l

IFE: nº 4.034 - 19 de fevereiro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: delegação visita EDP em Portugal
2 Aneel aceita pedido para adesão à repactuação do risco hidrológico pela Aliança Geração da Vale (55%) e Cemig (45%)
3 Comercializadores sugerem mudanças para facilitar acesso de indústrias ao mercado livre
4 PEC prevê royalties pela geração eólica
5 UHE Itaocara consegue enquadramento no Reidi
6 Artigo de Washington Novaes: “Emissões na área de energia exigem prudência”

Empresas
1 S&P rebaixa ratings de 20 empresas brasileiras de infraestrutura
2 Governo avalia intervenção na Abengoa
3 Abengoa: Intervenção é vista na Aneel como solução; MME ainda resiste
4 BTG perde R$ 375 mi com Abengoa
5 BTG acusa Abengoa de ter desviado dinheiro
6 AES nega venda de ativos no Brasil
7 Cosan tem lucro líquido de R$ 674,2 mi no 4º tri
8 Eletrosul abre chamada pública para implantar lote arrematado em leilão de 2014

9 RGE investe R$ 270 mil em melhorias na rede elétrica de Irai

10 Greve na Cemig termina com compromisso de primarização de 400 vagas

11 Consórcio de Andrade Guiterrez e Odebretch buscou ‘boa vontade’ e interesse político da Cemig, diz documento

12 Cummins vence licitação e vai modernizar subestação e usina na sede do Ipasgo

13 Siemens inicia unidade de atendimento a serviços elétricos em Manaus

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil
2 Recuperação dos reservatórios do Nordeste mantém trajetória de alta
3 EPE já admite possível redução na projeção de carga

4 Primeira metade de fevereiro tem consumo em queda de 1,9%

5 Horário de verão trouxe redução diária de 4% na demanda máxima da Cemig

6 DF tem redução de 3% na demanda de energia durante horário de verão

7 Temporal no RS deixou 60 mil clientes da AES Sul sem energia

Meio Ambiente
1 CGTEE apresenta defesa junto ao Ibama contra embargo de Candiota

Energias Renováveis
1 Eólicas buscam solução para obras de linhas no Nordeste
2 Energia solar itinerante
3 Logum dobra volume de etanol transportado

4 PCH entra em testes no Rio Grande do Sul

Gás e Termelétricas
1 Lucro da Comgás soma R$ 240,5 mi no quarto trimestre

Grandes Consumidores
1 Plano estratégico da Usiminas para 2016 prevê aporte de capital

Economia Brasileira
1 PIB brasileiro deve recuar 4% neste ano, projeta OCDE
2 Tombini destaca necessidade de reformas de longo prazo

3 Atividade econômica caiu 3,8% em 2015, segundo Serasa Experian
4 Pesquisa revela menos intenção de investir no setor industrial
5 Indústria de São Paulo cortou 14,5 mil vagas em janeiro
6 IGP-M acelera na 2ª prévia de fevereiro
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: 20.000 sem luz no primeiro dia de cortes programados
2 Entrevista com Christian Grossmann (Banco Mundial): “Hay um caso de negocio para las energias renovables”
3 Portugal: Iberdrola conquista liderança de grandes consumidores de energia
4 Portugal com novo máximo de produção de eletricidade devido à chuva e ventos fortes
5 Portugal: Mercado livre de eletricidade já tem 4,38 milhões de clientes

6 Japão vai triplicar produção de energia eólica nos próximos cinco anos

7 Reino Unido encomenda duas unidades de avião movido a energia solar

8 Índia deve atingir 9 GW de capacidade solar instalada

9 Americana ABS Group vai certificar projeto de nova plataforma para eólica offshore

10 AES instala central de armazenamento de energia na Holanda

11 Rosatom negocia 25 novos reatores nucleares

Biblioteca Virtual do SEE
1 NOVAES, Washington. “Emissões na área de energia exigem prudência”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 19 de fevereiro de 2016.
2 VÁSQUEZ, Cristóbal. “Entrevista com Christian Grossmann: Hay um caso de negocio para las energias renovables”. Portafolio. Bogotá, 17 de fevereiro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: delegação visita EDP em Portugal

A EDP Produção recebeu uma delegação de professores e pesquisadores do GESEL, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cujo interesse se centrou na visita a uma Central a Gás de Ciclo Combinado. A delegação foi recebida pelo Conselho de Administração da EDPP na sede da 24 de Julho em Lisboa, com quem abordou temas relacionados com o panorama do setor elétrico, a regulação do setor em Portugal, na Europa e no Brasil. A Central de Lares foi o segundo palco da visita e desta vez a recepção do grupo, foi assegurada pelo responsável desta central, João Cerqueira. Depois de uma breve apresentação do Grupo EDP e seu portfólio de Geração, João Cerqueira, Vítor Cordeiro e Miguel Mateos, tornaram Lares o foco da reunião. Caracterizada por ser uma CCGT, (Central Térmica de ciclo Combinado com Turbina a Gás Natural), as especificidades desta Central despertou entre os presentes, um debate e discussão de ideias bastante interessante, principalmente devido a duas realidades bastante distintas, Portugal vs Brasil (caracterizada por forte componente hídrica). No encerramento desta visita os participantes tiveram a oportunidade de dar um passeio pela central e conhecer de perto toda a sua estrutura e componente técnica. Das observações recolhidas dos visitantes, damos destaque às de Nivaldo José de Castro, prof. e coordenador do GESEL / UFRJ e Amílcar Guerreiro, diretor da EPE (Empresa de Pesquisa de Energia), que se mostraram entusiasmados e surpreendidos, não só pela especificidade da própria central, como pela hospitalidade dos nossos colaboradores dispostos a partilhar a “casa” e conhecimento. Já do lado da EDPP, referiu-se a importância de mostrarmos ao exterior o que fazemos bem e estar abertos a sugestões e diferentes opiniões externas, que nos agreguem conhecimento. (EDP – 13.02.2016)

<topo>

2 Aneel aceita pedido para adesão à repactuação do risco hidrológico pela Aliança Geração da Vale (55%) e Cemig (45%)

A Aneel aceitou o pedido para adesão à repactuação do risco hidrológico (GSF) pela Aliança Geração, empresa formada pela Vale (55%) e Cemig (45%). Com a aprovação, quatro hidrelétricas entram no mecanismo, somando novos 832 MW e 172,6 MW médios repactuados. Entre as usinas, estão a Porto Estrela (112 MW – MG), Funil (180 MW – MG), Aimorés (330 MW – MG/ES) e Amador Aguiar II (210 MW – MG). A concessionária mineira já possui outros dois projetos com adesão autorizada no final de janeiro, as usinas Queimado (105 MW – MG/GO) e Irapé (399 MW – MG). Além da Aliança, a agência acatou a adesão da Central Hidrelétrica Salto das Flores, com a PCH de mesmo nome. O empreendimento possui 6,7 MW de capacidade e está localizada no município de Paraíso, em Santa Catarina. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

3 Comercializadores sugerem mudanças para facilitar acesso de indústrias ao mercado livre

Uma proposta apresentada ao governo pela Abraceel sugere o fim das restrições de acesso do segmento industrial ao mercado livre, para que as sobras de energia resultantes da migração de consumidores que estavam no ambiente regulado possam ser vendidas livremente à indústria. Eventualmente, segundo a Abraceel, as próprias distribuidoras de energia poderiam negociar os excedentes em leilões direcionados ao ambiente de livre comercialização, em vez de liquidar essa energia ao Preço de Liquidação das Diferenças. Para que qualquer alteração ocorra, no entanto, serão necessárias mudanças legais. A ideia apresentada ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, é de que sejam reduzidos os limites mínimos de carga para a indústria possa escolher seu fornecedor. O maior potencial está no consumidor especial, onde um número significativo de pequenas indústrias que são clientes cativos das distribuidoras poderia ser enquadrado. O presidente executivo da associação, Reginaldo Medeiros, lembra que existe atualmente uma sobra relevante de energia resultante da redução da atividade econômica, e um efeito marginal provocado pela migração de consumidores do mercado regulado. “O que a gente está falando é que se houver um movimento forte de migração, que essa energia também migre para o mercado livre por meio de leilão”, disse Medeiros. O assunto também foi discutido com a Abradee. Em tese, as distribuidoras podem ter interesse em vender livremente seus excedentes, já que a liquidação no mercado de curto prazo pode significar prejuízo quando o PLD for menor que custo da energia comprada. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

4 PEC prevê royalties pela geração eólica

Uma nova PEC poderá incluir a geração eólica como um dos bens da União. Com a medida, em tramitação na Câmara dos Deputados, será assegurado o pagamento de royalties pela exploração da fonte. A PEC 95/2015, do deputado Heráclito Fortes (PSB/PI), institui a participação governamental na forma de compensação financeira aos estados, Distrito Federal e municípios onde ocorre a produção, além de órgãos da administração direta. Atualmente, o Brasil contempla como bens energéticos da União o potencial hidráulico e os recursos minerais, inclusive os do subsolo. Em relação aos royalties, a Constituição assegura a participação do Estado “no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração”. A proposta traz complementação também no artigo 21, com a inclusão do aproveitamento energético dos ventos como objeto de exploração da União, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, como já acontece no país. Segundo Fortes, um dos principais pontos de motivação para a medida são as limitações que projetos eólicos podem trazer para outros setores econômicos, como o turismo, por exemplo, em razão das grandes dimensões dos equipamentos, com ocupação de espaços com área significativa e poluição visual da paisagem. A PEC foi apresentada em julho de 2015 e está em análise na CCJ sob relatoria do deputado Tadeu Alencar (PSB/PE). O texto está em regime de tramitação especial, o que significa que, caso aprovado na primeira instância, seguirá para apreciação por comissão criada especialmente para a proposta e posteriormente, para Plenário. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

5 UHE Itaocara consegue enquadramento no Reidi

O MME aprovou na última quarta-feira, 17 de fevereiro, a entrada no Reidi da UHE Itaocara I, de propriedade da Light e da Cemig. A hidrelétrica, que foi comercializada no leilão A-5 de 2015 fica localizada na cidade de Aperibé-RJ e vai ter 150 MW de potência instalada. As obras serão executadas entre 5 de janeiro de 2016 e 15 de dezembro de 2019. O empreendimento vai consumir R$ 875.841.969,58 em investimentos sem a incidência de impostos. O MME também enquadrou no Reidi a terceira unidade geradora da UTE Curitiba Energia. A turbina da térmica tem potência de 1,42 MW. Os investimentos para a implantação da turbina serão de R$ 4.502.098,48, sem a incidência de impostos. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

6 Artigo de Washington Novaes: “Emissões na área de energia exigem prudência”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, o jornalista Washington Novaes chama atenção para os problema que a emissão de gases vem gerando. “O mundo não tem alternativa a não ser reduzir – até eliminar – as emissões de poluentes que se acumulam na atmosfera e contribuem para as mudanças climáticas. Nenhum país poderá escapar. E o Brasil, que tem condições privilegiadas para mudar, graças à sua matriz energética mais favorável, continua envolvido numa ‘crise de energia’”, diz o jornalista. Para ler o texto na íntegra, clique aqui (GESEL-IE-UFRJ – 19.02.2016) .

<topo>

 

Empresas

1 S&P rebaixa ratings de 20 empresas brasileiras de infraestrutura

Ainda como consequência do rebaixamento do rating soberano do Brasil na quarta-feira, de BB+ para BB, com perspectiva negativa, a agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor's (S&P) rebaixou o rating de 20 empresas brasileiras de infraestrutura. A agência rebaixou o rating de crédito em escala global, para BB, e em escala nacional ´para brAA- na Geração Paranapanema e Itaipu Binacional. A perspectiva permanece negativa. Para a Invepar, a agência reafirmou a nota de crédito em escala global para BB, rebaixando a perspectiva para negativa. Também rebaixo o rating de crédito em escala nacional da Invepar e de sua subsidiária Concessionária Auto Raposo Tavares de brAA- para brA+, todas com perspectiva negativa. A S&P cortou o rating de crédito em escala nacional, para brAA-, das empresas: Atlantia Bertin Concessões, Rodovia das Colinas, Triângulo do Sol, Ecovias, Ecorodovias, Santos Brasil, Autopista Planalto Sul e Arteris. A perspectiva para esse grupo é negativa. Também foram rebaixadas em escala nacional, para brAA-, em observação, com implicações negativas, a CCR, Autoban, Dutra e Rodonorte. AS&P cortou a nota de emissão em escala nacional, para brAA-, das seguintes companhias: Cachoeira Paulista Transmissora de Energia, Baesa, CCR, Autoban, Dutra, Autopista Planalto Sul, Arteris, Ecovias, Ecorodovias e Santos Brasil. A perspectiva para emissão de Cachoeira Paulista é negativa, enquanto CCR e subsidiárias permanecem em observação, com implicações negativas. Os ratings de emissão em escala nacional de Rodovia das Colinas e Triângulo do Sol foram cortados para brAA. Também foram cortados os ratings de emissão em escala nacional, para brA+, de Auto Raposo Tavares e Iracema Transmissora de Energia. Para esta última, a perspectiva é negativa. A Metrobarra teve o rating de emissão em escala nacional preliminar baixado de brAA- para brA+, com perspectiva negative. (Valor Econômico – 18.02.2016)

<topo>

2 Governo avalia intervenção na Abengoa

A possibilidade de intervenção administrativa nos ativos da espanhola Abengoa, considerada pelo governo como uma medida extrema para salvar concessões estratégicas na área de transmissão de energia, ganhou força nos últimos dias. Esse expediente só foi usado uma vez, em 2012, para tirar do atoleiro oito distribuidoras controladas pelo grupo Rede. De acordo com autoridades, a solução preferencial do MME e da Aneel era e continua sendo uma transferência dos ativos para outras empresas com experiência no setor. No entanto, o pedido de recuperação judicial da Abengoa no Brasil complica essa alternativa e eleva a hipótese de intervenção. Em grave crise financeira, a multinacional espanhola é responsável atualmente pela construção de 6.318 km de linhas de transmissão no país. As autoridades têm duas preocupações mais imediatas. Uma é o chamado "Linhão Pré--Belo Monte", que escoará parte da produção da mega-usina hidrelétrica para os Estados do Nordeste. Outro foco de atenção são dois lotes de linhas que devem conectar usinas eólicas, também no Nordeste, ao SIN. Há risco grande de atraso na entrega de todos os empreendimentos. Com a recuperação judicial da holding, que não abrange as sociedades de propósito específico criadas para construir e operar os linhões, os ativos de transmissão podem até ser leiloados como forma de assegurar o pagamento aos credores. Isso dificulta a "solução de mercado" que vem sendo costurada pelo MME e pela Aneel. O temor é de que as empresas que assumirem as concessões fiquem vulneráveis a eventuais reversões judiciais do negócio. Havia interesse de empresas como a Taesa, ligada à estatal mineira Cemig, para assumir um ou mais ativos. Um problema, no entanto, são as tarifas praticadas nas concessões e a taxa de retorno das linhas de transmissão. A Abengoa venceu os leilões justamente quando o WACC regulatório (a taxa de remuneração sobre o capital investido das empresas) estava no piso. Além disso, a multinacional espanhola ofereceu deságio nos certames, derrubando a RAP das concessões. É aí que entra um dos pontos mais polêmicos do processo. O governo não descarta totalmente uma eventual mudança nas condições dos contratos já assinados, mas para isso precisaria do apoio do TCU. (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

3 Abengoa: Intervenção é vista na Aneel como solução; MME ainda resiste

Esta semana, o titular do MME, Eduardo Braga, visitou o TCU e manifestou preocupação com a situação das concessionárias de transmissão que apresentaram deságios muito agressivos nos leilões e que agora estão com o caixa apertado - em referência indireta à Abengoa. Defendida pelas empresas, a possibilidade de revisão das premissas contratuais é vista com muitas ressalvas pela Aneel, que não quer abrir precedentes. No entanto, o governo faz questão de avaliar todos os cenários e discutirá o assunto com os ministros do TCU na semana que vem. A intervenção passou, então, a ser vista na Aneel como "parte da solução" do problema: uma forma de evitar a interrupção das obras e novos atrasos na entrada em operação de linhões estratégicos para o sistema. A área jurídica da agência reguladora está analisando concretamente essa possibilidade. Caso realmente ocorra, a intervenção administrativa tende a ser rápida e serviria apenas para relicitar os ativos que estão nas mãos da Abengoa, recolocando as concessões no mercado com taxas de retorno mais adequadas ao cenário econômico. O ministério, porém, ainda resiste a essa hipótese. "Estamos buscando um caminho amigável para que possamos ter uma solução o mais rapidamente possível", disse uma fonte do governo. A MP 577, medida provisória depois convertida na Lei 12.767 de 2012, autoriza o poder concedente, por intermédio da Aneel, a intervir na concessão de serviços públicos de energia elétrica para assegurar o cumprimento das normas contratuais. Como as obras da Abengoa se encontram consideravelmente atrasadas, podendo prejudicar o equilíbrio energético do sistema, essa intervenção seria cabível. A legislação foi criada justamente para privilegiar a continuidade dos serviços públicos no caso de problemas financeiros das concessionárias. Foi apurado que a Eletrobras seria uma das interessadas na relicitação dos ativos da Abengoa, possivelmente com outros parceiros. A companhia entraria com a experiência e capacidade de captação de financiamento. Enquanto a espanhola tenta ganhar tempo para conseguir uma saída financeira, o governo se vê pressionado pela questão de responsabilidade do poder público, que exige uma solução rápida. Em agosto de 2012, a Aneel anunciou a intervenção em oito distribuidoras de energia do grupo Rede. Em 2014, após uma disputa com a CPFL e com o grupo Equatorial - que atuaram em consórcio -, as empresas foram vendidas pelos antigos controladores para a Energisa. (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

4 BTG perde R$ 375 mi com Abengoa

O banco BTG Pactual perdeu, neste ano, R$ 375 mi com o grupo espanhol Abengoa, que é dono da concessão para a operação de parte do sistema de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte. A Abengoa pegou dinheiro emprestado para construir a linha que ajudaria a escoar a energia da usina, mas as obras estão paralisadas e a dívida que venceu em janeiro deste ano não foi paga. Sem receber, o banco partiu para um processo na Justiça paulista em que acusa o grupo espanhol de esvaziar seu patrimônio no Brasil para tentar salvar as atividades da empresa na Europa. A espanhola Abengoa é dona da concessão de parte do sistema de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte e vive situação financeira complicada. O banco fundado por André Esteves fez um empréstimo de R$ 300 mi, em março de 2013, para o grupo espanhol, que tinha vencido licitações realizadas pela Aneel. Segundo uma fonte graduada ligada à agência, a participação agressiva da Abengoa na época foi surpreendente. “A empresa ofereceu deságios altíssimos, que não se praticavam mais e foi a grande vencedora do leilão.” O dinheiro do BTG serviria à Abengoa para iniciar as obras de mais de 1,8 mil km de linhas de transmissão entre os Estados de Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia. Tratava-se de um empréstimo transitório, conhecido como ‘ponte’, que foi concedido até que o financiamento de longo prazo fosse liberado. Mas em março de 2015, quando houve o primeiro vencimento da dívida, a empresa pediu mais prazo. O BTG estendeu o pagamento para janeiro deste ano. A dívida estava em R$ 375 mi quando deixou de ser paga. (O Estado de São Paulo – 17.02.2016)

<topo>

5 BTG acusa Abengoa de ter desviado dinheiro

De acordo com acusações feitas pelo BTG em dois processos judiciais que correm na Justiça paulista, a Abengoa teria esvaziado seu patrimônio no Brasil usando recursos que eram para as obras das linhas de transmissão de Belo Monte. Esse esvaziamento teria acontecido por meio do contrato efetivado com a Abengoa Construções, que pertence ao grupo e que era responsável pelas obras. Um laudo técnico anexado ao processo mostra que a Abengoa Construções não teve de dar qualquer garantia para a obra e foi isenta de penalidades por atrasos. O BTG argumenta no processo que, quando concedeu o empréstimo, o contrato entre construtora e concessionária previa multas e garantias e um adiantamento de 10% do valor total da obra, que custaria R$ 1,3 bi. Mas apenas três dias após a assinatura do empréstimo, um aditivo alterou o contrato com a construtora. Ficou acertado nesse novo acordo que a construtora receberia 20% adiantados, algo em torno de R$ 270 mi, e isenção de penalidades. No fim de 2014, entretanto, demonstrações financeiras da concessionária mostravam que o adiantamento efetivamente repassado chegava a R$ 437 mi. Por enquanto, a Justiça do Rio ainda não deu a permissão para a recuperação judicial da empresa. A Abengoa, em nota, disse que esta é uma etapa da reestruturação da companhia no País. A empresa não fez comentários sobre as acusações do BTG. Já o BTG informou que não pode se pronunciar sobre operações com clientes. (O Estado de São Paulo – 19.02.2016)

<topo>

6 AES nega venda de ativos no Brasil

A AES Eletropaulo negou que a holding que a controla, a AES Brasil, pretenda vender as distribuidoras do grupo e que sua mudança organizacional tem como objetivo crescer em geração e aprimorar a qualidade do serviço, entre outras motivações. A companhia enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em resposta à reportagem publicada na Folha de S. Paulo na última quarta-feira (17/2), segundo a qual as distribuidoras AES Eletropaulo e AES Sul foram colocadas à venda com a saída do presidente, Britaldo Soares. Segundo o comunicado, a reportagem causou "oscilação atípica das ações preferenciais" da empresa. A AES vem passando por um processo de mudanças nos últimos meses, culminando na reeestruturação que retirou a AES Tietê da Brasiliana, holding formada pela americana com o BNDES a partir da reformulação do passivo da empresa, na década passada. "A companhia vem (...) reiterar (...) que os ativos da mesma não estão à venda. A mudança organizacional anunciada nesta manhã [ontem] por meio de fato relevante, reflete a estratégia de longo prazo da AES Corporation no Brasil, que é de crescer em geração, aprimorar a qualidade do serviço e recuperar o valor das suas distribuidoras", disse a companhia. A reportagem da Folha afirma que a saída de Soares da presidência se deu porque era contra a venda de ativos, que teria até mesmo interessados. Uma das missões da nova Tietê será avançar com o plano de expansão em geração – a companhia tem planos de instalar uma térmica a gás em São Paulo há algum tempo, a fim de atender a uma exigência do edital de privatização da companhhia, estabelecido pelo governo paulista, de aumentar o parque de geração em 15%. Essa regra tanbem recaiu sobre a Duke Energy, mas nunca pôde ser atendida por causa da falta de novos aproveitamentos hídricos no estado. Ainda não está claro, porém, se a reestruturação tratará da AES Uruguaiana, termelétrica localizada na fronteira com a Argentina, que não pode operar a pleno por causa de restrições no fornecimento de gás no país vizinho. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

7 Cosan tem lucro líquido de R$ 674,2 mi no 4º tri

A empresa de energia e infraestrutura Cosan informou lucro líquido de R$ 674,2 mi no quarto trimestre, frente a prejuízo de R$ 83,5 milhões no mesmo período de 2014. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 1,85 bi de reais, aumento de 80% na comparação anual. (O Globo – 19.02.2016)

<topo>

8 Eletrosul abre chamada pública para implantar lote arrematado em leilão de 2014

A Eletrosul abriu chamada pública para selecionar empresas interessadas em compor parceria para a implantação e exploração de empreendimentos de transmissão que fizeram parte do lote A do leilão de transmissão 004/2014. Os empreendimentos ficam localizados no estado do Rio Grande do Sul. Os interessados têm até o próximo dia 22 de março para efetuarem o envio de documentos e informações. O edital da Chamada Pública e informações gerais sobre os empreendimentos estão disponíveis no sítio da Eletrosul na internet. O lote é composto por 18 novas linhas em extra-alta e alta tensão e sete seccionamentos, que somam 1.852 km, além de sete novas subestações e ampliações em 14 unidades existentes. Ele fica na região metropolitana e vai melhorar a confiabilidade do sistema. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

9 RGE investe R$ 270 mil em melhorias na rede elétrica de Irai

A RGE investiu R$ 270 mil em obras de melhoria na rede elétrica do município de Irai-RS. As obras, segundo a empresa, fazem parte de um plano de expansão e fortalecimento da rede elétrica da região de Frederico Westphalen. Em toda essa microrregião do Estado, a companhia injetou R$ 15,3 mi na manutenção, ampliação e melhoria de toda malha elétrica. Somente em Iraí, uma das principais cidades dessa microrregião por ser um polo turístico do RS, com estâncias hidromineral, a concessionária fez a troca e a implantação de 100 novos postes para a distribuição de energia elétrica de maneira mais confiável, com equipamentos modernos que são mais resistentes às intempéries. Para aumentar a capacidade energética da cidade e proporcionar mais qualidade à energia elétrica que chega em cada residência, comércio e indústria de Iraí, a RGE realizou a instalação de 12 novos transformadores, com mais potência e que superam a demanda existente por energia na cidade. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

10 Greve na Cemig termina com compromisso de primarização de 400 vagas

Após 52 dias, o Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais e a Cemig chegaram a um consenso e fecharam um acordo coletivo de trabalho, assinado no início de fevereiro. Em greve desde o fim de novembro de 2015, os funcionários divergiam da proposta de reajuste e pediam o cumprimento de promessas de campanha feitas pelo então candidato e hoje governador Fernando Pimentel. A redução drástica da terceirização era uma das principais delas. De acordo com informações do Sindieletro (MG), o reajuste ficou em 10,33% pelo INPC. Foi acertada a primarização de 400 vagas ao longo de 2016. O pleito do sindicato era de que ela atingisse 1.500 postos. As atividades de linha viva, equipes de manutenção de rede subterrânea, técnicos de projetos de expansão da distribuição, inspeção de redes e unidades consumidoras deverão ser realizada por funcionários da própria Cemig. Quanto ao desconto pelos dias de greve, 40% foram abonados pela empresa, outros 40% serão pagos pelos funcionários e 20%, ou cinco dias serão descontados de janeiro a maio, um dia em cada mês. Não haverá reflexo em férias, PLR e décimo-terceiro salário. Ainda de acordo com informações do sindicato, a composição da Participação nos Lucros e Resultados ficou metade proporcional ao salário e metade linear para os funcionários. A primeira proposta apresenta pela Cemig deixava a PLR proporcional aos salários, deixando ela maior para os salários mais altos. Foi acertada a realização de mesas temáticas ao longo do ano para a discussão de novos planos de cargos e carreiras. Outros temas que serão discutidos em mesas ao longo do ano são segurança do trabalho, saúde, segurança e seleção interna. Uma das características desse período em que a empresa ficou em greve e que se refletiu na sua duração foi a queixa dos dirigentes sindicais sobre a falta de diálogo com a Cemig na negociação do acordo coletivo. A expectativa dos sindicalistas é de que nessas discussões que ainda serão travadas ao longo de 2016 os canais de comunicação e negociação continuem. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

11 Consórcio de Andrade Guiterrez e Odebretch buscou ‘boa vontade’ e interesse político da Cemig, diz documento

A operação Lava-Jato localizou referência durante buscas na sede da Galvão Engenharia, em São Paulo, em novembro de 2014, na 7.ª etapa da operação; procuradores defendem que material seja compartilhado com Assembleia de Minas. Documento encontrado pela força-tarefa da Lava Jato na sede da Galvão Engenharia em São Paulo indica que um consórcio liderado pela Andrade Gutierrez em parceria com a Odebrecht e outras três construtoras teria buscado “interesse político” e “boa vontade” da Cemig para ser contratado em 2002 para as obras da usina hidrelétrica de Irapé, em Grão-Mogol, cidade mineira localizada no norte do Estado. O material foi encontrado na 7ª etapa da operação, em novembro de 2014, e voltou à tona após um pedido da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para ter acesso às investigações da Lava Jato com o intuito de apurar eventuais irregularidades envolvendo a Cemig e as empresas investigadas na Lava Jato. A hidrelétrica com potencial de 399 MW foi construída pelo consórcio que aparece no documento. As obras começaram em 2002 e foram concluídas em 2006 ao custo total de R$ 1,2 bilhão. O documento de quatro páginas intitulado “Breve histórico de UHE Irapé”, traz detalhes do pré-contrato assinado com o consórcio em 1998 e o andamento das negociações com a Cemig antes de ser assinado o contrato com as empreiteiras, em 2002, bem como as metas do consórcio para o período. (Estado de São Paulo – 19.02.2016)

<topo>

12 Cummins vence licitação e vai modernizar subestação e usina na sede do Ipasgo

O Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás, através de licitação, contratou a Distribuidora Cummins Centro-Oeste para os serviços de modernização e ampliação da subestação e da usina de geração de energia de emergência do seu prédio sede. Todo o projeto foi aprovado dentro das normas da concessionária Celg (GO). A DCCO gerenciou o projeto e obras de ampliação da subestação e sala dos geradores, além do fornecimento e instalação de dois transformadores a seco, um disjuntor de alta tensão a vácuo e instrumentos de medição. Segundo o engenheiro eletricista Guilherme Aquino, Gerente de Negócios da Cummins, os dois grupos geradores fabricados pela Cummins Power Generation, C400D6 de 500kVA, foram instalados em alvenaria com kits acústicos, painéis padrão TTA, quadro de transferência em rampa de 1600A, quadro geral de baixa tensão de 1600A, quadro de distribuição essencial de 1600A, banco de capacitores de 144kVAr e sistema de exaustores para subestação. De acordo com a coordenadora de engenharia e arquitetura do IPASGO, Maria das Neves, a migração das medições da baixa tensão para a alta tensão, que deve ser feita em breve, vai contribuir com uma redução na tarifa de energia elétrica. Outro benefício que ela aponta é que os geradores passaram a atender todo o prédio e antes atendia apenas a área de TI e elevadores. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

13 Siemens inicia unidade de atendimento a serviços elétricos em Manaus

A Siemens vai lançar, esse mês, uma unidade de atendimento a serviços elétricos em Manaus. O projeto tem como objetivo aproximar a empresa dos clientes e atender redes de transmissão, distribuição e indústrias na região. A nova estrutura que conta com o suporte da sede em Jundiaí-SP, onde fica o complexo industrial da Siemens, vai atender tanto a concessionárias de energia, quanto clientes industriais. Na cidade está localizada a Zona Franca de Manaus. Dentre os serviços a serem oferecidos estão estudos elétricos, projetos, comissionamento, manutenção de equipamentos elétricos, fornecimento de sobressalentes, contratos de operação e manutenção, monitoramento on-line de ativos, treinamentos e ampliação e modernização de subestações. A empresa estima que os serviços permitem obter um ganho de até 30% na vida útil de um equipamento, além de retornos expressivos em eficiência energética. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sul voltaram a subir estão operando com volume de 96,3%, registrando alta de 0,2%. De acordo com dados do ONS do último dia 17 de fevereiro, a energia armazenada é de 19.212 MW mês e a energia natural afluente é de 12.272 MW med, que equivale a 155% da média de longo termo armazenado no mês até o dia. A usina de Barra Grande está com 96,92% da sua capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste, nova subida de 0,2% nos níveis deixa os reservatórios com 48,6%. A energia armazenada é de 98.618 MW mês e a ENA é de 52.706 MW med, o mesmo que 77% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas opera com 56,08% da sua capacidade e a de Emborcação, com 43,61%. Na região Norte, pequena queda de 01% deixa os níveis do submercado em 41%. A energia armazenada é de 6.173 MW mês e a ENA é de 7.977 MW med, que corresponde a 78% da MLT. A usina de Tucuruí está com volume de 53,46%. Na região Nordeste, os reservatórios estão com 29,2% da sua capacidade, aumentando novamente 0,5% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 15.135 MW mês e a ENA chaga a 17.435 MW med, o mesmo que 112% da MLT. A usina de Sobradinho opera com 26,99% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

2 Recuperação dos reservatórios do Nordeste mantém trajetória de alta

Os reservatórios do Nordeste mantiveram a recuperação de 0,5 ponto percentual na última quarta-feira (17/2) em comparação com o dia anterior. O índice se repete desde há dois, o que reafirma a forte recuperação desse submercado. De acordo com o ONS, os reservatórios do Nordeste estão com 29,2% da capacidade. Caso a variação diária se mantenha no mesmo patamar, no próximo sábado (20/2), o submercado terá ultrapassado a barreira dos 30%. Ontem, o Brasil exportou energia, novamente em caráter emergencial, para a Argentina, mas desta vez numa quantidade muito menor: 9 MW. O país vizinho já havia apresentado excesso de carga na terça-feira (16/02) e recebido 201 MW por meio da estação conversora Garabi II. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

3 EPE já admite possível redução na projeção de carga

A primeira revisão quadrimestral desse ano poderá apresentar nova revisão negativa para a projeção de carga que compreende o período que vai de 2016 a 2020. Até o momento a EPE avalia que é preciso esperar o decorrer do primeiro trimestre para ter uma ideia mais clara de qual deverá ser o nível de redução da projeção. A avaliação é feita em conjunto entre a EPE e o ONS. "O ano está começando, ainda é cedo para afirmar algo, mas realmente a queda que estamos vendo na atividade econômica pode ser que tenhamos que fazer uma nova revisão do consumo para baixo", afirmou o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Na primeira revisão quadrimestral do ano passado, que indica as projeções até 2019 e foi divulgada em maio, já havia uma desaceleração no consumo com a expansão de apenas 0,1% na carga do SIN. Já na segunda revisão, datada de julho, a projeção passa para o campo negativo, com queda de 1,8% e projeção de demanda de 64.017 MW médios. No planejamento anual inicial de 2015 esperava-se uma demanda de 67.260 MW médios. Para este ano, a segunda revisão estimava crescimento de 2,4% e demanda de 65.585 MW médios. Já para 2017 a taxa de crescimento que era estimada estava em 3,7%. Por sua vez, em 2018 esperava-se 4,2% e 2019 com 4,1%, levando assim a um crescimento médio nesse período de 3,6%. Esses dados levaram em conta quedas do PIB de 1,2% em 2015 e crescimento de 1,1% da economia este ano. A taxa média de crescimento do período estava em 2,5%. Contudo, nesta quinta-feira, 18, o BC informou que o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB fechou 2015 com uma queda de 4,08% sem ajustes. Considerando as sazonalidades, a retração é um pouco mais acentuada, de 4,11%. O IBGE é o responsável pelo cálculo oficial do PIB. Até o momento, disse ele, a perspectiva é de divulgar essas novas projeções nas datas que são apresentadas, ou seja, em abril e agosto de todos os anos. Contudo, não descartou que em caso eventual de se notar uma grande mudança na demanda é possível que se antecipe essa revisão, mas que até o momento não há essa indicação. "Ainda precisamos verificar os primeiros dados de consumo desse ano", argumentou Tolmasquim em entrevista. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

4 Primeira metade de fevereiro tem consumo em queda de 1,9%

Os 15 primeiros dias de fevereiros tiveram queda de 1,9% no consumo de energia na comparação com o mesmo período do ano passado, para 61.543 MW médios, informou nesta quinta-feira a CCEE em prévia. Os dados mostram uma redução de 0,5% no mercado cativo (47.400 MW médios), e de 6,1% no mercado livre, o que correspondeu a 14.143 MW médios, segundo o Boletim Infomercado. Já a geração apresentou diminuição de 1,4%, para 64.261 MW médios. Na geração, a termeletricidade apresentou queda de 29,3% no período, na comparação anual, para 11.137 MW médios, refletindo o aumento da geração de eólicas e PCHs e a elevação das chuvas, fatores estes associados ao menor consumo. No caso do mercado livre, a redução foi acentuada para os setores de veículos e bebidas, com 20,9% e bebidas (-10,1%). No caso da indústria automobilística, o percentual acompanhou a maior queda na produção de veículos em nove anos, segundo dados da Anfavea. Por outro lado, o setor de comércio verificou alta de 4,4% na demanda no mercado livre. Já o setor de serviços e o de alimentos também apresentaram alta no consumo no ambiente livre, com 0,5% e 3,1%, respectivamente, devido à migração de consumidores. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

5 Horário de verão trouxe redução diária de 4% na demanda máxima da Cemig

A Cemig (MG) constatou em sua área de concessão, uma redução diária da demanda máxima de 4%, o que equivale a 350 MW. O valor é suficiente para atender, durante todo o período do Horário de Verão, o pico de carga de uma cidade de 750 mil habitantes, equivalente à soma das cidades mineiras de Juiz de Fora e Sete Lagoas. Além disso, com relação ao consumo de energia, foi obtida em Minas Gerais uma economia de 0,5%, que representa 108 GWh. Essa energia economizada é suficiente para abastecer Belo Horizonte durante nove dias. Segundo informações do ONS, a redução de consumo proporcionada no país pelo Horário de Verão na edição passada foi incorporada ao armazenamento dos reservatórios das usinas hidrelétricas do País, agregando 0,4% ao armazenamento da região Sudeste/Centro-Oeste e 1,3% ao armazenamento da região Sul. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

6 DF tem redução de 3% na demanda de energia durante horário de verão

O Distrito Federal reduziu sua demanda de energia em 3% no horário de ponta durante o horário de verão, representando uma economia de 35 MW, segundo a Ceb-D. A redução equivale a um alívio no carregamento do sistema correspondente à carga da cidade do Gama no horário de ponta em todos os dias do horário de verão. A Ceb-D também registrou redução de até 0,2% com relação à provisão de energia para o DF. O horário de verão termina à zero hora do próximo domingo, 21 de fevereiro, quando o relógio deverá ser atrasado em uma hora. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

7 Temporal no RS deixou 60 mil clientes da AES Sul sem energia

O temporal que atingiu o Rio Grande do Sul, na última quarta-feira,17 de fevereiro, prejudicou o fornecimento de energia elétrica em parte da área de concessão da AES Sul (RS). No pico do temporal, 60 mil clientes da distribuidora ficaram sem energia elétrica. Em 12 horas, 75% dos clientes já estavam com o fornecimento normalizado. Neste momento há 14 mil clientes em atendimento, a maioria em Santa Cruz do Sul e São Leopoldo. Nas demais regiões atingidas pelo temporal são casos isolados. A previsão da concessionária é normalizar o fornecimento para todos os clientes até o final desta quinta-feira, 18 de fevereiro. No início do mês, um forte temporal na região de Porto Alegre, com ventos de 120km/h, também afetou outra distribuidora, a CEEE. Na ocasião, cerca de 450 mil clientes tiveram o fornecimento de energia interrompido. (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

 

Meio Ambiente

1 CGTEE apresenta defesa junto ao Ibama contra embargo de Candiota

A CGTEE, empresa de geração térmica da Eletrobras, apresentou defesa junto ao Ibama contra o embargo do complexo Presidente Médici, também conhecido como Candiota, no Rio Grande do Sul. Vistorias do órgão ambiental apontaram irregularidades no armazenamento e destino de óleos combustíveis e falta de manutenção de equipamentos. A defesa foi encaminhada para a unidade de Bagé (RS) do instituto. Em nota, a companhia informou que está tomando as providências em relação ao destino dos materiais com armazenamento considerado irregular. Foi publicado,em 17 de fevereiro, edital para contratação de serviços de destinação e transporte dos resíduos notificados. Em relação ao armazenamento, a empresa defende que o material “estava estocado temporariamente em tonéis metálicos e depositado em área fechada” e que “durante inspeção do Ibama não foi detectado qualquer contaminação de área externa no local de armazenagem”. O órgão ambiental identificou óleos e resíduos nas lagoas de decantação do empreendimento e um depósito que abrigava 200 mil litros de óleo e resíduos oleosos, apontado como improvisado, sem licença nem medidas de controle ambiental. Além do embargo, o instituto aplicou multa de R$ 200 mil à companhia e prazo de 30 dias para destinação adequada dos materiais irregulares. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

 

Energias Renováveis

1 Eólicas buscam solução para obras de linhas no Nordeste

Enquanto a Abengoa se esforça para manter pelo menos uma participação na concessão da linha de transmissão que vai escoar energia da usina hidrelétrica de Belo Monte para o Nordeste, geradores afetados na região se movimentam para encontrar uma solução para outras sete linhas em construção pela companhia, que pediu recuperação judicial no fim de janeiro. O MME e a Aneel procuraram as empresas mais afetadas por essas linhas no Nordeste, sondando se haveria interesse em tomarem o controle das obras de seus respectivos trechos, garantindo a execução dos projetos. O foco da empresa espanhola é se manter nas linhas de transmissão relacionadas a Belo Monte, mas também estão sendo prejudicadas pelo atraso usinas eólicas e solares que dependem das instalações que serão implantadas pela empresa para o escoamento da energia. Foi apurado que as companhias estudam uma possibilidade nessa linha, envolvendo possivelmente um consórcio, mas as conversas ainda são preliminares e os estudos sobre o que pode ser feito estão em estágio inicial. Entre as principais companhias afetadas pelo atraso nas linhas de transmissão de concessão da Abengoa estão a italiana Enel, a francesa Voltalia, Atlantic, Renova, Brasventos e CER. De acordo com a Lei 12.767 de 2012, de conversão da MP 577, a concessionária tem até 60 dias depois do início da intervenção administrativa para apresentar à Aneel o seu plano de recuperação. Se o plano for indeferido ou não for apresentado dentro do prazo, o governo pode declarar a caducidade da concessão para depois relicitá-la. Também é possível alterar a composição societária da concessão, alterar o controle social ou aumentar o capital social da sociedade responsável pelo ativo. Dentro do que é permitido pela lei, a Aneel vislumbra três possibilidades em relação às concessões da Abengoa: a entrada de um sócio com capacidade de viabilizar as obras, a venda dos ativos e transferência da titularidade das concessões e a caducidade dos contratos, com uma relicitação em seguida. (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

2 Energia solar itinerante

A SolarGrid equipou um minitrailer com aparelhos eletrônicos que simulam um cômodo residencial e instalou painéis solares fotovoltaicos na superfície, batizando-o de "SolarTruck". Segundo a empresa de geração distribuída, o objetivo é colocar o trailer em circulação para expor o mecanismo e facilitar o entendimento das pessoas sobre o sistema. O plano é fazer com que o "SolarTruck circule por condomínios, shoppings, escolas, universidades, além de eventos em que a SolarGrid venha a participar. O veículo tem capacidade de gerar 5kW/h por dia, ainda de acordo com a SolarGrid, o que seria suficiente para manter cinco lâmpadas incandescentes acesas por 10 horas, e alimentar um notebook por seis horas seguidas, por exemplo. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

3 Logum dobra volume de etanol transportado

O sistema de dutos controlado pela Logum, primeiro do Brasil projetado para atendimento da indústria do etanol, movimentou 2,3 milhões de m³ do produto no ano passado, 130% superior ao transportado em 2014, quando a empresa encerrou o período com 1 milhão de m³. Para este ano, o plano é elevar esse montante para 2,8 milhões de m³. As atividades comerciais foram iniciadas em 2013 e espelham, basicamente, a operação de 350 km de malha dutoviária disponível até o momento e que cobre trechos entre Uberaba-MG e Ribeirão Preto-SP e entre Ribeirão Preto e Replan, Refinaria do Planalto, em Paulínia-SP. Os demais trajetos são subcontratados junto à Petrobras, enquanto o sistema próprio está em fase de implantação. Desde o início das obras de construção, em 2011, o complexo avançou aproximadamente 30% da extensão prevista no projeto original, de 1.300 km, que incluía prolongamento até Senador Canedo, em Goiás. Controlada por um consórcio formado por Petrobras, Raízen, Odebrecht, Copersucar, Camargo Correa e Uniduto, a empresa não informa quanto investiu até o momento e quanto pretende desembolsar nos próximos anos. Também não revela receitas, nem dados sobre clientes ou mesmo avaliações sobre o mercado em geral e desempenho comercial com um todo. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

4 PCH entra em testes no Rio Grande do Sul

A PCH Cazuza Ferreira poderá iniciar, nesta quinta-feira (18/2), os testes das duas unidades geradoras que compõem o projeto. Com 9,1 MW no total, a usina está localizada no município de São Francisco de Paulo, no Rio Grande do Sul. As obras foram iniciadas em 2014 e a data de obrigação para a entrada em plena operação está marcada para março. Segundo documento de fiscalização da Aneel, no entanto, a operação comercial está prevista para o segundo semestre do ano, uma vez que a execução do cronograma está atualmente atrasada. O empreendimento é de propriedade da Cazuza Ferreira Energética, sociedade formada entre a Cooperativa Regional de Desenvolvimento Teutônia (57%), Cooperativa de Geração de Energia e Desenvolvimento (38%) e Geopar Participações (5%). (Agência CanalEnergia – 18.02.2016)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Lucro da Comgás soma R$ 240,5 mi no quarto trimestre

A Comgás apurou lucro de R$ 240,5 mi no quarto trimestre do ano passado, alta de 61,2% a comparação anual. O lucro líquido normalizado pela conta corrente regulatória somou R$ 179,6 mi, alta bem menos acentuada de 4,2%. Segundo a companhia, os resultados normalizados, que incluem as variações da conta corrente regulatória, refletem de forma mais adequada seu resultado econômico. A receita líquida da companhia cresceu 2,4% no trimestre, para R$ 1,6 bi, refletindo os ajustes nas tarifas de vendas aplicados pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). A Comgás afirmou que o mix de vendas foi melhor, por conta do crescimento da participação dos segmentos residencial e comercial, mas destacou o efeito negativo da queda mais acentuada do consumo nos segmentos automotivo e industrial. As vendas totais de gás caíram 9,8% em volume no quarto trimestre, refletindo, principalmente, a retração de 10,3% no segmento industrial e de 10,8% no automotivo. O gás utilizado na termogeração caiu 8,6% no trimestre. No trimestre, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado pela conta corrente regulatória foi de R$ 314 mi no trimestre, queda de 2,9% na comparação anual, devido à queda no volume de vendas e o crescimento das despesas operacionais. Resultado anual A companhia teve uma receita de R$ 6,6 bi em 2015, alta de 3,3% na comparação anual. O lucro apurado no período somou R$ 698,9 mi, alta de 14,3%. A Comgás conectou aproximadamente 113 mil novos clientes, 112 mil deles no mercado residencial. Em 2015, a retração do volume de gás vendido caiu 4,5%. A queda mais acentuada foi no segmento automotivo, de 11,1%, seguido pelo industrial, de 5,6%. Os volumes vendidos caíram no ano e no trimestre, por causa da desaceleração da economia no país e o menor consumo de água devido à crise hídrica no Estado de São Paulo, segundo a empresa. (Valor Econômico – 18.02.2016)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Plano estratégico da Usiminas para 2016 prevê aporte de capital

Apesar de não ter tido consenso entre os acionistas controladores sobre o aporte de capital na companhia, a Usiminas informou nesta quinta-feira que seu plano estratégico para 2016 prevê aumento de capital social, além de alongamento dos prazos e renovação das dívidas financeiras vencidas este ano. A siderúrgica divulgou os resultados de 2015 nesta quinta-feira. O aporte é considerado essencial porque a dívida da empresa que vence este ano é de R$ 1,920 bi, e a companhia terminou 2015 com uma posição de caixa de R$ 2,024 bi. Como a empresa teve geração de caixa negativa, devido ao péssimo cenário para a siderurgia no Brasil e no mundo, não há folga no caixa. Uma fonte avalia que, se o impasse entre os acionistas não for resolvido nas próximas semanas, a siderúrgica pode começar a atrasar pagamentos já em março, tornando a recuperação judicial uma possibilidade mais próxima. Para complicar a situação da empresa, o aporte de capital também é uma exigência dos bancos credores para que a dívida seja negociada. Há pressão dos bancos para que os controladores injetem R$ 4 bi na companhia, montante equivalente à dívida das instituições bancárias com a siderúrgica, segundo essa fonte. Além da renegociação da dívida e o aporte, o plano estratégico da companhia para 2016 prevê "acesso ao caixa disponível de empresas ligadas e venda de ativos não estratégicos". Aqui há outro entrave. Das subsidiárias da Usiminas, a que tem mais caixa é a Mineração Usiminas, que terminou o ano com cerca de R$ 1,3 bi. Mas a Usiminas tem um sócio, a japonesa Sumitomo, que tem 30% da companhia. Os 70% restantes são da siderúrgica. Assim, a Usiminas teria direito a pôr a mão em R$ 900 mi da subsidiária. Para fazer isso, porém, é preciso consenso. Já há conversas com a Sumitomo nesse sentido, mas os japoneses não deram posição à controladora ainda. A venda de ativos pode incluir a Usiminas Mecânica, imóveis avaliados em R$ 1 bi, participação da MRS, segundo uma fonte. Em comunicado, a Usiminas disse que "a diretoria confia no plano apresentado, entretanto, se uma ou mais das principais premissas consideradas não forem atingidas, podem indicar incertezas materiais, gerando dúvidas sobre a capacidade da companhia em realizar os seus ativos e de liquidar as suas obrigações". (O Globo – 18.02.2016)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 PIB brasileiro deve recuar 4% neste ano, projeta OCDE

A recessão no Brasil deverá se aprofundar este ano bem mais do que o previsto antes, por causa das incertezas políticas e da inflação em alta, avalia a OCDE. Pela estimativa da entidade, o PIB brasileiro deve cair 4% neste ano, projeção mais pessimista que a de queda de 3% estimada pelo BC. A estimativa para o Brasil é a que teve o maior corte entre as anunciadas pela OCDE, em relação ao que a entidade tinha publicado em novembro de 2015. Em apenas quatro meses, a entidade mudou a estimativa de contração econômica brasileira de 1,2% para 4%. Também para 2017 a OCDE baixou sua estimativa de crescimento de 1,8% projetado em novembro de 2015 para estagnação, ou seja, zero. A entidade divulgou relatório sobre as perspectivas econômicas globais, no qual alerta para substanciais riscos de instabilidade financeira nos emergentes. A OCDE inclui o Brasil entre as economias emergentes que considera vulnerável a choques cambiais, devido à ampla fatia da dívida denominada em moeda estrangeira, assim como Rússia e Turquia. Para a OCDE, mesmo com reservas mais altas e colchões macroprudenciais, "pode haver sérias consequências econômicas e financeiras se os riscos se materializarem". (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

2 Tombini destaca necessidade de reformas de longo prazo

O presidente do BC, Alexandre Tombini, apontou que a queda de 4,1% do IBC-Br em 2015 é "muito ruim" e comprova que a economia está em retração. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na "GloboNews", na noite de ontem, Tombini apontou que acredita que a recuperação da atividade pode começar ainda no fim de 2016 e que espera uma "desinflação", após o IPCA marcar 10,67% em 2015 e 10,71% nos 12 meses encerrados em janeiro. Tombini destacou ainda a necessidade de promover reformas fiscais de longo prazo. "Temos que ajustar o longo prazo. Aí tem reformas estruturais importantes", disse Tombini, em resposta a uma pergunta se a agência Standard & Poor's (S&P), que rebaixou a nota soberana do Brasil na quarta--feira, estaria correta em se preocupar com a situação fiscal do país. "A reforma da Previdência é extremamente importante", disse, lembrando que o governo colocou o tema sob debate. "Temos um país ainda com um pequeno bônus demográfico e já temos um déficit de caixa na Previdência. Precisamos atacar esse problema." O presidente do BC também afirmou que "temos de colocar a trajetória da dívida pública em estabilidade, depois em declínio, numa perspectiva de médio prazo". Segundo Tombini, o hiato do produto maior do que o esperado no fim de 2015 pesou na decisão dele de divulgar uma nota, em 19 de janeiro, sinalizando sua intenção de manter os juros estáveis na reunião do Copom que começou naquela data. "O estado da economia brasileira competiu para isso", disse Tombini. "Ou seja, um hiato maior do que se esperava lá no final do ano passado", disse o presidente do BC. Ele citou ainda "as questões internacionais, ou seja, os impactos disso na economia brasileira" e "a desinflação contratada". Questionado sobre a possibilidade de ter havido alguma interferência do governo na decisão tomada na última reunião do Copom, Tombini foi enfático: "Zero interferência". (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

3 Atividade econômica caiu 3,8% em 2015, segundo Serasa Experian

A atividade econômica do país registrou queda de 0,6% em dezembro, ante novembro, feitos os ajustes sazonais, e recuou 3,8% no acumulado de 2015, de acordo com estimativa da Serasa Experian. Se confirmado, será o pior resultado do PIB brasileiro desde a queda de 4,35% em 1990, em plena crise do Plano Collor-1, observa a empresa. O resultado oficial do PIB será divulgado no dia 3 de março pelo IBGE. Hoje, o BC divulgou seu índice de atividade econômica, que tem uma metodologia diferente, mas antecipa a tendência do PIB. O IBC-Br fechou 2015 com baixa de 4,08%, após contração de 0,15% em 2014, considerando dados sem ajuste sazonal. Na avaliação dos economistas da Serasa, o aumento da taxa básica de juros, da inflação, do desemprego e a deterioração contínua dos níveis de confiança de consumidores e empresários estão por trás da recessão de 2015. Pelo lado da oferta agregada, a indústria foi o grande destaque negativo da atividade econômica no ano passado, retraindo--se 6,6% ante 2014, de acordo com a Serasa. O setor de serviços teve queda de 2,3% em comparação a 2014. Por fim, o setor agropecuário foi o que exibiu o melhor desempenho durante o ano passado, crescendo 0,5% sobre o ano anterior, tendo em vista a safra recorde de grãos produzida no ano passado, de 209,5 milhões de toneladas, segundo o IBGE. Do lado da demanda agregada, a forte retração de 14,9% dos investimentos, decorrente da perda da confiança dos agentes econômicos, foi o principal destaque negativo do ano de 2015. Outra queda significativa ocorreu no consumo das famílias, por causa da alta do desemprego e da inflação: recuo de 3,8% perante 2014. O consumo do governo retraiu--se 0,4% no ano passado. Por outro lado, a queda na atividade econômica só não foi maior no ano passado porque o setor externo apresentou desempenho favorável: alta de 5,9% nas exportações e queda de 14,3% nas importações. (Valor Econômico – 18.02.2016)

<topo>

4 Pesquisa revela menos intenção de investir no setor industrial

Os investimentos da indústria, que foram os menores desde 2010 no ano passado, devem ser ainda menores em 2016. A indicação é dada pela CNI que fez pesquisa com as empresas de grande porte (mais de 250 funcionários). O levantamento aponta que das 64% indústrias que pretendem investir em 2016, apenas 33% preveem novos projetos, o restante só vai continuar o que está em andamento. A principal justificativa das empresas que não pretendem investir é a incerteza econômica, com 92% das menções. A ociosidade elevada aparece com 65%, seguida pelo custo de crédito, com 41%. A baixa intenção de investimento decorre, também, da previsão de grande ociosidade. Das empresas pesquisadas, 90% acreditam que a capacidade instalada atual está adequada ou mais que adequada para atender à demanda deste ano. (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

5 Indústria de São Paulo cortou 14,5 mil vagas em janeiro

A indústria de São Paulo cortou 14,5 mil vagas em janeiro. Na comparação com dezembro, o número representa queda de 0,63% no índice de emprego. Os dados foram divulgados pela Fiesp na manhã desta quinta-feira. É a segunda pior variação para janeiro desde o início da série histórica, em 2006, e perde apenas para 2009, quando o mundo enfrentava a crise do subprime americano. — Começamos o ano com os dois pés esquerdos — resumiu Paulo Francini, diretor do departamento econômico (Depecon) da Fiesp. No acumulado em 12 meses, a queda no emprego acumula 7,89%. — Teremos que nos acostumar a ouvir em 2016 ‘o pior da história’. Desde 1900 não temos uma crise tão grave e que vai produzir efeitos nunca vistos antes — disse Francini. Dos 22 setores pesquisados pela Fiesp, 14 tiveram saldo negativo de vagas. Apenas cinco contrataram e três ficaram estáveis. Entre os positivos, destaque para Couro e Calçados, com saldo de 1.424 vagas. Mas segundo Francini é preciso “esperar algum tempo para saber se não é algo efêmero”. Empresas de Açúcar e Álcool foram responsáveis por dois terços da redução no emprego (4.820 vagas a menos). O segmento de Produtos Alimentícios foi o que mais demitiu (6.079 vagas cortadas). Metalurgia (-2.223 empregos) aparece na sequência, com demissões concentradas em Cubatão. (O Globo – 18.02.2016)

<topo>

6 IGP-M acelera na 2ª prévia de fevereiro

A inflação medida pelo IGP-M acelerou para 1,24% na segunda prévia de fevereiro, em relação ao 0,83% medido no mesmo período em janeiro, informa FGV. A segunda prévia abrange o período entre os dias 21 de janeiro e 10 de fevereiro. Todos os três sub índices do IGP-M - atacado, varejo e construção civil - registraram alta. O indicador serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. Em 12 meses, acumula alta de 12,02%. No atacado, o IPA subiu de 0,82% para 1,39%, com o IPA de produtos agropecuários subindo de 1,70% para 2,36% e o de produtos industriais, de 0,47% para 1%. Milho, cana--de-açúcar, bovinos, ovos e mandioca foram os itens que puxaram a alta do IPA. Já o IPC subiu 1,17%, de 1,10%, com sete de suas oito classes de despesa registrando alta. (Valor Econômico – 19.02.2016)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h05m, a moeda americana era negociada a R$ 4,047. Na quinta-feira, o dólar comercial subiu 1,36%, encerrando a R$ 4,0484. (O Globo e Valor Econômico – 19.02.2016 e 18.02.2016)


<topo>

 

Internacional

1 Argentina: 20.000 sem luz no primeiro dia de cortes programados

Quase 20 mil usuários permaneceram sem luz em Buenos Aires e arredores no primeiro dia de apagões seletivos programados pelo Governo argentino para controlar as insuficiências da rede elétrica em função do aumento da demanda pelas altas temperaturas, conforme fontes oficiais. (Última Hora – Paraguai – 18.02.2016)

<topo>

2 Entrevista com Christian Grossmann (Banco Mundial): “Hay um caso de negocio para las energias renovables”

Em entrevista, Christian Grossmann, diretor de Mudanças Climáticas para o Banco Mundial, afirma, inicialmente, que os países têm responsabilidades diferentes na implantação do acordo climático de Paris, com os industrializados aceitando a responsabilidade que têm na situação climática. Além disso, mostra a importância do setor privado nas mudanças climáticas, com bancos como o Citibank e Goldman se comprometendo a investir US$ 150 bilhões até 2025, enquanto que IFC, integrante do Banco Mundial, investirá US$ 29 bilhões. Por fim, responde pergunta sobre a Colômbia, o entrevistado recomenda que as empresas invistam no setor de energias renováveis e em edifícios com energia eficiente no país. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 19.02.2016)

<topo>

3 Portugal: Iberdrola conquista liderança de grandes consumidores de energia

O grupo italiano Endesa perdeu para a Iberdrola, em dezembro, a liderança do fornecimento de grandes clientes do mercado liberalizado de eletricidade, ao reduzir a sua quota em 3,3 pontos percentuais, fixando-a em 23,3%. Os dados são da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Já a sua concorrente aumentou 6,1 pontos percentuais, detendo agora 25,6% do consumo de eletricidade neste grupo de clientes. Em terceiro lugar, ainda em termos de consumo, surge a EDP Comercial, com 19,8%. (Económico – Portugal – 18.02.2016)

<topo>

4 Portugal com novo máximo de produção de eletricidade devido à chuva e ventos fortes

A produção nacional de eletricidade atingiu novos máximos na segunda-feira (15 de fevereiro) de 228 GWh, ultrapassando o recorde anterior de 216GWh, registrado em janeiro, graças às condições climáticas, segundo a REN - Redes Energéticas Nacionais. Em comunicado, a gestora da rede elétrica explica que os fortes ventos e chuva que se fizeram sentir no fim-de-semana e na segunda-feira levaram a que rede elétrica registrasse números históricos de produção, sendo que uma percentagem significativa é proveniente de energias renováveis. (Económico – Portugal – 18.02.2016)

<topo>

5 Portugal: Mercado livre de eletricidade já tem 4,38 milhões de clientes

Com a entrada para o mercado liberalizado de eletricidade de 67,6 mil clientes no último mês de 2015, o mercado livre terminou o ano passado com 4,37 milhões de clientes. Em um ano, este universo aumentou 23%, a uma taxa média mensal de 1,7%, segundo as estatísticas publicadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). (Público – Portugal – 18.02.2016)

<topo>


6 Japão vai triplicar produção de energia eólica nos próximos cinco anos

O Japão vai triplicar de produção de energia eólica até 2020, segundo estimativa publicada hoje (19) pelo diário económico Nikkei, com base nos planos de investimentos das principais empresas do setor. O jornal adianta que a Eurus Energy Holdings e a J-Power pretendem investir ¥60 bi (€478 mi) em novas instalações nos próximos cinco anos. A Eurus, uma joint-venture entre a corretora Toyota Tsusho e a operadora da Central Nuclear de Fukushima, a Tokyo Electric Power (Tepco), planeja instalar 200 mil kw durante esse período, o que elevaria sua capacidade para até 850 mil kw. O primeiro projeto é uma fábrica de cerca de 40 mil kw na prefeitura de Akita, no Norte do Japão, cuja construção deve começar ainda este ano. A J-Power também quer um aumento em torno de 200 mil kw, até 600 mil, a partir de novos centros de geração de energia em Hokkaido (Norte) e Ehime (Sul). O jornal Nikkei estima que esses projetos e outros de menor escala vão contribuir para aumentar a capacidade de produção de energia eólica do Japão dos atuais 3 milhões de kw para até 10 milhões, o que equivaleria a uma dezena de centrais nucleares. O governo japonês propôs aumentar a proporção da eletricidade gerada por meio de energias renováveis dos atuais 3% para 15% até 2030. Apesar das vantagens da eólica em relação a outras fontes renováveis, esse tipo de energia pouco avançou nos últimos anos devido aos procedimentos administrativos e estudos de impacto ambiental exigidos para novas instalações. Desse modo, a energia eólica atende apenas a 0,5% das necessidades de eletricidade do Japão, valor muito abaixo de países como a Alemanha (9,6%), os Estados Unidos (4,4%) ou a China (2,8%). (Agência Brasil – 19.02.2016)

<topo>

7 Reino Unido encomenda duas unidades de avião movido a energia solar

O Ministério da Defesa do Reino Unido encomendou à Airbus dois aviões do modelo Zephyr 8, movidos com energia solar. De acordo com o site do jornal português Correio da Manhã, que repercurtiu informações da Agência Lusa, o valor do negócio não foi informado, mas o pedido representa "o primeiro contrato da avançada tecnologia HAPS (High Altitude Pseudo-Satellite)". Segundo a publicação, a aeronave é capaz de voar a até 65 mil pés de altitude, o correspondente a 20 mil metros. A aeronave utiliza ainda motores elétricos como propulsores. Os paineis instalados nas asas coletam a luz solar e abastece os motores e um banco de baterias capaz de manter o aparelho voando durante as noites. TAP: Com o objetivo de reduzir emissões de gases de efeito estufa, particularmente CO2, e reduzir o consumo de combustível, a TAP equipou a primeira aeronave da frota de médio curso com dispositivos aerodinâmicos denominados sharklets. A primeira aeronave da companhia a receber os dispositivos foi um Airbus A320. A TAP estima que o equipamento pode reduzir em 4% o consumo de combustível e permite operação em rotas mais longas. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

8 Índia deve atingir 9 GW de capacidade solar instalada

A Índia deve atingir 9 GW de capacidade solar instalada até março. De acordo com informação da Bloomberg, repercutida pela Renewable Energy, o aumento da capacidade é fruto dos ambiciosos projetos para energia por parte do primeiro ministro, Narendra Modi. No mês passado, a Índia adicionou cerca de 5.25 GW de capacidade solar, somando aos 3.7 GW existentes desde o ano anterior. A ideia do primeiro ministro é gerar 100 GW de solar até 2022. No ano passado, com 9,1 GW, o Reinno Unido foi o maior produtor de energia solar do mundo. O governo da Índia ainda disse que um adicional de 12 GW de capacidade será acrescentado no ano fiscal de 2017, que começa 01 de abril. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

9 Americana ABS Group vai certificar projeto de nova plataforma para eólica offshore

A americana ABS Group foi contratada pela empresa escocesa de eólica offshore Hexagon AB para certificação de e verificação do projeto eólico offshore Dounreay, em implantação na Escócia. O projeto deve estar em operação em 2018 e será composto por dois aerogeradores de até 6 MW cada, montados sobre plataforma da Hexicon no Mar do Norte. A usina faz parte de um projeto-piloto de uma nova fundação flutuante desenhada para usinas eólicas offshore. As plataformas foram desenvolvidas para serem utilizadas em áreas remotas, onde ventos são mais fortes e estáveis, sendo que essas estruturas não estão limitadas pela profundidade da água. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

10 AES instala central de armazenamento de energia na Holanda

O grupo AES lançou na última quarta-feira (17/2) a central holandesa para armazenamento de energia, na cidade de Vlissingen. A central oferece 10 MW de capacidade de armazenamento de energia interligada, equivalente a 20 MW flexíveis. Os objetivos do projeto são aumentar a integração das energias renováveis, melhorar a confiabilidade da rede e reduzir as emissões de gases poluentes por um custo menor. O empreendimento conta com o sistema de conservação de energia denominado Advancion 4, capaz de fornecer serviços rápidos de resposta à rede elétrica, de acordo com a empresa. A plataforma, lançada em novembro de 2015, funciona com base em baterias da Samsung e é uma alternativa para plantas tradicionais e projetos hidrelétricos de armazenamento. Por meio do sistema TenneT, a central compete com geradores tradicionais para fornecer serviços de armazenamento para Holanda, Países Baixos, Alemanha, Suíça e Áustria. De acordo com a gerente sênior de Clientes e Mercados da TenneT, Gineke Van Dijk, “no futuro, a estabilidade da rede estará menos dependente de grandes usinas de energia. Se as fontes eólica e solar continuarem a ampliar seu espaço no mundo, as baterias serão uma excelente alternativa para assumir esse papel". Para expandir a presença dessa plataforma na Europa, a AES fechou uma parceria com algumas empresas que vão oferecer o Advancion 4 diretamente para serviços públicos e outros clientes. Além da central holandesa, a AES concluiu recentemente outra unidade na Irlanda do Norte, com a mesma capacidade de compensação. Atualmente, o grupo tem 116 MW de capacidade e 3 milhões de MWh já operados. Outros 268 MW estão sendo instalados. No Brasil, a empresa enxerga pelo mercado para pelo menosl 200 MW de capacidade. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

11 Rosatom negocia 25 novos reatores nucleares

A Rosatom informou que negocia cerca de 25 novos reatores nucleares no exterior, ao mesmo tempo que constrói 35 unidades em 13 países, informou a companhia nesta quinta-feira (18/2). As informações fazem parte do relatório da Atomenergoprom, uma subsidiária da Rosatom que consolida os números da companhia estatal russa, que já manifestou interesse em participar da expansão nuclear brasileira. (Agência Brasil Energia – 18.02.2016)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 NOVAES, Washington. “Emissões na área de energia exigem prudência”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 19 de fevereiro de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>

2 VÁSQUEZ, Cristóbal. “Entrevista com Christian Grossmann: Hay um caso de negocio para las energias renovables”. Portafolio. Bogotá, 17 de fevereiro de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ