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IFE: nº 4.041 - 01 de março de 2016
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Aneel recebe 25 sugestões para aprimorar conselhos de consumidores
2 Deputado vai propor audiências públicas para projeto que altera regras de acesso ao ACL
3 Grupo que fez pente-fino em barragens de SP conclui que não há riscos no Estado
4 Liquidação financeira do MCSD movimenta R$ 131,4 mi
Empresas
1
Furnas prevê lucro de R$ 300 mi em 2015 e investirá R$ 2,5 bi este ano
2 Furnas deve reduzir custos operacionais e com terceirizados em 29%
3 Cteep eleva lucro líquido em 36,2% em 2015
4 AES Sul aprova aumento de capital de R$ 295,4 mi
5 Celpe opera nova subestação de R$ 8,5 mi
6 Coelce tem eficiência no atendimento questionada
7 Momento está favorável à consolidação, diz Tractebel
8 Transferência de Jirau à Tractebel deverá começar este ano
9 Repactuação do risco hidrológico elevou lucro no ano, diz Tractebel
10 Engie Tractebel: volatilidade de preços vem por conta das térmicas mais caras na matriz e a concentração hídrica
11 Engie Tractebel: pode haver nova corrida à Justiça a depender do movimento que o governo fizer
12 Bertin vai recorrer de autuação de R$ 3 bilhões imposta pela Receita
13 Light tem novo diretor de Distribuição
Leilões
1
Ministério de Minas e Energia adia leilão A¬5 para o fim de abril
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Números dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo e geração avançam em fevereiro, aponta CCEE
3 CCEE projeta reversão no déficit de geração em março
4 Projeção da ENA aponta para maior nível de afluência em maio e menor nível em setembro
5 Decisão judicial volta a definir vazão de Xingó em 900 m³/s
6 Usina abre comportas após dois anos em Ilha Solteira
7 Produção de Itaipu em fevereiro é a maior desde inauguração da usina
8 Santo Antônio coloca em operação comercial mais 73,3 MW
Meio
Ambiente
1
Chesf e Ibama concluem processo de renovação de Xingó
2 Ministério Público Federal denuncia ex-gestores do Ibama
3 MPF relata sobre as licitações do Ibama
Energias Renováveis
1
Duke Energy entrega usina solar com formato do Mickey
Gás e
Termelétricas
1 Produção de gás natural bate recorde, mas demanda reduz 4,2% em 2015
2 Petrobras: produção de petróleo e gás cai 7,1% em janeiro
Grandes
Consumidores
1 Sobrecontratação das distribuidoras é vista como oportunidade pela indústria
2 Fabricantes de fios e tecidos: aumento na demanda acima de 10%
Economia Brasileira
1 PAC investe R$ 251,7 bi em 2015
2 Projeções para o PIB pioram e horizonte da 'virada' é incerto
3 Contração da indústria brasileira piora em fevereiro, aponta Markit
4 Pessimismo do consumidor fica quase estável em fevereiro, mostra CNI
5 Inflação pelo IPC¬S desacelera ao final de fevereiro
6 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Paraguai: ANDE teve US$ 1 milhão para investir nos últimos 10 anos
2 Colômbia: Desperdício de eletricidade custa 4 bilhões de pesos por ano
3 Presidente da Endesa admite repensar investimentos em Portugal
4 França: Ministra pode prolongar atividade das centrais nucleares
5 Espanha: Mal tempo reduz fatura de luz em 8% em fevereiro
6 China terá maior térmica de aterro do mundo
7 Governo indiano promete eletricidade em todas as aldeias dentro de dois anos
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Aneel recebe 25 sugestões para aprimorar conselhos de consumidores
A Aneel recebeu 25 contribuições para aprimorar as condições gerais dos conselhos de consumidores nas distribuidoras. O setor discutiu as sugestões em sessão presencial da audiência pública sobre o tema, no dia 25 de fevereiro. A audiência foi aberta em 10 de dezembro do ano passado e será concluída em 8 de março. A reunião teve 34 participantes e 22 expositores, com presença do diretor relator do processo André Pepitone e do superintendente Marcos Bragatto. A agência pretende alterar a Resolução Normativa 451/2011, que define a criação, organização e funcionamento dos conselhos. Entre as principais propostas, estão a ampliação do mandato dos conselheiros de dois para quatro anos e a proibição da participação dos membros em mais de um conselho no mesmo período de mandato. O setor também discutiu montantes e destinos dos recursos financeiros para despesas dos conselhos e as ações de capacitação aos membros, que devem estar no PAM da entidade. As propostas definem que os recursos serão disponibilizados mensalmente pela própria distribuidora e a prestação de contas do PAM deverá ser enviada junto à prestação anual da concessionária. Os conselhos são formados por dois representantes das principais classes consumidoras, como residencial, industrial, comercial, rural e poder público. Eles são de caráter consultivo e participam das questões ligadas às tarifas e qualidade do fornecimento. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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2 Deputado vai propor audiências públicas para projeto que altera regras de acesso ao ACL
Um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados traz profundas mudanças no mercado de energia elétrica. O PL 1917/2015 prevê, entre outros temas, que a partir de 2022 todos os consumidores possam escolher seu fornecedor de energia, ou seja, todos os consumidores serão potencialmente livres. Para que isso ocorra, diversos parâmetros utilizados atualmente precisam ser revistos. Por isso, o relator do processo na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, Fábio Garcia (PSB-MT), planeja realizar diversas audiências públicas sobre o tema antes de encaminhar seu parecer para votação na comissão. "Nós estamos incentivando que os representantes do setor elétrico nos passem suas contribuições ao PL para que a gente possa analisar como cada segmento do setor de energia enxerga esse projeto", contou o deputado. Segundo ele, a ideia é dar encaminhamento a algumas soluções propostas pelos agentes e também dar o devido tratamento a algumas preocupações que possam ser apresentadas. O projeto traz inúmeras mudanças, permitindo, por exemplo, que o mercado livre participe dos leilões de expansão, tenha direito à cotas das hidrelétricas amortizadas, tendo tratamento isonômico ao mercado cativo. Garcia contou que assim que retomarem os trabalho na comissão, no mês de março, será proposta a realização de duas das audiências públicas, sendo a primeira ainda em março e a outra, possivelmente, em abril. "Ao tentar ampliar o mercado livre no Brasil, a gente precisa fazer isso dando segurança e conforto para os agentes e entes do setor, para que ele possa funcionar adequadamente. Esse é um setor bastante complexo que quando se mexe em uma peça do tabuleiro, impacta em outras questões do setor", comentou. Dessa forma, conta, serão analisados subsídios, tributos, sistema de transmissão, distribuição, diversos componentes da tarifa de energia para que se possa propor sua redução. "Mas essa redução precisa ser real, sustentável, e que no curto prazo não volte contra o próprio consumidor como aconteceu em 2012", apontou. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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3 Grupo que fez pente-fino em barragens de SP conclui que não há riscos no Estado
O grupo de trabalho coordenado pela Secretaria estadual de Energia e Mineração já tem o relatório final do pente-fino feito nas barragens de São Paulo. Constará no documento, ainda a ser apresentando a Geraldo Alckmin, que não há riscos de acidentes nas barragens paulista, como o que ocorreu em Mariana (MG). Os secretários João Carlos de Souza Meirelles (Energia e Mineiração ), Benedito Braga (Recursos Hídricos), Patrícia Iglecias (Meio Ambiente) e José Roberto Rodrigues de Oliveira (Casa Militar) irão se reunir por volta das 14h do dia 1 de março, no Palácio dos Bandeirantes, para ouvir o grupo de técnicos que avaliou 22 barragens do Estado em um trabalho de dois meses. A força tarefa deverá apresentar uma lista de medidas preventivas — um total de 27 –, que será entregue a cada responsável pelas barragens do Estado — órgãos gestores e fiscalizadores e também para as empresas de mineração. (O Estado de São Paulo – 29.02.2016)
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4 Liquidação financeira do MCSD movimenta R$ 131,4 mi
A liquidação financeira dos contratos regulados do MCSD teve 100% de adimplência em janeiro. Foram movimentados R$ 131,46 mi, a partir de 50 agentes. Do total, 35 são devedores e os outros 15 credores. A CCEE divulgou a apuração na sexta-feira (26/2). O montante teve baixa em relação ao verificado em dezembro, quando ficou em R$ 144,7 mi, porém na ocasião foram 53 agentes envolvidos nas negociações. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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Empresas
1 Furnas prevê lucro de R$ 300 mi em 2015 e investirá R$ 2,5 bi este ano
Uma das principais empresas do grupo Eletrobras, Furnas estima ter encerrado 2015 com lucro líquido de R$ 200 mi a R$ 300 mi, contra um prejuízo da ordem de R$ 400 mi no ano anterior. Para o mesmo período, a companhia prevê ter obtido Ebitda de R$ 1,7 bi, ante o montante de R$ 1 bi levantado em 2014. Os números, que ainda não foram consolidados e divulgados pela holding Eletrobras, foram apresentados ontem pelo superintendente de Estratégia e Sustentabilidade de Furnas, Celso de Oliveira Sant'Anna, durante cerimônia de comemoração dos 59 anos da empresa, no Rio de Janeiro. Sant'Anna deixará o cargo amanhã, quando assumirá a diretoria Financeira da CGTEE, responsável pelas usinas a carvão do grupo estatal. Presente ao evento, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, explicou que os números relativos a 2015 de Furnas e da própria holding ainda não estão fechados - e sem data definida para divulgação ainda. "Os números até 2014 são dados reais. E aqueles [números] até setembro de 2015 já foram publicados. Os outros são ainda projeções baseadas em uma série de fatos. Não são números definitivos", afirmou o executivo, em discurso, antes de deixar a cerimônia sem falar com a imprensa. Segundo Sant'Anna, Furnas prevê investir R$ 9,2 bi até 2020, dos quais R$ 2,544 bi apenas neste ano. O valor é 57,3% superior ao desembolsado no ano passado, de R$ 1,617 bi. Para fazer frente ao programa de investimentos, a companhia trabalha com duas frentes: a recuperação das indenizações devidas por ativos de transmissão anteriores a 2000 e ainda não amortizados, no âmbito da MP 579/2012, da ordem de R$ 9 bi, base de 2012, e uma captação de recursos. Segundo Sant'Anna, Furnas prevê captar até R$ 1,5 bi no mercado este ano. O superintendente, porém, não detalhou a origem dos recursos. Ele lembrou que o nível de endividamento da companhia, medido pela relação dívida líquida sobre Ebitda, ainda é relativamente alto, de 4,5 vezes, mas destacou que esse indicador era de 8 vezes. "Conseguimos uma forte redução e a tendência para 2016 é que a gente tenha algo da ordem de 3 vezes de dívida líquida sobre Ebitda, o que nos credencia a financiamentos de mercado a custos mais competitivos", explicou. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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2 Furnas deve reduzir custos operacionais e com terceirizados em 29%
Furnas também prevê reduzir custos operacionais e com terceirizados em 29% até 2018. Segundo superintendente de Estratégia e Sustentabilidade da companhia, Celso de Oliveira Sant'Anna, Furnas conseguiu reduzir custos com "PMSO" (pessoal, material, serviços e outros) de R$ 2 bi, em 2012, para R$ 1,5 bi em 2015. A empresa conta hoje com cerca de 4.700 funcionários, entre concursados e terceirizados. Também presente ao evento, o presidente de Furnas, Flávio Decat destacou que o montante de R$ 9 bi de indenizações já foi reconhecido pela Aneel. Ele lembrou ainda que a empresa tem um valor pleiteado de R$ 1,3 bi de indenização por investimentos em melhorias e modernizações de usinas cujas concessões foram prorrogadas. Esse valor, porém, ainda está em fase de análise pela autarquia. Segundo o executivo, Furnas espera ampliar seu parque gerador, dos atuais 12,7 mil MW para 15,6 mil MW até 2020. No mesmo período, a companhia projeta aumentar sua rede de transmissão de 24 mil km para 28 mil km. Decat também deixou o local sem falar com a imprensa. Outro fato que chamou a atenção no auditório de Furnas, onde foi celebrada a cerimônia, foi a presença do ex-ministro de Minas e Energia Márcio Zimmermann, um dos principais formuladores da MP 579. Ele foi requisitado por Furnas à Eletrosul, da qual é funcionário de carreira. Zimmermann deverá ocupar uma vaga de assistente da presidência de Furnas. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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3 Cteep eleva lucro líquido em 36,2% em 2015
A Cteep registrou lucro líquido de R$ 517,2 milhões no ano passado, 36,2% acima dos R$ 379,7 mi totalizados um ano antes, segundo balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira (29/2). A receita líquida avançou 16,7% em 2015, em relação ao ano anterior, para R$ 1,287 bi. Já o Ebitda teve alta de 33,8% na comparação anual, para R$ 655,0 mi. No ano passado, a Cteep transmitiu em suas instalações 131.486 GWh, pouco abaixo do apurado em 2014, quando passaram pela rede da companhia 135.889 GWh. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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4 AES Sul aprova aumento de capital de R$ 295,4 mi
A AES Sul (RS) anunciou em comunicado ao mercado nesta segunda-feira, 29 de fevereiro, que aprovou aumento de capital de R$ 295,4 milhões, saindo dos atuais R$ 463.235.663,72 para R$ 758.690.663,72, com a emissão de 89.308 ações nominativas e sem valor nominal, das quais 68.506 são ações ordinárias e 20.802 são ações preferenciais. De acordo com a empresa, o preço de emissão é de R$ 3.308,27 por ação ordinária e preferencial. Essas novas ações farão jus de forma integral a todos os benefícios, incluindo dividendos, juros sobre o capital próprio, bonificações e eventuais remunerações de capital que vierem a ser declarados pela AES Sul a partir de 26 de fevereiro de 2016. Ainda de acordo com a AES Sul, os recursos obtidos com o aumento de capital serão destinados a fortalecer a estrutura de capital e ao cumprimento de condições apresentadas para efetivar aditamentos da segunda e da terceira emissão de debêntures simples, como deliberado em assembleia. As novas ações serão integralizadas em parcela única, em reais, em até 30 dias contados da assinatura do boletim de subscrição. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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5 Celpe opera nova subestação de R$ 8,5 mi
A Celpe começou a operar a subestação Vertentes, no agreste pernambucano. O projeto possui 12,5 MVA e está associado à linha que liga a cidade de Vertentes a Toritama, em 69 kV, de 14 km de extensão. Os investimentos chegaram a R$ 8,5 mi. O sistema vai atender cerca de 70 mil consumidores, em cinco municípios. Além de Vertentes e Toritama, serão contemplados Taquaritinga do Norte, Frei Miguelinho e Santa Maria do Cambucá. “A subestação entra em operação fundamentalmente para atender à demanda local e para tornar a região mais atraente a novos empreendimentos”, ressaltou o diretor presidente da empresa, Antonio Carlos Sanches, em nota. O projeto está instalado em uma região que concentra indústrias do setor têxtil, conhecida como Polo de Confecções do Agreste, um dos maiores do segmento no país. A empresa planeja ainda para o primeiro semestre a inauguração das SEs Santa Cruz e Serrita, também no sertão. Elas vão contemplar 80 mil consumidores. Ao longo de 2016 está prevista a construção de dez novas subestações na região metropolitana de Recife e no interior do estado. A concessionária atende ao todo 3,4 milhões de unidades consumidoras nos 185 municípios de Pernambuco. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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6 Coelce tem eficiência no atendimento questionada
A Aneel participou de reunião com o conselho de administração e diretoria executiva da Coelce para cobrar maior eficiência no atendimento a consumidores pela concessionária. Existem atualmente 18.514 pedidos pendentes de novas ligações na área de concessão da empresa. A Coelce terá até o dia 24 de março para formular plano com práticas eficazes para cumprir os pedidos. A companhia propôs finalizar as pendências até setembro de 2017, porém a Aneel rejeitou o prazo, uma vez a falta de atendimento pela concessionária tem sido recorrente. Como previsto na Resolução 414/2010, novas ligações ou adequação de ligações existentes devem acontecer até dois dias úteis a partir da aprovação das instalações no caso do grupo B urbano. Para o mesmo grupo na área rural, são cinco dias úteis máximos, e para o grupo A, sete dias. Para conclusão das obras de atendimento às ligações, as empresas têm até 60 dias quando for rede de distribuição aérea de tensão secundária e 120 dias para obras com dimensão de até 1 km na rede de distribuição aérea de tensão primária. Ainda segundo a norma, o não cumprimento dos prazos dá o direito do consumidor de receber crédito pelo atraso. Além da reguladora elétrica, participou da reunião a Arce. O encontro foi no dia 26 de fevereiro, com presença do diretor André Pepitone e superintendentes de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade e Fiscalização Econômico-Financeira da agência, bem como do presidente da Enel Brasil, Marcelo Llevenes, e demais diretores da companhia. A Coelce atende 3,3 milhões de unidades consumidoras em 184 municípios do Ceará. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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7 Momento está favorável à consolidação, diz Tractebel
O momento está bom para a empresa que está capitalizada no setor elétrico e quer ir às compras. Com vários ativos oficialmente à venda e consolidadores tradicionais endividados a perspectiva é de que os preços apresentem tendência de queda nesse ano. Essa é a avaliação do diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Tractebel, Eduardo Sattamini sobre o interesse da companhia sobre o interesse em adquirir ativos de geração que já estão no mercado, como as usinas da Duke e as térmicas da Petrobras e até mesmo as usinas que deverão ser relicitadas nos próximos anos no modelo do leilão ocorrido em novembro de 2015 com as UHEs cuja concessão não foi renovada. “É a lei da oferta e da demanda, com muitos ativos à venda no mercado e poucos compradores potenciais, já que muitos competidores estão alavancados, tendência é de preços menores”, comentou ele após reunião da empresa com analistas de mercado e investidores, realizada pela Apimec-SP. Segundo o executivo, o atual momento tende a apresentar boas oportunidades no mercado e a preços mais convidativos. Contudo, ele despistou e não assegurou a presença da companhia nesses processos de aquisição. Comentou que essa decisão depende de uma série de fatores como a avaliação do risco de mercado, qual é o volume de informações que se tem desse ativo e como essas usinas se encaixam no portfólio da companhia e de sua estratégia de longo prazo. Se dependesse do posicionamento oficial da Engie Tractebel essa possibilidade estaria de uma certa forma mais afastada. Sattamini lembrou que o grupo vem investindo de forma mais incisiva em fontes de geração renováveis e que atendam ao conceito de complementaridade dos ativos já existentes. Inclusive destacou que nesse sentido a empresa, no exterior, tem se desfeito de algumas usinas com alta capacidade de geração de carbono para outras fontes de baixo carbono. “Ainda não existe um conceito determinado, são estratégias diferentes e ainda não temos o caminho que vamos seguir. Em novos projetos essa estratégia é por fontes complementares. Mas, vamos olhar para os ativos que hídricos e térmicos que estão no mercado, se vão fazer parte da empresa ainda depende de avaliação”, comentou o executivo. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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8 Transferência de Jirau à Tractebel deverá começar este ano
O processo de transferência da parcela de 40% que a Engie Tractebel tem na UHE Jirau (RO, 3.750 MW) está próximo de ser iniciada. Com a proximidade da conclusão da obra, o comitê interno que avaliará essa medida deverá iniciar os trabalhos em breve. A perspectiva é de que os trabalhos sejam iniciados ainda este ano, mas a conclusão da operação deverá se dar somente em 2017 a um valor que é estimado atualmente em cerca de R$ 4 bi, podendo variar para para mais ou para menos, a depender da avaliação desse grupo e dos acionistas da geradora catarinense. De acordo com o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Tractebel, Eduardo Sattamini, ainda não há uma data específica, mas com a etapa de construção civil já na fase de acabamento e montagem das turbinas, esse momento não está muito longe de ocorrer. “Quem definirá que é hora de repassar essa parcela é a Engie [controladora da Tractebel]. A ideia é fazer essa negociação sem stress e de forma suave e no momento que fará mais sentido”, afirmou após encontro com analistas e investidores em reunião realizada pela Apimec (SP). O momento a que se refere é após a mitigação de uma série de riscos, entre eles o de construção, custos e operação da usina. O diretor explicou que é preciso avaliar a performance das unidades geradoras, os custos de manutenção e seu histórico bem como as contas do dia a dia da usina. E que com o atual momento, com 41 unidades em operação e a atual performance já é possível ter uma grande parte dos riscos mitigados. Os que ainda restam estão basicamente concentrados na questão da disputa do excludente de responsabilidade. Com essa redução dos riscos, comentou, os que restam podem ser incluídos em cláusulas contratuais que podem ser levados a ajustes de preço da usina ou à postergação de pagamento. “Por isso acho que haja a possibilidade de que a gente, em algum momento esse ano, possa trazer o projeto a ser discutido pelo comitê de partes relacionadas”, afirmou. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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9 Repactuação do risco hidrológico elevou lucro no ano, diz Tractebel
A adesão da Engie Tractebel à repactuação do risco hidrológico trouxe um resultado de R$ 223,1 mi no ano de 2015 e foi apontada como um dos pontos que ajudaram a empresa a elevar o resultado anual em 8,5% para a casa de R$ 1,5 bi. Já no ACL a empresa seguiu o fluxo das demais geradoras e não optou em mitigar o risco, assumindo-o em sua totalidade. A empresa já informou que retirou as liminares junto à Justiça, mesmo com a liminar da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica ainda em vigor. O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Eduardo Sattamini, comentou que a meta é manter, assim como já apontado no passado, um nível entre 5% e 10% de garantia física sem contratos. Para ele, esse patamar continua adequado. Ainda mais agora com metade da GF coberta pela repactuação. Até porque, lembrou a medida reduzirá o fator de ajuste do MRE. Com isso, comentou, a empresa pode vender mais a depender da hidrologia e com essa descontratação é possível se ajustar ao longo do ano. “O nosso crescimento no ano de 2015 foi graças ao GSF. Teríamos uma queda no ano e não crescimento dos resultados da empresa, GSF teve impacto de R$ 223 mi sobre o valor de nosso lucro anual de R$ 1,5 bi, é um volume substancial vindo desse acordo”, comentou o executivo em reunião com analistas e investidores realizada pela Apimec-SP. Ele explicou que nesse ano, por exemplo, o GSF poderá ficar em um nível de 92% a 93%. Provavelmente, estimou, esse ano a empresa deverá pagar o prêmio e não se beneficiar do repasse. Mas, contemporizou, essa é a regra e faz parte do negócio da mesma forma que um seguro normal de mercado. Sobre a não adesão à repactuação do ACL, Sattamini comentou que não faria sentido para a empresa, pois na proposta do governo não havia equilíbrio. “No ACL a gente continua com o risco integral e a nossa maneira de nos proteger é não vender energia”, indicou. E disse ainda que esse ano e 2017 a expectativa é de ver um cenário mais favorável em termos hidrológicos e GSF mais baixo o que pode contribuir para aumentar os volumes negociados e com menor risco. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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10 Engie Tractebel: volatilidade de preços vem por conta das térmicas mais caras na matriz e a concentração hídrica
O atual momento do mercado livre para os geradores preocupa quando o assunto é renovação dos contratos. Acontece que o atual cenário no mercado de curto prazo afeta o psicológico dos consumidores. Com isso, a expectativa atual é de que a trajetória dos valores da energia para até três anos não seja de alta como vista nos últimos anos já que o preço no spot em baixa tira o incentivo dos descontratados correrem ao mercado para suprir a sua demanda. Ainda mais nesse momento de sobreoferta onde se discute o que fazer com as distribuidoras que estão com excesso de contratos. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Tractebel, Eduardo Sattamini, o nível médio de preços para 2017, por exemplo, mudou expressivamente. Contratos que antes eram negociados em um patamar que variava entre R$ 200 a R$ 220/MWh hoje está na casa de R$ 130/MWh. “Há excesso de oferta e os preços, naturalmente, tendem a ficar mais baixos. Essa era uma coisa impensável quando se olhava para 2014 e os R$ 822/MWh. Essa volatilidade de preços vem por conta das térmicas mais caras na matriz e a concentração hídrica que temos”, comentou o executivo. A empresa está com apenas 149 MW médios descontratados para esse ano, o que representa pouco mais de 3% de sua garantia física. Sattamini comentou que a empresa está tranquila no momento, mas que há pressão sobre os preços, pois a renovação dos acordos acaba saindo por valores mais baixos. Para 2017, há 257 MW médios descontratados, volume que só aumenta de forma mais considerável em 2018 quando há 587 MW médios sem contratos, o que equivale a 14,2% da garantia física atual da companhia. A maior parte da energia está compromissada com clientes no mercado livre. Esse ano 52% ou 2.126 MW médios destinam-se ao ambiente livre de contratação, já em 2017 aumenta para 56%. Por sua vez a participação do mercado regulado é o inverso com participação cada vez menor, indo de 43% em 2016 para 38% no ano que vem. Ainda há uma parcela de 5% para comercializadoras. Essa sobreoferta, descartou Sattamini, não coloca uma pressão sobre a empresa. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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11 Engie Tractebel: pode haver nova corrida à Justiça a depender do movimento que o governo fizer
O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie Tractebel, Eduardo Sattamini, alertou para o fato de que as discussões acerca dos excessos de energia contratada pelas distribuidoras pode gerar uma nova corrida à Justiça a depender do movimento que o governo fizer. Ele se refere à possibilidade de as concessionárias poderem negociar essa energia adicional no mercado livre, o que elevaria ainda mais a sobreoferta do insumo. Uma coisa, contou ele, é devolver um certo percentual de energia existente. Outra é poder vender essa energia no mercado e afetar outros agentes. “Toda vez que vem uma regra nova e mexe no mercado vemos que quem sair prejudicado vai buscar o juizado para poder garantir seu direito. Nesse caso das distribuidoras, o governo poderia aliviar as regras de pass through para uma parcela maior dos contratos e por um tempo determinado, porque é claro que cinco anos atrás não se imaginaria uma queda de consumo de 10% em dois anos. É um momento especial e para isso deveríamos adotar regras especiais por um momento apenas (...) o governo e o regulador devem discutir isso com cautela senão podemos correr o risco de ver nova corrida à Justiça. Tem que ser algo que não quebre muito as regras, que seja excepcional assim como é esse momento”, finalizou. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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12 Bertin vai recorrer de autuação de R$ 3 bilhões imposta pela Receita
O grupo Bertin deve recorrer da autuação imposta pela Receita Federal por supostas irregularidades no processo de incorporação de seus negócios de carne bovina pela JBS, segundo apurou o Valor. De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a Receita considera a estrutura do negócio "fraudulenta" e autuou uma das companhias do grupo - que não quer se manifestar sobre o assunto - em R$ 3 bi. Além de problemas tributários, diz a reportagem, a Receita Federal também constatou problemas envolvendo o fundo de investimento FIP Bertin, que representou o grupo Bertin na transação com a JBS, que aconteceu em 2009. No setor de energia, os negócios do grupo Bertin atualmente envolvem seis usinas termelétricas em fase de conclusão. No segmento sucroalcooleiro, controla a Infinity Bionergia, que tem seis unidades processadoras de cana e está em recuperação judicial. Até 2011, o grupo também controlava 50% da usina São Fernando, localizada em Mato Grosso do Sul - a outra metade pertencia aos filhos do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na Operação Lava- Jato, que passaram a deter 100% desse negócio. Ainda integram o portfólio dos Bertin ativos nas áreas de infraestrutura, divididos em construção civil (Contern) e concessões de rodovias - Atlantia-Bertin e SPMar, esta última administradora dos trechos sul e leste do Rodoanel Mario Covas. O grupo também trabalha com equipamentos de proteção individual e produção agropecuária (confinamento de bois e reflorestamento). (Valor Econômico – 01.03.2016)
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13 Light tem novo diretor de Distribuição
O Conselho de Administração Light - presidido pelo ex-diretor-geral da Aneel Nelson Hubner - elegeu na última sexta-feira, 26 de fevereiro, o engenheiro eletricista Wilson Couto Oliveira para os cargos de diretor de Distribuição da Light S.A e Light SESA. Oliveira irá substituir o executivo Ricardo Cesar Rocha e ficará no cargo até 31 de agosto de 2018. A composição das diretorias da Light SESA e da Light Serviços de Eletricidade fica assim: Ana Marta Horta Veloso, diretoria presidente e diretora interina de Desenvolvimento de Negócios e Relações com Investidores; Ailton Fernando Dias, diretor de Gestão Empresarial e diretor interino de Gente; Luís Fernando de Almeida Guimarães, diretor de Energia; Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes, diretor de Finanças; Wilson Couto Oliveira, diretor de Distribuição; Fernando Antônio Fagundes Reis, diretor Jurídico; e Ronald Cavalcante de Freitas, diretor de Comunicação. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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Leilões
1 Ministério de Minas e Energia adia leilão A-5 para o fim de abril
O MME adiou para o fim de abril a realização do leilão de energia do tipo “A-5”, que negociará contratos para início de fornecimento a partir de 2021. Foi a terceira vez que o governo adiou a data do certame, que estava marcado para 31 de março. De acordo com o ministério, o motivo deste último adiamento é permitir que o leilão ocorra apenas após a primeira etapa do leilão de linhas de transmissão, marcado para 13 de abril e no qual serão ofertados empreendimentos necessários para o escoamento da energia de usinas inscritas para o A-5. “Tendo em vista a realização da primeira etapa do leilão de transmissão em 13/4, no qual serão licitadas instalações necessárias para o escoamento da energia proveniente de usinas candidatas ao A-5/2016, o MME está ultimando as providências para que o leilão A-5/2016 seja realizado no final de abril, após o leilão de transmissão”, informou o ministério, em nota. De acordo com a EPE, estão inscritos 1.055 empreendimentos para o leilão A-5, totalizando 47.618 MW de capacidade instalada. Desse total, a maior parte, 864 projetos (21.232 MW), são de fonte eólica. (Valor Econômico - 01.03.2016)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios da região Sudeste/ Centro-Oeste estão operando com volume de 50,7%, o que mostra um aumento de 0,2% na comparação com o dia anterior. Dados do ONS indicam que a energia armazenada é de 102,83 MW med e a energia natural armazenada é de 64.790 MW med, o que equivale a 73% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas registra volume de 61,66% e a de Nova Ponte está com 32,09%. No Nordeste, os níveis continuaram com a mesma marca do dia anterior, de 31,6%. A energia armazenada é de 16.353 MW med e a ENA chega a 6.465 MW med, o mesmo que 95% da MLT. A usina de Sobradinho está com volume de 30,48%. No Norte, após aumento de 0,5%, os reservatórios da região estão com 43%. A energia armazenada é de 6.468 MW mês e a ENA é de 7.152 MW med, que equivale a 68% da MLT. A usina de Tucuruí está com 56.67%. Na região Sul, houve queda de 0,2% nos reservatórios e eles operam com 94,8% da capacidade. A energia armazenada é de 18.923 MW mês e a ENA chega a 17.438 MW med, o mesmo que 142% da MLT. A usina de Barra Grande registra volume de 97,2%. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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2 Consumo e geração avançam em fevereiro, aponta CCEE
Os dados preliminares de consumo de energia coletados pela CCEE até 23 de fevereiro apontam para uma alta de 0,5% na demanda e de 0,4% na geração comparado ao mesmo período do ano passado. O consumo ficou em 63.055 MW médios, com elevação de 1,9% no mercado cativo e redução de 4,1% no mercado livre. Dentre os ramos de atividade industrial analisados pela CCE houve crescimento nos segmentos alimentício com 8%, comércio e saneamento com 4% cada e serviços com expansão de 1,7% devido à migração para o ACL. Já nos demais houve queda com destaque para o recuo de 15,8% no setor automobilístico, 7,2% em extração de minerais metálicos e de 7% em minerais não metálicos e setor têxtil. Já em termos de geração, a produção de energia no SIN somou 65.553 MW médios. As UHEs foram as responsáveis por 51.712 MW médios, aumento de 8,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com isso, a representatividade da fonte na geração de energia na comparação entre o mesmo período de 2015 e em 2016 aumentou 6,1 pontos porcentuais, passou a 78,9%. Outro destaque foi dado às eólicas com a elevação de 38,4% no volume de energia produzido que alcançou 2.586 MW médios. O informativo InfoMercado Semanal da CCEE apresentou ainda a informação de que a estimativa é de que as usinas hidrelétricas integrantes do MRE gerem até a quarta semana de fevereiro o equivalente a 89,7% de suas garantias físicas. Para fins de repactuação do risco hidrológico este índice foi de 98,6%. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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3 CCEE projeta reversão no déficit de geração em março
O fator de ajuste do MRE deverá entregar pela primeira vez em mais de um ano energia secundária ao sistema. A combinação entre o atual patamar dos reservatórios com o desligamento de mais térmicas anunciados pelo CMSE na semana passada e que somará cerca de 5 mil MW, mais a repactuação do risco hidrológico deverá elevar a geração hídrica a 102,9% da garantia física sazonalizada na modalidade flat, que expurga o risco hidrológico. Contudo, para o resto do ano as projeções da CCEE ainda apontam déficit que no ano deverá ficar em 92,2% em média. A melhoria no cenário fez a CCEE reverter a projeção do mês passado de que não veria mais a possibilidade de geração de energia secundária. Somente para o mês de fevereiro, a estimativa preliminar da câmara é de que o GSF seja de 90,5% e em janeiro ficou em 78,4%, levemente acima do estimado em 77,2% no mês passado. Já considerando a sazonalização flat para fins de repactuação do risco hidrológico os indicadores desses dois meses ficaram em 99,3% para fevereiro e 90,3% em janeiro. Um dos fatores para essa projeção é que a premissa utilizada pela CCEE incorpora a geração térmica de CVU até R$ 250/MWh em março, de até R$ 211/MWh em abril e por ordem de mérito de maio em diante. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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4 Projeção da ENA aponta para maior nível de afluência em maio e menor nível em setembro
A projeção de ENA para o SIN apresenta aderência à média histórica registrada no SIN, sendo que o pico da afluência deverá ser registrado no mês de maio com 109% da MLT e o menor nível em setembro com 94% da média. Essa perspectiva aponta para um nível de energia armazenada em recuperação até o mês de março de 2017, horizonte das projeções da CCEE e que são apresentadas no evento mensal InfoPLD. Enquanto fevereiro fechou com 50% da capacidade de armazenamento, a perspectiva é de aumento desses níveis até junho a 71%, queda por conta do período seco e retomada a partir de novembro, chegando ao final desse período em um nível de 87%. Já projeção de ESS para este ano está em metade do estimado no mês passado. Caiu de R$ 4,738 bi para R$ 2,120 bi, sendo que os valores mais expressivos serão gerados até o mês de abril. Para os quatro primeiros meses de 2017 o valor seria de pouco mais de R$ 80 mi. Em 2015 o ESS ficou em R$ 5,652 bi. Quanto ao PLD, o Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte apresentam uma tendência de manter o piso do preço até março de 2017. No Nordeste houve uma antecipação da redução do preço que deverá quase atingir o mesmo patamar dos demais submercados em maio com R$ 42/MWh enquanto nos demais estariam a R$ 30/MWh para então em junho alcançar o piso regulatório. Já em março e abril de 2017, está previsto um novo descolamento de preços entre a região e o resto do país. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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5 Decisão judicial volta a definir vazão de Xingó em 900 m³/s
A vazão mínima defluente do reservatório de Xingó, no rio São Francisco, Alagoas, voltou a 900 m³/s no dia 26 de fevereiro, após ter vigorado o nível de 800 m³/s desde meados de dezembro de 2015. A medida foi determinada pela Justiça Federal em Sergipe, em favor do Sindicato Colônia de Pescadores Z - 7 de Neópolis e região. Segundo o sindicato, a redução na vazão privilegia o setor elétrico, desconsiderando as necessidades dos pescadores ribeirinhos que sobrevivem do rio e já sofrem sucessivos danos ambientais desde a entrada em operação da hidrelétrica de Xingó (3.162 MW), em 1994, pela Chesf. A análise do juiz federal da 9ª Vara, Subseção Judiciária de Propriá, Tiago José Brasileiro Franco, aponta a falta de “qualquer estudo anterior que identifique os reais impactos e efeitos” da redução dos 900 m³/s para 800 m³/s, como em usos agrícolas e captação para abastecimento de cidades. A medida viria em caráter de “precaução” dada a falta de conhecimento dos efeitos ambientais e dos múltiplos usos da água. “A bacia hidrográfica do São Francisco deve ser vista como um todo, dada a complexidade de seus elementos e ação sinérgica dos seus diversos componentes, impondo um planejamento ambiental por parte dos entes públicos que a considere como unidade que é”, afirmou o juiz, na decisão contra a Chesf, Ibama e ANA. As empresas deverão fazer EIA/RIMA, AAIe AAE mediante audiências públicas e estabelecer as medidas mitigadoras ou compensatórias da redução, sob pena de multa de R$ 50 mil/dia em caso de descumprimento. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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6 Usina abre comportas após dois anos em Ilha Solteira
Pela primeira vez nos últimos dois anos as comportas da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, no Rio Paraná, extremo oeste do Estado de São Paulo, opera com as comportas abertas. A água jorrava, no dia 28 de fevereiro, por três dos vertedouros, atraindo a atenção de curiosos. A Cesp liberou a vazão para que o reservatório não transborde, pois chove na região. Há quatro meses, a represa estava com nível útil próximo de zero e a usina operava com capacidade mínima. Na época, a navegação estava interrompida na hidrovia Tietê-Paraná e o Conselho Nacional dos Recursos Hídricos estimava que levaria no mínimo dois anos para o reservatório se recuperar. Como a usina está situada numa área baixa em relação à topografia média da região, a represa foi beneficiada pelas chuvas intensas que caíram principalmente no lado do Mato Grosso do Sul. No dia 24 de fevereiro, a Cesp havia aberto as comportas da hidrelétrica de Jupiá, no mesmo eixo do rio. A liberação de água pelos vertedouros é uma medida preventiva para garantir a absorção das cheias que ainda podem ocorrer durante o período chuvoso, evitando risco de rompimento das barragens. As operações são determinadas pelo OMS, pois três usinas são geradoras de energia e integram o SIN. A abertura das comportas favorece a subida de peixes e a reprodução das espécies no rio. (O Estado de São Paulo – 29.02.2016)
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7 Produção de Itaipu em fevereiro é a maior desde inauguração da usina
A hidrelétrica de Itaipu produziu 8,5 milhões de MWh em fevereiro, volume recorde desde a inauguração da usina, em 1984. No primeiro bimestre a produção, também recorde, foi de 17,2 milhões de MWh. “Itaipu contribui de forma expressiva para dar segurança ao governo brasileiro de que as hidrelétricas conseguirão suprir a maior parte da demanda, sem utilização das térmicas mais caras”, disse, em nota, o diretor técnico executivo da usina binacional, Airton Dipp. Segundo a empresa, neste primeiro bimestre, Itaipu colocou 2,8 milhões de MWh a mais no mercado do que no primeiro bimestre do ano passado, quando o cenário hídrico era mais crítico. Desde o último semestre de 2015, a produção de Itaipu continua sendo beneficiada pelo El Ñino, com mais chuvas na região Sul do país. Responsável por atender 15% do mercado brasileiro e mais de 75% do consumo paraguaio, Itaipu tem compromisso de produzir 75 milhões de MWh. Para este ano, a expectativa é voltar a gerar acima dos 90 milhões de MWh, o que não acontece há dois anos. De acordo com a empresa, a meta é feita com base num conjunto de fatores: cenário hidrológico positivo, condições excelentes de produção e de escoamento da energia em ambos os países, além de uma boa gestão coordenada dos recursos elétricos e energéticos. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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8 Santo Antônio coloca em operação comercial mais 73,3 MW
A hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW) começou a operar novos 73,29 MW, a partir da unidade geradora 40. A turbina estava em regime de testes desde dezembro de 2015 e foi liberada comercialmente no sábado (27/2). A usina está em Porto Velho-RO, no rio Madeira, e terá ao todo 50 turbinas em funcionamento. Ela foi negociada em 2007 pelo consórcio formado entre Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), SAAG (12,4%), Cemig (10%) e Caixa FIP Amazônia Energia (20%) e está prevista para 2017. A Eletrisa também começou a operar a PCH Rio do Sapo (5,76 MW), em Tangará da Serra, Mato Grosso. Ela tem duas unidades geradoras, de 2,88 MW cada, e estava em regime de testes desde janeiro. A garantia física da usina é de 2,9 MWm. A área do reservatório do projeto chega a 1.005 km². O empreendimento começou a ser construído em 2015 e está conectado à linha de distribuição Itanorte (34,5 kV). (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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Meio
Ambiente
1 Chesf e Ibama concluem processo de renovação de Xingó
Chesf e Ibama deverão concluir o processo de renovação da licença de operação da usina Xingó em 90 dias. As entidades já foram notificadas. A ANA informou, em comunicado, que a AGU vai recorrer da decisão judicial. A agência reduziu a vazão para 800 m³/s após solicitação do ONS. A redução foi a segunda desde 2013, quando foi autorizado nível de 900 m³/s frente os 1.300 m³/s originalmente aprovados. O volume de 900 m³/s permaneceu em vigor até 20/12, após diversas prorrogações. Segundo dados do operador, o Nordeste, subsistema do qual o reservatório faz parte, está com o pior estado de armazenamento do país, em 31,56%. O reservatório de Sobradinho e Xingó fechou o dia 28 de fevereiro em 30,48% do seu volume útil. Entre os principais reservatórios para hidrelétricas do país, ele perde apenas para Serra da Mesa (21,68%), no Norte, e Três Marias (29,72%), no Nordeste. Ainda assim, o subsistema Nordeste tem alcançado crescimentos expressivos desde o fim do ano passado, saindo dos cerca de 5% da capacidade total. O reservatório chegou a ficar abaixo dos 2% na ocasião. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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2 Ministério Público Federal denuncia ex-gestores do Ibama
O MPF denunciou à Justiça o ex-presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, e o ex-diretor de licenciamento ambiental do órgão Sebastião Custódio Pires. O MPF, por meio da Procuradoria da República no Distrito Federal, argumenta que houve irregularidades na concessão de licenças ambientais à Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. Segundo a denúncia, os dois expediram, em 2008, licença em desacordo com as normas ambientais e os pareceres técnicos do Ibama. Caso condenados, as penas vão de um ano a três anos de detenção, além de multa. A punição de Franco pode ser maior, porque o MPF entendeu que ele cometeu mais crimes. “Deve-se ressaltar que o licenciamento ambiental, apesar de estar dividido em três fases distintas, não deve ser realizado isoladamente, sendo necessária a concretização de estudo comum, uma abordagem única e completa de toda a obra a ser licenciada”, diz trecho da ação, assinada pelo procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. (O Globo – 01.03.2016)
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3 MPF relata sobre as licitações do Ibama
O MPF relata que o consórcio ESBR, vencedor da licitação para explorar a usina de Jirau, queria obter licenças específicas para cada etapa do empreendimento. Essa fragmentação, porém, não estaria prevista na legislação ambiental brasileira. Segundo o MPF, havia parecer do Ibama mostrando que a licença de instalação ambiental fragmentada não era comum. Mas isso não foi levado em conta por Franco e Pires. Outro ponto questionado é que a ESBR solicitou a mudança da construção da usina para um lugar a 12,5 quilômetros de distância de onde era apontado nos estudos de viabilidade e de impacto ambiental. Notas técnicas do Ibama indicaram que isso poderia provocar danos ambientais e concluíram que o consórcio precisava realizar estudos complementares. Os estudos foram feitos de forma incompleta, diz o MPF. Ainda assim, Franco e Pires concordaram com o pedido da ESBR. O MPF afirma que o ex-presidente do Ibama permitiu a supressão de mata no local, contrariando nota técnica do órgão. (O Globo – 01.03.2016)
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Energias Renováveis
1 Duke Energy entrega usina solar com formato do Mickey
A energia produzida pela usina solar de 5 MW que a Duke Energy está entregando, na Florida, para o Reedy Creek Improvement District, unidade do parque da Disney, não poderia ter um destino mais inconfundível. Os 48 mil painéis do projeto formam uma gigante cabeça do Mickey Mouse, personagem mais famoso da Disney, companhia que consome a energia contratada pelo Reedy Creek. O projeto foi construído em um terreno próximo ao Walt Disney World Resort, e deve iniciar operação no próximo trimestre. O contrato de compra e venda de energia tem duração de 15 anos. O parque tem capacidade de gerar 5 MW. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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Gás
e Termoelétricas
1 Produção de gás natural bate recorde, mas demanda reduz 4,2% em 2015
A produção nacional de gás natural ultrapassou a marca de 100 milhões de metros cúbicos diários pela primeira vez na história, ao elevar a produção, em dezembro, em 6,6% na comparação com novembro, ao mesmo tempo que a demanda teve queda de 4,2% na comparação mensal. Com isso, a reinjeção de gás nos campos e a redução na regaseificação foram as principais consequências no mercado, de acordo com dados consolidados do MME. No último mês de 2015 foram produzidos 100,40 milhões de m³/dia, contra 94,19 milhões de m³/dia em novembro. A média de produção no ano ficou em 96,24 milhões de m³/dia, contra 87,38 milhões de m³/dia médios em 2014. No entanto, de acordo com os dados, a reinjeção foi de 28,99 milhões de m³/dia, pouco abaixo dos 29,92 milhões de m³/dia de novembro, mas acima do verificado nos demais meses do ano, com a contribuição do campo de Lula, com 46,7% do volume total reinjetado. "Após a inauguração do gasoduto de escoamento Rota 2, em fevereiro de 2016, o aproveitamento do gás nesse campo deverá apresentar melhora", disse o MME no Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural. A regaseificação de GNL em dezembro totalizou 11,87 milhões de m³/dia, contra 20,98 milhões de m³/dia um mês antes. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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2 Petrobras: produção de petróleo e gás cai 7,1% em janeiro
A produção média de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil, em janeiro, atingiu 2,47 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), o que representou uma redução de 7,1% na comparação com o volume produzido em dezembro de 2015. Segundo a companhia, essa redução ocorreu, principalmente, em função de paradas programadas para manutenção em algumas plataformas com elevada produção, com destaque para P-58 (Parque das Baleias, com produção de 120 mil bpd), FPSO Cidade de Mangaratiba (Lula, com produção de 130 mil bpd) e P-48 (Barracuda/Caratinga, com produção de 50 mil bpd). A produção média de petróleo, no país, foi de 2 milhões de barris por dia (bpd). A média diária produzida no pré-sal brasileiro foi de 1,029 milhão boed e a produção de petróleo operada pela companhia nesta área foi de 822 mil bpd. A produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, foi de 74,1 milhões de m³/dia. Em campos do exterior, a produção média da Petrobras atingiu 183 mil barris de óleo equivalente por dia. A produção de petróleo foi de 92 mil bpd, volume 4,2% abaixo do mês anterior. Segundo a Petrobras, essa redução deveu-se, especialmente, à parada para manutenção – já concluída – da produção do campo de Agbami, na Nigéria, e à menor produção no campo de Medanito, na Argentina, devido a questões climáticas. A produção de gás natural foi de 15,5 milhões de m³/d, 4,3% abaixo do volume produzido no mês anterior. Essa redução ocorreu, sobretudo, devido à parada para adequação da planta de gás da plataforma localizada no campo de Hadrian South, nos EUA. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 29 de fevereiro. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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Grandes Consumidores
1 Sobrecontratação das distribuidoras é vista como oportunidade pela indústria
Consumidores industriais que estão no mercado livre encaram como uma oportunidade a sobrecontratação das distribuidoras. Eles querem ter acesso a parte da energia mais barata das usinas hidrelétricas que foi incluída no regime de cotas em 2012 pela Medida Provisória 579 e hoje sobra no portfólio de algumas empresas. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica calcula que o excedente chega 3 mil MW médios, conforme antecipou. A Abrace discute com o MME a possibilidade de alterações legais que permitam o acesso a uma parcela da cotas, para tornar a indústria mais competitiva. Segundo a Abrace, existem 13 mil MW em sistema de cotas. “Estamos conversando com o MME sobre isso”, disse o presidente executivo da associação, Paulo Pedrosa. Considerando a diferença de R$ 150/MWh entre o custo médio dos contratos no Ambiente de Comercialização Regulada e o PLD, o prejuízos das distribuidoras chegaria a R$ 4 bi, de acordo com a Abrace. Pelas regras atuais, as distribuidoras são obrigadas a contratar a totalidade da demanda do mercado consumidor, e têm cobertura tarifária para até 5% do que exceder essa contratação. O que ultrapassar os 105% só pode ser liquidado ao PLD, que esse ano bateu no piso, na casa dos R$ 30,00/MWh. A Abradee calcula que a sobra chegue a 2% na média, mas existem empresas com maior volume sobrecontratado. O tratamento a ser dado à sobrecontratação da energia das cotas está em estudo pela Aneel. A Aneel abriu audiência pública com proposta de revisão das regras que permite a repactuação dos contratos regulados. Uma das possibilidades é de que o inicio de entrega da energia de empreendimentos com previsão de atraso no cronograma de obras possa ser postergado. (Agência CanalEnergia – 29.02.2016)
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2 Fabricantes de fios e tecidos: aumento na demanda acima de 10%
Os fabricantes de fios e tecidos relatam aumento na demanda acima de 10%. A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) projeta para a categoria crescimento de 9% na produção este ano, chegando a 2,08 milhão de toneladas. E as companhias que investem em fios e tecidos "inteligentes" têm se expandido ainda mais. A Rhodia, empresa que integra o grupo belga Solvay, apontou um crescimento de 50% nas vendas de 2015 e, este ano, mantêm o ritmo de expansão. "Em 2014, cerca de 20% das vendas eram de itens lançados há menos de cinco anos. Em 2015, esse índice chegou a 30%. Os fios com inovação ajudam a alavancar vendas no Brasil e as exportações das indústrias têxteis", disse Renato Boaventura, CEO da unidade global de negócios fibras do Grupo Solvay. Em 2015, a Rhodia colocou no mercado um fio de poliamida já tingido de branco, gerando economia para indústrias com alvejamento. Este ano, a inovação mais procurada é uma poliamida biodegradável. O fio se decompõe em ambientes com baixo nível de oxigênio e presença de microrganismos típicos de aterros sanitários. Nessas condições, o tecido se decompõe em menos de três anos, enquanto a poliamida tradicional demora décadas para desaparecer. Boaventura disse que o preço do fio é praticamente igual ao da poliamida convencional, o que também favoreceu a rápida adoção do produto. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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Economia Brasileira
1 PAC investe R$ 251,7 bi em 2015
O governo federal divulgou nesta segunda-feira (29/2) que, em 2015, aplicou R$ 251,7 bi no PAC 2015-2018, em parceria com estados, municípios e o setor privado. O valor equivale a 24,2% do total que deverá ser investido até 2018, estimado em R$ 1,04 tri. Este é o segundo balanço dessa fase do PAC. Só no ano passado, as obras entregues contaram com R$ 159,7 bi, o que representa 23,8% do previsto (R$ 672 bi). O investimento foi distribuído em ações de três áreas estruturantes: social e urbana (R$ 91,2 bi), energia (R$ 63,6 bi) e logística (R$ 4,9 bi). Entre os empreendimentos de infraestrutura concluídos em 2015, o Ministério do Planejamento informou que figuram 270 quilômetros de rodovias (como 84,5 km da BR-418, que tem início em Minas Gerais, e 51 km da BR-235, que liga Sergipe ao Pará), a ponte Anita Garibaldi e o túnel do Morro do Formigão na BR-101 SC), 163 km da ferrovia Transnordestina, em Pernambuco, dois terminais hidroviários de passageiros na região Norte, o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), a recuperação do pátio do Aeroporto Santos Dumont (RJ) e a ampliação dos aeroportos de Santarém-PA e Tabatinga-AM. Na área de infraestrutura energética, destaca-se a conclusão de 108 novos empreendimentos de energia eólica, aumentando a capacidade instalada em mais 2.717 MW na matriz energética nacional. O programa Luz para Todos efetivou 57.676 novas ligações em todo país, o que corresponde a 28% da meta estabelecida para o período 2015-2018. Atualmente, o programa beneficia 3.258.086 de famílias, ou cerca de 15,6 milhões de moradores em áreas rurais. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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2 Projeções para o PIB pioram e horizonte da 'virada' é incerto
Apesar da piora contínua das estimativas para o PIB em 2016, economistas consultados pelo boletim Focus apontam que o momento mais crítico para a atividade econômica nesta crise pode ter se concentrado entre o último trimestre do ano passado e os primeiros três meses deste ano. A partir de meados de 2016, as quedas vão diminuir um pouco de intensidade, mas a contaminação das expectativas e os vários riscos presentes no cenário ainda não permitem apontar quando o PIB vai voltar a crescer, na comparação com igual período do ano anterior. Para alguns analistas, a estabilidade recente da confiança em alguns setores e o ajuste de estoques em curso no varejo e na indústria são alguns dos indicadores antecedentes que permitem apontar alguma estabilização da atividade econômica no fim do ano. Mas mesmo este cenário, que está longe de ser otimista, está recheado de riscos. Ontem, por exemplo, dois índices de confiança, da indústria e dos serviços, mostraram uma reversão parcial da melhora vista anteriormente. Qualquer expectativa de melhora dos indicadores de produção e vendas, ressaltam analistas, parte da premissa de que a situação política, se não vai se resolver, vai ao menos deixar de atrapalhar o andamento da economia, com algum avanço na área fiscal. Além disso, não há retomada à vista, e sim estabilidade em nível muito baixo de utilização da capacidade instalada e de outros fatores de produção, como mão de obra. Ao fim desse processo, o desemprego pode encostar em 14%. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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3 Contração da indústria brasileira piora em fevereiro, aponta Markit
Após subir duas vezes consecutivas e atingir em janeiro o maior nível em 11 meses, a atividade da indústria brasileira voltou a cair de forma significativa, de acordo com o Índice Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês), calculado pela Markit. O PMI saiu de 47,4 em janeiro para 44,5 em fevereiro, feito o ajuste sazonal. Há contração da atividade sempre que o PMI estiver abaixo de 50. Assim, em janeiro, o setor conseguiu diminuir o ritmo de queda para em seguida voltar a ampliar a retração no mês passado. O indicador está abaixo de 50 há 13 meses. O PMI mede a atividade do setor industrial a partir de variáveis como produção, novas encomendas, emprego e preços, pesquisadas em cerca de 400 empresas no país. Segundo relatório divulgado nesta terça-feira pela Markit, a forte queda das novas encomendas levou a indústria a reduzir a produção e o número de empregados. A taxa de demissões foi a segunda mais intensa desde abril de 2009. A queda da demanda e a necessidade de reduzir custos foram as principais razões apontadas pela indústria para o aumento das demissões. Enquanto isso, a desvalorização do real aumentou custos, que subiram à taxa mais alta desde outubro de 2008. A depreciação cambial, por outro lado, incentivou alguns negócios de exportação, que aumentaram, mas de forma modesta, segundo a Markit. A queda da produção e também das compras de insumos levaram a um recuo nos estoques de pré e pós produção. Este último caiu no maior ritmo desde julho de 2009, diz o relatório. “Os problemas econômicos do Brasil continuam a pressionar o setor manufatureiro. A produção e o emprego recuaram novamente em fevereiro na medida em que as companhias viram uma forte redução nos pedidos, o que acrescenta mais um problema à combalida situação do país”, diz no relatório a economista da Markit Pollyanna de Lima. Segundo ela, a questão fiscal deve continuar a afetar a atividade econômica brasileira. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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4 Pessimismo do consumidor fica quase estável em fevereiro, mostra CNI
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) ficou praticamente estável entre janeiro e fevereiro deste ano, informou a CNI nesta segunda-feira. Nesse período, o índice subiu 0,1%, chegando a 98,7 pontos. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 1,3%. A média histórica é de 109,4 pontos. Qualquer valor abaixo de cem pontos mostra pessimismo. Segundo a CNI, “o índice sugere uma demanda mais fraca nos próximos meses”. Dos seis componentes que formam o indicador, os que apresentaram melhora foram os de inflação e desemprego, subindo, respectivamente, 2,5% (para 98,3 pontos) e 6,6% (para 110,5 pontos) na comparação com o mês anterior. Isso significa que o pessimismo dos consumidores em relação a esses temas é menor do que em janeiro. Por outro lado, as expectativas em relação à renda pessoal e ao endividamento caíram, respectivamente, 1,8% (para 89,1) e 4,2% (para 92,9), o que mostra pessimismo maior nesses quesitos do que em janeiro. O componente ligado a compras de bem de maior valor ficou praticamente estável, com recuo de 0,1% (para 113,4), enquanto o relacionado à situação financeira do entrevistado se manteve com 85,5 pontos. Para a realização do Inec, foram realizadas 2.002 entrevistas em 142 municípios no período de 13 a 16 de fevereiro. (Valor Econômico – 29.02.2016)
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5 Inflação pelo IPC-S desacelera ao final de fevereiro
A inflação medida pelo IPC-S cedeu de 1,10% para 0,76% da terceira para a quarta quadrissemana de fevereiro, informa a FGV. No fechamento de janeiro, o indicador havia marcado alta de 1,78%. A queda mais intensa da tarifa de energia elétrica e de alguns alimentos, além do efeito menor do reajuste das passagens de ônibus ajudaram na desaceleração. Com o resultado, o IPC-S acumula alta de 2,56% no ano e de 10,37% no acumulado em 12 meses. Seis das oito classes de despesas que compõem o índice registraram taxas mais baixas na quarta quadrissemana, em comparação com a terceira. A maior contribuição partiu do grupo habitação (0,78% para 0,39%) em que a tarifa de eletricidade residencial passou de queda de 0,90% para recuo de 2,44%. Também variaram menos alimentação (1,40% para 1,07%), educação, leitura e recreação (1,50% para 0,44%), transportes (1,60% para 1,13%), vestuário (0,19% para 0,04%) e saúde e cuidados pessoais (0,75% para 0,69%). Nestas classes de despesa, vale destacar, respectivamente, o comportamento dos itens: hortaliças e legumes (3,75% para -0,31%), cursos formais (2,12% para 0%), tarifa de ônibus urbano (3,13% para 1,50%), roupas (0,03% para -0,11%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,13% para 1%). Em contrapartida, comunicação (0,52% para 0,83%) e despesas diversas (1,27% para 1,58%) registraram variações maiores por conta de tarifa de telefone móvel (0,56% para 1,14%) e cigarros (2,40% para 3,28%), respectivamente. O IPC-S mede a inflação em sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e Brasília. (Valor Econômico – 01.03.2016)
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6 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 9h49, o dólar comercial caía 0,44%, a R$ 3,9859. Na segunda-feira, o dólar comercial subiu 0,15% encerrando a R$ 4,0036. (Valor Econômico – 01.03.2016 e 29.02.2016)
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Internacional
1 Paraguai: ANDE teve US$ 1 milhão para investir nos últimos 10 anos
Na última década, a ANDE (Administração Nacional de Eletricidade) obteve recursos de mais de US$ 01 milhão para melhorar sua infraestrutura. No entanto, o grau de execução não foi suficiente, segundo registra o Sistema de Gestão e Análise da Dívida Pública do Ministério da Fazenda. Tal fato põe em dúvida a capacidade de gestão da entidade e de quem está no comando. (ABC Color – Paraguai – 29.02.2016)
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2 Colômbia: Desperdício de eletricidade custa 4 bilhões de pesos por ano
Nestes momentos nos quais a Colômbia tem que importar energia elétrica do Equador por falta de chuvas e o dano na central hidrelétrica de Guatapé (sofreu um incêndio), a eletricidade que o país desperdiça está na ordem dos 3,96 bilhões de pesos, revelam dados da UPME (Unidade de Planejamento Mineiro-Energética). A entidade afirma que o país desperdiça 10% de toda a energia que produz algo em torno de 6000 GWh por ano em todos os setores: industrial, residencial, comercial, saúde e público. (Portafolio – Colômbia – 28.02.2016)
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3 Presidente da Endesa admite repensar investimentos em Portugal
O presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva, admite repensar os investimentos da empresa em Portugal. "Estamos vendo o que vamos fazer", diz Nuno Ribeiro da Silva. A Endesa tem um projeto de barragem que são € 500 milhões de investimento. "Temos lá investidos € 100 milhões. E, entretanto, no programa do governo está escrito, em linha e meia, que todo o plano de barragens vai ser revisto e repensado. Qual acha que é a reação de uma empresa que está a fazer um investimento destes?", explica o responsável da empresa espanhola. Nuno Ribeiro da Silva admite, também, que a fatura da tarifa social de energia, sendo um parâmetro de custo para as empresas, vai "se refletir no preço ou na qualidade do serviço", a curto/médio prazo. (Económico – Portugal – 29.02.2016)
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4 França: Ministra pode prolongar atividade das centrais nucleares
A ministra francesa da Ecologia afirmou estar disposta a autorizar o prolongamento da atividade das centrais nucleares de França até 50 anos, recordando o compromisso do Governo de reduzir o peso desta fonte energética no conjunto nacional. A duração atual das centrais é de 40 anos, mas Ségolène Royal disse que, se a Autoridade de Segurança Nuclear o permitir, está disposta a que cheguem aos 50 anos. A empresa de eletricidade EDF, principal detentora das centrais de França, fez um pedido naquele sentido há alguns dias. A governante referiu que, como o investimento nessas centrais já está amortizado, a eletricidade será mais barata. A ministra da Ecologia recordou que a França deve ir reduzindo progressivamente o peso da energia nuclear a favor das energias renováveis, de modo a passar dos atuais 75% para cerca de 50%. (Correio da Manhã – Portugal – 28.02.2016)
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5 Espanha: Mal tempo reduz fatura de luz em 8% em fevereiro
A queda no custo de produção da energia elétrica experimentada no mês de fevereiro como consequência dos fortes ventos e da chuva presentes em muitos pontos da Península aparecerá no recibo elétrico dos domicílios acolhidos pelo Preço Voluntário do Pequeno Consumidor (PVPC) na forma de uma redução de 08% em relação ao mês de janeiro, desconto que sobe para 14% se comparado ao mesmo mês de 2015. De fato, o preço da eletricidade na Espanha entre 1º e 27 de fevereiro reduziu-se em 22% na comparação com a média do mês de janeiro, segundo os dados do pool elétrico do operador de mercado OMIE. (El País – Espanha – 28.02.2016)
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6 China terá maior térmica de aterro do mundo
A companhia dinamarquesa SH Architects ganhou uma licitação para entregar na China uma usina termelétrica com capacidade de queimar 5 mil toneladas por dia. Segundo a empresa, será o maior projeto de “waste-to-energy” (lixo-a-energia, em tradução literal) do mundo. A térmica, localizada na cidade de Shenzhen, deve iniciar operação em 2020. Além de queimar um terço do lixo do aterro da cidade, liberando metade do gás carbônico que seria emitido pela decomposição dos dejetos, o projeto também prevê a instalação de painéis solares em uma área de 44 metros quadrados no teto do prédio. (Agência Brasil Energia – 29.02.2016)
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7 Governo indiano promete eletricidade em todas as aldeias dentro de dois anos
O Governo da Índia vai trabalhar para garantir que todas as aldeias do país tenham eletricidade dentro de dois anos, conforme prometeu o ministro das Finanças, ao apresentar o orçamento anual. "O Governo está comprometido a alcançar uma taxa de 100% nas aldeias até 01 de maio de 2018", afirmou o ministro das Finanças indiano, Arun Jaitley. (Correio da Manhã – Portugal – 29.02.2016)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo
Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.
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necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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