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IFE: nº 4.027 - 03 de fevereiro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Dilma e Evo discutem integração energética
2 Dilma diz querer superar o patamar de US$ 5 bi na corrente de comércio entre Brasil e Bolívia
3 Aneel: Conta de luz terá queda média de 4% com corte em despesa da CDE
4 Aneel reconhece que o orçamento de 2015 da CDE levou a tarifa de energia do país a um “patamar preocupante”
5 Aneel mantém rejeição à extensão de prazo de Belo Monte
6 Norte Energia quer encaminhar processo de Belo Monte ao MME
7 Projeto de lei quer isenção de tarifa de energia para bombeamento de poços artesianos
8 Aneel define valores para Conta Bandeiras de dezembro
9 MME fixa prazo para declaração da TEIF e TEIP
10 Sigilo deve prevalecer em monitoramento da CCEE
11 Aneel abre audiência para aprimorar requisitos de medição de radiação solar

Empresas
1 Aneel prorroga tarifas extraodinárias de cinco distribuidoras do grupo CPFL
2 Cesp recusa acordo do GSF no ACL
3 Avança discussão sobre repactuação da dívida da Celg-¬D com Itaipu
4 Abengoa confirma pedido de recuperação judicial no Brasil
5 Fitch rebaixa o rating nacional de longo prazo da Abengoa Concessões Brasil
6 CEEE ainda tem 5,1 mil clientes sem energia por causa de temporal
7 Após temporal, CEEE aposta em previsão do tempo para mitigar impactos do clima
8 Reajuste da Energisa Borborema terá efeito médio de 6,91%

9 Light diz que não há relação entre apagões em condomínios próximos ao Parque Olímpico e obras das Olimpíadas

10 Uwe Wehnhardt é o novo presidente da Voith Hydro

Leilões
1 Aneel homolga resultado de leilão de reserva para 17 empresas
2 Edital de leilões para sistemas isolados será discutido em audiência pública

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Energias Renováveis
1 Siemens pode se tornar segunda maior fabricante de aerogeradores no Brasil
2 Aneel libera operação comercial em turbinas de eólicas da Eletrosul
3 Eletrosul conclui ampliação do complexo eólico Cerro Chato

4 Brafer e Clavijo fabricarão rastreadores solares

5 Biogás poderia suprir 12% da matriz energética do país, aponta estudo da Abiogás

6 Abiogás: falta ao governo o entendimento de que o Biogás é uma fonte importante para a matriz energética

7 Distribuidoras aumentam compra de etanol no spot

Gás e Termelétricas
1 Produção de gás no Brasil tem recorde em dezembro
2 S&P revê ratings de 20 empresas de petróleo e gás nos Estados

Grandes Consumidores
1 CSN precisa vender R$ 2 bi em ativos para equilibrar caixa, diz Fitch

Economia Brasileira
1 Total de pedidos de recuperação judicial mais do que dobra em janeiro
2 Produção recua 3,9% no 4º trimestre e complica início de 2016

3 Inflação das famílias de baixa renda quase dobra em janeiro
4 IPC-Fipe fecha janeiro com alta de 1,37%
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Colômbia: Projeto para que EPM venda suas ações de Isagén será apresentado
2 Colômbia: Térmicas dobram consumo de gás em janeiro
3 Portugal: Saldo exportador de eletricidade bate recorde em janeiro
4 Portugal: Temperaturas acima do normal afetam consumo de luz


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Dilma e Evo discutem integração energética

A integração energética foi o principal foco da agenda bilateral da presidente Dilma Rousseff com o presidente da Bolívia, Evo Morales, em visita oficial ontem ao Brasil. Os dois chefes de Estado destacaram o setor entre outros pontos que serão alvos de maior atenção por parte dos dois países, como o novo impulso ao fluxo comercial e o agronegócio. O ponto-chave da relação entre ambos, contudo, não foi mencionado: a renovação do contrato de exportação de gás boliviano, que vence em 2019. Esse tema foi adiado para uma nova oportunidade. Dilma também apontou que "a Bolívia contribui para a estabilidade energética do Brasil, com cerca de 30% da oferta de gás natural sendo coberta pela Bolívia no mercado brasileiro", e que trabalhará na busca de parcerias "em iniciativas conjuntas relativas a gás natural liquefeito, gás liquefeito de petróleo e fertilizantes, aproveitando sinergias entre nossos países". Contudo, não foi discutida a renovação do contrato de fornecimento de gás boliviano ao Brasil. O encontro entre Morales e Dilma foi um gesto de reaproximação entre os dois países depois do esfriamento das relações em agosto de 2013. O Brasil ficou dois anos sem representação no país vizinho após o imbróglio da fuga de um senador boliviano de oposição, que pediu asilo político ao governo brasileiro. O plano de maior integração energética entre Brasil e Bolívia vem na esteira da intenção de Morales de transformar o país em potência energética local, obtendo divisas na venda de energia para os países vizinhos. "O Brasil estimula e apoia o objetivo, anunciado pelo presidente Evo Morales, de transformar a Bolívia em centro energético regional", disse Dilma. A presidente lembrou a criação do "comitê binacional sobre energia, para trabalharmos na identificação e desenvolvimento de novas oportunidades, como, por exemplo, o aproveitamento hidrelétrico conjunto do rio Madeira". (Valor Econômico – 03.02.2016)

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2 Dilma diz querer superar o patamar de US$ 5 bi na corrente de comércio entre Brasil e Bolívia

A presidente Dilma Rousseff afirmou que gostaria de aumentar o comércio bilateral entre Brasil e Bolívia para superar o patamar de US$ 5 bilhões na corrente de comércio entre os dois países. Para isso, explicou, é importante "avançar em projetos de infraestrutura, que facilitem os fluxos entre nossos países na América do Sul e nos mercados extrarregionais". "Somos o primeiro destino das exportações bolivianas e o segundo maior fornecedor de produtos para o país. É necessário, porém, diversificar e aumentar nossas trocas" afirmou Dilma. Entre esses projetos, a presidente Dilma citou "o projeto do corredor ferroviário bioceânico central, projeto complementar à Ferrovia Transcontinental e o acesso ao Depósito Franco, no porto de Paranaguá, pela Bolívia". Já o presidente da Bolívia, Evo Morales, falou sobre intercâmbio de tecnologias na declaração à imprensa após a reunião. Segundo ele, a Bolívia "tem muita necessidade de adquirir tecnologia brasileira para a melhora da produção agropecuária". Sobre o assunto, a presidente Dilma afirmou em seu brinde antes de almoço, no Palácio do Itamaraty, que os dois países têm "um conjunto de áreas novas para explorar, entre elas o desenvolvimento das pequenas agriculturas e a sua modernização, através do processo de introdução de tratores e outras práticas". A presidente também abordou a epidemia de zika no Brasil na conversa com Morales. Para ela, é necessário "trabalharmos juntos para combater o mosquito, evitando sua proliferação e desenvolvendo vacinas". Morales foi na mesma linha e apontou a "obrigação [dos dois países] de trabalhar conjuntamente para enfrentar o vírus zika" apesar de seu país não ter muitos casos confirmados da doença. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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3 Aneel: Conta de luz terá queda média de 4% com corte em despesa da CDE

A Aneel aprovou em 2 de fevereiro o orçamento anual da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para 2016. O corte nas despesas, da ordem de R$ 5,973 bilhões em relação ao orçamento de 2015, permitirá uma redução média das contas de luz de 4%. Em 2015, a CDE cobrou dos consumidores de energia elétrica o montante de R$ 18,920 bilhões. Com o orçamento de 2016, as distribuidoras vão arrecadar nas contas de luz o total de R$ 12,947 bilhões, uma variação negativa de 31,5%. A cobrança da CDE tem um impacto diferente para os consumidores de cada região. O relatório aprovado pela diretoria da Aneel prevê uma redução de 4,5% para os consumidores do Sudeste, do Centro-Oeste e do Sul. As regiões Norte e Nordeste contarão com uma redução de apenas 1%. Durante audiência pública realizada em dezembro, a Aneel previa um corte de despesas ainda maior, de R$ 6,809 bilhões, em relação 2015. Isso levaria à redução média de 4,5% da tarifa nacional. Desde 2012, a CDE assumiu o papel de conta única do setor elétrico, reunindo as principais receitas e despesas. Nela está incluída a previsão de gastos com os subsídios para os consumidores de baixa renda e rurais (irrigantes), a subvenção à produção de carvão mineral nacional, o pagamento de indenizações de concessionárias e a cobertura de despesas com o despacho de térmicas nos sistemas isolados via CCC. Entre 2015 e 2016, a despesa com indenização de concessionárias caiu de R$ 4,9 bilhões para R$ 1,2 bilhão. O resto a pagar de anos anteriores foi zerado - em 2015, foi de R$ 3 bilhões. O desembolso vinculado à CCC caiu de R$ 7,2 bilhões para R$ 6,3 bilhões. A subvenção atrelada ao carvão mineral nacional foi reduzida de R$ 1,2 bilhão para R$ 1 bilhão. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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4 Aneel reconhece que o orçamento de 2015 da CDE levou a tarifa de energia do país a um “patamar preocupante”

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, reconheceu que o orçamento de 2015 da CDE levou a tarifa de energia do país a um "patamar preocupante". Para ele, a conta contribuiu para que as tarifas de energia elétrica no Brasil alcançassem valores tão elevados como os registrados atualmente. A fala do diretor da Aneel veio em resposta ao presidente da Abrace, Paulo Pedrosa, que fez uma sustentação oral durante a reunião pública da diretoria. A entidade conseguiu uma liminar na Justiça que isenta seus associados do pagamento de gastos "controversos" presentes no orçamento da CDE. Pedrosa registrou que um levantamento da Abrace indicou que o repasse da indústria eletrointensiva à CDE representou duas vezes os valores repassados aos seus acionistas. "Na prática, a CDE se comporta como um sócio dessas empresas que é remunerado duas vezes mais", diz Pedrosa. Ao comentar a informação apresentada, Rufino classificou o impacto para o setor produtivo como "assustador". "A CDE apresenta problema de toda natureza. É preciso atacar o problema de maneira estrutural para resolvermos essa questão", disse Rufino. O presidente da Abrace voltou a destacar que os recentes aumentos do custo da energia elétrica no Brasil estão entre os principais responsáveis para que o PIB nacional retornasse à proporção registrada na década de 1940. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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5 Aneel mantém rejeição à extensão de prazo de Belo Monte

A Aneel recomendou ontem a rejeição do pedido de extensão do prazo de concessão da hidrelétrica Belo Monte, em construção no rio Xingu-PA. A concessionária responsável pela usina, a Norte Energia, apresentou a solicitação à agência na segunda--feira com base na Lei 13.203, aprovada em novembro, que permite a extensão do prazo de concessão dos empreendimentos estratégicos do setor elétrico quando o equilíbrio econômico financeiro do contrato é colocado em risco. Com a decisão, o processo será encaminhado ao MME, que vai dar a palavra final sobre a questão. Em nota, a Norte Energia disse entender que a liminar judicial sobre o tema tem validade até a apreciação final pelo ministério. O entendimento da Aneel é diferente. A agência considera que a liminar não tem mais efeito, pois foi concluída a tramitação do processo no âmbito administrativo. Com isso, diz que o empreendedor terá de arcar com as obrigações contratuais relacionadas à não entrega da energia - o que pode resultar na aplicação de multas. Na reunião de ontem, o relator do processo, o diretor André Pepitone, acatou as alegações da área técnica e da Procuradoria Especializada no sentido de refutar os argumentos apresentados pela Norte Energia e afirmou que o empreendedor se preocupou mais em construir "peças jurídicas meramente protelatórias", em vez de adotar medidas para garantir o início da operação comercial dentro do prazo. Pepitone ressaltou que a Norte Energia não buscou "meios alternativos para honrar os compromissos contratuais". No processo, a Norte Energia cita problemas com liminares na Justiça, ocupação do canteiro de obras em protestos das comunidades indígenas da região, dificuldade em obter licenças ambientais e paralisações causadas por greves dos operários. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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6 Norte Energia quer encaminhar processo de Belo Monte ao MME

A Aneel recomendou ontem a rejeição do pedido de extensão do prazo de concessão da hidrelétrica Belo Monte, em construção no rio Xingu-PA. Em sustentação oral na reunião pública da diretoria da Aneel, o advogado Yuri Belchior destacou que a Norte Energia requereu a extensão de prazo superior a um ano, correspondente aos 370 dias de atraso na casa de força principal, que leva o nome da usina. O atraso relacionado à casa de força complementar, o Sítio Pimental, alcançou 465 dias. Depois da decisão da agência, a Norte Energia disse entender que mantém o direito sobre os excludentes de responsabilidade em relação aos atrasos nas obras. Foi apurado que, a partir de agora, a companhia vai pressionar a Aneel a encaminhar o processo ao ministério o mais rapidamente possível. A expectativa da empresa é que o poder concedente seja mais "razoável" ao tratar do pleito, com um "julgamento mais imparcial". "É evidente que a lei não inovou ao ponto de tirar atribuições da Aneel, o que poderia ser entendido como um retrocesso. A agência segue tendo a competência gerir os contratos do setor", afirmou o diretor--geral da Aneel, Romeu Rufino. O diretor disse que, "naturalmente", a decisão de estender prazos de contratos é do "poder concedente" - neste caso, o MME. "Nós continuamos instruindo e opinamos sobre nossos processos. Para todos os demais efeitos, a decisão final é da Aneel", completou, ao fazer a ressalva sobre decisões a respeito da ampliação do prazo de concessão. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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7 Projeto de lei quer isenção de tarifa de energia para bombeamento de poços artesianos

A CAPADR aprovou a proposta de isenção de cobrança de tarifa de energia elétrica usada para bombear água de poços artesianos. O recurso em questão é destinado à irrigação e ao abastecimento humano e de animais. O Projeto de Lei 6362/13, que tramita em caráter conclusivo, é do deputado Wilson Filho (PTB-PB) e ainda será analisado pelas comissões de Minas e Energia; de Constituição e Justiça; e de Cidadania. Se aprovada, a isenção será regulamentada pelo Poder Executivo. O relator da proposta, deputado Kaio Maniçoba (PHS-PE), apresentou emenda para incluir no texto uma referência explícita de que o benefício contempla somente os poços artesianos. “O projeto dispõe sobre poços genericamente, não especificando os beneficiados pela isenção tarifária”, explicou. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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8 Aneel define valores para Conta Bandeiras de dezembro

A Aneel fixou, em 02 de fevereiro, os valores da Conta Bandeiras para a liquidação das operações de curto prazo referente à contabilização de dezembro do ano passado. Serão R$ 39,9 milhões a serem repassados pelas empresas devedoras até o próximo dia 04. As companhias credoras, por sua vez, terão montante definido em mesmo valor, mas para repasse até 11/2. Entre as devedoras, os maiores repasses ficaram com a Copel e CPFL Paulista, respectivamente, com R$ 4,7 mi e R$ 4,4 bi. Já entre as credoras, a Coelba teve fixado cerca de R$ 19,2 mi. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)


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9 MME fixa prazo para declaração da TEIF e TEIP

Os agentes hidrelétricos deverão declarar até 5 de fevereiro os novos valores da TEIF e TEIP para fins de revisão ordinária da garantia física de energia das usinas. Segundo a Portaria nº 23 publicada pelo MME no Diário Oficial da União em 2 de fevereiro, serão consideradas as hidrelétricas enquadradas no art. 5º da Portaria MME nº 484/2014, com mais de 60 meses de operação comercial após a completa motorização, tendo como referência a data de 21 de dezembro de 2014. A declaração deverá ser efetivada por meio de carta a ser enviada para o correio eletrônico: consultapublica.portaria@mme.gov.br (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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10 Sigilo deve prevalecer em monitoramento da CCEE

O sigilo das informações no monitoramento do mercado de energia elétrica deve continuar sendo uma das premissas do limite da atuação da CCEE. Após término de audiência pública, a Aneel deve aprovar resolução normativa sobre o tema. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, lembrou que essa era uma situação especial em que eram necessários parâmetros que deveriam ser adotados pela CCEE na atividade. Com a própria atuação da Câmara questionada, a audiência recebeu 14 contribuições, que vieram de agentes como a Abraceel, da Abiape e de empresas como a AES Tietê e a CPFL. Havia nas contribuições a preocupação com a integridade e o sigilo das informações coletadas pela agência. A Aneel alegou que a CCEE só solicitaria esse tipo de informação de contratos quando identificasse conduta atípica por parte do agente. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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11 Aneel abre audiência para aprimorar requisitos de medição de radiação solar

A Aneel decidiu, em reunião realizada pela sua diretoria em 2 de fevereiro, abrir de 4 de fevereiro até 4 de março audiência pública para fazer o aprimoramento da resolução que disciplina os requisitos de medição de irradiação solar. O procedimento é necessário para a outorga de autorização para exploração e alteração da capacidade instalada de usinas solares. A Absolar encontrou divergências entre os requisitos mínimos de solarimetria solicitados pela Epe e os pedidos pelo órgão regulador. Segundo a Aneel, a associação se mostrou preocupada com problemas que poderiam ocorrer com projetos inscritos nos leilões de energia. Na discussão do tema, foi ressaltado pela diretoria que o que seria colocado em audiência pública era apenas esse tema específico, não o regulamento como um todo. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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Empresas

1 Aneel prorroga tarifas extraodinárias de cinco distribuidoras do grupo CPFL

A Aneel decidiu prorrogar a vigência das atuais tarifas extraordinárias de cinco distribuidoras do grupo CPFL Energia. As tarifas, que seriam revistas em 03 de fevereiro, vão valer para os consumidores até 21 de março, nova data de movimentação tarifária da companhia. A medida contempla a CPFL Jaguari, que permanecerá com efeito médio de 16,8% para os consumidores; a CPFL Mococa, com efeito de 11,81%; a CPFL Leste Paulista, com alta média de 14,52%; a CPFL Sul Paulista, com 17,02%; e CPFL Santa Cruz, que continuará com aumento de 5,16%, em média. Os valores foram aprovados na revisão extraordinária do início de 2015, que elevou as tarifas de 58 distribuidoras, e estão em vigor desde abril daquele ano. Já a prorrogação até março foi aprovada em reunião da diretoria em 02 de fevereiro. No último dia 26, oito distribuidoras do grupo CPFL buscaram ter uma nova revisão extraordinária, porém tiveram o pedido negado pela Aneel. As empresas buscavam cobertura adicional para recompor o equiíbrio econômico-financeiro afetado, entre outros, pelo alto custo com compra de energia de Itaipu, mas a diretoria não considerou os pleitos como fatores imprevisíveis ou extraodinários. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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2 Cesp recusa acordo do GSF no ACL

A Cesp enviou comunicado ao mercado informando que não aderiu a proposta de repactuação do risco hidrológico no mercado livre. O acordo foi aceito apenas para os contratos regulados relativos a hidrelétrica Porto Primavera (SP/MS, 1.540 MW). “Considerando que as condições para a cobertura do risco hidrológico foram aceitas, a companhia entregou no dia 29 de janeiro, na Aneel, o Termo de Repactuação assinado e o protocolo do requerimento de desistência da ação judicial”, diz a nota publicada na última segunda-feira, 1 de fevereiro, na Comissão de Valores Mobiliários. O acordo vale para a energia comercializada nos dois primeiros leilões de energia nova e no quarto leilão de energia existente. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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3 Avança discussão sobre repactuação da dívida da Celg--D com Itaipu

A diretoria da Aneel fechou ontem os termos da repactuação da dívida da distribuidora Celg -D com a usina de Itaipu. O cálculo do passivo, estimado em US$ 450 mi, é considerado o principal impedimento à venda da fatia de 50,93% detida pela Eletrobras na distribuidora goiana. A posição final da diretoria já foi acertada, restando apenas a proclamação do resultado após o fechamento do redação final. O diretor--geral da Aneel, Romeu Rufino, foi o único a se opor à repactuação da dívida. Em voto vencido, ele criticou a manifestação prévia dos diversos órgãos do governo e da própria Eletrobras que pressionaram a agência a tomar uma decisão favorável à Celg. Entre os órgãos que se manifestaram sobre o caso, está a Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, a Consultoria Jurídica e a Assessoria Jurídica, ambos do MME. No caso da Eletrobras, a defesa da repactuação foi considerada por Rufino ainda mais complicada. Isso porque a estatal é a principal acionista da distribuidora e gestora da Conta Itaipu, que recolhe valores repassados à usina. O cálculo do passivo remete ao valor de US$ 450 mi. O relator do processo, o diretor André Pepitone, apresentou na semana passada um relatório favorável à contabilização da dívida, baseado no mecanismo definido na MP 677/2015. A legislação criou uma nova forma de tratamento da dívida cotada em moeda estrangeira e vinculada às empresas do PND. A lei permitiu que a atualização dos valores pudesse ser feita com o câmbio do primeiro dia útil do ano em que a companhia entrou no PND. Pepitone argumentou que, no caso da Celg, a dívida alcançaria patamares de aproximadamente R$ 900 mi, ao considerar dólar a R$ 2,69 do dia 2 de janeiro de 2015. Esse foi o ano em que a Celg entrou no PND. Segundo ele, tal medida evitaria que o passivo atingisse valores exorbitantes, o que fatalmente afugentaria os interessados em adquirir o controle acionário da companhia goiana. A regra anterior obrigaria a Celg a pagar a dívida na cotação atual da moeda americana, em patamares acima de R$ 4,00. Para o diretor--geral, a repactuação onera os consumidores de todo o país com o simples objetivo de atender o anseio do governo e da Eletrobras de fazer a venda bem--sucedida da distribuidora. A dívida com a Conta Itaipu foi contraída no período em que a Celg estava inadimplente com o setor e, por isso, impedida de aplicar os reajustes tarifários anuais. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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4 Abengoa confirma pedido de recuperação judicial no Brasil

A espanhola Abengoa, companhia internacional que atua em geração e transmissão de energia, confirmou nesta terça-feira, 2 de fevereiro, que entrou com pedido de recuperação judicial para três subsidiárias no Brasil. “As empresas Abengoa Concessões Brasil Holding S/A, Abengoa Construção Brasil Ltda. e Abengoa Greenfield Brasil Holding S/A apresentaram no dia 29/01/2016, junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, pedido de recuperação judicial, mais uma etapa do processo de reestruturação da companhia no Brasil", escreveu a companhia em nota. Segundo a Abengoa, o pedido de recuperação judicial tem por objetivo minimizar os impactos da suspensão de alguns dos projetos em construção e alcançar uma solução que seja adequada para todas as partes interessadas e afetadas pela situação atual. "A Abengoa Brasil está disponibilizando todas as suas capacidades na elaboração de um plano que atenda aos seus parceiros, credores e colaboradores”, disse. Desde dezembro de 2015 todas as obras da Abengoa estão paralisadas no Brasil. A empresa está protegida por três meses, prorrogáveis para quatro, pela lei de insolvência da Espanha. Isso permite a companhia preserve seu valor enquanto trabalha no desenvolvimento de um plano de viabilidade apropriado para seu futuro. A Abengoa é responsável pela construção de quatro sistemas associadas ao escoamento da energia da hidrelétrica de Belo Monte. O atraso dessas obras pode causar sérias consequências para o sistema elétrico brasileiro. A Abengoa no Brasil construiu mais de 10000km de linhas de transmissão nos últimos 15 anos em projetos de mais R$ 10 bi e hoje conta com sete concessões de transmissão em operação e nove projetos em fases distintas de desenvolvimento. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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5 Fitch rebaixa o rating nacional de longo prazo da Abengoa Concessões Brasil

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating nacional de longo prazo da Abengoa Concessões Brasil de ‘RD(bra)’ para ‘D(bra)’. O rebaixamento do rating reflete o pedido de recuperação judicial da Abengoa Concessões. "Este anúncio resultará em inadimplência no pagamento de parte ou toda a dívida da Abengoa Concessões e terá como consequência a prolongada renegociação desta dívida", alerta a agência. Segundo a Fitch, as dívidas reportadas pela Abengoa Concessões no processo de recuperação judicial totalizam R$ 2,3 bi. A companhia era, ainda, garantidora de parte da dívida da Abengoa Construção, cujo endividamento declarado no pedido de recuperação judicial totaliza R$ 1,9 bi. A Abengoa ainda controla a Abengoa Bioenergia, responsável pela operação das Usinas São Luiz e São João localizadas, respectivamente, em Pirassununga-SP e São João da Boa Vista-SP. O escritório de advocacia Barbosa Müssnich Aragão é responsável pelo pedido de recuperação judicial da Abengoa no Brasil. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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6 CEEE ainda tem 5,1 mil clientes sem energia por causa de temporal

Cerca de 5,1 mil clientes da CEEE-D (RS) de Porto Alegre estão sem energia, ainda por conta dos fortes temporais que ocorreram na região metropolitana nos últimos dias. Desse total, 2,5 mil está sem energia desde a última sexta-feira, 29 de janeiro. De acordo com informações da concessionária, os bairros mais impactados no momento são o Menino Deus, com 1,1 mil unidades; Azenha, com 700; Cidade Baixa, com 380; Petrópolis, com 310 e São Geraldo, com 180 unidades. A distribuidora também alerta que ao longo do dia podem ocorrer desligamentos curtos, necessários para concluir o restabelecimento da energia. Mais cedo, a distribuidora a pedido da prefeitura, em função dos festejos de Nossa Senhora dos Navegantes, o desligamento emergencial na subestação Porto Alegre 4, que estava programado para ocorrer, inicialmente, entre 6h e 7h da manhã, foi antecipado para às 4h. O desligamento foi necessário para que fossem concluídos os reparos do equipamento. A SE Porto Alegre 4 fica em uma das áreas mais atingidas pelos ventos de mais de 120 km/h da última sexta-feira. Partes de edifícios vizinhos foram arremessadas contra ela, deixando-a fora de operação. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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7 Após temporal, CEEE aposta em previsão do tempo para mitigar impactos do clima

Após os fortes temporais ocorridos em Porto Alegre na última semana, a CEEE revelou que está desenvolvendo um sistema de monitoramento do clima. A capital gaúcha foi surpreendida por ventos de até 120 km/h. De acordo com o presidente do Grupo CEEE, Paulo de Tarso Pinheiro, a empresa está buscando recursos com órgãos internacionais para capacitar as equipes da empresa, especializando-os com dados e informações sobre as mudanças climáticas. "Sabemos que esse tema no setor de energia é de muita sensibilidade, de interação muito forte. Precisamos ter um maior apuro com relação ao tema". Pinheiro conta que ainda que se façam vultosos investimentos em previsão do tempo, é muito difícil prever a intensidade de fenômenos climáticos. Os fortes ventos, que tiveram a características de um furacão de nível 1, até foram previstos pela empresa, mas a intensidade deles não. "Apenas havia a previsão que havia a possibilidade de chuva fortes, mas não o que aconteceu, com 53 minutos de ventos", explica. O temporal até agora deu prejuízo de R$ 3,5 milhões para a CEEE. Pelo menos 700 postes, 250 quilômetros de alimentadores e 200 chaves foram atingidos e precisaram ser recuperados ou substituídos. A distribuidora já está com cerca de 99% dos consumidores com energia na sua área de concessão. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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8 Reajuste da Energisa Borborema terá efeito médio de 6,91%

O reajuste tarifário anual da Energisa Borborema (PB) vai provocar um efeito médio de 6,91% para os seus consumidores. O valor foi definido em reunião realizada pela diretoria da Aneel nesta terça-feira (2). Para os consumidores da alta tensão, o impacto será de 5,97%. Já para os da baixa tensão, ele será de 7,47%. A Energisa Borborema teve faturamento de cerca de R$ 212 milhões em 2015, quando o reajuste anual ficou em 35,08%. Os custos com a aquisição de energia tiveram forte impacto na definição do reajuste. Os 6,91% deixam a evolução da tarifa nos últimos anos abaixo de índices como o IGPM e o IPCA, fato elogiado pela diretoria na reunião. Entretanto, o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, ressaltou o peso dos encargos na composição da tarifa, que chegaram a quase 20%. O valor está próximo da contribuição da parcela B, que ficou em 30%. "O tamanho dos encargos é desproporcional, quase uma parcela B", frisou. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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9 Light diz que não há relação entre apagões em condomínios próximos ao Parque Olímpico e obras das Olimpíadas

Nos últimos anos, poucas regiões da cidade passaram por tantas transformações quanto as redondezas da Avenida Abelardo Bueno. Além do Parque Olímpico, em fase final de obras, e do corredor do BRT Transolímpico, a quantidade de condomínios próximos se multiplicou. Uma das consequências negativas, segundo moradores, são as falhas na infraestrutura. Desde dezembro, a energia tornou-se a principal dor de cabeça, com quedas frequentes que chegam a durar 4h, segundo relatos. No último dia 21, após mais uma interrupção no fornecimento de luz na região, uma equipe da Light foi à Rua Aroazes. Segundo o presidente da Associação de Moradores da Aroazes (AMA), Luciano Dias, um técnico disse que uma das causas das quedas recorrentes seriam os testes realizados na subestação olímpica, construída para fornecer energia ao Parque Olímpico. Procurada, porém, a Light diz que não há relação do problema com as obras das Olimpíadas. “Suspeitávamos que a fiação não estava suportando a demanda. Mas, para a nossa surpresa, o técnico me respondeu que havia relação com o Parque Olímpico, porque estão realizando testes nas linhas de transmissão da nova subestação. São duas, e independentes, e eles desligam uma para saber se a outra continua sendo suficiente para iluminar o local. De fato, quando acabava a luz aqui, o parque continuava aceso”. (O Globo – 03.02.2016)

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10 Uwe Wehnhardt é o novo presidente da Voith Hydro

Roland Muench deixou o cargo de presidente da Voith Hydro para se tornar responsável por uma nova divisão do grupo, a Voith Digital Solutions. Em seu lugar assume Uwe Wehnhardt. Ele se juntou à Voith em 2007, e é membro do Conselho de Administração Global da Voith Hydro desde 2011. Antes de juntar-se à Voith, ele ocupou diversos cargos internacionais de liderança na Procter & Gamble e na empresa Alfred Kaercher. "Como o novo presidente da Voith Hydro, farei tudo o que estiver ao meu alcance para dar continuidade à história de sucesso mundial da Voith na área de hidreletricidade", afirmou Wehnhardt. Além disso, ele explica que "a nova competência digital da Voith não apenas enriquecerá o know-how de produtos e soluções da Voith Hydro, levando as soluções de automação que a Voith oferece aos seus clientes a outro patamar. A nova divisão Digital Solutions do Grupo Voith consolidará todas as atividades digitais e de automação do grupo inteiro. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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Leilões

1 Aneel homolga resultado de leilão de reserva para 17 empresas

A Aneel homologou o resultado parcial do segundo leilão de reserva, realizado em novembro de 2015, para mais 17 empreendimentos vencedores. A aprovação soma cerca de 216 MW eólicos e outros 260 MW fotovoltaicos, habilitados desde 25/1. Entre os projetos, estão as fotovoltaicas Assú V (30 MW – RN), da Tractebel; Sol Steelcons Miracema 1 a 3 (30 MW cada – TO), da empreiteira Steelcons; e a BJL 4 (20 MW – BA), da Quaatro Participações. Com a medida, restam 285,5 MW com pendências na documentação, dos 1.477,5 MW totais negociados na concorrência. A agência já havia homologado o resultado parcial para outras 26 empresas, no dia 26/1, com cerca de 716 MW. O leilão negociou 530,8 MW médios de garantia física, ao preço médio de R$ 249/MWh e deságio de 15,35%. O investimento movimentado foi de R$ 6,841 bilhões. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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2 Edital de leilões para sistemas isolados será discutido em audiência pública

A Aneel abriu audiência pública a partir de 04 de fevereiro até o próximo dia 07 de março para discutir o modelo do edital dos leilões de compra de energia para os sistemas isolados. A agência pretender analisar a cláusula das garantias financeiras dos contratos de comercialização, hoje vinculadas às receitas dos empreendimentos. A proposta da diretoria é que sejam incluídas novas opções e condições de garantias e que as modalidades possam ser, de comum acordo entre comprador e vendedor, utilizadas em substituição ao CCG. No entendimento da Aneel, a medida poderia atenuar os impactos nas receitas das concessionárias da região Norte, que enfrentam "elevado custo financeiro e acentuado nível de comprometimento de receitas decorrentes dos CCGs". Entre as novas modalidades, estariam cessão de certificado de depósito bancário (CBD), fiança bancária, cessão de créditos CCC com responsabilidade solidária do comprador e títulos da dívida pública, entre eles Letras do Tesouro Nacional, Letras Financeiras do Tesouro e Notas do Tesouro Nacional - séries B ou C. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sudeste/ Centro-Oeste continuam subindo e começam o mês de fevereiro com alta de 0,4% na comparação com o dia anterior, ficando com volume de 44,8%. De acordo com dados do ONS, a energia armazenada é de 90.804 MW mês e a energia natural afluente é de 71.016 MW med, o mesmo que 95% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas opera com 50,82% da sua capacidade e a de Emborcação está com 41,24%. Na região Nordeste, os níveis estão em 18,3%, crescendo 0,7% em relação ao dia anterior. A energia armazenada é de 9.465 MW mês e a ENA é de 13.162 MW med, que equivale a 86% da MLT. A usina de Sobradinho registra volume de 10,66%. Na região Norte, os reservatórios estão com volume de 31,8%, subindo 1,5% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada é de 4.782 MW mês e a ENA é de 14.266 MW med, o correspondente a 101% da MLT. A usina de Tucuruí opera com 38,96% do volume armazenado. No Sul, as fortes chuvas continuam influenciando e os níveis aumentaram 1,7%, deixando os níveis em 94,8%. A energia armazenada é de 18.390 MW mês e a ENA é de 19.844 MW med, o mesmo que 188% da MLT. A usina de Barra Grande registra volume de 91,15%. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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Energias Renováveis

1 Siemens pode se tornar segunda maior fabricante de aerogeradores no Brasil

Caso conclua a aquisição do controle da Gamesa, a Siemens sairá do banco de reservas direto para o segundo lugar mais alto do pódio na acirrada competição entre os fabricantes de turbinas eólicas por contratos de fornecimento com empresas de geração. A companhia alemã se tornaria a segunda maior fornecedora dos equipamentos no Brasil, com 20,2% dos pedidos de aerogeradores fechados no país, que correspondem a 3.826 MW - incluindo parques em operação e em construção, mas já contratados. Se a Siemens de fato passar a controlar a Gamesa, ficará atrás apenas da GE em termos de pedidos para o mercado eólico brasileiro. A empresa norte-americana conquistou a liderança absoluta no setor também através da aquisição de uma concorrente. No Brasil, com os contrato da Alstom, cujo negócio de energia passou a controlar no ano passado, a GE soma 5.987 MW em pedidos, o equivalente a 31,7% do mercado. A operação entre Siemens e Gamesa, ainda não definida, começou a ser comentada na semana passada e foi confirmada pela Gamesa na última sexta-feira (29/01). No mercado eólico brasileiro, que soma 18.860 MW contratados, a Siemens forneceu apenas 476 MW, ou 2,5% do total - em pedidos fechados antes da mudança, em 2012, nas regras de conteúdo local do BNDES para financiamento de aerogeradores. Já a Gamesa vem fortalecendo sua presença no país, com pedidos que somam 3.350 MW, e foi, inclusive, a maior fornecedora para projetos eólicos negociados no ano passado. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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2 Aneel libera operação comercial em turbinas de eólicas da Eletrosul

A Aneel liberou nesta terça-feira, 2 de fevereiro, o início da operação comercial de unidades em duas eólicas da Eletrosul. Na EOL Galpões, que fica em Santana do Livramento-RS, o aval foi para a unidade geradora UG4, de 2 MW. Já na EOL Capão do Inglês, que também fica em Santana do Livramento, a autorização foi para a UG4, também com 2 MW. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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3 Eletrosul conclui ampliação do complexo eólico Cerro Chato

A Eletrosul poderá colocar em operação comercial os últimos aerogeradores que compõem a segunda ampliação do complexo eólico Cerro Chato (216 MW – RS), localizado no município de Santana do Livramento. Os parques Galpões (8 MW) e Capão do Inglês (10 MW) receberam aval da Aneel para a liberação nesta terça-feira (2/2). A usina Galpões vai iniciar comercialmente a quarta e última unidade, em testes desde dezembro do ano passado, assim como Capão do Inglês, que possui um total de cinco unidades. Os primeiros aerogeradores das usinas entraram em operação gradual desde setembro. As turbinas G114-2.0 foram fornecidas pela espanhola Gamesa. O projeto de ampliação inclui também o parque Coxilha Seca (30 MW), em pleno funcionamento desde dezembro de 2015. As três usinas foram negociadas no leilão A-3, de novembro de 2013, e receberam investimentos de R$ 270 milhões, financiados em parte pelo banco alemão KfW. O complexo Cerro Chato iniciou as operações em 2011, com 90 MW distribuídos em três usinas – Cerro Chato I, II e III. A primeira ampliação foi iniciada em 2012, com a construção de mais cinco usinas - Cerro Chato IV, V e VI; Cerro dos Trindade; e Ibirapuitã I – de potência de 78 MW. Os investimentos no projeto original e primeira ampliação chegaram a cerca de R$ 825 milhões. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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4 Brafer e Clavijo fabricarão rastreadores solares

A empresa brasileira Brafer, do setor de fabricação de estruturas metálicas, está entrando no negócio fotovoltaico através de uma parceria com o grupo espanhol Clavijo, para oferecer rastreadores solares (trackers) para os painéis. As empresas oferecerão os equipamentos e, opcionalmente, sua montagem. Segundo o vice-presidente da Brafer, Luiz Carlos Caggiano, o objetivo é atender a demanda criada pelos leilões do governo federal, que já contrataram 2.652 MW da fonte. As usinas negociadas deverão entrar em operação em 2017 e 2018. A maioria dos projetos negociados no primeiro leilão do ano passado prevê a utilização dos equipamentos. Apesar do foco nas usinas fotovolaicas brasileiras, há intenção de atender mercados vizinhos, da América do Sul. A tecnologia dos rastreadores solares - que posicionam os painéis na direção do sol -, da Clavijo, é utilizada em projetos que somam 1 GW, instalados em países como EUA, Chile, México, Europa e Ásia. Pelo acordo entre as empresas, a Clavijo fabricará e fornecerá os componentes de movimentação e controles (PLC) na Espanha. Mas a ideia é que o produto final tenha um índice de nacionalização acima de 80%. “A Brafer fabricará e galvanizará, em sua própria planta de galvanização, os componentes da estrutura e fornecerá o conjunto completo aos clientes. Opcionalmente, também poderá oferecer a execução das fundações, montagem das estruturas e a fixação dos módulos (placas). Além disso, a parceria oferece estruturas fixas monoposte ou biposte aos projetos de geração de energia fotovoltaica”, detalha o responsável pela área na Brafer, engenheiro Rubens Amaral. (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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5 Biogás poderia suprir 12% da matriz energética do país, aponta estudo da Abiogás

Um estudo da Associação Nacional de Biogás e Biometano apontou que o biogás poderia gerar o equivalente a cerca de um terço de toda a energia produzida na UHE Itaipu (Brasil/ Paraguai, 14.000 MW) e que no ano passado foi a maior usina em termos de energia produzida no mundo. De acordo com a entidade, o país disporia de cerca de 23 bilhões de metros cúbicos ao ano que permitiria a geração de 37 milhões de MWh e a um custo de 30% a 40% mais baixo do que se tem atualmente. O motivo pela qual não se tem ainda a redução de preços estimada e a expansão dessa geração é a falta de uma política pública que viabilize a inserção na matriz energética nacional. Depois de três anos que a fonte voltou a ser debatida no país, a associação elaborou propostas a serem apresentadas ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Essa proposta tem como destaque a realização de leilões de energia, simplificação tributária e desonerações na cadeia produtiva de equipamentos para usinas que se utilizarem desse combustível. Pela falta do programa é que o biogás contribui de forma tímida para a matriz elétrica nacional. Segundo a secretária executiva da Abiogás, Camila Agner, o país contava, segundo os números mais recentes disponíveis – de 2014 –, com 70 MW em capacidade instalada. E o custo da energia dessa fonte hoje está no mesmo patamar de outras renováveis em uma faixa de preços entre R$ 180 a R$ 220/MWh. Já no leilão de A-3 de 2014, quando houve a possibilidade de negociar energia de resíduos o preço-teto estabelecido foi de R$ 169/MWh. “Em termos de energia elétrica, o Brasil só aproveita 0,05% da energia potencial dessa fonte”, resumiu a executiva. “Hoje a maior parcela da capacidade existente [de Biogás] está no Sul do país em pequenas propriedades e no Sudeste, onde se localizam as usinas de maior porte”, afirmou. O programa, explicou Camila, mostra que o biogás não é inviável do ponto de vista econômico e deverá viabilizar projetos de media e grandes escala no país. Esse primeiro grupo, principalmente, apresenta maiores dificuldades por falta de incentivos. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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6 Abiogás: falta ao governo o entendimento de que o Biogás é uma fonte importante para a matriz energética

Na avaliação da secretária executiva da Abiogás, Camila Agner, o que falta na realidade é o entendimento por parte do governo de que essa é uma fonte importante para ajudar na disponibilidade de capacidade de geração de energia no país. Questões regulatórias importantes no passado como a resolução 482 da Aneel, que passaram por aprimoramento em 2015 foram resolvidas. Essa em especial, destacou a executiva da Abiogás permitirá uma maior expansão do biogás para aqueles geradores de menor porte. Além desses, os grandes autoprodutores poderão ser beneficiados, uma vez que o biogás tem como fonte o uso de resíduos orgânicos, o que abre a perspectiva de sua adoção pela indústria de alimentos e da agroindústria, que tem nos seus rejeitos uma grande fonte de produção de biogás por meio de resíduos de animais ou os resíduos da colheita. “A autoprodução é muito interessante, pois com o aprimoramento pode-se abater a energia gerada para o mesmo CNPJ, mas em diferentes locais como para cooperativas de pequenos produtores. Além disso, tratamento de esgotos pode levar a economia de energia em unidades de empresas de saneamento em um mesmo estado. Realmente é um passo interessante”, finalizou ela. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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7 Distribuidoras aumentam compra de etanol no spot

As distribuidoras aumentaram a compra de etanol no mercado de curto prazo de São Paulo na semana de 25 a 29 de janeiro, temendo pagar mais caro pelo combustível na semana do Carnaval. Os preços, portanto, inverteram o movimento de queda da semana anterior e voltaram a subir, de acordo com os pesquisadores do Cepea. O etanol hidratado teve média de R$ 1,8552/litro entre 25 e 29 de janeiro, o que representa um aumento de 0,45% em relação à semana anterior. Já anidro, utilizado na mistura com gasolina, subiu 0,15% na mesma comparação, para R$ 2,0613/litro. Atualmente, as usinas produtoras de cana-de-açúcar estão vivendo o período de entressafra, fechando o ciclo 2015/16 e se preparando para iniciar o próximo, que deve acontecer por volta de abril desse ano. Nos postos de combustíveis de todo o país, o etanol hidratado tem custado mais de 70% do preço da gasolina, valor utilizado como base para indicar a rentabilidade do biocombustível. Quando acima desse patamar, o etanol não é considerado vantajoso para o consumidor, frente à gasolina —índice questionado pelo Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE). (Agência Brasil Energia – 02.02.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Produção de gás no Brasil tem recorde em dezembro

A produção total de petróleo em dezembro de 2015 alcançou 2,532 milhões de barris por dia, um aumento de 6,4% na comparação com o mês anterior e de 1,4% em relação ao mesmo mês em 2014. Já produção de gás natural foi recorde, totalizando 100,4 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 6,6% frente ao mês anterior e de 5,5% na comparação com o mesmo mês em 2014. O último recorde havia sido em agosto de 2015, com uma produção de 99,2 milhões de m³/d. A produção total de petróleo e gás natural no Brasil no mês de dezembro totalizou 3,164 milhões de barris de óleo equivalente por dia. O aproveitamento de gás natural no mês foi de 96,6%. A queima de gás em dezembro foi de 3,4 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 2,2%, se comparada ao mês anterior, e uma redução de 30,1% em relação ao mesmo mês em 2014. A produção do pré-sal, oriunda de 52 poços, foi de 875 mil barris de petróleo por dia de petróleo e 34,3 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, totalizando 1,09 milhão de barris de óleo equivalente por dia, um aumento de 6,6% em relação ao mês anterior. Os campos marítimos produziram 93,8% do petróleo e 76,6% do gás natural. A produção ocorreu em 8.892 poços, sendo 786 marítimos e 8.106 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 92,8% do petróleo e gás natural. O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, produzindo, em média, 442,3 mil bbl/d de petróleo e 20,6 milhões de m³/d de gás natural. Canto do Amaro, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.044. Marlim, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 61. A plataforma FPSO Cidade de Mangaratiba, localizada no campo de Lula, produziu, por meio de cinco poços a ela interligados, 195 mil boe/d e foi a plataforma com maior produção. As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 162,5 mil boe/d, sendo 132,9 mil bbl/d de petróleo e 4,7 milhões de m³/d de gás natural. Desse total, 158,5 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 4,0 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 408 boe/d em Alagoas, 1.543 boe/d na Bahia, 34 boe/d no Espírito Santo, 1.836 boe/d no Rio Grande do Norte e 176 boe/d em Sergipe. (Agência CanalEnergia – 02.02.2016)

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2 S&P revê ratings de 20 empresas de petróleo e gás nos Estados

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) reavaliou o rating de 20 empresas do setor de óleo e gás dos Estados Unidos, após novas projeções sobre os preços de petróleo. Segundo a S&P, com a nova redução nas projeções de preço da commodity, a maioria das companhias continuará diminuindo seus investimentos e focando nas propriedades principais e perfuração. “No entanto, essas medidas, em sua maioria, são insuficientes para compensar a significativa piora esperada nas medidas de crédito do rating nos próximos anos”. Entre as principais companhias, a agência rebaixou o rating da Chevron de ‘AA’ para ‘AA-’, com perspectiva estável; cortou a nota da Apache de ‘BBB+’ para ‘BBB’, com perspectiva estável e reduziu o rating da Hess de ‘BBB’ para ‘BBB-’, com perspectiva estável. A S&P também colocou o rating da Exxon Mobil, atualmente em ‘AAA’ , em observação para possível rebaixamento, com implicações negativas. A agência acredita que as medidas de crédito da Exxon continuarão fracas até 2018. No ano passado, a agência Moody’s já tinha colocado 120 empresas do setor de energia em observação negativa, sendo que desse total, 69 eram americanas. A Exxon não fazia parte dessa lista. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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Grandes Consumidores

1 CSN precisa vender R$ 2 bi em ativos para equilibrar caixa, diz Fitch

Para a CSN evitar fluxo de caixa livre negativo durante 2016, a empresa precisa vender pelo menos R$ 2 bi em ativos, calcula a agência de classificação de risco Fitch. Esse seria o principal passo para a siderúrgica conseguir reduzir sua alavancagem, diz a instituição em relatório. Nas contas dos analistas Phillip Wrenn, Debora Jalles e Joe Bormann, que assinam o texto, as operações que integram o programa de desinvestimentos do grupo podem valer de R$ 4 bi a R$ 6 bi. Esses projetos incluem o Tecon Sepetiba, no Rio de Janeiro, participação em hidrelétricas, a fatia excedente na MRS Logística e as ações que a companhia possui da concorrente Usiminas. “Mas a Fitch acredita que monetizar esses ativos a seu valor máximo será extremamente difícil no atual ambiente”, comenta a agência. Segundo a instituição, conseguir vender os R$ 2 bi em ativos e evitar queima de caixa muito provavelmente não vai ocorrer, o que pode levar à reestruturação de dívida em 24 meses. Além de sofrer com as dificuldades em levantar recursos com desinvestimentos, a CSN também tem problemas por conta da desvalorização do minério de ferro, acrescenta o texto. A premissa da Fitch é de US$ 45 por tonelada, em média, para os preços da commodity neste ano e no próximo, o que aumenta o desafio da companhia em realizar uma desalavancagem no médio prazo. A queda das cotações do minério, que vinha oferecendo melhores margens nas vendas à empresa, deve levar o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do segmento a cerca de R$ 1,1 bi durante 2016, prevê a agência de risco. Nos nove primeiros meses de 2015, o indicador ficou em R$ 779 mi e no ano cheio de 2014, em R$ 1,43 bi. O cenário base da Fitch é de R$ 2,5 bi em desinvestimentos neste ano, com R$ 897 mi positivos em geração de fluxo de caixa e uma alavancagem — que relaciona dívida líquida e Ebitda — de 9,2 vezes. Em 2017, são aguardados mais R$ 500 mi em vendas de ativos, com queima de R$ 835 mi no fluxo de caixa e uma alavancagem de 7,8 vezes. Mas os cálculos da instituição dependem dos preços realizados do minério e do programa de desinvestimentos. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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Economia Brasileira

1 Total de pedidos de recuperação judicial mais do que dobra em janeiro

Os pedidos de recuperação judicial no país aumentaram 112% em janeiro deste ano sobre janeiro de 2014, passando de 58 para 123, segundo dados da Boa Vista SCPC. Na comparação com dezembro, a alta foi de 8,8%. Em janeiro, as recuperações deferidas aumentaram 58,6% na comparação anual e 80,4% em relação a dezembro. Já os pedidos de falência aumentaram 4,8% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ante dezembro, houve queda de 10,3%. As falências decretadas aumentaram 15% ante janeiro do ano passado e subiram 21,1% ante dezembro. Segundo a Boa Vista, os indicadores de falências e recuperações judiciais aumentaram em 2015 e iniciaram este ano em alta uma vez que permanecem os fatores que prejudicam a situação financeira das empresas. Entre eles, a fraca atividade econômica, os elevados custos e a restrição de crédito. Sem sinal de mudança, os indicadores devem conservar esta tendência ao longo de 2016, diz a Boa Vista. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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2 Produção recua 3,9% no 4º trimestre e complica início de 2016

A produção industrial ainda não trouxe, no último trimestre do ano passado, qualquer sinal de alento para 2016. Pelo contrário. A produção foi 3,9% menor que a do trimestre anterior. O resultado vai afetar negativamente o PIB do último trimestre de 2015 e também torna mais difícil a recuperação de 2016. Indica que o ano começa em um nível de produção muito inferior ao do começo do ano passado. Se a produção do primeiro trimestre de 2016 apenas mantiver o ritmo dos últimos três meses de 2015, sem novas quedas, ainda assim será 9% menor que a do começo daquele ano. O começo de 2015 foi muito mais forte do que o fim do ano. A recessão aprofundou--se ao longo de 2015. No começo do ano passado, na média, os economistas ainda previam que o PIB ficaria entre a estabilidade e pequena queda de 0,5%. As previsões mais pessimistas estavam associadas a um risco de racionamento de energia elétrica. O apagão elétrico não veio, mas a recessão, sim. Não há nenhum sinal confiável de recuperação na produção industrial, embora em dezembro algumas categorias tenham subido frente a novembro. A produção de bens intermediários subiu 0,7% sobre novembro, já descontada a sazonalidade, enquanto a de bens duráveis aumentou expressivos 9,4% na mesma comparação. Quando se olha para o acumulado em 12 meses, contudo, a retração continuou se aprofundando. No trimestre, a produção de intermediários caiu 4,1% e a de bens de consumo duráveis foi 9,6% menor -, ou seja, dezembro foi um suspiro em cima do fundo do poço de novembro. A queda de 8,3% na produção da indústria no ano de 2015 em relação a 2014 foi a maior da atual série do IBGE, iniciada em 2003. Olhando para a série anterior (pesquisa industrial de 1985 a 2004), a queda na recessão provocada pelo Plano Collor, em 1990, foi maior e chegou a 11,5%. Outro dado de 2015 que afeta o futuro é a brutal queda em bens de capital. A produção de máquinas e equipamentos para indústria, construção, agricultura e energia caiu 25,5% em relação a 2014, quando já havia diminuído 9,3%. Ou seja, em dois anos encolheu em mais de um terço. Entre 1995 e 1996, o país passou por dois anos seguidos de contração da produção de bens de capital, mas parte expressiva da demanda foi atendida por máquinas importadas em decorrência da expressiva valorização do real. Agora, essa queda é sinônimo de corte de investimento e fará muita falta na retomada. Quando o Brasil voltar a crescer, indústria e construção civil estarão mais obsoletos. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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3 Inflação das famílias de baixa renda quase dobra em janeiro

A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda quase dobrou de dezembro para janeiro, de acordo com medição da FGV. O IPC-C1, que mede a variação dessa cesta para quem ganha até 2,5 salários mínimos mensais, subiu 1,91% no mês passado, de 0,97% em dezembro. Com isso, acumula alta de 11,42% em 12 meses. Conta de luz, passagem de ônibus e alimentos in natura puxaram o indicador período. A inflação das famílias mais pobres ficou acima da inflação geral, medida pelo IPC-BR, e que registrou alta de 1,78%. O mesmo acontece no acumulado em 12 meses, já que o IPC-BR subiu 10,59%. Seis das oito classes de despesas que compõem o IPC-C1 registraram taxas mais altas: transportes (0,79% para 4,02%), alimentação (1,94% para 2,63%), habitação (0,34% para 1,04%), educação, leitura e recreação (0,90% para 3,73%), despesas diversas (0,17% para 1,80%) e comunicação (0,06% para 0,34%). Nesses grupos, os destaques partiram, respectivamente, dos itens: tarifa de ônibus urbano (0,46% para 6,11%), hortaliças e legumes (8,68% para 19,99%), tarifa de eletricidade residencial (0,09% para 2,53%), cursos formais (0,00% para 11,40%), cigarros (0,00% para 2,71%) e mensalidade para TV por assinatura (0,42% para 2,46%). Em contrapartida, vestuário (1,04% para 0,39%) e saúde e cuidados pessoais (0,49% para 0,38%) cederam, a partir da menor inflação para roupas (1,30% para 0,42%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,72% para -0,11%), respectivamente. (Valor Econômico – 03.02.2016)

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4 IPC-Fipe fecha janeiro com alta de 1,37%

A inflação medida pelo IPC-Fipe acelerou de 1,21% para 1,37% da terceira para a leitura final de janeiro. Em dezembro de 2015, o indicador fechou com alta de 0,82%. A alta foi puxada pelos grupos Transportes, que subiu de 1,41% para 2,19%, e Educação, que foi de 5,26% para 7,62% de aumento. No primeiro, a alta foi puxada pelo reajuste do transporte público na cidade de São Paulo, cuja tarifa passou de R$ 3,50 para R$ 3,80 em janeiro. Já o segundo, foi influenciado pelo reajuste das mensalidades escolares. Além disso, o IPC-Fipe foi afetado pelo avanço mais marcado em Habitação (0,57% para 0,64%) e por uma queda mais modesta em Vestuário (-0,68% para -0,39%). (Valor Econômico – 03.02.2016)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 11h11, o dólar comercial caía 0,59%, para R$ 3,9578. Na terça-feira, o dólar comercial subiu 0,68%, fechando a R$ 3,9814. (Valor Econômico – 03.02.2016 e 02.02.2016)

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Internacional

1 Colômbia: Projeto para que EPM venda suas ações de Isagén será apresentado

Como era esperado, o prefeito de Medellín (Colômbia), Frederico Gutiérrez, informou que apresentará o projeto para vender os 13,1% de ações que a EPM tem em Isagén. Gutiérrez argumentou que ser sócio minoritário do governo nacional e de uma empresa privada é bem diferente. Por fim, afirmou que a não venda das ações representaria um possível detrimento patrimonial para Medellín. (Portafolio – Colômbia – 01.02.2016)

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2 Colômbia: Térmicas dobram consumo de gás em janeiro

Colômbia não tem tido dificuldades para atender o aumento da demanda por gás por parte das geradoras térmicas que operam no país e que deveriam ser abastecidas em parte com o combustível que a Venezuela deveria enviar desde janeiro, mas não foi possível devido a problemas internos de fornecimento no país vizinho. No entanto, fontes do setor energético asseguram que as plantas de geração térmica vêm trabalhando sem dificuldades já que o mercado colombiano tem conseguido atender suas necessidades, embora os preços tenham aumentado. Assim, o aumento da demanda de gás por parte das térmicas é evidente, passando de uma média de 200 Gigas BTU na primeira semana de janeiro e passando a 404 na semana seguinte. (Portafolio – Colômbia – 01.02.2016)

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3 Portugal: Saldo exportador de eletricidade bate recorde em janeiro

O saldo exportador de eletricidade atingiu os 903 GWh em janeiro, o que equivale a 20% do consumo nacional, o valor mensal mais elevado de todos os tempos, segundo dados da REN (Redes Energéticas Nacionais). Além do saldo positivo para a balança comercial, o ano de 2016 arrancou com condições favoráveis à produção renovável, com as afluências aos aproveitamentos hidroelétricos a ultrapassarem em 52% os valores normais para este mês, enquanto nas eólicas a produção ultrapassou em 19% os valores normais. Segundo dados da gestora da rede elétrica, a produção hídrica aumentou 100% para os 2.202 GWh em janeiro; enquanto a eólica subiu 33% para 1.416 GWh, em relação ao mesmo período do ano anterior. (Correio da Manhã – Portugal – 01.02.2016)

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4 Portugal: Temperaturas acima do normal afetam consumo de luz

O consumo de eletricidade caiu 6,4% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior, devido às temperaturas acima dos valores normais para a época do ano, segundo dados da REN (Redes Energéticos Nacionais). Segundo os dados da gestora da rede elétrica, o consumo de eletricidade no primeiro mês de 2016 ficou-se pelos 4.414 GWh, valor que compara com os 4.713 GWh consumidos no mesmo período de 2015, em que as temperaturas, ao contrário deste ano, tinham ficado abaixo do normal. (Correio da Manhã – Portugal – 01.02.2016)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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