l IFE: nº 2.615 - 12
de novembro de 2009 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 GESEL: Pane tem natureza muito diferente do apagão de 2001 Em Artigo
publicado na Folha de São Paulo, Nivalde J. Castro e Roberto Brandão,
analisam o blecaute de anteontem e afirmam que o que houve "foi um evento
de natureza muito diferente do apagão de 2001". Segundo os autores, "um
blecaute, isto é, uma falha geral no sistema de transmissão, é um evento
improvável, mas que pode acontecer". Para ler o texto na íntegra, clique
aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 12.11.2009) 2 Editorial da Folha de São Paulo: "Na escuridão" Em editorial,
o Jornal Folha de São Paulo afirma que o apagão que deixou às escuras18
Estados da Federação mostra que o país está vulnerável. O jornal cobra
iformacoes e diz que há um estranhamento "de um apagão dessa magnitude
- um estranhamento que a versão oficial ainda não foi capaz de dissipar".
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 12.11.2009) 3 Distribuidora tem de cobrir prejuízos do consumidor Segundo
a Aneel, a Resolução nº 360, de abril de 2009, determina que os consumidores
que tenham sofrido danos materiais em função da interrupção do fornecimento
de luz têm prazo de até 90 dias para encaminhar queixa à concessionária.
Por sua vez, a distribuidora terá 10 dias (contados da data do pedido
de ressarcimento) para a inspeção e vistoria do aparelho - quando o equipamento
danificado for utilizado para conservar alimentos perecíveis ou medicamentos,
o prazo é de um dia útil. A empresa terá, então, 15 dias corridos para
informar se o pedido será aceito. Em caso positivo, os consumidores poderão
ser ressarcidos em dinheiro, conserto ou substituição do equipamento.
O Idec, porém, alerta para o fato de que, pelo CDC, o cliente pode buscar
reparação por danos em até cinco anos. (Jornal Hoje em Dia - 11.11.2009)
4
Processo de Belo Monte pode seguir 5 Câmara analisa distorções nas contas de energia elétrica A Comissão
de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados promove hoje (11), às
14h30, audiência para analisar a Portaria Interministerial nº 25, de 24
de janeiro de 2002, que estabeleceu novos critérios para o cálculo das
tarifas de energia elétrica. Participam da audiência o diretor da Aneel,
Nelson Hubner, o secretário de Fiscalização do TCU, Adalberto Santos de
Vasconcelos, o procurador da República de Goiás Marcelo Ribeiro de Oliveira,
o presidente da Abradee, Luiz Carlos Guimarães, e o diretor-geral da Central
Geradora Termelétrica Fortaleza, Guilherme Lencastre. (Agência Brasil
- 11.11.2009) 6 Tarifas: adiada audiência pública para esclarecer falha em metodologia de reajuste As comissões
de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de
Defesa ao Consumidor da Câmara dos Deputados adiaram a data da audiência
pública extraordinária para esclarecer as denúncias relacionadas à falha
na metodologia de reajuste das tarifas de energia. Prevista para esta
quarta-feira, 11 de novembro, a reunião acontecerá no próximo dia 18.
A audiência atende requerimento dos deputados Antonio Carlos Mendes Thame
(PSDB-SP), Chico Lopes (PCdoB-CE), Dimas Ramalho (PPS-SP) e Vital do Rêgo
Filho (PMDB-PB). Entre os convidados para a audiência estão os ministros
da Fazenda e de Minas e Energia, Guido Mantega e Edison Lobão; o presidente
do TCU, Ubiratan Aguiar; o diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner; o presidente
da Abradee, Luiz Carlos Guimarães ,e o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp.
(CanalEnergia - 11.11.2009) 7 Luz: Alerj vai à Justiça por devolução de excedente na tarifa A Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj vai entrar com uma ação na Justiça para que os consumidores de energia elétrica tenham direito de receber o que foi pago a mais nas contas de luz. A deputada Cidinha Campos (PDT) frisou que a ação judicial é uma tendência de todos os órgãos de defesa do consumidor e que precisa ser feita com calma para que não haja dúvida no julgamento do processo. "A iniciativa está partindo de todos os órgãos de defesa do consumidor no sentido de acionar as empresas de energia elétrica para que devolvam o dinheiro pago a mais. De nossa parte, os advogados estão entrando com uma ação consistente para ter a chance de ganhar na Justiça. Mas acho que a tendência é essa. Nós vamos conseguir devolver esse dinheiro para todos os consumidores". Para a parlamentar pedetista, a Aneel nunca vai admitir que os cálculos estão errados. (Monitor Mercantil - 11.11.2009) 8
Aneel diz que distribuidoras têm de ressarcir consumidores Elson Ronaldo
Nunes, ex-superintendente adjunto de Comercialização e Movimentação de
Petróleo, seus Derivados e Gás Natural da ANP, é o novo diretor de Estudos
do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da EPE. Ele substitui Gelson Baptista
Serva, que ocupava interinamente o cargo na estatal de pesquisa. A nomeação
de Nunes foi publicada no Diário Oficial da União de terça-feira (10).
O diretor terá um mandato de quatro anos de duração. (Brasil Energia -
11.11.2009) 10
Evento "Competitividade da Energia Eólica no Brasil: aspectos econômicos,
tributários, ambientais e regulatórios"
Empresas 1 RGE lucra R$ 39,152 mi no trimestre A RGE lucrou
R$ 39,152 milhões no terceiro trimestre deste ano, 4% de queda sobre o
lucro líquido registrado no mesmo trimestre de 2008, que havia sido de
R$ 40,78 milhões. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro da companhia
chegou a R$ 121,138 milhões, o que representa redução de 15% no montante
obtido no mesmo período do ano passado, de R$ 142,461 milhões. No terceiro
trimestre, a receita líquida da RGE fechou em R$ 474,798 milhões, acréscimo
de 11% sobre a receita de R$ 427,562 milhões obtida em igual período de
2008. Até setembro, essa receita chegou a R$ 1,350 bilhão, 6,5% superior
aos R$ 1,267 bilhão registrados no mesmo período anterior. (CanalEnergia
- 11.11.2009) 2 Eletronorte confirma fim de corte de cargas no Amapá A Eletronorte garantiu o fim do corte de cargas no Amapá. O diretor de Produção e Comercialização da Eletronorte, Wady Charone, confirmou o fim do racionamento, desde as 18:00 horas do último dia 4 de novembro. Segundo ele, qualquer desligamento que ocorrer a partir de agora será de responsabilidade da CEA (AP) ou será relacionado a outras razões técnicas que não são possíveis de serem previstas. O executivo explicou que o principal motivo do atraso na entrega do combustível foi a quebra de uma balsa que transportava o produto para UTE Santana, o que provovou a redução no estoque de mais de quatro milhões de litros de óleo diesel. (CanalEnergia - 11.11.2009) 3 Cesp reverte perda e tem lucro com melhora financeira A Cesp reverteu
o prejuízo de R$ 114,1 milhões registrado no terceiro trimestre do ano
passado e lucrou R$ 255,1 milhões em igual intervalo deste ano, beneficiada
pela melhora do resultado financeiro. Entre julho e setembro, a companhia
paulista apurou receita financeira líquida de R$ 46,6 milhões. A receita
operacional líquida recuou 1,8% na mesma base de comparação, para R$ 645,3
milhões. Conforme a companhia, as receitas de fornecimento e suprimento
de energia recuaram na esteira, sobretudo, de menores receitas com venda
de energia a consumidores livres e menores preços spot. O Ebitda no terceiro
trimestre ficou em R$ 435,8 milhões, uma queda de 3% na comparação com
os R$ 449,1 milhões registrados um ano antes. (Reuters - 11.11.2009) 4
Copel tem queda no lucro 5 Cemig oficializa interesse na Coelce e na Ampla A Cemig
se prepara para mais uma aquisição fora do Estado. Desta vez, a estatal
mineira está de olho nas distribuidoras Ampla e a Coelce, controladas
pela espanhola Endesa. O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), encaminhou
no fim da semana passada uma carta oficializando o interesse da Cemig
na compra dos dois ativos. O negócio, de acordo com fontes, é estimado
em cerca de R$ 3 bilhões.A direção da Endesa no Brasil diz não ter conhecimento
da carta enviada por Aécio para a direção do grupo na Espanha. De acordo
com a assessoria de imprensa, a posição oficial da empresa, confirmada
por executivos do grupo em entrevistas recentes, é de que não há interesse
em vender os ativos no Brasil. (O Estado de São Paulo - 12.11.2009) 6 Geração da CPFL tem lucro trimestral de R$ 88,2 mi em geração O segmento
de geração da CPFL fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$
88,206 milhões. O resultado superou em 52,57% o lucro de R$ 57,812 milhões
obtido em igual período anterior. Nos nove primeiros meses do ano, o lucro
de geração da companhia ficou em R$ 257,230 milhões, 49,33% acima dos
R$ 172,256 milhões lucrados no mesmo período de 2008. A receita líquida
no trimestre ficou em R$ 239,646 milhões, alta de 9% sobre os R$ 219,854
milhões registrados no terceiro trimestre de 2008. De janeiro a setembro,
a receita chegou a R$ 681,198 milhões, variação de 12,63% em relação aos
nove primeiros meses do ano passado. O ebitda do trimestre chegou a R$
198,552 milhões, aumento de 16,38% sobre o terceiro trimestre de 2008.
(CanalEnergia - 11.11.2009) 7 CPFL Santa Cruz tem lucro de R$ 10,617 mi A CPFL Santa
Cruz registrou lucro líquido de R$ 10,617 milhões no trimestre, alta de
39,7% sobre o mesmo período de 2008, que havia sido de R$ 7,599 milhões.
De janeiro a setembro, o lucro chegou a R$ 21,173 milhões, queda de 12,6%
em relação ao lucro de R$ 24,228 milhões obtido em igual período anterior.
(CanalEnergia - 11.11.2009) 8 CPFL Piratininga fecha trimestre com prejuízo de R$ 14,78 mi A CPFL Piratininga teve queda de 124,6% nos resultados e fechou o terceiro trimestre com prejuízo de R$ 14,78 milhões. No mesmo trimestre do ano passado, a empresa havia registrado lucro de R$ 60,127 milhões. De janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2008, a queda ficou em 18,7%, passando de R$ 153,957 milhões, para R$ 125,13 milhões de lucro. No terceiro trimestre, a receita líquida caiu 6,3% em relação aos R$ 465,021 milhões obtidos em igual período de 2008 e fechou em R$ 435,605 milhões. A mesma receita, até setembro, ficou em R$ 1,438 bilhão, acréscimo de 2,2% sobre os R$ 1,407 bilhão de receita líquida registrada de janeiro a setembro de 2008. (CanalEnergia - 11.11.2009) 9 CPFL Paulista registra lucro de R$ 133,39 mi no trimestre A CPFL Paulista registrou lucro líquido de R$ 133,39 milhões no terceiro trimestre. O resultado ficou 9,7% abaixo dos R$ 147,781 milhões obtidos pela empresa no mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, o lucro chegou a R$ 321,012 milhões, queda de 27,7% em relação aos R$ 443,821 milhões de lucro alcançados em igual período anterior. A receita líquida da empresa terminou o trimestre em R$ 1,272 bilhão, um acréscimo de 21,4% sobre a receita do terceiro trimestre de 2008, que havia sido de R$ 1,048 bilhão. Até setembro, a receita líquida da CPFL Paulista fechou em R$ 3,484 bilhões, alta de 8,5% em relação aos R$ 3,21 milhões em igual período do ano passado. (CanalEnergia - 11.11.2009) 10 CPFL: espaço para se endividar A CPFL Energia
está disposta a tomar dívidas que respondam a até três vezes e meia o
Ebitda da empresa para participar do projeto de Belo Monte (11.233 MW)
. No teceiro trimestre, o indicador foi de R$ 670 milhões. O acumulado
do ano é de R$ 2 bilhões. O empreendimento é considerado rentável, disse
nesta quarta-feira (11/11) o diretor presidente da empresa, Wilson Ferreira
Junior. A companhia já havia manifestado interesse de integrar o consório
responsável pelo projeto em maio. Na ocasião, o executivo havia dito que
o provável é que a CPFL forme um consórcio com empresas privadas ou estatais
para arrematar um dos maiores projetos de geração do país. (BrasilEnergia
- 11.11.2009) 11 CPFL sinaliza manter dividendos mesmo se entrar em Belo Monte A CPFL Energia sinalizou que pretende continuar generosa na distribuição de dividendos aos acionistas, mesmo que se empenhe em novo empreendimento com investimentos bilionários, como a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Indagado sobre as ambições da companhia para Belo Monte, o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, disse que ainda estuda a viabilização de um consórcio com participação de Neoenergia e Vale, e que outras interessadas poderiam entrar no grupo. Em uma conta rápida, Ferreira Junior disse que considerando investimento total em Belo Monte de R$ 25 bilhões e uma eventual fatia de 20% da CPFL no consórcio vencedor, o desembolso anual, pela companhia, seria da ordem de R$ 1 bilhão ao longo de cinco anos. (Reuters - 11.11.2009) 12 CPFL Energia adquire participação em duas térmicas a óleo e uma a biomassa A CPFL Energia
anunciou quarta-feira (11), a aquisição de participação em duas térmicas
a óleo e uma a biomassa. A empresa comprou 51% das Centrais Elétricas
da Paraíba (Epasa), que controla as térmicas Termonordeste e Termoparaíba,
que têm capacidade instalada total de 341,6 MW. As usinas movidas a óleo
combustível receberão injeção de R$ 310 milhões da CPFL, do total de R$
608 milhões previstos para a construção. Segundo Wilson Ferreira Junior,
presidente da CPFL Energia, a empresa realizou um empréstimo ponte para
capitalizar a Epasa, em montante equivalente à participação adquirida.
(Canal Energia - 11.11.2009) 13 CPFL divulga entrada em Baía Formosa Wilson Ferreira
Junior, presidente da CPFL Energia, divulgou, durante teleconferência
com analista, a entrada na térmica a biomassa Baía Formosa, localizada
no Rio Grande do Norte. A usina, com 40 MW de capacidade, receberá investimentos
de R$ 127 milhões da CPFL com previsão de entrada em operação em julho
de 2011. A usina vai substituir uma unidade atualmente existente no complexo
sucroacooleiro do grupo Farias. A CPFL ficará com 25 MW da capacidade
da unidade, dos quais 70% já foram comercializados no leilão A-5 de 2006
e os outros 30% serão destinados ao mercado livre. (Canal Energia - 11.11.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 GESEL: problema é pontual e não está relacionado com falta de investimentos, afirma Roberto Brandão Roberto
Brandão, pesquisador sênior do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ,
disse que o sistema interligado é desenhado para que situações como essa
não aconteçam. "Toda a estruturação do sistema de transmissão é feita
de tal forma que se houver perdas de um ou até mais equipamentos, a energia
é transmitida pelos equipamentos restantes", declarou. Para ele, o problema
que aconteceu na noite de terça-feira é pontual e não está relacionado
com falta de investimentos. "Eu diria que o setor de transmissão, dentro
do setor elétrico, é o que está mais maduro, onde os investimentos ocorrem
de forma mais fluida", afirmou. Mas isso não impede que haja falhas no
sistema interligado. (CanalEnergia - 11.11.2009) 2 Fenômenos da natureza causaram blecaute, diz governo O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, classificou como fortuito o apagão que deixou 40% do país no escuro na noite de terça-feira. A causa do que chamou de "acidente do setor elétrico" foi atribuída a fenômenos da natureza. Segundo relatório do ONS, a interrupção da oferta foi causada por uma combinação de descargas atmosféricas, ventos fortes e chuvas nas proximidades da subestação de Tijuco Preto, no município de Itaberá, interior de São Paulo. Descargas elétricas que incidiram sobre o sistema de transmissão derrubaram três linhas de 750 kV administradas pela Furnas Centrais Elétricas, que conectam Itaipu ao Sudeste, segundo Eduardo Barata, diretor de operações do ONS. Se ocorressem em período mais esparso, o SIN poderia ter contido seus efeitos, diz. Por conta do evento simultâneo nas linhas, a proteção automática do sistema fez com que, imediatamente, outras duas linhas do mesmo elo fossem desligadas e, a seguir, a interrupção do sistema se espalhou por boa parte do país, em efeito dominó. "O sistema de proteção evitou que outras regiões do Brasil fossem afetadas", segundo nota do ONS. (Valor Econômico - 12.11.2009) 3 Hipótese de raio ou chuva ter causado pane é baixa, diz Inpe A possibilidade
de que descargas elétricas ou mesmo fortes chuvas tenham provocado o apagão,
como vêm afirmando autoridades do governo federal, é remota, dizem especialistas.
"Em três das quatro linhas que saem de Itaipu é 100% certo que não houve
descarga elétrica", afirma Osmar Pinto Jr., coordenador do Grupo de Eletricidade
Atmosférica do Inpe. O sistema que mede a queda de raios nas linhas de
transmissão foi criado após o apagão de 1999. "Nós não fomos consultados
pelo governo hoje [ontem]", disse Pinto Jr., um dos maiores pesquisadores
de eletricidade atmosférica do país. Segundo ele, a chance de um raio
ter caído sobre a quarta linha também é praticamente nula. O Inpe confirma
que houve descargas elétricas na região de Itaberá (sul de SP), possível
foco do problema que provocou o apagão, mas a cerca de 30 km da subestação
de energia e entre 2 km e 10 km das linhas de transmissão de Itaipu. Também
houve uma forte tempestade em Itaberá por volta das 22h15 de anteontem,
horário em que houve a queda no fornecimento de energia. "Mas só chuva
não derruba a transmissão", diz Pinto Jr. (Folha de São Paulo - 12.11.2009)
4 CMSE não chega a conclusão, mas providências já foram tomadas Apenas na
tarde de ontem ocorreu uma reunião extraordinária do CMSE, que conta com
representantes da Aneel, da EPE, da CCEE e o próprio MME. Também estiveram
presentes representantes da ANP, Eletrobrás, Furnas e da Secretaria de
Saneamento e Energia de São Paulo. Após mais de duas horas, o grupo não
apresentou nenhum projeto específico para mitigar riscos futuros similares.
Segundo Barata, providências para mitigação de riscos na transmissão já
foram tomadas. A terceira linha que conecta Itaipu ao SIN, das que caíram
na noite de terça, por exemplo, foi criada para proteger o sistema de
transmissão. Essa terceira linha corre a uma distância de 20 km das outras
duas principais ao longo dos 1000 km de sua extensão, até Tijuco Preto.
No entanto, ao se aproximarem da subestação elas ficam mais próximas e
a "infelicidade" foi o fato de as intempéries climáticas terem ocorrido
exatamente nesse local próximo da subestação. (Valor Econômico - 12.11.2009)
5 Câmara dos Deputados convida Edison Lobão a explicar blecaute A Comissão
de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados convidou
o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a explicar os motivos do
blecaute, ocorrido na noite da última terça-feira, 10 de novembro, atingindo
18 estados do país. Serão convidados também o presidente da EPE, Maurício
Tolmasquim, e o especialista em energia elétrica e professor da Universidade
de São Paulo, Ildo Sauer. De acordo com o autor do requerimento, deputado
Vanderlei Macris (PSDB-SP), mais de 60 milhões de brasileiros foram prejudicados
pelo apagão. (CanalEnergia - 11.11.2009) 6 CMSE analisa blecaute em reunião extraordinária Furnas informou
nesta terça-feira, 11 de novembro, que as linhas de transmissão que ligam
a hidrelétrica de Itaipu ao Sistema Interligado Nacional estão operando
normalmente e que não foi identificado qualquer dano nos circuitos e torres
de transmissão. Segundo a empresa, em nota disponibilizada na página da
empresa na internet, o Operador Nacional do Sistema Elétrico está apurando
as causas do blecaute e que qualquer diagnóstico é "puramente especulativo".
(CanalEnergia - 11.11.2009) 7 Comissão externa que acompanhará investigações sobre o apagão A Comissão
de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados aprovou um requerimento
do deputado federal Bernardo Ariston (PMDB/RJ) para a formação de uma
comissão externa que deverá acompanhar as investigações sobre o apagão
ocorrido na noite de terça-feira (10/11) e que atingiu 18 estados do Brasil.
A formação da comissão terá de ser aprovada pelo presidente da Câmara,
Michel Temer (PMDB/SP). Ariston, que preside a CME, encaminhou outro requerimento
na manhã desta quarta-feira, também aprovado pelos integrantes da comissão.
Ele quer reunir em uma audiência pública sobre o apagão o ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão; os presidentes do ONS, Hermes Chipp, e
da EPE, Maurício Tolmasquim; e os diretores-presidentes de Itaipu, Jorge
Samek, e de Furnas, Carlos Nadalutti Filho. (BrasilEnergia - 11.11.2009)
8 Furnas informa que linhas de transmissão têm funcionamento normal A empresa
Furnas Centrais Elétricas informou em nota que suas linhas de transmissão
que ligam a Usina de Itaipu ao Sistema Interligado Nacional (SIN) estão
operando normalmente e que não foi identificado qualquer dano nos circuitos
e torres de transmissão. Na noite passada, uma pane paralisou a Usina
Hidrelétrica de Itaipu, causando blecaute de quase três horas em dez estados
brasileiros e também no Paraguai. O Rio de Janeiro foi o mais castigado.
A nota de Furnas diz, ainda, que o ONS está apurando as causas do blecaute.
"As informações sobre o evento ainda estão sendo coletadas e processadas
e, portanto, qualquer diagnóstico neste momento é puramente especulativo",
afirma o comunicado. (Agência Brasil - 11.11.2009) 9 Lobão: transmissão tem difícil contorno Segundo
Lobão, o ONS tem um plano de defesa do sistema elétrico que é atualizado
anualmente, que deverá comportar novas contingências após o caso. Mas
ele não apresentou garantias ou mesmo expectativa de que o problema volte
a ocorrer. Um problema no sistema de transmissão é considerado o de mais
difícil contorno por especialistas no setor elétrico. Isso ocorre porque
quando ocorrem problemas na transmissão, mesmo sem haver abalo na geração
de energia, não há como enviá-la pelo fio até uma subestação e dali às
distribuidoras, sob o risco de sobrecarregar as linhas que permaneceram.
Por isso, as termelétricas não foram sequer acionadas. E por isso, também,
a queda da transmissão entre Itaipu e o SIN levou ao desligamento de outras
usinas, em cascata. (Valor Econômico - 12.11.2009) 10 Presidente da Eletrobrás diz que problema deveria ter sido isolado em Itaberá O presidente
da Eletrobrás, José Antônio Muniz, disse que deveria ter ocorrido o "ilhamento"
do problema que originou o apação terça-feira. Segundo ele, houve falha
e é preciso investigar o motivo que levou o sistema de segurança a não
ser ativado. "Nós tivemos um problema meteorológico em Itaberá que levou
à queda das três linhas de 750 kV, o que significa dizer que perdemos
a capacidade de transmitir metade da energia gerada por Itaipu. Deveria
ter acontecido o ilhamento do problema para possibilitar o religamento
do sistema. Mas como isto não aconteceu, aí o problema se estendeu para
as duas linhas de corrente contínua que liga Itaipu a São Paulo. O que
é preciso levantar é porque não entrou em operação o sistema chamado ERAT
que existe exatamente para levar ao ilhamento". O presidente da holding
que controla as empresas de energia do governo disse que não houve problema
de falta de energia, mas sim uma interrupção temporária nas linhas de
transmissão. Para ele, o sistema elétrico está bem dimensionado e os investimentos
foram feitos. (Agência Brasil - 11.11.2009) 11 Paulo Bernardo: apagão elétrico requer explicação precisa O ministro
do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta quarta-feira
(11) que o apagão elétrico ocorrido na terça feira necessita de uma explicação
"precisa" das autoridades como forma de evitar especulações ou qualquer
tipo de insegurança na população. O ministro admitiu que diante um problema
de tamanha dimensão não existe alternativa para substituir o fornecimento
de Itaipu. Mesmo fazendo questão de deixar claro que não é especialista
no assunto, Bernardo disse que a Região Sudeste tem mais 30% da capacidade
energética fornecida pela usina de Itaipu. Ele rebateu críticas de que
o sistema poderia ter sido substituído por termoelétricas na hora do apagão,
para fornecer a energia necessária às regiões atingidas. Paulo Bernardo
explicou que nenhum outro mecanismo naquele momento seria capaz de compensar
o fornecimento de Itaipu. (DCI - 12.11.2009) 12 Zimmermann: "Problemas em 3 linhas de transmissão provocaram apagão" Problemas
em três linhas de transmissão que recebem energia produzida pela usina
hidrelétrica de Itaipu podem ter provocado o apagão que afetou dezenas
de milhões de pessoas por mais de cinco horas, disse o secretário-executivo
do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann."Nossas avaliações
iniciais mostram que houve uma condição meteorológica forte na região
de Itaberá (SP), onde passam três circuitos de Itaipu que ligam as regiões
Sul e Sudeste. Com isso, houve uma contingência tripla. O sistema é projetado
para aguentar contingência dupla", disse o secretário. (Reuters - 11.11.2009)
13 Zimmermann: "Apagão não poderia ter sido evitado" O apagão
que afetou 10 Estados brasileiros teve uma causa inédita e não poderia
ter sido evitado, afirmou o secretário executivo do Ministério de Minas
e Energia, Márcio Zimmermann, sobre a saída de três linhas de transmissão
do Sistema Interligado Nacional que deixaram grande parte do país sem
luz na terça-feira. Segundo ele, nenhum sistema do mundo está preparado
para uma contingência tripla, como ocorreu. "Nenhum país do mundo usa
contingência tripla, garantiu. O Brasil tem um dos sistemas mais seguros
do mundo, com os melhores índices de confiabilidade e isso é reconhecido
internacionalmente", garantiu. (Reuters - 11.11.2009) 14 Governo culpa mau tempo pelo apagão O governo
reconheceu ontem que o apagão ocorrido entre a noite de terça-feira e
a madrugada de ontem em grande parte do país foi maior do que admitia.
Anteontem, a informação oficial era que nove Estados, além do DF, haviam
sido afetados. Ontem, a conta subiu para 18 Estados. interrupção da energia
continuou sendo atribuída às condições climáticas, que teriam causado
falha tripla nas linhas de transmissão de Furnas. Mas o Inpe disse ser
baixa a possibilidade de raios ou chuvas fortes terem gerado o blecaute.
E o presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz, disse que uma falha
técnica permitiu a propagação dos efeitos do apagão. O presidente Lula
negou ter havido blecaute, tratando-o como "incidente", mas o corte de
luz deu à oposição munição contra a ministra e presidenciável Dilma Rousseff,
que chefiou por dois anos e meio a pasta de Minas e Energia. O blecaute
afetou o abastecimento de água, prejudicando 6,7 milhões de pessoas na
Grande SP, 1 milhão no Rio e 575 mil no ES, e causou o desligamento das
usinas nucleares de Angra 1 e 2. (Folha de São Paulo - 12.11.2009) 15 Lula: "Apagão não foi causado por falta de investimentos" O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (11) que o apagão que atingiu 18
estados não foi consequência de falta de investimentos no setor de energia
elétrica. "Fizemos fortes investimentos no setor de transmissão e modernização
dos sistemas energético brasileiro", afirmou ele, durante entrevista ao
lado do presidente de Israel, Shimon Peres. O apagão não foi consequência
de falta de produção de energia elétrica, tal como ocorreu em anos anteriores,
ressaltou Lula. "O que aconteceu em 2001 é que a gente não produzia energia
suficiente e não tinha linha de transmissão para interligar todo o sistema
elétrico brasileiro. Hoje, estamos com todo o sistema interligado." (Agência
Brasil - 11.11.2009) 16 Sarney: "Apagão é fruto da fragilidade do sistema elétrico" O presidente
do Senado, José Sarney, não vê indício de sabotagem no apagão que, na
noite desta terça-feira (10). Para ele, o Brasil não tem clima para sabotagem
e o mais provável é que o apagão seja fruto de fragilidade de um sistema
elétrico que precisa ter uma concepção mais moderna. "O que se discute
atualmente é passarmos para uma nova etapa em matéria de tecnologia, de
consumo de energia, do sistema elétrico como um todo, como já existe na
Europa hoje. O enfoque não deve ser somente na produção de energia, mas
também em relação ao consumo, às formas de consumo, a equipamentos mais
modernos. Deve-se otimizar o sistema", frisou. (Setorial News - 11.11.2009)
17 Governo investiu R$ 30 bi no setor de energia, diz Lobão O ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que nenhum governo investiu tanto
no setor de energia elétrica quanto o governo Lula. Segundo ele, de 2003
até hoje, a extensão das linhas de transmissão foi ampliada em 30%. "E
são todas de muito boa qualidade", afirmou. De acordo com Lobão, neste
período de seis anos foram investidos R$ 22 bilhões em linhas de transmissão
e R$ 8 bilhões em transformadores de energia. Ele insistiu que o sistema
elétrico brasileiro é de muito boa qualidade e é considerado um dos melhores
do mundo. "Isso tem acontecido em toda a parte do mundo. O nosso sistema
é muito robusto", assegurou o ministro, informando que será formada uma
comissão para estudar medidas preventivas para ocorrências como a de ontem.
(O Estado de São Paulo - 12.11.2009) 18 Serra cobra mais investimentos do governo federal no setor elétrico O governador
de São Paulo, José Serra, cobrou hoje (11) mais investimentos do governo
federal no sistema elétrico. Segundo ele, a aplicação de recursos e a
manutenção do sistema estão aquém do necessário tanto na quantidade quanto
na qualidade. "Como nós já dissemos no passado ao Ministério de Minas
e Energia, é preciso que o governo federal invista mais nesta área", disse
o governador. Serra destacou o racionamento de água como um dos principais
efeitos do blecaute sobre a população. (Agência Brasil - 11.11.2009) 19 Pinguelli: "não se pode minimizar o problema" Analistas
disseram que blecautes ocasionais são inevitáveis, mas ainda foi surpresa
o fato de um problema de transmissão no Sudeste do Brasil ter afetado
Estados a milhares de quilômetros ao norte e deixado quase metade do país
às escuras. "Tem que melhorar a gestão do setor elétrico, não se pode
minimizar o problema", afirmou Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobrás,
gigante estatal do setor. "Há problemas na gestão de acidentes. Temos
que ter um sistema protetor." (Reuters - 11.11.2009) 20 Deputado do Rio cogita sabotagem O líder
do PDT na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado Paulo Ramos,
levanta dúvidas sobre o apagão em Furnas Centrais Elétricas, na noite
do último dia 10, que afetou cerca de 12 estados e mais o Paraguai. Segundo
o parlamentar, os motivos do apagão podem ser muitos, mas ele não descarta
a possibilidade de sabotagem. "Há boatos de que o governo quer privatizar
Furnas. Se foi mesmo sabotagem, ela foi bem sucedida porque afetou grande
parte do país. Além disso, governo não investe em linhas de transmissões,
o que pode ter ocorrido uma falha no sistema de interligação." O diretor
da Coppe-UFRJ, Pinguelli Rosa, disse, em entrevista a uma emissora de
televisão, que os motivos podem ser muitos. No entanto, ele considera
errôneo creditar ao clima a responsabilidade do apagão. Em sua opinião,
é preciso que o governo tenha outras alternativas, como o ilhamento, para
impedir que um acidente como ocorreu em uma linha de transmissão possa
prejudicar grande parte do país e até o Paraguai. (Monitor Mercantil -
11.11.2009) 21 Paraguai descarta possibilidade de sabotagem A Administración
Nacional de Eletricidad (Ande, estatal paraguaia do setor) descartou a
hipótese de que uma sabotagem tenha provocado o blecaute de ontem. Dois
minutos após a falha em Itaipu, houve uma desconexão das linhas de interconexão
com a central Yacyretá, que o Paraguai compartilha também com a Argentina
sobre o rio Paraná, acrescentou a nota para explicar o que aconteceu.
A falha afetou todo o território paraguaio, que ficou sem energia durante
cerca de 15 minutos. (Monitor Mercantil - 11.11.2009) 22 TCU recomendou medidas para evitar um apagão Em julho,
o TCU recomendou à Casa Civil medidas para evitar um novo apagão no país.
O acórdão, aprovado pelo plenário do tribunal, determinou ao órgão que
verificasse se a estrutura do MME, da Aneel e da EPE estava adequada e,
caso contrário, que promovesse o fortalecimento desses órgãos de forma
"a mitigar os riscos futuros de uma crise energética". No entendimento
do TCU, o não fortalecimento desses três órgãos levaria "ao risco de haver
no futuro graves prejuízos à nação, como o ocorrido no apagão elétrico
de 2001". O TCU atuou provocado pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil),
na época em que ela respondia pelo Ministério das Minas e Energia. Na
ocasião, Dilma pediu ao TCU uma auditoria para levantar os prejuízos causados
ao país pelo apagão de 2001. Chegou-se a um valor de R$ 45 bilhões, "quantia
suficiente para a construção de 6 usinas como a de Jirau". Ainda no acórdão
do TCU, os ministros concluem que "o país continua tendo pouca margem
de segurança, podendo haver desequilíbrios entre a oferta e a demanda
de energia" e recomenda investimentos. O diretor da Aoesp, Washington
Maradona, alertou ontem para o risco de novos apagões durante a Copa do
Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. (Folha de São Paulo - 12.11.2009)
23 Especialistas consideram que sistema é seguro A preocupação
do ONS com Itaipu vem aumentando nos últimos anos. O ONS tem até mesmo
um esquema especial de proteção para Itaipu que foi colocado em teste
em 4 de julho desse ano. O ex-presidente da Companhia de Transmissão Paulista
e professor da USP, Sidnei Martini, lembra que no ano passado quando ainda
estava na presidência da Cteep, também aconteceu de duas linhas de transmissão
que ligam Itaipu ao Sudeste terem sido desligadas automaticamente por
problemas meteorológicos. É por causa de seu poder de causar um blecaute
caso saia de operação que a usina de Itaipu é vista como a infraestrutura
mais crítica do país. Mas foi somente no ano passado que as autoridades
brasileiras começaram a elaborar um plano nacional de segurança de suas
infraestruturas para evitar ataques ou ter um plano de contingências que
possa resolver rapidamente a situação e dar segurança a população que
fica desprotegida. "Nosso sistema não é frágil", diz José Cláudio Cardoso,
presidente da Associação das Transmissoras. A mesma frase foi usada pelo
ex-diretor geral da Aneel, Jerson Kelman. Lembrou ainda Kelman que nenhum
sistema é infalível e que o Brasil tem sim o risco do sistema interligado.
Mas ao mesmo tempo é esse sistema que impede que a falta de água nas hidrelétricas
em alguma região reflita em falta de energia em outra. (Valor Econômico
- 12.11.2009) 24 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,78% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,78%, apresentando
queda de 0,02% em relação à medição do dia 09 de novembro. A usina de
Furnas atinge 84,09% de volume de capacidade. (ONS - 12.11.2009) 25 Sul: nível dos reservatórios está em 94,18% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,34% em relação à
medição do dia 09 de novembro, com 94,18% de capacidade armazenada. A
usina de Machadinho apresenta 79,98% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 12.11.2009) 26 NE apresenta 63,13% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,02% em relação à medição do dia 09 de novembro, o Nordeste
está com 63,13% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 61,21% de volume de capacidade. (ONS - 12.11.2009)
27 Norte tem 47,38% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 47,38%, apresentando alta de
0,06% em relação à medição do dia 09 de novembro. A usina de Tucuruí opera
com 27,91% do volume de armazenamento. (ONS - 12.11.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Bagaço de cana ajuda a iluminar interior de SP O interior
do SP recebeu uma ajuda indireta das usinas de açúcar e álcool que fornecem
energia a partir do bagaço de cana para as distribuidoras. O Estado conta
com 54 usinas interligadas à rede. "Parte dessas usinas sucroalcooleiras
ajudou a mitigar o efeito do apagão no interior do Estado", afirmou Zilmar
José de Souza, assessor em bioeletricidade da Unica e professor da FGV.
As usinas paulistas têm, sobretudo, contratos de fornecimento com a CPFL
Paulista e a Elektro. Segundo Souza, essas 54 usinas colocam na rede energia
suficiente para iluminar uma cidade de 1,4 milhão de habitantes.Muitos
grupos sucroalcooleiros firmaram contratos de longo prazo com as distribuidoras
de energia. E muitas distribuidoras fecharam parcerias com usinas sucroalcooleiras
para bancar os projetos de cogeração de energia no país. O grupo Cosan
foi um dos que mais investiu em cogeração de energia nestes três últimos
anos. (Valor Econômico - 12.11.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Minc nega que blecaute gere pressão para uso de termelétricas O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, negou hoje (11) que o blecaute ocorrido na noite de ontem (10) gere pressão para a utilização de usinas termelétricas. "Termoelétricas a carvão e a óleo, essas, sim, emitem muito CO2, poluem muito, são caras e podem sujar a matriz brasileira, então temos que ter são boas hidrelétricas", afirmou após participar de encontro entre o presidente Lula e o presidente de Israel, Shimon Peres. A exemplo do que o presidente Lula havia declarado pouco antes, Minc afirmou que o blecaute não foi provocado por falta de energia elétrica ou de interligação de linhas de transmissão. (Agência Brasil - 11.11.2009) 2 Gás natural importado no Sudeste saiu a US$ 4,3389 por milhão de BTUs em setembro O preço
do gás natural importado custou para a região Sudeste US$ 4,3389 por milhão
de BTUs, ou R$ 0,2945 por metro cúbico. O transporte saiu a US$ 1,7497
por milhão de BTUs - ou R$ 0,1188 por metro cúbico, segundo dados do Boletim
do Gás Natural, divulgados pela Secretaria de Petróleo, Gás Natural e
Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia. Os preços são
referentes ao da Petrobras para as distribuidoras de gás natural. O preço
do gás natural no Nordeste em setembro ficou em R$ 0,6026 por metro cúbico,
ou US$ 8,8774 por milhão de BTUs. Consumidores industriais do Sudeste
com demanda acima de 50 mil metros cúbicos diários pagaram US$ 14,6945
por milhão de BTUs, já com os impostos incluídos. (Canal Energia - 11.11.2009)
3 UTE Santa Isabel inicia operação comercial de 40 MW A Agência
Nacional de Energia Elétrica autorizou o início da operação comercial
da unidade geradora 3, de 40 MW, da termelétrica Santa Isabel. O empreendimento
está localizado no município de Novo Horizonte, em São Paulo, e pertence
à Usina Santa Isabel. As informações foram publicadas no Diário Oficial
da União da última terça-feira, 10 de novembro. (CanalEnergia - 11.11.2009)
4 MPX recebe licença prévia de térmica no RS O Ibama
concedeu nesta quarta-feira, 11 de novembro, a licença prévia da térmica
MPX Sul. Localizado no município de Candiota, no Rio Grande do Sul, a
usina pertence à MPX Energia e terá 600 MW de capacidade instalada. De
acordo com a empresa, a térmica utilizará carvão mineral como combustível,
que será proveniente da mina de Seival, na qual a MPX tem 70% de participação.
A empresa informou que as reservas provadas possuem 152 milhões de toneladas
de carvão e recursos totais de 459 milhões de toneladas. A fonte está
localizada adjacente ao terreno onde será construída a usina. A licença,
segundo a MPX, permitirá a venda da energia nos mercados livre e regulado.
(CanalEnergia - 11.11.2009) 5 Eletronuclear decreta "estado de emergência" em Angra 1 e 2 Pela primeira vez, a Eletronuclear decretou "estado de alerta" nas usinas Angra 1 e Angra 2, em decorrência da demora no retorno do abastecimento externo de energia elétrica para permitir o funcionamento do "sistema primário" de refrigeração dos reatores. Por falta de energia externa as usinas foram obrigadas a parar, seguindo normas de segurança. O diretor de Operações da Eletronuclear, Pedro Figueiredo, disse não houve risco para a população. Com a demora no retorno da energia externa para restabelecer a normalidade, a empresa decidiu, às 23h15, elevar a classificação para "estado de alerta", segundo Figueiredo, dada a falta de perspectiva de retorno da energia do SIN. A volta da linha de 138 kV permitiu o retorno a ENU às 0h36 em Angra 1 e 0h55 em Angra 2. Somente após a volta da energia geral o ENU foi encerrado, às 2h05 em Angra 1 e às 4h10 em Angra 2. (Valor Econômico - 12.11.2009) 6 Angra 1 e Angra 2 são sincronizadas novamente no SIN Depois que todos os testes de segurança foram feitos, as usinas Angra 1 e Angra 2 foram sincronizadas no Sistema Interligado Nacional, às 17:50 horas e às 18:57 horas, respectivamente. Ambas estavam fora do SIN desde a última terça-feira, 10 de novembro, quando as linhas de transmissão que abastecem a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto foram desligadas em virtude do blecaute que atingiu vários estados brasileiros e o Paraguai. (CanalEnergia - 11.11.2009)
Grandes Consumidores 1 Apagão afeta rotina de indústrias de consumo intensivo de energia O apagão
pegou de surpresa indústrias de consumo intensivo de energia, como a mineradora
Vale, as siderúrgicas CSN e Gerdau e as petroquímicas Basf e Quattor.
A CSN teve de desligar equipamentos secundários, como os de galvanização
e reduzir ritmo de atividade dos alto-fornos, laminação, coqueria e aciaria.
O complexo de Tubarão, da Vale, em Vitória, no Espírito Santo, parou,
e a Basf paralisou o Complexo Químico de Guaratinguetá, em São Paulo.
As companhias ainda não calcularam as perdas de produção provadas pela
falta de energia . Ricardo Lima, presidente da Abrace, disse que os setores
siderúrgico, petroquímico e de papel e celulose consomem entre 200 Mw
e 500 Mw de energia. "Não há geração própria que sustente este consumo",
afirmou. (Valor Econômico - 12.11.2009) 2 Indústria evita o apagão mas se queixa do fornecimento Empresas
que usam muita energia elétrica conseguiram evitar perdas de produção
com o apagão que atingiu 18 estados na madrugada de ontem. Companhias
do porte da Suzano Papel e Celulose, Usiminas, Alcoa e Ibema usaram como
arma antiapagão a energia própria, que lhes custou altos investimentos,
para driblar o problema e não contabilizaram perdas, apesar do susto.
No entanto, as indústrias se queixam da demora para o restabelecimento
do fornecimento de energia. No setor de papel e celulose, a Suzano teve
problemas na unidade na cidade que tem seu nome, na Grande São Paulo,
a única que ainda não é autossuficiente em energia. No entanto, o impacto
foi mínimo, já que o gerador suportou a demanda por algumas horas. (DCI
- 12.11.2009)
Economia Brasileira 1 BC amplia controle sobre captação de empresa no exterior O BC vai aumentar o controle sobre as operações de captação de recursos no exterior por parte de bancos e de empresas nacionais. O objetivo agora é monitorar especificamente os contratos que incluem cláusulas de reajustes de acordo com a oscilação de taxas importantes do mercado, como câmbio e preços. A nova regra entrará em vigor dentro de 45 dias, de acordo com uma resolução publicada ontem pelo BC. O problema identificado é que ninguém tinha registro exato sobre o volume de empréstimos que embutiam esse tipo de reajuste e, por isso, ofereciam mais risco. De acordo com o BC, esse controle é importante para saber qual é a "exposição" desses setores ao risco, por exemplo, de uma alta repentina do dólar ou a uma disparada nos preços de um determinado produto básico no mercado internacional. Isso é mais importante ainda no caso do Brasil, que tem um histórico de alta volatilidade no câmbio. (Folha de São Paulo - 12.11.2009) 2 IOF faz saída de dólares superar entrada O fluxo cambial brasileiro ficou negativo na primeira semana do mês, após ter atingido o segundo maior resultado da história em outubro, de acordo com dados do BC. A conta não encerra um mês em deficit desde março, quando os efeitos da crise ainda eram fortemente sentidos. Até o dia 6, o fluxo cambial estava negativo em US$ 1,388 bilhão. Pela conta comercial, a saída é de US$ 569 milhões. Pelo lado financeiro, o saldo é negativo em US$ 818 milhões. A inversão do fluxo está diretamente ligada ao menor volume de ingresso de moeda estrangeira nas aplicações em Bolsa e em renda fixa nas últimas três semanas, período que coincide com a cobrança de 2% de IOF sobre a entrada de capital externo. Até o dia 19 de outubro, quando a taxação foi anunciada pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, a média diária de ingressos de divisas nessas operações naquele mês chegava a US$ 2,137 bilhões. Mas, desde então, o desempenho caiu quase pela metade, para US$ 1,279 bilhão por dia útil. (Folha de São Paulo - 12.11.2009) 3
Emprego industrial cresce em SP, mas ano deve fechar com perda 4 Inadimplência do consumidor diminui A inadimplência
do consumidor brasileiro caiu 0,5% em outubro na comparação com o mesmo
mês do ano passado, o que representa a primeira queda em 2009 na comparação
anual. Na avaliação da Serasa Experian, em outubro deste ano os sinais
de recuperação da economia têm favorecido a queda gradual da inadimplência,
enquanto no mesmo período de 2008 o Brasil vivia um dos piores momentos
da crise mundial, com a queda do consumo, da produção e do crédito. Na
comparação entre outubro e setembro, no entanto, o indicador de inadimplência
do consumidor apontou ligeiro crescimento de 0,4%, devido às compras no
Dia das Crianças. A expectativa da Serasa é de que a chegada do 13º salário
contribua para a redução da inadimplência até o fim do ano. No acumulado
de janeiro a outubro, o indicador registrou alta de 7,9% ante mesmo período
do ano passado. As pendências financeiras com bancos lideram o ranking,
e representam 44,6% das dívidas do consumidor no período de janeiro a
outubro de 2009. (Gazeta Digital - 12.11.2009) 5 INPC indica inflação de 0,24% em outubro e acelera 0,08 ponto percentual O INPC registrou
alta de 0,24% em outubro, taxa 0,08 ponto percentual acima da apurada
em setembro (0,16%). No acumulado em 12 meses, a variação foi de 4,18%,
abaixo da mostrada no mesmo período de 2008 (4,45%). Segundo os números
publicados pela manhã, a taxa calculada foi inferior à revelada no mesmo
mês do ano passado (+0,50%). Em conjunto com o IPCA, o índice foi divulgado
na manhã desta quarta-feira (11) pelo IBGE. Os maiores avanços nos índices
regionais foram registrados em Brasília, com alta de 0,52%, enquanto o
menor resultado ocorreu em Goiânia, onde foi apurada variação negativa
de 0,12%. (InfoMoney - 11.11.2009) 6 Lupi acredita que PIB do país crescerá entre 7% e 8% em 2010 O Brasil deve ter um crescimento econômico em níveis semelhantes aos da China no próximo ano, prevê o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Segundo ele, o país está "todo arrumadinho" para que 2010 seja bom para a economia. Por isso, ele acredita que o Brasil vá dobrar o número de empregos criados em relação a este ano, que já passa de 1 milhão de novas vagas. "Penso que em 2010 vamos ter 2 milhões de [novos] empregos. Vai ser o melhor número da história. Um crescimento [próximo ao nível] da economia chinesa", disse Lupi. Na sua avaliação, o PIB deve crescer entre 7% e 8% no próximo ano. Lupi informou ainda que na próxima segunda-feira serão divulgados os números do Caged. Ele deu as declarações logo depois de participar da assinatura de uma resolução do Conselho Curador do FGTS, que oferece uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para investimentos na área de infraestrutura de transporte coletivo. (Agência Brasil - 11.11.2009) 7
FGV: IPC-C1, da baixa renda, cai 0,18% em outubro O dólar
comercial subia 0,11% pouco depois das 10h20. Assim, na compra, a moeda
estava cotada a R$ 1,7220. Na venda, era negociada a R$ 1,7240. No mercado
futuro, os contratos de dezembro transacionados na BM & F avançavam 0,29%,
para R$ 1,729. Ontem, o dólar comercial teve valorização de 0,29%, para
R$ 1,7200 na compra e R$ 1,7220 na venda. (Valor Online - 12.11.2009)
Internacional 1 Venezuela assina acordos de cooperação com o Pará A Venezuela
e o estado brasileiro do Pará assinaram na noite de terça-feira em Caracas
vários acordos nos setores de energia, turismo, siderurgia e educação,
entre outros. "Vamos trabalhar sem demora. A integração deve ser levada
ao concreto, ao real", afirmou o presidente venezuelano, Hugo Chávez,
que assinou os acordos ao lado da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa.
Foi assinado um memorando de entendimento em energia, outro para estabelecer
uma rota marítima entre as duas regiões e outro para criar uma usina siderúrgica
de médio porte para conversão ferro do Pará. (Diário do Grande ABC - 11.11.2009)
2 América Latina precisa investir US$ 10 bi por ano em energia A região
latino-americana precisa investir US$ 10 bilhões anuais durante 10 anos
para fornecer eletricidade a toda a população, calculou a ibero-americana
Comissão de Integração Energética Regional, depois do gigantesco apagão
observado no Brasil e no Paraguai. Esta injeção de fundos é necessária
para levar a energia a 100 milhões de latino-americanos que não têm eletricidade
(20%), declarou em entrevista à imprensa nesta quarta-feira o presidente
da CIER, Gabriel Argüello, estimando que "o acesso à energia nos países
latino-americanos ainda está bem distante de ser chamado de ótimo". O
investimento deve levar em conta que a demanda crescerá 5% ao ano, precisou.
O fornecimento energético na América Latina sofre com o problema de interconexões
entre países, pouca diversificação das fontes de energia e com o "atraso"
dos planos de desenvolvimento em relação ao aumento da demanda, segundo
Argüello. (Jornal do Brasil - 11.11.2009) 3 Portugal: Cogeração é solução para eficiência energética O presidente da Comissão Executiva da Associação Portuguesa Para a Eficiência Energética e Promoção da Cogeração, Álvaro Brandão Pinto, considera que a cogeração é mais uma das soluções que Portugal tem à disposição para a eficiência energética. Esta é a conclusão de um projeto de Dinamização da Eficiência Energética e da Cogeração (DEEC) elaborado pela Cogen nos últimos nove meses, cujo objetivo foi verificar as vantagens da Cogeração nas questões de eficiência energética. Esse mesmo trabalho, desenvolvido por um grupo de especialistas na matéria, concluiu que a instalação de um equipamento de cogeração traz ganhos para o País e para o consumidor final, pelo fato de não haver tantos desperdícios entre a produção e o consumo. (UDOP - 11.11.2009) 4
AIE: demanda mundial crescerá 40% em 2030 5 Equador: indisponibilidade de térmicas serve para agravar problema de energia 457,8 MW
provenientes de termelétricas estão indisponíveis no Equador, o que representa
43% de indisponibilidade no SIN peruano. A paralisação dessas centrais
se deve não a motivos de falta de combustível e sim de manutenção, falta
de recursos e falha no início da operação. Quatro delas não tem nem data
de previsão para retornarem ao sistema, que somam 126,5 MW. Enquanto isso,
a crise energética no Equador segue com ainda previsões otimistas de terminar
até a primeira semana do mês que vem. (Expreso - Equador - 12.11.2009)
6 Peru e Petrobrás renegociam contrato do Lote 58 A Perupetro
e a Petrobras renegociaram o contrato de licenciamento do Lote 58 para
incrementar o royalty que a empresa deverá pagar sobre o valor de produção
de gás natural que a brasileira explorará, informou o presidente da estatal
peruana, Daniel Saba. "5% era muito baixo. Conversamos com a empresa e
demos início a uma negociação amigável. Eles estão de acordo por estarem
conscientes que era uma porcentagem mínima". Para Saba, o nível de royalties
deveria estar entre 13 e 14%. A respeito do volume no Lote 58, indicou
que em 30 dias a empresa poderá confirmar conm exatidão o volume descoberto,
que em principio a Perupetro anunciou serem de 1.5 trilhões de pés cúbicos.
(El Peruano- Peru - 12.11.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 CASTRO, Nivalde J.; BRANDÃO, Roberto. "Pane tem natureza muito diferente do apagão de 2001". Folha de São Paulo. São Paulo, 12 de novembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 EDITORIAL. "Na escuridão". Folha de São Paulo. São Paulo, 12 de novembro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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