses de queda do indicador que mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, na indústria de transformação e extrativa. Em dezembro, a queda foi de 0,35%, segundo o IBGE. No acumulado em 12 meses, o IPP soma alta de 9,86%. Na avaliação do gerente do IPP, Alexandre Brandão, a volta do índice para o campo positivo indica que os produtores, mesmo com a demanda em queda, conseguiram repassar pelo menos parte do aumento de custos. Entre dezembro e janeiro, o dólar ficou 4,7% mais caro, de acordo com o IBGE. "Os produtores ficam num jogo de ajustes", disse o pesquisador. De um lado a matéria¬-prima fica mais cara com a desvalorização cambial e do outro, o consumidor está com menor poder de consumo. Isso aconteceu em alguns bens de consumo duráveis como automóveis e móveis de madeira, que subiram em janeiro ante dezembro. Camas de madeira e poltronas e sofás de madeira são produtos atrelados ao câmbio, ressalta Brandão. Houve também influencia do dólar em produtos de consumo não duráveis, como óleo de soja e sucos concentrados de laranja. (Valor Econômico – 03.03.2016)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 11h, a moeda americana apresentava queda de 0,718%, sendo vendida a R$ 3,8598. Na quarta-feira, o dólar comercial caiu 1,40%, encerrando a R$ 3,8886. (G1 e Valor Econômico – 03.03.2016 e 02.03.2016)


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Internacional

1 Argentina: População será ressarcida por cortes não programados

O Governo argentino, através de seu ministro de Energia, Juan José Aranguren, após reclamações de organizações defensoras do consumidor, anunciou que haverá compensações econômicas para os usuários que foram afetados pelos cortes não programados de serviço elétrico ocorridos no último final de semana. (ABC Color – Paraguai – 02.03.2016)

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2 Uruguai: Vestas recebe encomenda para central eólica

Vestas recebeu uma encomenda para um projeto eólico de 53 MW a ser implantado em Villa Pastora, na província de Flores, no sudoeste uruguaio. O pedido de 16 turbinas V126-3.3 MW foi feito por TaxWay S.A., empresa uruguaia subsidiária do grupo espanhol Cobra. As turbinas devem ser entregues no 3º trimestre de 2016. A futura central, Vientos de Pastorale, tem produção anual estimada de 223 GWh, capaz de cobrir a demanda anual de 50 mil residências uruguaias. (EV Wind – Espanha – 02.03.2016)

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3 Portugal: Estratégia passa por eficiência energética e renováveis

Mais eficiência energética, reduzir custos da energia e burocracias para as empresas e voltar a apostar nas energias renováveis são os três eixos da política energética do Governo do português António Costa. As palavras de Manuel Caldeira Cabral, ministro da Economia, reforçaram a orientação para um setor que, segundo o governante, “tem futuro em Portugal, mas também um presente já muito interessante”. (Edifícios e Energia – Portugal – 02.03.2016)

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4 Japão: Sobretensão elétrica causa avaria em reator recém ativado

Uma sobretensão elétrica causou uma avaria no reator número 04 da central de Takahama, obrigando a unidade a entrar em parada automática na última segunda, dia 29 de fevereiro, apenas três dias após ser reativada, anunciou a companhia operadora, Kansai Electric Power. (Última Hora – Paraguai – 01.03.2016)

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5 China começará a construir sua primeira usina nuclear flutuante

A China deve iniciar no final deste ano a construção de sua primeira usina nuclear flutuante em águas marinhas, revelou nesta quarta-feira, 2, o presidente da Corporação Nuclear da China, Sun Qin, citado pela agência oficial "Xinhua". A usina começará a operar em 2019 e sua principal missão será disponibilizar energia a projetos de prospecção de petróleo e gás, assim como ao desenvolvimento de "ilhas e áreas remotas", ressaltou Sun. A China tem atualmente 30 reatores nucleares em operação e mais 24 em construção, todos eles em terra, embora um relatório do governo chinês de janeiro já tenha ressaltado que o país, em seus planos de diversificar suas fontes de energia e reduzir a dependência do carvão, estudava construir centrais atômicas no mar. Até agora, só a Rússia tinha mostrado dispor da tecnologia necessária para estas usinas nucleares - e o consórcio atômico russo, Rosatom, negociou em 2012 a colaboração com a China neste sentido -, mas segundo Sun o design da nova usina atômica é propriedade intelectual de sua companhia. A Rússia porá neste ano em funcionamento a primeira usina nuclear flutuante da história, que abastecerá a inóspita região do Ártico e será capaz de se deslocar no mar e atracar em qualquer porto. (O Estado de São Paulo – 02.03.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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