l IFE: nº 2.622 - 24
de novembro de 2009 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Brasil e Argentina querem iniciar estudos de viabilidades de Garabi até meados de 2010 Os presidentes
de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Cristina Kirchner,
acertaram um cronograma para o projeto da hidrelétrica binacional de Garabi.
A expectativa é que os estudos de viabilidade da usina e de um segundo
empreendimento sejam iniciados no segundo trimestre de 2010. Em comunicado
conjunto, os mandatários determinaram que as estatais Eletrobrás e Ebisa
constituam um esquema associativo para desenvolver o empreendimento, além
de iniciarem as prospecções para o financiamento. Eles pediram que as
autoridades dos dois países "maximizem os esforços para obtenção das licenças
e autorizações necessárias à viabilização desses projetos". O projeto
das duas usinas de Garabi, no rio Uruguai, prevê cerca de 2 mil MW. Os
dois países estão estudando nova modalidade de intercâmbio, a chamada
"energia de acumulação", que, segundo o comunicado, se utilizada, poderá
regularizar a operação da térmica de Uruguaiana. (CanalEnergia - 23.11.2009)
2 Belo Monte: GDF Suez sugere que entrada em operação inicie em 2016 A GDF Suez
sugeriu que Belo Monte (PA, 11.233 MW) inicie sua entrada em operação
em 2016 e não em 2014 como previsto no edital do leilão da usina. A contribuição
foi enviada à Aneel durante período de audiência pública. Nesse período,
a data do leilão ainda estava marcada para o dia 21 de dezembro, e a licença
prévia era aguardada para o último dia 16. No texto, a GDF Suez justifica
que "é impraticável o início da geração comercial em 2014 para uma obra
deste porte e complexidade, mesmo para a casa de força secundária". Segundo
a empresa, as obras do barramento precisam ocorrer no início da estiagem
e é inviável que isso aconteça já na estiagem de 2010. "Esta inviabilidade
decorre das várias atividades - projeto básico, sondagens, contratação
de obras civis e equipamentos - e licenças que são necessárias para viabilizar
o início das obras", continua o documento. (CanalEnergia - 23.11.2009)
3 UHE Salto Pilão inicia operação em teste de 91,1 MW A Aneel
autorizou o início da operação em teste da unidade geradora 2, de 91,1
MW, da hidrelétrica Salto Pilão. Localizado nos municípios de Lontras,
Apiúna e Ibirama, em Santa Catarina, o empreendimento pertence ao Consórcio
Empresarial Salto Pilão. A UTE Marituba também obteve autorização para
iniciar testes na unidade geradora 3, que tem 12 MW de potência instalada.
A usina está localizada no município de Igreja Nova, em Alagoas, e pertence
à Usina Caeté S.A. - Filial Marituba. Ambas as empresas terão 60 dias
após os testes para enviar relatório à Aneel confirmando ou corrigindo
a potência estimada das turbinas. As informações foram publicadas no Diário
Oficial da União da última sexta-feira, 20 de novembro. (CanalEnergia
- 23.11.2009) 4
UHE Campos Novos compensa municípios por utilização de recursos hídricos
5 Casa Civil já tem nomes para diretoria da Aneel A Casa Civil
deve enviar ao Senado Federal ainda nesta semana os nomes do engenheiro
Edvaldo Santana e do advogado Julião Coelho para comporem a diretoria
da Aneel a partir do próximo ano. Segundo apurou o Valor, os dois já aceitaram
os convites feitos pelo MME e pela própria Casa Civil. Existe agora uma
corrida contra o tempo, já que a partir do dia 22 de dezembro a agência
ficará sem dois dos seus cinco diretores, o que pode travar a pauta dos
processos que tramitam na Aneel. Os diretores Edvaldo Santana, que está
sendo reconduzido, e Joísa Campanher Dutra Saraiva já não estão mais sendo
sorteados para relatar processos em função do fim de seus mandatos. Com
essa situação, os outros diretores estão ficando sobrecarregados e a tendência
é que os processos comecem a demorar mais para ser analisados. (Valor
Econômico - 24.11.2009) 6 Artigo de George Vidor: "Antibruxas" Em artigo
publicado no jornal O Globo, George Vidor analisa a possibilidade de um
sistema de emergência para apagões como o do último dia 10. Segundo o
autor, "instalar novas linhas de transmissão 'sobressalentes' ficaria
caro demais, e acabaria onerando as tarifas pagas pelos consumidores de
energia. O mais adequado, na opinião de alguns especialistas, seria a
utilização de usinas próximas aos centros de consumo que se dedicariam
ao fornecimento de energia, em situações de emergência, para hospitais,
quartéis, trens, metrôs, iluminação de ruas, áreas de grande movimento
comercial". Vidor avalia ainda as especificidades da geração de energia
através do bagaço da cana de açúcar: "é um tipo de energia que, se não
é capaz de evitar apagões, permite que localidades próximas às usinas
restabeleçam o fornecimento rapidamente", afirma. Para ler o texto na
íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 24.11.2009) 7 Editorial do Valor Econômico: "População ainda espera as explicações do apagão" Em editorial, o Valor Econômico cobra uma explicação plausível sobre as causas que deixaram mais de 50 milhões de brasileiros na escuridão. O editorial aguardava um relatório sobre as causas do apagão, que foi adiado novamente. O diretor-presidente do ONS, Hermes Chipp, assegurou que não houve falhas operacionais ou de manutenção dos equipamentos, e que não há um sistema de energia que seja imune a blecautes. O ONS trabalha com duas hipóteses para o curto-circuito com descarga elétrica que provocou o apagão: condições climáticas desfavoráveis e descarga elétrica. Cabe ao governo, portanto, dar respostas às várias indagações que ficaram no ar. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 24.11.2009) 8
Artigo de Ricardo Lima: "Falsas Acusações" A Aneel
declarou de utilidade pública áreas de terras para empreendimentos de
transmissão em Mato Grosso do Sul. A decisão favorece a Monteverde Agro-Energética,
que realizará a passagem da LT que interligará as subestações UTE Monteverde
e Dourados Santa Cruz. Com extensão de 14 quilômetros, a área de terras
está localizada nos municípios de Ponta Porã e Dourados. (CanalEnergia
- 23.11.2009)
Empresas 1 Rede Energia perde observação negativa e tem ratings elevados pela Fitch A Fitch
removeu nesta segunda-feira, 23 de novembro, a observação negativa atribuída
aos ratings da Rede Energia e das subsidiárias Celpa e Cemat. A agência
classificadora também elevou os ratings da holding e das duas empresas.
Para a proposta de emissão de debêntures da Rede Energia, no valor de
até R$ 370 milhões e prazo de cinco anos, a Fitch atribuiu o rating nacional
de longo prazo 'B(bra)'. Os rendimentos da emissão serão utilizados para
o pagamento da dívida de curto prazo. A agência classificadora teve elevados,
de 'CCC (bra)' para 'B (bra)', o rating nacional de longo prazo da Rede.
A Fitch também atribuiu 'B-', de 'CCC (bra)' os ratings de probabilidade
de inadimplência do emissor em moeda local e estrangeira da holding. Já
a IDR de longo prazo da emissão de notas perpétuas, no montante de US$
575 milhões, foi elevada de "CCC" para 'B-'. Para a Celpa e Cemat, foi
atribuído o rating nacional de longo prazo 'BBB(bra)'. (CanalEnergia -
23.11.2009) 2 Cteep e Cemat pagarão R$ 1,9 mi em multas A Aneel negou recursos de Cteep e Cemat que recorreram de multas aplicadas pela fiscalização da agência. Com as decisões, foi mantida multa de R$ 1,785 milhão aplicada à Cteep por conta da explosão de um disjuntor de uma subestação que resultou na interrupção do fornecimento em regiões comerciais da capital paulista em 2008. Já a Cemat terá que pagar a multa de R$ 123,064 mil aplicada pelo descumprimento das metas do programa Luz para Todos. (CanalEnergia - 23.11.2009) A Aneel
acatou parcialmente o pedido de reconsideração da Escelsa, com redução
da multa, que passou de R$ 783,495 mil para R$ 250,718 mil. A distribuidora
havia sido notificada por não ter repassado à Secretaria do Tesouro Nacional
os valores relativos ao Encargo de Capacidade Emergencial e por ter deixado
de faturar os valores devidos de clientes beneficiados por liminares judiciais.
A decisão ocorreu após comprovação do repasse do encargo à STN. Segundo
a Aneel, as advertências foram mantidas em razão de não-conformidades
encontradas nas áreas econômica-financeira e contábil da concessionária.
(CanalEnergia - 23.11.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 GESEL: Nivalde de Castro comenta apagões no Rio Segundo
o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica (Gesel)
da UFRJ, professor NIvalde José de Castro, os apagões que atormentam os
moradores do Rio de Janeiro estão acontecendo com frequência devido à
falta de investimentos da Light. Ele afirma, ainda, que esses blecautes
não têm nenhuma relação com o apagão ocorrido há 15 dias atrás. O especialista
prevê um verão difícil, com muitos pequenos apagões no Rio. "O que acontece
hoje no Rio de Janeiro é o aumento do consumo e o fato de a capacidade
da distribuição de energia elétrica não estar devidamente equacionada.
A rede não suporta essa demanda. Se já começou assim, a previsão é de
que os problemas continuem acontecendo no verão. Pois não tem como esses
investimentos serem feitos a curto prazo, não é algo simples e nem rápido.
Isso é um mau sinal. O verão irá nos atormentar em janeiro e fevereiro",
alerta. (Extra - 24.11.2009) 2 Blecaute en bairros do Rio de Janeiro Parte dos bairros de Ipanema e Leblon, na zona Sul do Rio, ficou sem energia elétrica durante o dia de ontem. A concessionária Light informou ter interrompido o fornecimento de energia "por questões de segurança" e que o corte afetou pouco mais de 12 mil clientes, entre residenciais e comerciais. Lojas, escritórios, clínicas e academias foram afetadas na região, uma das de maior poder aquisitivo na cidade. A Light diz ter feito o corte por volta das 15h, mas, na parte da manhã, já havia relatos de clientes sem energia elétrica em Ipanema. A concessionária não informou a razão da falta de luz antes de sua intervenção. A empresa disse que realizou o corte à tarde porque detectou "um defeito" em sua rede subterrânea -na região, os cabos estão quase todos sob o solo. Segundo a Light, 45 equipes de emergência foram mobilizadas para resolver o problema, ou quatro vezes o efetivo normal em uma situação como essas. Até o final da noite, ainda havia locais sem energia. (Folha de São Paulo - 24.11.2009) 3 Blecaute afeta bairros de São Paulo Parte da
região central de São Paulo voltou a enfrentar problemas com a falta de
energia elétrica na noite de ontem. Os bairros do Paraíso e da Aclimação,
entre o centro e a zona sul, ficaram sem abastecimento por ao menos quatro
horas. Os bairros de Santa Ifigênia, Luz e outros do centro ficaram sem
luz por ao menos seis minutos. A Eletropaulo, responsável pelo abastecimento
de energia na capital, não tinha uma estimativa na noite de ontem de quantas
pessoas haviam sido atingidas nessas regiões. De acordo com a empresa,
foram dois problemas distintos que provocaram o desabastecimento, mas
nada relacionado ao apagão ocorrido na semana retrasada. Na situação mais
grave ontem em São Paulo, no Paraíso e na Aclimação, segundo a Eletropaulo,
a interrupção do fornecimento ocorreu por causa do rompimento de um cabo
de transmissão. A outra pane ocorreu, segundo a Eletropaulo, das 21h29
às 21h35 por um problema na subestação da Cteep na alameda Glete. O problema
teria ocorrido na saída da energia da subestação para a rede, mas as causas
não eram conhecidas. A Eletropaulo informou que desconhecia a falta de
luz em outras áreas. (Folha de São Paulo - 24.11.2009) 4 ONS: relatório sobre o apagão até o dia 16 de dezembro O ONS ganhou
prazo extra e deverá entrar o relatório sobre o apagão ocorrido no último
dia 10 até o dia 16 de dezembro. O documento apontando as causas exatas
do acidente seria divulgado nesta segunda-feira (23/11), mas ainda não
foi concluído, informou o ONS por meio de sua assessoria de imprensa.
O relatório será enviado ao MME e à Aneel onde será analisado por comissões
especiais que tratarão a respeito de questões relacionadas ao blecaute.
Um dos focos da análise do relatório será a causa do blecaute, mas a prioridade
do estudo é elaborar formas para diminuir os efeitos e reduzir o tempo
de recomposição do SIN. Recentemente, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp,
adiantou que o relatório trabalha com duas hipóteses para a causa do blecaute.
A primeira delas é descarga atmosférica, que teria atingido um isolador
e causado o primeiro curto. A segunda hipótese seria de que água da chuva
acumulada nos isoladores reduziram a capacidade de isolamento, causando
uma sobretensão nas fases sãs da linha, superiores a suportabilidade dos
equipamentos, o que rompeu o sistema. (BrasilEnergia- 23.11.2009) 5 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,04% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,04%, apresentando
queda de 0,04% em relação à medição do dia 21 de novembro. A usina de
Furnas atinge 82,95% de volume de capacidade. (ONS - 24.11.2009) 6 Sul: nível dos reservatórios está em 96,73% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 1,63% em relação à medição
do dia 21 de novembro, com 96,73% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 96,39% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 24.11.2009) 7 NE apresenta 63,08% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,13% em relação à medição do dia 21 de novembro, o Nordeste
está com 63,08% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 63,93% de volume de capacidade. (ONS - 24.11.2009)
8 Norte tem 49,39% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 49,39%, apresentando alta de
0,46% em relação à medição do dia 21 de novembro. A usina de Tucuruí opera
com 31,05% do volume de armazenamento. (ONS - 24.11.2009)
Meio Ambiente O Ibama
autuou na semana passada a INB, empresa que explora a mina de urânio no
município de Caetité, por descumprimento de condicionantes da licença
ambiental. Segundo o órgão, a condicionante 1.4 da licença de operação
determina o imediato informe ao Ibama de qualquer acidente ocorrido no
empreendimento. Por este motivo, a INB foi multada no valor de R$ 1 milhão.
O Ibama também notificou a empresa a apresentar relatório detalhado sobre
o acidente na URA, envolvendo vazamento de solvente orgânico com urânio
no dia 28 de outubro de 2009. Este relatório circunstanciado, de acordo
com a equipe técnica, deve conter a análise de todos os efeitos decorrentes,
das medidas de controle e o monitoramento do ocorrido. Após vistoria na
área do acidente, técnicos do órgão ambiental constataram a efetividade
do vazamento do solvente orgânico contendo urânio, que transbordou dos
tanques de processamento para a caixa de brita. Devido à forte chuva,
esse material transbordou ainda para o sistema de drenagem das águas pluviais,
atingindo a canaleta de drenagem, que direciona a água para a Barragem
do Córrego do Engenho. Como resultado, o Ibama constatou a contaminação
de 15 m³, retirado da caixa de brita, e 33 m³ de solo contaminado da caneleta
de drenagem. (CanalEnergia - 23.11.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Usina Cerradão: autorização para testar planta de cogeração A Usina
Cerradão (25MW) está autorizada a operar em regime de testes sua planta
de cogeração de bagaço de cana, no município de Frutal (MG). A termelétrica
demandou, ao todo, R$ 168 milhões em investimentos. Da capacidade total
da usina, 9 MW serão usados para consumo interno das máquinas de produção
de etanol. A companhia, porém, só deverá exportar 8,8 MW, devido à capacidade
limitada da linha de transmissão. A ideia da empresa, no entanto, é ampliar
a capacidade do sistema de produção. A capacidade de produção da usina
é de 750 mil l/d de hidratado e 400 mil l/d de álcool anidro. A autorização
foi publicada nesta segunda-feira (23/11) no Diário Oficial da União.
(BrasilEnergia- 23.11.2009) 2 Destilaria Alcídia explora termelétrica movida a bagaço de cana A Agência Nacional de Energia Elétrica autorizou a Destilaria Alcídia para atuar como produtora independente de energia. A companhia vai explorar a termelétrica Alcídia, localizada no município de Teodoro Sampaio, em São Paulo. A usina utilizará o bagaço de cana como combustível e ampliou a potência de 4 MW para 38,1 MW. (CanalEnergia - 23.11.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Sem gás, UTE Mário Covas tem indisponibilidade de 100% A Aneel determinou ao ONS considerar 100% indisponível a térmica Mário Covas (MT-480 MW), antiga Termocuiabá, da Pantanal Energia, segundo despacho publicado no DOU desta segunda-feira, 23 de novembro. A usina está sem contrato de fornecimento de gás natural, que vinha da Bolívia, que suspendeu o envio do combustível. A térmica servia de lastro para os contratos de Furnas, mas a Aneel explicou que ela poderá ser substituída por outras usinas sem prejudicar os compromissos da estatal. (CanalEnergia - 23.11.2009)
Grandes Consumidores 1 Produção de alumínio em queda Por conta
da paralisação da Valesul e da redução de um terço na fundição da Alcoa
em Poços de Caldas (MG) e retração na Albrás e Novelis Aratu, a produção
brasileira de alumínio fechou outubro com queda de 15,5% sobre o mesmo
mês em 2008. O volume do mês somou 119,7 mil toneladas. No acumulado do
ano, conforme os dados da Abal, entidade do setor, a quantidade de metal
produzido atingiu 1,274 milhão de toneladas, o que significou retração
de 8,1% no período. (Valor Econômico - 24.11.2009) Economia Brasileira 1 Exportações têm recuo de 14,9% no mês A balança comercial teve superavit de US$ 345 milhões na terceira semana de novembro (entre os dias 16 e 22). As exportações somaram US$ 2,907 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 2,562 bilhões no período. Em relação à segunda semana do mês, a média das exportações caiu 11%. Nas importações, o recuo foi de 21,4%. Nas três semanas deste mês, o superavit atinge US$ 363 milhões, com vendas externas de US$ 8,789 bilhões e compras de US$ 8,426 bilhões. Comparando o desempenho de novembro de 2008, a queda nas exportações é de 14,9%, enquanto as importações cederam 8,2%. O volume total das exportações brasileiras atingiu US$ 134,668 bilhões entre janeiro e novembro, 24,4% inferior ao registrado no mesmo período de 2008. As importações no acumulado do ano foram de US$ 111,706 bilhões, uma contração de 28,6% se comparado com o total comprado no período de janeiro à terceira semana de novembro no ano passado. No acumulado deste ano, o saldo é positivo em US$ 22,962 bilhões. (Valor Econômico - 24.11.2009) 2 Superavit dos EUA com o Brasil tem alta de 284% O Brasil vem perdendo espaço no comércio com os Estados Unidos graças a uma combinação que, segundo especialistas, envolve a valorização do real, a perda de competitividade das empresas, a alta carga tributária brasileira, a falta de política comercial e a própria crise da economia norte-americana. Pelos dados do governo norte-americano, os Estados Unidos acumulam superavit de US$ 4 bilhões com o Brasil até setembro, um aumento de 284% em relação ao mesmo período de 2008. Essa diferença não é reflexo de uma invasão de produtos norte-americanos no Brasil, mas de uma queda mais acentuada nas vendas brasileiras para os EUA. Enquanto as exportações brasileiras tiveram queda de 37%, as importações de bens norte-americanos pelo Brasil recuaram 23%. Com isso, o Brasil, que em 2004 era o 14º país que mais vendia para os EUA, hoje é o 16º. Por usar metodologia diferente, que não leva em conta custos como frete e seguro, o Ministério do Desenvolvimento calcula em US$ 3,5 bilhões o deficit do país até setembro. (Folha de São Paulo - 24.11.2009) 3
Commodities passam a dominar as exportações 4 Apesar de IOF, investimento externo em títulos é recorde O investimento
estrangeiro em títulos públicos bateu novo recorde em outubro, mês em
que o governo passou a cobrar 2% de IOF nessas aplicações. Segundo o Tesouro
Nacional, os não residentes já são donos de 7,68% dos papéis da dívida
negociados no país. Em outubro, com queda pelo segundo mês consecutivo,
a dívida em títulos públicos somou R$ 1,47 trilhão. O valor da aplicação
feita por estrangeiros ultrapassou pela primeira vez os R$ 100 bilhões
Esses títulos são os mesmos que as pessoas físicas residentes no país
podem comprar por meio do Tesouro Direto. Nesse caso, no entanto, o estoque
das aplicações alcança hoje apenas R$ 3 bilhões. A queda na dívida em
títulos no mês passado se deve, principalmente, ao vencimento de papéis
prefixados, o que sempre ocorre no início de cada trimestre. Outro fator
é a volatilidade no mercado de títulos, o que leva o governo a frear a
emissão de dívida. A queda na Selic e a desvalorização do dólar ainda
ajudaram a reduzir para 10,4% ao ano o valor que o governo paga para remunerar
os títulos. (Folha de São Paulo - 24.11.2009) 5 Depósitos judiciais evitam nova queda na arrecadação Depois de
acumular 11 meses consecutivos de retração, a arrecadação federal cresceu
0,9% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado
positivo, só foi possível devido à contabilização de depósitos judiciais
no total de R$ 5 bilhões. Devido à recuperação da economia, a Receita
espera novos resultados positivos nos próximos meses. Em outubro, também
entraram R$ 776 milhões referentes aos primeiros pagamentos do parcelamento
de dívidas com a União, conhecido como "Refis da Crise". A previsão do
fisco a partir de novembro é de expansão, pois a retração das receitas
começou justamente no penúltimo mês de 2008. Além da retomada da atividade
econômica, que se reflete no melhor desempenho no recolhimento de tributos
sobre lucro e faturamento das empresas, parte da melhora esperada pela
Receita está na retirada gradual das desonerações, que de janeiro a outubro
representaram uma renúncia fiscal de R$ 21,577 bilhões. (Folha de São
Paulo - 24.11.2009) 6 Meirelles: reservas próprias dão mais margem de manobra ao país O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que a proposta de uma linha de contingência global para substituir reservas internacionais é positiva, mas ponderou que as reservas de cada país têm papel importante. "A reserva como autosseguro dá maior possibilidade de decisão e julgamento do que reservas que são compartilhadas", disse durante evento sobre metas de inflação e câmbio flutuante. Ao mencionar o custo de manutenção das reservas internacionais, Meirelles citou que "não há almoço grátis" mas o resultado líquido da formação desse colchão é positivo. Meirelles citou a questão do autosseguro como um complemento da política de metas de inflação e câmbio flutuante, dois dos principais pilares da política econômica do país. No evento, o presidente do BC destacou que a adoção de meta inflacionária se mostra extremamente adequada para o país, principalmente para a coordenação das expectativas. (Reuters - 23.11.2009) 7
Mercado aumenta levemente previsão de inflação do Brasil em 2010 8 Crise financeira leva 3,5 milhões a terem dívida acima de R$ 5 mil Em meio
à crise financeira, 3,59 milhões de brasileiros contraíram dívidas superiores
a R$ 5 mil no sistema financeiro. O dado consta de levantamento do BC
que mostra o comportamento do endividamento no auge da crise. Entre as
operações que mais cresceram nesse período, estão o crédito consignado
e o financiamento imobiliário, segmentos em que os bancos públicos passaram,
a pedido do governo, a atuar mais fortemente. Esse aumento do número de
pessoas endividadas aconteceu, na avaliação do governo, "de maneira saudável"
porque foram privilegiados empréstimos para o consumo e aquisição de bens
e imóveis, operações que geram reflexos positivos na atividade econômica.
Não houve explosão nos empréstimos mais caros e que são a última alternativa
em caso de dificuldade financeira, como o cheque especial e cartão. O
governo entende que esses brasileiros foram, junto com as medidas de desoneração,
algumas das peças das mais importantes no motor que permitiu ao Brasil
reagir rápido à crise. (Gazeta Digital - 24.11.2009) 9 Parcela da dívida pública vinculada à Selic volta a subir em outubro A parcela
da dívida pública vinculada à Selic voltou a subir depois de dois meses
de queda. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o
percentual da dívida mobiliária (em títulos) interna atrelado aos juros
básicos caiu de 36,9% em setembro para 37,66% em outubro. A proporção
dos títulos prefixados, que têm os juros definidos com antecedência, caiu
de 32,67% em setembro para 31,23% em outubro. A parcela vinculada à inflação,
no entanto, aumentou, passando de 28,47% para 29,16%. A participação dos
títulos vinculados ao câmbio caiu de 0,74% para 0,72%, sem alteração significativa.
O prazo médio da dívida pública ficou praticamente estável, passando de
3,55 anos em setembro para 3,59 anos no mês passado. Esse é o período
que o governo leva para renovar completamente a dívida de mais de R$ 1,4
trilhão. (Agência Brasil - 23.11.2009) Em quase
meia hora de negócios, o dólar comercial registrava leve alta, de 0,05%,
a R$ 1,7270 na compra e a R$ 1,7290 na venda. No mercado futuro, os contratos
de dezembro negociados na BM & F declinavam 0,11%, a R$ 1,728. Ontem,
o dólar comercial saiu a R$ 1,7260 na compra e a R$ 1,7280 na venda, com
baixa de 0,23%. (Valor Online - 24.11.2009)
Internacional 1 Bolívia: análise do potencial hidrelétrico é tema de encontro Os projetos
de geração hidrelétrica e os efeitos climáticos que podem ocasionar serão
avaliados por especialistas internacionais. Em La Paz. O encontro apresentará
oficialmente o projeto Cacuela Esperanza, que terá capacidade de 1000MW,
gerará energia elétrica para exportação e custará US$ 1200 milhões. Além
dos cerca de 6 ou 7 projetos nacionais, o encontro também tratará dos
Tratados Binacionais de Itaipú e Yacyretá. . (El Diario - Bolívia - 24.11.2009)
2 Argentina venderá mais caro gás boliviano O governo
argentino resolveu aumentar para US$ 7,6 milhões de BTU o preço do gás
para exportação a outros países, segundo um informe. Segundo esse informe,
a Administração Federal Argentina publicou a resolução na quinta-feira,
em que determnou que o simpostos sobre a exportação do gás sejam calculados
sobre esse valor. Foi salientado ainda que a Secretaria de Energia informou
que o preço foi estabelecido pelo contrato de importação de gás da Bolívia,
como base para a avaliação das exportações de gás natural. As informações
de referência autentica preços diferentes dependendo da época em que foi
exportada. O preço do gás natural para a consideração da AFIP, como base
para avaliação dos destinos de exportação para o consumo, nos termos do
contrato para importar gás da Bolívia, está em $ 6,1 milhão de BTUs. (El
Diario - Bolívia - 24.11.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 VIDOR, George. "Antibruxas". O Globo. Rio de Janeiro, 23 de novembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 EDITORIAL. "População ainda espera as explicações do apagão". Valor Econômico. São Paulo, 23 de novembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 3 LIMA, Ricardo. "Falsas Acusações". CanalEnergia. Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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