l IFE: nº 2.617 - 16
de novembro de 2009 Índice Regulação
e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Leilão de Belo Monte provoca tensão no Pará A proximidade
do leilão da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, marcado para 21
de dezembro, tem mexido com os ânimos da população do Oeste do Pará. Nas
últimas semanas, movimentos contrários e a favor da usina reforçaram os
protestos pelas ruas da tumultuada Altamira, no interior do Pará. Por
lá, os moradores "respiram" Belo Monte 24 horas por dia, numa polêmica
nem sempre amistosa. A partir de amanhã, o clima deve esquentar ainda
mais, com a expectativa de liberação da licença prévia para o início da
obra. Ambientalistas e povos indígenas prometem não se curvar à decisão
do Ibama. "Não vamos desistir agora dos nossos direitos", afirma o cacique
da tribo Arara, José Carlos Arara, que teme os impactos da construção
da usina em sua aldeia. Do outro lado, empresários se unem para reforçar
o coro a favor do governo para tirar do papel o projeto. As manifestações
começaram na sexta-feira passada, numa caminhada pela cidade. Nos próximos
37 dias, até a licitação da hidrelétrica, os dois grupos vão fazer barulho,
com atos que ultrapassam as divisas do Pará. (O Estado de São Paulo -
15.11.2009) O MME publica
na próxima segunda-feira (16/11) portaria que aprova a sistemática do
leilão da hidrelétrica de Belo Monte (11.233 MW), no rio Xingu. A concorrência
será realizada no dia 21 de dezembro. O consórcio que não tiver autoprodutores
de energia deverá ofertar pelo menos 90% do montante da energia da usina
no ambiente de contratação regulada (ACR). Se houver autoprodutores no
consórcio, o montante obrigatório do ACR cai para 70%. Mas, dos 30% restantes,
pelo menos 10% deverão ficar obrigatoriamente com os autoprodutores do
consórcio. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu ontem
(12/11) que o MMA emitirá na próxima segunda-feira a licença prévia para
a construção da hidrelétrica. Lobão negou que a concessão da licença tenha
sido acelerada por causa do blecaute ocorrido na noite de terça-feira
(10). (BrasilEnergia - 13.11.2009) 3 Usinas do Rio Madeira e de Belo Monte vão assegurar expansão do setor elétrico, diz ministro O ministro de
Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha,
afirmou hoje (13) que as duas usinas no Rio Madeira, em Rondônia, e o
projeto da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, são preponderantes para
a expansão da infraestrutura para o setor energético. De acordo com ele,
o Brasil está seguro quanto ao fornecimento de energia elétrica para os
próximos anos. Ele destacou os investimentos no setor. "Pelo menos 30%
de toda a expansão na área de transmissão de energia elétrica foi construída
no atual governo". Para ele, a constituição do ONS, que trabalha em conjunto
com as empresas de energia elétrica, dá margem de segurança ao sistema
de transmissão. (Agência Brasil - 13.11.2009) 4 Concessões do setor elétrico: agências cobram
definição 5 Investimento em linhas de transmissão Distantes
dos centros urbanos, as novas hidrelétricas previstas para o Brasil nos
próximos anos exigirão cada vez mais linhas de transmissão de longo percurso,
a exemplo da Hidrelétrica de Itaipu. No caso, de Belo Monte, a energia
será escoada pelo Linhão de Tucuruí. "Mas precisará de reforços", afirma
o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Ele destaca que ainda não foi
definido de que forma será esse reforço, se as linhas serão de corrente
contínua ou corrente alternada. Na avaliação do presidente da Abrate,
José Cláudio Cardoso, ter linhas de longa distância não significa estar
mais vulnerável a curtos circuitos, como ocorreu no apagão que atingiu
o Brasil semana passada. Segundo ele, esse tipo de acidente pode ser provocado
por uma série de fatores e pode ocorrer em qualquer linha de transmissão.
(O Estado de São Paulo - 15.11.2009) 6 Governo cortou 23% da verba da área de energia O governo federal
bloqueou 23% do orçamento do MME este ano. Em termos nominais, isso significa
que a pasta chefiada por Edison Lobão sofreu uma retenção de quase R$
6 bilhões. O dinheiro retido deve ajudar o governo a cumprir a meta de
economia para pagamento de juros, o chamado superávit primário. Além do
recurso contingenciado, cerca de R$ 15,2 bilhões do orçamento do ministério
estão comprometidos com o pagamento de royalties de petróleo e gás para
Estados e municípios. Um técnico do governo ponderou, no entanto, que
o grosso dos investimentos no setor energético é feito pelas estatais
federais, que têm orçamento à parte. Com os recursos do orçamento, o ministério
financia programas como o Luz Para Todos. (O Estado de São Paulo - 14.11.2009)
7 Aneel também é afetada por bloqueio a recursos do MME A Aneel também é afetada pelo bloqueio de parte do orçamento do MME. Dos R$ 426,4 milhões previstos para a agência este ano, R$ 245,6 milhões estão bloqueados, ou cerca de 58% do total previsto para o exercício. A EPE, ligada ao ministério e responsável por estudos e pesquisas para subsidiar o setor energético, também está com parte do orçamento congelado (9%). De acordo com o Contas Abertas, o MME aplica, em média, 68% dos recursos originalmente previstos para a pasta no Orçamento da União. Para o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências, não dá para fazer, apenas com a análise desses números, uma vinculação direta do apagão com os cortes no orçamento. Segundo ele, o aumento do contingenciamento de 2008 para 2009, que saltou de R$ 4,9 bilhões para R$ 5,8 bilhões, está relacionado com os efeitos da crise mundial, que provocou forte queda da arrecadação. (O Estado de São Paulo - 14.11.2009) 8 Enecel e Abrace defendem flexibilização
do mercado livre 9 Brennand defende redução dos custos de financiamento e da energia para incentivar mercado livre O presidente
da Brennand Energia, Mozart Siquera de Araújo, defendeu a redução dos
custos de financiamento para viabilizar mais projetos voltados ao mercado
livre. Segundo ele, a inflação e o financiamento de longo prazo foram
elementos que permitiram a expansão do segmento. Entretanto o custo da
energia e do financiamento de projetos ainda travam o mercado. "A redução
do custo passa pela redução das margens", avaliou Araújo ao participar
do Encontro Anual do Mercado Livre, em Florianópolis. (CanalEnergia -
13.11.2009) 10 Governo estuda diminuir reajustes na conta de luz 11 BNDES planeja aumentar empréstimos ao setor de energia Enquanto o governo tem dificuldades para tirar do papel os investimentos para o setor de energia elétrica por meio da Eletrobrás, que investiu menos da metade do seu orçamento este ano, o BNDES planeja aumentar o volume de financiamento ao setor. Até setembro, R$ 8,8 bilhões já tinham sido liberados, mas as aprovações de novos projetos já superam R$ 13 bilhões, indicando a evolução dos desembolsos em 2010. Para a chefe do Departamento de Energia Elétrica do banco, Márcia Leal, o investimento nesse segmento, posto em xeque pelo apagão da semana passada, não é baixo. Só o BNDES já viabilizou 12 mil Km de linhas entre 2003 e 2009 e deve aumentar substancialmente em 2010 com a demanda das usinas do Rio Madeira, em Rondônia. "Temos apoiado intensamente projetos de transmissão. Pela natureza dos investimentos, a geração demanda mais recursos, mas isso não quer dizer que uma atividade esteja mais intensa do que outra. Ao contrário, houve um esforço nos últimos anos de superação de gargalos na estrutura, como a integração da Região Norte ao sistema". (Gazeta Digital - 15.11.2009) 12 Artigo de Sergio Leo: "O que fazer com a energia de Itaipu" Em artigo no jornal Valor Econômico, Sergio Leo discute a dependência brasileira da energia de Itaipu. Segundo o autor, "o Brasil necessitou de em evento traumático para perceber que não é conveniente ter excessiva confiança em uma única fonte para atender a determinadas necessidades energéticas". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 16.11.2009) 13 Entrevista com Eliseu Padilha: "Era do petróleo irá acabar e é preciso ampliar energia limpa" "Os países vão caminhar para a energia limpa." É o que pensa o senador mineiro Eliseu Padilha (DEM), ex-presidente da Eletrobrás, de Furnas, Nuclebrás, Chesf, Eletronorte e Eletrosul, além da estatal Companhia Vale do Rio Doce e da Companhia Petroquímica Camaçari (BA). "Eu costumo dizer que, no futuro, as nações-potências serão aquelas que tiverem a melhor matriz energética", avaliou, em entrevista. Ele lembrou, por exemplo, que os Estados Unidos estão investindo pesado no carro elétrico. E advertiu que o Brasil deve ficar atento ao fato de que "a era do carvão acabou antes de o carvão acabar no planeta" e que "a era do petróleo vai acabar antes de as jazidas do combustível fóssil terminarem, inclusive as do pré-sal". O Brasil vai bem, observou, com os biocombustíveis e as hidroelétricas, mas precisa voltar a dar prioridade para outra fonte limpa de energia, demonizada pelos ecologistas: a energia nuclear. Para ler a entrevista, clique aqui. (DCI - 16.11.2009)
Empresas 1 Lucro da Eletrobrás recua 78% no terceiro trimestre A Eletrobrás
registrou lucro líquido de R$ 453,8 milhões no terceiro trimestre -queda
de 78% ante o mesmo período do ano passado, quando a empresa lucrou R$
2,1 bilhões. Em relação ao trimestre anterior, porém, o resultado foi
positivo: a empresa havia registrado um prejuízo de R$ 2,09 bilhões.Nos
primeiros nove meses do ano, a Eletrobrás registrou um prejuízo acumulado
de R$ 1,5 bilhão. De janeiro a setembro de 2008, a companhia havia registrado
lucro líquido de R$ 3,1 bilhões. A variação cambial gerou uma perda líquida
de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre. No mesmo período de 2008, a empresa
havia tido lucro de R$ 2,5 bilhões com esse tipo de ativo. A geração de
caixa medida pelo Ebitda somou R$ 3,8 bilhões nos nove primeiros meses
do ano -queda de 13%. (Folha de São Paulo - 14.11.2009) 2 Cemig tem lucro de R$567 mi no 3o trimestre, alta de 9,8% A Cemig teve lucro líquido de R$ 567 milhões no terceiro trimestre, em comparação a ganho de R$ 516 milhões verificado um ano antes, um aumento de 9,8%. A receita líquida da estatal mineira de energia foi de R$ 2,993 bilhões, contra R$ 2,754 bilhões um ano atrás. O Ebitda somou R$ 1,073 bilhões nos três meses até setembro, ante R$ 1,090 bilhões um ano atrás. De acordo com o balanço da empresa, a alta no lucro deve-se principalmente a redução na despesa financeira líquida. No terceiro trimestre a despesa líquida foi de R$ 10,3 milhões, contra R$ 122,9 milhões em igual período de 2008. (O Estado de São Paulo - 14.11.2009) 3 AES Brasil encerra terceiro trimestre com lucro de R$ 384 mi O Grupo AES
Brasil encerrou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 384
milhões, 20% superior ao mesmo período de 2008. De julho a setembro de
2009, o Ebitda da AES Brasil somou R$ 884 milhões, com expansão de 12%
em relação ao mesmo trimestre de 2008, quando o grupo obteve Ebtida de
792 milhões. A receita líquida foi de R$ 3 bilhões, uma evolução de 2%
em relação à igual período do ano passado. No entanto, os investimentos
das sete empresas que compõem o grupo somaram R$ 168 milhões, ficando
23% abaixo dos realizados em igual período de 2008. No acumulado dos nove
meses do ano, os investimentos somaram R$ 486 milhões. O Grupo AES Brasil
informou que prevê investir o montante de R$ 774 milhões em 2009, o que
representará acréscimo de 11% sobre o total investido no ano anterior.
(Setorial News - 13.11.2009) 4 AES Sul apura lucro de R$ 40,604 mi no terceiro
trimestre A Cesp lucrou
R$ 255,1 milhões no terceiro trimeste de 2009, contra prejuízo de R$ 114,1
milhões no mesmo período de 2008. O Ebtida do 3T09 alcançou R$ 435,8 milhões,
3% inferior ao valor do 3T08. A receita operacional líquida ficou em R$
645,3 milhões, 1,8% inferior ao valor apurado em 3T08. A produção de energia
elétrica das usinas da Cesp no terceiro trimestre de 2009 alcançou 9,24
milhões de MW/h. A empresa teve uma receita financeira líquida no período
de R$ 14,6 milhões, contra despesa de R$ 565,7 milhões apresentado no
3T08. A empresa afirma que ainda aguarda o posicionamento do governo quanto
à renovação das concessões para poder vender energia em contratos de longo
prazo. Um bloco de energia vence em 2015 e teoricamente ficaria libre
para venda. (BrasilEnergia - 13.11.2009) 6 Cteep apura lucro de R$ 218,716 mi no terceiro trimestre A Cteep registrou
lucro líquido de R$ 218,716 milhões no terceiro trimestre deste ano, o
que representa uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período do ano passado,
quando ficou em R$ 231,118 milhões. Já no acumulado entre janeiro e setembro,
o montante subiu, fechando em R$ 666,385 milhões, contra os R$ 640,805
verificados em 2008. Quanto a receita líquida, o resultado trimestral
chegou a R$ 440,463 milhões nesse ano, montante ligeiramente inferior
aos R$ 448,773 milhões apresentados no ano anterior. Entre janeiro e setembro,
a receita líquida da companhia subiu, passando de R$ 1,184 bilhão em 2008
para R$ 1,273 bilhão nos mesmos meses desse ano. O resultado operacional
registrado foi de R$ 229,210 milhões no terceiro trimestre de 2009. Já
no mesmo período do ano passado, o resultado operacional ficou em R$ 251,597
milhões. (CanalEnergia - 13.11.2009) 7 Cemig pretende consolidar participação de 49% na Terna até fim do ano A Cemig comunicou
que deverá consolidar a participação de 49% na Terna ainda este ano. De
acordo com a empresa, essa é a mesma presença da Cemig na sociedade de
propósito específico Taesa, que tem ainda o FIP Coliseu como acionista,
por meio dos 51% restantes. A Taesa detém 65,85% da Terna e pela regra
contábil atual deve consolidar 100%. A Cemig ressaltou ainda que a sua
participação na Terna será alterada após a oferta de compra das ações
dos acionistas minoritários da Terna. (CanalEnergia - 13.11.2009) 8 Parcela A: AES Eletropaulo afirma que não houve cobrança indevida O presidente da AES Eletropaulo (SP), Britaldo Soares, disse nesta sexta-feira, 13 de novembro, que não se pode falar em cobrança indevida no que se refere ao cálculo da Parcela A das tarifas de energia. Segundo ele, o contrato de concessão e a regulação vigente foram respeitados no estabelecimento das tarifas, por isso, não houve erro no cálculo. Dessa forma, segundo ele, não há o que ressarcir aos consumidores. Com relação a audiência pública iniciada pela Aneel, que propõe um aditivo ao contrato de concessão das distribuidoras para solucionar o erro na metodologia de cálculo da Parcela A, o executivo afirmou que a AES Eletropaulo está avaliando a proposta junto com a Abradee e com as demais concessionárias. (CanalEnergia - 13.11.2009) 9 Eletropaulo negocia alongamento de dívida de R$ 602 mi que vence em 2010 O presidente da AES Eletropaulo, Britaldo Soares, informou, nesta sexta-feira (13), que a companhia busca alternativas para fazer a rolagem da dívida que vencerá em 2010. O objetivo é alongar o perfil de endividamento, substituindo os vencimentos do ano que vem por dívidas de longo prazo. A Eletropaulo tem R$ 602 milhões previstos em amortização do principal de sua dívida para 2010, mas, de acordo com Soares, a empresa está negociando instrumentos para refinanciar o valor. O balanço trimestral da empresa, divulgado ontem, mostrou que a dívida líquida chegou a R$ 2,746 bilhões, superando em 40% a geração de caixa da companhia em 12 meses. (Setorial News - 13.11.2009) 10 Atraso em usina reduz investimento da Copel O presidente
da Copel, Rubens Ghilardi, disse ontem, em teleconferência com analistas
de investimento, que a empresa deverá terminar este ano sem aplicar todo
o orçamento previsto, de R$ 1,113 bilhão. O investimento deve ficar em
torno de R$ 900 milhões, disse ele. Segundo ele, a razão é que houve atraso
no andamento das obras da Hidrelétrica de Mauá, no Rio Tibagi (PR), por
causa das chuvas. A Copel aplicou R$ 653,2 milhões de janeiro a setembro,
dos quais R$ 88,3 milhões no projeto de Mauá. Ghilardi também apontou
que o impacto do desconto de tarifas praticado pela Copel sobre o resultado
de 2009 será menor que os R$ 108 milhões previstos. (O Estado de São Paulo
- 14.11.2009) 11 Copel contesta ofício da Aneel sobre impacto da CVA nas receitas de distribuidoras A Copel encaminhará correspondência à Aneel questionando o ofício enviado ao MME, em que a agência afirma que as distribuidoras com as tarifas reajustadas até julho deste ano tiveram impacto de R$ 631,394 milhões a mais nas respectivas receitas, por conta da manutenção da metodologia de cálculo da CVA. De acordo com o diretor presidente da companhia, Rubens Ghilardi, a Copel não precisa efetuar devoluções aos consumidores na medida em que já aplica uma política de descontos desde 2003. Ghilardi classifica o impacto dos descontos nas tarifas aplicados pela Copel como "altamente positivo" para a companhia. Pela carta, a Aneel informou que o impacto do reajuste desse ano da Copel está com cerca de R$ 90 milhões a mais do que deveria. O executivo, no entanto, disse que os descontos são provisórios e que sua manutenção depende de decisões futuras em relação à questão do cálculo da Parcela A. (CanalEnergia - 13.11.2009) A Alupar Investimento
está planejando uma emissão de R$ 250 milhões em debêntures, informou
a empresa na sexta-feira. A empresa de energia contratou o Banco Itaú
BBA para coordenar a operação, que terá duas séries. A Alupar não forneceu
mais detalhes sobre a emissão. Neste ano, até sexta-feira, as empresas
brasileiras lançaram R$ 8,36 bilhões em debêntures. Em 2008, foram R$
37,45 bilhões. (Valor Econômico - 16.11.2009) 13 CVA: Aneel não crê em recursos judiciais por parte de distribuidoras que não queiram alterar contratos O diretor da
Aneel Edvaldo Santana disse na última quinta-feira, 12 de novembro, que
não crê em recursos judiciais por parte das distribuidoras, em função
da proposta de alteração bilateral dos contratos de concessão das distribuidoras,
a fim de corrigir as distorções da metodologia de cálculo da Parcela A.
Segundo ele, o ambiente atual não seria propício para que as empresas
manifestem-se contrária à proposta. Santana contou que a agência ainda
não tem uma posição definida a respeito de alguma eventual recusa de distribuidora
de adotar ajustes nos contratos. Santana destacou ainda que a avaliação
da Aneel é de que não há espaço para devolução dos valores que resultaram
do impacto referente à falha na metodologia. Isso porque embora a metodologia
apresentasse distorção, a aplicação da fórmula foi perfeitamente correta.
(CanalEnergia - 13.11.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS deve divulgar a análise do apagão na terça-feira O ONS deve
divulgar na próxima terça-feira os resultados das análises de um equipamento
das subestações de transmissão de energia que ajuda a explicar o que provocou
o blecaute da última semana. Os osciloperturbógrafos são registradores
que monitoram todo o fluxo de carga nas linhas de transmissão e funcionam
como uma caixa-preta, guardando as informações quando há interrupção do
fornecimento de energia. Apesar de não oferecer as respostas, os oscilogramas
produzidos por eles devem ser como uma fotografia do que houve na hora
do blecaute de terça-feira. Interpretando os dados fornecidos pelos registros,
técnicos do ONS devem explicar o que houve no dia do apagão. Até o momento,
o que se sabe é que o problema não foi gerado pela queda de nenhuma torre
ou pela ruptura de nenhuma linha, porque os sistemas respondem bem ao
religamento e todos os circuitos estão funcionando novamente. O governo
até o momento alega que a interrupção no fornecimento de energia foi provocada
por condições climáticas adversas. Segundo a ministra da Casa Civil, Dilma
Roussef, quem deverá investigar as possíveis responsabilidades pelo apagão
será a Aneel. (Jornal do Brasil - 13.11.2009) 2 Conselho do ONS discute medidas para evitar blecautes O Conselho de Administração do ONS, formado pelas empresas de distribuição, geração e transmissão e consumidores livres, além do secretário-executivo do MME, se reúne hoje para avaliar o procedimento de rede adotado no blecaute da semana passada. Segundo fonte importante do conselho, o objetivo agora, mais do que encontrar culpados, é estudar medidas para flexibilizar o sistema e impedir que a saída da usina de Itaipu cause novo blecaute. Apesar de ser o ONS o único órgão capaz de identificar as causas e propor soluções, caberá ao governo federal implantar as medidas sugeridas. (Valor Econômico - 16.11.2009) 3 MME cria grupo de trabalho para analisar causas do blecaute O MME criou
um grupo de trabalho para acompanhar os estudos e análises realizados
pelo ONS e pela Aneel. O objetivo é concluir as causas do blecaute ocorrido
na última terça-feira, 10 de novembro. O grupo receberá os estudos e planejará
ações de melhoria de segurança do suprimento de eletricidade. O GT é formado
pelo MME, com representantes das seguintes pastas: secretaria executiva;
secretarias de Energia Elétrica e de Planejamento e Desenvolvimento Energético;
diretor geral ou diretor da Aneel, presidente ou diretor da Eletrobrás;
presidente ou diretor da Empresa de Pesquisa Energética, diretor geral
ou diretor do ONS, presidente ou diretor de Furnas, presidente ou diretor
da Cteep, e diretor-geral ou diretor do Cepel. Os dirigentes máximos dos
órgãos e entidades componentes do GT deverão indicar os nomes de seus
representantes até a próxima terça-feira, 17, quando ocorrerá a primeira
reunião oficial. (CanalEnergia - 13.11.2009) 4 Lobão: Inpe não opina sobre questões energéticas O ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta sexta-feira, 13 de novembro,
que o Inpe não tem a função de opinar sobre questões energéticas. Lobão
afirmou que o instituto não discordou do governo sobre a causa do blecaute
que ocorreu na última terça-feira, 10. Segundo ele, as declarações dadas
pelo pesquisador do Inpe, Osmar Pinto, não condizem com a opinião do instituto.
Na próxima semana, o Inpe entregará relatório ao ONS analisando as condições
atmosféricas durante a noite do blecaute. O Inpe informou que técnicos
do Elat e do CPTEC estão apurando os fatores meteorológicos que são apontados
como a causa do apagão. De acordo com o instituto, no momento pode-se
afirmar que uma linha de instabilidade atmosférica causou chuvas fortes,
raios e rajadas de vento em localidades do Paraná e São Paulo. As condições
foram atribuídas pelo Inpe a uma massa de ar quente e instável que estava
sobre a região Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul associada a uma frente
fria que chegou ao Sul no dia do blecaute. (CanalEnergia - 13.11.2009)
5 Superblindagem: economicamente inviável O custo
das linhas de transmissão que transportam a energia da hidrelétrica de
Itaipu para o Sudeste foi de US$ 300 mil/km. Ou seja, US$ 810 milhões,
já que se tratam de três linhas paralelas, cada uma com 900 km de extensão,
ligando Foz do Iguaçu a Ivaiporã, Itaberá e Tijuco Preto. A isso, somou-se
a instalação de equipamentos que encareceram em cerca de 30% o projeto,
elevando o custo para pouco mais de US$ 1 bilhão. Segundo técnicos experientes
do setor, que participaram do projeto, uma superblindagem desse sistema,
com proteção contra qualquer risco, triplicaria esse custo. O projeto
seria 100% seguro, mas economicamente inviável. (O Estado de São Paulo
- 15.11.2009) 6 País teve 62 apagões em 2009 devido às condições climáticas O ONS, responsável
por controlar a operação e a transmissão de energia elétrica do SIN, registrou
neste ano um aumento de 29% no número de apagões de grandes proporções
em relação a 2008. Especialistas atribuem o aumento a condições climáticas,
queimadas, desmatamento e falhas em equipamentos de transmissão, causadas
por erros de planejamento ou falta de manutenção. Na última terça-feira,
o blecaute mais abrangente na história do país deixou no es curo 70 milhões
de pessoas em 18 Estados e no Distrito Federal. Segundo levantamento feito
pela reportagem com base em boletins do ONS, foram registrados neste ano
62 desligamentos significativos, ou seja, com cortes superiores a 100
MW. O valor é a referência máxima adotada pelo órgão. Também constam nos
relatórios dois desligamentos envolvendo linhas de transmissão de Itaipu,
que, segundo o ONS, não geraram consequências aos consumidores. O número
desse tipo de ocorrência estava em queda nos últimos quatro anos, passando
de 74 em 2005 para 48 em 2008. Empresas atribuem a redução nesse período
a investimentos em melhorias da transmissão da energia. O aumento neste
ano, dizem, é motivado por condições climáticas. (Folha de São Paulo -
15.11.2009) 7 Para ONS, apagões foram localizados e de curta duração O ONS afirmou
que o aumento no número de apagões neste ano em relação a 2008 pode ser
explicado pela inclusão dos Estados do Acre e Rondônia no SIN, linhas
de transmissão que "são novas e sujeitas a falhas". A inclusão dos Estados
no sistema foi concluída no final do mês passado. Ainda segundo o órgão,
a maioria das ocorrências foi "localizada e de curta duração" e está "associada
aos sistemas das empresas distribuidoras". Os boletins divulgados pelo
ONS citam Furnas, Cteep e Eletronorte na maioria dos desligamentos neste
ano, sem atribuir responsabilidades. (Folha de São Paulo - 15.11.2009)
8 Causas do blecaute ainda precisam ser apuradas, diz Lula Apesar de
os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia)
terem declarado que o episódio do apagão está encerrado, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que as causas do blecaute de terça
devem ser investigadas antes que uma resposta definitiva seja dada. Durante
entrevista, Lula disse que o ONS, a Aneel e o MME estão investigando as
causas da falta de energia na última terça-feira. Lula mudou o tom em
relação ao apagão. No começo, defendeu a versão de que o mau tempo provocou
o blecaute. A tese, contestada depois pelo próprio Inpe, foi reforçada
por Dilma e Lobão. Ontem, porém, foi mais cauteloso. "Só posso trabalhar
com as informações técnicas que eles [os técnicos] me dão e acreditar
que seja possível um processo de investigação para que a gente saiba se
há coisas além do que eles me colocaram, que foi por conta das intempéries."
O presidente não descartou a possibilidade de novos blecautes. Lula disse
que qualquer brasileiro "deve ter motivo de orgulho do sistema e do modelo
energético brasileiro". (Folha de São Paulo - 14.11.2009) 9 Rio enfrenta onda de apagões No Rio,
o calor das últimas semanas provocou apagões localizados em diversos bairros.
Segundo as distribuidoras, o problema foi causado pelo aumento abrupto
no consumo residencial, notadamente em comunidades carentes. Com grande
índice de furto de energia nas comunidades, as empresas dizem que não
têm como dimensionar a capacidade dos equipamentos para atender à nova
demanda. Nas últimas duas semanas, diversos pontos da região metropolitana
do Rio vêm enfrentando apagões localizados, por conta de sobrecarga em
transformadores. Na quinta-feira, por exemplo, ficaram sem luz moradores
da região do Posto 6, em Copacabana, e de ruas nos bairros de Laranjeiras,
Santa Tereza e Manguinhos. Desde o início da onda de calor, os apagões
localizados já atingiram também bairros da zona oeste da cidade e de Niterói.
(O Estado de São Paulo - 15.11.2009) 10 Cerca de 20 mil pessoas continuam sem luz no RS Cerca de
20 mil pessoas continuam sem luz no Rio Grande do Sul neste domingo, em
razão de um temporal que atingiu o Estado na madrugada de ontem, de acordo
com informações das concessionárias que abastecem a região. Segundo a
AES Sul, ao menos 19 mil clientes permanecem sem energia, principalmente
nos municípios de Taquari, Novo Hamburgo e Montenegro. Já a CEEE contabiliza
menos de mil moradores sem luz. A companhia é responsável pelo fornecimento
de energia na capital Porto Alegre, no sul e no litoral gaúcho. A Rio
Grande Energia, por sua vez, ainda registra problemas de energia em pontos
isolados, mas não informou o número de pessoas afetadas. Segundo a empresa,
o fornecimento foi restabelecido nesta madrugada. Os locais que continuam
com problemas são de difícil acesso, principalmente em áreas rurais. A
previsão é que todos os trabalhos sejam concluídos ainda hoje. (O Estado
de São Paulo - 15.11.2009) 11 PLD fecha em R$ 16,31 para todos os patamares de carga e regiões A Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica divulgou o Preço de Liquidação
de Diferenças para o período de 14 a 20 de novembro. Fica definido o valor
de R$ 16,31, o patamar mínimo estabelecido pela Aneel, para todos os submercados
e cargas. Segundo a CCEE, a manutenção do valor pela 16ª semana consecutiva
é devida às afluências desta semana nos submercados Sudeste/Centro-Oeste
e Sul, que continuam acima da média histórica do período. (CanalEnergia
- 13.11.2009) 12 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,96% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,96%, apresentando
alta de 0,11% em relação à medição do dia 11 de novembro. A usina de Furnas
atinge 84,24% de volume de capacidade. (ONS - 16.11.2009) 13 Sul: nível dos reservatórios está em 93,36% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,45% em relação à
medição do dia 11 de novembro, com 93,36% de capacidade armazenada. A
usina de Machadinho apresenta 78,19% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 16.11.2009) 14 NE apresenta 63,23% de capacidade armazenada Apresentando
alta de 0,06% em relação à medição do dia 11 de novembro, o Nordeste está
com 63,23% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 61,75% de volume de capacidade. (ONS - 16.11.2009) 15 Norte tem 47,19% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 47,19%, se mantendo estável em
relação à medição do dia 11 de novembro. A usina de Tucuruí opera com
27,71% do volume de armazenamento. (ONS - 16.11.2009) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 14/11/2009 a 20/11/2009. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Licenças ambientais ainda demoram e atrasam obras Os processos
para o licenciamento das obras continuam demorados, provocando atrasos
e custos maiores em obras do setor elétrico e de infraestrutura. Permanecem
sem licença prévia, e podem ficar fora do leilão de energia nova que ocorre
até o fim do ano, sete hidrelétricas que terão capacidade de gerar 905
MW. Segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim,
se a licença não sair, o leilão venderá energia apenas das térmicas, que
poluem mais e têm energia mais cara. Especialistas apontam o excesso de
condicionalidades impostas no licenciamento prévio ou no decorrer das
obras como um dos fatores do atraso. Segundo Roberto Franco, presidente
do Ibama, o problema é dos empreendedores: muitos empresários pagam grandes
somas por estudos de má qualidade. (Valor Econômico - 16.11.2009) 2 Governo anuncia meta de redução de emissões de CO2 para 2020v A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro de Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciaram nesta sexta-feira, 13 de novembro, a meta do Governo Federal para redução das emissões de gases do efeito estufa, entre 36,1% e 38,9% até 2020. Minc e Dilma afirmaram mais uma vez que o compromisso assumido pelo Brasil é voluntário, e a meta será apresentada na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que será realizada em Copenhague, na Dinamarca, em dezembro. A amplitude da redução, segundo o governo, deve ficar de 975 a 1,062 bilhão de toneladas de gás carbônico. Nesta semana, o governador de São Paulo, José Serra, ancionou uma lei para reduzir em 20% as emissões de gases de efeito estufa do estado até 2020. (CanalEnergia - 13.11.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 ABEEólica promove evento de cooperação técnica com Espanha A ABEEólica,
a Associación Empresarial Eólica da Espanha e a Global Wind Energy Council
promovem hoje a Jornada Técnica Brasil Espanha - Um marco de apoio para
o desenvolvimento da energia eólica no Brasil. O objetivo do evento, que
acontece em São Paulo, é aprofundar o conhecimento da importância desta
fonte, estimular a cooperação técnica e o aporte da experiência internacional
e, principalmente espanhola, em termos de marco regulatório. O evento
bilateral contará com a participação de empresas de geração, distribuição
e comercialização de energia de dois países, bancos e agentes financiadores
de projetos, representantes dos governos dos dois países e demais investidores
em energia renovável e complementar. Estão previstas reuniões entre empresários
brasileiros e espanhóis para avaliar a identificação de oportunidades
de negócios e de empreendimentos na área de eólicas no Brasil. (CanalEnergia
- 13.11.2009) 2 CPFL investe R$ 127 mi em usina de biomassa A CPFL Energia fechou a segunda parceria para investimentos em geração de energia a partir da biomassa. A companhia firmou um acordo com o Grupo Farias e constituiu a CPFL Bio Formosa, que será responsável pela construção da térmica a bagaço da cana-de-açúcar Baía Formosa, localizada no RN. O projeto tem capacidade instalada de 40 MW. "A CPFL Energia investirá R$ 127 milhões neste projeto", revelou o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior. O modelo de negócio acertado entre as duas empresas prevê que o grupo Faria garanta o suprimento de biomassa para o projeto e use 15 MW da capacidade para o consumo próprio na usina de açúcar e álcool. A CPFL Energia ficará com 25 MW do empreendimento, sendo que 70% desse volume já foram vendidos no leilão de energia nova que contratou a demanda do mercado cativo em 2011 (A-5). Segundo Ferreira Júnior, as obras do projeto devem começar em breve. A usina já dispõe da LP e da LI, e a expectativa é de que esteja em operação em meados de 2011. (DCI - 16.11.2009)
Grandes Consumidores 1 ArcelorMittal estuda nova usina de aço no Brasil A ArcelorMittal
está considerando seriamente um estudo de viabilidade para uma nova usina
de aço no Brasil à medida em que vê perspectiva de forte demanda no país,
afirmou um executivo do alto escalão da empresa nesta segunda-feira. "Estamos
particularmente animados com países do Bric", disse Michel Wurth, membro
do conselho de administração em conferência do setor organizada pela Metal
Bulletin. "Estamos comprometidos com um investimento significativo no
Brasil... estamos considerando também seriamente um estudo de viabilidade
de uma nova usina de aço lá", disse o executivo, sem oferecer mais detalhes.
(O Estado de São Paulo - 16.11.2009) 2 Gerdau avalia incorporar Aços Villares para capturar sinergia A siderúrgica
Gerdau anunciou que avalia a incorporação de sua controlada e produtora
de aços especiais, Aços Villares, por questões de economia de custos e
para ganho de sinergia das operações. Em comunicado, a Gerdau afirmou
que "o valor inicialmente estimado para uma relação de troca deveria situar-se
entre 26 a 30 ações da Villares para cada ação da Gerdau S.A.". A Aços
Villares é controlada com 58,4% do capital pela unidade espanhola da Gerdau,
a Sidenor. Outros 29,9% são da Metalúrgica Gerdau. O restante é de acionistas.
(DCI - 16.11.2009) Economia Brasileira 1 Recuperação ainda não chegou a toda a indústria O pior da crise pode ter ficado para trás, mas seus efeitos ainda perduram em alguns segmentos da indústria. A retomada do nível de atividade da indústria não ocorre de maneira uniforme, como apontam dois levantamentos: a Sondagem da Indústria da Transformação da FGV e a pesquisa de indicadores industriais da CNI. As indústrias de madeira, material elétrico voltado para comunicações, e de máquinas e equipamentos ainda operam com capacidade instalada baixa, na faixa dos 70%, enquanto a média já opera acima de 80%. A sondagem da FGV mostra que a média geral da indústria da transformação usou 82,9% de sua capacidade instalada em outubro, na série com ajuste sazonal. Entretanto, três indústrias ainda amargaram Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) abaixo da média em outubro. É o caso de mecânica, com 75,3%; material elétrico de comunicações, com 79,0%; e mobiliário, com 71,8%. Para o economista Marcelo de Ávila, da CNI, uma hipótese para explicar a lentidão na retomada de atividade desses setores, que atendem principalmente ao mercado externo, é a demanda ainda fraca no mercado internacional. (Monitor Mercantil - 13.11.2009) 2 Balanços apontam retração nas empresas A economia brasileira deixou para trás a recessão no segundo trimestre, mas o setor corporativo seguiu em plena retração no terceiro trimestre de 2009. Estudo da consultoria Economática mostra queda pelo segundo trimestre seguido nas receitas das empresas. O estudo revela um atraso nos efeitos da crise na contabilidade das empresas, especialmente as exportadoras, que perderam mercado com a alta do real. Mas a queda nas receitas atinge inclusive setores defensivos, como telecomunicações e energia, que, em tese, deveriam acompanhar a inércia da expansão econômica. Só o varejo e o comércio, setores fortemente estimulados pelo governo, reagiram e voltaram a se expandir em ritmo acima do PIB. Quando a economia voltou a crescer no segundo trimestre deste ano, a expansão das vendas desacelerou mais e entrou em território negativo pela primeira vez, com queda de 0,9% em relação ao mesmo período de 2008. Apesar da queda preocupante na evolução das vendas, a maioria das empresas abertas emerge no terceiro trimestre com seus resultados no azul. (Folha de São Paulo - 16.11.2009) 3 Alta do real é o preço do sucesso da economia do Brasil, afirma
CNI 4 Meirelles alerta sobre riscos do crédito O presidente
do BC, Henrique Meirelles, reiterou ontem a necessidade de que as instituições
financeiras estejam atentas à ampliação na concessão de crédito no país
"de maneira que possamos, agora, continuar a construir um sistema sólido
dentro dessa trajetória de expansão do momento". "O problema sempre aparece,
é criado na expansão, mas se revela na retração", afirmou Meirelles durante
palestra em seminário promovido pela Febraban. O presidente do BC disse
ainda que "é muito fácil sermos complacentes em momentos em que a expansão
começa a ficar acelerada". A dificuldade no acesso ao crédito foi um dos
impactos mais sentidos pelo Brasil no agravamento da crise, registrado,
principalmente, a partir de setembro do ano passado. O governo tomou uma
série de medidas para irrigar o financiamento nos piores momentos da turbulência
e chegou a injetar recursos dos bancos públicos em instituições menores,
que precisavam do socorro para manter suas carteiras. (Folha de São Paulo
- 14.11.2009) 5 Investimento cresce 50% em outubro Os investimentos
de pessoas físicas em títulos públicos pela internet somaram R$ 141,69
milhões no mês passado, valor 50,5% maior do que em setembro. Em relação
a outubro de 2008, porém -quando as vendas no Tesouro Direto bateram recorde-,
houve queda de 45,31%. A procura maior foi por títulos prefixados, que
têm rentabilidade definida no momento da compra. (Folha de São Paulo -
14.11.2009) 6 Meirelles: quadro do emprego no Brasil é um dos melhores do mundo Embora a qualidade do emprego no Brasil ainda não tenha sido completamente restaurada dos efeitos da crise, o mercado de trabalho doméstico tem hoje uma das melhores situações do mundo, considerou nesta sexta-feira o presidente do BC, Henrique Meirelles. "A qualidade do emprego ainda é menor, mas o Brasil tem um dos melhores quadros de emprego no mundo", afirmou Meirelles durante discurso em seminário da Febraban. Além dos índices de desemprego, o presidente do BC listou uma série de dados macroeconômicos, como os de recuperação da produção industrial e do comércio varejista. "Existe claramente hoje a visão de que o Brasil tem uma trajetória de expansão sustentada pela frente", afirmou. "Devemos aprender com os fracassos, mas também com os sucessos", acrescentou. Sem mencionar riscos específicos, o presidente do BC alertou que os problemas que podem colocar a economia em risco surgem nos momentos de expansão, mas só se materializam na crise. (Reuters - 13.11.2009) 7 Reservas internacionais sobem para US$ 234,655 bi 8 FGV: IPC-S acelera para 0,20% na 2ª prévia do mês A inflação mensurada
pelo IPC-S acelerou para 0,20% na segunda prévia do mês, cuja coleta de
preços foi encerrada em 15 de novembro, ante a taxa de 0,10% apurada no
IPC-S imediatamente anterior, referente à quadrissemana encerrada em 7
de novembro. A informação foi divulgada hoje pela FGV. Ainda segundo a
fundação, a elevação anunciada hoje foi a mais intensa desde a primeira
semana de outubro de 2009, quando o índice subiu 0,25%. Duas das sete
classes de despesa contribuíram para a taxa maior do IPC-S. Segundo a
FGV, houve término de deflação e queda menos intensa de preços em Alimentação
(de -0,62% para 0,01%) e em Despesas Diversas (de -0,38% para -0,16%).
As outras classes de despesa apresentaram desaceleração de preços. É o
caso de Habitação (de 0,41% para 0,29%), Vestuário (de 0,65% para 0,45%),
Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,23% para 0,14%), Educação, Leitura e Recreação
(de 0,21% para 0,17%) e Transportes (de 0,80% para 0,56%). (O Estado de
São Paulo - 16.11.2009) Em pouco mais
de meia hora de negociações, o dólar comercial declinava 0,29%, saindo
a R$ 1,7150 na compra e a R$ 1,7170 na venda. No mercado futuro, os contratos
de dezembro transacionados na BM & F tinham perda de 0,40%, a R$ 1,721.
Na sexta-feira passada, o dólar comercial diminuiu 0,92%, a R$ 1,7200
na compra e R$ 1,7220 na venda. (Valor Online - 16.11.2009)
Internacional 1 Equador poderá reduzir à metade cortes de energia O ministro de
Eletricidade e Energia Renovável do Equador, Esteban Albornoz, informou
que os racionamentos de energia podem ser reduzidos a metade de forma
progressiva, graças à incorporação de carga comprada do Peru e a entrada
de termelétricas que usam petróleo. Albornoz precisou que as horas de
corte serão reduzidas em 50%, em média, em todo o país, ainda que tenha
reforçado que isso dependerá da situação da UHE de Paute, que em condições
normais deveria prover 35% da demanda interna. Ele destacou ainda que
o acordo com o Peru acontecerá até abril de 2010. O ministro lembrou ainda
que, na atual situação, a alternativa mais eficaz para mitigar o déficit
de geração é o racionamento de energia por parte dos consumidores, visto
que as leves chuvas na região de Paute não foram suficientes para aumentar
os níveis adequados o reservatório de hidrelétrica. (La República - Peru
- 13.11.2009) 2 Equador: governo diz que reajuste tarifário visa evitar o desperdício O ministro de
Energia e Petróleo do Equador, Rafael Ramírez, assegurou que o reajuste
tarifário que o governo está estudando busca combater o desperdício e
gerar os recursos necessários para que se possa fazer a manutenção do
setor elétrico de seu país. Segundo Ramírez, "O reajuste tarifário tem,
além desses dois objetivos, o de normalizar o quanto antes o abastecimento
para a população". (EL Nacional - Venezuela - 16.11.2009) 3 Colômbia inaugura planta de cogeração O presidente colombiano Álvaro Uribe inaugurou uma planta de cogeração de energia a partir do bagaço da cana, com capacidade de geração de 40 MW, e que contou com investimentos da ordem de 115 milhões de pesos. Uribe disse que essa inauguração reflete três reformas em andamento em seu país: o desenvolvimento de fontes alternativas, os incentivos que permitem uma dedução tributária de 30% e a reforma das empresas de cogeração de energia. No caso da planta inaugurada, Providencia, a energia que for usada para consumo próprio será isenta de 20% de impostos. (Portafolio - Colômbia - 14.11.2009) 4 Espanha autoriza mais 8 mil MW em renováveis até 2012 5 Rússia atrasa central nuclear iraniana O ministro de
energia russo, Serguéi Shmatkó, anunciou que a primeira central nuclear
iraniana, que engenheiros russos estão construindo, não entrará em funcionamento
esse ano, conforme previsto. A construção da planta contou com várias
interrupções nos últimos anos, tanto por causa do não pagamento por parte
do Irã como pela desconfiança ocidental de um programa nuclear naquele
país, ainda que a Rússia já esteja comprometida na operação e abastecimento
da planta. (El País - Espanha - 16.11.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LEO, Sergio. "O que fazer com a energia de Itaipu". Valor Econômico. São Paulo, 16 de novembro de 2009. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 GONDIM, Abnor. "Entrevista com Eliseu Padilha: 'Era do petróleo irá acabar e é preciso ampliar energia limpa'". DCI. Brasília, 16 de novembro de 2009. Para ler o texto, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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