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IFE: nº 4.030 - 15 de fevereiro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
MPF do Amazonas quer anulação de licença prévia no linhão de Tucuruí
2 Aneel aprova adesão à repactuação do risco hidrológico pela CEB
3 Aneel aprova adesão à repactuação do risco hidrológico pela Triunfo e Baesa
4 Aneel prorroga prazo da audiência pública sobre estatuto do ONS
5 Aneel planeja lançar programa de armazenamento de energia
6 Estudo avalia distribuição de energia em Manaus
7 Emergentes terão de dobrar aportes em energia, diz estudo
8 Estudo da Bain & Company cita experiências brasileiras no setor elétrico
9 UHE Santo Antônio é liberada pra testes
10 GESEL na coluna de George Vidor

Empresas
1 Eletrobras recorre ao governo para evitar cobrança de R$ 2,2 bi pela Aneel
2 GESEL: Para Nivalde de Castro, Eletrobras não reverte posição da Aneel
3 Ampla tem prejuízo de R$ 35 milhões em 2015
4 Lucro da Coelce registra alta de 44,3% em 2015
5 EMGS tem prejuízo de US$ 23,4 mi no quarto trimestre de 2015
6 Sem fôlego, elétricas alertam sobre falta de investimentos em 'linhões'
7 Empresas “tradicionais” tem tombo nos arremates licitados pela Aneel
8 Abengoa fracassa em negociar dívida com credores na Espanha

9 Crise da Abengoa impacta sistema do NE

10 Denúncia do MPF sobre Furnas volta à fase de inquérito

11 CPFL investe R$ 61 mi em rede inteligente

12 Amazonas Distribuidora pode ter que pagar R$ 217 mi de multa

13 Amazonas Energia contrata 125 MW emergenciais para sistemas isolados

14 JPMorgan alerta sobre dívida de empresas brasileiras de energia e água

Leilões
1 Nove vencedores de leilão de reserva são habilitados

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Para Aneel, atraso em Belo Monte vai resultar numa “não otimização” da operação do sistema
2 Consumo de energia cai 5,7% no país em janeiro, aponta ONS
3 Descasamento de caixa causado pelo câmbio causa déficit para a distribuidora catarinense Celesp

4 Carga em janeiro tem retração de 5,7%

5 Consumo cai 7,9% em janeiro

6 AES com geração total nas usinas do Tietê

7 Eclusas de usinas da AES são liberadas

8 Queda no consumo é desafio para Celesc

9 PLD volta a subir no Nordeste

10 Tarifa de energia residencial cairá em média 0,2% em 2016

11 Moradores de reassentamento estão sem energia elétrica há 10 dias

Meio Ambiente
1 Setor elétrico está engajado na luta contra o Aedes, diz ministro

Energias Renováveis
1 Brasil foi o mercado eólico que mais cresceu em 2015
2 Setor eólico bate recorde de novas instalações anuais em 2015
3 Projeto 50 Telhados instala 2,38 MWp em sistemas fotovoltaicos no país

4 Aneel libera eólica da Chesf, no Piauí

5 Eólicas de 89 MW entram em plena operação na Bahia

6 Usinas brasileiras triplicam produção de etanol em janeiro

7 2,21 bilhões de litros de etanol foram comercializados em janeiro de 2016

8 Moagem de cana alcança 3,93 milhões de toneladas

9 Heliatek atinge eficiência recorde em células solares orgânicas

10 Belga investe em projeto que usa painéis de energia solar para iluminar imóveis em favela

Gás e Termelétricas
1 Petrobrás coloca usinas térmicas, terminais de gás e gasodutos à venda
2 Petrobras identifica áreas com hidrato de gás
3 Térmica Norte Fluminense tem CVU de R$ 232,56/MWh
4 UTE Ouro Negro fecha contrato de fornecimento de carvão
5 Potigás reduz tarifa de gás em R$ 0,06/m³

Grandes Consumidores
1 Anglo lidera queda de mineradoras
2 Para presidente da Anglo, 2016 deve ser ainda mais difícil para as empresas de mineração
3 Usiminas finaliza cortes de trabalhadores em usina em São Paulo
4 Usiminas busca refinanciamento de R$ 4 bi, dizem fontes
5 Novelis reduz em 12% consumo de energia em 2015
6 Fábrica da Nestlé consome 25% da energia a partir de borra de café

Economia Brasileira
1 Economia voltará a crescer no segundo semestre, diz Barbosa
2 Mercado piora novamente previsão para inflação e PIB em 2016

3 Confiança do Consumidor sobe 2,4% em janeiro, indica CNI
4 Arrecadação tem queda real de 5% em janeiro
5 Confiança de pequenos empresários tem leve alta
6 IPC-S avança para 1,80% no começo de fevereiro
7 Governo desiste de meta de 0,5% e aposta na reforma fiscal
8 Alimentação faz IPC-Fipe desacelerar na primeira prévia de fevereiro
9 IGP-M acelera e tem alta de 1,23% no início de fevereiro
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Venezuela anuncia racionamento de luz em shopping centers
2 Com queda do preço da energia, superávit comercial da UE salta
3 Valor de fusões e aquisições no setor de energia cai 16% no mundo
4 UE adiciona volume recorde de energia eólica
5 Eólica supera hídrica na Europa

6 Governo francês aumentará participação na Alstom


Regulação e Reestruturação do Setor

1 MPF do Amazonas quer anulação de licença prévia no linhão de Tucuruí

O MPF do Amazonas pediu à Justiça que anulasse a licença prévia das obras do linhão de Tucuruí, Manaus e Boa Vista. O MPF afirmou que o pedido pretende evitar danos irreversíveis durante a tramitação do processo. O órgão reiterou o posicionamento da suspensão imediata, em caráter liminar, "de qualquer medida que represente o início das obras". O órgão quer ainda um posicionamento dos Waimiri Atroari, levando em conta que o projeto prevê a instalação de torres de transmissão na área indígena. Para tanto, a ação pede que a União, Funai, Ibama e Transnorte Energia realizem consulta prévia, livre e informada aos nativos. O caso, assumido pelo juiz Ricardo Augusto de Sales, tramita na 3ª Vara Federal no Amazonas, e aguarda decisão da Justiça. O MPF reiterou, por meio de nota, que o processo não está vinculado a outra ação, ajuizada em 2013, da mesma obra. Na ocasião, o órgão pediu a anulação do edital de licitação do linhão. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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2 Aneel aprova adesão à repactuação do risco hidrológico pela CEB

A Aneel aprovou a adesão à repactuação do risco hidrológico (GSF) pela CEB, de acordo com publicação de 10 de fevereiro. A medida inclui a CEB Participações, CEB Lajeado e CEB Geração. A repactuação acontece a partir de 1.037,5 MW de capacidade, das hidrelétricas Queimado (105 MW – GO/MG), Luiz Eduardo Magalhães (902,5 MW – TO) e Paranoá (30 MW – DF). No final de janeiro, a agência já havia autorizado a adesão da concessionária de Brasília através da hidrelétrica Corumbá IV (127 MW – GO). (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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3 Aneel aprova adesão à repactuação do risco hidrológico pela Triunfo e Baesa

A Aneel aprovou a adesão à repactuação do risco hidrológico (GSF) pelas empresas Triunfo e Baesa, com um total 881,9 MW de capacidade instalada, no mercado regulado. A decisão foi publicada em 12 de fevereiro. A Triunfo aderiu à proposta a partir da hidrelétrica Garibaldi (191,9 MW – SC). Já a Baesa entrou com a hidrelétrica Barra Grande (690 MW – SC/RS). No caso da Baesa, a agência aprovou a repactuação de 105,17 MW médios. A companhia havia solicitado também a repactuação no ambiente regulado de dois contratos bilaterais mantidos pela CPFL Geração, junto à CPFL Paulista e CPFL Piratininga, em um total de 95,17 MW médios. No entanto, o pedido não foi aprovado. Segundo nota técnica da agência, em 2008, houve uma substituição de pessoa jurídica na relação contratual, a partir de uma sub-rogação dos contratos bilaterais, passando da Baesa para a CPFL Geração os direitos e obrigações da parte negociada do contrato. A empresa, então, ao transferir a parte dos direitos e obrigações sobre os contratos de energia vinculados à hidrelétrica, perdeu um dos requisitos necessários para elegibilidade da repactuação. A Resolução Normativa 684/2015, que instituiu a proposta, exige como requisito possuir uma parcela de usina participante do MRE e ter celebrado contratos de venda vinculados à usina para distribuidoras. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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4 Aneel prorroga prazo da audiência pública sobre estatuto do ONS

A Aneel prorrogou o prazo limite da segunda fase da audiência pública sobre o estatuto do ONS para 3 de março. O período anterior estava definido para 17 de fevereiro. A agência pretende discutir alterações no documento, ainda não definidas plenamente na primeira fase da audiência, realizada em 2013. Entre as principais propostas de mudanças no estatuto estão a realização da gestão centralizada das aquisições de materiais e a contratação de serviços para a sede e os centros de operação, com o objetivo de padronizar os produtos e reduzir custos. O documento traz medidas referentes à gestão orçamentária e governança do operador. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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5 Aneel planeja lançar programa de armazenamento de energia

A Aneel planeja lançar no segundo semestre um amplo programa de pesquisa e desenvolvimento estratégico voltado para estudos de armazenamento de energia. O objetivo é estimular empresas elétricas e universidades a desenvolverem projetos que evitem ou reduzam problemas no sistema nacional que podem vir a ocorrer principalmente devido à grande concentração de eólicas no Nordeste e ao pico de demanda no período da tarde, no verão. Estima-se que o mercado global de armazenamento energia movimentará cerca de US$ 70 bi em 2020. De acordo com o superintendente de P&D e Eficiência Energética da Aneel, Máximo Pompermayer, a autarquia está trabalhando nos detalhes técnicos do programa, que ainda será levado para apreciação da diretoria. Pela legislação do setor, as elétricas precisam aplicar entre 0,75% (distribuidoras) e 1% (geradoras e transmissoras) da receita operacional líquida em P&D. Desse total, 40% vão para o programa da Aneel, em qualquer área. Os programas estratégicos, porém, têm tema definido pela agência e podem ser compartilhados entre as empresas. No Brasil, a tecnologia tem potencial para ser aplicada principalmente no Nordeste, onde a eólica já ocupa um terço do parque gerador da região e com tendência de crescimento. Em âmbito nacional, os cataventos respondem por 5,8% da capacidade instalada. "A geração intermitente está crescendo rapidamente no Brasil e deve alcançar participação de 20% a 25% em 2023", conta Jim Hart, presidente do conselho de administração da recém- criada Abaque. Representantes da Aneel, de empresas, de universidades e centros de pesquisa formaram uma delegação brasileira que viajou ao Reino Unido para conhecer estudos e projetos sobre o setor na região, em missão organizada pelo consulado britânico. (Valor Econômico – 11.02.2016)

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6 Estudo avalia distribuição de energia em Manaus

O ONS e a EPE iniciaram em janeiro uma avaliação dos sistemas de transmissão e distribuição de energia da região metropolitana de Manaus. O objetivo é analisar a situação da rede para assegurar a qualidade do serviço durante a Olimpíada, em agosto, quando a cidade sediará seis partidas do torneio de futebol. As duas instituições também vão estudar o cenário de longo prazo, para determinar quando, e como, será possível eliminar a necessidade de geração térmica complementar na capital do Amazonas. Não há prazo a para conclusão dos trabalhos. Apesar de Manaus estar conectada ao SIN há quase três anos, pelo linhão Tucuruí- Manaus, de mais de 1,8 mil quilômetros, a rede de distribuição local ainda apresenta fragilidades que demandam a complementação de geração térmica internamente. A avaliação do sistema de Manaus, que também tem a participação da estatal Eletrobras e das subsidiárias Eletronorte e Amazonas Energia, foi determinada pelo CMSE, na primeira reunião do colegiado no ano, em janeiro. A medida foi decidida após diagnóstico feito pelo ONS sobre o quadro atual da rede na capital do Amazonas. Além de assegurar a qualidade do atendimento em Manaus durante a Olimpíada, o governo quer melhorar a confiabilidade do sistema da cidade e reduzir o custo de geração de energia térmica a óleo combustível e diesel, compartilhado por todos os consumidores do país. Além da realização dos estudos, o ministério também determinou, no fim de janeiro, a prorrogação, por seis meses, do contrato de fornecimento de energia de três termelétricas a diesel situadas em Manaus, que totalizam 155 megawatts de capacidade instalada. (Valor Econômico – 12.02.2016)

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7 Emergentes terão de dobrar aportes em energia, diz estudo

Países emergentes terão de dobrar seus investimentos em energia nos próximos 20 anos, e o Brasil, mesmo com a crise, pode arcar com parte significativa dos gastos. Estudo da Bain & Company em parceria com o Fórum Econômico Mundial (WEF na sigla em inglês) estima que até 2040 serão necessários que os investimentos subam da média de US$ 250 bi para US$ 495 bi por ano para fazer frente às necessidades das economias em desenvolvimento. O estudo foi apresentado preliminarmente em Davos, na Suíça, durante o encontro anual do WEF. De acordo com o Fórum Mundial, 1,2 bilhões de pessoas não tinham acesso à energia elétrica em 2012. O Brasil deve investir no período mais de R$ 200 bi, estima Antonio Farinha, sócio da Bain & Company. O número tem por base a projeção da EPE em seu plano plurianual 2015~ 2024. A estatal projeta gastos de R$ 260 bi em geração e distribuição, que podem não se concretizar por inteiro devido à recessão. "Essas projeções foram feitas quando o cenário macroeconômico não era tão difícil", diz Farinha. "O investimento será menor nos próximos anos. Mas qualquer coisa acima de R$ 200 bi é significativo." O consumo per capita de energia relativamente baixo no país deve assegurar o investimento acima dos R$ 200 bi, diz. Como têm consumo per capita menor, emergentes têm maior aumento de demanda por energia quando a economia reage. A situação pode não se aplicar ao Brasil neste momento, lembra Farinha, devido à estagnação da economia e a retração dos investimentos no país, que já provocaram queda de 3% no consumo de energia do ano passado. Mas outros emergentes, como China e Índia deverão puxar os investimentos. "Fala-se em desaceleração da China, mas é porque crescia 10% ao ano e em 2015 cresceu 6,9%", afirma Farinha. "Para este ano, a previsão é de 7%, mas mesmo que cresça menos, 6%, é um crescimento muito grande para a segunda maior economia do mundo. É um crescimento importante, que demanda mais oferta de energia." (Valor Econômico – 15.02.2016)

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8 Estudo da Bain & Company cita experiências brasileiras no setor elétrico

Um estudo realizado pela Bain & Company faz citação à experiência brasileira do Luz para Todos, programa oficial que investiu cerca de US$ 7 bilhões nos anos 2000 e levou a eletricidade para 3 milhões de famílias. O programa brasileiro é considerado bem-sucedido ao elevar de 73% para 97% a eletrificação rural entre 2002 e 2012. Caso as projeções se confirmem, nos próximos 25 anos os mercados emergentes tomarão a ponta nos investimentos em geração e transmissão de energia, superando as economias maduras. O desafio consiste em atrair dinheiro privado, já que nos emergentes o poder público tradicionalmente responde por 70% dos investimentos. O estudo defende a importância de desenvolver projetos que resultem no menor custo possível para a ponta de consumo. Antonio Farinha, sócio da empresa, entende que os governos precisam se preocupar com a questão regulatória - a fim de assegurar confiabilidade - e com a modelagem dos contratos - para garantir o retorno dos investimentos. Para Farinha, o setor elétrico brasileiro perdeu valor de mercado nos últimos quatro anos, o que diminui sua capacidade de investimento. Um levantamento do Valor Data mostra que a perda de valor de mercado das 20 principais empresas do setor na bolsa brasileira foi de 20,6% entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2016. Desconsiderada a Eletrobras, a queda é de 21,6%. Já o investimento (Capex) teve recuo de 15,3% (16,5% de queda excluída a Eletrobras) até o terceiro trimestre de 2015 comparado a igual período de 2014. O resultado do setor no período cresceu em torno de 11% sem a estatal, mas caiu 29,3% quando a Eletrobras entra na conta. A decisão de excluir a estatal considera a distorção causada pelo prejuízo de R$ 4,5 bilhões da empresa até o terceiro trimestre de 2015. (Valor Econômico – 15.02.2016)


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9 UHE Santo Antônio é liberada pra testes

A hidrelétrica Santo Antônio (3.568 MW – RO) também poderá iniciar testes da unidade de número 42, com 73,3 MW de capacidade. Ela está localizada no rio Madeira, em Porto Velho, e terá ao todo 50 turbinas. O projeto foi negociado em 2007 pelo consórcio formado entre Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), SAAG (12,4%), Cemig (10%) e Caixa FIP Amazônia Energia (20%) e está previsto para 2017. Além da hidrelétrica, os empreendimentos eólicos Baraúnas II (21,6 MW) e Banda de Couro (29,7 MW), da Chesf (49%) e Brennand Energia (51%), também vão iniciar operação em regime de testes de 7 MW e 9,4 MW, respectivamente. Os parques estão localizados no município de Sento Sé, na Bahia, e foram negociados no leilão A-5, de dezembro de 2013. Eles estão conectados à subestação Sobradinho, em 230 kV, e a previsão de entrada em operação comercial é março deste ano. Estão autorizados ainda os testes da única unidade da termelétrica Conselvan (1,5 MW – MT), situada na cidade de Aripuanã. A usina é de propriedade da Madereira Base Sólida e é movida a biomassa de madeira, a partir de resíduos de serraria, com consumo de duas toneladas de combustível por MWh gerado. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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10 GESEL na coluna de George Vidor

George Vidor, em sua coluna no jornal O Globo, trata de um hiato sua capacidade de geração brasileira que poderia acontecer até que as usinas do Tapajós saiam do papel. Segundo Vidor, “algumas iniciativas são possíveis a curto prazo. A primeira seria acelerar a conclusão da usina nuclear Angra 3 (...). A outra seria um acordo de imediato com a Bolívia (...) para que o Rio Madeira, a montante da hidrelétrica de Jirau, permaneça em sua quota máxima quase o ano todo, e não só no período da cheia”. O autor cita o GESEL do Instituto de Economia da UFRJ, apontando que o grupo “está há anos debruçado na “costura” desse acordo”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.02.2016)

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Empresas

1 Eletrobras recorre ao governo para evitar cobrança de R$ 2,2 bi pela Aneel

A Eletrobras busca apoio do governo federal para evitar uma perda estimada pela própria estatal em ao menos R$ 2,2 bi, após ser cobrada pela Aneel a devolver esse valor a um fundo do setor elétrico formado por pagamentos de consumidores nas contas de luz, a Reserva Global de Reversão (RGR). A RGR tem diversas finalidades, como bancar o programa Luz para Todos e viabilizar empréstimos a empresas de energia. A Eletrobras atua como gestora dos recursos do fundo. Não é de hoje que a Aneel acusa a Eletrobras de não devolver ao fundo todos valores pagos pelos tomadores desses financiamentos, bem como de se apropriar de multas e juros extras cobrados por inadimplências nessas operações. Mas o caso parece estar mais perto de um desfecho. Um eventual pagamento ao fundo seria um baque para a Eletrobras, que acumula prejuízos anuais bilionários desde 2013 e não realizou provisões para o caso de ser chamada a fazer a devolução. A disputa foi tema de reunião entre a estatal e o regulador no final de janeiro. No encontro, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, disse que "em breve colocará esse processo em pauta", segundo ata disponibilizada pela agência recentemente Já a Eletrobras disse na ocasião que já teve uma reunião no MME "para discutir a possibilidade de envolvimento do poder concedente nas discussões sobre o assunto", também de acordo com a ata. A Aneel conta com um parecer de sua procuradoria e um da Advocacia-Geral da União para sustentar a cobrança. No documento da AGU, assinado pelo procurador federal Paulo Brandão Cavalcanti Neto, é defendido que "os processos devem permanecer abertos até que se concluam as providências no sentido de ressarcir os fundos por conta de atos irregulares por conta do gestor". A Aneel chegou a determinar o pagamento dos R$ 2,2 bi à Eletrobras em 2014, mas a estatal recorreu e suspendeu a cobrança, que agora é tema de processo administrativo na agência. As irregularidades teriam acontecido entre 1998 e 2011. Em argumentos apresentados ao regulador, a Eletrobras alegou que a cobrança estaria prescrita e que fiscalizações anteriores da Aneel não haviam apontado irregularidades, o que a teria induzido a entender que a gestão da RGR não tinha problemas. A Eletrobras também disse que se apropriou "legitimamente" de encargos financeiros, juros por atraso e multas cobrados de beneficiários de empréstimos feitos com recursos da RGR "em face do risco assumido" nas operações. (O Globo – 11.02.2016)

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2 GESEL: Para Nivalde de Castro, Eletrobras não reverte posição da Aneel

O coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, acredita que há pouco espaço para a estatal reverter a posição da Aneel. “Acho que a Eletrobras vai ter que arrumar recursos para resolver esse problema... dificilmente há erro nisso (no parecer da Aneel). A superintendência financeira (responsável pela análise do caso na Aneel) é ultra criteriosa, com funcionários de carreira” apontou. O pesquisador também destacou que a agência reguladora tem autonomia, o que torna mais complexa uma eventual intervenção do Ministério de Minas no assunto. “A Eletrobras ir ao ministério dificilmente vai resolver. O que o ministério pode fazer é adiantar alguma indenização (à Eletrobras), algo assim... não tem como mandar a Aneel não cobrar. Se a agência agir de maneira diferente, o Tribunal de Contas da União (TCU) vai para cima dela”. Procurada, a Eletrobras não comentou o assunto imediatamente. O Ministério de Minas e Energia também não se posicionou sobre o assunto. (O Globo – 11.02.2016)

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3 Ampla tem prejuízo de R$ 35 milhões em 2015

A Ampla registrou prejuízo de R$ 35,2 mi em 2015 ante o lucro de R$ 194,8 mi totalizados no ano anterior. De acordo com o balanço financeiro divulgado pela companhia, a receita foi de R$ 8,5 bi, um crescimento de 39,1% no comparativo anual. Já o Ebtida da empresa sofreu uma retração de 62,1%, chegando a R$ 351,4 mi no período. Segundo a companhia, "o aumento das receitas não compensou os maiores custos operacionais e a redução dos valores da tarifa de energia destinados à remuneração da Ampla". A companhia ainda reiterou que o aumento da receita é reflexo do reajuste tarifário e também da entrada em vigor do sistema de bandeiras tarifárias. Os custos e as despesas operacionais chegaram a R$ 5 bi em 2015, 30,5% a mais que em 2014. A alta foi motivada pelos maiores custos com a compra de energia, em função do acionamento das térmicas e pelo aumento de despesas operacionais para melhoria da qualidade do serviço de distribuição. As vendas e o transporte de energia chegaram a 11.723 GWh, 0,7 ponto percentual a menos do que os 11.803 GWh registrados em 2014. Na contramão, a companhia registrou um aumento de 3% no número de consumidores. A classe residencial alavancou o acréscimo com mais de 44,6 mil novos consumidores. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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4 Lucro da Coelce registra alta de 44,3% em 2015

A Coelce registrou lucro líquido de 363 mi em 2015, resultado 44,3% superior ao verificado em 2014, quando ficou em R$ 251,5 mi. A receita da companhia também apresentou alta de 36,9%, de R$ 4,6 bi para os atuais R$ 6,3 bi, enquanto o Ebtida teve retração de 6,7%, para R$ 648,7 mi. O aumento expressivo nas receitas é atribuído, em grande parte, às revisões tarifárias extraordinária e ordinária aprovadas pela Aneel, respectivamente, em março e abril de 2015 e pela entrada em vigor do sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro daquele ano. Segundo a Coelce, o Despacho 4.621, de novembro de 2014, também contribuiu para a alta, uma vez que a medida permitiu às distribuidoras contabilizar, nos seus resultados financeiros, os créditos a receber nos próximos reajustes tarifários. A comercialização e o transporte de energia no acumulado de 2015 alcançaram 11.365 GWh, acréscimo de 1,2% em relação ao ano anterior, enquanto o consumo per capita diminuiu em 5,3% no mercado regulado e 1%, no livre, retração atribuída pela empresa à desaceleração econômica do país. O número de clientes atendidos, por sua vez, fechou o ano em 3.757.580, 3,7% a mais na mesma base de comparação. Dos cerca de 132 mil novos clientes conectados, cerca de 20 mil são da classe residencial e outros 62 mil da classe rural. Já os investimentos subiram 55%, para R$ 426,6 mi, e foram destinados, principalmente, à conexão de novos clientes, à melhoria da qualidade do serviço e ao combate ao furto. Na comparação trimestral, houve redução de cerca de 70% no lucro líquido, enquanto a receita líquida recuou 18% e o volume de energia comercializada, 1%. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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5 EMGS tem prejuízo de US$ 23,4 mi no quarto trimestre de 2015

A EMGS registrou prejuízo de US$ 23,4 mi no quarto trimestre de 2015, frente ao lucro de US$ 7,7 mi do mesmo período do ano passado. De acordo com a companhia, o resultado foi impactado pelos encargos de reestruturação relacionados aos cortes do programa de redução de gastos. A receita da companhia no quarto trimestre foi negativa em US$ 22,1 mi, contra os US$ 13,2 mi totalizados em igual período de 2014. O Ebitda também ficou negativo em US$ 8 mi. No acumulado anual, foi registrado prejuízo de US$ 69,3 mi, frente ao lucro de US$ 28,1 mi em 2014. A EMGS registrou perdas de US$ 73 mi no faturamento do ano passado. Para o ano, o Ebitda está negativo em US$ 16,7 mi. A EMGS espera que as medidas de redução de custos tenham efeito a partir do segundo trimestre. A companhia estima operar dois navios ainda este ano, podendo incluir um terceiro. Um deles está previsto para atuar na Ásia, enquanto o outro na Europa e nas Américas. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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6 Sem fôlego, elétricas alertam sobre falta de investimentos em 'linhões'

As empresas responsáveis pela operação de 74% das linhas de transmissão espalhadas no país advertiram ao MME que estão perdendo o fôlego financeiro e podem descumprir suas obrigações de investimentos na rede em 2016. Elas pedem uma definição no pagamento de indenizações devidas pelo governo a quem prorrogou suas concessões, ajustes nas regras para a emissão de debêntures incentivadas e menos travas no acesso aos empréstimos de longo prazo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O presidente da Abrate, Mário Miranda, explica que as empresas precisam desembolsar R$ 3,1 bi neste ano em obras nas instalações existentes. Esses investimentos foram determinados pelo plano de reforços e melhorias da rede, que recebeu aprovação do ministério, com intervenções apontadas pelo ONS em até 82 mil quilômetros de linhas de transmissão e atender ao crescimento da demanda, segundo Miranda. "Já estamos sem fluxo de caixa para fazer esses investimentos", afirma o executivo. Ele levou um relato da situação, no fim de janeiro, ao ministro Eduardo Braga. "Se o plano não for executado, deteriora--se a prestação dos serviços e as empresas podem ser multadas por descumprimento dos contratos de concessão", diz. Até agora, o efeito da descapitalização das transmissoras vinha se fazendo sentir especialmente nos leilões para a concessão de novas linhas. (Valor Econômico – 10.06.2016)

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7 Empresas “tradicionais” tem tombo nos arremates licitados pela Aneel

O tombo é visto como reflexo direto da redução nas receitas de quem renovou suas concessões, em 2012, por 30 anos. Na virada do ano, as concessionárias terminaram de receber quase R$ 13 bi em indenizações pelos ativos construídos depois de maio de 2000. Outros R$ 20 bi foram reconhecidos pela Aneel como investimentos não amortizados de instalações construídas antes daquela data, mas ainda não houve definição sobre o pagamento. Em encontro com o ministro Eduardo Braga, o presidente da Abrate recebeu informações sobre a forma de pagamento das indenizações restantes, que foi antecipada pelo Valor em novembro. Elas devem ser quitadas em cinco anos, por meio de um pequeno acréscimo nas tarifas de energia dos consumidores, mas somente a partir de 2019. Isso porque o ministro pretende, antes, "descontaminar" as tarifas de outros passivos, como a devolução dos empréstimos tomados pelas distribuidoras para pagar o acionamento das usinas térmicas. A maioria dos analistas no setor acreditava em um pagamento mais rápido das indenizações pendentes. Com essa possibilidade descartada, transmissoras querem agora que a portaria definindo esse pagamento seja cuidadosamente redigida, a fim de permitir seu uso como recebível para a tomada de financiamentos nos bancos. As transmissoras também enfatizam a necessidade de mudanças nas regras para a emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura. (Valor Econômico – 10.06.2016)

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8 Abengoa fracassa em negociar dívida com credores na Espanha

O grupo espanhol de energia Abengoa, que entrou com pedido de recuperação judicial na Espanha em novembro do ano passado e está tentando reestruturar sua dívida, anunciou nesta sexta--feira que ainda não conseguiu pagar sua obrigação de €2,2 bi. A empresa tem mais quatro meses para continuar tentando um acordo com os credores da Espanha, que, caso fracasse, levará à maior falência da história do país. O anúncio ocorreu após credores nos EUA tentarem forçar a subsidiária da Abengoa no país a entrar no Capítulo 7 da lei de falência americana, que envolve o fim da atividade da empresa. Neste capítulo, um administrador judiciário é então nomeado para vender os ativos e organizar a repartição das somas recuperadas. A Abengoa tem 21 dias agora para responder ao pedido involuntário de falência dos credores americanos. No Brasil, três empresas do grupo — Abengoa Construção Brasil, Abengoa Concessões Brasil Holding e Abengoa Greenfield Brasil Holding — entraram também em recuperação judicial em janeiro. A Abengoa Construção apresentou dívida de R$ 1,9 bilhão. A Abengoa Concessões listou dívidas de R$ 2,28 bi e a Abengoa Greenfield declarou dívidas de R$ 360,7 mi. No consolidado, o processo apresenta cerca de R$ 3 bi em dívidas com credores. (Valor Econômico – 05.02.2016)

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9 Crise da Abengoa impacta sistema do NE

A paralisação das obras das linhas de transmissão da Abengoa já gerou "impacto significativo" - segundo a avaliação da Aneel - no processo de expansão do setor elétrico, mas o cenário pode se agravar se o governo não chegar a uma solução rápida com a empresa, os credores e os potenciais novos concessionários. O principal risco é relacionado à linha que vai escoar energia da mega hidrelétrica de Belo Monte (PA), até o Nordeste. As obras estão paradas desde novembro do ano passado, quando a controladora na Espanha iniciou o processo re recuperação lá. No dia 29 de janeiro, a empresa pediu recuperação judicial no Brasil, contra dívidas listadas de R$ 3,04 bi, além de débitos fiscais de R$ 99 mi. Desde novembro, o governo vem se reunindo com empresas do setor elétrico para tentar mapear o interesse nos ativos da Abengoa, não se limitando necessariamente às transmissoras de energia, mas também outras companhias do setor que possam ser afetadas pelos atrasos nas obras, como concessionárias de usinas eólicas. Foi apurado, porém, que as baixas taxas de retorno aceitas pela Abengoa nos leilões de transmissão em que arrematou as concessões são obstáculos que reduzem o interesse de potenciais compradores. As condições de crédito atuais também não ajudam. Da parte dos credores, os relatos são de dificuldade nas negociações e baixas expectativas de solução. No documento que sustenta o pedido de recuperação judicial, distribuído para a 6ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, a Abengoa diz ter sob sua responsabilidade "direta ou indireta" cerca de 10 mil km de linhas de transmissão de energia, em operação ou construção, no país. Em termos de receita anual, o grupo alega ter R$ 1,077 bi, o que representa uma participação no mercado brasileiro de transmissão de 6,2%. "Conclui--se que as recuperandas são hoje o terceiro maior player de capital privado atuante no setor de transmissão de energia elétrica, essenciais, portanto para o sistema elétrico brasileiro", escreveu a Abengoa no pedido. A companhia contratou a G5 Evercore, empresa de assessoria financeira, para auxiliar na reestruturação do grupo no Brasil. Em documento disponibilizado recentemente, a Aneel afirmou que a companhia paralisou mais de 5 mil km de linhas de transmissão, que escorreriam energia de parques eólicos, solares e principalmente de Belo Monte. (Valor Econômico – 15.02.2016)

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10 Denúncia do MPF sobre Furnas volta à fase de inquérito

Passados dez anos do surgimento das primeiras informações sobre um esquema de corrupção semelhante ao mensalão montado na companhia estatal Furnas Centrais Elétricas em benefício de políticos e partidos, a ação judicial ainda está longe de apontar culpados. Responsável há quase quatro anos pelas investigações, a Polícia Civil do Rio ainda não apresentou conclusões ao Ministério Público do Estado. Inicialmente atribuição da Justiça Federal, a ação passou para a Justiça do Estado do Rio após a apresentação pelo MPF de denúncia contra 11 acusados, entre empresários, lobistas, dirigentes e funcionários da estatal vinculada ao sistema Eletrobrás. A remessa do processo ao Judiciário fluminense ocorreu em 26 de março de 2012, por determinação do juízo federal. O caso ficou conhecido como "lista de Furnas" e envolvia políticos supostamente beneficiados com dinheiro desviado da estatal com sede no Rio. Constam na lista os nomes de 1.556 políticos que fizeram campanha eleitoral em 2002. A autenticidade, contudo, sempre foi contestada pelos citados. O desvio de recursos públicos, conforme o MPF, ocorreu na contratação de empresas para realizar obras nas Usinas Termoelétricas de São Gonçalo e de Campos (RJ) e para prestar serviço de assessoria técnica à Furnas. Os valores desviados – R$ 54,9 milhões, segundo o MPF – seriam usados para abastecer campanhas eleitorais. A Procuradoria-Geral da República, responsável pela denúncia de políticos com foro, não informou se a apuração iniciada pelo MPF no Rio teve continuidade. O Supremo Tribunal Federal não confirmou se há processo em tramitação neste caso. (O Estado de São Paulo - 14.02.2016)

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11 CPFL investe R$ 61 mi em rede inteligente

O P&D em armazenamento de energia que o grupo CPFL planeja lançar no segundo semestre faz parte do guarda--chuva de pesquisas que a companhia tem feito no conceito de redes inteligentes. Ao todo, os projetos de smart grid em andamento pela empresa totalizam investimentos de R$ 60,9 mi. A CPFL Energia ainda não fechou o orçamento do projeto sobre armazenamento de energia, que terá quatro anos de duração. Segundo Felipe Zaia, gerente de Inovação da companhia, porém, a iniciativa será um dos maiores projetos de P&D do grupo, em termos de recursos financeiros. "Enxergamos que o projeto de armazenamento é mais um passo para construirmos esse conceito de rede inteligente, principalmente quando ele é combinado com o avanço das energias renováveis, como solar e eólica. Fazer um projeto de armazenamento no Brasil é efetivamente antecipar uma tendência que, mais cedo ou mais tarde, vai chegar no país", disse Zaia, que integrou a delegação brasileira que esteve na última semana no Reino Unido, para conhecer estudos sobre o tema, em missão organizada pelo consulado britânico. De acordo com o projeto que está sendo desenhado, a CPFL quer avaliar os impactos da tecnologia de armazenamento de energia em três níveis diferentes: um nas unidades consumidoras; outro na rede de distribuição, em média e baixa tensão; e o último em patamar de geração e transmissão, acoplada a uma subestação de alta tensão ou até na usina solar de Tanquinho, inaugurada pela companhia no ano passado. "A ideia é fazer a combinação do estudo nessas três aplicações para entendermos o impacto em cada um dos segmentos que atuamos", explicou Zaia. Na área de redes inteligentes, a CPFL está desenvolvendo projetos de mobilidade elétrica, energia solar (usina solar de Tanquinho e telhados solares em 200 unidades consumidoras), redes subterrâneas, self-healing (autorestauração do sistema de entrega de energia) e transformadores verdes. Fora do âmbito do programa da Aneel, a CPFL também pretende avançar com o projeto de instalação de medidores de energia inteligentes em um grupo de clientes residenciais da companhia. A empresa já possui hoje mais de 25 mil medidores inteligentes instalados em clientes do grupo "A", atendidos em alta tensão, principalmente indústrias e grandes estabelecimentos. (Valor Econômico – 11.02.2016)

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12 Amazonas Distribuidora pode ter que pagar R$ 217 mi de multa

A Amazonas Energia pode ter que pagar R$ 217,6 mi por não ter recolhido antecipadamente o ICMS na compra de energia pelo Linhão de Tucuruí, nos anos de 2014 e 2015. A concessionária recebeu dois autos de infração da Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas. A Diretoria de Fiscalização do Fisco estadual informou, por meio de nota, que a Amazonas Distribuidora de Energia repete a infração desde que começou a adquirir energia gerada fora do estado com o intuito de atender ao consumo local. De acordo com Jorge Jatahy, secretário-executivo da Receita da Secretaria da Fazenda, o ICMS antecipado deve ser pago por todos os contribuintes que fazem compras interestaduais. "Com relação à Amazonas Energia, as atuais autuações não são as primeiras, temos identificado irregularidades desde 2012, tentando ajustar o recolhimento de ICMS junto à estatal", acrescentou. A Secretaria da Fazenda informou que a concessionária tem 30 dias para apresentar defesa no processo. Em nota, a Amazonas Energia afirmou que “tomou conhecimento e está avaliando a notificação da secretaria para se manifestar sobre o caso”. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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13 Amazonas Energia contrata 125 MW emergenciais para sistemas isolados

O MME reconheceu a necessidade de contratação emergencial de 124,8 MW térmicos para sistemas isolados atendidos pela Amazonas Energia. A energia será destinada a 91 localidades, que estão atualmente com o atendimento em risco. A contratação emergencial será realizada pela própria concessionária e será mantida até que unidades contratadas a partir de licitação entrem em operação. A licitação ainda será definida pela Aneel. A agência deverá também enquadrar os montantes excepcionais no rateio da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC). A medida foi recomendada na reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) do último dia 3/2 e entrou em vigor nesta sexta-feira (12/2). No dia 21/1, o ministério já havia reconhecido a necessidade de outros 155 MW emergenciais, dessa vez para a região metropolitana de Manaus-AM. A contratação foi aprovada a partir das térmicas Flores (80 MW), Iranduba (25 MW) e São José (50 MW) e ficará mantida por seis meses. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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14 JPMorgan alerta sobre dívida de empresas brasileiras de energia e água

As empresas de água e energia do Brasil estão carregando dívidas pesadas e sem precedentes, em um momento em que o acesso ao mercado de crédito está cada vez mais restrito. Em um relatório divulgado no mês passado, o JPMorgan estimou que a dívida líquida das empresas somavam R$ 87,2 bi no fim do terceiro trimestre. Para piorar, a maior parte desse total está ligada à taxa Selic, de 14,25%, a mais elevada em quase uma década porque o governo enfrenta dificuldades para domar a inflação. Concessionárias como a Cemig e a Copasa terão dificuldades para refinanciar dívidas já que o mercado de crédito local está se retraindo com a mais aguda recessão em mais de um século, aprofundada por uma crescente turbulência política, disse Marcos Severine, analista do JPMorgan. As empresas do setor captaram apenas R$ 12,6 mi em financiamento no mercado de bonds local em 2015, 37% menos que no ano anterior. “A alta alavancagem do setor é preocupante porque ocorre em um contexto de falta de liquidez e de crédito do mercado brasileiro” disse Severine em entrevista. As geradoras de energia viram suas dívidas cresceram depois que uma forte seca derrubou os níveis de água das usinas hidrelétricas para mínimas recordes em 2015, forçando o religamento das usinas de energia termelétrica, que é mais cara. O aumento dos custos veio também depois que a presidente Dilma Rousseff exigiu cortes de 20 por cento nos preços médios da energia para conter a inflação, em 2013. A Cemig tem R$ 4,3 bi em dívidas com vencimento em 2016. A alavancagem da empresa com sede em Belo Horizonte-MG provavelmente atingirá 5,4 vezes os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização neste ano, segundo o Banco Itaú BBA. Em um comunicado enviado por e-mail, a Cemig disse que espera refinanciar sua dívida com vendas de bonds e empréstimos de bancos controlados pelo governo. Os investidores também estão questionando a capacidade de algumas concessionárias para refinanciar dívidas porque os bancos já não estão mais dispostos a aumentar sua exposição ao setor, disse Alexandre Montes, analista da Lopes Filho & Associados Consultores de Investimentos. “A Cemig está em uma situação delicada” disse ele. (O Globo – 11.02.2016)

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Leilões

1 Nove vencedores de leilão de reserva são habilitados

A Aneel habilitou, nesta sexta-feira (5/2), nove projetos vencedores no segundo leilão de reserva, de novembro de 2015. A medida soma 227,2 MW de capacidade, dos quais, 167,2 são eólicos e os 60 MW restantes, fotovoltaicos. Entre os parques eólicos, estão Ventos de Santa Aurora, Ventos de Santa Emília, Vento de Santo Beatriz e Ventos de São Gabriel (30 MW cada – BA), do consórcio formado entre a EDP (80%), Casa dos Ventos (19,99%) e o fundo Salus (0,01%). Também foram aprovadas as eólica Vila Acre I (25,2 MW – RN), da Voltalia, e Ventos Maranhenses 5 (30 MW – MA), da Ômega Energia. Já as fotovoltaicas são as usinas Sobrado I (30 MW – BA), do consórcio liderado pela Origis Invest, e Nova Cruz (30 MW – RN), da ADX Consultoria e Engenharia. Com a habilitação, resta apenas uma usina com pendências na documentação, a fotovoltaica Fazenda Esmeraldina (30 MW – PE). Dos 53 empreendimentos que negociaram na concorrência, 26 foram habilitados em 18/1 e outros 17, em 25/1. Todos eles já estão com o resultado homologado pela Aneel. Ao todo, o leilão negociou 1.477,5 MW de capacidade e 530,8 MW médios de garantia física, ao preço médio de R$ 249/MWh e deságio de 15,35%. O investimento movimentado foi de R$ 6,841 bi. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Para Aneel, atraso em Belo Monte vai resultar numa “não otimização” da operação do sistema

O trecho de 1.816 km da linha de Belo Monte que tem data de entrega pela Abengoa em 30 de novembro tem apenas 20% de avanço físico nas obras - enquanto os outros trechos praticamente ainda não saíram do papel – preocupa a Aneel. Segundo a agência reguladora, esse atraso vai resultar numa "não otimização" da operação do sistema, por limitar o despacho de usinas ou restringir a transferência de energia de uma região para outra do país. Na prática, o problema não deve causar uma interrupção no fornecimento de energia, mas um aumento dos custos de operação. Segundo especialistas, mesmo com o pedido de recuperação judicial, a venda ou repasse dos ativos da Abengoa a outros agentes é possível devido à lei 12.767 de 2012, que eliminou a possibilidade de que uma concessionária de energia elétrica possa pedir recuperação judicial. Nesse caso, três empresas do grupo no Brasil entraram com o processo (Abengoa Construção Brasil, Abengoa Concessões Brasil e Abengoa Greenfield Brasil), mas as sociedades de propósito específico que configuram as linhas de transmissão não foram incluídas no pedido. A impossibilidade de que concessionárias entrem com pedido de recuperação surgiu no âmbito da crise do Grupo Rede, em 2012. Na ocasião, após a Celpa ter pedido recuperação, o governo publicou a MP 577 (transformada na lei 12.767), impedindo que as demais distribuidoras do grupo solicitassem proteção judicial e abrindo caminho para uma intervenção da Aneel. Por isso, hoje, o governo pode liderar os esforços de transferência dos ativos sem necessitar do aval dos credores da companhia, como acontece normalmente numa recuperação judicial. Todos os envolvidos concordam que uma solução é melhor que uma briga judicial. Se isso não for possível, ou não houver interessados em todos os ativos, a Aneel pode fazer uma intervenção, indicando administradores para, posteriormente, relicitar os empreendimentos. Essa, porém, é a pior situação em termos energéticos, pois a normalização das obras poderia levar mais tempo. Além de Belo Monte, diversos empreendimentos de energia eólica e solar também dependem dessas obras. É o caso da italiana Enel, tem que tem 600 MW em projetos de energia solar em construção, assim como a Renova, com aproximadamente 800 MW de eólicas dependendo das linhas da Abengoa para o escoamento da energia. (Valor Econômico – 15.02.2016)

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2 Consumo de energia cai 5,7% no país em janeiro, aponta ONS

O consumo de energia elétrica no SIN caiu 5,7% em janeiro, ante igual período de 2015, informou o ONS. De acordo com dados preliminares do boletim mensal, a carga do sistema totalizou 65.608 mil MW médios no mês passado. Na comparação com dezembro, houve aumento de 0,5% no consumo. “A ocorrência de chuvas, acompanhada de temperaturas amenas no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, bem como o baixo desempenho da atividade econômica, diante da demanda interna fraca causada principalmente pelo alto endividamento das famílias, na presença de taxas de juros e de desemprego elevadas, impactaram negativamente o comportamento da carga do SIN durante o mês de janeiro/16”, citou o ONS, em nota. Ainda segundo o ONS, a elevação das tarifas de energia elétrica vem se refletindo nos padrões de consumo de energia, contribuindo para a redução da carga, principalmente nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul onde a influência dos aumentos tarifários tem sido maior. A maior retração se deu no consumo do subsistema Sudeste/Centro Oeste, que caiu 7,3% entre janeiro de 2015 e janeiro de 2016, para 38.451 mil MWm. Já a carga do subsistema Nordeste caiu 6,1% na comparação anual (para 10,078 mil MWm), enquanto no Sul a retração foi de 4,4% (11.860 mil MWm). O subsistema Norte foi o único a registrar aumento no consumo, de 4,3%, para 5.219 mil MWm. Segundo o ONS, o aumento está atrelado à interligação do sistema Macapá, que, a partir de outubro, encontra-se totalmente interligado ao SIN. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN caiu 2,5% frente a igual período anterior. (Valor Econômico – 05.02.2016)

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3 Descasamento de caixa causado pelo câmbio causa déficit para a distribuidora catarinense Celesp

O descasamento de caixa causado pelo câmbio é outra questão que afeta a distribuidora Celesc. A energia comprada de Itaipu é paga em dólar e essa despesa entra na chamada "Parcela A". Como a data da revisão tarifária da Celesc é em agosto, ela só vai repor as despesas com o câmbio em seu caixa em agosto deste ano. "Isso dá um déficit de R$ 25 mi por mês" disse. Até a revisão, a Celesc precisa de empréstimos para estabilizar as necessidades de caixa. "Enquanto o setor de distribuição não conseguir voltar ao que era, muito 'flat', vamos ter que ir a bancos pedir empréstimos e depois pagar no reajuste", disse Cleverson Siewert, presidente da estatal. A Celesc segue cumprindo seu cronograma de investimentos. "Mesmo com as dificuldades setoriais estamos caminhando fortemente". Os programas de eficiência operacional também continuam sendo executados, como o de redução dos gastos gerenciáveis consolidados (PMSO). O conselho da Celesc considera também um novo PDV, nos moldes do realizado em 2013. "Temos um plano de eficiência operacional em andamento com 110 ações tomadas na empresa. Esse programa está com mais ou menos 70% concluído e com 50% dos ganhos auferidos. Nos próximos dois anos, devemos complementar os programas físicos, que vão trazer mais ganhos", disse. (Valor Econômico – 12.02.2016)

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4 Carga em janeiro tem retração de 5,7%

O volume de carga no país caiu 5,7% em janeiro, em relação ao mesmo período de 2015. A carga ficou em 65.608 MWm em todo o sistema, com destaque para o submercado Sudeste/Centro-Oeste (SE/CO), onde o volume teve queda de 7,3% na mesma comparação, para 38.451 MWm. Segundo dados prévios do ONS, a ocorrência de chuvas acompanhada de temperaturas amenas no subsistema impactou no resultado, bem como a alta nas tarifas e o baixo desempenho da atividade econômica, diante da demanda interna fraca. O subsistema Nordeste teve a segunda maior variação negativa, com queda de 6,1%, para 10.078 MWm, enquanto o Sul caiu 4,4%, para um volume de 11.860 MWm. Na contramão dos resultados, o submercado Norte registrou 5.219 MWm, alta de 4,3% na carga do período, atribuído pelo operador à interligação do sistema Macapá (AP). Na comparação com dezembro do ano passado, a carga total do país teve alta de 0,5%, puxada pela expansão do Sul de 11,4%, devido às fortes chuvas registradas naquele mês. SE/CO teve baixa 0,3%, enquanto Nordeste e Norte tiveram a mesma trajetória descendente, com queda de 5,4% e 4,3%, respectivamente. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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5 Consumo cai 7,9% em janeiro

O consumo de energia elétrica teve queda de 7,9% em janeiro, para 59.313 MWm, na comparação com o mesmo período de 2015, de acordo com levantamento da CCEE. A redução no mercado regulado chegou a 8,2% e, no mercado livre, a queda foi de 7%. As maiores quedas foram registradas nos setores de veículos (-15%), extração de minerais metálicos (-9,4%) e minerais não metálicos (-9,1%). Na contramão, houve alta de consumo nos setores de bebidas (+2,2%) e alimentos (+0,1%). A geração, por sua vez, fechou o mês em 61.715 MWm, retração de 7,7% na mesma base de comparação. As térmicas impulsionaram a queda com produção de 12.380 MWm, 21,5% menos do quem em janeiro de 2015. Já as PCHs produziram 3.063 MWm, alta de 23,6% em relação ao entregue no mesmo período do ano passado. A CCEE ainda informou, através do boletim, que a representatividade da fonte hidráulica, em relação a toda energia gerada no país, foi de 77%, 3,8% a mais do que no ano passado. A previsão da câmara é que as usinas do MRE tenham geração equivalente a 72,9% (ou 42.859 MWm) da garantia física na sexta semana de janeiro. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 83,2%. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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6 AES com geração total nas usinas do Tietê

Sem poder revelar montantes, devido ao período de silêncio antes da divulgação de resultados de 2015, a AES Tietê informou que, desde meados de janeiro e sob orientação do ONS, aumentou ao máximo, a produção de energia nas cinco hidrelétricas que opera ao longo do rio Tietê. Essas usinas somam 1.020 MW de capacidade instalada. O armazenamento total ao longo da cascata, que deveria chegar ao nível de 86% somente por volta junho, ao final do período úmido, chegou a esse patamar na primeira quinzena de janeiro. Houve um salto de quase 30% entre o final de dezembro último e o começo de 2016. “Superamos o recorde histórico de vazão na usina Nova Avanhandava, que era de 5.500 m³/s, registrado por volta da inauguração, em 1983. Em meados de janeiro atingimos 7.500 m³/s”, relata o gerente de Operações da empresa, Antônio Carlos Garcia. No rio Grande, onde a companhia opera a hidrelétrica Nova Avanhandava, com 1.396 MW de potência, o ritmo de enchimento não foi menos surpreendente para essa época do ano. O reservatório estava com 94% em janeiro último contra 14% verificados em mesmo período de 2015. De dezembro a janeiro a evolução foi de cerca de 50%. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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7 Eclusas de usinas da AES são liberadas

Na última quinta-feira (4/2), as eclusas das usinas de Bariri e Barra Bonita foram liberadas para navegação, após manutenção periódica realizada a cada dois anos pela AES Tietê, informou Antônio Carlos Garcia, gerente de Operações da AES. Esse procedimento foi antecipado na hidrelétrica Nova Avanhandava, a última da cascata da empresa, porque o trecho de hidrovia que segue até Três Irmãos, usina da Cesp em processo de transferência para a chinesa CTG, ficou interrompido de 2014. Está prevista obra, de responsabilidade do Departamento Hidroviário da Secretaria de Transportes do Estado de S. Paulo, de aprofundamento do calado, em 2,4 metros, ainda este ano. “No trecho compreendido entre as nossas usinas, tanto a navegação de turismo como de carga operou normalmente. O que ficou prejudicado foi o transporte de longa distância, proveniente do Centro-Oeste, por causa do trecho entre Nova Avanhandava e Três Irmãos”, informou o gerente da geradora. O projeto de prolongamento do traçado da Hidrovia até Conchas, favorecendo, principalmente o transporte fluvial de etanol, não tem data para seguir adiante. O licenciamento ambiental da obra, que inclui a construção de uma barragem em Santa Maria da Serra, está suspenso a pedido do Departamento Hidroviário, devido à complexidade das recomendações propostas pela Cetesb. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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8 Queda no consumo é desafio para Celesc

A queda no consumo de energia é um dos principais desafios que a Celesc tem pela frente, ao mesmo tempo em que se esforça para aumentar o peso do segmento de geração em seu faturamento e segue com iniciativas para redução de custos. "Foi um ano bem complexo para o setor como um todo", afirmou, em entrevista, Cleverson Siewert, presidente da estatal catarinense. "Em Santa Catarina, não vimos a queda no consumo nos últimos 15 anos e agora tivemos uma queda, foi um ponto delicado". Os dados operacionais da companhia, publicados em 26 de janeiro, apontaram uma queda de 2,6% no consumo de energia em 2015. Outro desafio citado por ele foi o grande número de ações judiciais. "Muita coisa foi judicializada, nunca sabíamos o que aconteceria no mês seguinte, se haveria novas liminares, algum pagamento trancado", afirmou. Apesar dos desafios, Siewert destaca duas vitórias obtidas nos últimos meses do ano e que devem ditar o ritmo de crescimento a partir de agora. "Foi um bom ano, continuamos adequando a companhia num processo de corte de custos, de transformação em função da nova lógica setorial. Terminamos o ano com a renovação da distribuidora e ganhamos as nossas usinas no leilão", afirmou. Em um leilão em novembro, a Celesc arrematou de volta PCHs cujas concessões não tinham sido renovadas, com 63,2 MW de potência instalada. As condições foram consideradas vantajosas e a companhia já garantiu, no curto prazo, os recursos para pagar os R$ 230 mi em bonificação pela outorga. "Temos financiamento de curto prazo com 65% de capital de terceiros e 35% de capital próprio", explicou. Ao mesmo tempo, avaliam um financiamento de longo prazo, mais estruturado, "mas vai depender do mercado, se vão aceitar esse tipo de operação", completou. (Valor Econômico – 12.02.2016)

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9 PLD volta a subir no Nordeste

O PLD voltou a subir na região Nordeste, chegando a R$ 137,98/MWh na semana de 13 a 19 de fevereiro, valor 23,5% superior ao registrado no período anterior. Já nos outros três submercados do país, Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, o PLD permaneceu no patamar mínimo estabelecido para 2016, de R$ 30,25/MWh. Na revisão do PMO, divulgada nesta sexta-feira (12/2), o valor médio do CMO do Nordeste passou de R$ 111,23/MWh para R$ 165,70/MWh na semana. Nas demais regiões, o CMO médio de R$ 0,08/MWh da semana anterior subiu para R$ 1,19/MWh, de acordo com o ONS. O operador previu, para o início da semana de 13 a 19 de fevereiro, chuvas fracas nas bacias dos rios São Francisco e Paranaíba. Além disso, deve ocorrer chuva fraca a moderada nas bacias hidrográficas dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste, e, a partir da próxima quinta (18/2), no alto São Francisco. Já a bacia do rio Tocantins deve seguir apresentando chuvas fracas e isoladas. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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10 Tarifa de energia residencial cairá em média 0,2% em 2016

Os reajustes nas tarifas de energia elétrica para 2016 deverão resultar em redução média de 0,2% para os consumidores residenciais brasileiros em 2016, com os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste registrando quedas na conta de luz, beneficiados por chuvas nas áreas de hidrelétricas. A tendência de baixa após dois anos de altas nas tarifas, segundo estudo da consultoria TR Soluções, deve aliviar a pressão sobre a inflação e é resultado de chuvas favoráveis em janeiro e no início de fevereiro, que ajudaram a recompor os reservatórios de hidrelétricas e permitiram o desligamento de térmicas. O efeito médio para os consumidores do Sudeste e do Centro-Oeste será uma redução de 3,8%, enquanto no Sul a queda será de em média 3,4%, informou à Reuters. No Nordeste, por outro lado, a TR Soluções estima que deve haver elevação das tarifas, com efeito médio para o consumidor de 12,3%. A região, que havia sido menos afetada por altas nos anos anteriores, sofre os efeitos de uma severa seca nas hidrelétricas. Segundo o sócio da consultoria Paulo Steele, os cálculos já levam em consideração o desligamento de termelétricas a partir de março, em um movimento que o governo vê como início do viés de baixa nas tarifas de energia. Steele explicou, no entanto, que “apenas uma parte muito pequena” dos custos com o acionamento das térmicas, que são mais caras que as hidrelétricas, é suportado pelas tarifas. A maior parte da conta das termelétricas é custeada pelo consumidor por meio das bandeiras tarifárias. Com o desligamento de mais térmicas em março, a bandeira nas contas deverá passar para amarela, ante a atual vermelha, o que representará cobrança extra de R$ 1,5 a cada 100 kilowatts-hora consumidos, ante R$ 3 na faixa vermelha. Em 2015, quando a bandeira vermelha vigorou por todo o ano, as bandeiras tarifárias arrecadaram R$ 14,7 bilhões, segundo a Aneel. O consumidor chegou a pagar um custo extra de R$ 5,50 a cada 100 kilowatts-hora devido à bandeira vermelha, posteriormente reduzida. Com a evolução da hidrologia, o governo agora acha possível ter ainda neste ano a bandeira verde, quando não há cobrança adicional. O Banco Central estimou que os custos da energia elétrica subiram 52,3% em 2015 e projetou anteriormente uma alta de 3,7% em 2016, ainda considerando a vigência da bandeira vermelha. (O Globo – 10.02.2016)

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11 Moradores de reassentamento estão sem energia elétrica há 10 dias

Moradores do reassentamento São Francisco, em Porto Nacional (TO), estão sem energia elétrica há pelo menos 10 dias. O problema pode ter sido gerado por causa de um transformador, que está com duas chaves quebradas desde o dia 31 de janeiro. Foi nessa data que os moradores perceberam a situação. Eles dizem que não uma previsão para que o problema seja resolvido. Ficar sem energia por algumas horas até dá para aguentar. Um dia já causa transtornos. Então imagina uma família inteira ficar sem energia durante 10 dias. É o que está acontecendo com dona de casa Jacira Alves. A última vez que ela acendeu uma lâmpada na casa dela foi no dia 31 de janeiro e não há expectativa de que a energia volta tão cedo. "A gente comprou vela e está usando. Estamos pegando água gelada nas casas de outras pessoas que tem energia e estamos levando assim." "Os alimentos que estavam na geladeira estragaram porque ficamos esperando que viessem arrumar a energia e não vieram." Na casa do pastor Elson Francisco, a situação é semelhante. "Nós temos esperança que a energia volte. Não sei como e nem quando, mas que ela vai chegar, vai. Já fizemos calo no joelho, mas até agora nenhuma oração funcionou. Não sabemos pra quem apelar, além de Cristo" A casa do trabalhador rural Roosevelt Alves também está no escuro. Ele já reclamou até na Aneel. “Eles me disseram que até o momento que eu registrei a ocorrência não havia nenhum questionamento sobre a interrupção de energia na distribuidora. Mas eu tenho um protocolo do dia 1°, da ligação que fiz reclamando da interrupção." Sem energia, os moradores não podem nem assistir TV. Ainda bem que na casa do trabalhador rural Carlos Batista a água vem por gravidade porque ele não tem como bombear da cisterna. A água que jorra na mangueira serve para beber, cozinhar, tomar banho. "Não está bom, está difícil mesmo. Ficar sem energia foi a coisa mais ruim que já vi", lamenta. O problema pode estar no transformador. Seja ele qual for, os moradores querem uma solução. Acontece que um órgão fica Naquele jogo de empurra. A assessoria de comunicação da Investico disse que está verificando o caso. Já a Energisa informou que vai enviar uma equipe de eletricistas para identificar e solucionar o problema. (G1 – 10.02.2016)

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Meio Ambiente

1 Setor elétrico está engajado na luta contra o Aedes, diz ministro

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou em 13 de fevereiro que o setor elétrico está engajado no combate ao Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika e chikungunya. Ele citou uma parceria feita com a Abradee para que os leituristas de contas de luz das distribuidoras - que visitam mensalmente todos os domicílios do País - sejam treinados e ajudem a identificar possíveis focos de proliferação do mosquito. "A ação dos técnicos começou há duas semanas. Estamos com aproximadamente 40% ou 50% das distribuidoras participando, e esperamos que em mais três semanas todas as distribuidoras estejam atuando nesse sentido", disse Braga, que esteve presente nas atividades do dia nacional de mobilização contra o Aedes aegypti em Porto Alegre. Ele explicou que, quando os leituristas identificam um possível foco do Aedes, registram a localização geográfica no aparelho eletrônico que usam normalmente para medição de energia. Os dados são encaminhados para a distribuidora, que então repassa aos centros de enfrentamento ao mosquito presentes em cada Estado, para que as autoridades tomem as providências necessárias. O secretário-executivo adjunto do MME, Edvaldo Risso, revela que uma parceria semelhante foi feita com a Abegás. A lógica é a mesma. "No caso da Abegás a atuação das empresas ainda é incipiente, mas está em processo de aceleração", disse Risso, que coordena as ações contra o Aedes no MME. O trabalho, segundo ele, também é interno. "Todo sábado dentro do setor elétrico, de norte a sul do País, é dia de faxina. Estamos fazendo limpeza, verificando nas nossas unidades, nas subestações, nas geradoras, nas distribuidoras e nos escritórios, como podemos ajudar", disse. (O Estado de São Paulo - 13.02.2016)

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Energias Renováveis

1 Brasil foi o mercado eólico que mais cresceu em 2015

O Brasil foi o mercado eólico que mais cresceu, proporcionalmente, em 2015. A capacidade instalada da fonte no país aumentou 46% no ano passado, de acordo com dados preliminares da WWEA. Segundo a associação, que representa o setor mundialmente, o país foi novamente o quarto maior mercado para novas instalações eólicas no mundo, tendo adicionado 2,754 GW ao sistema em 2015, repetindo o desempenho do ano anterior. Com isto, a capacidade eólica instalada no Brasil saiu de 5,96 GW no final de 2014 para 8,71 GW no final do ano passado. De acordo com a Abeeólica, essa capacidade representa investimentos acumulados de R$ 52 bi. Ainda assim, o país se manteve como o décimo maior mercado eólico em termos de capacidade acumulada. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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2 Setor eólico bate recorde de novas instalações anuais em 2015

O setor eólico global bateu recorde de novas instalações anuais em 2015, com a entrega de 63,69 GW em capacidade de novos projetos, de acordo com a WWEA. A potência acumulada da fonte chegou a 435 GW no final de 2015, dos 371,374 GW que somava ao final de 2014, o que representou um crescimento de 17,2%. Do total de 63,69 GW eólicos instalados no ano passado, a China foi responsável pela entrega de 33 GW, ou 51,8%. Os EUA foram o segundo maior mercado de nova capacidade adicionada, com a instalação de 8,6 GW. A queda nos preços de combustíveis fósseis não tiveram impacto sobre o setor eólico no país, aponta a associação. Já na Alemanha, a corrida para aproveitar os incentivos à fonte, que devem ser modificados a partir de 2017, levou empreendedores a entregar 4,9 GW em 2015, o terceiro maior volume de novas instalações entre os países. De acordo com a EWEA, a associação que representa o setor na Europa, o país respondeu a 47% da nova capacidade instalada da fonte no continente. Apesar disso, a associação europeia de energia eólica divulgou um volume maior de instalações no país em 2015: segundo a EWEA foram 6.013 MW da fonte. Depois do Brasil, a Índia foi o quinto maior mercado de nova capacidade eólica, com 2,294 GW. O país asiático é agora o quarto maior mercado eólico em termos de capacidade acumulada, somando 24,759 GW da fonte e superando a Espanha, que, com 22,987 GW de potência eólica instalada, não adicionou nenhum novo projeto no ano passado. A WWEA classificou a estagnação no país europeu como uma grande decepção. Segundo apontou a associação, nenhum país que tenha liderado o mercado eólico global chegou a protagonizar similar paralisação na expansão da fonte. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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3 Projeto 50 Telhados instala 2,38 MWp em sistemas fotovoltaicos no país

O projeto 50 Telhados, desenvolvido pelo Instituto Ideal, alcançou a marca de 369 sistemas fotovoltaicos instalados pelo Brasil. Ao longo de 2014 e 2015, a iniciativa somou 2,38 MWp de potência instalada em 22 cidades, o que levou a uma geração estimada em cerca de 3,62 GWh/ano. Entre os destaques, está o município de Fortaleza-CE, que instalou 462 kWp a partir de 65 sistemas, seguido do Rio de Janeiro-RJ e Florianópolis-SC, com 312 kWp e 196 kWp, respectivamente, através de 52 e 22 projetos. A iniciativa foi feita por 15 instaladoras locais, entre elas a Satrix, que instalou 63 telhados solares em Fortaleza. Entre outras empresas, estão a Solar Energy do Brasil (37 em Campo Grande e 33 no Rio de Janeiro), Solled Eficiência Energética, (28 em Santa Cruz do Sul) e Araxá Energia Solar (22 em Florianópolis). O projeto foi lançado em 2013 e teve o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ GmbH. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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4 Aneel libera eólica da Chesf, no Piauí

A Aneel autorizou o início de operação comercial do parque eólico Ventos de Santo Augusto IV (28,9 MW – PI), situado no município de Simões. São 17 aerogeradores GE, de 1,7 MW cada, conectados à subestação Chapada, em 230 kV. As empreendedoras Chesf (49%), Contour Global (46%) e Salus – Fundo de Investimento (5%) negociaram a usina no leilão A-3, de novembro de 2013. As obras foram iniciadas em janeiro de 2015, segundo relatório de fiscalização da agência, enquanto os testes começaram no final de dezembro do mesmo ano. A agência liberou também as eólicas Itarema I (27 MW – CE) e Caititu (22,2 MW – BA), mas para operação em regime de testes. A usina Itarema I poderá iniciar três unidades geradoras, de 3 MW cada. A previsão de entrada em plena operação do projeto é maio deste ano. O empreendimento foi arrematado pela Rio Energy no leilão A-3, de novembro de 2013, e está ligado à SE Aracaú II, em 230 kV. Já a usina Caititu, do Santander, terá seis aerogeradores em testes, de 1,85 MW cada, todos conectados à SE Pindaí II, em 69 kV. Com previsão de início de operação comercial em março, ela está situada no município de Pindaí e foi negociada no leilão de reserva de 2011. A hidrelétrica de Jirau (3.750 MW – RO), localizada em Porto Velho, poderá colocar em testes mais uma turbina. A Aneel autorizou a liberação da 42ª unidade, com 75 MW de potência, e previsão para pleno funcionamento em março. A usina terá 50 turbinas no total e está prevista para ser finalizada em outubro de 2016. As primeiras unidades começaram a operar em 2013, enquanto as obras civis de estrutura foram iniciadas em 2009. A hidrelétrica foi negociada no leilão 05/2008, pela Energia Sustentável do Brasil. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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5 Eólicas de 89 MW entram em plena operação na Bahia

A Aneel liberou para operação comercial 88,9 MW a partir de quatro parques eólicos, localizados nos municípios de Pindaí-BA e Caetité-BA. Entre as usinas, estão a Angical (12,95 MW), Corrupião (27,75 MW), Inhambu (31,45 MW) e Teiu (16,65 MW), com um total de 48 aerogeradores. Os parques são do consórcio BR Guirapá, liderado pelo Santader (86,6%) em parceria com a Brazil Energy (13,4%). Os projetos estão todos conectados à subestação Pindaí II, em 69 kV, da Chesf. Eles foram negociados no leilão de reserva, de agosto de 2011, e iniciaram as obras em 2013. A eólica Coquerinho (29, 6 MW), também do consórcio, poderá iniciar as operações das últimas unidades, porém em regime de testes. Estão liberados 12 aerogeradores, que somam 22,2 MW. No último dia 12, a agência já havia autorizado os primeiros 7,4 MW, de quatro turbinas. Ela foi negociada no mesmo leilão, com mesmo ponto de conexão, porém a construção foi iniciada em 2014. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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6 Usinas brasileiras triplicam produção de etanol em janeiro

As usinas do Centro-Sul do país triplicaram a produção de etanol na segunda metade de janeiro deste ano, somando 168,1 milhões de litros contra 54,1 milhões de litros registrados no mesmo período da safra anterior. Desse total, o hidratado representa 118,9 milhões de litros e o anidro, 49,2 milhões de litros — aumentos de 176% e 345%, respectivamente. De acordo com levantamento divulgado pela Unica nesta semana, a produção acumulada de etanol da safra 2015/16 atingiu 27,4 bilhões de litros, o que representa um crescimento de 5,4% na comparação anual. O hidratado registrou elevação de 11,2% no período, para 16,9 bilhões de litros, enquanto o anidro caiu 2,8%, para 10,5 bilhões de litros. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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7 2,21 bilhões de litros de etanol foram comercializados em janeiro de 2016

Foram vendidos 2,21 bilhões de litros de etanol em janeiro desse ano, sendo 117,1 milhões de litros voltados à exportação e 2,1 bilhões de litros ao mercado interno. O volume de hidratado comercializado dentro do país chegou a 1,26 bilhão de litros, pela primeira vez na safra 2015/16, houve baixa em relação à quantidade vendida no ano passado. Já as vendas de etanol anidro — utilizado na mistura com a gasolina — para o mercado interno totalizaram 832 milhões de litros no último mês, contra 809,8 milhões de litros comercializados no mesmo período de 2015. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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8 Moagem de cana alcança 3,93 milhões de toneladas

A moagem de cana-de-açúcar alcançou 3,93 milhões de toneladas na segunda quinzena de janeiro, de acordo com a Unica. Já no acumulado da safra 2015/16, a produção ficou em 599,9 milhões de toneladas, alta de 5,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Até o final de janeiro, 39 usinas continuavam em operação na região Centro-Sul, número que deve cair para 32 na primeira quinzena de fevereiro. Nesse período, o mix de cana foi de 72,5% para produção de etanol e apenas 27,5% para a fabricação de açúcar. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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9 Heliatek atinge eficiência recorde em células solares orgânicas

Equipes de pesquisa e desenvolvimento da Heliatek alcançaram uma eficiência de 13,2% na conversão de luz solar em energia por células solares orgânicas, informou a companhia na última quinta-feira (11/2). De acordo com a empresa, o percentual é um aproveitamento recorde para esse tipo de tecnologia – fina, flexível e transparente, aplicável em edifícios e em diversas superfícies. O desempenho do equipamento foi testado e confirmado pelo laboratório independente Fraunhofer CSP. Em 2014, a AIE projetava, em estudo sobre as diferentes tecnologias de aproveitamento da energia solar, que as células fotovoltaicas orgânicas (OPV, na sigla em inglês) atingiriam eficiências acima de 10% apenas a partir de 2020. Segundo a Heliatek, as células recém-desenvolvidas e testadas teriam condições de gerar energia equivalente à produzida por células fotovoltaicas convencionais com eficiências de 16% a 17%. O objetivo da Heliatek é chegar a uma eficiência de 15%nas células fotovoltaicas orgânicas nos próximos anos. A eficiência alcançada pelas OPVs da empresa, de 13,2%, é atribuída ao uso de três diferentes materiais orgânicos, que atuam como os semicondutores da energia e absorvem diferentes tipos de luz. "Esse sucesso é baseado em nossa pesquisa química por novos materiais absorvedores orgânicos. A chave desse sucesso é a estreita cooperação de nossas equipes de P&D de física e química, que resulta em uma combinação ideal das propriedades deste novo projeto de célula solar", comentou o chefe executivo de Tecnologia da Heliatek, Martin Pfeiffer. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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10 Belga investe em projeto que usa painéis de energia solar para iluminar imóveis em favela

A iniciativa de um belga que chegou ao Brasil em 2009 promete mudar a forma de consumir energia no Morro da Babilônia, no Leme. Morador da favela há quase quatro anos, Pol Dhuyvetter criou a Revolusolar, uma organização sem fins lucrativos para reunir voluntários e expandir seu projeto de sustentabilidade dentro e fora da comunidade. Para começar, 32 painéis fotovoltaicos, comprados por meio de um financiamento da Agência Estadual de Fomento (Age-Rio), foram instalados no Babilônia Rio Hostel e na pousada Estrelas da Babilônia. A ideia é produzir iluminação limpa, gerando a tão sonhada economia na conta. “Brasileiro não tem tradição de se juntar e agir. Ou aguarda ações do governo, ou as respostas de Deus. Se queremos melhorar de vida, temos que agir e procurar novos caminhos. Não é complicado” disse o estrangeiro, que aguarda a homologação da Light para ligar os aparelhos. O novo sistema no Babilônia funcionará com um medidor bidirecional, que permitirá ao produtor da energia renovável consumir o que precisa e injetar o restante na rede da companhia. Quando o equipamento estiver funcionando plenamente, é possível que o usuário não dependa mais da rede elétrica. No hostel, que tem nove quartos para até 29 hóspedes, espera-se economia de 80% na conta de luz durante o verão, podendo chegar a 100% no inverno. (O Globo – 12.02.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Petrobrás coloca usinas térmicas, terminais de gás e gasodutos à venda

A Petrobrás quer sair do setor elétrico e colocou à venda suas 21 usinas térmicas, gasodutos e terminais de regaseificação, por onde chega em forma líquida o gás importado em navios. A conclusão do negócio esbarra, porém, em questões regulatórias, segundo um executivo de uma grande empresa do setor elétrico que quer comprar ativos. O plano geral da Petrobrás de venda de ativos para reforçar o caixa pretende arrecadar, no total, US$ 57,7 bi (o equivalente a cerca de R$ 225 bi). Mas, até agora, a empresa só conseguiu se desfazer de 49% de uma de suas subsidiárias, a Gaspetro, de distribuição de gás, por R$ 1,9 bi. Ainda estão sendo negociadas parcerias na BR Distribuidora, concessões para a exploração e produção de petróleo e gás, uma fatia da petroquímica Braskem, fábricas de fertilizantes, terminais, dutos e navios, além das usinas. Com pouco dinheiro para investir no que considera o seu trunfo para enfrentar a crise – o pré-sal –, a Petrobrás decidiu deixar de ser uma empresa integrada de energia, presente do poço ao posto. A nova empresa será, prioritariamente, uma produtora de petróleo. Para tirar o plano de desinvestimento do papel, a empresa terá de superar a concorrência de programas semelhantes de petroleiras do mundo todo, afetadas pela queda do preço do petróleo. No Brasil, pesam ainda limitações regulatórias. Para vender suas térmicas, a Petrobrás terá de, primeiro, chegar a um acordo com a ANP sobre a regulação dos gasodutos. (O Estado de São Paulo – 10.02.2016)

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2 Petrobras identifica áreas com hidrato de gás

Um estudo da Petrobras demonstrou que existem áreas no litoral brasileiro com acumulações de hidratos de gás que podem se tornar fontes para produção de gás natural no futuro. As áreas identificadas pela petroleira incluem as bacias de Pelotas, próxima ao Rio Grande do Sul, e Foz do Amazonas, no litoral norte do país. Em novembro do ano passado, a Petrobras formou uma parceria com a japonesa Jogmec para explorar e produzir hidratado de gás, óleo pesado e shale gás em depósitos não convencionais no Brasil. “Acreditamos que essa transferência de conhecimento será um fator decisivo para desenvolver a tecnologia a ser aplicada nas bacias de Pelotas e Foz do Amazonas”, informou a Petrobras em comunicado. O hidrato de gás consiste em uma molécula de gás que foi aprisionada em uma estrutura de água cristalizada devido a condições submarinas de temperatura e pressão. A companhia pondera que ainda não existe tecnologia capaz de explorar e produzir comercialmente esses reservatórios, em função da dificuldade técnica de garantir escoamento e estabilizar a produção de gás natural. O Japão foi pioneiro na extração de gás a partir de hidrato de metano em áreas offshore, sendo a Jogmec responsável pelos primeiros testes de produção. A japonesa desenvolve tecnologia para extrair o gás de forma estável e minimizando o volume de perdas. Caso a produção se concretize no Brasil, o metano será consumido nos mercados locais ou transportado na forma GNL. A cooperação entre a petroleira brasileira e a Jogmec foi iniciada em 2005, quando foi assinado um memorando de entendimento com o Cenpes, que foi estendido em 2009. Dois anos depois, as empresas assinaram um specific agreement com o E&P, cobrindo o acordo anterior, para analisar a viabilidade de produção de dutos flexíveis para as operações do pré-sal. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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3 Térmica Norte Fluminense tem CVU de R$ 232,56/MWh

A Aneel revisou, nesta sexta-feira (12/2), o Custo Variável Unitário (CVU) da termelétrica Norte Fluminense 4 para R$ 232,56/MWh, menor valor em um ano. O montante deverá ser adotado pelo ONS a partir da primeira revisão do Programa Mensal de Operação (PMO) de fevereiro. Além disso, a CCEE foi autorizada a utilizar o novo CVU para a contabilização da geração da usina verificada desde 1º de janeiro deste ano e de R$ 254,46/MWh para contabilização no mês de dezembro de 2015. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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4 UTE Ouro Negro fecha contrato de fornecimento de carvão

A Ouro Negro Energia assinará nesta sexta-feira (5/2), com a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), o contrato de fornecimento de carvão para abastecer a UTE Ouro Negro (600 MW), afirmou o presidente da empresa, Silvio Marques Dias Neto. O contrato com a CRM prevê um fornecimento flexível do combustível, entre 2 milhões de t/ano de carvão, quando a usina estiver gerando no mínimo (150 MW), e 5 milhões de t/ano, quando estiver na potência máxima (513 MW). A CRM é dona das maiores jazidas minerais do Rio Grande do Sul, totalizando 12 bilhões de t de carvão. O carvão deve ser extraído da jazida Candiota, que fica próxima ao site da termelétrica. A usina será instalada no município de Pedras Altas-RS, e participará do próximo leilão A-5 da Aneel, marcado para 31 de março. O presidente da empresa prevê um investimento de US$ 1,2 bi para a construção do empreendimento. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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5 Potigás reduz tarifa de gás em R$ 0,06/m³

A Potigás reduziu o preço do gás natural no estado do Rio Grande do Norte, área de concessão da distribuidora. O energético ficará R$ 0,06/m³ mais barato a partir deste mês, o que representa uma queda de 6,5% na tarifa antes paga pelas indústrias e de 4% naquela aplicada aos segmentos comercial e residencial. Além disso, a distribuidora espera uma redução em torno 4,8% para o GNV nos postos de combustível do estado. De acordo com a distribuidora, o novo cálculo tarifário é consequência da diminuição nos valores de compra do gás natural. Sobre a mudança, o diretor Administrativo Financeiro da Potigás, Paulo Campos, afirmou que “o gás natural passa a ser um indutor de desenvolvimento neste momento de crise. Estamos falando no aumento da competitividade para indústria e comércio, além da economia no orçamento doméstico e também para quem usa o GNV”. O plano de expansão da companhia ainda prevê intensificar as atividades de atração de novos clientes. “Nossa rede de distribuição está em constante expansão. Com a tarifa mais barata, a Potigás ampliará sua participação no mercado do Rio Grande do Norte”, declarou o diretor Técnico Comercial da distribuidora, José Ricardo Bezerra. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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Grandes Consumidores

1 Anglo lidera queda de mineradoras

As ações das principais mineradoras mundiais negociadas na Bolsa de Londres tiveram forte queda no pregão de ontem. Os papéis da Anglo American fecharam em queda de 11,25%, a 333,8 libras, enquanto os da Rio Tinto tiveram baixa de 4,86%, para 1.751 libras. Já os ativos da BHP Billiton apresentaram recuo de 5,85%, para 666,1 libras, e os da Glencore tiveram desvalorização de 8,13%, para 94,44 libras. O FTSE fechou com queda de 1%, ontem, a 5.632 pontos. As companhias, com destaque para as gigantes na mineração de ferro, sentem o impacto da desaceleração da China, maior consumidora de commodities industriais e metálicas, como minério de ferro, cobre, níquel e alumínio. O país tem ainda forte influência sobre no mercado de petróleo. (Valor Econômico – 10.02.2016)

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2 Para presidente da Anglo, 2016 deve ser ainda mais difícil para as empresas de mineração

O presidente da Anglo American Mark Cutifani afirmou que este ano deve ser ainda mais difícil para as empresas de mineração do que 2015. Em 2015, os preços do cobre e do minério de ferro caíram 25% e 40%, respectivamente, e os papéis da Anglo American tiveram queda de 75%. "As opiniões estão divididas sobre se atingimos o ponto mais baixo do ciclo", disse Cutifani. "Então as coisas ainda podem piorar antes de melhorar", acrescentou o executivo. A queda vem sendo prolongada para as mineradoras que elevaram investimentos e produção há cerca de dez anos, quando a demanda chinesa por metais industriais teve forte expansão. Nos últimos dois anos e meio, o crescimento da economia da China diminuiu. Em 2015, a expansão teve patamar anual de 6,9%, o menor em 25 anos. Em Amsterdã, os papéis da ArcelorMittal - maior siderúrgica do mundo - também registraram forte queda, de 10,79%. Na semana passada, a companhia anunciou um aumento de capital de US$ 3 bi, após registrar prejuízo de US$ 6,69 bi no quarto trimestre de 2015. Ontem, o banco alemão Berenberg reduziu a recomendação para as ações da ArcelorMittal de "compra" para "manter" e cortou o preço--alvo para os papéis em 34,5%, de €5,5 para €3,6. Conforme o Berenberg, a siderúrgica tem exposição de 75% aos mercados da América do Norte e da Europa, que continuam sofrendo com baixo crescimento. No Brasil, o grupo comandado pelo indiano Lakshmi Mittal é o principal fabricante de aço - somando material plano, usado na indústria automotiva e de linha branca, e longos, como vergalhões e perfis, para a construção civil. Em Nova York, os recibos de ações preferenciais (ADRs) da Vale - líder mundial na produção de minério de ferro, além de níquel e presença crescente no setor de cobre - tiveram desvalorização de 1,88%, para US$ 2,47. (Valor Econômico – 10.02.2016)

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3 Usiminas finaliza cortes de trabalhadores em usina em São Paulo

A Usiminas praticamente concluiu o processo de demissão de pessoal em sua usina siderúrgica em Cubatão, no litoral de São Paulo, com corte de 1.400 funcionários diretos desde o início do ano e parada na produção de aço, afirmou o sindicato local nesta quinta-feira. “Eles começaram a demitir em 19 de janeiro (...) já demitiram 1.400 funcionários diretos. Nos indiretos, os cortes já passaram de 3 mil” disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e Siderúrgicos de Santos e Região, Florêncio Rezende de Sá. Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que iria desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A parada na produção exige corte de 2 mil funcionários diretos, segundo a empresa. A usina de Cubatão deixou de produzir aço no início deste ano, afetando também outras indústrias como a Votorantim Cimentos, que consome escória siderúrgica para produção de cimento e vai desmobilizar sua fábrica na região para transformá-la em um centro de distribuição. Segundo Sá, as atividades de laminação da usina da Usiminas em Cubatão estão operando em ritmo "muito lento" diante de escassez de placas para serem laminadas. Procurada, a Usiminas informou que dos cerca de 2 mil trabalhadores que tinha como meta de corte, conseguiu remanejar 300 para outras áreas da usina, incluindo laminação e terminal portuário. A empresa informou ainda que fez encomenda no início do ano de placas para abastecer sua laminação junto à CSA, instalada no Rio de Janeiro e controlada pela alemã ThyssenKrupp. As ações da Usiminas exibiam forte queda nesta quinta-feira, recuando mais de 8% às 16h30, em meio a um recuo generalizado do setor siderúrgico e queda de mais de 3% do Ibovespa. Entre o final de janeiro e início deste mês, as três maiores agências de classificação de risco, Moody's, Standard & Poor's e Fitch, reduziram as notas de crédito da Usiminas, mantendo perspectiva negativa sobre a situação financeira da companhia. (O Globo – 11.02.2016)

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4 Usiminas busca refinanciamento de R$ 4 bi, dizem fontes

A siderúrgica Usiminas está negociando com bancos o refinanciamento de cerca de R$ 4 bi em empréstimos com vencimento nos próximos dois anos, disseram quatro fontes com conhecimento direto do tema nesta sexta-feira. A Usiminas entrou em contato com Itaú Unibanco, Banco Bradesco, Banco Santander Brasil e Banco do Brasil para garantir um acordo efetivo imediatamente, disseram as primeiras duas fontes. Os bancos concordariam caso os acionistas se comprometessem a injetar US$ 1 bi na Usiminas para evitar que as métricas de endividamento se deteriorem ainda mais, disse a terceira fonte. No entanto, a disputa entre os acionistas controladores Nippon Steel & Sumitomo Metal e Techint Group tornou mais difícil para a Usiminas levantar capital novo, disseram todas as fontes. Usiminas, Techint e Santander Brasil não comentaram imediatamente. Itaú, Bradesco e Banco do Brasil não comentaram. Esforços para entrar em contato com a Nippon Steel no Brasil não tiveram resultados. (O Globo – 12.02.2016)

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5 Novelis reduz em 12% consumo de energia em 2015

A produtora de laminados de alumínio Novelis reduziu 12% seu consumo de energia em 2015 na América do Sul, resultado de um programa intensivo de substituição de alumínio primário pelo reciclado. O consumo específico no ano fiscal foi de 11.26 GJ/t de produtos laminados, contra 12.73 GJ/t em 2014. A maior parte das conquistas se deve ao desempenho da filial brasileira, a principal da região e onde os maiores investimentos foram feitos em reciclagem. Na unidade de Pindamonhangaba (SP), há o maior centro de reciclagem do grupo de capital indiano na América latina, inaugurado em 2014, com capacidade para reaproveitar por meio de uma linha de limpeza a seco e processo térmico 390 mil toneladas por ano de alumínio reciclado, notadamente latas de bebidas. Para suportar a operação, a empresa tem oito centros de coleta por todo o país e conta com uma extensa rede de fornecedores, além de também precisar importar sucata de alumínio todo ano. A filial brasileira tem o maior índice de uso de reciclados na produção das bobinas de alumínio fornecidas para os transformadores de produtos finais. Em 2015, o índice foi de 62%, contra 46% da média global do grupo. “Este ano vai haver aumento considerável também”, diz o gerente de negócios de reciclagem, Luíde Reis. Segundo ele, a Novelis é responsável por cerca de 70% de todo o alumínio reciclado do Brasil (por volta de 16 bilhões de latas por ano). A estratégia do grupo combate a forte crise de suprimento de alumínio primário no país, cuja produção foi reduzida pela metade nos últimos anos por conta do alto custo de energia que afetou o setor eletrointensivo. Tomando por base o fato de que a matéria-prima de alumínio reciclado consume apenas 5% do gasto pela virgem, a estimativa, de acordo com Reis, é a de que a Novelis deixa de consumir 450 mil MWh/mês usando a alternativa. Desde que o grupo começou a investir de forma mais pesada no projeto de reciclagem a redução com o consumo específico de energia caiu na América Latina 69%. Isso tomando por base o ano de 2011, quando o consumo foi de 16.6 GJ/t de produtos laminados. Segundo o gerente, a aspiração do grupo é chegar em 2020 com um índice de 80% de matéria-prima reciclada. Mas isso, para ele, não é um compromisso formal, pois há condições de mercado, tanto financeiras como técnicas, que podem dificultar o cumprimento do objetivo. Aliás, algumas aplicações mais técnicas do alumínio, por exemplo, na indústria automobilística, exigem a matéria-prima virgem ou aquela com composição química diferente das encontradas nas latas de bebidas. (Agência Brasil Energia – 12.02.2016)

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6 Fábrica da Nestlé consome 25% da energia a partir de borra de café

A fábrica da Nestlé de Araras-SP, alcançou suprimento de cerca de 25% do consumo de energia a partir da borra de café. O subproduto da fabricação de café solúvel é misturado a cavaco de madeira e o mix é usado como biomassa para a geração de vapor e energia das caldeiras da unidade. Em torno de 97% da borra gerada nos processos produtivos da fábrica são utilizados como biomassa. Os 3% restantes vão para compostagem, utilizados como fertilizantes orgânicos para as lavouras de laranja da região. Apenas a unidade de Araras da Nestlé no Brasil utiliza a borra na geração de energia, uma vez que é a única no país que produz café solúvel, um dos produtos de maior consumo da companhia. O subproduto é prensado e armazenado em um silo, no qual é misturado ao cavaco, e posteriormente direcionado às caldeiras. A fábrica consome, hoje, cerca de 40% de toda a energia utilizada pelo grupo nacionalmente. A empresa, no entanto, não revelou valores em kWh nem os investimentos realizados ou a economia obtida no processo. Segundo o grupo, atualmente, 46% de toda a energia utilizada internamente pela companhia no Brasil vem de fontes renováveis. “De 2005 a 2014, ao mesmo tempo em que a Nestlé aumentou em 69,1% o volume de produção, reduziu em 36% o consumo de energia”, informou. As fábricas localizadas em Carazinho-RS, e Araraquara-SP, também realizam o reaproveitamento energético de resíduos. As unidades reutilizam materiais não recicláveis como combustível em fornos industriais. Com o projeto, as fábricas eliminaram o envio de 100% dos resíduos a aterros. Ao longo do primeiro semestre de 2015, a Nestlé registrou vendas de US$ 44 bi em todo o mundo, um crescimento global de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Nas Américas, o que inclui América do Norte e América Latina, o aumento foi também de 1,7%, na mesma comparação. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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Economia Brasileira

1 Economia voltará a crescer no segundo semestre, diz Barbosa

O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse no sábado, dia 13, que a economia voltará a crescer no segundo semestre. A afirmação foi feita ao presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, durante uma rápida conversa que os dois tiveram em Belo Horizonte, e que foi acompanhada pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor. “Em 2017, voltamos a crescer, ministro?”, perguntou Carvalho Neto. Barbosa rebateu de pronto: “No segundo semestre voltamos a crescer”. Em seguida, acrescentou que a retomada “depende dessas medidas”, numa aparente referência a um pacote de medidas que a Fazenda prepara, entre elas a revisão das regras do superávit primário, alongamento do prazo para os Estados saldarem suas dívidas. O diálogo aconteceu enquanto Barbosa e Carvalho Neto caminhavam entre uma casa e outra no bairro Nova Vista, na zona leste de Belo Horizonte, durante ação do governo federal para combate ao mosquito da dengue que ocorreu na manhã de sábado. Ações semelhantes com demais ministros ocorreram em diversos pontos do país. O presidente da Eletrobras depois reafirmou à reportagem a mensagem positiva de Barbosa sobre a retomada do crescimento da economia dizendo que ouviu dele que a expectativa é de “já começar no segundo semestre”. O mercado financeiro leva em conta previsões muito diferentes. No último Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo BC com estimativas de analistas, houve uma piora das previsões. De um recuo do PIB de 3,21% para este ano, a mediana das previsões passou a apontar para uma retração de 3,33% da economia. Pelo Focus, o país voltaria a crescer só em 2017 – um crescimento de 0,59%. Em entrevista à imprensa, Barbosa não quis falar sobre crescimento ou sobre outros temas relacionados à sua Pasta. “Sobre economia, nós vamos nos pronunciar na semana que vem com mais detalhes. (Valor Econômico – 15.02.2016)

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2 Mercado piora novamente previsão para inflação e PIB em 2016

As expectativas dos analistas do mercado financeiro para a inflação e para a atividade econômica do país continuaram a se deteriorar na última semana, de acordo com o boletim Focus, do BC. A mediana das projeções para o IPCA em 2016 subiu de 7,56% para 7,61%. Ao mesmo tempo, a estimativa para o PIB passou de queda de 3,21% para retração de 3,33%. Na projeção para 12 meses, a mediana das estimativas para o IPCA subiu de 6,78% para 6,81%. Para o ano fechado de 2017, a projeção continuou em 6%. O PIB do ano que vem foi revisto de alta de 0,60% para aumento de 0,59%. As expectativas para a inflação em 2018 subiram mais uma vez. A mediana das estimativas para o IPCA saiu de 5,25% para 5,40%. Há um mês, a projeção estava em 5%. Quanto aos juros, os analistas mantiveram a estimativa para a Selic ao fim deste ano em 14,25%. Eles esperam que a taxa seja reduzida a partir de 2017 até chegar a 12,75%. Antes, esperava--se queda até 12,50%. A projeção para a Selic média de 2016 continuou em 14,25% e, de 2017, subiu de 12,96% para 13%. Entre os analistas Top 5 (os que mais acertaram previsões) nada mudou. As medianas das projeções de médio prazo seguiram em 8,13% para o de IPCA deste ano, e em 6,40% para o ano que vem. As estimativas da Selic continuaram em 14% e 12,25%, respectivamente. O Focus mostrou um ligeiro ajuste na projeção para o câmbio ao fim deste ano. A mediana passou de R$ 4,35 para R$ 4,38. Para o fim de 2017, seguiu em R$ 4,30. (Valor Econômico – 15.02.2016)

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3 Confiança do Consumidor sobe 2,4% em janeiro, indica CNI

O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 2,4% em janeiro na comparação com dezembro de 2015. Mesmo assim, o índice, que alcançou 98,6 pontos, permanece indicando pessimismo dos consumidores, pois se mantém 10% abaixo de sua média histórica, segundo informou hoje a CNI. Quanto maior o índice, maior o percentual de respostas positivas, ou seja, maior o percentual de consumidores esperando queda na inflação ou desemprego, aumento da renda pessoal, aumento das compras de bens de maior valor, com melhor situação financeira ou menos endividado. O maior índice já registrado na série histórica, iniciada em março de 2001, foi em outubro de 2010, quando ficou em 120,70 pontos. Segundo a CNI, desde abril de 2015, o índice encontra--se relativamente estável, mantendo--se entre 96 e 100 pontos. “A manutenção do pessimismo do consumidor indica perspectivas de continuidade de baixa demanda nos próximos meses”, diz a pesquisa. De acordo com o levantamento, a melhora da confiança em janeiro é resultado das perspectivas em relação à renda pessoal, ao endividamento e à situação financeira. O índice de expectativa sobre a renda pessoal cresceu 4,6%, o de endividamento subiu 4,6% e o de situação financeira avançou 2,4% frente a dezembro. As perspectivas sobre a inflação e o emprego também melhoraram. O índice de expectativas em relação inflação cresceu 2,5% e o de desemprego aumentou 5,2% frente a dezembro. Apenas o índice de expectativa de compras de maior valor caiu em janeiro: 1,1% em relação a dezembro. Esse resultado é normal nesta época, porque encerra--se o período de compras de maior valor, tradicionais no fim do ano, diz a CNI. A pesquisa, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre 16 e 20 de janeiro. (Valor Econômico – 05.02.2016)

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4 Arrecadação tem queda real de 5% em janeiro

A primeira notícia do ano na área fiscal não foi boa para o governo. Ao contrário, ela acendeu a luz vermelha nos principais gabinetes da Esplanada dos Ministérios. A receita tributária federal continuou em queda em janeiro, mantendo a tendência registrada em 2015. No mês, a arrecadação com tributos administrados pela Receita Federal (exceto contribuição à Previdência) registrou queda real em torno de 5%, na comparação com janeiro de 2015, de acordo com dados do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira). O Siafi mostra queda generalizada de todos os tributos federais. Até a arrecadação do Imposto de Renda, tradicionalmente mais forte em janeiro devido à antecipação de pagamentos pelas empresas, apresentou queda real na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os tributos que mais caíram em janeiro foram aqueles diretamente relacionados à produção e à atividade econômica, Cofins e IPI. Ainda não há informação disponível sobre arrecadação da Previdência em janeiro, mas é provável que a contribuição ao INSS tenha a mesma tendência de baixa. Como janeiro é o mês mais forte da arrecadação de tributos federais, por causa da antecipação do IR das empresas, um resultado ruim sinaliza trajetória pouco favorável da receita ao longo do ano. Isso lança mais dúvidas sobre a capacidade do governo de alcançar a meta de superávit primário de 0,5% do PIB. (Valor Econômico – 10.02.2016)

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5 Confiança de pequenos empresários tem leve alta

O Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários (MPEs), calculado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), apresentou leve melhora em janeiro, na comparação com dezembro. O indicador, que varia de zero a 100, passou de 40,03 pontos para 42,03 pontos, mas segue abaixo do nível neutro (50 pontos). De acordo com a CNDL, esse resultado indica que os empresários entrevistados continuam pouco confiantes com as condições econômicas do país e de seus negócios. O Indicador de Confiança do SPC Brasil e da CNDL é baseado nas avaliações dos micro e pequenos empresários sobre as condições gerais da economia brasileira e também sobre o ambiente de negócios, além das expectativas para os próximos seis meses tanto para a economia quanto para suas empresas. De acordo com o Indicador de Condições Gerais, que mensura a percepção do empresariado tanto em relação à trajetória da economia quanto de seus negócios nos últimos seis meses, registrou em janeiro 26,60 pontos, o que representa leve melhora em relação ao mês de dezembro do ano passado, quando o número estava em 26,34 pontos. Mas para 79% das MPEs, a economia piorou nos últimos seis meses. O subindicador das condições gerais para os negócios, que avalia a percepção do empresário em relação ao seu próprio empreendimento, levando em consideração os últimos seis meses, também esboçou leve melhora, passando de 31,56 pontos em dezembro, para 31,64 pontos em janeiro. Já o subindicador condições gerais, que diz respeito à situação econômica do país, avançou de 21,11 para 21,57 pontos. Os resultados, muito abaixo dos 50 pontos, indicam que na percepção desses empresários, houve piora tanto da economia quanto dos negócios. (Valor Econômico – 11.02.2016)

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6 IPC-S avança para 1,80% no começo de fevereiro

Puxada pelos alimentos mais caros, a inflação medida pelo IPC-S foi para 1,80% na primeira medição de fevereiro, informa a FGV. No fechamento de janeiro, o indicador tinha avançado 1,78%. Entre uma pesquisa e outra, Alimentação subiu de 2,25% para 2,45%, com destaque para os laticínios (0,16% para 0,36%). Transportes (2,08% para 2,25%) também pressionaram o IPC-S deste início de mês por causa da tarifa de táxi, que deixou uma queda de 2,02% para alta de 0,16%. Saúde e cuidados pessoais (0,59% para 0,65%) e vestuário (0,19% para 0,40%) completam a lista de grupos com taxas mais altas, influenciados por artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,16% para 0,08%) e roupas (0,11% para 0,30%), respectivamente. Em contrapartida, apresentaram redução no ritmo de alta Educação, leitura e recreação (5,08% para 4,23%), Habitação (1,21% para 1,11%), Despesas diversas (1,64% para 1,60%) e Comunicação (0,72% para 0,69%), devido ao impacto de cursos formais (10,31% para 7,76%), tarifa de eletricidade residencial (2,69% para 1,71%), tarifa postal (4,06% para 1,83%) e mensalidade para TV por assinatura (2,08% para 1,94%), respectivamente. Capitais Das sete capitais avaliadas pela FGV, quatro apresentaram taxas maiores do fim de janeiro para o início de fevereiro, como Salvador (2,06% para 2,13%), Recife (1,76% para 2,08%), Brasília (1,55% para 1,83%) e Porto Alegre (1,66% para 1,67%). Nas demais, a alta do IPC-S suavizou na abertura do segundo mês de 2016 - em São Paulo, a inflação ficou em 1,59%, vindo de 1,64% no encerramento de janeiro; no Rio de Janeiro, se situou em 1,89%, após marcar 2,02%; e, em Belo Horizonte, correspondeu a 1,82%, seguindo a taxa de 1,84% apurada no encerramento de janeiro. (Valor Econômico – 11.02.2016)

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7 Governo desiste de meta de 0,5% e aposta na reforma fiscal

Ao adiar o anúncio do contingenciamento de gastos de hoje para o fim de março, o governo desistiu, na prática, da meta de superávit primário de 0,5% do PIB para este ano. Não vai tentar nem um movimento paliativo - um corte de R$ 20 bi a R$ 30 bi, insuficiente para cumprir o estabelecido na lei, como estava prometido ao longo da semana. O que resta agora, portanto, é a reforma fiscal do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Com mais um mês para tratar do cortes de gastos, o governo acredita ter ganhado tempo para detalhar a proposta de ajuste da Previdência e também o mecanismo de bandas flutuantes para o superávit, com limites para o crescimento do gasto, e, no meio disso tudo, revisar o superávit de 2016. A decisão de não cortar agora acaba sendo mais um sinal ruim para um governo já intensamente criticado pela resistência em apertar mais os gastos e para um ministro visto pelo mercado financeiro como um desenvolvimentista a favor de estímulos para a recuperação econômica. Perde--se mais uma fatia da escassa credibilidade. O problema do governo, no entanto, é que não tem nada a oferecer: abre mão do que pode fazer, que é cortar gastos, mas não tem como garantir avanços na promessa de futuro fiscal equilibrado. Pode até enviar ao Congresso uma proposta austera de controle das despesas, mas não tem a menor condição de convencer, nem os otimistas, de que tem sustentação política para avançar nessa agenda. Com isso, deixa a política fiscal num terreno ainda mais pantanoso e as perspectivas de resolver o problema mais distantes. (Valor Econômico – 12.02.2016)


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8 Alimentação faz IPC-Fipe desacelerar na primeira prévia de fevereiro

A inflação apurada pelo IPC-Fipe desacelerou de 1,37% para 1,34% da última quadrissemana de janeiro para a primeira de fevereiro. Essa taxa menor foi puxada pelo grupo alimentação, que saiu de alta de 2,36% para avanço de 2,03% no período. Ainda assim, essa despesa respondeu por 0,50 ponto percentual (ou 37%) da inflação do início deste mês. Também cederam as taxas de educação (de 7,62% para 6,39%) e despesas pessoais (de 0,14% para 0,02%). O grupo transportes subiu, de 2,19% para 2,87%, e impediu um recuo maior do IPC-Fipe. Também aumentaram saúde (de 0,58% para 0,60%) e vestuário (de -0,39% para -0,32%). O grupo habitação repetiu a taxa de 0,64% registrada na última quadrissemana do mês passado. O IPC-Fipe apura a inflação entre famílias que recebem até dez salários mínimos na cidade de São Paulo. (Valor Econômico – 12.02.2016)

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9 IGP-M acelera e tem alta de 1,23% no início de fevereiro

A inflação medida pelo IGP-M triplicou na primeira prévia de fevereiro, para 1,23%, após marcar 0,41% no mesmo período do mês anterior, informa a FGV. O aumento dos preços agropecuários no atacado, o reajuste da passagem de ônibus e a alta dos combustíveis puxaram a taxa do período. O IPA, com peso de 60% nos IGPs, subiu 1,44% na parcial de fevereiro, vindo de aumento de 0,35% no início de janeiro. Os preços dos produtos agropecuários saíram de elevação de 1,08% para 2,18% e os dos produtos industriais, de 0,06% para 1,13%. Soja em grão e farelo, milho, cana- de- açúcar e bovinos puxaram a inflação no atacado, segundo a FGV. Por estágios de produção, os bens finais subiram de 0,89% para 1,27%, puxados pelos alimentos processados (0,44% para 1,32%). Os bens intermediários passaram de acréscimo de 0,23% para 1,26%, por conta de materiais e componentes para a manufatura (0,24% para 1,76%) e as matérias- primas brutas deixaram para trás recuo de 0,15% e tiveram incremento de 1,87% na pesquisa mais recente. (Valor Econômico – 12.02.2016)

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10 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h19, a moeda norte-americana operava em baixa de 0,28%, vendida a R$ 3,9781. Na sexta-feira, o dólar comercial subiu 0,17%, encerrando a R$ 3,9915. Com isso, a moeda americana encerrou a semana passada em alta de 2,11% e acumula queda de 0,78% no mês. (G1 e Valor Econômico – 15.02.2016 e 12.02.2016)

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Internacional

1 Venezuela anuncia racionamento de luz em shopping centers

O governo da Venezuela determinou nesta quarta-feira, 10, o fechamento parcial de cerca de 100 shopping centers do país em dias úteis. O racionamento foi decretado em virtude da grave seca provocada pelo El Niño que atinge o país e diminuiu os reservatórios das hidrelétricas. Os representantes do setor reclamaram da medida, que afetará os centros de comércio no começo da tarde e à noite. “Essa medida afetará a qualidade dos serviços porque não temos capacidade de gerar energia sozinhos”, disse a Câmara de Shoping Centers e Mercados da Venezuela em comunicado. Para o setor, o racionamento temporal pode aprofundar a recessão econômica no país, que enfrenta escassez de produtos básicos. O comércio não tem tido acesso a dólares para importar mercadorias e matérias-primas e o país tem um parque industrial limitado. O anúncio foi feito pelo ministro da Eletricidade Luis Motta. Segundo ele, desde 2011, os shoppings eram obrigados a ter geradores para garantir sua própria eletricidade, mas não o fizeram. Na Venezuela, o governo subsidia o preço da energia, que é oferecido a taxas bem abaixo do mercado. “Poupar energia é vital neste momento”, disse Motta. A hidrelétrica de Guri, a maior da Venezuela, está oito metros abaixo de seu nível normal. (O Estado de São Paulo - 10.02.2016)

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2 Com queda do preço da energia, superávit comercial da UE salta

O superávit comercial da União Europeia com o restante do mundo saltou quase cinco vezes no ano passado em relação a 2014 devido a uma forte queda nos preços da energia importada, mostraram dados divulgados nesta segunda-feira. A agência de estatísticas da União Europeia informou que o superávit comercial do bloco formado por 28 países em 2015 somou € 64,2 bilhões contra € 13,3 bilhões no ano anterior, com as importações subindo apenas 2% e as exportações avançando 5%. Enquanto em 2014 o déficit comercial da UE em energia foi de € 334,8 bilhões, em 2015 ele encolheu para apenas € 243,5 bilhões por causa da queda dos preços do petróleo e gás. A Alemanha continuou sendo o maior exportador da Europa, com um superávit comercial de € 251,9 bilhões, ante € 216,5 bilhões em 2014. (O Globo – 16.02.2016)

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3 Valor de fusões e aquisições no setor de energia cai 16% no mundo

O valor dos negócios de fusão e aquisição no setor de energia no mundo totalizou US$ 199 bi em 2015, uma queda de 16% em relação ao contabilizado no ano anterior, US$ 236,2 bi. O número de transações teve uma queda menor, de 5%: foram 1.054 negócios do tipo fechados em 2014 e 1004 em 2015. Essa queda é influenciada pelos altos números envolvendo operações de concentração no setor de gás norte americano em 2014, segundo a empresa de pesquisa PWC. Só neste setor, o valor deste tipo de transação caiu 48%, US$114,7 bilhões para US$ 59 bilhões, entre 2014 e 2015. Apesar da queda no valor total do setor de energia, as cifras dos negócios de fusão e aquisição no mercado de energia renováveis quase dobraram, passando de US$ 28,3 bilhões em 2014 para US$ 55,3 bilhões no ano passado. O crescimento entre o número de transações, entretanto, foi mais discreto, de 483 negócios fechados entre empresas de renováveis no mundo em 201 para 524 em 2015, alta de 8%. (Agência Brasil Energia – 05.02.2016)

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4 UE adiciona volume recorde de energia eólica

A União Europeia entregou 12,8 GW eólicos em 2015, quando passou a somar 141,6 GW de capacidade instalada da fonte, representando crescimento de 9,7% em relação a 2014. Este foi o maior volume anual de novas instalações da fonte já registrado no continente. Os dados são da Associação Europeia de Energia Eólica (EWEA, em inglês). Quase metade dos novos parques eólicos foram instalados na Alemanha, que entregou 6,013 GW, de acordo com a EWEA. Destes, 2.282,4 MW são de eólicas offshore. O país entregou, desta forma, a maior parte da nova capacidade eólica offshore adicionada na União Europeia em 2015, que totalizou 3,034 GW, correspondendo a 24% das novas instalações da fonte. Em 2014, essa parcela foi de 13%. Os parques flutuantes já somam uma capacidade instalada de 11 GW. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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5 Eólica supera hídrica na Europa

A fonte eólica corresponde a 15,6% da capacidade de geração da Europa, tendo superado, em 2015, a participação da fonte hídrica, que se manteve em 15,5%, na matriz elétrica do continente. As fontes renováveis em geral já correspondem a 44% da capacidade instalada na Europa, segundo a EWEA. O gás (21,1%) e o carvão (17,5%) seguem como as principais fontes de geração no continente, mas projetos que usam esses combustíveis têm sido descomissionados em um ritmo mais rápido que o da adição de novas usinas. Dessa forma, foram adicionados 1,9 GW de gás, enquanto países desligaram 4,3 GW da fonte. Já os novos projetos que usam carvão somam 4,7 GW, enquanto as usinas da fonte que foram desligadas em 2015 somam 8 GW. (Agência Brasil Energia – 11.02.2016)

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6 Governo francês aumentará participação na Alstom

O ministro de Economia da França, Emmanuel Macron, anunciou hoje que o governo francês poderá aumentar sua participação acionária na empresa de energia Alstom. Segundo comunicado do Ministério, entra em vigor hoje o acordo com o Bouyegues, conglomerado francês controlador da Alstom, que vendeu ao governo até 20% de sua participação por meio de direito de votos. O acordo com o Bouyegues foi selado em 2014 quando a americana GE comunicou sua intenção de comprar €12,4 bi em ativos de energia da Alstom. Na época, o governo francês não quis deixar que a empresa caísse nas mãos dos EUA, ameaçando potencialmente os empregos na França, e alertou que não aprovaria a venda para a GE enquanto não tivesse comprado a maior parte das ações da Bouygues. “O governo tem uma série de opções que o permitem, se ele quiser, comprar as ações remanescentes da Bouygues na Alstom”, afirmou Macron, em comunicado. “O governo terá dois representantes no conselho de administração da empresa”. Sediada no subúrbio parisiense de Levallois-Perret, a Alstom construiu a rede de energia da França e fabrica os trens de alta velocidade TGV, bem como os geradores que produzem a maior parte da eletricidade do país. Essa história ajudou a fazer da empresa um ícone industrial francês, e estimulou o governo a tentar ficar com uma participação acionária. (Valor Econômico – 08.02.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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