l IFE: nº 2.629 - 03
de dezembro de 2009 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Aneel diz que mudará tarifas em 2010 A Aneel
quer aprovar e apresentar para as empresas, na semana que vem, o aditivo
contratual que irá corrigir as distorções no reajuste tarifário que têm
provocado perdas para o consumidor. A intenção é que todos os reajustes
de 2010 já sejam feitos com as novas regras. O diretor-geral da agência,
Nelson Hubner, afirmou, no entanto, que não haverá ressarcimento, porque
a agência entende que não houve erro. Dessa forma, duas das determinações
da CPI das Tarifas de Energia não serão cumpridas: calcular e divulgar
o que foi pago a mais pelos consumidores e montar uma metodologia de devolução
do dinheiro cobrado a mais do consumidor. Hubner avalia que a agência
tem argumentos para convencer as distribuidoras a assinarem o aditivo
e colaborarem com a mudança: serão informadas de que, se não o assinarem,
a fórmula que garante a mitigação da variação de custos como o câmbio
poderá ser alterada. Nesse caso, elas ficariam com todo o risco de mercado.
(Folha de São Paulo - 03.12.2009) 2 Justiça nega liminar no caso das tarifas A Justiça
federal de Minas Gerais negou o pedido de liminar feito pela Associação
Brasileira de Consumidores, com sede em Belo Horizonte, para que Cemig
e Energisa fossem obrigadas a ressarcir os consumidores de suas áreas
de concessão em função da falha metodológica no cálculo das tarifas de
energia. O juiz Renato Martins Prates, da 6ª Vara Federal, entendeu que
há sim o risco de dano irreversível, mas para as distribuidoras e não
para os consumidores, como alegou a associação. De acordo com a decisão,
o percentual de 2% cobrado a mais nas tarifas, segundo alegação da ABC,
é uma quantia que a curto e médio prazo não é suficiente para causar prejuízo
relevante aos consumidores. Para as distribuidoras, se elas vencerem a
ação é difícil que consigam rever os valores que não forem recolhidos
pelos consumidores. (Valor Econômico - 03.12.2009) 3 Autorização de UHEs em pauta A Aneel
colocará em audiência pública na modalidade intercâmbio documental de
3 de dezembro deste ano a 1º de fevereiro do ano que vem a proposta de
regulamentação das autorizações para hidrelétricas de até 50 MW. A medida
faz parte da regulamentação da MP das Hidrelétricas (MP 450/08), sancionada
pelo presidente Lula em maio deste ano, e que permite que empreendimentos
deste porte possam ser concedidos a estatais sem licitação, independentemente
de serem PCHs. A ideia do governo ao implementar esta regra é dar maior
agilidade ao processo de instalação de usinas hidrelétricas de pequeno
porte que, em tese, provocam menos impactos ambientais. A MP 450 autoriza
ainda a União a participar do Fundo de Garantia a Empreendimentos de Energia
Elétrica (FGEE). (BrasilEnergia - 02.12.2009)
Empresas 1 Falta de gerenciamento deixa elétricas expostas aos riscos Os riscos
a que estão expostas as empresas do setor elétrico ficaram evidenciados
neste ano. Mas uma pesquisa da Deloitte revela que apesar de tantos riscos
para contabilizar, cerca de 35% das empresas do setor não possuem nenhum
tipo de sistema que gerencie essas contingências. E mesmo entre as empresas
que possuem um gerenciamento de risco, em cerca de 41% dos casos não existe
um plano de ação para minimizá-los. O sócio da Deloitte que coordenou
a pesquisa, José Fernando Alves, chama a atenção também para o fato de
que 33% dos executivos que estão em empresas que têm a gestão de risco
não reavaliam suas atividades com frequência. Outro ponto que chama a
atenção da pesquisa é que nos principais objetivos do processo de gestão
de risco, apenas 47% estão ligados à resposta a regulamentações. A gestão
ainda está muito voltada para estratégias de organização e de governança
corporativa, com 83% das respostas, e seguido da prevenção a fraudes e
irregularidades dentro das companhias, com 82%. (Valor Econômico - 03.12.2009)
Furnas pretende investir cerca de R$ 1 bilhão em 2010. O valor, semelhante ao investimento dos últimos anos, ainda precisa ser aprovado no orçamento da União para o próximo ano. Desse montante, porém, ainda não está definido quanto será aplicado em transmissão e em geração de energia. Apenas os três lotes arrematados por Furnas, sozinha ou em parceria, no leilão de transmissão da última sexta-feira demandarão investimentos da ordem de R$ 680 milhões. Segundo o presidente da empresa, Carlos Nadalutti Filho, a agressividade da companhia no leilão não teve nenhuma relação com o blecaute ocorrido em 10 de novembro, ocorrido por causa de curto-circuitos em três linhas da estatal. (BrasilEnergia - 02.12.2009) 3 Investimentos de estatais crescem 40% no ano O Ministério
do Planejamento informou que as empresas estatais brasileiras fizeram
investimentos de R$ 53,6 bilhões no acumulado do ano até outubro, um aumento
de 40,3% sobre o mesmo período do ano anterior. Os dados foram disponibilizados
pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do
ministério, órgão responsável pelo acompanhamento das 68 empresas estatais
federais. Segundo a ONG Contas Abertas, 12 tiveram, até outubro, desempenho
superior à média geral de 67,1%, entre elas a Petrobras Netherlands PNBV
(99%), Liquigás Distribuidora (94%), Eletrobrás Participações (89%), Transportadora
Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (79%), Eletrosul Centrais Elétricas
(77%) e Petrobras (76%). (Valor Econômico - 03.12.2009) 4
Cemig promove leilão de venda de energia convencional e incentivada 5 Cristián Fierro deixará Ampla para chefiar distribuição da Endesa na América Latina O presidente
da Ampla, o chileno Cristián Fierro, deixará seu cargo para comandar a
distribuidora Chilectra, em seu país de origem. O executivo chefiará ainda
a área de distribuição da Endesa na América Latina. O atual presidente
da Endesa Brasil, Marcelo Llévenes, acumulará a presidência da distribuidora
fluminense. Ao todo, Fierro esteve por sete anos no Brasil, sendo quatro
na Coelce (CE) e três na Ampla (RJ). Llévenes, de 46 anos, é engenheiro
comercial com Pós Graduação em Administração e Finanças pela Universidade
do Chile e mestrado em Administração de Empresas pelo Instituto Altos
de Estudos de Empresas, na Argentina. O chileno volta a acumular as duas
presiências, conforme ocorreu de 2004 a 2007. (CanalEnergia - 02.12.2009)
6 Politec Global IT Services fornecerá tecnologia de gestão de ativos para AES Brasil A multinacional
de origem brasileira Politec Global IT Services fechou contrato com o
grupo AES Brasil para implantar uma tecnologia para gestão de ativos.
O projeto prevê o uso de módulos PS e PM do sistema de gerenciamento de
informações SAP, de forma integrada a outros sistemas corporativos existentes
(SAP-CCS, demais módulos do SAP-ERP, GISESRI, Scada e Atende), com duração
de 13 meses. Eletronuclear, Eletronorte, Eletrobrás e Chesf estão entre
as empresas que também contrataram serviços de TI da Politec, segundo
a companhia. (CanalEnergia - 02.12.2009) 7 Light anuncia ampliação de seu Plano Verão Em nota
divulgada nesta quarta-feira (2), a Light anunciou que ampliou seu Plano
Verão, programa que teve início em 15 de outubro e visa a minimizar os
efeitos dos temporais, vendavais e cargas elevadas em suas instalações.
Segundo a concessionária, estão à disposição dos consumidores 1.900 profissionais,
ou seja, 30% a mais que o número regular em operação nas outras estações
do ano. O número de equipes de emergência cresceu em 50% por dia e o de
manutenção em 30%. (Setorial News - 02.12.2009) No pregão do dia 02-12-2009, o IBOVESPA fechou a 68.614,79 pontos, representando uma alta de 0,30% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 6,78 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,15%, fechando 23.823,52 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 32,80 ON e R$ 28,45 PNB, alta de 6,56% e 8,55%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 03-12-2009 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 32,96 as ações ON, alta de 0,49% em relação ao dia anterior e R$ 28,30 as ações PNB, baixa de 0,53% em relação ao dia anterior. (Investshop - 03.12.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Eletricidade trava desenvolvimento do Amapá O Amapá
é o Estado mais preservado do Brasil, mas também é um dos menos desenvolvidos.
Rico em recursos naturais, a falta de energia elétrica é o gargalo que
impede seu desenvolvimento. A redenção do AP só virá quando o Estado estiver
ligado ao SIN. O que pode começar a ocorrer em 2011, quando está prevista
a conclusão das obras do Linhão de Tucuruí. A gerência regional da Eletronorte
assegura que não falta energia no Amapá. Mas nesse período de seca a geração
na hidrelétrica Coaracy Nunes cai para 25 MW. As térmicas geram 116 MW,
isso para uma demanda de 176 MW. No início deste mês, o Amapá passou por
uma semana de racionamento porque houve problema nas balsas que transportam
diesel para as térmicas. A solução foi comprar energia de um produtor
independente, a SoEnergy, que gera 45 MW. Com a chegada do diesel e mais
a geração da SoEnergy, há sobra de 10 MW. Isso, segundo a Eletronorte,
é suficiente para as indústrias que queiram se instalar no Amapá. Como
o Amapá tem grande potencial hídrico, quando estiver interligado ao sistema
nacional de energia poderá atrair investidores no setor. (O Estado de
São Paulo - 03.12.2009) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 67,64% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 67,64%, apresentando alta de 0,07% em relação à medição do dia 30 de novembro. A usina de Furnas atinge 82,27% de volume de capacidade. (ONS - 03.12.2009) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 97,84% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,05% em relação à
medição do dia 30 de novembro, com 97,84% de capacidade armazenada. A
usina de Machadinho apresenta 96,80% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 03.12.2009) 4 NE apresenta 61,42% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,23% em relação à medição do dia 30 de novembro, o Nordeste
está com 61,42% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 64,15% de volume de capacidade. (ONS - 03.12.2009)
5 Norte tem 49,74% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 49,74%, apresentando alta de
0,16% em relação à medição do dia 30 de novembro. A usina de Tucuruí opera
com 31,96% do volume de armazenamento. (ONS - 03.12.2009)
Meio Ambiente 1 Ibama cobra mais dados sobre Belo Monte Parecer
assinado por técnicos do Ibama apontou "incertezas" no projeto da hidrelétrica
de Belo Monte, no rio Xingu (PA), e cobrou mais informações da Eletrobrás,
estatal responsável pelo estudo de impacto ambiental da maior obra de
geração de energia no país, com mais de 11.000 MW. Com isso, o leilão
da obra do PAC, um negócio hoje estimado em quase R$ 10 bilhões e previsto
para janeiro, pode ser novamente adiado. Os técnicos afirmam que não conseguiram
concluir a análise da licença prévia à obra. Apontam "grau de incerteza
elevado" sobre a qualidade da água no rio. Também foram considerados "incertos"
os impactos da obra sobre a navegabilidade do rio e do fluxo migratório
para a região da hidrelétrica. A Eletrobrás confirmou ter recebido o novo
parecer do Ibama, com data de 23 de novembro. Não há nem mesmo compromisso
do instituto em liberar a obra, segundo informou o presidente do Ibama,
Roberto Messias Franco. "Ao final das análises, vamos resolver se damos
ou não a licença, sem protelar uma decisão." (Folha de São Paulo - 03.12.2009)
2 Ibama diz que demissões não vão acelerar licença de Belo Monte Em meio à pressão do governo para acelerar a concessão da LP da usina hidrelétrica de Belo Monte, dois executivos do Ibama foram substituídos esta semana, confirmou o órgão nesta quarta-feira. Segundo a assessoria do Instituto, a saída dos dois executivos "foi por motivo administrativo". O diretor será substituído pelo superintendente do Ibama em Mato Grosso, o geólogo Pedro Alberto Bignelli, nomeado no início do ano para o cargo pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, segundo informação do Ibama. "Isto não quer dizer que a licença de Belo Monte agora vai sair por causa disso, não existe nenhuma orientação nesse sentido", garantiu a assessora do Ibama. Se a licença não for concedida em dezembro a obra poderá ser adiada em um ano, devido ao fechamento da chamada "janela hidrológica" que antecede o início do período de chuvas. (Reuters - 02.12.2009) 3 Presidente do Ibama admite pressões para liberar licença Em meio
a um tiroteio político que derrubou um diretor e um coordenador, o presidente
do Ibama, Roberto Messias Franco, afirmou ontem que permanece no cargo
enquanto tiver autonomia para avaliar os pedidos de licenciamento ambiental,
com o tempo que for necessário. Segundo Messias, o ministro do Meio Ambiente,
Carlos Minc, garantiu-lhe autonomia e apoio. Messias reconheceu, porém,
que as saídas do diretor de licitações, Sebastião Custódio Pires, e do
diretor de licitações, Leozildo Tabajara da Silva Benjamin, decorreram
de pressões para acelerar a análise das licenças. Os dois pediram demissão
do cargo terça-feira. "Essa pressão tem crescido, porque o Brasil está
crescendo. Não queremos perder o rigor (nas análises), mas queremos celeridade",
afirmou Messias. (Valor Econômico - 03.12.2009) 4 Ibama: é preciso mudar analistas e métodos Para acelerar
os processos de licenciamento, o presidente do Ibama, Roberto Messias
Franco, reconhece que é preciso mudar tanto os analistas da autarquia
quanto o método do Ibama ao avaliar os EIA dos empreendimentos. Na questão
de pessoal, ele diz que procurará aperfeiçoar a formação dos analistas.
No método, Messias citou o caso da usina hidrelétrica de Belo Monte e
disse que é preciso estar sempre aberto ao diálogo com os envolvidos e
tentar convencê-los de que os processos podem trazer benefícios a todos.
Messias não explicou a ausência do Ibama nas audiências públicas promovidas
pelo MPF, terça-feira, e pelo Senado, ontem. Na visão de Messias, há muitas
divergências em um projeto desse porte. "Algumas foram sanadas rapidamente
e outras são mais complicadas." (Valor Econômico - 03.12.2009) 5 Marina: ''Pressão no Ibama é grave'' A senadora
Marina Silva (PV-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, avalia como "graves"
as pressões a que estão sendo submetidos técnicos do Ibama para liberar
logo a LP do projeto da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Na terça-feira,
dois importantes funcionários do Ibama, o diretor de Licenciamento, Sebastião
Custódio Pires, e o coordenador-geral de Infraestrutura de Energia Elétrica,
Leozildo Tabajara da Silva Benjamin, deixaram os cargos. "Acho muito grave
que um empreendimento dessa magnitude esteja sofrendo pressões e, pelo
que tudo indica, pressão política.", disse Marina. Messias disse que não
está desconfortável no cargo e continuará presidindo o órgão. (O Estado
de São Paulo - 03.12.2009) 6 Matriz energética brasileira ficará mais suja nos próximos anos, segundo WWF A matriz
energética brasileira ficará mais suja nos próximos anos, segundo a organização
não governamental WWF. De acordo com o coordenador do Programa de Mudanças
Climáticas e Energia da ONG, Carlos Rittl, as projeções para as metas
de redução de até 38,9% das emissões de carbono até 2020 apontam para
o aumento da participação de fontes poluentes na geração de energia. "Parece
que o governo está prevendo sujar a nossa matriz e aumentar o nosso consumo
de combustíveis fósseis, só isso justificaria o aumento das emissões".
Para o assessor da secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, Oswaldo Lucon,
o Brasil está colocando em prática um "modelo de desenvolvimento sujo,
com viés de grande aumento das emissões de carbono". Em vez de buscar
um aumento rápido da quantidade gerada, uma das soluções, segundo Lucon,
seria utilizar melhor a energia disponível através, por exemplo, de ações
de eficiência energética. "A gente fala muito em gerar mais energia, mas
não fala em economizar energia". Para o executivo, o transporte viário
seria uma outra alternativa. "Transporte coletivo é eficiência, ferrovia
é eficiência. Hidrovia é eficiência. A gente não discute isso, só faz
estrada". (CanalEnergia - 02.12.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Acidente em parque eólico cearense Uma explosão
atingiu um dos 50 aerogeradores fornecidos pela indiana Suzlon para o
parque eólico de Praia Formosa (104,4 MW), em Camocim (CE). O acidente
teria ocorrido último dia 21/11, mas somente nesta quarta-feira (2/12)
as autoridades locais teriam sido informadas do acidente, que ainda não
tem causa definida. A francesa Siif Énergies, responsável pelo empreendimento,
apenas informou, em nota, que o ocorrido foi um fato isolado e que não
causou nenhum dano à população da região. O equipamento, que acabou sem
uma das pás, será retirado do local e analisado pela Suzlon. A fornecedora
fará uma revisão global em todos os equipamentos do tipo (S-88) instalados
no Brasil. A ideia é garantir que o mesmo problema não ocorra novamente,
informou a Siif. A usina é considerada a maior do Nordeste e foi inaugurada
em setembro deste ano. A companhia aplicou R$ 500 milhões em investimentos
no parque, que tem 416.678 MWh/ano de energia contratados durante 20 anos.
(BrasilEnergia - 02.12.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Lula anuncia parceria com a Ucrânia O Brasil e a Ucrânia iniciaram hoje (2) o diálogo para uma parceria que visa à geração de energia nuclear e ao desenvolvimento de tecnologia militar. Uma missão liderada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, começa hoje uma série de visitas a instalações militares na cidade de Dniepropetrovsk, para pesquisar áreas de cooperação mútua, inclusive fabricação de mísseis e desenvolvimento de tecnologia nuclear. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou na noite passada à Ucrânia, a parceria é importante para garantir a proteção do pré-sal e das fronteiras terrestres e marítimas do Brasil. (Agência Brasil - 02.12.2009) 2 Maria das Graças Foster: tendência é de queda de preços do gás A diretora
da Petrobras Maria das Graças Foster concorda com as críticas da indústria
de que o preço do gás natural no país está elevado e é um dos mais caros
do mundo, como mostra levantamento da Abrace. Foster diz que a tendência
é de queda de preços, sobretudo a partir de 2013, quando grandes volumes
de gás entrarão no mercado. A Petrobras negou que tenha montado uma estrutura
tarifária no gás nacional para bancar antecipadamente investimentos futuros.A
indústria acusa a empresa de ter embutido na tarifa uma parcela fixa que
teria essa finalidade. A estatal afirma que toda a tarifa sustenta os
investimentos na expansão da oferta. A indústria mira a chamada parcela
fixa embutida na tarifa do gás nacional. Estima que o custo de US$ 3 por
milhão de BTU já tenha rendido R$ 1,5 bilhão à estatal. Segundo Foster,
a parcela fixa amortece altas e baixas do preço do petróleo, que baliza
o preço do gás. Ela diz que a parcela já rendeu US$ 875 milhões à empresa,
e os investimentos na produção e expansão da malha de gasodutos já custaram
US$ 15,5 bilhões. A indústria aponta falta de transparência nesse ponto.
(Folha de São Paulo - 03.12.2009) 3 Petrobras quer flexibilizar contratos A Petrobras
informou que já está negociando novos contratos de gás com as distribuidoras
do país, mas o plano é impor condições menos rígidas de fornecimento para
assegurar um mercado "flex" de gás. A estratégia da Diretoria de Gás e
Energia da estatal é não perder o atual poder de manobra na oferta do
combustível no mercado interno, seja em relação ao gás boliviano, seja
na oferta de gás baseado em contratos sem garantia de fornecimento 100%
do tempo. Maria das Graças Foster, diretora da Petrobras, diz que contratos
que permitam interrupção de fornecimento serão mais baratos que os contratos
chamados, no jargão do setor, de "firme inflexível". A estatal quer popularizar
os chamados contratos do tipo "interruptível" e "firme flexível". A indústria
que precisar de gás 100% do tempo pagará mais por isso. (Folha de São
Paulo - 03.12.2009) 4 UTE Açucareira Ester inicia operação em teste de 30 MW A Aneel
autorizou o início da operação em teste da unidade geradora 4, de 30 MW,
da termelétrica Açucareira Ester. Localizado no município de Cosmópolis,
em São Paulo, o empreendimento pertence a Usina Açucareira Ester, que
terá 60 dias após os testes para enviar relatório à Aneel confirmando
ou corrigindo a potência estimada da turbina. As informações foram publicadas
no Diário Oficial da União da última terça-feira, 1 de dezembro. (CanalEnergia
- 02.12.2009)
Grandes Consumidores 1 Apesar de recuperação recente, siderurgia deve cair 21% no ano Apesar da
recuperação nos últimos meses, que levou à reativação de quatro dos seis
altos-fornos que tinham sido desligados devido à crise econômica, a indústria
siderúrgica brasileira projeta fechar o ano com uma produção de 26,7 milhões
de toneladas de aço bruto, 20,8% menor do que a de 2008. Para 2010, porém,
as perspectivas são de recuperação. Segundo o Instituto Aço Brasil, o
consumo interno do produto em 2008 cairá 21,9% em relação ao ano passado,
atingindo 18,8 milhões de toneladas. Já as exportações, de 9,5 milhões
de toneladas, serão 3,3% maiores. Por causa da queda dos preços internacionais,
porém, elas renderão ao país 36% menos do que em 2008. Os dados do instituto
mostram, porém, que a recuperação do setor ganhou força ao longo do ano,
impulsionada pela política de desoneração do governo. O instituto projeta,
para 2010, uma produção de aço bruto da ordem de 33,1 milhões de toneladas,
24,2% acima do total previsto para este ano. (Folha de São Paulo - 03.12.2009)
Economia Brasileira 1 Produção industrial cresce 2,2% em outubro, ante setembro A produção industrial Brasileira avançou 2,2% em outubro deste ano, na comparação com setembro, segundo informou hoje o IBGE, em dados já ajustados sazonalmente. De acordo com a pesquisa, ainda na comparação mensal, 21 dos 27 ramos pesquisados registram acréscimo. A maior influência positiva sobre o indicador partiu do ramo de Veículos Automotores (11,2%). "Após o forte ajuste na produção no final do ano passado, o grupo acumula ganho de 107,1% frente a dezembro de 2008", reitera a instituto. Vale destacar também o ramo de Alimentos (3,0%), vindo a seguir os avanços observados em Bebidas (4,0%), Metalurgia Básica (2,6%) e Farmacêutica (3,1%). Já as principais influências negativas vieram de Outros Produtos Químicos (-1,9%), Equipamentos de Instrumentação Médico-Hospitalar e Ópticos (-7,2%) e Máquinas para Escritório e Equipamentos de Informática (-3,8%). (Jornal do Brasil - 02.12.2009) 2 Indústria dá sinais mais fortes de recuperação Os sinais de recuperação da indústria ficaram mais fortes em outubro, evidenciados pelo bom desempenho dos bens de consumo duráveis e pelo aumento no ritmo de reação dos investimentos. O impulso do consumo interno e dos bens de capital garantiu alta de 2,2% na produção em outubro ante setembro, a décima taxa positiva consecutiva ante mês anterior. A queda de 3,2% em relação a outubro de 2008 foi o menor recuo do desempenho mensal em relação ao mesmo mês do ano anterior desde o início da crise. "Queda menor também é recuperação", disse a gerente de análise da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes. Ela ressaltou que, apesar da recuperação na indústria ao longo de 2009 e do crescimento de 19,5% em outubro ante dezembro do ano passado, a produção industrial em outubro ainda foi 5,7% menor que a de setembro de 2008, o início da crise. Para ela, os dados confirmam a reação industrial, mas não a consolidação. (O Estado de São Paulo - 03.12.2009) 3
Investimento pode fazer PIB superar 6% 4 Fluxo financeiro cai ao nível do início do ano A entrada
e a saída de dólares do país por meio de operações financeiras caíram
em novembro e voltaram aos níveis registrados no início do ano, segundo
dados do BC. De acordo com analistas da área de câmbio, esse movimento
se deve tanto ao início da tributação nesses negócios, no final de outubro,
como a uma redução nos fluxos de investimentos para o mercado financeiro
no Brasil. O movimento de câmbio na área financeira inclui, principalmente,
operações de estrangeiros com compra de ações e títulos públicos. Faltando
apenas um dia útil para o final de novembro, o BC registrava compras de
US$ 22,9 bilhões, o menor valor dos últimos sete meses. O dado parcial
de novembro aponta um saldo positivo de US$ 2,4 bilhões na área financeira.
O BC registrou ainda um saldo de mais US$ 1 bilhão na área comercial.
A maior parte do dinheiro que entrou nesses dois segmentos foi comprada
pelo BC, que adquiriu US$ 2,7 bilhões. Apesar da entrada menor de dinheiro,
o dólar fechou novembro praticamente estável, com queda de 0,17%. (Folha
de São Paulo - 03.12.2009) 5 Mantega diz estar satisfeito com medidas cambiais Em meio
ao debate no Brasil e no mundo sobre o risco de formação de uma bolha
especulativa no mercado acionário, o ministro da Fazenda, Guido Mantega,
disse ontem que está satisfeito com as medidas cambiais já adotadas pelo
governo. Segundo ele, as medidas permitiram dar maior "consistência" à
bolsa de valores brasileira. O ministro afirmou que "do ponto de vista
do Ministério da Fazenda" as principais medidas para conter a excessiva
valorização do real e volatilidade da taxa de câmbio já foram tomadas.
Ele sinalizou que as outras medidas em estudo pelo BC para liberalizar
o mercado cambial no país poderão levar mais tempo para serem adotadas.
Segundo Mantega, as medidas que faltam ser adotadas pelo BC não têm impacto
imediato e "só sairão do papel quando forem detalhadamente estudadas".
Para Mantega, a cobrança do IOF na entrada de capital externo e nas emissões
de DRs diminuíram a volatilidade da taxa de câmbio. "Também deu mais consistência
à bolsa de valores", disse. (Jornal do Commercio - 03.12.2009) 6 Empréstimo pessoal tem taxa média de 5,15% ao mês Os empréstimos para pessoas físicas registraram taxa média mensal de 8,80% no cheque especial, enquanto o juro médio das operações para crédito pessoal ficou em 5,15% ao mês. No Crédito Direto ao Consumidor, a taxa média ficou em torno de 2,80% ao mês. No cartão de crédito a taxa de juros está em torno de 10,70% ao mês, revela a sondagem realizada pela Agência IN. A linha de crédito oferecida para empresas nas modalidades como vendor e compror, apresentou taxa anual de 34,12% a 70,63% ao ano. No capital de giro, a taxa anual também varia entre 34,12% e 70,63%. A linha de hot money varia de 3,79% a 4,79%. No desconto de duplicata as taxas ficaram entre 2,29% e 3,35% ao mês e, no desconto de cheque entre 2,36% e 3,48%. Nas operações com conta garantida, o custo variou de 2,77% a 5,28% ao mês. (Jornal do Brasil - 02.12.2009) 7
Dieese estima salário mínimo de R$ 2.139,06 O dólar
comercial opera com baixa na abertura dos negócios nesta quinta-feira.
Há pouco, a moeda estava a R$ 1,713 na compra e a R$ 1,715 na venda, decréscimo
de 0,40%. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM
& F cediam 0,28%, a R$ 1,723. Na quarta-feira, o dólar comercial caiu
0,05%, a R$ 1,720 na compra e R$ 1,722 na venda. (Valor Online - 03.12.2009)
Internacional 1 Tarifas elétricas caem até 1.2% para consumidores residenciais no Peru As tarifas
de energia elétrica do sistema interligado terão, a partir de 4 de dezembro,
um reajuste, reduzindo entre 0,7 e 1,2 por cento para os utilizadores
residenciais, anunciou hoje a Agência de Supervisão de Investimento em
Energia e Mineração (Organismo Supervisor de la Inversión en Energía y
Minería - Osinergmin). No caso de usuários comerciais e industriais, a
redução é entre 0,9 e 1,5 por cento. Esta redução é obtida como resultado
da aplicação das regras do setor elétrico, relacionados com a atualização
do nível de preços de geração de eletricidade. (La República - 02.12.2009)
2 Bolivia: linha de Transmissão é concluída Com um empréstimo
da Corporação Andina de Fomento (CAF) de 32,2 milhões de euros, foi concluída
a construção da Linha de Transmissão Elétrica Caranavi-Trinidad e subestações
associadas da prefeitura de La Paz. Emilio Uquillas, representante da
CAF, disse que o trabalho irá fornecer alimentação contínua estável. No
seu percurso a nova linha de 374 km. de comprimento liga as cidades de
Yucumo, San Borja, San Ignacio de Moxos e de Trinidad ao Sistema Interligado
Nacional (SIN), que dá acesso à eletricidade para seus 185 mil habitantes.
"A nova linha é a garantia do fornecimento de eletricidade contínua, estável,
segura a mais de 25.000 famílias das cidades de Yucumo, San Borja, San
Ignacio de Moxos e Trinidad e geração de poupança imposto ao Governo da
Bolívia pela eliminação do pagamento do subsídio anual de óleo diesel,
usado para geração de energia termoelétrica em determinados locais", disse
Uquillas. (El Diario - Bolívia - 03.12.2009) 3 Variação anual de demanda de energia pode ser praticamente zero no Chile O consumo anual de energia poderá ser um pouco maior que o esperado pelas autoridades chilenas. De acordo com estimativas ElectroConsultores, a demanda por energia em dezembro crescerá 1,3% em relação ao mesmo mês de 2008. A consultoria projetou aumento de consumo de 3.463 GWh no Sistema Interligado Central (SIC) no mês passado. Com este aumento, a demanda de energia durante os primeiros 11 meses do ano, terá apresentado uma queda acumulada de 0,3% em relação ao mesmo período em 2008. A variação anual será praticamente zero se também houver crescimento no último mês de exercício. (Economía y Negocios - 02.12.2009) 4
Governo Chileno cobra investimento em Energias Renováveis 5 Associação Mundial Nuclear alerta para falta de combustível As usinas
de energia atômica do mundo correm o risco de sofrer escassez de combustível
dentro de uma década porque os fornecedores de urânio não conseguem construir
usinas de enriquecimento ou reciclar as ogivas da era soviética com velocidade
suficiente, segundo a Associação Mundial Nuclear. A demanda mundial projetada
supera a oferta de combustível para os reatores depois de 2017, potencialmente
empurrando os custos para cima para a Exelon e a Electricité de France,
respectivamente a maior operadora dos Estados Unidos e a maior da Europa.
Cinquenta e dois reatores nucleares estão sendo construídos em diversos
países, inclusive China, Índia, Finlândia e França, segundo o boletim
de outubro da associação. O Brasil também tem planos de iniciar a construção
de Angra 3. "Devido à grande variedade de riscos e à incerteza quanto
à implantação dos projetos individuais, o mercado de enriquecimento pode
estar sujeito a ofertas apertadas até o fim da próxima década", disse
a associação, sediada em Londres, em uma conclusão a que chegou em agosto
e que reiterou este mês. (Valor Econômico - 03.12.2009)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
|