l IFE: nº 2.600 - 20
de outubro de 2009 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Impasse sobre compensações financeiras de Itaipu deve levar mais três semanas O impasse
entre os governos do Brasil e Paraguai em busca de uma solução para as
compensações financeiras relativas à comercialização de energia gerada
pela Hidrelétrica de Itaipu deve se arrastar por mais duas ou três semanas.
O principal ponto de controvérsia é a recomendação de elevar o repasse
de cerca de US$ 110 milhões/ano para US$ 320 milhões/ano por parte dos
brasileiros para os paraguaios. Técnicos do TN e do MME tentam encontrar
uma maneira de adequar à prática o acordo negociado pelos presidentes
Lula e Fernando Lugo, em julho. Os valores contidos na proposta ainda
estão em fase de análise pelos especialistas brasileiros que acompanham
as negociações. Por enquanto, o texto aguarda aprovação do Congresso Nacional
do Paraguai para depois ser remetido ao Brasil. De acordo com técnicos,
o acordo permitirá que o Paraguai venda energia, no mercado brasileiro,
sem a mediação da empresa estatal Eletrobrás. O objetivo é assegurar também
que os dois países tenham condições de comercializar a energia de Itaipu
em outros mercados, a partir de 2023. (Agência Brasil - 19.10.2009) 2 Diretrizes para leilão de Belo Monte devem ser divulgadas até o fim desta semana As primeiras
diretrizes para o leilão da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, devem ser
divulgadas pelo MME até sexta-feira (23). De acordo com informações do
ministério, o leilão está previsto para ser realizado entre os dias 7
e 20 de dezembro deste ano. A licença prévia expedida pelo Ibama, que
será o último requisito para o leilão da usina, ainda não tem data definida
para ser liberada. A Usina de Belo Monte deverá ter potência instalada
de 11.233 MW de energia e fará parte do SIN contribuindo para o fornecimento
de energia elétrica em outras regiões do país. Um estudo da Empresa de
Pesquisa Energética prevê que a obra deverá custar R$ 16 bilhões. A usina
deve começar a gerar energia em 2014. (Agência Brasil - 19.10.2009) 3 Câmara discute impacto de hidrelétricas em SP e MG A Comissão
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara realiza audiência
pública nesta terça-feira (20) para discutir o impacto da construção de
cinco PCHs em municípios de São Paulo e Minas Gerais. O debate foi proposto
pelo deputado Marcos Montes (DEM-MG) e Ricardo Tripoli (PSDB-SP). A Frente
Ampla do Sul de Minas e Leste Paulista em Prol do Projeto Cachoeiras Vivas,
que organizou um abaixo-assinado contra as usinas, explica que um pool
de empresas goianas pretende implantar 5 mini-UHEs no sul de Minas Gerais
e leste paulista, para gerar no total 5 Mhw de energia. Serão quatro os
municípios afetados: Socorro (SP), Munhoz (MG), Tocos do Moji (MG) e Bueno
Brandão (MG), sendo que neste último serão construídas duas Mini-Usinas
na mesma seqüência hídrica. (Setorial News - 19.10.2009) 4
Câmara discute fontes renováveis de energia 5 Senado coloca MP 466 na pauta de votações Está na
pauta do Plenário do Senado Federal a análise do Projeto de Lei de Conversão
16/2009, que trata da MP 466, que estabelece as regras de comercialização
de energia nos Sistemas Isolados. O tema está previsto para análise na
reunião que acontece na próxima terça-feira, 20 de outubro, às 14 horas.
A proposta foi apresentada no Senado Federal na semana passada e o relator
revisor é o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O tema tem como prazo final
de apreciação o dia 30 de novembro. A partir daí, sem deliberação, a MP
466 perde efeito. (CanalEnergia - 19.10.2009) 6 Renovação das concessões: Deputado Bernardo Ariston pede regras que garantam segurança jurídica A indefinição
do governo em relação às concessões de geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica, segundo parlamentares e entidades do setor privado,
cria um clima de incertezas no mercado, inibindo investimentos e dificultando
o planejamento estratégico. Segundo o deputado Bernardo Ariston (PMDB-RJ),
presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, são
necessárias regras que garantam segurança jurídica, de modo que as empresas
tenham confiança de que os recursos investidos serão recuperados de forma
apropriada. "Normas que propiciem a captação de recursos no mercado financeiro
são requeridas, dado o caráter de capital intensivo das atividades do
setor e a proximidade dos prazos fatais, que dificultam a obtenção de
financiamentos em condições favoráveis", ressalta. (Valor Econômico -
20.10.2009) 7 Renovação das concessões: Ecom Energia avalia que impacto pode ocorrer no preço "A demora na revisão dos contratos de concessão de energia elétrica que vencem daqui a pouco mais de cinco anos pode ter um impacto muito grande nos preços da energia que vai chegar ao mercado", resume Márcio Sant´Anna, sócio-diretor da Ecom Energia, agente da CCEE, que atua na venda de energia proveniente de fontes incentivadas a clientes livres, destacando-se as PCHs e biomassa. A preocupação não é descabida. Afinal, as concessões que estão por vencer nos próximos anos representam 20% do parque gerador do país, 82% do sistema de transmissão do sistema interligado e 30% dos acordos de distribuição. Entre os empreendimentos afetados estão a hidrelétrica de Xingó e as usinas do complexo de Paulo Afonso, no rio São Francisco, Furnas, em Minas Gerais, e a Hidrelétrica de Ilha Solteira, explorada pela Cesp. (Valor Econômico - 20.10.2009) 8
Renovação das concessões: discussão é de grande complexidade para Abdib
9 Renovação das concessões: Abrace é favorável à prorrogação do prazo Para Ricardo
Lima, presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais
de Energia e dos Consumidores Livres (Abrace), o mercado livre está em
risco pela falta de condições de expansão e devido a esse quadro de indecisão
quanto à renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica. "Somos favoráveis à prorrogação do prazo das concessões
condicionada à definição imediata das regras e procedimentos para os futuros
leilões referentes às concessões a vencer", diz Lima. (Valor Econômico
- 20.10.2009) 10
Renovação das concessões: situação está sob controle para MME 11 Tolmasquim: setor precisa de investimentos totais de R$ 767 bi até 2017 Para atender à expansão dos investimentos em infraestrutura e do mercado consumidor nacional, indica Tolmasquim, a indústria energética vai precisar, até 2017, de investimentos totais de R$ 767 bilhões. Desse total, mais de dois terços serão aplicados no setor de petróleo e gás natural, que deve absorver R$ 536 bilhões. O setor elétrico, que engloba geração e transmissão de energia elétrica, vai contabilizar investimentos de cerca de R$ 181 bilhões até 2017, ou 23,6% do total. Já os recursos necessários para o aumento da oferta de biocombustíveis líquidos, destinados à produção e transporte de etanol e biodiesel, segundo previsão do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017), somam R$ 50 bilhões (6,5%). (Valor Econômico - 20.10.2009) 12 Altino Ventura Filho: políticas são plenamente satisfatórias Altino Ventura Filho, secretário de planejamento e desenvolvimento do MME, afirma que as políticas que o país está adotando são plenamente satisfatórias para garantir a expansão do sistema energético nacional. "O mercado nacional de energia elétrica, por conta da crise econômica mundial, deve ter um crescimento nulo ou pequeno em 2009, mas a partir do próximo ano, o crescimento será da mesma ordem dos anos anteriores à crise, com taxas anuais em torno de 5%." Para ele, não há restrições a investimentos para projetos de geração e transmissão de energia. "Pelo contrário, os leilões dos últimos meses demonstram que há disputa muito grande, que leva à redução de custos." Entre os novos empreendimentos, Ventura Filho cita o início das usinas do complexo do rio Madeira, em Rondônia, licitadas em 2007 e 2008, e do próximo leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, cuja capacidade instalada será de 11.233 MW. (Valor Econômico - 20.10.2009) 13 CNI: há problemas a administrar Mas esse entusiasmo não se estende a todos os agentes do setor. Para José de Freitas Mascarenhas, presidente do conselho de infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as reservas disponíveis para atender ao crescimento do consumo de energia são realmente confortáveis. O país tem disponibilidade ainda de 180 mil MW de potência, além dos 109 mil MW já utilizados. Na área de biomassa, as previsões são de 14.400 MW médios até 2020. No setor de petróleo e gás, com o pré-sal, as expectativas são grandes, podendo-se chegar a um patamar entre 50 bilhões e 100 bilhões de barris. "Mas há problemas a administrar", adverte Mascarenhas. Segundo ele, os custos de transmissão da energia elétrica, por exemplo, são altos, uma vez que os novos aproveitamentos na Amazônia estão distantes das áreas de consumo do Sul-Sudeste. (Valor Econômico - 20.10.2009) 14 CBIE: indefinição da política energética é uma das inquietações do setor Na verdade, a indefinição da política energética como um todo é uma das inquietações do setor. "O Brasil precisa de políticas públicas em que o governo mostre que vai continuar preocupado em que a matriz não caminhe na direção de combustíveis fósseis, e siga com forte presença de fontes renováveis", defende Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE). O Brasil e o mundo, observa ele, vão precisar cada vez mais de energia que gere menos CO2. "Para conseguir isso, é preciso continuar incentivando energia renovável. O Brasil já tem o etanol, que é o maior programa de biocombustíveis do mundo, que não pode ser preterido agora em função do pré-sal", afirma o consultor. (Valor Econômico - 20.10.2009) 15 Atraso na regulamentação de Fundo Garantidor pode impedir financiamentos para o setor A falta da regulamentação do Fundo de Garantia a Empreendimentos de Energia Elétrica pode causar entraves em financiamentos de projetos de energia futuros e em andamento, previstos no PAC. Como o fundo ainda não foi regulamentado, sociedades de propósito específico que têm estatais como sócias minoritárias nos projetos estão sendo levadas a obter cartas de fiança bancária que atendam a todo o grupo, reduzindo os limites de endividamento desses agentes junto a instituições de crédito. O problema está na liberação de parcelas de financiamentos, pois são apresentadas as garantias para cada uma das parcelas. A obtenção sucessiva das cartas de garantia reduz os limites de créditos em bancos privados. Assim, a liberação do FGEE permitiria a devolução das garantias obtidas pelas SPEs, sendo feito o rito normal - privados com cartas de fiança bancária e estatais garantidas pelo mecanismo. (CanalEnergia - 19.10.2009) 16 UHE Baguari será inaugurada na próxima quinta-feira, 22 A hidrelétrica de Baguari (MG, 140 MW) será inaugurada na próxima quinta-feira, 22 de outubro. O empreendimento, que pertence às empresas Neoenergia (51%), Cemig (34%) e Furnas (15%), está incluído no PAC. A usina está localizada no município de Governador Valadares, na região leste de Minas Gerais. As obras da UHE Baguari custaram cerca de R$ 516 milhões, sendo que 70% foram financiados pelo BNDES. A usina vai operar a fio d´agua, com turbinas tipo bulbo. A previsão é que a hidrelétrica opere em carga máxima em março de 2010. (CanalEnergia - 19.10.2009) 17 Edital para linhas de transmissão A diretoria da Aneel deve aprovar nesta terça-feira (20/10) o edital do segundo leilão de linhas de transmissão deste ano, ainda sem data marcada. A licitação envolverá oito lotes de linhas e subestações que somam 1.130 km de extensão. Serão licitados empreendimentos em oito estados - Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Ceará, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Amazonas. Não está previsto nenhum lote na região Sul. O principal projeto do leilão será o das LTs Rio Verde-Trindade-Xavantes, em circuito duplo, e Trindade-Carajás, em circuito simples, ambas em Goiás. O lote envolve LTs em 230 e 500 kV que totalizam 310 km. (BrasilEnergia - 19.10.2009) 18 BID financia US$ 10 mi para melhorar serviço de eletricidade em Minas Gerais O BID aprovou um empréstimo de US$ 10 milhões para melhorar os serviços de energia elétrica em 19 municípios do noroeste de MG. O projeto vai financiar a expansão do serviço da Cemig-D, que investirá em LTs e na distribuição de energia e contará com incentivos dos governos federal e estadual. Com o financiamento serão realizadas obras de transmissão, incluindo a ampliação de três subestações existentes, a construção de três novas subestações e 160km de LTs em 138 kV. Além disso, os investimentos também serão realizados na expansão da rede de distribuição, instalação de medidores e de quatro tomadas em cada casa. Esses investimentos, segundo o BID, vão aumentar a eficiência do sistema de distribuição, reduzindo perdas. O empréstimo do banco tem prazo de 25 anos, incluindo dois anos de carência. (CanalEnergia - 19.10.2009) 19 Reajuste na luz poderia ser menor, diz Aneel O reajuste tarifário da energia no país poderia ser dois pontos percentuais inferior se o erro no cálculo tivesse sido corrigido. A afirmação foi feita pelo diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, durante audiência pública na CPI das Tarifas de Energia Elétrica. "A redução [da tarifa] de algumas empresas chegaria a dois pontos percentuais no índice de reajuste tarifário se houvesse a correção. [Esse percentual] varia de uma empresa para outra, depende de quanto cresce o mercado. O impacto pode ser muito maior." Nesse caso, reajustes tarifários elevados como o autorizados pela própria agência em São Paulo (Eletropaulo, 8,63%, e CPFL, 20,19%, ambos correções para as tarifas residenciais em 2009) poderiam, na avaliação do diretor-geral da Aneel, ser dois pontos percentuais inferiores. (Folha de São Paulo - 20.10.2009) 20 Consumidor deve aguardar ação de órgãos de defesa Os consumidores brasileiros devem aguardar o resultado da mobilização das procuradorias e das organizações não governamentais de defesa do consumidor no caso das contas de luz. Maria Inês Dolci, coordenadora Institucional da Pro Teste, explicou que não adianta o consumidor partir para uma ação individual contra as concessionárias ou a Aneel a fim de obter o ressarcimento dos recursos pagos indevidamente. "Se todos os consumidores ingressarem na Justiça, haverá um acúmulo de ações e a paralisação do Judiciário. Será pior", diz. A Pro Teste informou que deve ingressar, amanhã, com processo administrativo na Aneel exigindo providências imediatas. A entidade dará cinco dias para uma resposta. A Pro Teste quer saber como a Aneel exigirá a devolução do dinheiro e quais as medidas que serão tomadas para evitar que a falha afete o reajuste tarifário de 2010. (Folha de São Paulo - 20.10.2009) 21 Editorial da Folha de São Paulo: "A Aneel nada fez" Em editorial, o jornal Folha de São Paulo analisa a falha no cálculo da Aneel que fez com que os brasileiros pagassem R$ 1 bilhão a mais por ano de energia elétrica. O texto faz uma crítica à agência, afirmando que a Aneel conhece o problema há dois anos, mas não tomou nenhuma medida para resolvê-lo. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 20.10.2009) 22 Artigo de Miguel Colasuonno: "Eletrobrás e crescimento regional" Em artigo ao Diário Comércio Indústria & Serviço, Miguel Colasuonno destaca a importância da Eletrobrás no desenvolvimento do Brasil e seu papel para atenuar os desequilíbrios regionais existêntes no país. O autor conta como tal importância se deu ao longo da história, para tornar mais compreensível o papel da empresa no cenário brasileiro, destacando como, ao longo dos anos de sua existência, a Eletrobrás criou novos postos e oportunidades em diversas áreas e regiões do país. Há destaque, também, para os projetos que ainda estão no papel, como Belo Monte e os projetos nucleares, que devarão auxiliar no futuro de novas gerações de brasileiros. No artigo, o desenvolvimento regional é dito estratégico e foco da Eletrobrás e suas empresas. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 20.10.2009) 23 Artigo de Antônio Carlos Cyrino: "Horário de Verão e meio ambiente" Em artigo ao CanalEnergia, Antônio Carlos Cyrino, diretor de operações da CPFL Energia, expõe como uma das medidas mais importantes tomada pelo setor elétrico, como forma de assumir uma postura menos agressiva ao meio ambiente, é o Horário de Verão. Segundo Cyrino, a economia e utilização racional da eletricidade contribuem para a postergação de investimentos e consolida uma cultura de uso inteligente da eletricidade. Ele lembra ainda que, apesar dos debates que cercam a questão da implantação do Horário de Verão, a grande proeza da medida refere-se à pulverização da utilização da eletricidade em horários alternativos, afastando a curva de carga nos horários de pico, fortalecendo o sistema. Para Cyrino, não há como negar que essa providência diminui a curva do pico de consumo, deixando o sistema elétrico muito mais seguro e contribuindo para a formatação de uma cultura de economia que incentiva a população atingida a utilizar os recursos escassos com mais inteligência e racionalidade. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 20.10.2009) 24 Artigo de Paulo Ludmer: "Sobra Gás e falta estratégia" Para Paulo Ludmer, em artigo ao CanalEnergia, é injusta e daninha à cadeia produtiva brasileira a política aplicada aos preços finais do gás natural no Brasil, que drena arbitrariamente renda dos empreendedores, muitos dos quais sem melhores opções técnicas, são nitidamente prejudicados. Para ele, o que o governo faz é morder os cofres das empresas consumidoras de gás natural, o que promove renúncias a investimentos; redução de sua competitividade, da arrecadação de impostos e da criação de postos de trabalho. Ainda segundo Ludmer, há espaço justo para a redução saudável dos preços que são pagos: as margens das concessionárias estão, em geral, estufadas e mantidas politicamente pelas Agências Reguladoras estaduais (isso quando elas existem e quando mantêm a aparência de sérias). Ludmer louvou ainda os leilões de sobras, porque revelam o preço que o mercado estaria disposto a pagar pelo produto. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 20.10.2009)
Empresas 1 Cemig afirma que negociação com Equatorial e Andrade Gutierrez não tem prazo de conclusão A Cemig
informou nesta segunda-feira, 19 de outubro, que não existe "até o presente
momento qualquer resultado concreto ou compromisso, ainda que preliminar",
nem prazo previsto para a conclusão da negociação sobre a participação
da empresa na Light (RJ) com os sócios Equatorial Energia e Andrade Gutierrez
por meio da Rio Minas Energia. Segundo informações veiculadas na imprensa,
as negociações já indicariam valores a serem desembolsados e prazos de
término. A empresa havia reiterado na semana passada que estava em negociações
com os dois sócios, o que vinha acontecendo desde o último dia 15 de setembro
e hoje voltou a admitir as negociações com os sócios, mas sem prazos ou
valores definidos, ainda que de forma preliminar. (CanalEnergia - 19.10.2009)
A ABB espera anunciar um lucro líquido de US$ 1 bilhão no terceiro trimestre deste ano, fruto de de ajustes em provisões em seu balanço que vão causar um impacto de US$ 380 milhões. O principal ajuste é relacionado com supostas práticas anti-concorrenciais conforme decisão no início do mês da Comissão Europeia.O montante esperado é 9% inferior ao apurado pela empresa em igual período do ano passado, de US$ 1,1 bilhão.Os negócios na Rússia também vão impactar o resultado da fabricante de equipamentos elétricos. Lá, a empresa se vê as voltas com questões tributárias, o que teria gerado um aumento de encargos. A empresa informa que está constantemente avaliando seu modelo de negócio naquele país. (BrasilEnergia - 19.10.2009) 3 Eletrosul vende 37 MW médios A Eletrosul
realiza no dia 16 de novembro leilão de energia para a venda de 37 MW
médios no mercado livre. O preço teto pré-definido é de R$ 140,00/MWh.
O fornecimento deve acontecer durante de todo o ano de 2010. Os interessados
na concorrência têm até 28 de outubro para se habilitarem. A empresa pretende
divulgar o resultado final do leilão até o dia 19 de novembro. A Eletroul
foi autorizada a voltar a investir em geração em 2004, com a implantação
do novo modelo do setor elétrico. Após a concessão da UHE Passo São João,
em 2005, a Eletrosul conseguiu também as concessões da UHE Mauá (PR),
em consórcio com a Copel, a UHE São Domingos (MS) e dez pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs) em Santa Catarina. (BrasilEnergia - 19.10.2009) 4
Sócio da Cemig 5 Eletrosul avança na área em geração Desde 2004,
quando foi excluída do Plano Nacional de Desestatização e voltou a poder
investir em geração de energia, a Eletrosul se tornou dona ou sócia de
hidrelétricas em construção que terão capacidade de gerar cerca de 4 mil
MW de energia. Está incluído neste portfólio a usina de Jirau, na qual
tem 20% da sociedade. A meta agora é investir em projetos eólicos e solares.
A perspectiva é já no próximo ano gerar cerca de 1,2 GW de megawatts solares.
Todos esses investimentos estão sendo feitos sem deixar os grandes projetos
de transmissão de lado. A empresa vai construir o linhão que vai ligar
as usinas do rio Madeira a São Paulo, junto com Eletronorte e Abengoa,
e sozinha vai erguer a subestação de Porto Velho (RO), que vai requerer
mais de meio bilhão de reais em investimentos. (Valor Econômico - 20.10.2009)
6 EDP protocola na Anbid pedido de oferta secundária de ações A Energias
do Brasil (EDP) protocolou nesta segunda-feira na Associação Nacional
dos Bancos de Investimento (Anbid) pedido de registro de oferta pública
secundária de ações ordinárias. No prospecto preliminar não há informação
sobre o volume de ações que será ofertado. A operação terá o Bradesco
BBI como coordenador líder e contará ainda com o Citi. O cronograma da
oferta também não está disponível. (Reuters - 19.10.2009) 7 AES Tietê será ressarcida por prestação de serviço ancilar A Aneel
autorizou o ressarcimento de R$ 171,5 mil para a AES Tietê pela prestação
do serviço ancilar de autorestabelecimento e controle secundário de frequência.
O pagamento refere-se ao período entre 31 de março de 2008 e 31 de março
deste ano. Os custos de operação e manutenção dos serviços ancilares prestados
envolvem o autorrestabelecimento das hidrelétricas Água Vermelha, Barra
Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Avanhandava, Caconde, Euclides da
Cunha e Limoeiro, além do controle secundário de frequência prestado pela
usina de Água Vermelha. O ressarcimento, segundo a Aneel, será feito via
Encargo de Serviço de Sistema. (CanalEnergia - 19.10.2009) 8 Empresa Força e Luz João Cesa tem novos limites de DEC e FEC para 2010-2012 A Agência Nacional de Energia Elétrica definiu os limites que a Empresa Força e Luz João Cesa (EFLJC) deverá cumprir nos próximos três anos - 2010 a 2012 - para os indicadores de continuidade que medem duração (DEC) e frequência (FEC) de interrupções no fornecimento de energia ocorridas nos conjuntos de unidades consumidoras atendidos pela distribuidora. Os valores propostos para o DEC nos três anos são de 11 horas. Para o FEC, os índices propostos são de 11 no próximo ano e chegam a 10 em 2011 e 2012. De acordo com a Aneel, os valores dos indicadores estão definidos em resolução que será publicada no Diário Oficial da União nas próximas semanas. (CanalEnergia - 19.10.2009) No pregão do dia 19-10-2009, o IBOVESPA fechou a 67.239,45 pontos, representando uma alta de 1,57% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 10,47 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,89%, fechando 23.705,50 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 28,13 ON e R$ 25,25 PNB. Na abertura do pregão do dia 20-10-2009 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 27,90 as ações ON, baixa de 0,82% em relação ao dia anterior e R$ 24,95 as ações PNB, baixa de 1,19% em relação ao dia anterior. (Investshop - 20.10.2009) A Ceb abriu licitação na última quinta-feira, 15 de outubro, para a venda de imóvel com área de 284,16 mil metros quadrados. O terreno está localizado no Setor de Habitações Coletivas Noroeste, no Distrito Federal, e terá o valor mínimo de R$ 274,4 milhões. A licitação faz parte do processo de reestruturação da empresa. (CanalEnergia - 19.10.2009) A Celpa iniciou a instalação da rede elétrica em comunidades indígenas nos municípios de Parauapebas, São Geraldo do Araguaia e Capitão Poço, no Pará. A obra, que faz parte do programa LPT, prevê a instalação de 70,8 km de redes e 838 postes, que beneficiarão cerca de 900 índios em seis aldeias. (BrasilEnergia - 19.10.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,55% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,55%, apresentando
queda de 0,23% em relação à medição do dia 15 de outubro. A usina de Furnas
atinge 83,33% de volume de capacidade. (ONS - 20.10.2009) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 96,30% O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,71% estável em relação à medição do dia 15 de outubro, com 96,30% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 96,69% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 20.10.2009) 3 NE apresenta 64,50% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,46% em relação à medição do dia 15 de outubro, o Nordeste está
com 64,50% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 62,50% de volume de capacidade. (ONS - 20.10.2009) 4 Norte tem 48,48% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 48,48%, apresentando queda de
0,79% em relação à medição do dia 15 de outubro. A usina de Tucuruí opera
com 31,66% do volume de armazenamento. (ONS - 20.10.2009)
Meio Ambiente 1 MMA pode liberar hidrelétricas na Amazônia O MMA poderá
emitir licenças para construção de usinas hidrelétricas na Amazônia, desde
que atendidas exigências dos EIA-Rima e devidamente compensadas as interferências
nas regiões, segundo a secretária-executiva do ministério, Izabella Teixeira.
Na bacia amazônica encontram-se cerca de 60% do potencial para novas hidrelétricas
no país e, para ela, é possível aproveitá-los ao menos em parte. Numa
sinalização da nova visão do MMA com relação à exploração de recursos
naturais, Izabella diz que é possível debater até o uso econômico de unidades
de conservação. Mesmo as áreas protegidas podem e devem se beneficiar
dos royalties que são pagos pelo setor elétrico, por exemplo, comenta.
Em sua opinião, mesmo com a soma de encargos socioambientais aos empreendedores,
a fonte hidrelétrica é a mais barata e menos poluidora entre as opções
para geração. Para ela, o Brasil já viu o que significa o risco de ficar
sem energia e, portanto, ela aceitaria um debate maduro, sem extremos,
sobre exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia, mesmo com barragens.
(Valor Econômico - 20.10.2009) 2 A economia precisa olhar para o ambiente e vice-e-versa As declarações da secretária-executiva do MMA, Izabella Teixeira, ocorrem em meio a uma discussão sobre falta de licença ambiental para sete usinas hidrelétricas, em leilão que deve ocorrer até dezembro. Para Izabella, todos os lados envolvidos no processo devem se aperfeiçoar para acelerar as licenças. Ela reconhece que os órgãos licenciadores podem falhar ao desconsiderar questionamentos sobre unidades de conservação nos locais dos empreendimentos, mas diz que as empresas especializadas contratadas pelos investidores para fazer o EIA-Rima também têm de avaliar essa falha e fazer os ajustes. Para Izabella, a análise ambiental de um empreendimento tem de estar no início do projeto. Se a economia precisa olhar melhor para o ambiente, o inverso também deve ser verdadeiro, segundo a secretária-executiva. A área ambiental tem de aperfeiçoar o conhecimento sobre os ciclos de decisão que envolvem o setor de energia, comenta. (Valor Econômico - 20.10.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Bioeletricidade pode gerar 13.150 MW em 2021 Um estudo
da Unica revela que o conjunto das usinas do país poderá produzir na safra
2020/2021 um total de 13.150 MW de potência. Para um país onde as hidrelétricas
representam 73,1% da energia elétrica, a bioeletricidade é apontada como
o complemento mais limpo e seguro. "A bioletricidade que as usinas de
cana podem gerar em 2021 evitaria as 101 milhões de toneladas de CO2 que
as térmicas a carvão vão emitir entre 2009 e 2021", calcula Zilmar José
Souza, assessor em bioeletricidade da Unica. De acordo com a EPE, o fato
de as fontes hídricas serem majoritárias na matriz energética faz com
que todo o aparato regulatório, comercial e operacional do sistema elétrico
fique em torno das grandes hidrelétricas. Aos poucos, no entanto, as entidades
que representam as usinas de açúcar e álcool estão conseguindo inserir
a bioeletricidade no contexto do setor. (Valor Econômico - 20.10.2009)
2 Unica: leilão exclusivo de biomassa é essencial para aumentar competitividade do setor A construção de um ambiente institucional que observe os pontos essenciais, como preço adequado, leilões dedicados exclusivamente a bioeletricidade, separação das funções e custos de geração e conexão e linhas de financiamento são fundamentais para a inserção da bioeletricidade na matriz energética brasileira. "Não há uma política setorial de como fazer a inserção desse potencial no setor elétrico", diz Zilmar José Souza, assessor em bioeletricidade da Unica. Segundo ele, "os leilões misturam ofertas de energia suja, como o carvão e térmicas convencionais, além de óleo combustível, nos quais a bioeletricidade não consegue disputar nem demonstrar as excepcionalidades positivas". Ele considera importante estabelecer uma política de leilões dedicados a fontes alternativas, especialmente a bioeletricidade, que tem a capacidade de regularizar os estoques, além de evitar emissões. Segundo seus dados, a bioeletricidade representa 3% a 4% da matriz elétrica e tem potencial de chegar em 2021 respondendo por algo em torno de 15% da energia elétrica do país. No último leilão, apenas um projeto de biomassa foi agregado e obteve preço abaixo de R$ 150,00 por MW, que não condiz com o investimento. (Valor Econômico - 20.10.2009) 3 Gaúchos esperam fluxo de novos investimentos em eólicas Fica em
Chuí (RS) outro grande potencial de energia eólica do Brasil. "Estamos
aguardando o resultado do leilão para instalar um parque nessa região
de 300 MW. O que esperamos é que com a disposição do governo em realizar
leilões periódicos nos próximos anos, isso atraia o interesse de indústrias
de equipamentos eólicos em se instalar no Estado, o que poderia reduzir
nossos custos em até 20%", afirma Edgar Pereira, diretor técnico da Pampa
Energia Eólica. No litoral norte do RS, há ainda uma outra área que vem
sendo monitorada pela empresa desde 2000, com potencial de 2,5 GW. Além
disso, o grupo espanhol Fortuny tem um projeto previsto para ser instalado
em Cerros Verdes, também em RS, com potência de 149,60 MW. Se sair vencedora
do leilão, responsabilizando-se por determinada fração de geração, a empresa
poderá iniciar as obras de construção do parque. (Valor Econômico - 20.10.2009)
4 Tolmasquim: utilização de fontes limpas cresce com a economia de baixo carbono A matriz
energética do Brasil, sustentada pela geração de energia por usinas hidrelétricas,
tem cerca de metade de sua capacidade gerada por fontes renováveis. "A
matriz brasileira é um grande destaque no mundo e todos desejariam ter
uma semelhante", afirma Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE. Os dados
brasileiros contrastam com os vistos em outros países: apenas 13% das
matrizes energéticas do mundo, em média, vêm de fontes limpas. Nas nações
mais ricas, os números são ainda menores: apenas 6% da energia usada se
origina de fontes renováveis. Estudo do Conselho Mundial de Energia aponta
que a demanda por energia no mundo dobre até 2050, o que contribuirá para
a expansão do uso de energia renovável. A geração por fonte solar e eólica
deverá ganhar espaço, com as empresas buscando investir em fontes sustentáveis
e com menor emissão de gases que causam o efeito estufa. (Valor Econômico
- 20.10.2009)
Gás e Termoelétricas 1 Aproximação Brasil-China resulta em usina de R$ 1,3 bi no RS Resultado da aproximação entre Brasil e China, a usina Candiota III está saindo do papel para a realidade concreta na Campanha, uma das regiões mais pobres do RS. Obra de R$ 1,3 bilhão, incluída no PAC e com inauguração prevista para junho de 2010, a usina marca a retomada da construção de termelétricas a carvão no país. É o maior canteiro de obras do Sul do Brasil. Contratada ao grupo chinês Citic, a usina será administrada pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), vinculada à Eletrobrás. Batizada como Candiota III por conta das outras duas termelétricas do complexo, a usina lida com números altissonantes. Para levantá-la estão sendo consumidos 72 mil metros cúbicos de concreto, 10 mil toneladas de aço e quase sete mil de estruturas metálicas. Os componentes de sua montagem pesam 28 mil toneladas. Cifras mais impressionantes só mesmo as da imensa jazida de carvão-vapor sobre a qual está assentada. Estima-se que a mina guarde 12 bilhões de toneladas. Fonte: Brasília Confidencial (UDOP - 19.10.2009) 2 Queima de gás natural no país sobe 74,98%, segundo ANP A queima
de gás natural aumentou 74,98% no Brasil entre janeiro e agosto deste
ano, comparado a igual período de 2008, segundo dados da ANP. Foram queimados,
em média, 9,867 milhões m³/dia de gás nos oito primeiros meses de 2009,
frente aos 5,639 milhões m³/dia queimados de janeiro a agosto do ano passado.
A queima total de gás este ano, em valores absolutos, chega a 2,397 bilhões
m³/dia de gás natural, superando em 9,64% a queima e perda de gás registrados
em 2008. Em agosto foram queimados, em média, 9,844 milhões m³ de gás,
63,87% a mais que a média do mesmo mês do ano passado. Segundo a ANP,
a produção de gás natural no país, de janeiro a agosto deste ano, atingiu
57,006 milhões m³/dia, em média, o que representa uma queda de 2,76% frente
à média diária. Em agosto, a produção brasileira de gás natural foi de
57,034 milhões m³/dia, indicando uma redução de 6,19% comparado ao mesmo
mês de 2008. (Setorial News - 19.10.2009) 3 Brasil seguirá tendência nuclear O Brasil,
com uma das dez maiores reservas de urânio do mundo e as usinas de Angra
1 e 2, no Rio de Janeiro, seguirá a tendência mundial e investirá mais
no segmento, com a construção de Angra 3, que tem previsão para entrar
em operação em 2015. Na segunda semana de outubro, foi assinada a ordem
de serviço para obras civis da usina, cuja capacidade será de 1350 MW.
"Temos a primeira ou a segunda maior reserva de urânio no mundo, portanto,
seria um enorme desperdício deixar de lado o segmento", diz o presidente
da CNEN, Odair Dias Gonçalves. Estudos realizados em 2007 pelo governo
federal para planejamento dos cenários de energia para as próximas décadas
apontam que até 2030 poderiam ser construídas de quatro a oito usinas
nucleares no país. (Valor Econômico - 20.10.2009)
Grandes Consumidores 1 Vale lança plano de US$ 13 bi para acalmar governo Com a presença
dos representantes dos principais acionistas da companhia - Previ, BNDES,
Bradespar e Mitsui, além dos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma
Rousseff (Casa Civil) -, o presidente da Vale, Roger Agnelli, apresentou
ontem ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o programa
de investimento de R$ 24,5 bilhões planejado pela companhia para aplicar
no próximo ano. O equivalente a 63% desse valor está previsto para operações
no Brasil. O anúncio, em alto estilo, buscou selar a paz entre o comandante
da mineradora e o governo. O presidente que vinha reclamando publicamente
da falta de empenho da Vale em investir pesado em projetos no país, principalmente
de agregação de valor, como fabricação de aço, e de ter cortado investimento
no auge da crise e demitir funcionários. O plano contempla a instalação
de siderúrgicas, um dos maiores pleitos do presidente da República - uma
no Pará, outra no Ceará e uma unidade em fase inicial de estudos para
Espírito Santo. São projetos que ficariam prontos depois de 2012, mas
cujas obras devem ser lançadas já no início do próximo ano, o último de
Lula. (Valor Econômico - 20.10.2009) 2 Usinas mineiras investem R$ 4 bi em projetos de créditos de carbono O Sindicato
da Indústria do Açúcar e do Álcool de Minas Gerais e a Associação das
Indústrias de Açúcar e Álcool do estado lançaram na última sexta-feira,
16 de outubro, projeto para obtenção de créditos de carbono por meio da
queima de bagaço de cana para geração de energia. De acordo com a Key
Associados, consultoria responsável pelo projeto, a previsão de investimentos
é da ordem de R$ 4 bilhões até 2015. O montante será aplicado para a ampliação
e troca das caldeiras nas usinas existentes e implantação de novos projetos.
O projeto será uma parceria da consultoria com o banco alemão KfW e envolve
o desenvolvimento de um projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
programático. Esse formato agrega vários projetos de um mesmo setor econômico
e de uma mesma atividade visando a redução dos custos e prazos de transação.
(CanalEnergia - 19.10.2009)
Economia Brasileira 1 Taxa busca conter volatilidade, diz Fazenda Com excesso de capital disponível no mundo em busca de aplicações rentáveis, o governo teme que o Brasil seja alvo de movimentos especulativos nos próximos seis meses, o que se traduziria num forte ingresso de recursos de curto prazo causando volatilidade na taxa de câmbio e, consequentemente, impacto na inflação. Por isso, a decisão de instituir um custo a mais ao investidor que quiser aplicar no país. "Há perspectiva de ter uma grande entrada de capital especulativo num curto espaço de tempo. O investidor entra agora para sair daqui a seis meses ou na véspera da eleição. O objetivo é moderar a liquidez e desestimular o fluxo de curto prazo", disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa. Segundo ele, a medida encarecerá as aplicações de curto prazo, e o efeito esperado com a desvalorização da taxa de câmbio compensará os exportadores. "Essa não é uma medida arrecadatória", diz. (Folha de São Paulo - 20.10.2009) 2 Caixa transfere R$ 5 bi para o Tesouro Ameaçado pela queda nas receitas e com dificuldades para cumprir as metas fiscais deste ano, o governo federal vai engordar a sua arrecadação em R$ 5,3 bilhões até dezembro por meio da transferência de depósitos judiciais para a conta do Tesouro Nacional. Esse dinheiro não é uma receita definitiva. Se refere a valores depositados por contribuintes para discutir judicialmente a cobrança de impostos e contribuições. Isso quer dizer que, se o governo perder essas ações, que ainda não têm decisão final, terá que devolver os recursos. Nesse caso, a "arrecadação" some. Portaria publicada ontem no "Diário Oficial da União" estabelece que a Caixa Econômica Federal repasse ao governo o saldo de depósitos que foram feitos no banco antes de 1998. Em outubro, entrarão R$ 5 bilhões. Em novembro, mais R$ 300 milhões, e, no mês seguinte, os valores que tenham sido identificados pelos bancos. É que o Tesouro terá mais dessa receita à disposição à medida que esses depósitos forem sendo identificados em outras instituições financeiras além da Caixa, públicas e privadas. Não há estimativa do dinheiro que está acumulado em todo o sistema financeiro. (Folha de São Paulo - 20.10.2009) 3
Mercado melhora projeção sobre PIB 4 Mercado eleva para 10,5% previsão sobre juros em 2010 Apesar do
consenso em torno da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do
Banco Central) nessa semana, os economistas ainda divergem em relação
ao momento em que a taxa básica de juros voltará a subir. Amanhã, o BC
deve confirmar a manutenção da taxa Selic no patamar atual, de 8,75% ao
ano. Essa será a penúltima reunião do ano. E há quem acredite que será
também o último encontro sem divergências dentro da diretoria da instituição.
Segundo a pesquisa semanal Focus, realizada pelo BC com cerca de cem analistas,
os juros começarão a subir em julho de 2010. Houve mudança nas previsões
em relação à intensidade do aumento -a expectativa para o final de 2010
subiu de 10,25% para 10,50% ao ano. Os números representam a média das
opiniões do mercado. (Folha de São Paulo - 20.10.2009) O dólar
comercial opera com forte alta na abertura dos negócios nesta terça-feira,
conforme os agentes reagem à decisão do governo de taxar o capital externo
com destino a ações e títulos em 2%. Há pouco, a moeda estava a R$ 1,736
na compra e a R$ 1,738 na venda, valorização de 1,45%. No mercado futuro,
os contratos de novembro negociados na BM & F registravam ganho de 1,07%,
a R$ 1,740. Na segunda-feira, o dólar comercial aumentou 0,29%, a R$ 1,711
na compra e R$ 1,713 na venda. (Valor Online - 20.10.2009)
Internacional 1 Conselho Mundial de Energia: oferta global precisa dobrar até 2050 O desafio
do setor energético nas próximas quatro décadas será imenso: atender à
crescente demanda por energia tendo de dobrar a atual oferta por fontes
e reduzir as emissões de poluentes globais. Até 2050, a população mundial
deverá crescer 40% e chegar a nove bilhões de pessoas. A melhoria da renda
per capita no planeta e a migração de mais de 600 milhões de pessoas ao
longo dos próximos anos do campo para as cidades deverão aumentar a demanda
mundial por energia elétrica e combustíveis. Em paralelo, a preocupação
com as mudanças climáticas deverá se tornar prioridade de governos e iniciativa
privada, que buscarão formas de reduzir a emissão de gees. Todos esses
dados foram tirados de um Estudo do Conselho Mundial de Energia intitulado
"Decididindo o Futuro: Cenários de Política Energética para 2050". Ele
prevê que será necessário dobrar a oferta de energia até 2050 para atender
a essas mudanças. A segunda conclusão importante do trabalho é que existem
suficientes recursos energéticos em todo o mundo para satisfazer a demanda
em alta. (Valor Econômico - 20.10.2009) 2 Conselho Mundial de Energia: desafio é financiar e transportar a energia produzida Uma das
conclusões importantes do Estudo do Conselho Mundial de Energia é que
existem suficientes recursos energéticos em todo o mundo para satisfazer
a demanda em alta. O desafio, alerta o documento, será financiar e transportar
a energia produzida aos centros consumidores, o que exigirá integração
não apenas entre governos mas também do poder público com a iniciativa
privada. O trabalho do Conselho Mundial de Energia aponta quatro visões
distintas. O cenário mais otimista é o do leão, que pressupõe que os governos
e as empresas privadas trabalhem em conjunto para viabilizar soluções.
Isso implicaria acordos internacionais para reduzir as emissões de poluentes
globais, maior integração energética regional e aumento às fontes de energia.
O cenário mais pessimista é o do leopardo, que indica que se governos
e empresas privadas cooperarem pouco, as emissões de gees serão mais elevadas.
(Valor Econômico - 20.10.2009) 3 Criada Confederação Internacional de Reguladores de Energia Foi anunciada segunda-feira, 19 de outubro, em Atenas, na Grécia, a criação da Confederação Internaiconal de Reguladores de Energia (ICER), durante o 4º Fórum Mundial de Regulação em Energia. O objetivo do ICER é proporcionar um quadro de cooperação voluntária entre as agências reguladoras de energia ao redor do mundo, além de melhorar a política pública e sensibilizar os legisladores para a importância da regulação da energia. A confederação também será um lugar para troca de informações e experiências, a fim de contribuir para um planeta sustentável. Para atender a esse objetivo, a confederação vai estabelecer grupos de trabalhos virtuais para realizar a análise conjunta de uma variedade de temas regulatórios e promover intercâmbios de formação e práticas de ensino. Os trabalhos estarão concentrados em torno de quatro áreas chaves: confiabilidade e segurança do abastecimento; o papel das entidades reguladoras em resposta às alterações climáticas; competitividade e acessibilidade; e a independência, as competências, responsabilidades, práticas e formação de reguladores. (CanalEnergia - 19.10.2009) 4
Nuclear adquire importância e deve superar 20% do consumo mundial 5 Bolívia: YPFB recebe US$103,7 mi A empresa
YPFB Transporte receberá US$103,7 milhões, o que permitirá dar o passo
inicial para vários projetos, como a construção do gasoduto Carrasco -
Cochabamba e a ampliação do Gasoducto al Altiplano. O gasoduto GCC contará
com 84 milhões e o resto se destinará. (El Diario - Bolívia - 20.10.2009)
6 Venezuela confirma descoberta de gás da Repsol A descoberta
de gás natural feita em setembro pela Repsol na Venezuela, foi confirmada
pelo governo venezuelano. De acordo com comunicado do Ministério das Comunicações
da Venezuela, a reserva tem 8 trilhões de pés cúbicos de gás. "O período
de testes foi concluído na quinta-feira (15), confirmando a descoberta
de reservas estimadas de 8 trilhões de pés cúbicos de gás", informou o
comunicado. Para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, a descoberta
trata-se do maior "achado de gás da história da Venezuela". "Estamos nos
preparando para que a Venezuela seja um dos líderes no planeta em termos
de reservas comprovadas de gás natural", comemorou Chávez. (Setorial News
- 19.10.2009) 7 Argentina estuda importar gás do Chile Depois de
deixar o Chile sem gás por cinco anos, a Argentina poderia importar o
combustível do país vizinho. Desde o início de sua crise energética, em
2004, que a Argentina deixou de cumprir o contrato de exportação diária
de gás ao Chile, o que provocou uma série de desentendimentos entre os
dois países. Para enfrentar a situação, a presidente chilena Michelle
Bachelet construiu uma regaseificadora de Gás Natural Liquefeito e agora
a presidente Argentina Cristina Kirchner analisa importar esse gás. A
ideia argentina incluiria um acordo também com o Paraguai, que venderia
a energia elétrica excedente à Argentina e ao Chile. O aproveitamento
da infraestrutura entre os três países é considerada a verdadeira integração
energética. (Jornal do Commercio - 20.10.2009) 8 SN Power fecha contratação de 168 MW de hidrelétrica no Peru A SN Power
venceu uma licitação promovida pelo governo do Peru para fornecimento
de energia ao Serviço Público de Eletricidade do país. Segundo a empresa,
a hidrelétrica de Cheves fechou contratação de 168 MW com distribuidoras
do país, O empreendimento situa-se na região da capital, Lima, e deve
ser concluída até 2014. A companhia pretende obter portfólio de 4 mil
MW nos países onde atua, entre eles o Brasil - com projetos eólicos e
hidrelétricos nos mercados livre e regulado. (CanalEnergia - 19.10.2009)
9 Equador: planta hidrelétrica de São Francisco interrompe operações A hidrelétrica
equatoriana de São Francisco se prepara para sair de operação, totalmente,
no final deste mês. A razão é para que toda a central seja submetida a
uma segunda operação de reparo para remediar danos. Por esse motivo, o
país terá um déficit de 212 MW durante dois meses e 10 dias e a planta
voltará a entrar em funcionamento nos primeiros dias de janeiro de 2010.
A reparação se dará na impermeabilização das paredes, a fim de impedir
o fluxo de água para as áreas adjacentes. O investimento está cotado em
US$ 6 milhões e há ainda de se considerar o lucro que a empresa deixará
de ter com a interrupção da operação: a Controladoria do Estado determinou
que cada dia que a empresa não está em operação custará US$ 200 mil aos
cofres públicos. (Expreso - Equador - 20.10.2009) 10 Adu Dhabi investe em cidade 100% sustentável A cidade
ecológica de Masdar, localizada em Adu Dhabi, o maior dos sete emirados
nos Emirados Árabes, é um projeto de US$ 22 bilhões e está sendo bancada
pela Abu Dhabi Future Energy Company e é planejada e projetada em grande
parte pela Foster & Partners. Ela ocupará 6 milhões de metros quadrados
e será construída para abrigar 50.000 moradores e ser autossustentável
de todas as maneiras concebíveis: será a primeira cidade do mundo com
emissão zero de carbono, vai gerar toda sua energia a partir de um misto
de energia solar e eólica (e espera exportar o excedente) e vai reciclar
todo o seu lixo e água. Masdar é também a sede interina da Agência Internacional
de Energias Renováveis e seu primeiro ocupante, o Masdar Institute, uma
joint venture com o MIT é a primeira universidade dedicada às fontes alternativas
de energia e à sustentabilidade. Masdar tem o potencial de se transformar
em um lugar real até a data de conclusão, prevista para 2016. (Valor Econômico
- 20.10.2009) 11 Uma ilha movida à energia renovável Samsø, NA
Dinamarca, é a primeira ilha do mundo a alegar independência energética
e dizer que funciona com 100% de energia renovável. Toda a eletricidade
da ilha é produzida por 11 turbinas eólicas de 1 MW espalhadas em três
pontos diferentes do território. Mais de 70% do aquecimento das casas
e da água vêm de quatro usinas movidas a palha e lascas de madeira, e
muitas casas têm painéis de energia solar no teto. Por este artifício
eles alegam ter cortado em 140% as emissões de CO2 de Samsø. Esta espécie
de safári energético tende a crescer em dezembro, quando o governo dinamarquês
organiza a CoP-15, a conferência do clima das Nações Unidas, e deve fazer
da ilha seu show-room de energias renováveis. O país já tem 27% de sua
eletricidade produzida por fontes renováveis e facilmente deve atingir
a meta de ter pelo menos 30% de sua matriz energética vinda de fontes
limpas em 2025. O cardápio inclui vento, lixo, biomassa, geotérmica e
sol. (Valor Econômico - 20.10.2009)
Biblioteca Virtual do SEE 1 EDITORIAL. "A Aneel nada fez". Folha de São Paulo. São Paulo, 20 de outubro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 COLASUONNO, Miguel. "Eletrobrás e crescimento regional". Diário Comércio Indústria & Serviço. São Paulo, 19 de outubro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 3 CYRINO, Antônio Carlos. "Horário de Verão e meio ambiente". CanalEnergia. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 4 LUDMER, Paulo. "Sobra Gás e falta estratégia". CanalEnergia. Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2009. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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