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IFE: nº 4.032 - 17 de fevereiro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Aneel: orçamento do ONS é fixado em R$ 612 mi
2 Aneel aprova repactuação do risco hidrológico do grupo Global
3 Setor discute contratos de cotas de garantia física em audiência pública
4 Comissão da Câmara aprova aumento da cota do ICMS para municípios com UHEs

Empresas
1 Após seis anos, Belo Monte liga primeira turbina
2 Em meio à euforia com início dos testes, Belo Monte ainda tem imbróglios
3 Eletrobras discute alternativas para gestão da CGTEE
4 Celesc e Fundação CERTI inauguram microrrede Usina Distrital

Leilões
1 Sobras resultantes de rateio das cotas podem ser deduzidas dos leilões
2 Leilão de reserva é homologado parcialmente
3 Sistemas isolados terão leilão para contratação de 1,1 GWh/ano

4 Desligamento em subestação da Ampla leva a interrupção de 130 MW

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Número dos reservatórios pelo Brasil
2 Hidrelétrica de Itaipu bate recorde de produção pela terceira vez no mês
3 Índice Comerc mostra queda de 3,66% no consumo de energia em 2015

4 RS registra redução de 4,3% na demanda com horário de verão

5 Cidades do Vale do Ribeira terão apoio do IPT para economizar energia

6 CCEE confirma liquidação financeira do MCP de dezembro para março

Meio Ambiente
1 EPE abre consulta pública para avaliação ambiental na Bacia do Solimões

Energias Renováveis
1 WEG, os ‘estocadores de vento’
2 Alterado cronograma de eólicas afetadas por atraso no licenciamento
3 Eólicas de 52 MW entram em operação na Bahia

4 Projeto de US$ 67,5 milhões quer expandir oferta de bioeletricidade

Gás e Termelétricas
1 Petrobrás admite dificuldades para participar do leilão de áreas de exploração de óleo e gás
2 Termelétricas sem receber
3 Para presidente da ABCM, Candiota I e II devem ser incluídos em programa de modernização
4 SE Mauá 3 começa a operar com mais um transformador e traz mais segurança para Manaus

Grandes Consumidores
1 Usiminas não conta mais com recursos do BNDES

Economia Brasileira
1 Banco Central já prevê recessão de 3% neste ano
2 Juro real cai para 7%, menor patamar desde abril de 2014

3 Inflação pelo IGP-10 em fevereiro tem maior alta para o mês em 13 anos
4 IPC-Fipe desacelera a 1,18% na segunda quadrissemana de fevereiro
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: CAMMESA ordena restrições na demanda em todo o país
2 Argentina: Investidos US$ 500 milhões para produzir energia eólica em Chubut
3 Bolívia: GNL chegará a 144 mil lares e beneficiará 600 mil pessoas
4 Espanha: Enagás lucra €413 milhões em 2015, 1,5% a mais
5 Portugal: EDP Comercial quer fechar 2016 com 4 milhões de clientes


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Aneel: orçamento do ONS é fixado em R$ 612 mi

A Aneel aprovou o orçamento do ONS em R$ 612 milhões para 2016, com vigência a partir do primeiro dia do ano. O montante é maior que os R$ 601 milhões inicialmente propostos e discutidos em audiência pública em novembro de 2015. Foram fixados pouco mais de R$ 569 milhões para itens operacionais, cerca de R$ 34,6 milhões para o Plano de Ação e R$ 8,4 milhões destinados a aquisições e benfeitorias. A aprovação aconteceu em reunião desta terça-feira (16/2). Em dezembro do ano passado, a agência havia aprovado um valor provisório de R$ 598,3 milhões. Na ocasião, o estatuto do operador entrou em segunda fase de audiência pública, recentemente prorrogada para 3/3. Entre as alterações propostas para o documento, estão a realização da gestão centralizada das aquisições de materiais do órgão e a contratação de serviços para a sede e os centros de operação. (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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2 Aneel aprova repactuação do risco hidrológico do grupo Global

A Aneel aprovou, nesta terça-feira (16/2), o pedido para adesão à repactuação do risco hidrológico (GSF) do grupo Global a partir de 25,4 MW de capacidade. A medida inclui as PCHs Areia (11,4 MW) e Água Limpa (14 MW), as duas localizadas entre os municípios de Dianópolis e Novo Jardim, no Tocantins. As usinas são controladas pelas SPEs de mesmo nome, de propriedade da Termoelétrica Potiguar (70%) e RPE Produtora de Energia (30%). A empresa Termoelétrica Potiguar é controlada pela Global Participações (80%) e pela Petrobras (20%). (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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3 Setor discute contratos de cotas de garantia física em audiência pública

A Aneel abriu audiência pública, da próxima quinta-feira (18/2) até 8/3, sobre as sobras involuntárias da alocação de Contratos de Cotas de Garantia Física (CCGF). O objetivo é discutir os efeitos sobre a apuração do montante de reposição. A proposta da agência busca neutralizar os impactos da sobrecontratação gerada, não só pela queda no consumo, mas também pelo regime de contratação compulsória via os CCGFs, que reduz a flexibilidade das distribuidoras na gestão dos montantes contratados. A medida visa também aproveitar os saldos positivos no planejamento da demanda de energia dos leilões A-1. Seria feito o abatimento em um ano específico, transferido como direito a abatimentos de demandas das concorrências de anos subsequentes, caso solicitado pelas concessionárias. Segundo a agência, a revisão foi solicitada pela Abradee em novembro de 2015. A associação apontou necessidade de ajustes antes da emissão das declarações de cotas para o leilão A-5, marcado para 31/3. A abertura da audiência foi aprovada nesta terça-feira (16/2) e os interessados podem enviar contribuições para o e-mail ap004_2016@aneel.gov.br ou para o endereço SGAN, Quadra 603, Módulo I, térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-110, em Brasília (DF). (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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4 Comissão da Câmara aprova aumento da cota do ICMS para municípios com UHEs

A CME aprovou o Projeto de Lei Complementar 163/15, do Senado, que altera a forma de cálculo do valor da energia elétrica produzida em hidrelétricas, para fins de repartição do ICMS. O objetivo é compensar os municípios-sedes de hidrelétricas, que teriam perdido receita com a queda do preço da energia ocasionada pela Lei 12.783/2013. O autor da proposta, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), explica que o coeficiente de participação do município na receita de ICMS depende do valor adicionado apurado no próprio município. "A queda súbita e imprevisível do preço da energia elétrica resultou em expressiva redução do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços realizados nos municípios onde se localizam as usinas geradoras", disse. Segundo ele, o projeto não altera o preço cobrado dos consumidores. O PLC estabelece que o valor da produção da energia oriunda de usina hidrelétrica situada no município, para fim de apuração da quota-parte de ICMS do município, corresponderá à quantidade de energia produzida multiplicada pelo preço médio da energia hidráulica comprada das geradoras pelas distribuidoras, calculado pela Aneel. O relator da proposta é o deputado João Fernando Coutinho (PSB-PE). O projeto ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, será votado pelo Plenário. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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Empresas

1 Após seis anos, Belo Monte liga primeira turbina

Quase seis anos depois de leiloada e com um histórico de enfrentamentos na área ambiental, a UHE de Belo Monte chega hoje ao momento sonhado por seus idealizadores há quatro décadas: o acionamento de sua primeira turbina. O enchimento do reservatório, que começou após a emissão de licença ambiental de operação em novembro do ano passado, finalmente atingiu a cota necessária para ligar a máquina. O primeiro giro mecânico da unidade geradora nº 1, com 611 MW de potência, marca o início dos testes na hidrelétrica. Trata--se da primeira das 18 turbinas da casa de força principal, responsável por 98% da capacidade instalada de todo o projeto, que alcança 11.233 MW. A entrada em operação é comemorada pelos principais executivos e engenheiros envolvidos na construção de Belo Monte, apesar da defasagem de um ano em relação à previsão contratual. "Tivemos uma séria de marcos importantes até chegarmos a esse estágio. Construímos toda uma infraestrutura que envolveu 28 diques e seis barragens. Tudo isso foi feito em quatro anos", observou o presidente da concessionária Norte Energia, Duilio Diniz de Figueiredo, em entrevista. A Norte Energia é o grupo empresarial responsável por construir e operar a usina. O executivo explicou que acaba de ser concluído o enchimento do reservatório, processo que mobilizou técnicos desde a liberação licença de operação do Ibama. A turbina que está sendo ligada hoje começa a produzir energia em caráter comercial, abastecendo o SIN, a partir de 15 de março. Em seguida, no dia 19, a primeira unidade geradora da casa de força complementar (Pimental) entrará em operação comercial. Essa estrutura secundária de geração reúne seis turbinas e soma 233 MW de potência instalada. "A cada dois meses, uma nova turbina começará a gerar energia. Até o fim do ano, já teremos mais quatro delas em operação comercial", disse Diniz. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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2 Em meio à euforia com início dos testes, Belo Monte ainda tem imbróglios

A Norte Energia informou que 60 milhões de pessoas em 17 Estados do país serão beneficiadas pela energia do empreendimento, no momento em que todas as máquinas estiverem em atividade. Ao ser concluída, em janeiro de 2019, Belo Monte contará com 24 turbinas. O empreendimento ainda tem 20% de sua energia descontratada. Esse montante poderia ser oferecido no mercado livre, onde grandes consumidores industriais se abastecem, mas o recente tombo nos preços do MWh precipitou uma mudança de planos. A usina já se inscreveu no leilão A-5, previsto para o fim de março, na tentativa de vender o restante da energia para as distribuidoras. Enquanto isso, a Norte Energia busca uma solução para o equilíbrio econômico do projeto, já que a Aneel recusou seus pedidos de "perdão" pelo atraso no início da geração. Graças a uma liminar judicial, porém, a usina está protegida de penalidades pelo descumprimento do cronograma original do leilão. Apesar de todo o alívio que cerca o início dos testes, Belo Monte está longe de selar o fim das controvérsias. Representantes da aldeia Miratu, da comunidade indígena dos Jurunas, localizada a dez quilômetros da casa de força Pimental enviou ontem mesmo uma carta ao Ibama e à Funai denunciando problemas e cobrando novas indenizações. Os indígenas reclamam de forte aumento na incidência de mosquitos e mortandade de peixes após o fechamento da barragem. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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3 Eletrobras discute alternativas para gestão da CGTEE

A Eletrobras estuda alternativas para solucionar o problema de gestão da CGTEE, deficitária subsidiária da estatal responsável pelas usinas a carvão do grupo. Com prejuízo acumulado de mais de R$ 1,5 bi nos últimos quatro anos, a empresa tem ineficiência financeira e operacional comparável à das distribuidoras da estatal. A avaliação sobre a gestão da CGTEE faz parte da revisão do plano de negócios da Eletrobras, em andamento. Foi apurado que a gestão da CGTEE será discutida em reunião do conselho de administração da holding, hoje, no Rio. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, não está prevista uma deliberação sobre o tema, mas uma série de alternativas serão discutidas, além da definição sobre o pagamento de uma multa, no valor de R$ 400 mi, aplicada pela Aneel, por problemas na geração da termelétrica a carvão de Candiota III, no RS. "O rombo que a CGTEE causou é coisa de bilhões de reais. O assunto está em pauta, mas o problema já existe há três anos. Quando o rombo já está enorme é que eles querem uma solução", disse a fonte. No conselho da Eletrobras, há quem defenda a venda do controle da CGTEE, em processo semelhante ao das distribuidoras deficitárias da companhia, mas não há uma proposta concreta nesse sentido na mesa para ser votada. Estudo feito pela consultoria alemã Roland Berger, propôs que a CGTEE fosse incorporada pela Eletrosul. O projeto, no entanto, não avançou. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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4 Celesc e Fundação CERTI inauguram microrrede Usina Distrital

A Celesc e a Fundação CERTI vão inaugurar na próxima quarta-feira, 17 de fevereiro, uma Usina Distrital de microrrede ativa conectada à rede de distribuição. O projeto, que surgiu em 2012 no contexto do programa de P&D da Aneel, funciona como um sistema de microgeração, armazenamento de energia e de cargas locais, conectados entre si, à concessionária e aos consumidores por meio de redes inteligentes. Após a etapa de estudos, análise de demandas e planejamento, a metodologia da Usina Distrital foi aplicada em um caso-piloto, tendo o Sapiens Parque, no norte da Ilha de Florianópolis, como modelo de distrito urbano sustentável. Concluída no fim de 2015, a Usina Distrital piloto comporta soluções de geração fotovoltaica e eólica, sistema de armazenamento de energia através de baterias e sistema de geração a diesel para backup. O sistema tem capacidade de operar de modo conectado com a Celesc, exportando energia renovável para a rede de distribuição, e também pode operar de modo isolado em caso de falha na rede elétrica, mantendo o fornecimento de energia para as cargas locais. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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Leilões

1 Sobras resultantes de rateio das cotas podem ser deduzidas dos leilões

As distribuidoras poderão abater da demanda dos leilões eventuais sobras de energia resultantes do rateio das cotas de garantia física das usinas hidrelétricas com concessões renovadas. Essas sobras serão consideradas exposição involuntária, segundo proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica que ficará em audiência pública entre os dia 18 de fevereiro e 8 de março. A dedução deverá ocorrer caso haja solicitação da empresa. A demanda das distribuidoras nos leilões de compra de energia é calculada considerando o vencimento ou a redução dos contratos. A sobrecontratação pode resultar tanto da compra acima da necessidade do mercado quanto da contratação compulsória de energia pelo regime de cotas. Caso ela ocorra em razão do rateio da energia das cotas, a proposta é que a concessionária deduza esse valor do chamado montante de reposição, que é o volume anual que ela tem de adquirir para atender o mercado. As mudanças propostas pela agência reguladora deverão ser aprovadas antes do término do prazo para que as distribuidoras apresentem as declarações de necessidade de compra de energia do próximo leilão A-5. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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2 Leilão de reserva é homologado parcialmente

A Aneel homologou o resultado parcial do segundo leilão de reserva para nove empreendimentos, com total de 227,2 MW de capacidade. Da soma, 167,2 são eólicos e os 60 MW restantes, fotovoltaicos. A aprovação aconteceu em reunião desta terça-feira (16/2). As usinas estavam habilitadas desde 5/2. Com a medida, resta apenas uma usina com pendências na documentação, a fotovoltaica Fazenda Esmeraldina (30 MW – PE). Dos 53 empreendimentos que negociaram na concorrência, 26 foram habilitados em 18/1 e outros 17, em 25/1. Todos eles já estão com o resultado homologado pela agência. Entre os projetos recém aprovados, estão as eólicas Vila Acre I (25,2 MW – RN), da Voltalia, e Ventos Maranhenses 5 (30 MW – MA), da Ômega Energia. Já entre as fotovoltaicas, estão as usinas Sobrado I (30 MW – BA), do consórcio liderado pela Origis Invest, e Nova Cruz (30 MW – RN), da ADX Consultoria e Engenharia. A concorrência negociou 1.477,5 MW de capacidade e 530,8 MW médios de garantia física, ao preço médio de R$ 249/MWh e deságio de 15,35%. O início de suprimento está marcado para janeiro de 2018. (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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3 Sistemas isolados terão leilão para contratação de 1,1 GWh/ano

A diretoria da Aneel aprovou o edital de leilão para contratação de 309,6 MW de capacidade térmica e 1.169 MWh anuais para sistemas isolados no Norte do país. A licitação será para atendimento a 56 localidades dos mercados da Amazonas Energia e Celpa, respectivamente, nos estados do Amazonas e Pará. As concorrências serão realizadas nos próximos dias 21 e 22 de março, nas capitais Manaus e Belém, respectivamente. Serão ofertados quatro lotes, sendo um lote único da Celpa, integrado por 23 localidades, com potência de 131,7 MW e energia requerida de 516 mil MWh/ano. Os três lotes restantes são da Eletrobras Amazonas, para 33 localidades, com potência de 177,96 MW e energia requerida de 653,4 mil MWh/ano. A agência pretende enquadrar os montantes negociados no rateio da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC), para reduzir o risco de inadimplência das distribuidoras. Para isso, a superintendência de regulação da geração deverá realizar estudos necessários para encaminhar, no prazo de 60 dias, a proposta para audiência pública. Os projetos do leilão foram desenvolvidos pelas próprias concessionárias, que solicitaram à Aneel a operacionalização das concorrências. A agência informou que realizou mudanças e complementações nos projetos e, de acordo com o formato adotado, o leilão poderá ser ampliado posteriormente. Existem mais cinco lotes destinados a 48 localidades isoladas no Amazonas em análise na EPE. Caso a habilitação técnica e outras aprovações necessárias pelo MME sejam concluídas em tempo, eles poderão ser incorporados ao leilão. No dia 12/2, o ministério chegou a reconhecer a necessidade de contratação emergencial de 124,8 MW térmicos para sistemas isolados atendidos pela Amazonas Energia. As regiões encontram-se atualmente com o atendimento em risco. (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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4 Desligamento em subestação da Ampla leva a interrupção de 130 MW

A subestação Magé, da Ampla (RJ), sofreu um desligamento automático às 16:58 horas da última segunda-feira, 15 de fevereiro, que levou a interrupção de 130 MW de carga da distribuidora no estado. Chovia na ocasião. De acordo com o ONS, a causa ainda está sendo identificada. O sistema começou a se normalizar às 17:18, sendo concluído às 17:23 horas. Em Pernambuco, o desligamento automático da SE Angelim, da Chesf, em Pernambuco, trouxe como consequência a interrupção de 96 MW de carga da Celpe (PE) e da Eletrobras Distribuição Alagoas (AL), no interior de Pernambuco e Alagoas. Às 19:00 horas o sistema começou a recomposição e às 19:10 horas ela foi terminada. O ONS também apura a causa do desligamento. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Número dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sul registram volume armazenado de 96,1%, mostrando um recuo nos níveis de 0,3% na comparação com o dia anterior. De acordo com o ONS, esse submercado foi o único que apresentou queda no último dia 15 de fevereiro. A energia armazenada é de 19.180 MW mês e a energia natural afluente é de 11.309 MW med, o mesmo que 157% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Barra Grande está com 96,27% da capacidade. Na região Nordeste, houve alta de 1%, que deixou os reservatórios com nível de 28,2%. A energia armazenada é de 14.583 MW mês e a ENA é de 17.917 MW med, que equivale a 111% da MLT. A usina de Sobradinho opera com 25,22% de capacidade. No Sudeste/ Centro-Oeste, o aumento de 0,2% nos níveis deixou os reservatórios com volume de 48,1%. A energia armazenada é de 97.497 MW mês e a ENA é de 52.506 MW med, o correspondente a 77% da MLT. A usina de Furnas opera com 55,5% da capacidade e a de Emborcação, com 43,31%. No Norte, os reservatórios estão com 41%, mostrando alta de 0,2% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 6.162 MW mês e a ENA é de 8.049 MW med. A usina de Tucuruí está com 53,79% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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2 Hidrelétrica de Itaipu bate recorde de produção pela terceira vez no mês

A usina hidrelétrica de Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai, alcançou na segunda--feira o recorde diário de produção de energia, com a geração de 330.240 MWh. Segundo Itaipu Binacional, empresa responsável pela usina, foi o terceiro recorde diário consecutivo registrado pela hidrelétrica nos últimos três dias úteis de fevereiro. O primeiro recorde ocorreu na última quinta--feira, com a produção de 322.309 MWh; no dia seguinte, a hidrelétrica alcançou 323.894 MWh. Antes disso, a maior geração horária diária de Itaipu foi atingida em 20 de fevereiro de 2013, com 322.211 MWh. Segundo Itaipu Binacional, o recorde alcançado na segunda--feira seria suficiente para abastecer o município de Foz do Iguaçu por sete meses, ou o Estado do Paraná por quatro dias. Neste ano, Itaipu já havia registrado o melhor janeiro da história, com a produção total de 8.494.483 MWh. A expectativa da companhia é que em fevereiro a produção também seja favorável. Para o ano, a meta da diretoria da usina é superar 90 milhões de MWh. Há dois anos, Itaipu não atinge esse patamar, devido à escassez registrada em 2014 e no começo de 2015. Em 2016, a exemplo do segundo semestre do ano passado, porém, a produção da hidrelétrica deve continuar sendo beneficiada pelos efeitos do "El Niño", fenômeno que amplia o volume de chuvas no Sul do país. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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3 Índice Comerc mostra queda de 3,66% no consumo de energia em 2015

O Índice Setorial Comerc apurou queda de 3,66% no consumo de energia em 2015 nas unidades sob gestão da Comerc Energia no mercado livre em relação a 2014. De acordo com Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc, como a grande indústria está no mercado livre, o resultado demonstra o impacto da recessão no ritmo produtivo, com consequente queda do consumo de energia em função da menor demanda do mercado. Em dezembro, houve diminuição de 4,66% em relação ao mesmo período de 2014 e de 7,75% na comparação com novembro de 2015. Os feriados, paradas programadas nas fábricas e férias coletivas podem ter influenciado a queda no consumo. Outro dado que o Índice da comercializadora mostra é que em 2015 todos os meses do ano registraram queda do consumo no mercado livre em relação aos meses do ano anterior. O consolidado do índice revela que praticamente todos os setores avaliados sofreram queda no consumo de energia em relação ao ano anterior, salvos os de Embalagem, com alta de 3,93% e Higiene e Limpeza, que cresceu 0,52%. A queda mais significativa ocorreu no setor de Veículos e Autopeças, com recuo de 14,62%, seguido de Siderurgia e Metalurgia, com baixa de 9,77% e Eletromecânica, com redução de 9,18%. No setor automotivo, os dados estão em linha com os da ANFAVEA, que apontaram uma retração de 26,6% nas unidades negociadas em 2015 no setor automotivo, reflexo da desaceleração da produção e, por consequência, do consumo de energia. No mês de dezembro de 2015, praticamente todos os setores apresentaram queda do consumo de energia no mercado livre em dezembro de 2015 em relação ao mês anterior, exceto o de Comércio e Varejo, que cresceu 6,47% no período. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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4 RS registra redução de 4,3% na demanda com horário de verão

O Rio Grande do Sul registrou uma redução de 4,3% na demanda noturna de energia elétrica com o horário de verão, segundo dados da área de transmissão do grupo CEEE. Já na área de concessão da CEEE-D, a redução média da carga chegou a 3,6% ou 50 MW. Essa economia, de acordo com a empresa, é resultado do desencontro no uso das cargas industrial, residencial e iluminação pública. Considerando a energia no período de vigência do horário de verão junto a CEEE-D, a economia nesses 126 dias representou 0,6%. Em termos comparativos, essa economia equivaleria ao consumo de uma cidade de 40 mil habitantes como Charqueadas ou Dom Pedrito. O horário de verão termina à meia-noite do próximo sábado, 20 de fevereiro, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora nos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e no Distrito Federal. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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5 Cidades do Vale do Ribeira terão apoio do IPT para economizar energia

Localizados numa das regiões socioeconômicas mais carentes do estado de São Paulo, dez prefeituras do Vale do Ribeira se lançaram num desafio de tentar otimizar o uso da energia elétrica em escolas e edifícios municipais, incluindo equipamentos públicos e iluminação de ruas e avenidas. O plano prevê a formação de equipes para realizar um levantamento geral dos gastos, incluindo também consumo de água. Na sequência, serão apresentados planos de eficientização de recursos e ministrados workshops com funcionários públicos para a aplicação das medidas sugeridas. Especificamente em relação a melhorias em iluminação pública (IP), o instituto também tem condições de realizar testes das luminárias e lâmpadas em uso, como forma de indicar eventuais substituições e a melhor maneira de gerir o sistema. Essa parte do diagnóstico fica a cargo do Laboratório de Equipamentos Elétricos e Ópticos. Em cidades com menos de 50 mil habitantes, as despesas com IP podem chegar a 70% do valor da conta de luz municipal. O trabalho do IPT será custeado pelo Patem, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia. Participam da mobilização os municípios de Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Itariri, Jacupiranga, Pedro de Toledo, Registro e Tapiraí. (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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6 CCEE confirma liquidação financeira do MCP de dezembro para março

A CCEE confirmou que a liquidação financeira para as operações no mercado de curto prazo de dezembro, que estão agendadas para os dias 7 (débito) e 8 (crédito), conforme o calendário operacional, estão mantidas. Apenas as operações referentes a janeiro de 2016, que ocorreriam nos dias 8 (débito) e 9 (crédito), estão suspensas temporariamente. A decisão, diz a nota oficial da CCCE, foi tomada em razão das tratativas decorrentes da repactuação do risco hidrológico nos termos da resolução normativa da Aneel de no. 684/15. Ainda não há uma nova data para que a liquidação do mês de janeiro, que normalmente ocorre em março seja efetuada. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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Meio Ambiente

1 EPE abre consulta pública para avaliação ambiental na Bacia do Solimões

A Empresa de Pesquisa Energética abriu consulta pública no período de 16 de fevereiro a 18 de março de 2016 com o objetivo de obter subsídios para a elaboração do "Termo de Referência com orientações para o desenvolvimento do processo de Avaliação Ambiental e elaboração do Estudo Ambiental de Área Sedimentar Terrestre do Solimões". A Bacia Sedimentar do Solimões situa-se na região norte do Brasil no estado do Amazonas. De acordo com o Zoneamento Nacional de Recursos de Óleo e Gás, da EPE, a área da bacia sedimentar é de 961.441 km² e são encontrados tanto recursos convencionais como não convencionais, concentrados numa área de cerca de 300 mil m². Em relação aos recursos não convencionais, segundo a EPE, estes compreendem principalmente o gás de folhelho (shale gas). As reservas provadas de hidrocarbonetos na bacia, ainda de acordo com a EPE, são da ordem de 80,60 milhões de barris de óleo e 52,38 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Já as reservas totais perfazem cerca de 88,18 milhões de barris de óleo e de 68,94 bilhões de metros cúbicos de gás natural. A bacia possui oito campos, sendo sete na fase de produção e um na fase de desenvolvimento. Esses campos foram responsáveis pela produção média diária, em 2014, de mais de 28 mil barris de petróleo e 12,9 milhões de m³ de gás natural, o que correspondeu a aproximadamente 15% da produção nacional de gás. No mês de agosto de 2015, a produção de petróleo na Bacia do Solimões foi de cerca de 4,2 mil barris/dia e a de gás natural da ordem de 14,3 milhões de m³/dia. Para ver os documentos relacionados a consulta pública, assim como os procedimentos para envio de contribuições. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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Energias Renováveis

1 WEG, os ‘estocadores de vento’

A WEG, empresa brasileira fundada em Jaraguá do Sul, no Estado de Santa Catarina, ganha dinheiro hoje com um assunto que virou piada na boca da presidenta Dilma Rousseff. Em evento da Organização das Nações Unidas, a mandatária afirmou que o Brasil precisa desenvolver uma tecnologia capaz de “estocar vento”. Ainda que o deslize semântico tenha se transformado em viral na internet brasileira, o raciocínio da chefe de Estado não estava de todo errado. A multinacional de equipamentos industriais está driblando a crise brasileira com ajuda do vento. “Preços altos e dificuldades regulatórias e ambientais para construção de novas usinas hidrelétricas no país criam oportunidades interessantes para a expansão das energias renováveis, como a eólica ou a solar”, destaca Paulo Geraldo Poleza, diretor de relações com investidores da WEG. A venda de aerogeradores da marca ajudou o segmento de energia a responder por 29% das receitas totais da empresa, ou 700 milhões de reais, tornando-se hoje o segundo maior mercado da companhia. Fica atrás apenas de equipamentos eletroeletrônicos industriais, que equivalem a 53,6% das vendas, ou 1,2 bilhão de reais. Poleza admite que a companhia espera “um cenário de mediocridade” na economia. Por isso, reforça o foco na energia limpa. A WEG tem apostado na produção de aerogeradores desde 2010, passando a competir com gigantes como a General Electric e a Alstom. O primeiro projeto da área foi entregue em 2014, com a instalação do parque eólico de Ibiapina, no Ceará, onde os ventos favorecem esse setor. “O próximo leilão, que contará com energia eólica e solar em novembro, já tem engatado negócios para a WEG. Isso nos leva a crer que as renováveis serão o propulsor do crescimento da companhia também no segundo semestre” afirma Poleza. (El País – 16.02.2016)

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2 Alterado cronograma de eólicas afetadas por atraso no licenciamento

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica alterou a data de início da operação comercial e de suprimento dos contratos das centrais eólicas Itarema I, II e III de 1° de janeiro para 2 de maio de 2016. As três usinas foram afetadas pelo atraso na emissão do parecer da Fundação Nacional do Indio, dentro do processo de licenciamento ambiental pelo órgão estadual. Os empreendedores não sofrerão qualquer penalidade, inclusive a de rescisão dos contratos de venda de energia. Na mesma decisão, a Aneel indeferiu os pedidos de alteração da data de início da operação e dos contratos da eólica Itarema V. Os quatro empreendimentos são parte de um complexo eólico localizado no Ceará. As empresas responsáveis pela implantação dos parques eólicos solicitaram a alteração do cronograma das usinas, que começariam a operar em janeiro desse ano, assim como do início de entrega da energia negociada no leilão A-3 de 2013. Elas alegaram que houve interrupção das obras por uma série de entraves no licenciamento, especialmente pelo descumprimento dos prazos de manifestação da Funai, previstos na Portaria Interministerial 60. O período de isenção de responsabilidade totalizaria 558 dias paras as eólicas Itarema I, II e V e 672 dias para Itarema III. As empresas solicitaram prazo adicional no cronograma de 122 dias, com dilatação da data original de janeiro para maio de 2016. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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3 Eólicas de 52 MW entram em operação na Bahia

A Aneel liberou para plena operação, a partir desta terça-feira (16/2), 51,8 MW no município de Pindaí-BA. São os parques eólicos Tamanduá Mirim (29,6 MW) e Caititu (22,2 MW), com um total de 28 aerogeradores, de 1,85 MW cada. As usinas iniciaram as obras em meados de 2014 e estão em regime de testes desde janeiro, conectadas à subestação Pindaí, em 69 kV, da Chesf. Elas foram negociadas no leilão de reserva de 2011, pelo consórcio formado entre Santander (86,58%) e Brazil Energy (13,42%). O projeto eólico Ventos de Santa Joana III (29,6 MW - PI) também recebeu aval para testes, no município de Caldeirão Grande do Piauí. A usina, do consórcio formado pela Chesf (49%), Contour Global (46%) e Salus – Fundo de Investimento (5%), está prevista para entrar em operação comercial até abril. O empreendimento possui 16 unidades geradoras, de 1,85 MW cada, com ponto de conexão no seccionamento da linha de transmissão São João do Piauí – Milagres, em 500 kV. A construção foi iniciada em 2015, após a usina ter sido negociada no leilão A-3, de novembro de 2013. (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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4 Projeto de US$ 67,5 milhões quer expandir oferta de bioeletricidade

Lançado discretamente em meado do ano passado, o projeto Sugarcane Renewable Electricity (SUCRE) pretende, até 2020, desenvolver meios de aumentar em sete vezes a produção de bioeletricidade na indústria nacional de cana-de-açúcar. Essa capacidade está estimada hoje em 10,4 GW, dos quais metade dedicada a abastecer o SIN. Uma das principais frentes de trabalho se concentra no estudo da melhor forma de aproveitamento da palha da cana de açúcar, desde o recolhimento no campo até a queima eficiente nas caldeiras nas usinas. A iniciativa é financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e gerida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O investimento, ao todo, é calculado em cerca de US$ 67,5 mi. Estão juntos nesse trabalho, que mobiliza uma equipe de sessenta especialistas, a Unica, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol – mais conhecido como CTBE – e quatro empresas parceiras, todas localizadas em São Paulo: Usina Alta Mogiana, Usina Quatá, Usina da Pedra, e Usina da Barra. A meta é aplicar os resultados práticos do projeto em pelo menos onze companhias. Todas serão contempladas com estudos de viabilidade técnico-econômica. Entre os principais gargalos a serem resolvidos estão alto nível de impureza presente na palha enfardada, os custos elevados de recolhimento do material no campo e as barreiras no marco regulatório que obrigam as usinas a arcarem com os custos de conexão entre a usina e as linhas de transmissão de eletricidade. (Agência Brasil Energia – 16.02.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobrás admite dificuldades para participar do leilão de áreas de exploração de óleo e gás

O presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, confessou hoje que a Petrobrás teria dificuldades em participar neste momento de um eventual leilão de novas áreas de exploração de óleo e gás a serem concedidas no Brasil. O problema, segundo o executivo, é o baixo volume de recursos em caixa por parte da estatal. "Se tivéssemos que enfrentar um processo de leilão, a empresa está com capacidade de caixa mais reduzido e teríamos dificuldade em relação a isso", afirmou Bendine. O executivo, na sequência, ponderou que o atual patamar do petróleo pode tornar pouco atrativa a concessão de novas áreas neste momento. Ao final de setembro de 2015, dado mais recente disponibilizado pela Petrobrás, a Petrobrás possuía R$ 100 bi em caixa, além de R$ 4 bi em títulos públicos. As dívidas com vencimento entre outubro de 2015 e dezembro de 2016, por sua vez, somavam R$ 67,6 bilhões. Além disso, a Petrobrás tem planos de investir US$ 20 bi em 2016, número atualizado em janeiro deste ano. A princípio, a companhia previa desembolsos de US$ 27 bi apenas em 2016. (O Estado de São Paulo – 17.02.2016)

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2 Termelétricas sem receber

O mercado de energia de curto prazo permanece travado, com uma inadimplência de R$ 3,715 bil acumulada até novembro do ano passado, e é grave a situação das termelétricas, que dependem do recebimento desses valores para a compra de combustível. Como a CCEE precisou cumprir liminares que concediam prioridade no recebimento dos créditos da liquidação de novembro, essas usinas receberam apenas 11,6% do que tinham direito. A Abraget, associação que representa as termelétricas, estuda entrar com uma nova ação na Justiça exigindo o recebimento dos créditos. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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3 Para presidente da ABCM, Candiota I e II devem ser incluídos em programa de modernização

O velho problema da CGTEE se refere justamente à Candiota III, de 350 MW. Devido a problemas na caldeira, a usina opera com deficiência desde quando entrou em operação, em 2011. O índice de disponibilidade operacional da usina em 2013 (último dado público disponível) era inferior a 50%. Com isso, a CGTEE é obrigada a comprar energia no mercado de curto prazo para honrar seus compromissos, aumentando a bola de neve do prejuízo. Na época, a CGTEE culpou a fornecedora da caldeira, o grupo chinês Citic, pelo problema. Na prática, o equipamento apresentava desgaste acentuado ao utilizar o carvão brasileiro, mais abrasivo que o chinês. A estatal entrou, então, com processo de arbitragem internacional contra os chineses, mas até hoje não houve definição sobre o assunto. Segundo o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, além dos problemas já conhecidos da caldeira em Candiota III, as duas primeiras etapas do complexo termelétrico de Candiota estão desativadas. O executivo propõe que os projetos de Candiota I e II sejam incluídos em um programa de modernização de térmicas a carvão, que será apresentado pela entidade ao MME nas próximas semanas. Na prática, segundo Zancan, a ideia é levar novos investidores para os mesmos locais onde encontram--se usinas a carvão desativadas. Esses investidores fariam a modernização dos projetos, incluindo tecnologias de queima limpa do energético, com a garantia de que teriam um contrato de fornecimento de energia de longo prazo. O objetivo de aproveitar o mesmo local é manter o funcionamento das minas situadas nas proximidades das antigas usinas. "Existe um impacto enorme da geração termelétrica a carvão no emprego e renda. São 1.700 MW de usinas que empregam 53 mil pessoas na cadeia produtiva. O impacto social de uma térmica a carvão é muito maior do que o de um parque eólico ou uma usina solar, por exemplo", diz Zancan. A Eletrobras confirmou a realização da reunião do conselho de administração hoje, porém informou que a pauta "não é aberta". (Valor Econômico – 17.02.2016)

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4 SE Mauá 3 começa a operar com mais um transformador e traz mais segurança para Manaus

Entrou em operação no último domingo, 14 de fevereiro, mais um transformador na subestação Mauá 3, da Amazonas GT. A integração deste transformador reduz a necessidade de geração térmica no subsistema Mauá para atendimento do critério de desligamento de um dos transformadores dessa subestação, trazendo mais segurança ao fornecimento de energia na região. Outras ações estão em curso para aumentar o atendimento eletroenergético de Manaus e Região Metropolitana e fortalecê-lo, como a entrada em operação da UT Mauá 3 (570,4 MW). Com a entrada em operação de suas duas primeiras máquinas, previstas para o segundo semestre de 2016, a UTE Mauá 3 será a maior e mais moderna usina termelétrica de energia a ser construída para operar com 100% de gás natural na região Norte do Brasil, proveniente da bacia petrolífera de Urucu, localizada no município de Coari-AM. Uma vez conectada ao Sistema Interligado Nacional, a nova usina garantirá maior estabilidade e confiabilidade ao sistema elétrico da Região Norte. A UTE Mauá 3 foi configurada para operar em regime de ciclo combinado, utilizando da forma mais eficiente o volume máximo de 2.500.000 m³/dia de gás natural. Essa é uma tecnologia moderna, que aumenta a eficiência da usina e também minimiza os danos ambientais potenciais. Mauá 3 será composta por três unidades geradoras. Duas delas consumirão gás natural e a terceira funcionará com vapor superaquecido produzido dos gases desse processo, sem queima de combustível adicional. (Agência CanalEnergia – 16.02.2016)

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Grandes Consumidores

1 Usiminas não conta mais com recursos do BNDES

As informações sobre um possível aporte dos acionistas para reforçar o caixa da Usiminas animaram os investidores, e os papéis da empresa avançaram na Bovespa ontem. As ações preferenciais fecharam em alta de 4,44%, cotadas a R$ 0,94. Na máxima, chegaram a subir 15,6% ,por terem baixo valor, qualquer mudança de centavos no preço do papel representa uma grande variação percentual. Já as ações ordinárias, que dão direito a voto nas assembleias, mas que não fazem parte da composição do Ibovespa, subiram 11,2%, chegando a R$ 3,95. Com o caixa apertado, a Usiminas teve de cortar investimentos e diminuir o ritmo de projetos em implantação. A previsão de investimento para 2015 era de R$ 1 bi, mas foram executados cerca de R$ 750 mi, segundo fontes a par da situação. O mercado já trabalhava com uma redução de 25% nos investimentos, e a expectativa é que, em 2016, o corte seja ainda maior. Para não elevar a dívida bilionária e dificultar ainda mais sua renegociação, a empresa interrompeu os saques nas linhas de financiamento do BNDES. Ao longo de todo o ano de 2015, não foi solicitado qualquer desembolso, de acordo com fontes. No site do banco, são listados seis contratos de financiamento para a Usiminas com prazos de amortização entre 2015 e 2020. Eles totalizam R$ 1,6 bi. Segundo a Usiminas, boa parte dos projetos financiados pelo BNDES já foi concluída. A empresa reconhece, no entanto, que os projetos de modernização e proteção ambiental nas unidades de Cubatão e Ipatinga tiveram seu “cronograma ajustado de acordo com a possibilidade da empresa”. Eles somam cerca de R$ 700 mi ou pouco menos da metade do R$ 1,6 bi. Procurado, o BNDES disse que “torna público, em seu site, todos os seus contratos de financiamento realizados, mas tem impedimentos legais, por ser um banco, em fazer comentários sobre questões financeiras das empresas”. (O Globo – 17.02.2016)

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Economia Brasileira

1 Banco Central já prevê recessão de 3% neste ano

O BC piorou a sua previsão para a recessão deste ano, que deverá ficar em 3%, em vez de 1,9% antes estimados, segundo uma fonte da equipe econômica. O desempenho mais fraco do PIB já foi incorporado nas projeções de inflação apresentadas na reunião de janeiro do Copom, que preveem uma variação do índice de preços ligeiramente acima da meta, de 4,5%, em 2017. Mesmo com a revisão, o BC segue mais otimista do que o mercado sobre o desempenho da economia neste ano. A mediana das projeções de analistas econômicos coletadas pelo Boletim Focus para a queda do PIB em 2016 está em 3,33%. Os analistas mais pessimistas apontam retração de 4,6%. O fraco desempenho do PIB foi um dos fatores apontados pela ala mais moderada do Copom para se colocar contra a alta da taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano. Para eles, a desaceleração econômica vai seguir pressionando a taxa de desemprego, provocando maior moderação nos reajustes de salários e contribuindo para desacelerar a inflação de serviços. Na ata do Copom de janeiro, o BC já havia indicado a revisão de sua projeção para a expansão da economia em 2016. Nesse documento, está escrito que, na avaliação do comitê, a "expansão da atividade doméstica será inferior ao previsto anteriormente". Mas o Copom não havia revelado, em detalhe, qual é sua projeção atual para a expansão da economia. O colegiado só costuma abrir os números no seu Relatório Trimestral de Inflação. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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2 Juro real cai para 7%, menor patamar desde abril de 2014

A queda das taxas de juros de mercado nesta terça-feira puxa o juro real para a casa dos 7%, menor patamar desde abril de 2014. Essa taxa, que é a que realmente importa em termos de política monetária, é calculada como swap de juros de 360 dias, que opera na casa de 14,30%, descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses, que está em 6,81%. Quanto menor o juro real, menos restritiva a política monetária. Desde que Copom optou pela estabilidade da Selic, o juro real está recuando. Em novembro, quando a Selic foi mantida em 14,25% ao ano, a taxa real estava ao redor de 8,9%. O recente movimento de queda do juro real decorre tanto da queda do swap 360, que chegou a operar na linha de 16%, quanto da inflação estimada em 12 meses, que já esteve pouco acima de 7%. Com juro real caindo e inflação e expectativas longe da meta, o BC teria de subir a Selic para retomar o grau de aperto monetário da economia. No entanto, uma interpretação possível para a atual estratégia de manutenção da Selic é que a maioria dos membros do Copom trabalha com uma forte queda da inflação. Se tal quadro se confirmar e a Selic permanecer, de fato, em 14,25%, haverá uma elevação do juro real, deixando a política monetária em campo restritivo. Por ora, isso ainda não se verificou. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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3 Inflação pelo IGP-10 em fevereiro tem maior alta para o mês em 13 anos

A inflação medida pelo IGP-10 disparou de 0,69% em janeiro para 1,55% em fevereiro, informa a FGV. É a maior taxa para o mês desde 2003, quando o indicador subiu 2,42%. No mesmo período do ano passado, o IGP-10 subiu 0,43%. Com isso, o índice acumula alta de 2,24% no ano e de 12,05% em 12 meses. O IGP-10 foi calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 de janeiro e 10 de fevereiro. No atacado, o IPA subiu 1,69%, após alta de 0,63% em fevereiro. O IPA de bens agropecuários avançou de 1,97% para 2,72% e, o dos industriais, de 0,10% para 1,27%. Colaboraram para a alta no atacado itens como milho, cana de açúcar, bovinos, fumo e mandioca. No corte por estágio de produção do IPA, os bens finais subiram 1,83% em fevereiro, de 1,27%, em janeiro. Os bens intermediários subiram 1,34%, de 0,21%, e as matérias-primas brutas avançaram 1,96%, de 0,36%. No varejo, o IPC acelerou a 1,64% em fevereiro, de 1,05% em janeiro, com todas as oito classes de despesas que fazem parte do índice ficando mais caras. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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4 IPC-Fipe desacelera a 1,18% na segunda quadrissemana de fevereiro

A inflação medida pelo IPC-Fipe cedeu a 1,18% na segunda quadrissemana de fevereiro, em comparação à taxa de 1,34% na primeira. A desaceleração ocorre com o fim parcial do impacto do reajuste das mensalidades escolares, do transporte público e da alta dos alimentos em janeiro. A inflação do grupo alimentação recuou de 2,03% para 1,40% no período, enquanto a dos transportes cedeu de 2,87% para 2,46%. O grupo educação saiu de alta de 6,39% para 4,87%. Os quatro demais grupos registraram variações maiores de preços. Habitação subiu de 0,64% para 0,69%, despesas pessoais avançaram de 0,02% para 0,37%, saúde, de 0,60% para 0,88% e vestuário, de queda de 0,32% para alta de 0,02%. O IPC-Fipe apura a inflação para famílias que ganham até dez salários mensais na cidade de São Paulo. (Valor Econômico – 17.02.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h50, a moeda norte-americana caía 0,64%, vendida a R$ 4,0445. Na terça-feira, O dólar comercial subiu 1,80% encerrando a R$ 4,0684. (G1 e Valor Econômico – 17.02.2016 e 16.02.2016)

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Internacional

1 Argentina: CAMMESA ordena restrições na demanda em todo o país

A Companhia Administradora do Mercado Atacadista Elétrico (CAMMESA) ordenou a todas as distribuidoras do país que nos picos de demanda correspondentes aos horários da “siesta” e à noite que apliquem uma restrição da demanda de 2%. Caso a restrição não seja suficiente para garantir o abastecimento, se aplicará 3% adicionais, totalizando 5% a nível nacional. A ordem é fundamentada na impossibilidade da área de geração de energia para cobrir a totalidade da demanda a nível nacional nos citados pontos de consumo. (Inversor Energético – Argentina – 16.02.2016)

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2 Argentina: Investidos US$ 500 milhões para produzir energia eólica em Chubut

A empresa Genneia realizará um investimento de US$ 500 milhões nos próximos cinco anos com o objetivo de promover a produção de energia eólica na província de Chubut, conforme informou o governador, Mario Das Neves. É previsto um aumento da capacidade de produção dos complexos em 100 MW. (Inversor Energético – Argentina – 16.02.2016)

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3 Bolívia: GNL chegará a 144 mil lares e beneficiará 600 mil pessoas

A Planta de GNL (gás natural liquefeito) de Río Grande entrou em operação no último dia 15 de fevereiro para beneficiar cerca de 600 mil pessoas de 27 cidades, afastadas do sistema nacional de dutos e que não têm acesso ao gás domiciliar. Nestas localidades, também poderão ser instaladas estações de serviço de GNV. Por fim, o energético chegará às indústrias destas cidades. (La Razón – Bolívia – 16.02.2016)

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4 Espanha: Enagás lucra €413 milhões em 2015, 1,5% a mais

Enagás obteve um lucro líquido de € 412,7 milhões em 2015, 1,5% a mais do que um ano antes, segundo informe da companhia à CNMV (Comissão Nacional de Mercado de Valores). O aumento do lucro fica a cima do crescimento de 0,5% previsto pela companhia e foi motivado principalmente pelo aporte das filiais, os projetos internacionais e à melhora do resultado financeiro. (El País – Espanha – 16.02.2016)

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5 Portugal: EDP Comercial quer fechar 2016 com 4 milhões de clientes

A EDP Comercial tem a meta de chegar aos quatro milhões de clientes no mercado livre de eletricidade e 600 mil no de gás natural no final deste ano, disse o presidente Miguel Stilwell. Stilwell afirmou que a liberalização do setor da eletricidade e gás natural em Portugal tem sido "bastante rápida", considerando que "o mercado vai continuar a crescer, mas de forma mais paulatina". Com 3,7 milhões de clientes na eletricidade e 500 mil no gás, a EDP Comercial busca chegar ao final do ano com cerca de quatro milhões de clientes e 600 mil no gás natural. (Correio da Manhã – Portugal – 15.02.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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