l IFE: nº 2.631 - 07
de dezembro de 2009 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Mateo vai para o Brasil para discutir Itaipu Carlos Mateo
Balmelli, diretor-geral paraguaio de Itaipu viaja para Brasília, Brasil,
para reuniões, nos dias 8 e 9 de Dezembro, com importantes líderes políticos,
para discutir várias questões entre Paraguai e Brasil e as negociações
está em curso na binacional. Ele falará, entre outras coisas, o escopo
técnico do "Acordo Lugo-Lula" assinado em 25 de Julho, especialmente sobre
a Nota Reversível que deve ser tratada pelo Congresso brasileiro, e sobre
as vantagens técnicas e comerciais representam a integração energética
entre os dois países, utilizando como elementos essenciais para efeito
de Itaipu. (La Nación - Paraguai - 07.12.2009) A diretoria
da Aneel realiza na próxima segunda-feira (7/12), às 15h, uma reunião
para apresentar a análise das contribuições à minuta do aditivo de contrato
de concessão das distribuidoras. O objetivo é aperfeiçoar a metodologia
de cálculo tarifário para evitar embolsos indevidos das empresas. A minuta
de aditivo ao contrato foi colocada em audiência pública, na internet,
de 6 a 27 de novembro, e recebeu 15 contribuições de consumidores, associação
de distribuidoras, do Legislativo Federal e de entidades de defesa do
consumidor. Além das 63 distribuidoras e respectivos conselhos de consumidores,
foram convidados todos os responsáveis pelas contribuições. (BrasilEnergia
- 04.12.2009) A Aneel deve
deliberar apenas no primeiro semestre do próximo ano a proposta de mecanismo
anticartéis no registro de inventários dos rios brasileiros. De acordo
com a diretora da agência, Joísa Campanher, o aperfeiçoamento da regulação
tem como objetivo inibir condutas que sejam contrárias a práticas competitivas.
A agência ficará responsável pela realização de um levantamento preciso
de toda a cadeia empresarial envolvida quando houver uma situação de mudança
de controle e de participação. "Vamos verificar quem está por trás de
cada empresa", afirmou. (BrasilEnergia - 04.12.2009) 4 Documentação para autorizações de PCHs entra em
audiência pública O uso de recursos
Smart Grid só se tornará viável nas redes de distribuição do Brasil se
forem concedidos subsídios para concessionárias e também para consumidores,
avalia Newton Duarte, diretor de GTD da Abinee. Essa foi a saída adotada
por governos europeus, segundo o executivo, para melhorar a qualidade
e eficiência dos serviços de eletricidade e ao mesmo tempo compensar companhias
e clientes pelos investimentos necessários. A incorporação de dispositivos
e aplicativos que dão "inteligência" às redes de distribuição e transmissão
implicam na instalação de baterias alimentadas por pequenos geradores
ou células fotovoltáicas nas residências dos clientes tornando-os vendedores
de energia. Os subsídios, segundo Duarte, seriam utilizados de um lado
para equilibrar a receita das distribuidoras por perdas no faturamento
e de outro para reembolsar consumidores por parte dos desembolsos na aquisição
de equipamentos. (BrasilEnergia - 04.12.2009) 6 Visita Técnica ao Protótipo das Linhas de Transmissão com Potência Natural Elevada Os alunos de
pós graduação do Gesel tiveram a oportunidade de conhecer um projeto pioneiro
no Brasil, voltado para pesquisa em linhas de transmissão. O projeto coordenado
pelo eng. Jorge Amon, de Furnas conta com a participação do Cepel e outras
entidades. Ele consiste no estudo e desenvolvimento da tecnologia LPNE
(Linha de Potencia Natural Elevada e Feixe Expandido), capas de aumentar
a capacidade de transmissão de energia elétrica das linhas das redes.
O projeto foi apresentado aos alunos em duas etapas. Na primeira, o eng
Amon ministrou uma palestra na qual apresentou a tecnologia e as vantagens
do seu uso comparado as linhas de transmissão tradicionais. Na segunda
etapa, os alunos foram levados ao local onde um protótipo das linhas,
em tamanho real, está montado. Nele é possível fazer observações de situações
adversas reais, as quais as linhas de transmissão estão sujeitas e, com
isso, propor alternativas para amenizar estas adversidades contribuindo
para redução dos custos de implantação e manutenção de linhas de alta
potência. (GESEL-IE-UFRJ - 07.12.2009) 7 Artigo de Luciane Lima Costa e Silva: "O diálogo como estratégia: o caso da CPI das usinas do rio Madeira" O artigo de Luciane Lima Costa e Silva pretende fazer uma breve análise ponto a ponto das principais questões levantadas pela criação da CPI que deve analisar possíveis irregularidades nas obras da hidrelétrica de Jirau, "tentando identificar o papel do diálogo aberto nesse processo, especialmente quanto às questões sociais levantadas e seus desdobramentos. Dessa forma, não serão abordados temas de meio físico e biótico, tais como a Supressão de Vegetação e suas conseqüências, embora possam ser referenciados quando relacionados ao meio de subsistência de populações tradicionais". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 07.12.2009)
Empresas 1 Eletrobrás e governo de Alagoas firmam acordo para eficiência energética A Eletrobrás
e o governo do Estado de Alagoas firmam, nesta segunda-feira (7), um protocolo
de intenções com o objetivo de identificar ações conjuntas para a implantação
de projetos de eficiência energética em vários setores da sociedade alagoana.
O protocolo será assinado pelo presidente da estatal, José Antonio Muniz
Lopes, o diretor de Tecnologia da empresa, Ubirajara Rocha Meira, o governador
de Alagoas Teotônio Vilela Filho, e pelo secretário de Desenvolvimento
Econômico do estado, Luiz Otávio Gomes. A ação está incluída no Procel.
(Setorial News - 06.12.2009) 2 São Paulo vai vender participação também na Duke Energy O estado de São Paulo vai incluir no processo de venda de participação minoritária em empresas privadas a sua parte na Duke Energy. Em comunicado ao mercado, a geradora anunciou que foi informada pelo estado do processo. A Duke ressaltou que o governo do estado detém 2,21% das ações preferenciais, totalizando 1.323.627 ações, de forma indireta. Além da Duke, São Paulo vai ofertar 7,69% do capital da Cteep. (CanalEnergia - 04.12.2009) 3 Celpa realiza investimentos para ampliar sistema de energia elétrica A Celpa está
investindo na ampliação do sistema de energia elétrica. A companhia vem
realizando uma série de obras em vários municípios do Pará, com investimentos
que incluem a construção de novos alimentadores, além da substituição
de postes e expansão de redes de alta e baixa tensão. Na Região Metropolitana
de Belém, estão em andamento as obras de implantação das subestações de
Marituba, Benguí e Cremação. A Celpa também está investindo no deslocamento
e ampliação da rede de energia de diversas avenidas da cidade. Segundo
a companhia, as obras que permitirão ligar a Ilha do Marajó ao Sistema
Interligado Nacional também já foram iniciadas. (CanalEnergia - 04.12.2009)
4 Isa arrecada US$ 191 mi 5 Compass adia ofertas públicas para 11 e 16 de dezembro A Compass adiou
para os dias 11 e 16 de dezembro as duas ofertas públicas, inicialmente
agendadas para a segunda semana de dezembro. De acordo com o presidente
da Compass, Paulo Mayon, as datas foram prorrogadas em razão da alta demanda
por inscrições. Na primeira data, será ofertado o produto hedge plus,
que combina a contratação a preço variável com um produto financeiro de
proteção contra uma tendência de alta do preço spot. Já o produto flex
trade, a ser ofertado na data seguinte, se destina aos agentes e consumidores
que optam pela contratação de longo prazo. Além disso, ele prevê uma cessão
contratual livre e pré-aprovada. O primeiro certame negociará 30 MW médios
com entrega em 2010. A segunda oferta pública terá um volume de 56 MW
médios, sendo quatro produtos com 20 MW médios cada, porém com prazos
diferentes. (CanalEnergia - 04.12.2009) 6 CPFL e tecnologia para chuveiros inteligentes A CPFL Paulista
fechou com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado
de São Paulo (CDHU) projeto no valor de R$ 21 milhões para automação de
chuveiros em 12 municípios de sua área de concessão. A iniciativa abrange
7.500 unidades habitacionais que já tinham previsão de instalação de equipamentos
de aquecimento a energia solar. "A incorporação dessa tecnologia vai permitir
que os consumidores possam graduar automaticamente a temperatura de banho
sem desperdício de água", informa Alexandre Sedlacek, diretor da Energia,
empresa especializada em engenharia de eficiência energética. (BrasilEnergia
- 04.12.2009)
Leilões 1 Leilão A-5: MME define garantia física de usinas O MME divulgou
a garantia física das usinas cadastradas no leilão A-5 previsto para 21
de dezembro. Segundo a portaria 17 do MME, as garantias valem a partir
de 1º de janeiro de 2014, quando inicia a entrega da energia ao mercado
cativo. As usinas, que entrarem em operação antes do prazo, poderão comercializar
a energia no ambiente de comercialização livre. A hidrelétrica Santo Antonio
(AP/PA-300 MW), no rio Jari, teve a garantia física estabelecida em 191,69
MW médios. As PCHs Santa Cruz de Monte Negro (17 MW), Jamari (20 MW) e
Canaã (17 MW), da Mega Energia Investimentos e Participações, em RO. A
maior usina cadastrada no leilão é a UTE Rio Grande, com capacidade instalada
de 1.280 MW, no RS. (CanalEnergia - 04.12.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 CNPE se reúne na terça-feira para discutir apagão O CNPE vai
se reunir na terça-feira para discutir as causas do blecaute que deixou
18 Estados do País sem luz no dia 10 de novembro. Segundo o MME, os integrantes
do Conselho também vão discutir a 11ª rodada de licitação de blocos de
exploração de petróleo e gás a ser organizada pela ANP. Essa 11ª rodada
ainda não deverá incluir áreas de produção na chamada camada pré-sal,
uma vez que o marco regulatório dessa província petrolífera ainda não
foi aprovado pelo Congresso Nacional. O CNPE também discutirá diretrizes
para a exportação de GNL. Com relação ao blecaute, é provável que, durante
a reunião do CNPE, seja feita uma apresentação aos ministros do relatório
final do ONS sobre as causas do apagão. O documento deverá ser encaminhado
ainda hoje ao MME. (O Estado de São Paulo - 04.12.2009) 2 PLD segue com valor mínimo pela 19ª semana consecutiva A CCEE divulgou nesta sexta-feira (4) que manterá pela 19ª semana seguida o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) no valor mínimo determinado pela Aneel. Assim, a 2ª semana de dezembro - de 5 a 11 de dezembro - terá o valor de R$ 16,31/MWh em todos os submercados e patamares de carga. O que motivou a manutenção do preço foram as afluências ocorridas esta semana, que continuaram sendo superiores às médias históricas. (Setorial News - 04.12.2009) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 67,85% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 67,85%, apresentando
alta de 0,12% em relação à medição do dia 02 de dezembro. A usina de Furnas
atinge 82,57% de volume de capacidade. (ONS - 07.12.2009) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 98,45% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,49% em relação à medição
do dia 02 de dezembro, com 98,45% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 99,26% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 07.12.2009) 5 NE apresenta 61,00% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,25% em relação à medição do dia 02 de dezembro, o Nordeste
está com 61,00% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 63,81% de volume de capacidade. (ONS - 07.12.2009)
6 Norte tem 49,65% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 49,65%, apresentando queda de
0,04% em relação à medição do dia 02 de dezembro. A usina de Tucuruí opera
com 31,87% do volume de armazenamento. (ONS - 07.12.2009) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 05/12/2009 a 11/12/2009. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Sem licença, governo já prevê atraso de Belo Monte em 1 ano O governo
já prevê atraso de um ano na entrada em operação da usina de Belo Monte
por causa na demora na concessão da licença ambiental por parte do Ibama,
afirmou ontem o presidente da estatal EPE, Maurício Tolmasquim. A hidrelétrica
iria a leilão originalmente em outubro deste ano. Sem o licenciamento
ambiental prévio, o leilão foi adiado, primeiro, para dezembro. O governo
já trabalha agora com a possibilidade de realizar a oferta só em janeiro
de 2010 ou até mais adiante. Para Tolmasquim, o cronograma da usina sofreu
atraso por causa das exigências do Ibama e dificilmente a obra será concluída
no prazo previsto. Com o atraso na licença, o governo terá de alterar
seus planos e o empreendimento só começará a gerar energia em 2015. A
ideia do governo era licitar a concessão da hidrelétrica em outubro deste
ano. Nos três meses seguintes, seria feito o projeto básico do empreendimento.
A EPE estimava mais seis meses para a obtenção da licença de instalação
da usina. A expectativa era começar as obras em meados de 2010. Desse
modo, diz Tolmasquim, os vencedores do leilão conseguiriam aproveitar
a "janela hidrológica" e trabalhar durante o período seco na Amazônia.
(Folha de São Paulo - 05.12.2009) 2 Tolmasquim: térmicas substituindo Belo Monte Entraves recentes para liberação do licenciamento ambiental prévio de Belo Monte (11.000 MW) apontam para a possibilidade de atraso do início das obras da hidrelétrica, que deve ser licitada em janeiro de 2010. Caso o licenciamento não saia, mesmo com o crescimento da geração eólica no país, a energia térmica ainda é a única com capacidade para substituir esse bloco de energia. A avaliação é do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, que informou nesta sexta-feira (4/12) que estão sendo feitas análises para saber se é possível encurtar o período de escavação de rochas, etapa que precisa ser terminada antes do período de chuvas, que começa em outubro. A análise do grau de relevância das cavernas que poderão ser afetadas com a construção da hidrelétrica, no rio Xingu (PA), deve atrasar a avaliação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da obra para a concessão da licença ambiental prévia para o empreendimento. Com isso, a obra de Belo Monte poderá sofrer atraso de um ano, devido ao fechamento da chamada 'janela hidrológica', que antecede o início do período de chuvas. (BrasilEnergia - 04.12.2009) 3 Exigências ambientais aumentam até 30% custo de obras O rigor
dos projetos socioambientais virou questão fundamental para que uma obra
de infraestrutura se concretize no Brasil. Nos últimos anos, com a maior
pressão sobre o País em relação ao desmatamento, o peso desses custos
cresceu de forma significativa e alcançou níveis recordes. Há casos em
que os gastos chegam a bater 30% do valor total do empreendimento. Na
média, entre obras rodoviárias, hidrelétricas e portuárias, o custo fica
em torno de 15%. "Daqui para frente, a tendência é essa conta ficar cada
vez maior", destaca o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, responsável
pelos estudos de viabilidade econômica e social das próximas usinas que
serão construídas no País nos próximos anos. Para ele, o fato em si não
seria problema se não houvesse o atraso exagerado para concessão das licenças
e a inclusão de uma série de penduricalhos que encarecem a obra. (O Estado
de São Paulo - 06.12.2009) 4 Instituições financeiras elevam grau de exigência para financiar projetos Além da
pressão de ambientalistas do mundo inteiro e da sociedade, que está mais
consciente em relação ao meio ambiente, as instituições financeiras têm
elevado o grau de exigência para financiar projetos. "Hoje o nível de
comprometimento e requisitos no Brasil é mais alto do que em qualquer
outro lugar no mundo", destaca Claudio Sales, presidente do Instituto
Acende Brasil, representante dos investidores de energia. Ele acabou de
fazer um levantamento com usinas construídas (ou em construção) no País
e verificou que os empreendedores gastaram entre 11,8% e 29,3% do orçamento
da obra com projetos socioambientais. (O Estado de São Paulo - 06.12.2009)
5 Fontes alternativas não serão suficientes para suprir demanda por energia limpa O uso de
combustíveis renováveis estará no centro das discussões da Conferência
do Clima, que começa nesta segunda-feira (7) em Copenhague, Dinamarca,
visando à redução da emissão de gases poluentes. No entanto, para o cientista
Roberto Schaeffer, professor de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ
e representante brasileiro no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
da ONU, as fontes alternativas não conseguirão suprir a demanda mundial
por energia limpa. "Para reduzir a emissão de gases poluentes, o mundo
terá, de fato, que migrar para fontes alternativas de energia. Usar cada
vez menos carvão e petróleo para usar cada vez mais a energia solar, eólica,
biodesel e etanol", disse. O professor destacou que, a principal questão
é se as fontes alternativas conseguirão ofertar ao mundo toda a energia
necessária, principalmente com economias emergentes como o Brasil, China
e Índia, que apresentam uma crescente demanda. (Setorial News - 07.12.2009)
6 Com ou sem acordo em Copenhague, setor privado segue investindo As empresas
de todo o mundo seguirão investindo em tecnologias limpas seja qual for
o desfecho na cúpula de Copenhague. Mas um acordo envolvendo mudanças
climáticas daria maior impulso a seus negócios. Para as empresas, o fato
de os maiores poluidores do mundo estarem negociando cortes de CO2 mesmo
sem metas precisas deve ser suficiente para fazer avançar os investimentos.
"Os EUA são nossa principal prioridade de investimentos", diz Angeles
Santamaría, diretor de mercados e previsões da espanhola Iberdrola Renovables,
que planeja gastar US$ 6 bilhões nos EUA até 2012. Para as companhias,
a incerteza não está resultando em um adiamento de investimentos. Bilhões
de dólares já foram reservados para projetos verdes. E, apesar de retrocessos
políticos, analistas acreditam que mais dinheiro estatal será injetado
durante a próxima década."Nós queremos melhorar a eficiência, alcançar
margens mais elevadas e ajudar os consumidores a reduzir suas contas de
energia", diz Livio Gallo, diretor de infraestrutura e redes da Enel.
(Valor Econômico - 07.12.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Aporte de garantias para eólicas acontece nesta segunda-feira, 7 O aporte
de garantias para o leilão de eólicas acontece na próxima segunda-feira,
7 de dezembro. De acordo com a CCEE, o depósito será feito via e-mail
para o Bradesco, agente custodiante responsável pela confirmação prévia
do aporte. O certame, previsto para próximo dia 14 de dezembro, negociará
contratos de compra com início de suprimento em julho de 2012, com 20
anos de duração. (CanalEnergia - 04.12.2009) 2 Cemig eleva aposta na energia eólica A Cemig, que vem colocando em prática um agressivo plano de expansão dos negócios, pretende agora aumentar sua aposta na energia dos ventos. A empresa, que já comprou este ano participação em três parques de geração eólica no Ceará, acaba de concluir um levantamento do potencial para geração desse tipo de energia em Minas Gerais, com resultados surpreendentes. O potencial total de geração seria de 24 mil MW, o que corresponde a uma capacidade 70% maior que a da hidrelétrica de Itaipu. Segundo fontes, a companhia já começou a negociar a compra de terrenos nos pontos onde há maior potencial de geração. A companhia não pretende investir sozinha em todo o Estado. O plano é atrair sócios investidores.O estudo encomendado pela companhia considera parques com aerogeradores de 75 metros de altura. A empresa ainda não definiu quanto está disposta a investir no projeto. (O Estado de São Paulo - 05.12.2009) 3 Projeto de transformação de lixo em energia pode ser estendido a todo o país Pesquisadores
da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da
UFRJ querem aumentar a eficiência energética da Usina Verde, que funciona
desde 2004 na Ilha do Fundão. O objetivo é ampliar a capacidade de produção
de energia da usina. O projeto, da iniciativa privada, teve a parte de
tecnologia aprimorada pela Coppe e trabalha com a incineração de lixo
urbano, destruindo os gases causadores de efeito estufa na atmosfera,
além de transformar em energia quase todos os resíduos sólidos recebidos.
O pesquisador Luciano Basto, do Instituto Virtual Internacional de Mudanças
Globais (IVIG) da Coppe, coordenador do projeto Usina Verde, disse que
a ideia é "tentar aumentar a escala e ajudar que se torne uma realidade
no Brasil". Segundo o pesquisador, a ideia do grupo privado que administra
a usina é desenvolver tecnologia para ser comercializada. Luciano Basto
espera que até o terceiro trimestre de 2010, o Centro Tecnológico da Coppe
conclua o sistema de aumento de eficiência da Usina Verde, visando ao
melhor aproveitamento do calor gerado, com menos investimentos. (Agência
Brasil - 05.12.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras diz que não pode garantir gás a indústrias O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou que não tem "boa notícia" para o setor de gás. A indústria química e petroquímica aguarda a estatal para destravar parte dos US$ 132 bilhões em investimentos que serão necessários para atender a demanda nacional na próxima década, além de zerar o deficit comercial (hoje em US$ 13 bilhões). Mesmo assim, a Petrobras diz não ter como disponibilizar gás natural em volumes firmes para a indústria diante da oferta que precisa garantir para a geração termelétrica. Gabrielli afirmou que os investimentos da estatal preveem a ampliação da produção de gás nacional de 29 milhões para 72 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Além disso, a companhia deverá elevar dos atuais 21 milhões para 32 milhões de metros cúbicos por dia a oferta de gás nos terminais de GNL. A empresa ainda conta, até 2019, com o contrato de 30 milhões de metros cúbicos por dia trazidos da Bolívia. Mesmo diante desses números, a demanda de gás no Brasil cresce a um ritmo superior. O pré-sal, reservas sobre as quais recaem grandes expectativas, ainda é uma incógnita sobre a capacidade que esses campos terão em ofertar o combustível. (Folha de São Paulo - 05.12.2009) 2 Petrobras nega política de preços diferenciada O presidente
da Petrobras negou que a estatal esteja analisando uma política de preços
diferenciada para a indústria que consome o gás como matéria-prima, e
não como insumo energético. Segundo ele, a estatal não negocia gás diretamente
com as empresas, e sim com as distribuidoras. Gabrielli disse ainda que,
se as companhias estaduais de distribuição quiserem negociar um preço
diferenciado para um setor, é prerrogativa delas. A diretora de gás e
energia da Petrobras, Graça Foster, informou que discute com distribuidoras
e o conjunto da indústria química uma proposta para a criação de uma política
de preços diferenciada para os setores que utilizam o gás como matéria-prima,
entre as quais a indústria de fertilizantes nitrogenados e a petroquímica,
na cadeia do plástico. A diretora informou que o assunto ainda não havia
sido levado à diretoria da Petrobras e que haveria critérios para aceitar
a ancoragem do preço do gás ao preço do produto final da empresa. Segundo
ela, essa "outra formação de preços" seria possível apenas para indústrias
com produtos com lastro em contratos e não suscetíveis a oscilações intensas
de mercado. Gabrielli foi enfático em dizer que isso não vai acontecer.
(Folha de São Paulo - 05.12.2009) 3 Abiquim: país não pode ficar à mercê da política comercial da Petrobras A Abiquim criticou
de forma sutil a posição da Petrobras. Segundo Bernardo Grandin, presidente
do Conselho da Abiquim, o país não pode ficar à mercê da política comercial
da Petrobras. Ele cobrou uma política industrial para o desenvolvimento
do setor. Para isso, a associação lançou uma proposta de pacto nacional
com objetivo de traçar planos de longo prazo. A proposta prevê investimentos
de US$ 132 bilhões em dez anos e a reversão do deficit comercial crescente
da indústria para zero até 2020. Grandin afirmou que o assunto já foi
discutido com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. (Folha de
São Paulo - 05.12.2009) 4 Termelétricas iniciam operação comercial e testes nas regiões Norte e Sul A Aneel autorizou
o início da operação comercial da termelétrica São José do Pinheiro. A
usina recebeu autorização para operar as unidades geradoras 1 e 2, de
6 MW e 1,2 MW, respectivamente, totalizando 7,2 MW de capacidade instalada.
Localizado no município de Laranjeiras, em Sergipe, o empreendimento pertence
à Usina São José do Pinheiro. A Aneel autorizou ainda o início da operação
em teste da unidade geradora 3, de 3,4 MW, da térmica Jacarezinho. Localizado
no município de mesmo nome, no Paraná, o empreendimento pertence à Companhia
Agrícola Usina Jacarezinho. A empresa terá 60 dias após os testes para
enviar relatório à Aneel confirmando ou corrigindo a potência estimada
das turbinas. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União
da última quinta-feira, 3 de dezembro. (CanalEnergia - 04.12.2009) 5 MC2 Joinville atuará como produtor independente de energia O MME autorizou a MC2 Joinville a atuar como produtor independente de energia. A empresa vai implantar e explorar a UTE MC2 Joinville, localizada no município de Nova Venécia, no Espírito Santo (330 MW). De acordo com a portaria 464 publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 4 de dezembro, a usina tem três unidades geradoras de 110 MW cada, em ciclo combinado, e 233,3 MW médios de garantia física. A térmica utiliza como combustível gás natural regaseificado a partir de gás natural liquefeito. As unidades geradoras devem entrar em operação comercial até 1º de janeiro de 2013. (CanalEnergia - 04.12.2009)
Grandes Consumidores 1 Produção e vendas de veículos recuam em novembro A produção de
veículos no país em novembro recuou 8% ante outubro, para 292,1 mil unidades,
informou a Anfavea. Com relação a novembro de 2008, houve alta de 48%.
A base de comparação do ano passado é fraca, já que a indústria pisou
forte no freio quando a crise internacional secou o crédito do setor,
causando uma sensível queda na demanda dos consumidores que só começou
a se recuperar no final do primeiro trimestre. As vendas mostraram retração
de 14,5% sobre outubro, para 251,7 mil unidades, após a intensa antecipação
de compras de setembro promovida por consumidores interessados em aproveitar
o último mês antes da redução do desconto do IPI. (Reuters - 04.12.2009)
Economia Brasileira 1 Indústria ainda não conseguiu recuperar nível pré-crise, diz IBGE Um ano após os efeitos iniciais da crise sobre o setor, nenhuma das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE conseguiu compensar integralmente as perdas na produção industrial. Estados que mais perderam por serem fortemente exportadores, MG e ES são os que mais cresceram neste ano até outubro, com ganhos de 31,5% e 28%, respectivamente, na comparação livre de efeitos sazonais. Ambos não zeraram, porém, as perdas e ainda registram quedas de 3,6% e 10,2% em relação a setembro de 2008, segundo a pesquisa de indústria regional do IBGE. Em São Paulo, a produção cresceu 14,8% no acumulado em relação a dezembro de 2008 na taxa sem efeitos típicos de cada período, mas ainda registra queda de 6,1% no período da crise, concentrada no último trimestre de 2008. Na média do país, a indústria acumula perda de 5,7% desde setembro de 2008. Segundo Isabela Nunes, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, a trajetória agora é de recuperação em todas as regiões. (Folha de São Paulo - 05.12.2009) 2 Projeções do PIB em 2010 disparam As projeções de bancos e consultorias para o crescimento do Brasil em 2010 estão subindo e já ultrapassam 6%, em alguns casos. Na quinta-feira, o IBGE divulgará o resultado do PIB do terceiro trimestre de 2009, para o qual os analistas preveem expansão em torno de 2% ante o trimestre anterior, na série dessazonalizada. Em termos anualizados, isso significa um crescimento de 8,2%, ritmo que muitos analistas julgam que possa ser mantido nos dois últimos trimestres deste ano. Um dos destaques da arrancada no segundo semestre deve ser o início da volta do investimento, que despencou no último trimestre de 2008 e no primeiro de 2009, sendo o segmento no Brasil mais abalado pela crise. No segundo trimestre, o investimento parou de cair, na comparação dessazonalizada com o trimestre anterior, mas agora a expectativa é de uma forte arrancada. Para 2009, a previsão média do mercado coletada pelo BC é de crescimento de 0,2%. A média das previsões coletadas pelo BC para a expansão do PIB em 2010 pulou de 3,5% em junho para os 5% atuais. (Jornal Hoje em Dia - 06.12.2009) 3 Cresce interesse de investidores pelos títulos 4 Poupança terá 2ª maior captação em 15 anos As cadernetas
de poupança vão fechar 2009 com a segunda maior captação em 15 anos. Segundo
dados do BC, até novembro os depósitos superavam os saques em R$ 21,2
bilhões. Esse avanço se deu em um momento de queda na rentabilidade das
principais aplicações financeiras e da tentativa do governo de cobrar
IR sobre o investimento mais popular do país. Apesar do bom resultado
na captação de recursos, os números ainda não apontam para uma migração
em massa de recursos dos fundos para a poupança. Nos quatro primeiros
meses de 2009, a poupança registrou a saída de recursos de R$ 1,5 bilhão.
Nos meses seguintes, o resultado voltou a ficar positivo. Em novembro,
os depósitos superaram os saques pelo sétimo mês consecutivo, o que gerou
captação positiva de R$ 4,4 bilhões. O resultado foi influenciado, principalmente,
pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário. A captação positiva
registrada neste ano, somada aos rendimentos não sacados, levou a poupança
a alcançar o patamar recorde de R$ 300 bilhões. (Folha de São Paulo -
05.12.2009) 5 Mantega pede que Krugman mantenha recursos no Brasil e diz que impedirá bolhas O ministro da
Fazenda, Guido Mantega, convidou ontem o economista Paul Krugman, Prêmio
Nobel de Economia, a continuar investindo no Brasil. Mantega estava se
referindo à entrevista de Krugman publicada anteontem, na qual o Nobel
disse temer que o excesso de entusiasmo pela economia brasileira acabe
levando à formação de uma bolha, pelo preço exagerado de ativos. O ministro
quer mais é que o entusiasmo aumente, o que foi o eixo de seu discurso.
Mas Mantega não esconde que o preocupa a supervalorização de um ativo,
o real. Tanto que lembrou aos empresários alemães que a introdução da
taxa de 2% sobre investimentos estrangeiros no Brasil tinha a função de
"moderador de apetite". O ministro acha que está funcionando, tanto que
"o dólar se mantém nas imediações de R$ 1,70 há um mês". Mas, "se não
for suficiente, tomaremos mais medidas". Mantega antecipou o número de
crescimento do país no terceiro trimestre, a ser divulgado na próxima
semana: "Será de 8% anualizado". O mesmo patamar é previsto para o quarto
trimestre. (Folha de São Paulo - 05.12.2009) 6 Selic ficará em 8,75% este ano e até 12,75% em 2010 Não há a menor dúvida entre os economistas do mercado financeiro de que o Copom do BC manterá a taxa básica de juros em 8,75% ao ano, na reunião de dois dias que se encerra na próxima quarta-feira (09). Levantamento realizado pelo AE Projeções com 60 instituições mostrou que há unanimidade em torno desta estimativa e que a grande dúvida, representada por uma série de previsões divergentes, está relacionada ao futuro da Selic em 2010, quando a atividade econômica aquecida no país tende a obrigar a autoridade monetária a retomar o processo de elevação nos juros como medida preventiva para evitar riscos ao cumprimento da meta de inflação. Conforme as expectativas coletadas, a Selic deverá fechar 2010 em até 12,75% ao ano. De acordo com os economistas entrevistados, há um consenso em torno do fato de que a economia nacional estará bastante aquecida já no primeiro trimestre do próximo ano. (Gazeta Digital - 07.12.2009) 7 Dólar ontem e hoje
Internacional 1 Espanha registra queda de 6,2% na demanda energética A Comissão Nacional
de Energia da Espanha, o ente regulador dos sistemas elétricos daquele
País, anunciou que a demanda de energia elétrica baixou 6,2% no mês de
novembro. Além disso, a Comissão informou que 33% da produção total foi
de origem renovável e que a produção desde o início do ano cotou com 26%
de participação renovável. (UDOP - 04.12.2009) 2 Portugal: renováveis permitem poupar 13 bi Em 2015, a produção
de energias renováveis vai aumentar 67% em Portugal. O desenvolvimento
e exploração de energias renováveis em Portugal vai permitir uma poupança
de 13,1 bilhões de euros na importação de energia elétrica até 2015. A
conclusão é de um estudo da consultora Deloitte e da Associação Portuguesa
de Energias Renováveis, apresentado em Lisboa. Assim sendo, com o recurso
a fontes de energia eólica ou hídrica, Portugal vai poder evitar, entre
2005 e 2015, importações de cerca de 30 milhões de toneladas de carvão,
30 mil milhões de metros cúbicos de gás natural, 30 mil GWh de electricidade
e 10 milhões de barris de óleo. Apesar da poupança proveniente de uma
maior produção de energias renováveis, Portugal continuará a importar,
com um maior foco no gás natural, reduzindo a dependência de fuelóleo
e energia elétrica. (UDOP - 04.12.2009) 3 Eficiência energética custará à China US$ 30 bi anuais A China deverá investir US$ 30 bilhões ao ano - o equivalente a 0,7% de seu PIB de 2008 - para cumprir os compromissos de eficiência energética divulgados na semana passada, afirma um estudo realizado pela Universidade Popular de Pequim. "As indústrias relacionadas à energia terão que fazer frente aos aumentos de custos para melhorar sua eficiência, mas, no final, esses aumentos serão sustentados pelos consumidores. ", disse o pesquisador Jiang Kejun, da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento. Jiang previu aumentos no preço da energia elétrica, dos combustíveis e de outras energias utilizadas pelos consumidores, e acredita que contas mais altas nas famílias chinesas "trarão mudanças no estilo de vida dos cidadãos". (O Estado de São Paulo - 04.12.2009) 4 Capital chinês aposta em energia limpa
Biblioteca Virtual do SEE 1 SILVA, Luciane Lima Costa e. "O diálogo como estratégia: o caso da CPI das usinas do rio Madeira". Disponível em: http://lucianecostaesilva.blogspot.com/2009/11/construcao-das-usinas-hidreletricas.html Acessado em 30/11/2009. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
|
|