l IFE: nº 2.626 - 30
de novembro de 2009 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Energia de Belo Monte será mais barata, diz Aneel O diretor da
Aneel, Nelson Hubner, disse ontem acreditar que a Usina de Belo Monte,
no Pará, terá energia mais barata que as hidrelétricas do Rio Madeira,
em Rondônia. Hubner não explicou as razões para essa avaliação, mas já
tem à sua disposição o edital da licitação da usina. O diretor da agência
não quis fazer previsões sobre a data do leilão, mas alertou que a demora
pode significar a contratação de outros projetos de geração mais poluentes.
O executivo disse esperar que o leilão de Belo Monte termine com preços
menores do que os verificados nas concorrências para as Usinas de Santo
Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em torno dos R$ 80 por megawatt/hora
(MWh). "É uma usina bem melhor que as do Madeira", afirmou, sem querer
adiantar, porém, qual será o teto estipulado no edital de concessão de
Belo Monte. (O Estado de São Paulo - 28.11.2009) 2 Aneel projeta entrada em operação de Belo Monte no início de 2015 A hidrelétrica
de Belo Monte (PA, 11.233 MW) deve colocar em operação as primeiras unidades
geradoras em 2015, segundo Nelson Hubner, diretor geral da Aneel. Ele
espera que o leilão aconteça no começo de 2010. A usina espera a emissão
da licença prévia para o fim deste ano. Por outro lado, Hubner rechaçou
o pedido da GDF Suez para postergar o início da operação da hidrelétrica
para 2016. "Não há justificativa para isso", afirmou o diretor geral.
Hubner. O diretor afirmou que a obra ganhou uma aura polêmica em decorrência
da questão ambiental. Para ele, os impactos da obra estão calculados e
não serão significativos. "Nossos órgãos ambientais são rigorosos", disse
Hubner. (CanalEnergia - 27.11.2009) 3 Audiência vai debater Belo Monte Uma audiência
pública será realizada amanhã pelo Ministério Público Federal (MPF) para
debater o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).
O evento será realizado no prédio da Procuradoria Geral da República,
em Brasília. O MPF tem questionado o número de audiências públicas sobre
o projeto realizadas com a população atingida pelo projeto. Segundo o
órgão, dos 11 municípios que serão diretamente afetados, apenas quatro
sediaram audiências promovidas pelo Ibama. Apesar de a audiência ser realizada
em Brasília, o MPF espera que participem do evento representantes das
comunidades indígenas e ribeirinhas que vivem no raio de impacto da usina.
Em nota, o MPF afirma que a falta de audiências públicas na região que
será afetada pelo projeto é objeto de ação civil pública, uma das sete
que tramitam no judiciário federal tratando de problemas com o empreendimento.
O MPF também cobra que os Estudos de Impacto Ambiental esclareçam questões
como a possibilidade das barragens previstas provocarem seca total em
100 quilômetros do Rio Xingu. (Jornal do Commercio - 30.11.2009) 4 Pressão dos paraguaios continua 5 Segurança da Itaipu fica em evidência Passada a
discussão sobre as causas do apagão e o que levou à demora do religamento
da energia, os holofotes devem se virar para a questão da segurança nacional
da usina. O apagão evidenciou que Itaipu é o ponto mais sensível na infraestrutura
brasileira, pois é responsável por 20% da geração do país e é capaz de
atingir 70% do PIB brasileiro. Para alguns analistas, a questão se torna
ainda mais crucial no cenário internacional em que o Brasil está inserido:
o país é candidato a uma vaga no conselho nacional de segurança da ONU,
anunciou o pré-sal e se tornará grande produtor de petróleo e ainda convive
com os movimentos sociais paraguaios, que estão sendo instigados a cobrar
mais benefícios da usinas. O coronel Adair Luiz Pereira, superintendente
da assessoria de informação de Itaipu, e que responde diretamente às Forças
Armadas, não fala sobre como é feita a proteção do lado paraguaio, mas
esse é justamente o ponto que preocupa algumas autoridades, já que em
caso de ameaça, as tropas brasileiras eventualmente terão que agir em
território vizinho. E a questão militar é muito sensível nesse canto do
Brasil. (Valor Econômico - 30.11.2009) 6 Defesa do consumidor quer processar Aneel Os órgãos de
defesa do consumidor articulam a proposição de ação penal contra a direção
da Aneel. Entendem que já há provas de que a agência se omitiu no caso
da cobrança indevida na conta de luz. A Aneel não se pronunciou sobre
o assunto. O Ministério Público Federal, único com prerrogativa de propor
ação de improbidade administrativa, tenta evitar a medida. A instituição
quer que a agência recue, determine unilateralmente a mudança do contrato
de concessão e proponha medida para compensação tarifária do que foi pago
a mais. A Aneel alega que não pode fazer isso. A agência também não entregou
informações à CPI das Tarifas. "Acho que a decisão da Aneel de não responder
a um requerimento da CPI é muito grave, mas estamos tentando ainda negociar
uma solução administrativa e evitar a via judicial", disse Marcelo Ribeiro,
coordenador do Grupo de Trabalho de Energia e Combustível do Ministério
Público Federal. (Folha de São Paulo - 28.11.2009) 7 Aneel espera resolução rápida para metodologia da CVA A Aneel espera ter uma solução rápida para o erro na metodologia da variação da Parcela A, que provocou cobrança a mais na tarifa dos consumidores. Terminou nesta sexta-feira, 27 de novembro, o período para recebimento de contribuições para a audiência pública que trata do assunto. "Vamos trabalhar rapidamente a proposta para chamar as empresas para negociação", contou Nelson Hubner, diretor geral da Aneel. Hubner disse que a Aneel tem "consciência absoluta" de que fez tudo a seu alcance para contornar o problema detectado em 2007. Ele lembrou que a agência tentou uma negociação direta com as empresa e uma mudança na portaria interministerial que instituiu a metodologia, que falharam. (CanalEnergia - 27.11.2009) 8 CPI da Tarifa de Energia: Aneel sob
controle externo 9 CPI da Tarifa de Energia: relatório pode não ser votado A CPI da Tarifa
de Energia pode encerrar seus trabalhos hoje sem aprovar seu relatório
final. Basta que um deputado da comissão peça vistas do documento, o que
acabaria com as chances de que o relatório vá a votação. Mesmo assim,
os membros da CPI pretendem ler o relatório em público e repassar as informações
que recolheram ao Ministério Público Federal, a quem vão pedir que abra
investigações. A CPI detonou uma descarga de alta voltagem no meio empresarial
e político. Devido ao apelo do tema, as tarifas da conta de luz, políticos
usaram a comissão como palanque eleitoral, as empresas aproveitaram para
atacar concorrentes e surgiram suspeitas, não comprovadas, de que parlamentares
poderiam usar a CPI para chantagear empresas. (O Estado de São Paulo -
30.11.2009) 10 CPI da Tarifa de Energia: ''Aneel foi capturada por distribuidoras''
11 Artigo de Adriano Piers e Abel Holtz: "Navegar é preciso, mas com bússola" Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Piers e Abel Holtz analisam a internacionalização da Eletrobrás. Segundo os autores, "apesar de importante e válida, a tarefa da internacionalização da empresa é muito complexa e vai exigir a adoção de critérios que não comprometam a rentabilidade de suas ações nem a segurança energética do Brasil". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 30.11.2009) 12 Artigo de Antônio Carlos Fraga Machado: "Leilões realizados pela CCEE exigem constante evolução de metodologia e sistemas" Em artigo ao CanalEnergia, Antônio Carlos Fraga Machado, presidente do conselho de administração da CCEE, fala sobre a complexidade que envolvem a realização de leilões do setor elétrico e sobre como a CCEE faz isso sob delegação da Aneel. O presidente do conselho diz que a estabilidade da plataforma, aperfeiçoada depois de tantos leilões, tem contribuído para a agilidade cada vez maior nos testes e até mesmo para a redução de custos. Após descrever o processo de como é organizado o leilão, desde a definição de sua sistemática até a simulação com os agentes. Segundo Machado, o bom desempenho dos certames de energia reflete-se na segurança no suprimento ao consumidor final hoje já inerente ao setor elétrico brasileiro. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 30.11.2009) 13 Termina o período de contribuições para audiência pública Terminou na última sexta-feira (27) período de contribuições para a audiência pública 039/2009, sobre a sistemática de determinação da potência instalada de empreendimentos de geração de energia. O objetivo da Aneel é obter subsídios e informações para o aprimoramento da resolução 407/2000. (CanalEnergia - 27.11.2009) A Aneel autorizou o início da operação comercial de uma termelétrica na região Sul. A UTE Santa Maria recebeu autorização para operar a unidade geradora 1, de 6,4 MW de capacidade instalada. Localizado no município de Guarapuava, no Paraná, o empreendimento pertence à Santa Maria Cia. de Papel e Celulose. (CanalEnergia - 27.11.2009) A Aneel autorizou o início da operação comercial de uma pequena central hidrelétrica na região Sul. A BME - Rincão do Ivaí Energia teve a unidade geradora 3 da PCH Engº Ernesto Jorge Dreher aprovada para a operação comercial. A turbina tem 5,7 MW e a usina está instalada nos municípios de Júlio de Castilhos e Salto do Jacuí, no Rio Grande do Sul. (CanalEnergia - 27.11.2009) O presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, deverá entregar o cargo no primeiro semestre de 2010. Esse é o prazo esperado para que ocorra a mudança da sede da entidade, do Rio de Janeiro para Brasília, motivo pelo qual o presidente alega para deixar a associação. No mercado, porém, conta-se que a saída de Guimarães tem a ver com um racha que teria ocorrido no episódio da falha de metodologia de cálculo das tarifas de energia. (BrasilEnergia - 27.11.2009)
Empresas 1 Conta de luz sobe, mas qualidade de serviço cai A qualidade
dos serviços de eletricidade piorou nos últimos anos, apesar do aumento
no custo da conta de luz. Depois de alcançar o menor nível da história,
no período após o processo de privatização do setor elétrico iniciado
em 1995, o volume de blecautes voltou a subir em todo o País. Em algumas
localidades, os indicadores estão no pior nível da década, segundo dados
da Aneel. É o caso das distribuidoras do Pará (Celpa) e de Minas Gerais
(Cat-Leo e Cemig), entre outras. A justificativa das concessionárias para
a piora nos indicadores de interrupção está na severidade do clima, com
raios e tempestades. Isso acaba derrubando a rede e interrompendo o fornecimento
de energia. (O Estado de São Paulo - 29.11.2009) 2 Interrupção de energia cresce nos últimos 5 anos Cerca de 60% dos brasileiros atendidos pelas 20 maiores concessionárias do país são obrigados a ficar mais tempo sem luz em relação a cinco anos atrás. Entre as empresas que elevaram seu tempo de apagão estão as paulistas Eletropaulo, Bandeirante e CPFL, a carioca Light e a mineira Cemig.Levantamento da Folha a partir de dados da Aneel mostra que pelo menos dez delas tiveram piora no DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor).As 20 empresas atendem 53 milhões de clientes (64% do mercado) -as dez com piora no índice atendem 32 milhões. O DEC é um dos indicadores avaliados pela Aneel ao fazer a revisão tarifária. Além disso, empresas com piora relevante são multadas. Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro, a queda no DEC indica que as penas são brandas. Ele vê outra razão mais grave. "Se há mais blecautes, com certeza investiram menos que o necessário." (Folha de São Paulo - 25.11.2009) 3 Light: relatórios de interrupções e multa de até R$ 5 mi à Aneel A Light terá
de pagar multa à Aneel pelos constantes cortes de energia que têm afetado
o Rio de Janeiro esta semana. Segundo a agência, a punição pode chegar
a 1% do faturamento da companhia, ou seja, cerca de R$ 5 milhões. Além
da multa, a concessionária fluminense terá de enviar diariamente à agência
relatórios sobre fornecimento de energia, atualizando as causas dos cortes
de energia. De acordo com o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, ainda
faltam explicações sobre as interrupções no fornecimento dos dias 24 a
26. Segundo Hubner, a distribuidora alegou que, como a evolução da carga
foi praticamente estável, nos últimos dez anos no Rio, a empresa foi surpreendida
com alguns pontos de sobrecarga na rede. (Canal Energia / BrasilEnergia
- 27.11.2009) 4 Light revê investimentos Em cinco anos
a Light quer ampliar de 15% para 45% a participação da receita de geração
em seu mix de faturamento, hoje concentrado em distribuição, informou
o vice-presidente Executivo e de Relações com Investidores da empresa,
Ronnie Vaz Moreira,. O crescimento será obtido a partir dos projetos de
geração em andamento - Paracambi (25 MW), Ribeirão das Lajes (25 MW) e
Itaocara (195 MW) - e pela reprecificação de 537 MW médios de energia
existente por meio de novos contratos a R$ 132/MWh. Não estão inclusos
nesse cálculo o montante de energia eólica inscrito no leilão de dezembro
- 120 MW potenciais no Rio Grande do Norte - e outras iniciativas em modalidades
renováveis, incluindo geração a biomassa. (BrasilEnergia - 27.11.2009)
A concessionária
carioca deve fechar 2009 com investimentos totais da ordem de R$ 560 milhões,
cerca de R$ 60 milhões a menos do que o previsto. A maior parte corresponde
aos desembolsos que estavam planejados para combate às perdas comerciais.
Foram instalados até o momento 40 mil medidores digitais individuais -
a maioria em condomínio residenciais da zona Sul - e 30 mil centralizados
em comunidades de baixa renda. A meta era atingir 100 mil unidades no
todo. (BrasilEnergia - 27.11.2009) 7 Light terá ganho de R$ 90 mi por adesão ao Refis O vice-presidente
executivo e de relações com investidores da Light, Ronnie Vaz Moreira,
disse ontem que a adesão ao Refis trará um ganho de R$ 90 milhões aos
resultados da companhia. "Nós incluímos no Refis causas judiciais que
somavam R$ 713 milhões, que estavam provisionadas", afirmou o executivo.
Deste montante, R$ 320 milhões serão pagos ao governo federal ao longo
de 15 anos, atrelado à Selic. Do saldo restante, o executivo revelou que
R$ 260 milhões serão amortizados por meio da utilização de créditos fiscais
acumulados quando a companhia registrou prejuízo. Vaz Moreira disse ainda
que, pelo fato de a Light ter aderido ao Refis, a companhia teve um pequeno
desconto no saldo devedor junto ao governo federal. Com isso, a empresa
poderá reverter uma parte dos recursos provisionados em seu balanço para
estas contingências, gerando um ganho de R$ 90 milhões em seus resultados.
(Diário do Grande ABC - 27.11.2009) O grupo estatal gaúcho CEEE fechou acordo com a Enerfin do Brasil para participar de dois projetos de geração que serão levados ao leilão de energia eólica programado pelo governo federal para 14 de dezembro. Se os empreendimentos vencerem o pregão, a estatal terá 27% na implantação, pela Ventos do Sul, subsidiária da Enerfin, de mais 150 megawatts (MW) no parque eólico de Osório (duplicando a capacidade atual) e de 242 MW em Palmares do Sul. Os dois projetos exigirão aportes de R$ 2,2 bilhões, mas a parte da CEEE será de R$ 400 milhões porque parte será financiada pelo BNDES, diz o presidente da CEEE, Sérgio Campos de Morais. (Valor Econômico - 30.11.2009) 9 Vale e Scania assinam acordo para desenvolvimento de motores a gás natural A Vale Soluções em Energia e a empresa sueca Scania assinaram memorando de entendimento para cooperação tecnológica visando ao desenvolvimento de motores para geração de eletricidade a partir do gás natural e etanol no Brasil. O acordo foi assinado em Estocolmo, na Suécia. A ideia é utilizar transformar os motores básicos da Scania em motores para diversas aplicações, como geradores de energia limpa, utilizando como combustível o etanol ou etanol combinado com gás natural. De acorco com a Vale, posteriormente, os motores serão utilizados para gerar eletricidade e mover bombas e compressores em maquinários utilizados nas indústrias de mineração e agricultura. (CanalEnergia - 27.11.2009) No pregão do
dia 27-11-2009, o IBOVESPA fechou a 67.082,15 pontos, representando uma
alta de 1,04% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,59
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 1,01%,
fechando 23.044,35 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 29,95 ON e R$ 25,82 PNB, alta de 1,87% e 1,65%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão
do dia 30-11-2009 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 29,81 as ações
ON, baixa de 0,47% em relação ao dia anterior e R$ 25,77 as ações PNB,
baixa de 0,19% em relação ao dia anterior. (Investshop - 30.11.2009)
Leilões 1 GESEL: LTs aumentam a segurança do sistema elétrico brasileiro A Eletrobrás
dominou o leilão de LTs realizado sexta, 27. Três de suas subsidiárias
levaram 6 dos 8 projetos, com investimentos previstos de R$ 1,3 bilhão.Em
média, as ofertas ficaram 28,43% abaixo dos preços limites fixados pela
Aneel. Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ,
Nivalde de Castro, a tendência é que a malha de linhas de transmissão
seja cada vez mais visível no céu do país. "As usinas hidrelétricas são
construídas cada vez mais distantes dos centros de consumo, porque não
há mais fontes próximas a esses locais. Para trazer essa energia, são
necessárias mais redes". As linhas ofertadas não têm relação com a região
afetada pelo apagão de duas semanas atrás. De qualquer forma, explica
Castro, aumentam a segurança do sistema elétrico brasileiro. (Folha de
São Paulo - 28.11.2009) 2 Leilão de linhas de transmissão tem deságio médio de 28,43% O leilão de linhas de transmissão que aconteceu na última sexta-feira (27), no Rio de Janeiro, terminou com um deságio médio de 28,43%. O certame negociou oito lotes, que reúnem 11 linhas de transmissão e oito subestações. Pelo edital, a receita anual permitida inicial de todos os empreendimentos somavam R$ 170,845 milhões, mas com os deságios, o valor passou para R$ 122,282 milhões. O lote A - maior do certame com extensão de 259 quilômetros - foi arrematado pelo Consórcio Goiás Transmissão, com deságio de 32,44% e lance de R$ 33.750.000,00. (BrasilEnergia - 27.11.2009) 3 Aneel: crise teve impacto sobre leilão de transmissão O diretor geral
da Aneel, Nelson Hubner, admitiu que a crise financeira mundial ainda
teve certo impacto sobre o leilão de LTs, que aconteceu sexta-feira no
Rio. "Em parte, as empresas ainda não tiveram tanta força para apresentar
propostas mais agressivas", avaliou, a respeito do deságio médio deste
leilão, de 28,43%. Embora esse valor tenha sido maior do que no último
certame, de 25,32%, ocorrido em janeiro, ainda ficou bem abaixo de leilões
anteriores, quando ultrapassava 50%. Hubner destacou, porém, que a própria
Aneel também é responsável pela redução destes leilões, a partir do momento
em que reavaliou as receitas anuais propostas nos leilões. "Na medida
em que vimos os altos deságios, nós mesmos tratamos de reavaliar os valores",
comentou. Em geral, no entanto, Hubner disse que "os resultados do leilão
são bastante positivos". (O Estado de São Paulo - 27.11.2009) 4 Leilão A-5: esforços são para oferta de pelo menos uma UHE, diz Aneel O diretor geral
da Aneel, Nelson Hubner, disse que há esforços em andamento para se ter
pelo menos uma hidrelétrica no leilão de energia nova A-5, previsto para
o próximo dia 21 de dezembro - no caso, a UHE Garibaldi (SC, 175 MW).Outra
usina prevista para negociar no leilão é Santo Antônio do Jari, localizado
no rio Jari, entre Pará e Amapá. No entanto, destacou, Hubner, este empreendimento
já possui a concessão outorgada. Ele reconhece que a contratação de energia
será menor do que a ocorrida no mesmo certame em 2008 e atribui isso à
crise financeira que provocou retração na demanda. (CanalEnergia - 27.11.2009)
5 Leilão A-1 acontece nesta segunda A CCEE realiza
hoje, 30 de novembro, o oitavo leilão de energia existente A-1. O certame
negociará pela internet contratos de compra de energia nas modalidades
por quantidade e disponibilidade, ambos com início de suprimento em 1º
de janeiro de 2010. De acordo com a CCEE, o leilão tem como objetivo suprir
a energia necessária ao abastecimento do mercado consumidor, garantindo
a contratação da demanda das distribuidoras por meio de empreendimentos
de geração existentes. CCEAR assinados terão prazo de cinco anos de suprimento.
(CanalEnergia - 27.11.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Previsão de um novo recorde de geração não se concretizou Com as fortes
chuvas deste ano, a previsão era que em 2009 um novo recorde de geração
fosse batido. A previsão, entretanto, foi revista, porque a queda de torres
de transmissão de Furnas, em janeiro, interrompeu por quatro dias a geração
de algumas unidades, e também porque o consumo de energia brasileiro caiu
e só voltou a crescer em agosto. Além disso, as outras hidrelétricas do
país operaram com reservatórios cheios. Enquanto no ano passado Itaipu
foi mais requisitada para evitar o ligamento de mais térmicas, este ano
foi diferente. Até outubro, a usina gerou 77,4 milhões de MWh, e se gerar
na mesma proporção em novembro e dezembro, o volume total do ano será
de 92 milhões de MWh. A sorte é para os visitantes da usina, que podem
apreciar o espetáculo do vertedouro aberto. O superintendente de operação
do lado brasileiro de Itaipu, Carlos Alberto Knakiewicz, diz que a energia
assegurada da usina é de 8.600 MW médios mas que nos últimos dez anos
tem gerado cerca de 9.000 MW médios. De qualquer forma, a ideia do diretor-geral
paraguaio, Mateo Balmelli, é que com o remanejamento das águas seja possível
gerar mais. (Valor Econômico - 30.11.2009) 2 ONS: geração menor de Itaipu dura até divulgação de relatório de apagão A hidrelétrica de Itaipu continuará produzindo menos energia, por medida de segurança, até a divulgação do relatório técnico sobre o apagão de 10 de novembro, segundo Hermes Chipp, diretor geral do ONS. Com isso, estão sendo utilizados 1.400 MW de térmicas em por "algumas horas" durante o dia para compensar a falta da hidrelétrica. A geração da usina tem sido menor que 10 mil MW. "O sistema continua operando para contingencia dupla até terminar o relatório", decretou Chipp. Ele reforçou que o sistema está em condições favoráveis. A continuação do funcionamento das térmicas vai depende do Conselho de Monitoramento do Sistema Elétrico, que deve receber o relatório em uma semana. Chipp voltou a dizer que a proteção para contingência tripla é antieconômica. (CanalEnergia - 27.11.2009) 3 Relatório sobre apagão fica pronto na semana que vem O relatório
com as causas do apagão, que deixou 18 Estados sem energia, será concluído
e divulgado na próxima semana, segundo a Aneel e o ONS. O documento está
sendo eleaborado pelo ONS em parceria com agentes do setor elétrico brasileiro
e depois será encaminhado ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico.
O apagão deixou mais de 60 milhões de brasileiros às escuras e fenômenos
climáticas aparecem como possíveis causas da falta de energia. "Estamos
em campo, mas o relatório do ONS vai pesquisar mais a fundo, porque nosso
objetivo é que não tenhamos mais ocorrências desse tipo no país", disse
o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner. O diretor-geral do ONS, Hermes
Chipp, afirmou que as linhas de transmissão que saíram do sistema podem
ter sido afetadas por uma descarga elétrica ou a chuva na região das linhas
pode ter afetado o isolamento e a proteção da rede. Segundo Chipp, o governo
vai trabalhar para aumentar a segurança do sistema. (Reuters - 27.11.2009)
4 Relatório da Aneel sobre desligamentos no RJ sairá em duas semanas A Aneel
deve entregar em duas semanas o relatório de fiscalização sobre os desligamentos
que ocorreram na Baixada Fluminense e na zona Sul carioca nos últimos
dias. O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, disse nesta sexta-feira,
27 de novembro, que a Light está enviando relatórios diários à agência
e que deverá elaborar em cerca de 15 dias um plano de longo prazo para
que não se repitam interrupções nessas áreas. No entanto, Hubner afirmou
que somente após a fiscalização será definido se haverá multas à distribuidora.
O diretor-geral da Aneel ressaltou que os DEC e FEC de interrupções da
Light estão acima da maior parte das distribuidoras do país. Hubner disse
também que os investimentos da companhia são superiores aos valores mínimos
que a Aneel estabelece. Segundo Hubner, a Light alegou surpresa com o
aumento de carga visto que o mercado do Rio de Janeiro está estabilizado
nos últimos 10 anos. Desde a última quinta-feira, 26, a Light deve entregar
relatórios de cada interrupção até às 17 horas do mesmo dia em que ocorrer
o desligamento. (CanalEnergia - 27.11.2009) 5 Definidas curvas de aversão para 2009/2010 A Aneel
aprovou esta semana a versão atualizada das curvas de aversão ao risco
dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste para o período 2009/2010.
No Sudeste/Centro-Oeste, a CAR varia de 10%, em novembro e dezembro de
2010, a 39% nos meses de abril e maio do mesmo ano. Na CAR do Nordeste,
os valores variam de 10%, em novembro e dezembro de 2010, a 46%, em março
e abril do ano que vem. Para a região Sul, segundo a Aneel, a redução
da previsão de carga não impacta a estimativa de requisitos mínimos de
armazenamento da CAR Sul 2009/2010. Neste caso, serão mantidos os valores
de armazenamento definidos anteriormente. Os valores obtidos na atualização
da CAR foram elaborados a partir de estudos do ONS. (CanalEnergia - 27.11.2009)
6 PLD continua com patamar mínimo em todas cargas e submercados A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica divulgou o Preço de Liquidação
das Diferenças para a semana de 28 de novembro a 4 de dezembro. Pela 18ª
semana consecutiva, todos os submercados e cargas se mantiveram no patamar
mínimo de R$ 16,31 por MWh. De acordo com a CCEE, as afluências ocorridas
este mês continuaram sendo superiores às médias históricas, contribuindo
para manter o PLD no valor mínimo. (CanalEnergia - 27.11.2009) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 28/11/2009 a 04/12/2009. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Fundo nacional sobre mudanças climáticas vai à sanção presidencial O Senado
aprovou na última quarta-feira, 25 de novembro, o projeto que cria o Fundo
Nacional sobre Mudança do Clima. A proposta que vai à sanção do presidente
Lula, reúne quatro projetos, incluindo um do Poder Executivo. De acordo
com o Senado, o fundo será Vinculado ao MME e terá como objetivo assegurar
recursos para apoio a projetos ou estudos e financiamento de empreendimentos
que visem à mitigação da mudança climática e à adaptação do clima e aos
seus efeitos. Os parlamentarem pretendem levar a nova lei para a Convenção
do Clima, que acontece em dezembro, na Dinamarca. O fundo terá, entre
outras fontes de recursos, dotações orçamentárias, doações e empréstimos.
Na última quarta-feira, 25, o Senado também aprovou a Política Nacional
sobre Mudança do Clima. No entanto, antes da sanção presidencial, ela
deverá ser aprovada pelo Plenário da Câmara dos Deputados. O projeto fixa
em lei o compromisso voluntário do Brasil de reduzir as emissões de gees,
dentro do limite que vai de 36,1% a 38,9%, até 2020, com base nas taxas
do relatório de emissão até 2005. (CanalEnergia - 27.11.2009) 2 País tem perspectiva de matriz energética mais suja nos próximos anos, afirma ONG As projeções apresentadas pelo governo federal para reduzir as emissões de carbono indicam que a matriz energética brasileira ficará menos limpa nos próximo anos, segundo a WWF. Segundo o coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia da ONG, Carlos Rittl, as projeções para as metas de redução de até 38,9% das emissões de carbono até 2020 apontam para o aumento da participação de fontes poluentes na geração de energia. Ele ressalta que de acordo com os números apresentados pelo governo "a gente estaria praticamente dobrando as emissões do setor de energia de 2007 a 2020". Na avaliação do assessor da Secretaria de Meio Ambiente de SP, Oswaldo Lucon, o Brasil está pondo em prática um modelo "chinês" de desenvolvimento. Para contornar esse cenário, Lucon acredita que é necessário utilizar melhor a energia disponível, em vez de buscar um aumento rápido da quantidade gerada. O pesquisador do Centro Nacional de Referência em Biomassa, José Roberto Moreira, destacou a importância de se dar vantagens competitivas a produção que aproveitar melhor a energia. (Agência Brasil - 29.11.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 MME divulga garantia física de eólicas do leilão de reserva O MME publicou
sexta-feira, 27 de novembro, a portaria SPE/MME 16, que estabelece os
montantes de garantia física das eólicas que participarão do leilão de
reserva previsto para o próximo dia 14 de dezembro. Segundo a portaria,
o valor da garantia física refere-se ao ponto de conexão das usinas e
o ponto de entrega da energia contratada será o centro de gravidade do
submercado. O valor da garantia física terá validade a partir de 1° de
julho de 2012. Os empreendimentos que entrarem em operação comercial antes
desta data poderão negociar energia no mercado livre, tendo a garantia
física estabelecida como limite. Já os valores dos empreendimentos que
não contratarem energia de reserva perderão a validade. (CanalEnergia
- 27.11.2009) 2 Leilão de eólicas: Nelson Hubner diz que número de habilitadas não o surpreendeu O diretor geral da Aneel, Nelson Hubner, disse sexta-feira, 27 de novembro, que o volume de 10.005 MW habilitado para o leilão de energia eólica não chegou a surpreendê-lo. "Isso mostra que há muita gente preparada para o leilão", disse, após participar do leilão de LTs, realizado no Rio de Janeiro. Ele avalia que os empreendedores precisarão fechar uma boa negociação com os fornecedores e ter parques "bem localizados" para vencer o certame. O preço teto é de R$ 189 por MWh. Ainda segundo Hubner, há muitos parques que apresentam fator de capacidade superior ao de muitas hidrelétricas. (CanalEnergia - 27.11.2009) 3 CPFL aposta no leilão de eólicas para diversificar matriz A CPFL Energia
conseguiu habilitar sete projetos eólicos para o primeiro leilão dessa
matriz energética no Brasil. De acordo com o diretor vice-presidente financeiro
e de relações com o mercado da empresa, José Filippo, os projetos eólicos
consistem em sete fazendas contíguas no RN. "Compramos esses projetos
na expectativa de vender em leilão com rentabilidade mínima, é lógico
que essa energia (eólica) está mudando, começou a ficar mais eficiente,
os custos estão caindo, tem acesso a linhas de financiamento que não tinha
anteriormente", disse Filippo, confirmando que empréstimos junto ao BNDES
fazem parte da estratégia da entrada no segmento. Em 2010 os investimentos
no Brasil serão de 1 bilhão de reais, acima dos 800 milhões de reais investidos
este ano. (O Estado de São Paulo - 29.11.2009) 4 RS contará com até R$ 13 bi em investimentos em parque eólico O RS ingressou
na rota de atração de projetos ligados à energia eólica. O mais recente
é o da espanhola Impel, que consolidará o estado como o maior polo eólico
do país. O investimento previsto é de R$ 5,2 bilhões em cinco parques
para gerar 1000 MW de energia. O diretor da Impel no Brasil, Lusivaldo
Monteiro, não descarta que, com todo o projeto, incluindo fornecedores,
indústrias e outros prestadores de serviço, possa chegar a R$ 13 bilhões.
Tapes deverá ser a sede do empreendimento, que depende, para ser efetivado,
de um novo leilão de energia do governo. A negociação com o governo gaúcho
vem sendo realizada há cerca de dois anos. (Zero Hora - 28.11.2009)
Gás e Termoelétricas O consumo nacional de gás caiu 25,7% em outubro deste ano em relação a igual mês de 2008, para 38,4 milhões de m³/dia, aponta relatório da Abegás. Apesar do resultado ruim, a demanda já sinaliza sinais de recuperação, com o crescimento de 4,42% na comparação com setembro de 2009. Os setores que mais influenciaram redução em outubro foram o industrial e o elétrico, que apresentaram retração de, respectivamente, 4,86% e 81,67%. Além da desaceleração da produção industrial, a redução da utilização de usinas térmicas em decorrência do satisfatório nível dos reservatórios das hidrelétricas e a perda de competitividade do gás natural frente aos energéticos concorrentes contribuíram para os índices. Os dados mostram ainda que, de um ano ao outro, à exceção do segmento de co-geração, que apresentou crescimento de 3,2%, todos os outros apresentaram retração. A região Sudeste continua sendo a maior consumidora de gás natural com 26,4 milhões m³/dia consumidos em outubro, seguida pelas regiões Nordeste com 7,7 milhões m³/dia e Sul com 3,9 milhões m³/dia. Já as regiões Centro-Oeste e Norte consumiram, respectivamente, 233,4 mil m³/dia e 2,5 mil m³/dia. (BrasilEnergia - 27.11.2009) 2 Preço do gás no país é dos mais altos do mundo O gás natural,
energético que já movimenta 10,3% da economia brasileira, travou a indústria
nacional e, apesar da crise de demanda, mantém-se um dos mais caros do
mundo. Levantamento da Abrace mostra que o gás vendido no Brasil custa
em média US$ 12,46 por milhão de BTU, valor inferior apenas ao da Coreia
do Sul. Enquanto o preço se mantém nas alturas, cerca de 5 milhões de
m³/dia deixaram de ser consumidos desde o início deste ano. A maior parte
foi substituída pelo consumo de óleo combustível, mais barato, porém mais
sujo do ponto de vista ambiental. O cálculo é da Abegás. A indústria culpa
a Petrobras pela desorganização no mercado de gás do país. A Petrobras
tem feito leilões com as sobras do gás, o que reduziu parte do problema
do preço e da oferta, mas ainda assim o país transformou em fumaça, em
média, neste ano, 9,88 milhões de m³/dia nas plataformas, segundo o último
relatório de acompanhamento do MME. O volume equivale 86,5% do que diariamente
foi fornecido pela Comgás. (Folha de São Paulo - 29.11.2009) 3 Gás: necessidade de capital leva à instabilidade O alto preço
do gás natural, que tem levado a uma perigosa instabilidade no setor industrial,
é mais grave na comercialização do gás nacional, que abastece metade da
demanda brasileira. A indústria reclama que paga, desde o início do ano
passado, uma parcela fixa que integra a composição do preço final do gás
natural. Essa é uma conta além do custo da commodity e do transporte e
que alcança US$ 3,05 por milhão de BTU. A indústria alega que a Petrobras
atribui esse valor à necessidade de remunerar os investimentos em infraestrutura,
exigência do plano de expansão da oferta de gás. A Abrace contratou um
estudo da Gás Energy a partir do qual questiona o tamanho dessa "necessidade"
de capital, além de não entender por que tem de pagar por um investimento
que ainda não foi feito. Para a Abrace, a cobrança embutida na tarifa
de gás natural está "superestimada". (Folha de São Paulo - 29.11.2009)
4 Indústria pede uma política nacional para o gás A indústria
se queixa ainda da falta de uma política nacional para o desenvolvimento
do mercado de gás natural. A Abividro, grande consumidora de gás, critica
a política pendular da estatal. A Nadir Figueiredo, uma das gigantes do
setor, alega que os ganhos na exportação para 120 países foram zerados
diante da atual política interna de preços. O Congresso Nacional aprovou
a Lei do Gás, mas ainda falta consenso sobre a regulamentação que poderia
versar sobre a política interna de preços. Para a indústria, a questão
de fundo que conduz à atual desorganização está no uso de uma política
comercial da Petrobras em vez de uma política governamental para o desenvolvimento
do mercado. "A nossa briga não está no fato de a Petrobras querer ganhar
dinheiro com o gás, mas na falta de uma política nacional de desenvolvimento
do insumo, algo que poderia dar ao país uma política de preços que não
seja a política comercial da Petrobras", critica Armando Laudorio, presidente
da Abegás. Procurado, o Ministério de Minas e Energia não se pronunciou
sobre as críticas da indústria. (Folha de São Paulo - 29.11.2009) A MT Gás está desobrigada do pagamento do IR. A não obrigação é decorrente de decisão favorável à companhia, proferida pelo juiz federal da 2ª Vara de MT, Jeferson Schneider, atendendo a um processo protocolado pela companhia em 2005, contra a União. Com isso, a empresa terá menos custos o que pode refletir em benefícios para os consumidores do produto por ela distribuído. O advogado da companhia, Victor Maizman, explica que, por a empresa atuar na qualidade de monopólio, ela fica desobrigada de efetuar o pagamento. Ele lembra que antes de ajuizar uma ação que motivasse a decisão atual, a MT Gás solicitou, administrativamente, à Receita Federal, o não pagamento, justificando os motivos. Maizman complementa dizendo que esta é uma decisão inédita e que, apesar de a RF poder recorrer, abrirá precedentes no país para que outras distribuidoras solicitem o não pagamento do imposto ao governo. (Gazeta Digital - 28.11.2009) 6 Câmara de Deputados cria frente em defesa de programa nuclear brasileiro A Câmara de Deputados criou na última terça-feira, 24 de novembro, a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Programa Nuclear Brasileiro - PNB. O objetivo é discutir o papel estratégico da energia nuclear para o desenvolvimento do país e garantir o aporte de recursos orçamentários, humanos e materiais para o desenvolvimento e ampliação do programa. Compõem a Frente Parlamentar PNB os seguintes deputados: como presidente de honra Michel Temer (PMDB-SP); como presidente Ubiali (PSB-SP) e vice-presidentes os deputados Eduardo Gomes (PSDB-SP); Pedro Eugênio (PSDB-TO); Brizola Neto (PDT-RJ); Jô Moraes (PCdoB-MG); Ciro Pedrosa (PV-MG); Arnaldo Jardim (PPS-SP); e Ribamar Alves (PSB-MA). (CanalEnergia - 27.11.2009)
Grandes Consumidores 1 Vale investe em infraestrutura A Vale deve
investir em torno de US$ 3,5 bilhões em empreendimentos de infraestrutura
em 2010. A notícia foi confirmada ontem pelo diretor de Relações com Investidores
da Vale, Roberto Castelo Branco. "Infraestrutura não é nosso principal
negócio, mas é muito importante para nossa competitividade no mundo",
comentou o executivo. O executivo detalhou o plano de investimentos para
2010. Do total destinado à infraestrutura, cerca de US$ 2,6 bilhões serão
usados em projetos de logística e em torno de US$ 834 milhões em empreendimentos
de energia. A Vale e suas empresas controladas forma o maior grupo consumidor
de energia elétrica do País. A empresa integra consórcios em seis usinas
hidrelétricas, que geram 1.422 megawatts de energia. Mais uma, a de Estreito,
no rio Tocantins (Maranhão), deve entrar em operação no ano que vem, com
capacidade para 1.087 megawatts. Com a autogeração, a Vale reduz consideravelmente
seus custos de produção. (O Estado de São Paulo - 30.11.2009) Economia Brasileira 1 Após negociações, emprego dá sinais de retomada O fim do ano ainda não chegou, mas já dá para comemorar a recuperação dos empregos perdidos na crise financeira que se abateu sobre o país, avaliam empresários e sindicalistas do Polo Industrial de Manaus. De setembro de 2008 até junho deste ano, a crise econômica consumiu aproximadamente 25 mil empregos no polo industrial de Manaus. "O estrago só não foi maior, porque conseguimos fazer um acordo com os governos federal, estadual e com os empresários para suspender as demissões. Se não fosse por isso, pelo menos 50 mil pessoas teriam sido demitidas no Amazonas", sustentam os sindicalistas. No caso do polo termoplástico, o acordo envolveu cerca de 40 indústrias, que se comprometeram a manter o emprego para oito mil trabalhadores em troca de renúncia fiscal do governo do Amazonas de R$ 10 milhões do ICMS sobre energia elétrica, insumo muito usado pelas indústrias do setor. Pelo acordo, as pequenas e microempresas tiveram acesso a uma linha de crédito de R$ 10 milhões para capital de giro e pagamento de impostos. (Valor Econômico - 30.11.2009) 2 Pagamento injeta R$ 85 bi na economia O pagamento do 13º salário injetará R$ 84,8 bilhões na economia do país neste final de ano, beneficiando cerca de 69,92 milhões de pessoas, segundo estimativa do Dieese. O cálculo engloba os trabalhadores registrados, inclusive os domésticos, e os beneficiários da Previdência Social, da União e dos Estados. Por região, a Sudeste receberá a maior parte -51,8%, ou R$ 43,9 bilhões. No Estado de São Paulo serão pagos cerca de R$ 26,3 bilhões, 31% do total do país e 60% da região Sudeste. Quem tiver dívidas deve aproveitar o recebimento do 13º para quitá-las. (Folha de São Paulo - 28.11.2009) 3 Confiança maior eleva crédito e prestações 4 É um sinal para evitar euforia, diz Meirelles O presidente
do BC, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizaram
o efeito da moratória de Dubai para a economia mundial e para o Brasil
em particular. Para o presidente do BC, o Brasil tem todo o "arsenal de
medidas" pronto para combater eventuais crises e está bem preparado para
enfrentar oscilações potenciais no nível de aversão ao risco do mercado
internacional. Mesmo assim, Meirelles alertou para o excesso de otimismo
visto nos mercados nas últimas semanas. "É um sinal para evitar o excesso
de euforia. O problema dessa euforia é quando se acha que não há problema
nenhum. E daí, no primeiro problema, acontece exatamente o efeito contrário",
disse. Meirelles afirmou que a crise mostrou que a integração de informações
é vital para as economias. Em jantar anteontem com banqueiros, Mantega
disse acreditar que a crise em Dubai não terá impacto importante nos mercados
e que quase não será sentida no país. (Folha de São Paulo - 28.11.2009)
5 Otimismo com Brasil traz preocupação com "bolha" de investimento O clima de otimismo
crescente em relação ao Brasil é um dos riscos apontados por profissionais
do mercado que se reuniram neste sábado para discutir o potencial do mercado
acionário brasileiro e os planos de ter 5 milhões de acionistas em 2014,
de uma base atual de 555 mil. Temendo a formação de uma "bolha Brasil"
que pode não se sustentar e atrapalhar os planos de finalmente, e mais
uma vez, tentar formar um mercado acionário sólido no país, cerca de 300
analistas e dirigentes de empresas participaram do 1o Congresso do Instituto
Nacional de Investidores. (Reuters - 28.11.2009) 6 Fazenda eleva para 10,35% projeção para taxa Selic Apesar de criticar abertamente as análises feitas pelos economistas do mercado financeiro de que o BC vai elevar os juros em 2010, o Ministério da Fazenda resolveu subir de 8,75% para 10,35% a sua projeção para a taxa Selic ao final do ano que vem. A estimativa para o crescimento do PIB foi elevada de 4,5% para 5%, com perspectiva de expansão maior da atividade econômica como resultado das medidas de estímulo fiscal. A estimativa de crescimento para este ano foi mantida em 1%. Os parâmetros econômicos são elaborados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda. Pelos novos parâmetros, a taxa Selic média, acumulada em 2010, foi elevada de 8,71% ao ano para 9,18% ao ano. No texto original que acompanhava a Proposta de Lei do Orçamento, enviado no final de agosto, o governo esperava que a taxa Selic atingisse média anual de 9,98% para 2009 e de 8,71% para 2010 e ressaltava que o mercado projeta taxas de juros médias de 9,81% para 2009 e de 8,9% para 2010. (Gazeta Digital - 29.11.2009) 7 Novas reduções de IPI causarão impacto de R$2,2 bi nos cofres públicos
8 Governo aumenta previsão de crescimento em 2010, mas reduz reajuste do mínimo O governo revisou
para 5% a projeção de crescimento econômico no próximo ano, mas também
elevou a previsão para a taxa de juros e reduziu a estimativa de salário
mínimo. Os números constam da atualização dos parâmetros do projeto de
lei do Orçamento de 2010, enviado nesta semana ao Congresso pelo Ministério
do Planejamento. A previsão para a inflação oficial, medida pelo IPCA,
passou de 4,33% para 4,42%. De acordo com o último boletim Focus, as instituições
atualmente preveem que o índice feche 2010 em 4,43%. Apesar das perspectivas
de crescimento econômico, o governo reduziu a estimativa em relação à
proposta originalmente enviada ao Congresso. De R$ 505,90, o salário mínimo
passou para R$ 505,55. A entrada de dólares no país nos últimos meses
também interferiu nas estimativas para o câmbio no ano que vem. A cotação
média da moeda norte-americana em 2010 caiu de R$ 2,01 para R$ 1,72, abaixo
até do que acreditam os analistas financeiros, que estimam o dólar a R$
1,74. (Agência Brasil - 28.11.2009) 9 Oferta de empregos no país deve dobrar em 2010, diz Lupi Em 2010, o Brasil
terá capacidade para gerar cerca de 2 milhões de postos de trabalho. A
expectativa é do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Segundo
ele, se esse número se concretizar, significará praticamente o dobro do
total de empregos gerados neste ano. Para novembro, Lupi espera novo recorde
mensal, com mais 140 mil empregos formais, conforme levantamento do Caged.
De acordo com as projeções, o PIB pode atingir taxa entre 7% e 8%, acima,
portanto, das previsões do mercado que apontam aumento de 5%. "Ao contrário
dos pessimistas, eu sou um otimista nato", afirmou o ministro. (Agência
Brasil - 27.11.2009) O dólar comercial
tinha pequena alta pouco depois das 10 horas. A moeda subia 0,05%, saindo
a R$ 1,7430 na compra e a R$ 1,7450 na venda. Os contratos de dezembro
negociados na BM & F subiam 0,17% e estavam a R$ 1,744. Na sexta-feira
passada, o dólar declinou 0,34%, cotado a R$ 1,742 para compra e a R$
1,744 para venda. (Valor Online - 30.11.2009)
Internacional 1 Argentina: governo espera que tratado de integração com Chile atraia investimentos O Contrato de
Integração de Mineração entre Argentina e Chile deve gerar para os próximos
anos um volume de investimentos superior a 30.000 milhões de pesos na
exploração e desenvolvimento de projetos produtivos na área de fronteira,
segundo informou a Secretaria de Mineração. O Convênio se firmou durante
o IV Encontro Minero Chileno-Argentino, organizado pela Câmara Chileno-Argentina
de Comercio. "O projeto binacional é a primeira experiência que fizemos
juntos e abre a possibilidade de desenvolvimento de muitos outros projetos
em uma fronteira mundialmente reconhecida pelo potencial mineral", disse
o secretário de Mineração, Jorge Mayoral. (El Inversor Energético y Minero
- 27.11.2009) 2 Colômbia: governo alerta e incentiva economia de energia Ainda que os
reservatórios colombianos se mantenham em níveis estáveis, a chegada do
verão tem despertado um certo alarme para que se evite o racionamento.
"Essa semana já se observou um movimento de esvaziamento de alguns reservatórios"
afirmou o presidente Álvaro Uribe, e pediu ainda aos seus governadores
que fiquem atentos já que esse verão será longo e intenso. Já é a segunda
vez que o presidente colombiano convida a população a economizar energia
antes do início do verão, que, de acordo com o Ideam da Colômbia, será
severo. (Portafolio - 29.11.2009) 3 China tem de gerar ''uma Inglaterra'' por ano Com 20% da população do planeta e um ritmo de crescimento que se mantém alto mesmo em tempos de crise global, a China tem de aumentar a sua geração de energia a cada ano, numa extensão que supera toda a capacidade instalada da Inglaterra. Só no ano passado a China teve de construir 90,5 GW de geração, mais que os 79 GW de capacidade total dos britânicos. Maior poluidor do mundo, a China também tem a maior capacidade instalada para produção de energia renovável - 76 GW -, graças principalmente a pequenas hidrelétricas, que produziam 60 GW, segundo dados relativos a 2008.O grande problema é que 70% da energia gerada no país vêm do carvão, de longe o mais poluente dos combustíveis fósseis. As autoridades de Pequim sabem que esse ritmo é insustentável e, por isso, elevaram o desenvolvimento de fontes renováveis de energia ao topo de suas prioridades. (O Estado de São Paulo - 28.11.2009) 4 Irã anuncia construção de 10 usinas 5 Usina em Angola terá a tecnologia da ETH A Biocom, usina
que a Odebrecht está construindo em Angola, terá a mesma tecnologia avançada
utilizada pela ETH Bionergia, segundo o representante da Odebrecht no
Conselho de Gerência da Biocom, Wolney Ernesto Longhini. Segundo ele,
a experiência que a ETH adquiriu neste setor será implantada também em
Angola. Longuini disse que a usina terá investimentos de US$ 260 milhões
nos próximos quatro anos e que a Odebrecht terá 40% da empresa. Atualmente,
90% dos equipamentos já foram adquiridos e cerca de 10% deles já foram
transferidos para Angola. A montagem da usina será realizada no primeiro
semestre de 2010. (O Jornal do Commercio - 30.11.2009) A dinamarquesa
Inbicon, subsidiária da Dong Energy, inaugurou a primeira fábrica de etanol
de segunda geração, a partir de resíduos agrícolas. Localizada em Kalundborg,
a biorrefinaria será capaz de processar 30 mil t/ano de palha de trigo
anualmente e produzir 5,4 milhões de litros de bioetanol. O processo utiliza
enzimas especiais para liberar os açúcares presentes na celulose, depois
de um pré-tratamento da palha feito através da explosão a vapor. A grande
vantagem do etanol 2G é a redução da emissão de CO2 durante a cadeia produtiva
de até 90% em relação a combustíveis convencionais. (BrasilEnergia - 27.11.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 MACHADO, Antônio C.F.. "Leilões realizados pela CCEE exigem constante evolução de metodologia e sistemas". CanalEnergia . Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2009. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 PIRES, Adriano; Holtz, Abel. "Navegar é preciso, mas com bússola". O Estado de São Paulo. São Paulo, 30 de novembro de 2009. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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