l IFE: nº 2.624 - 26
de novembro de 2009 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 MME acredita que LP de Belo Monte saia ainda este ano O secretário-executivo
do MME, Márcio Zimmermann, voltou a afirmar nesta quarta-feira, 25 de
novembro, que a licença prévia da hidrelétrica de Belo Monte deverá sair
ainda este ano. "Torço para que a licença saia ainda este mês", afirmou.
Segundo ele, não há mais prazo para que o leilão da usina aconteça este
ano e a data mais viavel é janeiro de 2010. Perguntado se o adiamento
não poderia prejudicar o cronograma da hidrelétrica, o secretário afirmou:
"Eu sou otimista e imagino que tem todas as condições da licença prévia
de Belo Monte sair este ano. Então, o leilão poderá ocorrer já em janeiro
do ano que vem, sem prejuízos", declarou. (CanalEnergia - 25.11.2009)
2 Aneel não calcula perdas com erro no reajuste da luz A Aneel
não calculou as perdas que os consumidores tiveram com o erro na forma
de cálculo do reajuste da tarifa, conforme havia determinado a CPI das
Tarifas. O cálculo deveria constar da resposta a um requerimento enviado
ontem aos deputados. O TCU calcula a perda em R$ 1 bilhão por ano. A agência
reguladora alegou que, ao fazer o requerimento, os deputados determinaram
que o valor fosse calculado de uma forma que não é, segundo o órgão, tecnicamente
possível. Ao não responder, a Aneel reforça a posição de que os consumidores
não poderão reaver as perdas já sofridas. O órgão ressaltou que podem
ser evitadas mais perdas daqui para a frente. Mesmo isso, no entanto,
"necessariamente terá que ter a concordância das distribuidoras", segundo
escreveu a própria agência no ofício que foi encaminhado à Câmara. (Folha
de São Paulo - 26.11.2009) 3 Cresce o uso de derivativos de energia A sofisticação
do mercado financeiro começa a chegar às operações de derivativos com
contratos de energia. Opções, put e call, swaps, collar e hedge financeiro
são apenas algumas das expressões que chegam aos consumidores livres junto
com os produtos típicos de mercado futuro que vêm sendo propagados por
comercializadoras independentes. Se por um lado os consumidores usam esses
instrumentos para proteger-se e travar preços, tesourarias de banco começam
a ganhar dinheiro investindo nessas operações. As comercializadoras estão
propondo ao governo que seja estruturado um mercado organizado de derivativos
de energia, com operações que sejam registradas em uma câmara como a Cetip,
que é usada hoje para liquidação e registro de derivativos no mercado
financeiro e é regulada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores
Mobiliários. As operações sem lastro ainda são pouco difundidas entre
os próprios consumidores. As opções de compra e venda de energia são ainda
as mais comuns, ou a trava de preços (collar). (Valor Econômico - 26.11.2009)
4
Entidades brasileiras são premiadas em concurso de inovação energética
Empresas 1 Aneel premia distribuidoras de energia melhor avaliadas pelos consumidores em 2009 O Prêmio
Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (Iasc) foi concedido hoje (25/11)
na sede da Aneel, em Brasília, às distribuidoras de energia elétrica melhor
avaliadas por consumidores residenciais pelos serviços prestados nesse
ano. As empresas vencedoras recebem troféu, certificado e o Selo Iasc,
que identifica o reconhecimento dos consumidores pelo seu desempenho.
A vencedora do Prêmio Iasc Brasil 2009 foi a concessionária Hidropan,
que apresentou a melhor avaliação dos consumidores entre as 63 distribuidoras
de todo o País. A vencedora da categoria que premiou a empresa que obteve
em 2009 o maior crescimento de seu índice de satisfação em relação a 2008
foi a Cemar. A Celtins foi a vencedora da Região Norte. A concessionária
que obteve maior índice de satisfação na região Nordeste foi a Coelce.
A vencedora do prêmio Iasc na região Centro-Oeste foi a CEB. A empresa
premiada na Região Sul foi a Celesc. (Aneel - 25.11.2009) 2 EDP inicia distribuição de R$ 401,59 mi A EDP iniciou a distribuição secundária de ações ordinárias, no valor de R$ 401.593.500,00. O montante corresponde a 14,091 milhões de ações ofertadas pela companhia ao preço de R$ 28,50 por unidade. Os papéis são nominativos, escriturais e sem valor nominal. De acordo com a EDP, a data de início da oferta é 26 de novembro e o coordenador líder da operação será o Bradesco BBI. A realização da oferta foi aprovada em reunião do conselho de administração da companhia, realizada no último dia 28 de outubro. (CanalEnergia - 25.11.2009) 3 Elektro paga R$ 67,558 mi em juros sobre capital próprio A Elektro
realizará no dia 21 de janeiro de 2010 o pagamento de juros sobre capital
próprio aos acionistas da empresa. Segundo a companhia, a proposta foi
aprovada pelo conselho de administração no último dia 10 de novembro.
O valor total de dividendos é de R$ 67,558 milhões. Para os acionistas
detentores de ações ordinarias, o valor bruto é de R$ 0,331255188 por
ação, e R$ 0,364380707 por ação preferencial. O pagamento será efetuado
através do Banco Itaú S.A. (CanalEnergia - 25.11.2009) 4
Energisa encerra prazo de direito de recesso 5 Light tem mais um dia para explicar interrupções à Aneel A Aneel
solicitou que a Light encaminhe até esta quinta-feira, 26 de novembro,
informações sobre as interrupções que ocorreram em quatro bairros da zona
Sul carioca. A Aneel pede detalhes sobre as causas e a duração dos desligamentos,
assim como os locais e as medidas adotadas pela empresa para evitar novos
eventos como esses. Na última segunda-feira, 23 os bairros do Leblon,
Ipanema e Lagoa - áreas nobres da cidade ficaram sem energia. No último
dia 13, Copacabana também sofreu com interrupções. A notificação da Aneel
ocorreu na última terça-feira, 24, e deu prazo de 48 horas para a Light
prestar os esclarecimentos. (CanalEnergia - 25.11.2009) No pregão
do dia 25-11-2009, o IBOVESPA fechou a 67.917,08 pontos, representando
uma alta de 0,89% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,90
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,87%,
fechando 23.092,81 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento:
ficaram cotadas a R$ 28,70 ON e R$ 25,25 PNB, alta de 2,76% e 1,04%, respectivamente,
em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão
do dia 26-11-2009 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 28,45 as ações
ON, baixa de 0,87% em relação ao dia anterior e R$ 24,97 as ações PNB,
baixa de 1,39% em relação ao dia anterior. (Investshop - 26.11.2009)
Leilões 1 Mercado livre quer regra nova para leilões Grandes
consumidores livres de energia, responsáveis hoje por 25% do consumo do
país, lançaram um lobby nacional para mudar as regras de contratação de
energia. As empresas querem isonomia com os consumidores cativos, os atendidos
pelas 63 distribuidoras do país, no acesso à energia nova negociada nos
leilões. A proposta consta na "Carta de Florianópolis", enviada a autoridades
do setor elétrico. Se implementada pelo governo, a mudança pode levar
ao encarecimento da energia ao consumidor cativo. Só as distribuidoras
participam dos leilões de oferta de energia nova. Os livres querem o mesmo
direito. Para ler a "Carta de Florianópolis" na íntegra, clique aqui.
(Folha de São Paulo - 26.11.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 SIN registra recorde de carga O consumo
brasileiro de energia atingiu níveis históricos ontem, equiparando-se
a volumes verificados antes da crise financeira. Segundo dados do ONS,
às 14h32 de ontem, o Sistema Interligado Nacional (SIN) movimentou 65.921
MW, volume superior ao recorde atingido em 11 de setembro de 2008. Reflexo
das altas temperaturas, o alto consumo vem sendo usado como justificativa
para os apagões localizados que assolam o Rio nas últimas semanas. O boletim
de operações do ONS aponta que o consumo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste
também atingiu pico histórico ontem, chegando a 41.695 MW às 14h32. Em
11 de setembro de 2008, o SIN teve um pico de consumo de 65.586 MW, enquanto
o subsistema Sudeste/Centro Oeste registrou máxima de 41.635 MW. Na época,
a economia brasileira ainda não sentia plenamente os efeitos da crise
global. Naquela ocasião, porém, os Estados de Acre e Rondônia não haviam
sido integrados ao SIN - os dois foram conectados este mês, com o início
das operações da linha de transmissão Jauru-Vilhena. De todo modo, o consumo
dos dois Estados é pequeno: em 11 de setembro de 2008, diz o ONS, chegou
a 378 MW. Assim, o operador do sistema calcula, contabilizados os dois
Estados, a carga de energia no SIN daquele dia seria de 65.964 MW, ou
apenas 43 MW superior ao pico registrado ontem. (O Estado de São Paulo
- 26.11.2009) 2 Presidente da Aneel e diretor da ONS explicam blecaute no Senado O presidente da Aneel, Nelson Hubner, e o diretor do ONS, Hermes Chipp, participam hoje (26) de audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. Eles vão falar sobre o blecaute de 10 de novembro, que deixou 18 estados sem energia elétrica. A audiência começa às 8h30. Também participa o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa. (Agência Brasil - 26.11.2009) 3 Blecaute: CMSE se reúne na próxima segunda-feira, 30 O Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico vai se reunir na próxima segunda-feira,
30 de novembro, para debater as causas do apagão, que aconteceu no último
dia 10 e afetou 18 estados do país. De acordo com Márcio Zimmermann, secretário-executivo
do MME e presidente do grupo de trabalho formado pelo próprio ministério
para apurar as causas do blecaute, o relatório sobre o apagão ainda está
sendo elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico. "O ONS está
concluindo esse relatório e na próxima segunda-feira, nós vamos ter uma
reunião do CMSE", afirmou. Segundo ele, técnicos do MME estão acompanhando
o trabalho que está sendo feito no ONS e que envolve todas as empresas
do setor. "Em um caso como esse, é importante avaliar não só as causas
do blecaute, mas também como foi o restabelecimento do sistema. Até porque,
operação é melhoria continua", frisou Zimmermann. (CanalEnergia - 25.11.2009)
4 Lobão: mais 4,5 mil MW por ano O governo
brasileiro deverá implantar anualmente, em média, 4,5 mil MW novos de
energia, para atender à demanda energética do país nos próximos anos,
confirmou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O cálculo considera
uma taxa média anual de crescimento econômico do país da ordem de 4,7%.
Durante apresentação para um grupo de investidores americanos reunidos
na Câmara do Comércio Brasil-Estados Unidos, nesta terça-feira (24/11),
o ministro destacou o início das usinas do rio Madeira e a realização,
ainda este ano, do primeiro leilão exclusivo para energia eólica, para
o qual já estão inscritos 441 projetos, com a oferta de 13 mil MW. Lobão
disse ainda que, em 2010, deverá ir a leilão o complexo hidrelétrico do
rio Tapajós, com 10.680 MW de capacidade instalada, em cinco usinas, introduzindo
o conceito de usina plataforma. Também em 2010, de acordo com o ministro,
o Brasil terá implantado um sistema de transmissão de energia com mais
de 100 mil km de linhas no país. (BrasilEnergia - 25.11.2009) 5 Cidade de São Paulo enfrenta desligamentos A cidade
de São Paulo tem enfrentado uma sequência de desligamentos. Na segunda-feira,
regiões do Paraíso e Aclimação, na zona sul, ficaram sem luz por causa
de um fio rompido pela fortes chuvas, afirmou a Eletropaulo. No mesmo
dia, problemas na subestação da Ceteep deixaram o centro da cidade sem
energia. Ontem foi a vez do bairro do Limão, na zona norte, ser afetado.
Segundo a Eletropaulo, o fornecimento de luz não foi interrompido, mas
algumas máquinas industriais não puderam operar. O problema, iniciado
às 15 horas, foi causado por uma queda na tensão de uma linha, que liga
a subestação de Pirituba, da Ceteep, ao bairro Casa Verde. O atendimento
foi normalizado por volta das 18h30. (O Estado de São Paulo - 26.11.2009)
Meio Ambiente 1 Comissão Mista aprova relatório sobre mudanças climáticas A Comissão
Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas do Congresso Nacional aprovou
na última terça-feira, 24 de novembro, o relatório final do deputado Colbert
Martins (PMDB-BA) sobre as atividades deste ano. Além de sugestões à área
legislativa, transportes, recursos naturais, doméstica, industrial, agropecuária,
construção civil e saúde o documento traz a adoção de medidas visando
a redução do aquecimento global e a proteção ao meio ambiente. O relatório
agora será encaminhado para conhecimento em sessão conjunta do Congresso,
cujo presidente poderá enviá-lo às comissões técnicas e setores envolvidos
com a questão ambiental. (CanalEnergia - 25.11.2009) 2 Brasil poderá perder R$ 3,6 tri até 2050 com mudança climática Qual será o custo das mudanças climáticas para o Brasil? Onze instituições do País fizeram a conta e calculam um prejuízo que pode chegar a R$ 3,6 trilhões até 2050. De acordo com o estudo Economia da Mudança do Clima no Brasil: Custos e Oportunidades, que foi lançado ontem, as perdas econômicas equivalem a pelo menos um ano inteiro de crescimento jogado no lixo se nada for feito para evitar os impactos da mudança do clima em setores como agricultura e energia e em regiões como a Amazônia e as zonas costeiras. Inspirado no Relatório Stern, estudo britânico que em 2006 calculou o custo da mudança climática em 20% do Produto Interno Bruto (PIB) global, a pesquisa brasileira parte de cenários do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para calcular o impacto do aquecimento global nas contas do País. No primeiro cenário, o Brasil chegaria a um PIB de R$ 15,3 trilhões em 2050, mas perderia 0,5% (R$ 719 bilhões) por causas das mudanças do clima. No segundo, considerando uma trajetória de crescimento mais limpo, o PIB chegaria a R$ 16 trilhões, mas as perdas seriam de 2,3% (R$ 3,6 trilhões). (DCI - 26.11.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 CEEE e Elecnor no leilão de eólicas A CEEE e
a Enerfin do Brasil, subsidiária da Enerfin Espanha, empresa do Grupo
Elecnor, fecharam parceria para disputar juntas o primeiro leilão de reserva
para energia eólica, que será realizado no próximo dia 14. As empresas
pretendem disputar a ampliação do Parque Eólico de Osório, atualmente
com 150 MW instalados, e a construção do um novo parque em Palmares do
Sul, com 142 MW. Os dois empreendimentos devem demandar R$ 1,6 bilhão
para começar a operar em 2012. O leilão possui 441 empreendimentos inscritos,
que totalizam mais de 13 mil MW de potência instalada. O preço-teto da
concorrência é R$ 189/MWh. (BrasilEnergia - 25.11.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Governo inaugura gasoduto Urucu-Manaus O Gasoduto Urucu-Coari-Manaus será inaugurado nesta quinta-feira (26) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o gasoduto tem 661 quilômetros de extensão na linha-tronco, que liga Urucu a Manaus, e sete ramais para atendimento às cidades de Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru e Iranduba. A capacidade inicial de transporte é de 4,1 milhões de metros cúbicos por dia. As obras do gasoduto, que levará o gás natural da província petrolífera de Urucu, no município de Coari (AM), até a capital amazonense, foram iniciadas em 1º de junho de 2006. A obra gerou aproximadamente 3.400 empregos diretos e 10 mil indiretos. O gás natural será destinado à produção de energia elétrica em termelétricas da região, para atender Manaus e os municípios pelos quais passará a tubulação, beneficiando cerca de 1,5 milhão de pessoas. Na avaliação da Petrobras, além da vantagem econômica, a substituição representará enorme ganho ambiental, "pois a produção de energia elétrica a partir do gás natural reduz significativamente a emissão de gases poluentes, em especial o gás carbônico, contribuindo para a redução do efeito estufa e em linha com o Protocolo de Quioto, do qual o Brasil é signatário". (Agência Brasil - 26.11.2009) 2 Urucu-Manaus deve ficar subutilizado até setembro de 2010 O gasoduto
Urucu-Manaus, da Petrobras, a ser inaugurado hoje pelo presidente Lula,
ficará subutilizado pelo menos até setembro de 2010. A Folha apurou que
as termelétricas não fizeram a conversão de seus sistemas de geração a
diesel para o gás natural. Tampouco foi concluída a rede de tubulação
da Cigás (Companhia de Gás do Amazonas), que levará o produto do gasoduto
às termelétricas. Sete termelétricas de Manaus deveriam estar prontas
para receber o gás: Aparecida e Mauá (da Eletrobrás); e cinco usinas privadas
(Tambaqui, Jaraqui, Ponta Negra, Manauara e Cristiano Rocha). Nenhuma
concluiu a conversão de seus sistemas. Também não estão preparadas as
usinas dos demais municípios atendidos. O gasoduto só abastecerá a refinaria
Reman, da própria Petrobras, instalada em Manaus. A previsão é que as
termelétricas comecem os testes para uso do gás natural em julho e que
só a partir de setembro de 2010 passem a substituir, efetivamente, o óleo
pelo gás natural. (Folha de São Paulo - 26.11.2009) 3 Urucu-Manaus: descasamento entre contratos atrasa conversão de termelétricas O presidente
da Thermes Participações (acionista das usinas Tambaqui e Jaraqui), Athos
Rache Filho, disse que um dos motivos para a demora na conversão de sistemas
das termelétricas que receberão gás pelo Urucu-Manaus é o descasamento
entre os contratos que as térmicas possuem com a Amazonas Energia (empresa
da Eletrobras, que compra a energia produzida por elas) e com a distribuidora
Cigás. Segundo o executivo, na eventualidade de faltar gás, as usinas
seriam punidas pela Amazonas Energia e não poderiam repassar os custos
da punição para a Cigás. Os contratos estão sendo repactuados. A Folha
apurou que o custo final de construção do gasoduto Urucu-Manaus ficará
em torno de R$ 5 bilhões, um acréscimo de 108% em relação ao valor orçado
no início do projeto, em 2006. O encarecimento repercutirá no custo do
gás. A previsão é que o uso do gás natural pelas termelétricas não resultará
em redução de preço da energia ao consumidor final. (Folha de São Paulo
- 26.11.2009) 4 Abrace cobra nova política para gás O alto preço
do gás natural no país - aliado os impactos da crise financeira internacional
- fez com que o consumo do energético na indústria no último ano caísse
26% no último ano. Os dados são do presidente da Associação Brasileira
de Grandes Consumidores Industriais de Energia e Consumidores Livres (Abrace),
Ricardo Lima, que informa que o gás produzido no Brasil é 43% mais caro
do que o importado da Bolívia. O presidente da Abrace critica o monopólio
da Petrobras no segmento de gás natural. "No nosso entendimento, quem
deveria estar fixando a política de preço para o gás, pela importância
que essa política tem, seria o MME ou o Conselho Nacional de Política
Energética, mas, infelizmente, isso está sendo definido como uma política
comercial e não como uma política de desenvolvimento para o país." Segundo
ele, para reduzir custos e continuar competitiva, a indústria substituiu
o gás natural pelo óleo combustível no último ano. Ele cobrou do governo
uma política de preços de longo prazo que estimule o aumento da participação
do gás na matriz energética do país, hoje em torno de 10%.(BrasilEnergia
- 25.11.2009) 5 MME: definição do preço do gás depende do mercado A diretora do departamento de gás natural do Ministério das Minas e Energia, Symone Santana Araújo, disse que o gás é prioridade para o governo e que sua participação na matriz energética nacional dobrou nos últimos dez anos. Ela disse ainda que o Ministério está atento à questão do preço, mas que pela legislação, essa definição depende do mercado. "O que está acontecendo é um movimento típico. O gás natural é um energético tipicamente de substituição e ele obviamente estará competindo por espaço com seus adversários: o óleo combustível, diesel ou GLP", explica. (BrasilEnergia - 25.11.2009) 6 Tambaqui gerando com gás natural A UTE Tambaqui (83 MW) será a primeira usina a receber gás natural do gasoduto Urucu-Manaus, que será inaugurado amanhã (26/11) pelo presidente Lula. A previsão, de acordo com o gerente-executivo de Operações da Área de Gás e Energia, Alcides Santoro, a usina estará convertida e gerando a partir do energético em dezembro. "Existe um cronograma para levar gás até a porta de todas as termelétricas até maio do ano que vem", afirmou Santoro. As térmicas Manauara, Jaraqui, Aparecida, Mauá, Cristiano Rocha e Ponta Negra também estão em processo de conversão para substituir o óleo combustível pelo gás natural gradualmente. O processo deve ser concluído até setembro de 2010. (BrasilEnergia - 25.11.2009) 7 UTE Vale do São Simão inicia testes de 30 MW A Aneel autorizou o início dos testes da unidade geradora 1 da termelétrica Vale do São Simão, localizada no município de Santa Vitória, em Minas Gerais. A unidade geradora tem potência de 30 MW. A Companhia Energética Vale do São Simão, proprietária da térmica, terá 60 dias após os testes para enviar relatório à Aneel confirmando ou corrigindo a potência estimada das turbinas. (Setorial News - 25.11.2009)
Economia Brasileira 1 Fundo soberano pode ajudar na meta de superávit O secretário do Tesouro, Arno Augustin, não descarta o uso de parte dos recursos do fundo soberano para cumprir a meta de R$ 42,7 bilhões estabelecida para o superávit primário do governo central. Apesar, disso, avalia que o mais provável é apenas abater os valores pagos no Projeto Piloto de Investimento. O superávit primário foi de R$ 11,28 bilhões em outubro, o que significa o melhor desempenho desde outubro de 2008. Um ano atrás, houve superávit de R$ 14,86 bilhões. Nos dez meses deste ano, o superávit acumulado está em R$ 27,56 bilhões, muito longe da meta. No lado do gasto, ele diz que não trabalha com novos descontingenciamentos neste ano, porque "há um primário a cumprir". Ele também afirmou que a maior parte das desonerações tributárias já foi feita. Com relação às receitas do governo central, houve queda nominal de 1,1%, mas as despesas elevaram-se 16,5% nesses dez meses. As receitas do Tesouro alcançaram R$ 54,44 bilhões em outubro, mas esse valor foi elevado graças à contabilização de R$ 5 bilhões em depósitos judiciais. (Valor Econômico - 26.11.2009) 2 Brasil terá poder de veto em linha de crédito do FMI O Brasil e os demais membros do Bric terão poder de veto na nova estrutura criada dentro do FMI para ajudar países em dificuldade. Com o empréstimo de mais US$ 4 bilhões ao FMI, o governo brasileiro terá uma participação equivalente a US$ 14 bilhões. O dinheiro virá das reservas internacionais e será aplicado em papéis do FMI. A cota dos quatro países do Bric nessa estrutura será de 15% do total, percentual suficiente para vetar qualquer decisão de uso desse dinheiro, desde que eles votem unidos. Os recursos não ficam imediatamente disponíveis para o Fundo. Para ter acesso ao dinheiro, o FMI terá de fazer um pedido aos países-membros. Os outros 85% ficarão nas mãos dos demais países, principalmente EUA, Japão e União Europeia, os únicos que também terão direito de veto. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, essa é a primeira vez na história do FMI que as decisões não ficarão apenas nas mãos dos países desenvolvidos. (Folha de São Paulo - 26.11.2009) 3
Entrada de dólares no Brasil diminui com aplicação de IOF 4 Reservas internacionais sobem para US$ 236,798 bi As reservas
brasileiras internacionais subiram em US$ 106 milhões ontem no conceito
de liquidez internacional, segundo o BC. Com isso, o total das reservas
brutas passou de US$ 236,692 bilhões para US$ 236,798 bilhões. (Jornal
do Brasil - 25.11.2009) 5 Após subir em outubro, juros voltam a cair Os juros
bancários voltaram a subir em outubro, principalmente para as pessoas
físicas, cujas taxas vinham caindo desde o final do ano passado. Dados
parciais do BC apontam, no entanto, que o custo do crédito já voltou a
recuar no início deste mês e deve chegar ao Natal no menor patamar da
história. A alta em outubro foi puxada pelo aumento no custo de captação.
Com a expectativa de aumento na Selic em 2010, o mercado financeiro está
pagando taxas maiores aos clientes. De acordo com o BC, a alta de outubro
foi "um ponto fora da curva", e a tendência ainda é de queda nas taxas.
A avaliação oficial é que a inadimplência, que ainda se encontra em níveis
elevados, vai continuar caindo, o que reduzirá o "spread" nos próximos
meses. Os empréstimos que estão em inadimplência representam hoje 8,1%
das operações de crédito para pessoa física. O crédito também manteve
a trajetória de recuperação, e o estoque de empréstimos chegou ao valor
recorde de R$ 1,37 trilhão em outubro, ou 45,9% do PIB. (Folha de São
Paulo - 26.11.2009) 6 Confiança do consumidor cresce no mês O ICC da FGV teve alta de 1,5% em novembro, ficando em 115,4 pontos, ante 113,7 em outubro. Trata-se da segunda alta consecutiva e do maior nível desde maio de 2008 (115,7 pontos). Os dados constam da pesquisa "Sondagem de Expectativas do Consumidor", divulgada ontem. O resultado, segundo a FGV, "reflete um consumidor satisfeito com a situação da economia e das finanças familiares, e moderadamente otimista quanto à evolução nos próximos meses". A maior contribuição para o avanço em novembro foi dada pelo indicador de intenções de compras de bens duráveis nos próximos meses. A parcela de consumidores que preveem mais gastos passou de 9,7% para 11,2%; já a proporção daqueles que esperam gastos menores foi de 27,5% para 26,5%. O Índice da Situação Atual ficou em 124,3 pontos, registrando a sétima alta consecutiva. Já o Índice de Expectativas voltou a crescer em novembro, ao passar de 109,4 para 110,7 pontos, após três meses perto dos 109 pontos. (Folha de São Paulo - 26.11.2009) 7
Desemprego cai 4,9% em outubro e vai a 13,7% 8 Déficit da Previdência cresce 39% em outubro A arrecadação
de contribuições pela Previdência Social bateu recorde de R$ 14,864 bilhões
em outubro. A melhora da arrecadação foi influenciada pelo aumento das
contratações no mercado de trabalho e o recebimento de algo em torno de
R$ 300 milhões em depósitos judiciais. Mas, mesmo assim, o déficit previdenciário
cresceu 39,1% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo
R$ 2,274 bilhões. Uma das justificativas para essa elevação, segundo o
secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer, foi o reajuste real
do salário mínimo neste ano. Também influenciou nesse valor a ampliação
da quantidade de benefícios pagos. Após o déficit de R$ 9,19 bilhões em
setembro, o rombo em outubro deu um alívio momentâneo ao governo, mas,
essa redução é normal no período, pois não há antecipação do 13º salário
para os aposentados. O rombo acumulado no ano soma R$ 41,99 bilhões, uma
alta de 16,98% em relação a 2008. (O Estado de São Paulo - 26.11.2009)
9 Brasil não enfrentou "crise bancária clássica", diz BC O presidente
do BC, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil não
enfrentou uma crise bancária clássica em que ocorre a quebra de um banco
e que leva outras instituições financeiras a quebrarem. Segundo ele, o
que ocorreu foi uma "severa restrição de liquidez" que afetou especialmente
bancos de menor porte, mas que foi enfrentada rapidamente pelo governo.
Segundo o presidente do BC, o governo agiu rapidamente com medidas para
enfrentar a diminuição da liquidez externa e também interna. Essas medidas
foram a atuação no mercado de câmbio, com os recursos das reservas internacionais
e no mercado futuro, e no mercado interno por meio da liberação de depósitos
compulsórios. "A sequência de atuação foi fundamental", ressaltou o presidente
do BC, acrescentando que isso só foi possível porque o Brasil nos últimos
anos teve uma gestão financeira do Estado adequada e prudencial. (Gazeta
Digital - 26.11.2009) O dólar
comercial tinha alta de 0,40% às 9h45, saindo a R$ 1,7320 na compra e
a R$ 1,7340 na venda. No mercado futuro, os contratos de dezembro negociados
na BM & F estavam a R$ 1,733, elevação de 0,58%. Ontem, o dólar foi transacionado
a R$ 1,7240 na compra e a R$ 1,7260 na venda. (Valor Online - 26.11.2009)
Internacional 1 Peru: decreto para não afetar tarifas de eletricidade No Peru,
estão sendo tomadas providências para reduzir o impacto nas tarifas de
eletricidade que se gerará como conseqüência do próximo reajuste das tarifas
de distribuição de gás natural que acontecerá em Lima e Callao, informou
o vice-ministro de Energia, Daniel Cámac. De acordo com um decreto do
Ministério, publicado dia 21, foi criado um sistema de compensação que
amortizará o repasse da tarifa única aos geradores elétricos de Lima e
Callao. Como conseqüência, ficou suspensa a aplicasção da tarifa única
aos geradores localizados na zona de concessão da Cálidda Gas Natural
del Perú, hasta el 31 de diciembre de 2013. De acordo com a proposta tarifária
do Osinergmin, o preço do gás natural para os geradores seria incrementado
em 10%, o que teria um impacto de 2% na tarifa elétrica residencial. (El
Peruano - Peru - 26.11.2009) 2 Chile: dólar não afetará tarifa de eletricidade No Chile,
a queda no preço no dólar não é motivo de modificações nas tarifas de
serviço de energia elétrica, disse María Isabel González, ex-secretaria
executiva da Comisión Nacional de Energia. No caso da eletricidade, o
dólar teria que variar 16% e chegar a $457 pesos chilenos para que a indexação
ocorra. Francisco Aguirre, sócio da ElectroConsultores, também não vê
efeitos no curto prazo. (Economía y Negocios - Chile - 25.11.2009) 3 Índia e EUA firmam acordo para "energias limpas" Índia e Estados Unidos firmaram nesta terça-feira, em Washington, um acordo para o desenvolvimento conjunto de tecnologias que permitam uma produção de energia menos contaminante. O documento "acelera o desenvolvimento e a adoção de tecnologias de energia limpa e reforça a cooperação bilateral em temas como mudança climática e emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa", disse Ian Kelly, porta-voz do departamento de Estado. Os detalhes do acordo não foram divulgados, mas foi destacado que a assinatura do documento ocorre poucos dias antes da cúpula sobre o clima, prevista para entre 7 e 18 de dezembro, em Copenhague. (UDOP - 25.11.2009) 4
EDF investe em energia nuclear 5 AIEA discute programa nuclear do Irã A AIEA se
reúne a partir desta quinta-feira em Viena, na Áustria, para discutir
os recentes relatórios enviados pelo diretor-geral, Mohamed ElBaradei,
sobre os programas de pesquisas nucleares do Irã e da Síria. De acordo
com informação da agência da ONU, os relatórios preparados por Mohamed
ElBaradei foram entregues semana passada aos 35 membros do Conselho Diretor,
órgão da AIEA responsável pela aprovação de políticas relativas a regras.
A circulação dos documentos é restrita e eles só virão a público com a
aprovação da AIEA. O diretor da agência já havia pedido aos iranianos
transparência e cooperação quanto a questões pendentes relacionadas às
usinas de enriquecimento de combustível nuclear Os iranianos declararam
que o programa nuclear do país é para fins pacíficos, mas países da comunidade
internacional temem que as intenções estejam ligadas ao uso militar. (Jornal
do Brasil - 26.11.2009) 6 Abengoa e E.ON firmam parceria em energia solar A Abengoa
e E.ON vão construir duas usinas solares, com capacidades de 50MW cada,
em Ecija, sul da Espanha. O projeto prevê um investimento de cerca de
550 milhões. A expectativa é de que as estações comecem a operar em
2011 e 2012, respectivamente. Cada uma das empresas têm 50% no projeto.
As usinas utilizarão a tecnologia de painéis parabólicos, uma solução
desenvolvida nos anos 1980 e que nos últimos anos tem sido testada pela
Abengoa na Usina de Solúcar, em Sanlúcar la Mayor, Sevilha. As duas unidades
produzirão energia suficiente para abastecer 52 mil residências e evitarão
a emissão do equivalente a 63 mil toneladas de CO2. Atualmente a E.ON
tem mais de 2.8GW de capacidade renovável em funcionamento e até 2011
pretende investir cerca de 8 bilhões em projetos alternativos.As duas
companhias estão procurando parceiros para projetos de energia solar no
Oriente Médio e Norte da África. (BrasilEnergia - 25.11.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 ABRACEEL, Abiape, Abrace, Anace, Apmpe, Apine. "Carta de Florianópolis - Desenvolvimento Sustentável do Mercado Livre". Florianópolis, 13 de novembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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