l IFE: nº 2.630 - 04
de dezembro de 2009 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 CPI das Tarifas de Energia recomenda nova licitação para concessões do setor O relatório
da CPI das Tarifas de Energia aprovado na última segunda-feira, 30 de
novembro, vai além das tarifas e do pedido de investigação dos dirigentes
da Aneel; ele faz recomendações sobre as concessões, tributação e controle
das agências reguladoras. Sobre a renovação das concessões do setor elétrico,
os deputados pedem a reversão dos ativos para a União e nova licitação.
Para eles, "a opção pela licitação das concessões caracteriza-se como
importante oportunidade para uma cuidadosa avaliação dos atuais contratos
de concessão" da área de distribuição. Isso, segundo relatório, iria "garantir
que problemas como a falta de neutralidade da Parcela A não mais se repitam".
O relator da CPI, deputado Alexandre Santos (PP-RJ), argumenta que os
consumidores "suportaram o ônus dos investimentos setoriais realizados".
(CanalEnergia - 03.12.2009) 2 Aneel apresenta análise de contribuições a aditivo de contrato de distribuidoras A Aneel
apresentará na próxima segunda-feira, 7 de dezembro, a análise das contribuições
à minuta do aditivo ao contrato de concessão das 63 distribuidoras, que
esteve em audiência pública entre os dias 6 e 27 de novembro. De acordo
com a Aneel, o objetivo é o aperfeiçoamento da metodologia do cálculo
tarifário, de modo que os contratos mantenham a neutralidade da Parcela
A. Ao todo, a agência recebeu 15 contribuições desde clientes e associações
até entidades de defesa do consumidor. A reunião está prevista para as
15 horas na sede da Aneel, em Brasília (DF). (CanalEnergia - 03.12.2009)
3 MP/SP propõe que concessionárias projetem valor da Parcela A por 12 meses O MP/SP
propôs que sejam adotados meios, por parte das concessionárias e sob supervisão
da Aneel, para que as distribuidoras possam projetar custos não gerenciáveis,
a chamada Parcela A, para o período de 12 meses - o mesmo do reajuste
tarifário. Assim, segundo o MP, pode-se aplicar um reajuste condizente
com as necessidades de custos das concessionárias. A contribuição foi
apresentada durante período da audiência pública 043/2009, encerrada na
última sexta-feira, 27 de novembro. Para o MP/SP, existe a necessidade
de se ter por referência não apenas os custos relativos ao período anterior
ao reajuste, mas também de se projetar os mesmo custos para o período
futuro, de acordo com as situações de mercado. (CanalEnergia - 03.12.2009)
4
Contribuinte não tem direito de creditar ICMS sobre aquisição de energia
5 Aprovada transferência de concessões de transmissão da Afluente GT A Aneel
autorizou na última terça-feira, 1º de dezembro, a transferência das concessões
de transmissão, por conta da cisão parcial da Afluente GT, com a versão
dos ativos de transmissão e passivos a eles vinculados para a Afluente
Transmissão. De acordo com o diretor relator do processo, Romeu Donizete
Rufino, as áreas técnicas concluíram a adequação do processo, alegando
idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal. Apesar disso,
a Superintendência de Concessões e Autorizações de Transmissão e Distribuição
da Aneel considerou a necessidade de um novo contrato de concessão para
viabilizar a desverticalização de geração e transmissão. Pelo fato de
que a outorga de transmissão será celebrada com uma nova empresa, o contrato
de concessão de transmissão será adequado à razão social da Afluente Transmissão
de Energia Elétrica S.A. (CanalEnergia - 03.12.2009)
6 Abar poderá ter duas novas Câmaras Técnicas A Associação
Brasileira de Agências de Regulação poderá ter duas novas Câmaras Técnicas
(CT): a de Ouvidoria e a de Contabilidade Regulatória. O debate sobre
a criação das CTs foi aprofundado nas Assembleias realizadas no último
dia 27, que trataram também de mudanças na Abar e sobre o planejamento
para 2010. O presidente da Abar, Wanderlino Teixeira, lembrou das dificuldades
de resolver aspectos como o desequilíbrio econômico-financeiro de concessionárias
que não arguiram o desequilíbrio (antes do fim do contrato) com reajustes
de tarifa. "Tais questões apontam para a necessidade de um debate maior
sobre as implicações das mudanças contábeis em setores que tiveram grandes
investimentos no passado, como saneamento. Daí pode ser que a Abar tenha
uma Câmara Técnica de Contabilidade Regulatória", disse. O assunto será
tratado na próxima reunião da associação, prevista para ser realizada
na próxima segunda-feira, 7 de dezembro, em Belo Horizonte. (CanalEnergia
- 03.12.2009) 7 Entrevista com Nelson Hubner: "Aneel está em busca da tarifa neutra" A Aneel tem estado no centro das discussões de temas que estão latentes e que têm gerado polêmica como o apagão ocorrido no dia 10 de novembro, que atingiu 18 estados do país, e a CPI das Tarifas de Energia, que teve seu relatório concluído na Câmara dos Deputados na última segunda-feira, 30. No texto final da CPI, ficou decidido que a agência tem 60 dias para desenvolver mecanismos de ressarcimento aos consumidores por valores cobrados "indevidamente" na conta de luz, referentes ao erro no metodologia de cálculo da Parcela A. No entanto, o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, afirmou, por diversas vezes, que a agência aplicou a metodologia definida nos contratos de concessão e, por isso, não haveria ressarcimento. Isso, entretanto, não impediu que a Aneel instaurasse uma audiência pública para tentar promover um aditivo nos contratos de concessão das distribuidoras, para que o erro na metodologia seja corrigido daqui para frente. Segundo Hubner, a agência quer resolver o problema o quanto antes e já está negociando com as distribuidoras. Quanto ao blecaute que atingiu quase todo o país, o diretor afirmou que a Aneel já iniciou seu processo de fiscalização e também vai preparar um relatório que deverá estar concluído em fevereiro. Para ler a entrevista na íntegra, clique aqui. (CanalEnergia - 02.12.2009)
Empresas 1 Grupo Eletrobrás investe menos da metade do orçamento até outubro O Grupo
Eletrobrás investiu R$ 3,570 bilhões nos 10 primeiros meses do ano, segundo
o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Isso significa 49,3%
da previsão de R$ 7,243 bilhões para 2009. Com isso, a empresa deve repetir
o desempenho dos outros anos, ficando na casa dos R$ 5 bilhões efetivamente
aplicados. No quinto bimestre do ano, a empresa aplicou R$ 794,826 milhões.
Furnas é a empresa do Sistema Eletrobrás com maior desembolso absoluto.
No ano, foram investidos R$ 1,110 bilhão do orçamento de R$ 1,6 bilhão.
(CanalEnergia - 03.12.2009) A EDP do Brasil prevê investir nos próximos dez anos R$ 1 milhão no Prêmio EDP 2020, que premiará com R$ 100 mil anuais projetos inovadores no setor energético brasileiro. O objetivo é estimular o desenvolvimento da inovação no país. O prêmio focará projetos no domínio das energias renováveis; redes inteligentes; eficiência energética; micro-geração, entre outras áreas. As principais ideias inovadoras de empreendedores brasileiros serão encubadas até chegar efetivamente ao lançamento de um novo negócio. A iniciativa contará com o apoio técnico do Centro de Empreendedorismo da FGV, que será parceira na seleção e no apoio à incubação de novos negócios. O edital do prêmio será lançado oficialmente no primeiro trimestre de 2010. Poderão candidatar-se todos os empreendedores que apresentem projetos inovadores nas áreas de interesse definidas. (BrasilEnergia - 03.12.2009) 3 Governo de SP sairá da Cteep O governo
doe estado de São Paulo lança nesta quinta-feira (3) uma licitação para
contratação de uma empresa de assessoria para a venda da participação
de 7,69% do capital social da Cteep. De acordo com fato relevante divulgado
pela transmissora, a Companhia do Metropolitano de São Paulo detém 1.591.604
ações preferenciais da empresa e a Secretaria da Fazenda do Estado de
São Paulo, 9,339 milhões de papéis. Com capacidade instalada de 43.069
MVA, a Cteep possui ativos de transmissão em 12 estados brasileiros. A
empresa possui 12.140 km de linhas de transmissão, 18.495 km de circuitos,
1.955 km de cabos de fibra ótica e 102 subestações com tensão até 550
KV. (BrasilEnergia - 03.12.2009) 4
Governo paulista pretende vender fatia da Paranapanema 5 CPFL Paulista lança plano de verão para combater apagão Devido ao
período de chuvas, típico do verão, a CPFL Paulista anunciou ontem um
plano para ampliar o atendimento em épocas de interrupção de energia.
Na região de Ribeirão Preto, o investimento foi de R$ 81 milhões, o que
incluiu substituição de postes, manutenção da iluminação pública e redes
de distribuição e capacitação de técnicos e eletricistas. O objetivo é
prevenir danos na rede e, no caso de queda de raio, restabelecer logo
o sistema. A empresa anunciou também o investimento em um call center
na unidade de Araraquara em janeiro do ano que vem. A previsão é contratar
600 pessoas para atender a cerca de 23 mil chamadas por dia. (Folha de
São Paulo - 04.12.2009) No pregão
do dia 03-12-2009, o IBOVESPA fechou a 68.314,82 pontos, representando
uma baixa de 0,44% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
6,56 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
0,43%, fechando 23.926,18 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 33,32 ON e R$ 29,45 PNB, alta de 1,59%
e 3,51%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior.
Na abertura do pregão do dia 04-12-2009 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 32,90 as ações ON, baixa de 1,26% em relação ao dia anterior e R$
29,50 as ações PNB, alta de 0,17% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 04.12.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Consumo de energia cresce com calor e recuperação industrial O forte
calor e a recuperação da indústria fizeram com que o consumo de energia
elétrica voltasse a subir em novembro, segundo dados do ONS divulgados
ontem. Em novembro, a carga de energia elétrica que circulou pelo sistema
nacional foi 7,5% superior ao volume constatado em igual período do ano
passado. Na comparação com outubro, o aumento chegou a 4,6%. No acumulado
dos últimos 12 meses, porém, verifica-se queda de 0,5% sobre período anterior
de 12 meses. Segundo o Boletim de Carga Mensal do ONS, a fraca base de
comparação foi um dos fatores que ocasionaram a forte alta em novembro.
Foi exatamente em igual mês de 2008 que os primeiros efeitos da crise
sobre o consumo de energia foram notados. Além disso, a ocorrência de
altas temperaturas no mês passado ajudou a elevar os consumos residencial
e comercial. O ONS assinala também a incorporação de 400 MW médios por
conta da interligação do sistema isolado Acre-Rondônia com o restante
do país, que contribuiu com 0,8% da taxa de crescimento no mês. (Valor
Econômico - 04.12.2009) 2 Sudeste e Centro Oeste corroboram para aumento de carga O sistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 34.978 MW médios da carga total, variação positiva de 9,7% na comparação com novembro do ano passado. Em relação a outubro, houve alta de 5,5%. Nos últimos 12 meses, verificou-se variação negativa de 1,1%. No Sul, o consumo de energia elétrica em novembro cresceu 7,3% em relação a igual período de 2008. Em relação a outubro, foi constatada alta de 6,5%. Nos últimos 12 meses, houve incremento de 0,8% no consumo de energia na região. No Nordeste, os valores preliminares de carga em novembro indicam variação positiva de 2,9% em relação a igual período de 2008. Na comparação com outubro, houve acréscimo de 0,7%. O acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 0,8% em relação a igual período anterior. Na região Norte, a carga de novembro foi 0,7% inferior ao volume verificado em igual mês no ano passado. Na comparação com outubro, os dados do ONS apontam para uma elevação de 1,3% no consumo de energia da região. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se, porém, uma redução de 0,5%. (Valor Econômico - 04.12.2009) 3 Especialistas afirmam no Senado que blecaute foi causado por raios e chuvas fortes Especialistas
que participaram de audiência pública promovida pelas comissões de Serviços
e Infraestrutura e de Assuntos Econômicos do Senado afirmaram que o blecaute
de 10 de novembro foi causado por raios e chuvas fortes, que atingiram
a usina de Itaipu entre as cidades de Ivaiporã (PR) e Itaberá (SP). Os
fenômenos climáticos provocaram curtos-circuitos simultâneos em várias
outras regiões. O diretor de Operação do Sistema e Comercialização de
Energia de Furnas, Cesar Ribeiro Zani, disse não haver dúvida de que o
apagão foi causado pelas descargas atmosféricas e fortes chuvas, que reduziram
a capacidade de atuação dos isoladores de Itaipu. A mesma constatação
foi feita pelo diretor do Inpe, Gilberto Câmara. Ele explicou que o Inpe
não detectou raios de grande intensidade para justificar, isoladamente,
o apagão. No entanto, esses raios, associados às fortes chuvas, podem
sim ter sido a causa dos curto-circuitos. (CanalEnergia - 03.12.2009)
4 Aumento no padrão de chuvas precisa ser estudado, diz diretor de Furnas O aumento
das chuvas em algumas regiões do país deve ser estudado para evitar novos
blecautes como o do dia 10 de novembro. Essa é a opinião do diretor de
comercialização de energia de Furnas, Cezar Zani. "A mudança climática
está sendo muito discutida, com posicionamentos divergentes, mas o fato
é que tem que se investigar a questão do aumento de chuvas", afirmou Zani.
Segundo ele, sendo detectado o aumento dos índices pluviométricos, o próximo
passo será rever o sistema de isolamento das torres de alta tensão. "Contratamos
o Centro de Pesquisa de Energia Elétrica para investigar soluções. Estamos
analisando distância de escoamento, a possibilidade de usar uma graxa
de silicone ou um produto chamado RTV", afirmou o diretor de Furnas. (Agência
Brasil - 03.12.2009) 5 Furnas conhecia falha que levou ao apagão Dona das
três linhas de transmissão que desligaram e deixaram 18 Estados sem luz
no último dia 10, Furnas sabia desde 2007 que os equipamentos que falharam
no último apagão funcionavam de forma precária com excesso de chuva. Vinha
providenciando a troca dos equipamentos, mas foi incapaz de evitar o blecaute.
O mau funcionamento dos isoladores em condições de chuva foi apontado
pelo ONS, há duas semanas, como provável causa do último apagão. Um deles
teria falhado numa linha de transmissão próxima à subestação de Itaberá
(SP), que desligou. O desligamento da primeira linha sobrecarregou as
demais. Com problemas semelhantes nos isoladores, uma linha paralela à
primeira e outra, depois de Itaberá, teriam desligado numa fração muito
curta de tempo, e o sistema não teve tempo de se recompor. Está prevista
para hoje a entrega do relatório com as causas do apagão ao Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico pelo ONS. Oficialmente, Furnas nega que
tenha havido um programa específico para a troca desses isoladores. Diz
Furnas que o blecaute do dia 10 não foi problema de equipamento, mas sim
por chuva e ventos. Segundo Furnas, os equipamentos "atuam dentro das
normas". (Folha de São Paulo - 04.12.2009) 6 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 67,73% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 67,73%, apresentando
alta de 0,09% em relação à medição do dia 01 de dezembro. A usina de Furnas
atinge 82,50% de volume de capacidade. (ONS - 04.12.2009) 7 Sul: nível dos reservatórios está em 97,96% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,12% em relação à medição
do dia 01 de dezembro, com 97,96% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 98,01% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 04.12.2009) 8 NE apresenta 61,25% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,17% em relação à medição do dia 01 de dezembro, o Nordeste
está com 61,25% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 64,04% de volume de capacidade. (ONS - 04.12.2009)
9 Norte tem 49,69% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 49,69%, apresentando queda de
0,05% em relação à medição do dia 01 de dezembro. A usina de Tucuruí opera
com 32,00% do volume de armazenamento. (ONS - 04.12.2009)
Meio Ambiente 1 Governo diminui pressão sobre Belo Monte, diz Ibama O governo
não marcará nova data para o leilão da hidrelétrica de Belo Monte (PA),
a maior no país, até que o Ibama conclua a análise do estudo de impacto
ambiental da usina. O leilão estava marcado para o dia 21 deste mês, mas
foi suspenso por falta da licença prévia à usina. O prazo para concluir
a análise depende agora da agilidade com que a Eletrobrás, empreendedora
da obra, vai responder aos novos pedidos de informação feitos em parecer
técnico, que aponta "incertezas" no projeto. "A bola agora está com eles",
disse o diretor, que espera informações da estatal na próxima semana.
Entre os principais problemas apontados pelos técnicos, estão a qualidade
da água e a navegabilidade do rio Xingu. O novo diretor de licenciamento
disse que a Casa Civil aliviou a pressão para acelerar a concessão de
licença prévia para a hidrelétrica. A equipe de Dilma é responsável pela
coordenação do PAC, do qual Belo Monte faz parte. A equipe de licenciamento
poderá ser reforçada nos próximos dias para evitar atrasos na conclusão
da análise do estudo de impacto ambiental, adiantou o diretor. (Folha
de São Paulo - 04.12.2009) 2 Novo diretor diz que 'o mais provável' é que o licenciamento de Belo Monte saia em janeiro A LP do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), deve sair no mês que vem. Esse é o cenário mais provável, segundo disse à Agência Estado o novo diretor de Licenciamento do Ibama, Pedro Bignelli. "Trabalhamos com três cenários: negar a licença, dar a licença sem exigir nada ou dar a licença com condicionantes. O mais provável é dar o sim a licença, com condicionantes, e em janeiro. Esse é o nosso horizonte otimista", disse Bignelli. Anteontem, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, havia antecipado ao Estado que a licença deveria sair, já que 99% das exigências ambientais haviam sido cumpridas. Bignelli adiantou algumas exigências que deverão ser feitas ao futuro empreendedor para viabilizar a obra do ponto de vista ambiental. Entre elas, deverá estar a de se manter uma vazão mínima de água na parte do rio conhecida como Volta Grande do Xingu. Outro ponto que deverá ser exigido é a construção de um pequeno elevador para que as pequenas embarcações que navegam pela região possam transpor a barragem. (O Estado de São Paulo - 04.12.2009) 3 Ex-coordenador geral do Ibama: "Havia açodamento por Belo Monte" O ex-coordenador
geral de Infraestrutura de Energia Elétrica do Ibama, Leozildo Tabajara
da Silva Benjamin, confirmou ontem que seu pedido de demissão do cargo
foi causado, entre outros motivos, pela pressão interna do governo para
que o órgão ambiental acelerasse a emissão da licença prévia da hidrelétrica
de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Benjamin citou como particularmente
grave a ocasião em que o ministro Edison Lobão, disse, em uma entrevista
coletiva, que a licença sairia no dia 16 de novembro. O ex-diretor preferiu
não se manifestar sobre a viabilidade ou não do projeto de Belo Monte,
mas disse que o trabalho do Ibama está sendo bem feito e que, em nenhum
momento, ouviu alguém dizer que a usina seria inviável. Apesar da pressa
do governo, o fato é que ainda existem dúvidas no Ibama que precisam ser
esclarecidas antes da liberação da licença. Entre as pendências há uma
grande quantidade de pedidos de informações adicionais sobre o impacto
que a obra vai trazer na densidade demográfica da região. Outra complementação
diz respeito à projeção do desmatamento necessário para a obra e também
novos detalhes sobre a retenção de sedimentos para o rio. (O Estado de
São Paulo - 04.12.2009) 4 Parecer do Ibama listou 16 pendências em Belo Monte Ainda são
16 as pendências para a definição da LP para a construção da usina de
Belo Monte, com capacidade para 11,2 mil MW, no rio Xingu (PA). Ontem,
o ex-coordenador-geral de infraestrutura de energia elétrica, do Ibama,
Leozildo Tabajara da Silva Benjamin, disse que o parecer 114/09, que lista
as complementações que devem ser feitas pelo empreendedor do projeto,
a Eletrobrás, e pelo ICMBio ao EIA, antes de o Ibama encerrar a análise,
foi produzido no dia 23. Segundo a assessoria de imprensa da Eletrobrás,
esses estudos ainda estão sob análise. O ICMBio tem, atualmente, uma equipe
no Xingu para avaliar o impacto da obra em cavernas, sua única pendência
no caso. O novo diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Pedro Bignelli,
espera que a Eletrobrás conclua as pendências até o fim da próxima semana,
para, então, a autarquia poder liberar a licença prévia. Essa licença
deve ser divulgada com uma série de condicionalidades, que ficariam a
cargo do vencedor do leilão, para a redução de riscos socioambientais
na região do Xingu. (Valor Econômico - 04.12.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Quintanilha Machado só em 2010 As obras
do parque eólico de Quintanilha Machado (135 MW), em Arraial do Cabo (RJ),
devem começar em janeiro de 2010, garantiu o presidente da Siif Énergies,
Marcelo Picchi. Esta é a terceira vez - somente em 2009 - que a empresa
francesa prorroga o início da construção da usina por conta de entraves
burocráticos e ambientais. Anteriormente prevista para outubro deste ano,
a implantação da unidade teve que ser adiada até que o impasse com a aviação
seja resolvida. A expectativa é que a obra seja entregue em novembro do
ano que vem. O projeto, que prevê a instalação de 54 aerogeradores com
2,5 MW de potência cada, já possui a licença de instalação emitida pelo
Inea. A empresa renegocia atualmente os contratos de equipamentos para
o empreendimento. A expectativa é que os preços dos materiais sejam reajustados
para baixo, o que implicará em uma redução de até 20% no orçamento total
da obra. Inicialmente, os investimentos previstos para a usina carioca
são de R$ 700 milhões. (BrasilEnergia - 03.12.2009) 2 São Martinho vende 40% da usina Boa Vista para Amyris A São Martinho, uma das principais empresas de açúcar e álcool do Brasil, fechou acordo para a venda de 40 por cento de uma das suas usinas, a Boa Vista, para o grupo norte-americano Amyris, por 140 milhões de reais, em dinheiro e ações. A São Martinho também estabeleceu uma joint venture com a Amyris que inclui a construção de uma nova unidade industrial complementar à usina Boa Vista, para uso da tecnologia da companhia dos EUA, e atuação conjunta no mercado de especialidades químicas renováveis. (Reuters - 03.12.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras vai construir Instituto de Petróleo, Gás e Energia, em Santa Catarina A Petrobras vai construir um Instituto de Petróleo, Gás e Energia, em Santa Catarina. Denominada Inpetro, a unidade contará com uma área de nove mil metros quadrados e vai enfatizar projetos de pesquisa e desenvolvimento, prestação de serviços especializados e formação de recursos humanos. Construído em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, o instituto abrigará laboratórios subdividos em leves e pesados, de acordo com possibilidade de movimentação de equipamentos de grande porte. Segundo a Petrobras, o início da construção do empreendimento está previsto para janeiro de 2010 e terá duração de nove meses. (CanalEnergia - 03.12.2009) 2 "Termelétrica de Cuiabá" descarta uso de óleo diesel A geração
de energia, a partir de óleo diesel, pela Termelétrica de Cuiabá está
descartada pela diretoria da EPE, que administra a planta. Apesar de ser
bicombustível e ter a carga do primeiro ano de atividade gerada pelo combustível
fóssil, altos custos para a geração tornam impossível a operação com esta
alternativa. O diretor Comercial e de Assuntos Regulatórios da EPE, Fábio
Garcia, explica que não haveria demanda por energia gerada pela unidade
a partir do diesel. Na análise do diretor, existem duas alternativas que
fariam com que a termelétrica voltasse a gerar carga usando o gás natural
da Bolívia. Ele explica que a primeira opção seria a de que a Bolívia
trate MT de forma isonômica e retome o abastecimento de gás, a segunda
alternativa, mais difícil de ser concretizada, seria a retomada dos investimentos
voltados para a produção e exploração de gás em solo boliviano. No que
se refere à parte da Petrobras que seria destinado à planta mato-grossense,
o diretor afirma que isso dependeria de um ponto adicional no contrato
comercial entre a Bolívia e a estatal brasileira. Enquanto isso, os postos
seis postos de Mato Grosso que abastecem com o GNV estão sem o produto.
(Gazeta Digital - 04.12.2009)
Grandes Consumidores 1 Hyundai confirma fábrica em SP O grupo
coreano Hyundai confirmou a instalação de uma fábrica em Piracicaba (SP)
para produzir 150 mil carros por ano, projeto orçado em US$ 600 milhões.
Ontem, o vice-presidente mundial da companhia, Eui-Sun Chung, se reuniu
em São Paulo com o governador José Serra para comunicar a retomada do
projeto. A construção havia sido anunciada em setembro de 2008, mas em
janeiro o grupo suspendeu o plano, alegando dificuldades diante da crise
financeira internacional. Agora, a multinacional coreana retomou o projeto
da fábrica, que deverá entrar em operação em 2012, um ano depois do inicialmente
previsto, e gerar 1,6 mil empregos. Serra informou que Estado e Prefeitura
de Piracicaba investirão mais de R$ 50 milhões em infraestrutura na cidade.
(O Estado de São Paulo - 04.12.2009) 2 Gerdau aposta no mercado interno e produz mais O presidente
do grupo Gerdau, André Gerdau Johannpeter avaliou ontem que o Brasil está
preparado para o crescimento do consumo de aço nos próximos anos, que
deverá ser puxado pelos investimentos nas obras do PAC, Copa do Mundo
de 2014, a Olimpíada e o pré-sal. De acordo com ele, as projeções são
de que a capacidade instalada no País ainda será suficiente para suprir
o incremento da demanda. "Hoje a capacidade instalada no Brasil é de 41
milhões de toneladas e o consumo aparente vai ser de 19 milhões de toneladas.
Para o ano que vem, a previsão é de quase 23 milhões de toneladas. Entre
o consumo aparente e a capacidade tem quase 100% de sobra de aço", afirmou.
Para o executivo, em 2010 a demanda por produtos siderúrgicos será próxima
aos níveis de 2008, antes da crise financeira mundial. Conforme o executivo,
os investimentos do grupo serão destinados basicamente à agregação de
valor dos produtos e não em expansão de capacidade. (Jornal do Commercio
- 04.12.2009) Economia Brasileira 1 Meirelles vê risco de formação de bolhas O presidente do BC, Henrique Meirelles, concorda com quase tudo o que o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman disse a respeito do Brasil, na entrevista publicada nesta Folha, na qual criticou a confiança irracional no país e disse que o Brasil "está com tudo", mas não vai virar "superpotência no ano que vem". Para o presidente do BC, "o alto nível de liquidez da economia americana e de algumas outras economias certamente oferece riscos de formação de uma bolha e de distorções na precificação de ativos". Meirelles acha que uma bolha que se formasse em decorrência de excessos nesses ativos seria desagradável, mas não tão danosa quanto uma bolha de crédito, risco que ele acha que o Brasil não corre, porque a regulação brasileira no setor é forte o suficiente. Mesmo assim, o presidente do BC garante que, "se não for o primeiro, o Brasil será dos primeiros a aplicar as novas normas para o sistema financeiro" que o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia deve aprovar já na semana que vem. (Folha de São Paulo - 04.12.2009) 2 Brasil e China fazem 1ª transação sem dólar O Brasil e a China fizeram sua primeira transação comercial sem usar dólares, intercambiando reais e yuans. A operação foi feita pelo Bank of China em São Paulo para a fábrica de aparelhos de ar-condicionado Gree, instalada na Zona Franca de Manaus. A filial brasileira da Gree depositou no final de outubro R$ 1,72 milhão no banco em São Paulo, valor que foi retirado apenas três dias depois na China já convertido em yuans. Em 2009 a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil. As vendas brasileiras já são 40% maiores que as para os EUA. Quando visitou a China, em maio, o presidente Lula defendeu que Brasil e China fizessem seu comércio usando as duas moedas nacionais, sem a conversão ao dólar. À época, o Bank of China disse que tal intenção estava limitada pelo fato de o yuan não ser ainda plenamente conversível. Com os EUA se endividando para combater a crise, o debate sobre a continuidade do dólar como moeda de reserva mundial vem crescendo. O dólar tem hoje a menor participação nas reservas globais desde 1999. (Folha de São Paulo - 04.12.2009) 3
Real forte derruba receita de eletrônicos em 9% neste ano 4 Custo de vida em São Paulo sobe 0,6% em novembro O custo
de vida na cidade de São Paulo ficou em 0,6% em novembro, 0,07 ponto percentual
acima do registrado em outubro (0,53%), de acordo com o Índice do Custo
de Vida calculado pelo Dieese. Os grupos que mais contribuíram para a
taxa foram alimentação, com alta de 0,62% e transporte, que teve elevação
de 1,01%. Quanto ao grupo transporte, o aumento foi atribuído ao subgrupo
individual (1,42%), por conta do alta no preço dos combustíveis. No grupo
habitação, houve alta de 0,58% e no de saúde, de 0,84%. Nos últimos 12
meses, o ICV acumula aumento de 4, 07%, com maiores altas nos grupos despesas
pessoais (10,85%), educação e leitura (7,70%) e habitação (5,96%). As
taxas negativas foram observadas nos grupos vestuário (-1,68%) e equipamento
doméstico (-0,69%). Os grupos transporte (2,99%) e alimentação (2,72%)
ficaram abaixo taxa geral. (Agência Brasil - 03.12.2009) 5 BNDES: juro mais baixo não vai ser mantido O presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, disse que o governo não pretende prorrogar
a redução dos juros nas operações de crédito do Finame hoje em 4,5% ao
ano. "Não há nenhuma decisão a respeito. É uma das reivindicações que
recebemos do setor industrial, mas, no momento, o que posso dizer é que
essa iniciativa deve ser concluída em 31 de dezembro", afirmou em evento
na Fiesp. O Finame é financia aquisição de máquinas e equipamentos para
indústria, agricultura e construção. Antes de ser incluído no Programa
de Sustentação do Investimento, os juros da linha eram de 10,5% ao ano.
(Monitor Mercantil - 03.12.2009) O dólar comercial opera com valorização na abertura dos negócios nesta sexta-feira. Há pouco, a moeda estava a R$ 1,712 na compra e a R$ 1,714 na venda, avanço de 0,29%. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM & F registravam ganho de 0,02%, a R$ 1,7195. Na quinta-feira, o dólar comercial caiu 0,75%, a R$ 1,707 na compra e R$ 1,709 na venda. (Valor Online - 04.12.2009)
Internacional 1 Bolívia busca mercado e dinheiro para gás Quase quatro
anos após a nacionalização do setor de gás da Bolívia, o presidente Evo
Morales vê-se com dois problemas pela frente. Os desafios de curto e médio
prazos são atrair investimentos privados para seguir explorando as reservas
do país e buscar novos mercados. Desde a posse de Morales, houve apenas
tímida melhora no volume de gás produzido, e há problemas de gestão e
operação na YPFB. No primeiro semestre deste ano, a demanda brasileira
foi 28% menor que no mesmo período de 2008. Uma opção seria a Argentina,
que no mesmo período dobrou sua demanda. O problema é que falta gasoduto
para fazer o combustível chegar lá. La Paz colocou US$ 1 bilhão do Tesouro
na YPFB. "Mas estima-se que eles necessitem no total US$ 5 bilhões de
investimento", aponta Stephen Keppel, analista da Economist Intelligence
Unit para a Bolívia.Por enquanto, não há sinais de que esse dinheiro virá
no curto prazo. Os investidores esperam a regulamentação do setor sob
a nova Constituição. (Folha de São Paulo - 04.12.2009) 2 Colômbia suspende venda de energia para a Venezuela e restringe ao Equador O governo
colombiano anunciou quinta-feira a suspensão temporária do abastecimento
de energia para a Venezuela e a restrição de vendas ao Equador para assegurar
as reservas de energia para o verão, disse o ministro de Minas e Energia
Hernán Martinez. O ministro salientou que a medida "não tem nada a ver
com a situação política que vivemos com a Venezuela" e expressou confiança
na rápida restauração do fornecimento de energia."Estamos reservando água
para fevereiro e março, como forma de enfrentar forte verão que está chegando
afastando assim o fantasma do racionamento", disse Martinez. (El Nacional
- 03.12.2009) 3 Colômbia: empenho para reduzir emissões de gases Embora a Colômbia contribua com apenas 0,37 por cento das emissões globais, o país voluntariamente implementará ações de redução significativa de emissão de gases. O país espera que, no contexto das negociações sobre mudança climática que terá início em 7 de Dezembro em Copenhague, haja compromissos ambiciosos de redução das emissões globais de gases que contribuem para o efeito de estufa. Entre os projetos de redução estão o TransMilenio sistema de transporte de massa, a geração de mais de 75 por cento da energia do país com energia renovável (hidrelétricas) e investimento no desenvolvimento de energias alternativas como os biocombustíveis. (Portafolio - Colômbia - 03.12.2009) 4
Empresa Argentina Aluar se expande para atender o Brasil 5 Portugal e Chile assinam acordo em matéria de energias renováveis O Primeiro-Ministro
José Sócrates e a Presidente da República do Chile, Michelle Bachelet,
presidiram à assinatura de um memorando de entendimento sobre cooperação
em matéria de energias renováveis. O acordo traduz o reconhecimento de
que Portugal tem hoje uma posição no mundo que é marcante e de alguma
maneira liderante nestas tecnologias, afirmou Secretário de Estado da
Energia e da Inovação de Portugal. Haverá uma cooperação a todos os níveis
do ponto de vista da investigação, e da cooperação entre técnicos, mas
também certamente nas próximas missões empresariais a energia estará fortemente
representada."Trata-se de uma deliberação conjunta dos dois países para
trabalharem em conjunto para desenvolverem o setor das energias renováveis"
referiu ainda o Secretário de Estado. (UDOP - 03.12.2009) A Enel,
energética italiana, anunciou um acordo com a firma alemã SoWiTec para
ter acesso exclusivo a até 1.000 MW em projetos de energia renovável que
ela está desenvolvendo no México. (Valor Econômico - 04.12.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 MEDEIROS, Carolina. "Entrevista com Nelson Hubner: 'Aneel está em busca da tarifa neutra'". Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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