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IFE: nº 4.026 - 02 de fevereiro de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Conta de luz fica mais barata a partir desta segunda-feira
2 Governo cria comitê técnico para eficiência energética
3 Geração distribuída ganha força na crise
4 Consumidores especiais não precisam mais instalar medidor adicional
5 Chega ao fim termo de compromisso para térmicas da Petrobras
6 Comissão da Câmara rejeita instalação gratuita de equipamentos nas redes de água e luz
7 Técnicos da Aneel querem manter multa à hidrelétrica de Belo Monte por atraso
8 Artigo de Washington Novaes: “Por que retroceder no campo de energias?”
9 Artigo de Adriano Pires: “O mercado de energia elétrica”

Empresas
1 Potencial da geração distribuída atrai investimentos de grandes empresas do setor elétrico
2 Apesar do alto custo para a instalação da energia distribuída, empresas do setor prometem facilitações
3 Abesco: mercado brasileiro de eficiência energética tem um potencial de R$ 60 bi
4 Abesco conversa com FGV, Centro de Estudos em Sustentabilidade, CBCS e CEBDS
5 Abengoa pede recuperação judicial no Brasil
6 Abengoa Bioenergia também é colocada em indisponibilidade
7 Consumo de energia elétrica da Light cai 0,2% em 2015
8 Eletrobras Amazonas Energia é multada em R$ 8,6 milhões por falhas em operação de equipamentos

9 CEEE-D executa reforços no sistema da capital gaúcha

10 CEEE-D corre para restabelecer sistema após temporal em Porto Alegre

11 Furnas reforça subestação para Olimpíada

12 Cemig e Unicamp desenvolvem software de gerenciamento de microGD à rede

13 Marcelo Braz é o novo gerente de vendas da área de energia da Pöyry no Brasil

14 Copel institui comercializadora de energia

15 Brasil Comercializadora faz leilão de venda de energia

16 Matrix Energia realiza leilão de compra de energia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Nível dos reservatórios no Nordeste triplica, mas ainda preocupa
3 Consumo de energia elétrica no país cai 2,1% em 2015

4 Ministério questiona informação de que apagões cresceram 23% no ano passado

5 Consumo nacional tem queda de 2,1% em 2015

6 UHE Itaipu bate recorde histórico de geração em janeiro

Energias Renováveis
1 Neoenergia e Iberdrola iniciam operação de 150MW eólicos no RN
2 Scatec Solar entra no mercado solar brasileiro
3 GE aposta na geração de biogás do esgoto

4 GE acredita em companhias de saneamento autossuficientes em calor e energia

5 Aneel libera para operação comercial 150 MW do complexo eólico Calango

6 Projetos fotovoltaicos leiloados iniciam construção só no final do ano

Gás e Termelétricas
1 Aneel prorroga operação de 1,6 mil MW térmicos até 2017

Economia Brasileira
1 Balança comercial registra primeiro superávit para janeiro em 5 anos
2 Exportações somam US$ 188,6 bi

3 Vendas para os EUA caíram 25%
4 Indústria brasileira diminui retração, mas está longe de se recuperar
5 Analistas veem tombo recorde de 8,2% da indústria em 2015
6 No ano passado, o desempenho do setor industrial foi o pior em 2 décadas, diz CNI
7 S&P volta a reduzir projeção para o PIB do Brasil e da AL
8 Inflação acelera em seis de sete capitais no fim de janeiro
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Tabelas de tarifas de energia na Argentina têm aumentos de até 700%
2 Depois da energia elétrica, governo argentino prepara reajuste de gás
3 Argentina importará GNL do Chile
4 Besalco recebe permissão para implantar parque eólico de 10 MW no Chile
5 Bolívia: Produção de gás alcançará 73 MMmcd/dia até 2020

6 Energia fotovoltaica cresce, mas não impressiona

Biblioteca Virtual do SEE
1 NOVAES, Washington. “Por que retroceder no campo de energias?”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 29 de janeiro de 2016.
2 PIRES, Adriano. “O mercado de energia elétrica”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 28 de janeiro de 2016.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Conta de luz fica mais barata a partir desta segunda-feira

Mais de um ano após o início da cobrança extra nas contas de luz, o consumidor respira aliviado: entra em vigor nesta segunda-feira o novo valor da bandeira vermelha, conforme informou a Aneel na sexta-feira. Agora, para cada 100 kWh consumidos, serão pagos R$ 3, em vez dos antigos R$ 4,50, cobrados desde agosto de 2015. A bandeira, porém, continua vermelha. O novo patamar foi estipulado pela Aneel na terça-feira, como resposta às chuvas do início do ano, que aumentaram o nível dos reservatórios das hidrelétricas do Sul e Sudeste, e possibilitaram o desligamento de termelétricas. Movidas a combustíveis como óleo e gás natual, essas usinas geram energia mais cara e foram ligadas para complementar as hidrelétricas em momentos de seca. Em uso desde o ano passado, são elas as responsáveis pela implantação da bandeira vernelha. A cada mês, as condições de operação do sistema são reavaliadas pelo ONS, que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. (O Globo – 01.02.2016)

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2 Governo cria comitê técnico para eficiência energética

O CNPE instituiu um comitê para propor estratégias de incentivo à conservação de energia. O chamado Comitê Técnico para Eficiência Energética será coordenado pelo MME e terá representantes de outros oito órgãos do governo. O comitê foi criado a partir de uma resolução do CNPE de dezembro de 2015 e aprovado em despacho da presidência da República no dia 01 de janeiro. O objetivo da medida é inserir a temática da eficiência no conjunto de políticas e ações de desenvolvimento sustentável do país. A agenda de reuniões ainda não foi divulgada. O grupo será composto por representantes dos ministérios de Ciência e Tecnologia e Inovação, Planejamento, Orçamento e Gestão, Fazenda, Meio Ambiente, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Transportes; da Casa Civil da Presidência da República; e do Fórum Nacional dos Secretários de Energia. O comitê poderá convidar para participar de reuniões e apresentar sugestões especialistas ou representantes de outros órgãos, entidades, da sociedade civil e de associações de classes. Segundo ressalva do CNPE, na resolução, as despesas dos membros serão custeadas pelos órgãos que representam. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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3 Geração distribuída ganha força na crise

Em tempos de crise, o aumento dos preços de energia e os receios de um racionamento de energia incentivaram o aumento da busca dos consumidores por serviços de eficiência energética e dos investimentos em geração distribuída. Em novembro, a Aneel publicou aprimoramentos na normativa que regula esse tipo de geração, o que deve dar mais força para as empresas do setor. Em 2015, as conexões em geração distribuída cresceram mais de quatro vezes, saindo de 424 para 1.731 clientes. A potência instalada dos projetos ainda é pequena, de 16,5 MW, mas a expectativa é de um crescimento mais acelerado a partir de agora. Apenas em novembro e dezembro do ano passado, mais de 700 clientes foram ligados ao sistema. Apesar do alto custo de instalação, a procura continua elevada, pois a economia gerada ajuda a financiar os investimentos. A eficiencia energética é outro serviço oferecido geralmente em conjunto com a instalação da geração distribuída. Conexões de geração distribuída cresceram mais de quatro vezes em 2015 e empresas veem manutenção do ritmo "A possibilidade de gerar sua própria energia está chamando a atenção das pessoas, o mercado está crescendo mais rápido", disse Adilson Liebsch, presidente da EBES, que atua no desenvolvimento, instalação e manutenção de projetos de energia solar. A geração distribuída permite que o consumidor troque energia com a concessionária de distribuição. O excedente da energia gerada é injetado no sistema em troca de uma remuneração. O ProGD, lançado em dezembro pelo Ministério de Minas e Energia, atualizou os valores da remuneração para R$ 454 por MWh para fonte solar e R$ 329 por MWh para cogeração a gás. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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4 Consumidores especiais não precisam mais instalar medidor adicional

Entrou em vigor no dia 01 de janeiro a Resolução Normativa 688/2015, que exime os novos consumidores especiais da obrigação de instalar um medidor de retaguarda. A medida foi aprovada em dezembro do ano passado para simplificar o processo de medição. Desde então, a CCEE tem realizado diversos estudos para garantir a segurança do sistema de medição para faturamento sem o medidor adicional. Para isso, a comercializadora fez adaptações no sistema de coleta de dados de energia nas últimas semanas e testou vários modelos de medidores para identificar possíveis compatibilizações com sua plataforma. Nesses estudos, a CCEE também analisou a possibilidade dos consumidores migrarem para o mercado livre com os medidores já instalados. Aqueles consumidores especiais que tiverem pontos de medição já cadastrados devem manter os medidores retaguarda. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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5 Chega ao fim termo de compromisso para térmicas da Petrobras

A Aneel oficializou o término do termo de compromisso firmado com a Petrobras em 2007 e prorrogado de 2012 que estabelecia cronograma para oferta de combustível para 22 termelétricas que somavam 6,7 mil MW. Segundo despacho da Aneel publicado no Diário Oficial em 29 de janeiro, a validade depende de publicação, pelo MME, de ato normativo que estabelece as garantias físicas dos empreendimentos. Em 2006, a Petrobras recebeu ordens do ONS para despacho térmico simultâneo por todas as térmicas, que não pôde ser atendida por falta de combustível para geração. Naquela época, os níveis dos reservatórios estavam em declínio por falta de chuvas, o que levou o operador a determinar o despacho térmico para poupar o armazenamento hidrelétrico. Em função do fato, a Aneel determinou a realização de testes que constataram a impossibilidade de geração em alguns casos e restrições para a operação à plena carga em outros. Na época 13 usinas foram testadas e ficou comprovado um déficit total de 3.624,55 MW médios. Mesmo com a restrição, as usinas eram consideradas totalmente aptas na formação do PLD, o que jogava o preço para baixo. A situação gerou atritos entre a agência reguladora e a Petrobrás. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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6 Comissão da Câmara rejeita instalação gratuita de equipamentos nas redes de água e luz

A CTASP rejeitou a instalação gratuita de equipamentos básicos para a inclusão de moradores nas redes de água e luz, medida prevista no Projeto de Lei 569/11, do deputado Welinton Prado (PT-MG). A proposta prevê instalação gratuita de equipamentos considerados "padrão de entrada simplificado". No caso da energia elétrica, esses equipamentos são a caixa de medição, o sistema de aterramento, condutores e outros acessórios indispensáveis para que a empresa concessionária possa interligar a residência à rede de distribuição de energia elétrica. O relator, deputado Laercio Oliveira (PR-SE) rejeitou a medida que, na sua avaliação, gera custos adicionais para as distribuidoras de energia e de saneamento, que podem ser repassados ao consumidor. Como teve pareceres divergentes nas duas comissões de análise de mérito, ou seja, foi aprovada na Comissão de Defesa do Consumidor e rejeitada na CTASP, a proposta perdeu o caráter conclusivo e será votada em Plenário. Antes, ainda será analisada pela CCJC. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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7 Técnicos da Aneel querem manter multa à hidrelétrica de Belo Monte por atraso

A área técnica da Aneel manteve a orientação de punir a hidrelétrica de Belo Monte por um atraso de um ano no cronograma, que previa início da operação em fevereiro de 2015, ante expectativa da Norte Energia, responsável pela usina, de iniciar a geração neste mês. O tema será levado para deliberação da diretoria colegiada da Aneel no dia 2 de janeiro, sendo que uma derrota poderá submeter a usina, que está em construção no Pará, a uma multa e à obrigação de comprar energia no mercado para compensar o que não foi entregue devido ao atraso. A companhia alegou ao regulador que houve demora na emissão de licenças ambientais para o empreendimento, além de decisões judiciais e manifestações de indígenas e grupos contrários a Belo Monte que paralisaram as obras por diversas vezes, caracterizando assim um caso "de força maior". Os técnicos da Aneel entenderam que os argumentos não apresentavam “fatos novos” ante um pleito anterior, que já havia negado à Norte Energia uma revisão do cronograma, segundo parecer publicado no site da Aneel. O atraso da hidrelétrica no Rio Xingu ocorre nas primeiras máquinas, do sítio Pimental, com 233 megawatts dos 11,2 mil megawatts totais. No sítio principal, chamado Belo Monte, o cronograma prevê início da operação a partir de março de 2016, prazo que a Norte Energia informou à Aneel que espera cumprir. O documento da Aneel não aponta o valor de uma eventual multa e nem os desembolsos que seriam necessários caso o consórcio tenha que compensar as distribuidoras que não receberam a energia de Belo Monte no período esperado. (O Globo – 01.02.2016)

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8 Artigo de Washington Novaes: “Por que retroceder no campo de energias?”

O jornalista Washington Novaes trata, em artigo publicado do jornal O Estado de São Paulo, dos vetos que a presidente fez ao Plano Pluriranual (PPA). “Os vetos dizem respeito às energias renováveis não hidráulicas e às energias alternativas. Não houve vetos para termoelétricas e hidrelétricas.” Novaes defende o uso “de sistemas e tecnologias para inserir a geração de energias renováveis na matriz elétrica brasileira”, exemplificando a importâncias das novas matrizes no cenário mundial. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.02.2016)


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9 Artigo de Adriano Pires: “O mercado de energia elétrica”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires fala sobre como o mercado de energia elétrica supostamente está sendo afetado pela regulação da Aneel nos últimos anos. “O conturbado contexto dos últimos anos deixou, em 2015, reflexos tanto do lado da oferta quanto do da demanda. O que amenizou e mascarou os reais problemas foram o fraco desempenho da economia e o tarifaço, que provocaram uma significativa redução do consumo de eletricidade.”, disse Pires. Segundo o autor, “a falta de sensibilidade e uma posição mais política da agência fizeram com que a Aneel não conseguisse estabelecer um trade-off entre a questão das tarifas, a regulação e a segurança no suprimento de energia”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 02.02.2016)

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Empresas

1 Potencial da geração distribuída atrai investimentos de grandes empresas do setor elétrico

Enxergando as mudanças no mercado e o potencial da geração distribuída, algumas grandes empresas do setor elétrico já começaram a investir na tecnologia e também em eficiência energética. É o caso da CPFL, que criou a CPFL Eficiência há um ano, com o objetivo para desenvolver soluções para a conservação da energia. De acordo com Luciano Goulart, diretor da empresa, o foco é identificar potenciais soluções para equipamentos e conservação de energia. Os esforços vão desde a troca das lâmpadas convencionais pelas de LED até a instalação de geradores a diesel ou gás. Para Gourlart, a regulamentação aprovada pela Aneel no fim do ano passado deve estimular os investimentos na geração distribuída de energia solar, outro serviço oferecido pela companhia, que tem o foco em clientes industriais, shoppings e universidades, entre outros. Como o momento econômico aumenta as restrições de caixa dos potenciais clientes, a CPFL Eficiência oferece modalidades de contratos que permitem investimentos com capital próprio da empresa e remuneração através dos ganhos financeiros obtidos com a economia de energia. Os projetos de energia solar fotovoltaica representam cerca de 80% dos 16,5 MW de potência instalada em geração distribuída até o fim do ano passado. A fonte biomassa representa 6% e o uso de gás responde por 5,7% do total. Além da energia solar, a microgeração a gás foi incluída nas recentes alterações, uma novidade importante, segundo José Eustáquio da Silva, sócio diretor da Union Rhac, empresa especializada na elaboração de projetos para sistemas de climatização e geração de energia elétrica a gás e biogás. Os aprimoramentos na regulamentação aprovados pela Aneel em novembro "vão ajudar a expandir muito a tecnologia", disse Eustáquio. Um dos pontos visto por ele com bons olhos é a possibilidade de você gerar energia em um lugar e compensar na conta em outro endereço, desde que fiquem dentro da mesma área de concessão. "Na regulamentação anterior, havia um grupo de clientes sem acesso a geração distribuída, o grupo dos 'sem telhado'. Com a possibilidade de geração remota, eles podem criar estruturas que tenham um centro de geração que permita gerar excedentes de energia que compensem as despesas no outro endereço", disse Liebsch. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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2 Apesar do alto custo para a instalação da energia distribuída, empresas do setor prometem facilitações

A mudança no valor de referência (VR) da remuneração pelos projetos de geração distribuída foi considerada um avanço para Mikio Kawai, sócio¬diretor da Safira Energia. "A fotovoltaica ficou muito mais atrativa. Isso ajuda, mas não é o avanço que a gente necessita", afirmou, defendendo uma mudança nas regras para que o consumidor possa vender a energia gerada em sua casa para a distribuidora. Apesar dos custos altos da instalação das novas tecnologias, as empresas voltadas para o setor prometem facilitações. A EBES, por exemplo, também aluga os equipamentos. No caso da compra, Liebsch diz que "em quatro ou cinco anos já há o retorno do investimento com a economia obtida". O câmbio é outro obstáculo. No caso da Union Rhac, a moeda americana influencia também no preço do gás importado. Para Eustáquio, porém, a queda do preço do petróleo deve ajudar na composição do custo do gás. Os aprimoramentos da geração distribuída andam ainda junto da expansão das redes inteligentes ("smart grids"). Segundo a CPFL, para que a geração distribuída seja viável, necessita da tecnologia. "Quando o cliente quer instalar uma placa solar na sua casa, comércio ou indústria, ele precisa solicitar um parecer de acesso à distribuidora. A distribuidora analisa o pedido e, quando aprovado o parecer, vai à casa do cliente e instala o medidor bidirecional. Com isso, o cliente consegue efetuar a compensação entre o que ele compra de energia da distribuidora e o que ele gera e devolve pra rede", informou a CPFL. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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3 Abesco: mercado brasileiro de eficiência energética tem um potencial de R$ 60 bi

O mercado brasileiro de eficiência energética tem um potencial estimado de negócios que pode superar R$ 60 bi, segundo cálculo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco). Porém, para que isso se transforme em investimentos concretos, a Abesco tem realizado reuniões com diversas entidades na busca por fontes de financiamento para o setor. A reunião mais recente foi com a Federação Brasileira de Bancos, que contou com a presença do diretor de Relações Institucionais da Febraban, Mario Sergio Vasconcelos. Segundo Rodrigo Aguiar, diretor Financeiro da Abesco, existem muitos paradigmas que precisam ser quebrados dentro do segmento bancário privado com relação eficiência energética. Aguiar contou que a reunião foi positiva. Ele acredita que novas linhas de financiamento podem ser apresentadas ainda neste ano. Atualmente, a principal fonte de financiamento para eficiência energética vem do BNDES. O banco de fomento hoje dispõe de três linhas de empréstimos para o segmento, sendo que o Proesco é a principal. De acordo com Aguiar, a mudança no Proesco é fruto de conversas da associação com o banco. "O Proesco era uma linha muito burocrática e com as mudanças que aconteceram ela ficou mais leve e esperamos que menos complexa." Além disso, o banco disponibiliza outras duas linhas: PME e Soluções Tecnológicas, que, segundo Aguiar, também são muito atrativas. "Já existe uma porta entreaberta para se iniciar financiamento de projetos de eficiência energética, mas o mais importante é que junto com isso os bancos privados também se engajem", disse. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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4 Abesco conversa com FGV, Centro de Estudos em Sustentabilidade, CBCS e CEBDS

A Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), cujo principal objetivo é fomentar o mercado de eficiência energética no país, também está conversando com agências estaduais de fomento e com o Sebrae. No caso da parceria como Sebrae, a intenção é conscientizar as pequenas e médias empresas sobre a importância do uso eficiente de energia elétrica. A Abesco também realizará reuniões com a FGV, o Centro de Estudos em Sustentabilidade, o Centro Brasileiro de Construção Sustentável e o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável. Os R$ 60 bi estimados pela associação são resultados de uma conta que considera o consumo nacional anual de 2015, um percentual mínimo de economia de energia por segmento de consumo, multiplicado pela tarifa média do cliente final. A Abesco estima que o desperdício de energia seja de 50 TWh ano e que só com ações de eficiência energética esse quadro pode ser revertido. Ainda segundo a associação, apenas 20% das ações de eficiência energética são resultado da mudança de hábitos de consumo. O restante requer investimentos em novos equipamentos e processos. Além da econômica dos custos com energia, há também benefícios ambientais e operacionais para o setor elétrico como um todo. "Sabemos que existe um desperdício muito grande no nosso país e existe um potencial muito grande para acabar com esse desperdício. Estamos falando de forma conservadora em um volume de negócios de R$ 60 bilhões", disse Aguiar. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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5 Abengoa pede recuperação judicial no Brasil

A Abengoa entrou com pedido de recuperação judicial no Brasil. O pedido foi registrado na 6ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro por três empresas do grupo, Abengoa Construção Brasil, Abengoa Concessões Brasil Holding e Abengoa Greenfield Brasil Holding. A companhia contratou o escritório de advocacia Barbosa Müssnich Aragão para cuidar do pedido de recuperação judicial. Em dezembro, a Fitch rebaixou o rating nacional de longo prazo da Abengoa Concessões de CC(bra) para RD(bra). O rebaixamento foi dado após a companhia não ter honrado com garantias para pagamento de R$ 3 mi de juros e principal de Cédulas de Crédito Bancário da controlada Abengoa Construção. A crise da Abengoa teve início com o pedido feito pela matriz espanhola de pedido de proteção contra credores, dispositivo semelhante à recuperação judicial, amparada pela Lei de Insolvência na Espanha, após a companhia de investimentos espanhola Gonvarri cancelar um plano de cerca de US$ 376 mi, que seriam injetados na empresa. A Abengoa anunciou também que deixou de pagar uma série de emissão estimadas em € 750 mi, em commercial papers. A proteção garante um período de até quatro meses de negociação das dívidas com os credores antes de qualquer medida que possa levar a companhia à falência. A Abengoa deve ficar sem aporte de recursos estimados em R$ 400 mi até 2020 da holding espanhola para cumprir com obrigações no Brasil. Sob sua responsabilidade está a construção de 5.786 km de linhas no país, que integram o sistema de escoamento de energia de grandes hidrelétricas, como Belo Monte (11.233 MW), Teles Pires (1.820 MW), Jirau (3.750 MW) e Santo Antonio (3.568 MW). Além da Abengoa, no setor elétrico encontram-se em recuperação judicial as empresas Eneva e a Impsa. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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6 Abengoa Bioenergia também é colocada em indisponibilidade

Outro braço da Abengoa, o de bioenergia, também encontra-se em dificuldades. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo colocou os ativos da Abengoa Bioenergia em indisponibilidade, em dezembro, proibindo-a de enviar dinheiro ao exterior, alienar imóveis e veículos e até mesmo de alterar seu controle acionário. A decisão havia sido tomada em função dos indícios de “possível encerramento das atividades [da Abengoa no Brasil] em detrimento do pagamento dos credores”, segundo o órgão. No início do ano, a Abengoa Bioenergia conseguiu derrubar parcialmente a liminar que colocava os ativos da companhia em indisponibilidade, permitindo-a movimentar suas aplicações financeiras e acessar seu fluxo de caixa para o cumprimento de obrigações cotidianas. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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7 Consumo de energia elétrica da Light cai 0,2% em 2015

O consumo total de energia elétrica na área de concessão da Light em 2015 foi de 26.446 GWh, 0,2% menor em relação ao consumo apresentado no ano anterior. A queda foi puxada pelo setor industrial que registrou a maior retração no período (8,7%). Segundo prévia operacional divulgada pela companhia, a classe residencial teve uma queda de 1,9% no mercado cativo. Já as classes comercial e outros registraram alta de 1,6% e 1% no consumo, respectivamente. O volume de energia comercializada no último trimestre de 2015 totalizou 999,7 GWh, 11,2% abaixo dos 1.125,2 GWh comercializados no memso período do ano passado. No acumulado do ano, a comercialização de energia somou 4.109,1 GWh, 9,3% abaixo dos 4.532,4 GWh comercializados em igual período de 2014. De acordo com a companhia, a capacidade instalada de geração caiu 3,5% na comparação anual, a capacidade era de 971 MW no quarto trimestre de 2014 e passou para 937 MW um ano depois. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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8 Eletrobras Amazonas Energia é multada em R$ 8,6 milhões por falhas em operação de equipamentos

A Eletrobras Amazonas Energia (AM) foi multada em R$ 8.681.753,55 pela Aneel . O valor do auto de infração corresponde a soma de três multas aplicadas por falhas na operação e manutenção de instalações e equipamentos, no caso a Subestação Manaus. A multa veio após fiscalização realizada em maio de 2013. Apesar da tentativa de recurso, a concessionária não conseguiu trazer fatos novos que a liberassem do pagamento da multa. Havia uma dúvida quanto a dosimetria da multa. Já a Chesf conseguiu reduzir para R$ 6.695.154,08 multa de R$ 16.285.856.22 aplicada por registro de irregularidades consideradas graves nas usinas da geradora. Fiscalização em agosto, setembro e outubro de 2011 nas usinas de Paulo Afonso IV, Apolônio Sales, Xingó, Paulo Afonso I, II e III, Luiz Gonzaga e Sobradinho constatou falhas na segurança patrimonial, invasão de áreas pela população local, facilidade de acesso à área próxima ao vertedouro, captação irregular de água pela população na área do reservatório, construções irregulares na crista da barragem e existência de animais circulando livremente na área de segurança. A empresa recorreu alegando estar buscando soluções para os problemas. A Aneel entendeu que após a notificação, a Chesf tem atuado para sanar os problemas nas usinas e que a correção deles já havia sido iniciada. Isso fez com que a agência reguladora recalculasse a multa para R$ 6,6 mi. A Aneel negou provimento ao recurso interposto pela Coelce e manteve a multa de R$ 843.235,69 aplicada em maio de 2013 por irregularidades no programa Coelce Plus. O programa realizava serviços de engenharia e instalações elétricas. A concessionária não forneceu informações para a equipe de fiscalização da Aneel sobre o contrato Social da EN Brasil Comércio e Serviços Ltda, uma empresa do Grupo Endesa. A distribuidora também manteve com a empresa EN Brasil, segundo a agência, associação para a prática de atividades estranhas à concessão, violando a cláusula do contrato de concessão. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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9 CEEE-D executa reforços no sistema da capital gaúcha

A CEEE-D (RS) finalizou uma obra de reforço do sistema de energia elétrica na zona leste de Porto Alegre. No projeto de melhoria e modernização de um dos alimentadores ligados à Subestação Porto Alegre 3, foram substituídos 57 postes e instalados três quilômetros de rede compacta e protegida, que oferece maior confiabilidade ao sistema. Esse empreendimento, que recebeu um investimento de R$ 650 mil, beneficia aproximadamente 50 mil pessoas dos bairros Partenon, Santana, Santo Antônio e região. O trabalho foi realizado nas ruas Guilherme Schell e Avenidas Bento Gonçalves e Salvador França. A ação integra o plano de expansão e melhorias do sistema da Regional Metropolitana da empresa que, ao longo de 2015, realizou 516 obras num total de R$ 18 mi em recursos aplicados nessas ações, cujo objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente e garantir sua satisfação. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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10 CEEE-D corre para restabelecer sistema após temporal em Porto Alegre

Após o temporal que arrasou diversos bairros de Porto Alegre, as equipes da CEEE-D (RS) mantêm o ritmo de trabalho para restabelecer os 36 mil clientes que ainda estão sem energia. Desse total, 20 mil se concentram em Porto Alegre e 14,5 mil estão sem luz desde o temporal da última sexta-feira, 29 de janeiro. Num primeiro momento, 450 mil unidades consumidoras tiveram o fornecimento suspenso. O principal desafio para a reconstrução das redes é a remoção das árvores, que além de arrebentar os fios de energia, obstruem o trânsito e impedem as equipes de acessarem os locais em que são registradas interrupções no fornecimento. Além de galhos e árvores que caíram sobre a rede elétrica, objetos metálicos, placas e telhas também foram arremessadas pelo vento contra os cabos e equipamentos da CEEE. A Subestação Porto Alegre 4, teve equipamentos danificados por esse motivo e ficou fora de operação até que fosse reparada. Já a Subestação Porto Alegre 5 teve um cabo de cobertura rompido, também ficando sem operar. A violência do evento climático rompeu ainda cabos de fibra ótica do provedor de dados da companhia, interrompendo o serviço de informação de falta de luz por torpedo até as 17 horas de sábado, 30. Equipes da empresa responsável pelo provedor e da área de telecomunicações da CEEE trabalharam por 17 horas para solucionar o dano e restabelecer este formato de contato com a Empresa. Em menos de dez km/h. minutos, mais de 700 mensagens foram registradas. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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11 Furnas reforça subestação para Olimpíada

A Subestação São José, localizada no município de Belfort Roxo-RJ, está recebendo novos bancos de transformadores e sistemas de proteção, automação e controle. Os reforços visam incrementar ainda mais a confiabilidade do sistema de Furnas para os Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com Cristiano Dias de Oliveira, da Divisão de Manutenção Eletromecânica Nova Iguaçu, três novos transformadores deverão entrar em operação até maio. Segundo ele, a empresa está em dia com o cronograma estabelecido. A entrada dos três novos equipamentos e a modernização do sistema de proteção fazem parte do programa de investimento de Furnas em São José, que é uma das unidades estratégicas da empresa para o período olímpico. As subestações de Adrianópolis, Jacarepaguá e Grajaú, também importantes para o sistema de transmissão e suprimento da região metropolitana do Rio de Janeiro estão incluídas neste programa. Inaugurada em novembro de 1991, a subestação São José tem uma capacidade de transformação de 2.400 MVA e foi a primeira unidade de Furnas a contar com cabo de fibra óptica em linha de transmissão para apoio às telecomunicações. Duas linhas de 500 kV chegam a São José partindo das subestações de Adrianópolis e de Angra dos Reis. Da subestação saem 14 linhas de 138 kV que alimentam as distribuidoras Ampla e Light, responsáveis pela entrega da energia para os ramais de Cascadura, Cordovil, Triagem, Vilar dos Teles, Usina da Ilha dos Pombos e os municípios fluminenses de Caxias e Magé. Concluído o programa de investimento a Subestação São José contará com sete transformadores novos, incluindo mais uma unidade reserva adicional. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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12 Cemig e Unicamp desenvolvem software de gerenciamento de microGD à rede

A Cemig e a Unicamp desenvolveram um software criado para avaliar a inserção de consumidores que dispõem de mini e microgeração em redes de energia da elétrica. A empresa, por meio da subsidiária Axxiom, e a universidade criaram o sistema SisGD, que opera em ambiente web, disponibilizado por meio da intranet e integrado aos sistemas corporativos de gerenciamento de redes da estatal mineira. O estado encerrou 2015 com 333 micro e minigeradores ligados à rede. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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13 Marcelo Braz é o novo gerente de vendas da área de energia da Pöyry no Brasil

A Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, anunciou o nome de Marcelo Braz como novo gerente de vendas da área de Energia no Brasil. Formado em engenharia elétrica pela UFMG e pós-graduado em administração de marketing pela Unisinos, Braz tem estudos na USP, em energia distribuída e cogeração, e na UNC-Fläger-Hill, University of North Carolina, nos EUA. Com mais de 30 anos de experiência na área comercial e em gestão, o novo executivo trabalhou nas empresas GE, com atuação na América Latina, no segmento de termoelétricas, e na ABB, onde foi responsável pela abertura de novos mercados na América Latina, África e Oriente Médio, além da gestão de contratos de hidroelétricas, contratos comercias de plantas para off-shore e cogeração no segmento sucroalcooleiro. Recentemente atuou na gestão de unidade de negócios na Sotreq, Dealer Caterpillar, e também em consultoria empresarial para energia eólica e no desenvolvendo de projetos de energia solar fotovoltaica. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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14 Copel institui comercializadora de energia

O conselho de administração da Copel aprovou a instituição de uma comercializadora de energia, informou a companhia na semana passada. Segundo a estatal paranaense, o objetivo é "melhorar a eficiência, permitindo maior agilidade e flexibilidade na comercialização de energia". (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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15 Brasil Comercializadora faz leilão de venda de energia

A Brasil Comercializadora de Energia vai realizar um leilão de venda de energia. Segundo o edital da empresa, serão contratados três produtos, com duração de fornecimento entre um ano e dois anos. Os consumidores terão direito de optar pela compra de energia convencional ou incentivada, cuja decisão será informada à comercializadora. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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16 Matrix Energia realiza leilão de compra de energia

A Matrix Energia vai realizar na próxima quinta-feira (4/2) um leilão de compra de energia para contratação em diferentes períodos, todos eles de fontes convencionais. A comercializadora pretende adquirir cinco produtos, cujos contratos possuem variação entre três meses e dois anos. A adesão deve ser feita até a próxima quarta-feira (3/2). (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

A usina de Furnas, que no fim de janeiro de 2015 tinha 9,46% de volume, um ano depois está com 50,2%. No Norte, os reservatórios em janeiro marcaram 30,3% de volume armazenado, abaixo dos 34,70% apurados no mesmo período de 2015. A região em 2014 tinha uma situação bem mais confortável, com 60,8% da capacidade. A energia armazenada é de 4.562 MW mês e a ENA chega a 13.522 MW médios, o correspondente a 46% da MLT. A usina de Tucuruí está com volume de 36,5%. Em 2015 o valor ao fim de janeiro era de 32,05%. A região Sul, que vem sofrendo com intensos temporais, termina janeiro de 2016 operando com 93,1% da sua capacidade. O resultado dos últimos anos mostra um movimento contrário ao de queda mostrado nas outras regiões. Em 2013, os níveis estavam em 43,77%. Em 2014, subiram para 57,60% e no ano seguinte, chegaram a 59,41%. Em 2016, veio a explosão para o patamar acima de 90%. A energia armazenada é de 18.577 MW mês e a ENA é de 11.288 MW med, o mesmo que 138% da MLT. A usina de Passo Real está com 88,26%. No mesmo período do ano passado, o reservatório da usina estava com 58,97%. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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2 Nível dos reservatórios no Nordeste triplica, mas ainda preocupa

O nível de água conversível em energia armazenada nos reservatórios da região Nordeste mais do que triplicou durante o mês de janeiro. Dados do ONS apontam que a EAR, no Nordeste, subiu do nível de 5,15% registrado em dezembro para 17,58% no dia 31 de janeiro. Embora a recuperação dos reservatórios seja expressiva, uma tendência já esperada para o chamado período de chuva, entre novembro e abril, a situação dos reservatórios no Nordeste ainda é preocupante. Em janeiro de 2014, por exemplo, os reservatórios haviam terminado o primeiro mês do ano com o equivalente a 42,62% de energia armazenada. Em 2015, com o agravamento da crise hídrica, o número já havia caído para 16,41% ao final de janeiro, patamar semelhante ao registrado neste ano. A recuperação do nível de água nos reservatórios do Nordeste reflete a situação de Sobradinho. O reservatório, que chegou a atingir 2,06% do volume útil no início deste mês, estava em 7,67% no dia 28 de fevereiro, último dado disponibilizado pelo ONS. A situação dos reservatórios no submercado Sudeste/Centro-Oeste, região responsável por 70% da capacidade de armazenamento de água do País, também apresentou recuperação expressiva no decorrer de janeiro. O indicador de energia armazenada, que estava em 29,82% em dezembro, subiu para 44,43% no dia 31 de janeiro. O número supera os 16,84% registrados no primeiro mês de 2015 e os 40,28% de janeiro do ano anterior. Na região Norte, o indicador de energia armazenada subiu de 15,38% em dezembro para 30,33% ontem. O número, apesar da recuperação, ainda é inferior aos 34,70% de janeiro de 2015. Na comparação com janeiro de 2014, os reservatórios apresentam queda pela metade, ante os 60,75% de dois anos atrás. (O Estado de São Paulo – 01.01.2016)

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3 Consumo de energia elétrica no país cai 2,1% em 2015

O consumo nacional de eletricidade atingiu 464.682 gGWh em 2015, 2,1% abaixo do observado em 2014 (474.823 GWh), segundo a EPE, que anunciou a mais recente edição da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. Segundo a empresa, em dezembro de 2015 o consumo também caiu, para 38.696 GWh, 2,9% abaixo de dezembro de 2014. Segundo a EPE, a retração foi puxada principalmente pelo recuo expressivo na demanda do setor industrial, de 5,3% em 2015, totalizando 169.574 GWh ¬ a mais expressiva queda entre os setores analisados. Somente em dezembro, o consumo industrial caiu 8,4% ante dezembro de 2014, para 13.423 GWh, também a queda mais intensa entre os setores analisados pela EPE. A empresa chama atenção para o fato de que o recuo de 9.532 GWh no consumo de 2015 equivale à potência de uma usina hidrelétrica de 2.200 MW de capacidade instalada. Na análise da EPE, a retração do consumo industrial em 2015 foi generalizada, em 12 dos 13 segmentos pesquisados, com destaque para metalurgia, ramo industrial que mais demanda energia no País, com queda de 12,5% em 2015 ante o ano anterior. Esse cenário, segundo EPE, confirma o desenho do setor delineado pela produção industrial, ilustrado pela pesquisa de produção industrial do IBGE de dezembro, que exibiu queda acumulada de janeiro a novembro de 8,1%, notou a EPE. O consumo residencial também caiu, em 0,7% entre 2014 e 2015, para 131.315 GWh. Somente em dezembro, a demanda nessa área caiu 0,3%, para 11.128 GWh. Essa foi primeira vez, depois do racionamento de 2001, que o consumo médio nas residências brasileiras registrou retração, segundo a EPE. (Valor Econômico – 02.02.2016)

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4 Ministério questiona informação de que apagões cresceram 23% no ano passado

O MME questionou a informação de que os apagões cresceram 23% no ano passado, porque o dado não desconsidera o aprimoramento da análise. Os dados da reportagem foram apresentados conforme constam na página 24 do boletim do MME, com o devido destaque. Segundo o ministério, se descontarmos os dados de ocorrências nos sistemas isolados e recém-conectados, foram apresentadas 81 ocorrências em todo o ano de 2015. Dessa forma, em comparação às 78 ocorrências registradas em 2014 (que também não trazem dados dos sistemas isolados), a elevação das ocorrências é de 3,84%. Para o volume de carga interrompida, pelo mesmo critério, houve aumento de 2,36%, segundo ministério. A reportagem informa que, mesmo desconsiderados esses mercados, havia aumento dos apagões. "Reforçamos que em 2015 foi aprimorado o processo de análise de ocorrências dos sistemas isolados pela Secretaria de Energia Elétrica, inclusive com maior disponibilidade de informações consolidadas das ocorrências", informou o MME por meio de nota. (O Globo – 01.02.2106)

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5 Consumo nacional tem queda de 2,1% em 2015

O consumo nacional de energia fechou 2015 com queda de 2,1%, para 464,7 mil GWh, na comparação com o registrado em 2014. Segundo dados da EPE divulgados nesta segunda-feira (1º/2), o resultado foi pressionado pelo recuo do consumo especialmente do segmento industrial, impactado pelo cenário de retração econômica do país. As indústrias caíram 5,3%, para 169,5 mil GWh. A classe apresentou quedas mensais ao longo de todo o ano, porém no último trimestre o recuo chegou a 7,7% na comparação anual. O maior do ano e o mais forte já verificado para este período desde o início dos registros, em 2004, como ressaltado pelo operador. O setor residencial também apresentou resultado desfavorável, principalmente em razão da alta nas tarifas. Foram 131,1 mil GWh de consumo, o que representa queda de 0,7%. Na contramão, o segmento comercial registrou crescimento de 0,6%, para 90,3 mil GWh. Entre as regiões, a maior variação negativa ficou com o Sudeste e Sul, ambos com queda de 3,3%, para 242,5 mil GWh e 84,8 mil GWh, respectivamente. O consumo do Nordeste caiu 0,9%, para 80,7 mil GWh. Já o Norte e Centro-Oeste verificaram alta de 3,3% e 0,8% e fecharam o ano, respectivamente, em 32,3 mil GWh e 34,3 mil GWh. Apenas em dezembro de 2015, os valores foram 8,4% menores para as indústrias, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A classe residencial fechou o período com queda de 0,3%, enquanto o comércio observou redução de 0,2%. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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6 UHE Itaipu bate recorde histórico de geração em janeiro

A hidrelétrica Itaipu, no Rio Paraná (PR), bateu o recorde histórico de geração de energia em janeiro de 2016, produzindo quase 8,5 milhões de MWh. O volume é 1% superior ao registrado no recorde anterior, de janeiro de 2012, quando a usina gerou 8,4 milhões de MWh. Para 2016, a meta é produzir pelo menos 90 milhões de MWh, volume que a UHE Itaipu não conseguiu atingir nos últimos dois anos. Mesmo gerando abaixo desse patamar em 2015, a usina voltou a liderar a produção de energia global, superando a UHE Três Gargantas, na China. Com o intuito de elevar a produção da usina, a diretoria da Itaipu Binacional definiu um plano de ação para aumentar a eficiência operacional. “O conjunto de ações trabalha com uma boa coordenação entre a Itaipu e seus parceiros na cadeia de suprimento, como a Ande (estatal paraguaia), Furnas, Copel, Eletrobras e ONS”, afirmou o superintendente de Operação da empresa, Celso Torino. Além disso, as boas condições de geração trazidas pelo El Niño e a alta demanda devem garantir um resultado positivo também em fevereiro, segundo o diretor Técnico Executivo da Itaipu Binacional, Airton Dipp. A usina também registrou em janeiro volumes diários de geração bem acima do normal, contribuindo com até 320 mil MWh/dia para o sistema elétrico interligado de Brasil e Paraguai. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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Energias Renováveis

1 Neoenergia e Iberdrola iniciam operação de 150MW eólicos no RN

A Neoenergia e Iberdrola colocaram em operação comercial 150 MW eólicos na cidade de Bodó-RN. O complexo é composto por 75 aerogeradores, de 2 MW cada, da fabricante Gamesa, e recebeu aval da Aneel nesta segunda-feira (1º/2). A Iberdrola é sócia controladora da Neoenergia. Os parques Calango 1, 2, 3, 4 e 5, com 15 unidades geradoras cada, conectadas à subestação Lagoa Nova II (69 kV), estavam em testes desde dezembro do ano passado. As usinas, porém, tiveram as obras iniciadas em 2012. Os projetos foram negociados pelas empresas no leilão de fontes alternativas, de agosto de 2010. O consórcio é formado com 50% de participação de cada companhia. Além do empreendimento, a Aneel liberou a plena operação da usina Ventos de Santa Joana VII (28,9 MW), situada no município de Simões-PI. São 17 aerogeradores GE, do modelo 1.7-100. O parque é do consórcio formado pela Chesf (49%), Contour Global (46%) e Salus – Fundo de Investimento (5%). A eólica Itarema II (27 MW) também poderá iniciar as atividades da primeira unidade geradora, porém em regime de testes. A usina está localizada na cidade de Itamera-CE, e tem ao todo nove aerogeradores Acciona, de 3 MW cada. O parque tem previsão para entrar em operação comercial em março deste ano, segundo fiscalização da Aneel. Ele faz parte do complexo Itarema (207 MW – CE), da Rio Energy Fundo de Investimento. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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2 Scatec Solar entra no mercado solar brasileiro

A norueguesa Scatec Solar entrará no mercado solar brasileiro com a aquisição de 70% dos projetos Sertão I e Sobral I, comercializados no leilão de energia de reserva de agosto do ano passado. A vendedora original das usinas, a Gransolar, terá 30% de participação nos projetos. O projeto, localizado no Piauí, demandará investimentos de R$ 418 mi e deve gerar uma receita anual de R$ 55 mi. As usinas somam 78 MW de capacidade instalada, segundo comunicado da Scatec, embora em leilão tenham sido negociadas com 30 MW de potência, cada. A previsão é que a construção das usinas seja iniciada no primeiro trimestre de 2017, sendo que a entrada em operação está prevista para agosto do mesmo ano. A Scatec Solar atua no desenvolvimento e operação de usinas solares, já tendo instalado cerca de 600 MW em projetos. Atualmente, a companhia opera usinas na República Tcheca, África do Sul, EUA, Ruanda e Honduras, além de ter projetos em construção na Jordânia. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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3 GE aposta na geração de biogás do esgoto

A GE está em negociação com grandes companhias estaduais de saneamento e concessionárias privadas para implantar no Brasil sistemas integrados de geração de biogás, a partir do tratamento de esgoto, para aproveitamento em cogeração de energia. Segundo o gerente de vendas da GE, Marcus Vallero, até o final do primeiro semestre pelo menos um grande negócio deve ser fechado na área, a se guiar pelas conversações adiantadas. O sistema integrado foi possível depois que o grupo americano adquiriu em meados de 2014 a empresa inglesa Monsal, responsável pelo desenvolvimento e implantação de uma tecnologia de digestão anaeróbica avançada de lodos de estações de tratamento de esgotos/efluentes e de resíduos sólidos. Esse processo gera biogás que pode ser aproveitado para gerar energia em motogeradores Jenbacher da GE Power, que geram eletricidade e vapor com os gases de combustão. A tecnologia de digestão anaeróbica está na divisão GE Water, que pode ainda, por meio de tecnologias de membranas de filtração, também fornecer sistemas para transformar o esgoto em água de reuso, o que já foi feito em estações de tratamento no Brasil, como em Campinas e Campos do Jordão, em São Paulo.

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4 GE acredita em companhias de saneamento autossuficientes em calor e energia

A GE está em negociação com grandes companhias estaduais de saneamento e concessionárias privadas para implantar no Brasil sistemas integrados de geração de biogás, a partir do tratamento de esgoto, para aproveitamento em cogeração de energia. O propósito da GE, explica o gerente de vendas da GE, Marcus Vallero, é fazer com que as companhias de saneamento se tornem autossuficientes em calor e energia, a um custo operacional baixo, tendo em vista que o processo de geração de biogás também consome muito pouca energia, pois usa uma fração do biogás gerado para fazer a mistura dos lodos no tanque da digestão. Além disso, há a possibilidade de incluir na planta uma etapa que permite que resíduos sólidos orgânicos, como os provenientes de centrais de abastecimentos de alimentos (Ceasas), sejam também digeridos nos tanques de tratamento para gerar mais biogás. Com esse perfil, chamado pela GE de co-digestão, há uma geração elevada de energia, que pode ser conectada à rede para venda. De acordo com o gerente, há várias dessas plantas instaladas recentemente nos Estados Unidos pela GE. Segundo Vallero, os negócios no Brasil podem ser feitos em retrofits de estações de tratamento com digestores anaeróbicos existentes ou em obras novas. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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5 Aneel libera para operação comercial 150 MW do complexo eólico Calango

A Aneel autorizou nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, o início da operação comercial de eólicas no complexo eólico Calango, no RN. São 150 MW nas eólicas Calango 1, 2, 3, 4 e 5. Cada parque tem 15 unidades geradoras de 2 MW cada. Na EOL Itarema II, na cidade de mesmo nome, no Ceará, a Aneel liberou a UG 1, de 3 MW. Já na EOL Ventos de Santa Joana VII, que fica em Simões-PI, o aval foi para 17 unidades de 1,7 MW que somam 28,9 MW. A Aneel também prorrogou até o próximo dia 31 de janeiro de 2017, a operação comercial de termelétricas no Nordeste. As autorizadas foram as usinas Termoparaíba (170,8 MW), Termonordeste (170,8 MW) e Campina Grande (169,08 MW), na PB; Termomanaus (143 MW) e Pau Ferro I (94,08 M W), em PE; Potiguar (53,1 MW) e Potiguar III (66,4 MW), no RN; Global I (148,8 MW) e Global II (148,8 MW), na BA; Geramar I (165,8 MW) e Geramar II (165,8 MW), no MA; Viana (174,6 MW), no ES e Maracanaú (168 MW), no CE. (Agência CanalEnergia – 01.02.2016)

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6 Projetos fotovoltaicos leiloados iniciam construção só no final do ano

Boa parte dos 1.172 MW em empreendimentos fotovoltaicos centralizados que foram negociados nos leilões de energia promovidos pelo governo, entre 2014 e 2015, só vai começar a sair do papel no final deste ano, para entrar em operação em agosto e outubro de 2017, respectivamente. Relatório de fiscalização da Aneel, datado de janeiro último, enquadrou todas as 41 usinas na classificação de viabilidade amarela. Ou seja, obras não iniciadas ou com licenciamento ambiental não finalizado, não havendo, porém, impedimentos para implantação, mas com restrições que podem atrasar o cronograma. “Esses projetos só vão mudar para cor verde, no critério da Aneel, quando o processo de implantação for iniciado efetivamente”, explica o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia. Esse panorama, explica o dirigente, está absolutamente normal e seria uma exceção se algum empreendimento já tivesse com obras iniciadas. Não só porque as principais etapas do cronograma de construção, na maioria dos casos, podem ser concluídas em apenas seis meses, mas principalmente devido à curva de aprendizado dos empreendedores locais. Vários deles se associaram a empresas estrangeiras para poder absorver o know how necessário. Por isso, em futuro próximo é até provável que o tempo de execução possa ser até encurtado. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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Gás e Termoelétricas

1 Aneel prorroga operação de 1,6 mil MW térmicos até 2017

A Aneel decidiu prorrogar, mais uma vez, a operação comercial das termelétricas a diesel e óleo combustível que vem sendo ativadas para garantir a segurança do abastecimento. Cerca de 1.690,5 MW vão continuar no sistema até 31 de janeiro de 2017, enquanto o governo avalia a desativação de novas usinas mais caras. A medida foi divulgada pela agência nesta segunda-feira (1º/2). Entre os empreendimentos, estão a Termonordeste (170,8 MW – PB), Termomanaus (143 MW – PE), Termoparaíba (170,8 MW – PB), Viana (174,6 MW – ES), Geremar I e II (165 MW cada – MA), Global I e II (148,8 MW cada – BA), Maracanaú I (168 MW – CE), Campina Grande (169 MW – PB), Potiguar (53,1 MW – RN), Potiguar III (66,4 MW – RN) e Pau Ferro I (94 MW – PE). (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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Economia Brasileira

1 Balança comercial registra primeiro superávit para janeiro em 5 anos

A balança comercial brasileira apresentou em janeiro um saldo positivo de US$ 923 mi, o primeiro superávit para o mês em cinco anos e o melhor resultado desde 2007, quando o saldo foi positivo em US$ 2,5 bi. Em janeiro do ano passado, o resultado era deficitário em US$ 3,170 bi. A expectativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) é chegar ao fim de 2016 com um superávit de US$ 35 bi. Os superávits observados nos últimos meses não são reflexo de um aumento nas exportações do país. O que tem se observado, na verdade, é uma queda mais acentuada nas importações, em razão da desvalorização do real frente ao dólar, do que o recuo observado nas vendas ao exterior. Em janeiro, por exemplo, as exportações caíram 13,8% na comparação com 2015, totalizando US$ 11,246 bi. Já as importações registraram uma queda de 35,8%, um total de US$ 10,323 bi. — Apesar de ter queda dos dois fluxos comerciais, são causados por motivos distintos. Exportação é uma redução de preço, enquanto as quantidades sobem. Nas importações, isso está ligado a câmbio, é esperado que isso aconteça e também à atividade interna, há uma menor demanda por produtos importados — explica o diretor de estatística e apoio à exportação, Herlon Brandão. Segundo ele, a expectativa é de que em 2016 as exportações cresçam em comparação com o observado em 2015. (O Globo – 01.02.2016)

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2 Exportações somam US$ 188,6 bi

Em quantidade, as exportações aumentaram 8,4%. O mesmo movimento não foi visto em valores movimentados, sobretudo por conta da queda nos preços do minério de ferro (comercializados a US$ 25, o menor desde 2005) e do barril de petróleo (comercializado a US$ 30,7, o menor patamar desde 2009). A conta petróleo (exportação de petróleo e derivados menos importação de petróleo, derivados e gás natural) teve em janeiro um superavit de US$ 394 mi em janeiro. — Foi uma coisa pontual (o superavit na conta petróleo em janeiro), não deve continuar nos outros meses porque o Brasil é importados de petróleo. Isso já aconteceu pontualmente em outros meses, como em agosto de 2015. No acumulado em 12 meses, o saldo comercial é superavitário em US$ 23,778 bi. Nesse período, as exportações somaram US$ 188,676 bi e as compras no exterior totalizaram US$ 164,898 bi. No mês, as exportações de todos os produtos tiveram queda na comparação com janeiro de 2015: as vendas de semimanufaturados caíram 21,3%, de itens básicos, 14,7% e de manufaturados, 8,3%. O ferro fundido foi o produto que mais apresentou recuo, 67%, totalizando US$ 39 mi. Os semimanufaturados de aço e ferro tiveram queda nas vendas de 53,9%. As vendas de açúcar refinado, açúcar em bruto e fumo em folha caíram 45,9%, 45,6% e 45%, respectivamente. Por outro lado, houve um salto de 341,6% das exportações de soja em grãos. As vendas de automóveis também foram significativas: tiveram uma alta de 115,9% e atingiram US$ 234 mi. Em quantidade, o número de carros exportados dobrou, foi de 14,7 mil em janeiro de 2015 para 29 mil em 2016. Os principais compradores são Argentina, México e Colômbia, explica o diretor de estatística e apoio à exportação, Herlon Brandão. A gente tem observado desde o ano passado esse aumento da exportação de veículos. O setor está sendo beneficiado pela taxa de câmbio e acordos que o Brasil celebrou. As exportações de algodão em bruto, catodos de cobre e aviões também tiveram um forte incremento: de 74,8%, 45% e 49,9%, respectivamente. (O Globo – 01.02.2016)

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3 Vendas para os EUA caíram 25%

Os principais compradores de produtos brasileiros são China, Hong Kong e Macau, que compraram o equivalente a US$ 1,579 bi em produtos. Em seguida estão EUA( US$ 1,407 bi) e Argentina (US$ 826 mi). Apesar de os norte-americanos representarem o segundo lugar entre os compradores, as vendas para esse país tiveram queda de 25%. Para o Oriente Médio, o recuo foi de 24,2% e para a Ásia a queda foi de 9,3%. Em relação às importações, decresceram, sobretudo as compras de combustíveis lubrificantes (-60,6%), bens intermediários (-35,5%), bens de consumo (-28,8%) e bens de capital (-21,8%). No caso dos combustíveis, o diretor de estatística e apoio à exportação, Herlon Brandão, explica que isso já é um reflexo do desligamento de termelétricas que vem sendo anunciado pelo governo, à medida que a crise hídrica e elétrica se dissipa. Com o menor uso desse tipo de usina, a importação de gás e óleo diesel caem. Os principais fornecedores do país são China, Hong Kong e Macau (US$ 2,338 bi em janeiro) e EUA (US$ 1,641 bi. Para esses mercados, contudo, as compras também têm caído: 39,1% nas compras de produtos asiáticos e 32,3% nas de produtos norte-americanos. A maior queda, contudo, é nas compras da América Central e Caribe, uma queda de 89,2%. (O Globo – 01.02.2016)

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4 Indústria brasileira diminui retração, mas está longe de se recuperar

O ritmo de contração da indústria do Brasil desacelerou no início de 2016, mas o setor permanece longe de mostrar recuperação, com quedas de produção e novas encomendas, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira. O PMI da indústria, segundo o Markit, foi a 47,4 em janeiro ante 45,6 em dezembro, chegando ao nível mais alto em 11 meses. Entretanto, permaneceu abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo 12º mês seguido. “A pesquisa reforça o cenário de contínua recessão no setor industrial brasileiro. Embora os sinais de que a contração diminuiu mais no início de 2016 sejam um passo na direção certa, a indústria ainda tem muito a percorrer depois de registrar um 'ano perdido' em 2015”, destacou o economista sênior do Markit Rob Donson. O volume de produção da indústria continuou se contraindo em janeiro, porém a um ritmo mais fraco em todas as três categorias cobertas pela pesquisa - bens de consumo, intermediários e de investimento. Isso foi decorrência de outra queda no fluxo de entrada de novas encomendas, devido principalmente à fraqueza do mercado interno diante da fragilidade econômica. (O Globo – 02.01.2016)

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5 Analistas veem tombo recorde de 8,2% da indústria em 2015

Depois de seis retrações consecutivas, a trajetória negativa da indústria se amenizou em dezembro do ano passado, avaliam economistas, tendência que deve continuar em 2016. Mesmo assim, o tombo anual da produção em 2015, estimado em 8,2%, em média, pelos analistas ouvidos pelo Valor Data, deve ser o maior da série histórica da Pesquisa Industrial Mensal ¬ Produção Física (PIM¬PF), que teve início em janeiro de 2002. Em 2009, último período de recessão que o país atravessou, a produção diminuiu 7,1%. Segundo a projeção média de 16 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, a produção industrial recuou 0,2% em relação a novembro, feitos os ajustes sazonais, seguida de redução de 2,4% na comparação anterior. As estimativas para a produção industrial, a ser divulgada hoje pelo IBGE, vão de queda de 1% até expansão de 0,8%. Segundo Rafael Bacciotti, da Tendências Consultoria, indicadores que antecedem a variação da produção tiveram desempenho um pouco melhor no último mês de 2015. A expedição de papelão ondulado subiu 2,2% ante novembro, nos cálculos dessazonalizados da consultoria com base em dados da associação do setor, enquanto o fluxo pedagiado de veículos pesados nas estradas aumentou 0,4%. Ainda do lado positivo, a confiança dos empresários medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) se manteve em terreno pessimista, mas avançou 1,1% no período, observa ele. Por outro lado, a produção de veículos, que tem peso importante na indústria brasileira, encolheu 1,9% na passagem mensal, também segundo as estimativas de Bacciotti a partir de números da Anfavea (entidade que reúne as montadoras). Juntando todos os índices, a Tendências prevê que a atividade industrial caiu 0,3% em dezembro. (Valor Econômico – 02.01.2016)

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6 No ano passado, o desempenho do setor industrial foi o pior em 2 décadas, diz CNI

A CNI vê 2015 como "o pior ano da indústria nas duas últimas décadas". A avaliação é do gerente executivo de Política Econômica, Flavio Castelo Branco. "A queda em todos os indicadores foi muito mais forte e pronunciada do que em 2009", disse. "A recessão é generalizada na economia brasileira, mas os dados do setor industrial são mais negativos que nos demais segmentos." Para ele, "isso reflete o quadro de incerteza da economia, as dificuldades associadas à questão fiscal e à inflação, que minam o horizonte dos agentes produtivos". Esse cenário foi o responsável pelos dados negativos apresentados nos "Indicadores Industriais". As horas trabalhadas tiveram a 11ª queda consecutiva, 0,9% em dezembro ante novembro na série dessazonalizada. A retração foi de 10,3% em 2015 em relação a 2014. A Utilização da Capacidade Instalada terminou o ano em 77,5% (80,6% em dezembro de 2014 e levemente acima dos 77,3% de novembro do ano passado. Na comparação entre 2015 e 2014, o recuo foi de 2,3 pontos percentuais. A média anual do indicador foi de 78,9% em 2015, a pior verificada desde o início da série, em 2003. O indicador de emprego caiu 0,2% em dezembro e 6,1% na comparação anual. Isso levou a uma queda da massa salarial real de 6,2% em 2015 ante 2014. O rendimento médio real foi o único indicador a subir em dezembro, com um avanço de 0,8% frente a novembro. Isso não foi suficiente, entretanto, para impedir uma queda em 2015. Na comparação entre os dois últimos anos, houve recuo de 0,1%. Esse desempenho se deve a uma resiliência do indicador que é indexado à inflação. O faturamento do setor caiu 0,6% em dezembro frente a novembro e 8,8% entre 2014 e 2015. O cenário permanece negativo para 2016, segundo o economista da CNI. "As expectativas são de novo ano de queda de consumo e investimento. Há certa expectativa de reação nos segmentos mais integrados na economia internacional, por conta da mudança no patamar do câmbio", resumiu ele. Segundo o economista, "a saída pelas exportações em 2016 é insuficiente para reverter a recessão". A situação também não será resolvida pelo pacote de estímulo ao crédito da semana passada, disse. (Valor Econômico – 02.01.2016)

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7 S&P volta a reduzir projeção para o PIB do Brasil e da AL

Standard & Poors voltou a reduzir suas projeções regionais do crescimento real do PIB para a América Latina. O PIB da região deve cair 0,2% em 2016 em comparação com uma expansão de 0,5% anteriormente. O PIB da região em 2015 também foi revisto para baixo, de uma contração de 0,3% para ¬0,5%. Em 2017, a expansão deve ser de 2,1%, inferior à alta de 2,4% na projeção anterior. A revisão para baixo reflete principalmente uma perspectiva mais fraca para o Brasil, maior economia da região, onde a instabilidade política em curso está exacerbando ainda mais as difíceis condições globais. A projeção do PIB real no Brasil caiu para uma contração de 3,6% em 2015, de ¬3,2% anteriormente. Para 2016, a estimativa é nova retração, de 3,0%, contra estimativa anterior de ¬2,0%. Em 2017, entretanto, deve haver expansão de 1,0%, também mais baixa do que o número anterior (+1,2%). (Valor Econômico – 01.02.2016)


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8 Inflação acelera em seis de sete capitais no fim de janeiro

A inflação medida pelo IPC¬S acelerou em seis das sete capitais pesquisadas no fim de janeiro, informa a FGV. A maior taxa foi registrada em Salvador, onde o índice saiu de 1,78% na terceira prévia de janeiro para 2,06% no encerramento do mês. Na sequência, apareceram Belo Horizonte (1,55% para 1,84%), Recife (1,24% para 1,76%), Porto Alegre (1,31% para 1,66%), São Paulo (1,41% para 1,64%) e Brasília (1,30% para 1,55%). No Rio de Janeiro, o IPC¬S teve leve desaceleração, de 2,03% para 2,02% de avanço. Os reajustes nas mensalidades escolares nas sete capitais, a alta da conta de luz, o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo, Rio, Salvador e Belo Horizonte e da gasolina em Porto Alegre e Brasília, além alimentos mais caros, como batata e tomate, foram os principais itens que pressionaram a inflação do período. Na média das sete capitais, o IPC¬S avançou 1,78% em janeiro, depois de ter marcado elevação de 1,55% na terceira leitura do mês. (Valor Econômico – 02.01.2016)

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9 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h55, a moeda americana marcava R$ 3,9820, com avanço de 0,67%. Na segunda-feira, o dólar comercial caiu 1,70%, encerrando a R$ 3,9544. (Valor Econômico – 02.01.2016 e 01.02.2016)

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Internacional

1 Tabelas de tarifas de energia na Argentina têm aumentos de até 700%

À medida que as concessionárias de energia publicam as novas tabelas tarifárias o cidadão argentino percebe que a conta de luz no próximo mês vai subir mais do que o inicialmente previsto na semana passada, quando o governo anunciou a retirada dos subsídios. Os cálculos iniciais, no dia 27, indicavam que a energia elétrica seria reajustada em até 350%. Mas quando, no dia seguinte, o ministro da Energia, Juan Aranguren, deu exemplos de quanto a média de usuários pagaria percebeu-se que o ajuste médio chegará nos 500%. Com a divulgação das novas tabelas tarifárias, hoje, novos cálculos indicam que aqueles que consomem mais energia vão pagar até 700% de aumento. Os reajustes passam a valer a partir de hoje e a população da região metropolitana de Buenos Aires já começa se informar sobre formas de economizar energia, uma discussão que antes passava longe das conversas, já que a maior parte da conta era paga pelo Estado. As tarifas de energia ficaram praticamente congeladas durante os 12 anos do governo kirchnerista. (Valor Econômico – 01.012.2016)

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2 Depois da energia elétrica, governo argentino prepara reajuste de gás

À forte alta das tarifas elétricas será somado um aumento previsto pelo governo argentino no serviço de gás. O ministro de Energia e Mineração, Juan José Aranguren, disse à rádio Mitre que, "na tarifa de gás, estamos fazendo uma análise similar ao caso elétrico, estamos analisando os passos correspondentes a partir do ponto de vista legal". O ministro garantiu, no entanto, que o reajuste será menor do que o ocorrido no preço da tarifa de energia. As novas tarifas são fruto da eliminação dos subsídios do estado em Buenos Aires e nas cidades populosas nos arredores e por conta da atualização dos preços ao consumidor. Aranguren disse que o sistema elétrico argentino está “a beira de um colapso”, como consequência de vários anos de um quadro tarifário inadequado e da consequente falta de investimento. E anunciou que em dois anos haverá uma melhora na qualidade do serviço, que atualmente sofre cortes periódicos quando há excesso de demanda. (O Globo – 01.02.2016)

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3 Argentina importará GNL do Chile

O ministro de Energia argentino, Juan José Aranguren e seu par chileno, Máximo Pacheco, fecharam um convênio no qual a Argentina importará para o próximo inverno 5,5 milhões de metros cúbicos diários de gás natural liquefeito (GNL). O valor do intercâmbio implicará em um desembolso de US$ 130 milhões por ano. (Pagina Siete – Bolívia – 01.02.2016)

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4 Besalco recebe permissão para implantar parque eólico de 10 MW no Chile

As autoridades ambientais do Chile aprovaram um projeto de energia eólica de 9,9 MW da Empresa Electrica El Arrebol SpA, criada pela empresa de construção Besalco. A licença ambiental, publicada na segunda quinzena de dezembro, permite a instalação de três turbinas de 3,3 MW no norte da cidade de Lebu, região de Biobio. O parque eólico será construído em uma área próxima à infra-estrutura portuária e de linhas de distribuição durante um período de nove meses e vai produzir 35 GWh por ano. A empresa planeja investir 20 milhões de dólares no projeto e operar a usina por 25 anos. A Besalco vem trabalhando em uma série de pequenos projetos hidrelétricos para fornecer cerca de 180 MW para o sistema de alimentação central do país a partir das regiões de Maule e Araucanía. (Agência Brasil Energia – 01.02.2016)

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5 Bolívia: Produção de gás alcançará 73 MMmcd/dia até 2020

Entre 2016 e 2020, a produção de gás natural aumentará de 62 milhões de metros cúbicos por dia (MMmcd) para 73 MMmcd, o que representa um aumento de 15% e fortalecerá o setor liderado pela estatal YPFB. A projeção foi feita no Plano de Desenvolvimento Econômico e Social (PDES) 2016-2020, apresentado em dezembro pelo presidente Evo Morales, que tem o objetivo de impulsionar a industrialização dos recursos naturais e reduzir a pobreza no país. (Cambio – Bolívia – 30.01.2016)

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6 Energia fotovoltaica cresce, mas não impressiona

Com um total de 51 GW de energia solar fotovoltaica instalada em 2015, segundo as novas estimativas do PV Market Alliance, a tecnologia registra um crescimento em relação ao ano anterior (40 GW em 2014). Os números ficam aquém das expectativas mais otimistas do mercado, apesar de estarem em linha com as previsões da associação. Os mercados mais fortes mantiveram a tendência crescente, registrando ainda uma contribuição positiva de mais mercados emergentes. Por país, a China destrona a Alemanha no pódio da capacidade acumulada, alcançando os 43 GW. Só em 2015, no país, foram instalados cerca de 15 GW, mais 37% do que em 2014. (Edifícios e Energia – Portugal – 01.02.2016)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 NOVAES, Washington. “Por que retroceder no campo de energias?”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 29 de janeiro de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 PIRES, Adriano. “O mercado de energia elétrica”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 28 de janeiro de 2016.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Eduardo Mattos, Gustavo Batista, Lucas Netto, Livia Moreira, Müller Nathan Rojas.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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