l

IFE: nº 2.596 - 14 de outubro de 2009
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: estudo aponta problemas com o excesso de oferta
2 GESEL: mudança nos leilões de energia térmica
3 Diretor-geral paraguaio de Itaipu otimista
4 Ibama investiga Belo Monte
5 Painel de especialistas critica estudo ambiental de Belo Monte
6 Belo Monte: omissões podem resultar em equívoco
7 Estreito: Ceste não participa de audiência pública para debater indenizações, diz MPF
8 Aneel determina que CCEE não penalize duas usinas autoprodutoras
9 Setor elétrico atinge 95,4% de automação
10 Hidrelétricas iniciam testes de unidades que totalizam 98,6 MW
11 Comissão da Câmara aprova projeto de lei que prevê gratuidade para medidores

Empresas
1 CPFL Energia ainda estuda projeto de Belo Monte
2 Neoenergia: participação em Belo Monte ainda está sendo avaliada
3 CPFL e Neoenergia negam parceria
4 Odebrecht quer Brasiliana e Duke Energy
5 STJ suspende liminar que impedia Celpe de realizar corte de energia em município
6 Revisão tarifária: Light tem reposicionamento tarifário definitivo de 2,06%
7 Rede Energia perde R$ 55 mi
8 CTEEP investe R$ 32 mi em obras

9 BTG investe em empresa de energia

10 CPI das Tarifas realiza audiência com presidente do Grupo AES-Eletropaulo

Leilões
1 Aneel homologa resultado do leilão A-3
2 Aneel delega à CCEE operacionalização do leilão de Belo Monte
3 Instaurada audiência pública para aprovação do edital do leilão A-5

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Horário de verão quer reduzir até 5% o consumo de energia
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 69,16%
3 Sul: nível dos reservatórios está em 95,42%

4 NE apresenta 65,67% de capacidade armazenada

5 Norte tem 49,85% da capacidade de armazenamento


Meio Ambiente
1 Minc sugere estabilizar gases do efeito estufa

Bioeletricidade e Eólica
1 ''PIB'' das usinas sucroaçucaleiras equivale ao total do Uruguai
2 Nova unidade no Mato Grosso do Sul
3 Governo: empenho em melhorar o aproveitamento da geração eólica

4 LI para eólica Jaguarão

Gás e Termelétricas
1 Embaixador defende estímulo à energia limpa mesmo com descoberta do pré-sal
2 Angra 1 sai de operação para manutenção

Grandes Consumidores
1 BNDES negocia uma siderúrgica no Brasil com empresários japoneses

Economia Brasileira
1 Balança comercial aponta importação em queda
2 Tesouro vai injetar R$ 6 bi na Caixa

3 Mercado já prevê alta dos juros em julho
4 FGTS tem menor rendimento da história
5 Fiesp prevê alta de 12% na exportação
6 Analistas melhoram projeção de crescimento do PIB em 2009 e 2010
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Maiores operadores de sistemas elétricos estudam referências mundiais de desempenho
2 Venezuela: protestos por ineficácia do sistema
3 Uruguai: SN Power venderá energia ao Estado
4 Cabo Verde vai ter quatro parques eólicos
5 Rússia exportará gás para a China

6 Bolívia: seminário de energia renovável

Biblioteca Virtual do SEE
1 CASTRO, Nivalde J. de; TIMPONI, Raul. "O gás natural no setor elétrico brasileiro: a superação de entraves contratuais". IFE no 2.596. Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2009.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: estudo aponta problemas com o excesso de oferta

O marco regulatório do setor elétrico deve alterar as formas de contratação de usinas térmicas a gás natural para dar vazão ao volume extra que deverá chegar ao mercado nos próximos anos, após a entrada em operação do pré-sal. Essa é a conclusão de análise detalhada sobre o setor de gás, preparado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ. "Da maneira como está, não há lógica para que as usinas térmicas sejam priorizadas em leilão", disse o professor Nivalde Castro, coordenador do estudo. Ele defende que a principal mudança deve ocorrer na forma de contrato, que passaria a ser de quantidade e não mais de disponibilidade como é atualmente. Pelo modelo em vigor, a Petrobrás se compromete a deixar disponível um volume predeterminado para ser utilizado nas térmicas caso elas sejam despachadas. Se não forem, esse gás tem de ter outra destinação ou mesmo ser queimado, já que não há como estocá-lo ou mesmo deixar de produzi-lo. No Brasil, a maior parte de gás produzido é associado ao petróleo. Para suspender sua produção, seria necessário também suspender a produção de óleo. "Qual o interesse de um investidor de ofertar uma usina térmica a gás, que ele não sabe quando vai gerar, por quanto tempo e se vai gerar um dia. Não tem porquê. É mais garantido ofertar uma usina a óleo, mais poluente, mas que tem como ser estocado", disse, lembrando que pela proposta de contrato por quantidade, haveria geração constante de energia a gás, mesmo que em menores quantidades. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

2 GESEL: mudança nos leilões de energia térmica

A ideia, defende o professor Nivalde Castro, coordenador do estudo preparado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), UFRJ, é que sejam feitos leilões de energia térmica no curto prazo, a exemplo do que a Petrobrás faz hoje com o próprio gás junto ao mercado industrial. "É uma forma de criar mercado e reduzir essa enorme sobra", disse. Este ano, a queima de gás natural atingiu uma média diária de 9,8 milhões de metros cúbicos, após bater no pico de 13,5 milhões de metros cúbicos. Além disso, reduziu a importação da Bolívia e suspendeu a produção de gás em campos sem associação ao óleo. "Este é um ano excepcional, com muitas chuvas, em que as usinas hidrelétricas estão vertendo água. É preciso um tipo de contrato flexível, que permita à Petrobrás comercializar esse gás, sem deixá-la engessada. Mas para isso é preciso um maior planejamento", disse o professor. (O Estado de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

3 Diretor-geral paraguaio de Itaipu otimista

O diretor-geral paraguaio de Itaipu, Carlos Mateo Balmelli, reafirmou seu otimismo no que diz respeito a que as notas reversíveis que formalizarão o acordo sobre as novas condições de exploração da hidrelétrica terá de ser aprovado pelo Congresso paraguaio e brasileiro. "Então, depois da minha última viagem e minha palestra na FIESP e da Federação Brasileira das Indústrias, creio que há um consenso cada dia maior nas forças sociais, econômicas e políticas do Brasil ao acordo Lugo-Lula ", disse ele ontem, depois de ter sido recebido em audiência pelo presidente Fernando Lugo. "Eu dei relatórios administrativos ao presidente (Lugo), como o de (Fundação) Tesãi, no que diz respeito também a qualquer outra que se prende com a execução do orçamento, como estamos a conseguir um superávit de novo. O que era esperado, apenas $ 50 milhões vai ser superavitária em relação ao custo para investir no plano sócio-ambiental; $ 15 milhões mais do que foi planejado dentro do orçamento", afirmou Mateo Balmelli. (La Nación - Paraguai - 14.10.2009)

<topo>

4 Ibama investiga Belo Monte

O presidente do Ibama, Roberto Messias, determinou uma análise rigorosa do relatório - elaborado por 42 especialistas - que apontou graves falhas nos estudos de impacto ambiental (EIA/Rima) e de viabilidade econômica da hidrelétrica de Belo Monte, PA. O gerente da CNEC Engenharia, empresa responsável pela elaboração do estudo, Carlos Moya, disse que não pode comentar o conteúdo do relatório porque ainda não o recebeu oficialmente. De acordo com o documento redigido por acadêmicos de universidades como USP, UFPA e Unicamp, o EIA/Rima apresentado ao governo federal tem o único objetivo de construir a usina a qualquer custo. "O governo diz que fez o projeto para não inundar as terras indígenas, mas neste caso, o desvio de mais de 80% da vazão do rio repercute diretamente sobre as populações indígenas. Estas, protegidas por garantias de direitos na constituição brasileira, sequer estão consideradas entre os 'diretamente atingidos' pelo projeto", constata o relatório. (BrasilEnergia - 13.10.2009)

<topo>

5 Painel de especialistas critica estudo ambiental de Belo Monte

Um painel de 42 especialistas lançou um documento no qual mostra que o Estudo de Impacto Ambiental da hidrelétrica de Belo Monte, prevista para ser leiloada no último bimestre deste ano, pode ter subestimado os reais impactos do projeto na região. Entitulado "Painel de Especialistas: Análise Crítica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte", o estudo foi entregue ao Ibama e ao MPF de Altamira no dia 1º de outubro. O Ibama estima conceder a LP ambiental do empreendimento até o dia 26 de outubro. Mas os especialistas, apoiados por seis ONGs, discordam do governo sobre os benefícios da hidrelétrica. "A leitura do EIA evidencia uma linha clara de enaltecimento da obra proposta, baseado no ocultamento das graves consequências e no remendo técnico do antigo projeto", afirmam os especialistas no resumo executivo do documento. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

6 Belo Monte: omissões podem resultar em equívoco

O "Painel de Especialistas: Análise Crítica do Estudo de Impacto Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte", entregue ao Ibama e ao MPF de Altamira no dia 1º de outubro, aponta diversas falhas em Belo Monte, sendo uma delas o número de pessoas afetadas e as migrações, que poderiam gerar um "caos social". Os especialistas apontam como um dos aspectos mais sensíveis do projeto o seccionamento do rio Xingu na ilha Pimental, o que deixaria três quartos da Volta Grande com a vazão "drasticamente reduzida" a um mínimo de 700 m³/s. O especialista Jorge Molina Carpio, hidrólogo, aponta o que considera omissões severas no EIA, como a inexistência de simulação e avaliação dos níveis de água a jusante da barragem Pimental. Para os especialistas, a obra é um "grave equívoco, cujo o custo ainda é desconhecido". A usina, apesar da grande capacidade instalada, terá uma energia assegurada de 4.400 MW médios, chegando a produzir cerca de 1 mil MW nos meses mais secos. O governo estima que a obra custe R$ 16 bilhões, mas o setor privado prevê custos maiores entre R$ 20 e 30 bilhões. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

7 Estreito: Ceste não participa de audiência pública para debater indenizações, diz MPF

O Ceste não participou de audiência pública, coordenada pelos procuradores da República no Tocantins, Álvaro Manzano, e no município de Imperatriz (MA), Pedro Henrique Castelo Branco, para debater indenizações aos impactados pela hidrelétrica de Estreito (TO/MA - 1.087 MW). A audiência, que aconteceu na última sexta-feira, ouviu as demandas das comunidades locais relativas às compensações de cerca de 50 mil famílias impactadas pela formação do lago da usina. Após seis horas de reunião, ficou decidido que uma nova audiência pública será realizada na Câmara de Vereadores de Carolina (MA) no dia 20 de novembro. Até lá, o MPF vai agendar uma reunião em Brasília com a presença da diretoria de licenciamento do Ibama, de representantes do Ceste e do Movimento pelo Atingidos por Barragens. O objetivo da reunião, segundo o MPF, é estabelecer mecanismos de negociação entre o consórcio e os impactados. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

8 Aneel determina que CCEE não penalize duas usinas autoprodutoras

Os empreendimentos Usina Itamarati e Coteminas não deverão ser penalizadas pela CCEE. A decisão da diretoria da Aneel, amparada pela resolução normativa 341/2008, que aprovou as Regras de Comercialização de Energia Elétrica, versão 2009, permite que o lastro de venda de energia dos autoprodutores seja composto também por geração de terceiros, por meio dos contratos de compra de energia. Antes da resolução, os autoprodutores não podiam utilizar energia de terceiros através desses contratos para formação de lastro, sendo permitida apenas a geração própria. A Aneel determinou a aplicação retroativa da resolução, eliminando as penas impostas pela CCEE. (CanalEnergia - 13.10.2009)


<topo>

9 Setor elétrico atinge 95,4% de automação

O setor elétrico brasileiro atingiu, em setembro, o índice de 95,4% de automação dos seus pontos de medição. Dos 5.123 pontos mapeados atualmente, 4.888 já possuem coleta automática dos dados de medição utilizados na contabilização mensal do MCP. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela CCEE. "Chegar a este percentual é um marco na operação comercial do setor elétrico, que ganha maior transparência, confiabilidade e precisão dos dados de medição, além de maior celeridade", afirma o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado. A adequação do mercado ao sistema representou um investimento total, pelos agentes, de cerca de R$ 140 milhões nos últimos 14 meses. Foram 1.067 pontos de medição e 2.208 medidores cadastrados entre julho de 2008 e setembro de 2009, resultado de um mutirão de grandes dimensões. Ainda de acordo com Machado, a automatização permitirá à CCEE substituir os relatórios de apuração mensal da medição por relatórios semanais, o que possibiltará uma melhor gestão do processo. (Setorial News - 13.10.2009)

<topo>

10 Hidrelétricas iniciam testes de unidades que totalizam 98,6 MW

A Aneel autorizou o início da operação em teste de duas hidrelétricas. A UHE Salto Pilão recebeu autorização para testar a unidade geradora 1, de 91,1 MW. Localizado nos municípios de Lontras, Apiúna e Ibirama, em Santa Catarina, o empreendimento pertence ao Consórcio Empresarial Salto Pilão. A Castelo Energética também teve a unidade geradora 3 da hidrelétrica Rio Bonito aprovada para teste. A turbina tem 7,5 MW e a usina está instalada no município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo. Ambas as companhias terão prazo de 60 dias para envio de relatório confirmando ou corrigindo a potência das unidades. As informações foram publicadas no DOU da última sexta-feira, 9 de outubro. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

11 Comissão da Câmara aprova projeto de lei que prevê gratuidade para medidores

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou proposta que obriga distribuidoras a oferecer e instalar gratuitamente medidores de consumo. A medida consta no Projeto de Lei 6.834/06, do deputado Betinho Rosado (PFL-RN), que, entre outros objetivos, visa à proibição da cobrança da instalação desses equipamentos em áreas rurais. O projeto foi aprovado na semana passada pela Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público e tramita em caráter conclusivo. A próxima etapa será a análise pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O relator do processo é o deputado Átila Lira (PSB-PI). O projeto vale também para concessionárias de outros serviços públicos, como fornecedoras de água. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

 

Empresas

1 CPFL Energia ainda estuda projeto de Belo Monte

A CPFL Energia informou que ainda está realizando estudos preliminares para a melhor avaliação de eventual participação no leilão de Belo Monte, previsto para o último trimestre do ano. Em comunicado enviado ao mercado, a companhia negou que já tenha formado um consórcio com a Neoenergia e a Vale, conforme havia sido anunciado pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. "A companhia analisa de forma rotineira e constante as oportunidades de investimento para a expansão de suas atividades no setor em que atua, inclusive por meio de parcerias com outros participantes desse mercado", afirmou a empresa. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

2 Neoenergia: participação em Belo Monte ainda está sendo avaliada

A Neoenergia afirmou, em comunicado, que assim como diversos outros players do mercado, ainda está avaliando sua participação no projeto da hidrelétrica de Belo Monte. Segundo a nota, a companhia ainda está "entabulando tratativas preliminares com diversos outros atores econômicos setoriais buscando alternativas de participação no projeto que podem ou não considerar uma participação individual ou em conjunto com outros grupos". O comunicado informou ainda que a Neoenergia não celebrou com nenhum outro grupo qualquer documento preliminar para participação no projeto da usina. A Previ afirmou, na semana passada, que está costurando um consórcio formado por Neoenergia, CPFL Energia e a mineradora Vale, nas quais têm importante participação acionária. As empresas teriam 51% do consórcio com a Eletrobrás, ficando com 49%.(CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

3 CPFL e Neoenergia negam parceria

O Grupo Neoenergia e a CPFL negaram nesta terça-feira (13/10) que tenham celebrado qualquer convênio para disputar o leilão da hidrelétrica de Belo Monte. As empresas adimitiram em comunicado, no entanto, que estão apenas realizando estudos preliminares de viabilidade. Os dois comunicados foram enviados no mesmo dia. As energéticas tiveram que esclarecer à CVM as informações a respeito da possível composição de um consórcio entre a Neoenergia, a CPFL e a Vale. Na ocasião, o presidente da Previ, Sérgio Rosa, disse que a Vale, a CPFL e a Neoenergia estariam costurando a formação de um consórcio para disputar o leilão. A Previ faz parte do bloco de controle das três companhias. (BrasilEnergia - 13.10.2009)

<topo>

4 Odebrecht quer Brasiliana e Duke Energy

O grupo Odebrecht está disposto a ter uma participação mais ativa no setor elétrico brasileiro. Segundo fonte do mercado, a companhia demonstra interesse em dois ativos: a Brasiliana e a americana Duke Energy. Diante da ofensiva da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez sobre operadoras tradicionais do mercado, a estratégia da Odebrecht tem como objetivo garantir melhor posicionamento do grupo no setor elétrico, permitindo a participação nos futuros projetos de expansão. Seja qual for o veículo que a Odebrecht use para ingressar no setor elétrico, a companhia precisará se posicionar no mercado sob o risco de ser deixada para trás por suas principais concorrentes e de não participar dos futuros projetos estruturantes de energia. (Jornal do Commercio - 14.10.2009)

<topo>

5 STJ suspende liminar que impedia Celpe de realizar corte de energia em município

O STJ autorizou nesta terça-feira, 13 de outubro, o corte de fornecimento de energia elétrica do município de São Lourenço da Mata, PE, excetuando os prédios em que se localizam postos de saúde, hospitais e escolas públicas, bem como a iluminação de ruas. O STJ suspendeu uma liminar da justiça estadual que impedia a Celpe de realizar o corte ante a suspensão do pagamento de uma dívida que chega a R$ 9 milhões. O ministro do STJ, Cesar Rocha, entendeu que a liminar poderia causar lesão à ordem e à economia públicas, especialmente considerando seu efeito multiplicador e o possível estímulo à inadimplência. A Celpe afirma que, desde 2004, por força de liminares, o município tem se negado a pagar faturas de energia elétrica. Um instrumento de confissão de dívida firmado em 2008 com a Celpe, no qual foram reconhecidos os débitos. No entanto, o município ingressou com ação para suspender os efeitos do instrumento de confissão de dívida, sem prejuízo do fornecimento de energia elétrica. Em primeiro grau, foi dada liminar neste sentido. A Celpe ainda recorreu contra a liminar ao TJPE, mas não teve êxito. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

6 Revisão tarifária: Light tem reposicionamento tarifário definitivo de 2,06%

A Aneel aprovou nesta terça-feira, 13 de outubro, o resultado definitivo da segunda revisão tarifária periódica da Light (RJ). A diretoria estabeleceu o reposicionamento tarifário de 2,06% a ser aplicado nas tarifas no período de 7 de novembro de 2008 a 6 de outubro de 2009. Foi homologado ainda o componente Xe do Fator X de 0%, nos reajustes anuais de 2009 a 2012, e estabelecido o valor de R$ 1,819 bilhão para investimentos da companhia no período 2008-2013. A Aneel determinou ainda um referencial regulatório para perdas de energia no período 2008-2013. Foi estabelecido o índice de 5,61% para perdas técnicas e, para perdas não técnicas, foi estabelecida uma trajetória de redução de 38,98% para 31,82%.(CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

7 Rede Energia perde R$ 55 mi

O grupo Rede Energia teve um prejuízo de R$ 55,6 milhões entre janeiro e setembro deste ano, informou a empresa em comunicado nesta terça-feira (13/10). O resultado do terceiro trimestre, no entanto, foi positivo com um lucro de R$ 39,5 milhões, ante um resultado negativo em 2008 de R$ 248,893 milhões. A receita líquida da companhia passou de R$ 2,706 bilhões entre janeiro e setembro de 2008 para R$ 3,751 bilhões em igual período de 2009. No resultado trimestral, a receita líquida foi de R$ 1,003 bilhão em 2008, contra os R$ 1,323 bilhão registrados neste ano. A receita bruta do grupo fechou em R$ 5,605 bilhões nos últimos nove meses do ano, contra os R$ 4,166 bilhões registrados em igual período de 2008. Já no terceiro trimestre, a receita bruta ficou em R$ 1,979 bilhão, ante os R$ 1,550 bilhão verificados no ano anterior. (BrasilEnergia - 13.10.2009)

<topo>

8 CTEEP investe R$ 32 mi em obras

A CTEEP investiu R$ 32 milhões, no terceiro trimestre deste ano, e energizou 12 projetos envolvendo 10 subestações distribuídas pela capital e interior paulista. As obras reforçaram o sistema da CTEEP, com a instalação de novas conexões e substituição de equipamentos cuja capacidade estavam superadas. (DCI - 14.10.2009)

<topo>

9 BTG investe em empresa de energia

O BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, adquiriu 23,07% da Ersa, por R$ 300 milhões. A operação se deu por emissão de 163.419.877 ações ordinárias da Ersa subscritas pelo fundo de investimento em participações Brasil Energia, gerido pelo BTG Pactual. A Ersa foca em energia renovável, com usinas de pequeno e médio porte. (Folha de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

10 CPI das Tarifas realiza audiência com presidente do Grupo AES-Eletropaulo

A CPI das Tarifas de Energia Elétrica, presidida pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), vai realizar, nesta quarta-feira, audiência pública com o diretor-presidente das empresas do Grupo AES-Eletropaulo, Britaldo Soares. Quer esclarecimentos sobre as tarifas cobradas dos consumidores paulistas. (Jornal do Commercio - 14.10.2009)

<topo>

 

Leilões

1 Aneel homologa resultado do leilão A-3

A Aneel adjudicou o resultado do leilão A-3, realizado no dia 27 de agosto. Em reunião nesta terça-feira, 13 de outubro, a diretoria da agência confirmou os empreendimentos vendedores, que foram a PCH Rio Bonito (ampliação), da Castelo Energética, e a térmica Codora, da Codora Energia. A energia negociada pelas duas vendedoras foi rateada entre oito distribuidoras: Celg-D (GO); CPFL Paulista (SP); CPFL Piratininga (SP); Elektro (SP); Eletroacre (AC); Energisa Sergipe; Manaus Energia (AM); e RGE (RS). De acordo com o diretor Romeu Donizete Rufino, relator do processo, a comissão constatou que toda a documentação encaminhada pelas vendedoras estava adequada. A Aneel também determinou à Comissão Especial de Licitação o encaminhamento de cópia do relatório da análise da documentação de habilitação à Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira para análise da irregularidade apresentada pela Celg-D, que encontra-se inadimplente. A energia total negociada no leilão, entre as duas usinas vendedoras e as distribuidoras compradoras, somará 1.577,9 GWh, a um valor totalde R$ 228,014 milhões. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

2 Aneel delega à CCEE operacionalização do leilão de Belo Monte

A Aneel delegou à CCEE, durante reunião da diretoria, que aconteceu nesta terça-feira, 13 de outubro, a operacionalização do leilão da hidrelétrica de Belo Monte, que deverá ocorrer ainda este ano. Segundo o diretor-relator do processo, Romeu Donizete Rufino, a Comissão Especial de Licitação recomendou que se mantivesse para o certame as mesmas diretrizes dos leilões das usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Também ficou decidido que o leilão ocorrerá em Brasília.Além de ficar responsável pela operacionalização do leilão, caberá à CCEEE a contratação de agente custodiante, que exerça a atividade em São Paulo e Brasília. O órgão ainda deverá executar todas as atividades de controle de entrega e liberação das garantias, assim como elaborar um relatório com as estimativas de despesas do leilão. Após a realização do certame, a CCEE também será responsável por enviar relatório com as efetivas despesas. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

3 Instaurada audiência pública para aprovação do edital do leilão A-5

A diretoria da Aneel aprovou nesta terça-feira, 13 de outubro, a instauração de audiência pública somente por intercâmbio documental para o leilão A-5, previsto para acontecer no dia 17 de dezembro. O período estabelecido para a audiência pública vai de 15 a 29 de outubro e tem o objetivo de colher subsídios para a aprovação do edital do leilão n° 08/2009 e seus anexos. De acordo com as diretrizes do leilão, o CVU das Termelétricas ficou limitado em R$ 200/MWh. A energia proveniente de PCHs e de usinas hidrelétricas será objeto de contratação do Ambiente Regulado na modalidade por quantidade de energia com prazo de duração de 30 anos, enquanto a energia proveniente de outras fontes terá prazo de 15 anos. O início de suprimento será a partir de 1º de janeiro de 2014. O leilão será realizado com inversão da ordem de fases. Além disso, o edital estabelece que as proponentes deverão recolher garantia de proposta no valor correspondente a 1% do valor do investimento estimado pela EPE. As compradoras recolherão garantia financeira no valor correspondente a R$ 2 mil por lote (1 MW médio) demandado ao MME.As garantias de participação deverão vigorar por até cinco dias úteis após a data estimada para aporte das garantias de fiel cumprimento. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Horário de verão quer reduzir até 5% o consumo de energia

O horário de verão este ano pretende reduzir entre 4% e 5% a demanda de energia elétrica no país o que significa uma economia de 1.800 MW nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e 500 MW na região Sul. Segundo Hermes Chipp, diretor geral do ONS, com um período de chuva abundante as usinas hidrelétricas estão abastecidas. Portanto, o importante não é a economia de energia, mas a redução de demanda no horário de pico. A Rede Cemat, distribuidora de energia em Mato Grosso, divulgará na sexta-feira (16) uma estimativa de quanto será a economia no estado. Este ano é a segunda vez que é adotada uma data fixa para o horário de verão que tem que começar a partir da zero hora do terceiro domingo de outubro e durar até a zero hora do terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. (Gazeta Digital - 14.10.2009)

<topo>

2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 69,16%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 69,16%, apresentando queda de 0,07% em relação à medição do dia 10 de outubro. A usina de Furnas atinge 83,63% de volume de capacidade. (ONS - 14.10.2009)

<topo>

3 Sul: nível dos reservatórios está em 95,42%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 1,29% estável em relação à medição do dia 10 de outubro, com 95,42% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 95,65% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 14.10.2009)

<topo>

4 NE apresenta 65,67% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,88% em relação à medição do dia 10 de outubro, o Nordeste está com 65,67% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 63,49% de volume de capacidade. (ONS - 14.10.2009)

<topo>

5 Norte tem 49,85% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 49,85%, apresentando queda de 0,88% em relação à medição do dia 10 de outubro. A usina de Tucuruí opera com 33,75% do volume de armazenamento. (ONS - 14.10.2009)

<topo>

 

Meio Ambiente

1 Minc sugere estabilizar gases do efeito estufa

O Brasil pode chegar a 2020 com os mesmos índices de emissão de gases de efeito estufa medidos em 2005 sem comprometer a meta de crescimento econômico de 4% ao ano. A conta é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que apresentou ontem ao presidente Lula a proposta da pasta a ser defendida pelo Brasil na reunião da ONU, em dezembro, em Copenhague. Minc aposta na redução do desmatamento, no combate à desertificação, no uso de etanol e de biocombustíveis e no estímulo ao uso de carvão vegetal para reduzir a curva de crescimento e estabilizar as emissões. O esforço, no entanto, depende de recursos internacionais. A convenção da ONU sobre mudanças climáticas prevê que países ricos financiem ações de redução nas nações em desenvolvimento, mas o mecanismo de repasse e os valores ainda não estão definidos. Pelos cálculos de Minc, seriam necessários cerca de US$ 10 bilhões por ano. A ministra Dilma Rousseff pediu que a proposta do país considere outros cenários de crescimento do PIB: de 5% e 6%. (DCI - 14.10.2009)

<topo>

 

Bioeletricidade e Eólica

1 ''PIB'' das usinas sucroaçucaleiras equivale ao total do Uruguai

Os elevados investimentos feitos nas últimas décadas fizeram do setor sucroenergético uma das mais poderosas indústrias do Brasil. No ano passado, o PIB do segmento ficou na casa dos US$ 28 bilhões, valor equivalente à economia do Uruguai ou 1,5% do PIB nacional. Os dados fazem parte de um estudo inédito feito pelo Centro de Pesquisa e Projetos em Marketing e Estratégia (Markestrat), da USP. O trabalho, intitulado Mapeamento e Quantificação do Setor Sucroenergético, faz um retrato da indústria da cana-de-açúcar no País e os negócios que ela cria em toda cadeia de produção, desde os insumos até o consumidor final. Um dos dados mais expressivos foi o da movimentação financeira de toda cadeia produtiva, que somou US$ 86,83 bilhões. Desse total, 23% referem-se aos insumos agrícolas e à produção de cana de açúcar. (O Estado de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

2 Nova unidade no Mato Grosso do Sul

A ETH Bioenergia inicia hoje a operação da unidade Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul (MS). A quarta usina em operação do braço sucroalcooleiro da Odebrecht tem capacidade inicial de moagem de 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra e será a maior produtora de etanol e energia elétrica do Mato Grosso do Sul. Além da Unidade Santa Luzia, a ETH Bioenergia tem mais dois projetos "greenfields" de igual capacidade instalada de moagem: a unidade Rio Claro, em Caçu (GO), que iniciou as operações em agosto, e a Conquista do Pontal, em Mirante do Paranapanema (SP), prevista para ser inaugurada ainda em outubroAs novas unidades da ETH Bioenergia também serão cogeradoras de energia elétrica com uma capacidade de produzir 130 MW a partir de 2012. (Jornal do Commercio - 14.10.2009)

<topo>

3 Governo: empenho em melhorar o aproveitamento da geração eólica

O governo afirma estar empenhado em melhorar o aproveitamento da geração eólica e marcou para 25 de novembro o primeiro leilão para compra de energia eólica. Essa é uma das medidas concretas que o Executivo toma a partir das diretrizes do Plano Nacional sobre Mudança no Clima, que foi criticado por organizações ambientalistas por se limitar a descrever programas de governo na área de energias alternativas e eficiência energética. Para Mario Veiga, presidente da consultoria PSR, o Brasil deve continuar investindo nas fontes renováveis que se apresentem como as mais econômicas em cada momento. Mas, por enquanto, não há perspectiva de que a vantagem das hidrelétricas se altere. "O mundo inteiro está investindo em eólica, então podemos esperar o preço cair para inserir mais essa fonte no Brasil. Quando os potenciais hidráulicos mais baratos estiverem esgotados, vai ficar mais caro construir e, ao mesmo tempo, as eólicas estarão com baixo custo", prevê. Carlos Rittl, coordenador do Programa de Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil considera questionável o discurso de que a energia hoje não é competitiva, na medida em que existem muitas dificuldades de regulamentação do setor e também subsídios oferecidos a outras fontes, como a nuclear. (Valor Econômico - 14.10.2009)

<topo>

4 LI para eólica Jaguarão

O Ibama emitiu licença de instalação do parque eólico Jaguarão (50,15 MW), que será implantado no município homônimo, no Rio Grande do Sul. Os analistas do instituto estabeleceram a poligonal da usina mais distante possível do Rio Jaguarão por ser uma área de movimentação de aves. De acordo com o órgão ambiental, o monitoramento será rigoroso para toda avifauna e morcegos e vai se estender após a licença de operação. A LI concedida à espanhola Gamesa - responsável pelo empreendimento - será válida por três anos, desde que sejam cumpridas as 21 condicionantes estabelecidas no processo. (BrasilEnergia - 13.10.2009)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Embaixador defende estímulo à energia limpa mesmo com descoberta do pré-sal

O embaixador extraordinário para a Mudança do Clima, Sérgio Barbosa Serra, defendeu que o país tenha em sua agenda energética programas que levem em conta matrizes energéticas limpas mesmo com a exploração de petróleo da camada pré-sal. "Não podemos cair em tentação e reverter os avanços que conseguimos por causa do pré-sal. O programa do álcool, por exemplo, não pode ser sucateado", afirmou o embaixador. O embaixador ressaltou que a descoberta de uma nova fonte de recursos não precisa ser sinônimo de descompromisso com o meio ambiente. Para ele, o mundo não tem preocupação quanto à exploração do pré-sal porque o Brasil é bem visto no cenário internacional no quesito meio ambiente. (Agência Brasil - 13.10.2009)

<topo>

2 Angra 1 sai de operação para manutenção

Após uma parada programada de manutenção, realizada no último domingo (11), a usina de Angra 1, localizada na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, deve retornar ao Sistema Elétrico Nacional na próxima sexta-feira (16). Segundo a Eletronuclear, o objetivo da manutenção é realizar uma inspeção mais detalhada e efetuar ajustes na selagem de óleo, necessários ao bom funcionamento de seu gerador elétrico principal. O gerador elétrico é o equipamento responsável pela transformação da energia produzida pelo movimento das turbinas em eletricidade e não tem contato com os equipamentos nucleares da usina. A inspeção e os ajustes serão realizados pelos próprios empregados da Eletronuclear. (Setorial News - 13.10.2009)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 BNDES negocia uma siderúrgica no Brasil com empresários japoneses

O governo negocia com empresários japoneses a instalação de uma siderúrgica, segundo Luciano Coutinho, presidente do BNDES. O novo governo do Japão é muito rigoroso em matéria ambiental e não quer permitir novas siderúrgicas naquele país, diz Coutinho, que já havia manifestado interesse em ver mais investimentos na área. "Nossa proposta é fazer a siderúrgica no Brasil e deixar apenas a última etapa de produção no Japão", afirmou Coutinho, animado com o que viu em Istambul, na Turquia, durante a reunião do FMI, na semana passada. "Foi uma avalanche de interessados em investir no Brasil", definiu o presidente do BNDES. O interesse no Brasil já se tornou rotineiro, mas, neste ano, os fundos soberanos, de asiáticos, de países produtores de petróleo destacaram-se. (Folha de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Balança comercial aponta importação em queda

A balança comercial nas duas primeiras semanas de outubro acumulou superávit de apenas US$ 776 milhões (US$ 110 milhões por dia útil). Apesar de pequeno, o resultado mostra uma melhor performance das exportações e a queda das importações em relação a setembro. No conjunto, o embarque diário de produtos brasileiros cresceu 3% sobre setembro, enquanto a importação caiu 4,7% na mesma comparação. Em relação ao mesmo período de 2008, a exportação caiu 19%, retração inferior à queda de 25% nas compras efetuadas no exterior. Apesar da recuperação sobre setembro, as exportações da segunda semana de outubro foram piores que as da primeira semana. Entre os dias 5 e 11, a balança comercial fechou com superávit de US$ 361 milhões. As exportações foram de US$ 3,3 bilhões e as importações atingiram US$ 2,971 bilhões. De janeiro até a segunda semana de outubro, a balança acumulou superávit de US$ 22 bilhões. (Valor Econômico - 14.10.2009)

<topo>

2 Tesouro vai injetar R$ 6 bi na Caixa

Depois de repassar recursos para garantir empréstimos do BNDES, o Tesouro Nacional vai dar uma nova ajuda à Caixa Econômica Federal, que receberá R$ 6 bilhões para garantir a oferta de crédito da instituição num momento de retomada do crescimento econômico. A transferência de recursos será feita via medida provisória. Com a arrecadação em queda e sem dinheiro em caixa, a opção do governo para garantir recursos à Caixa foi um contrato de empréstimo de longo prazo com o Tesouro. Na prática, essa solução resolve dois problemas. Pelas regras do BC, a Caixa pode considerar a operação como parte de seu capital e, portanto, incluir esses recursos no cálculo de seus limites de empréstimo. Por outro lado, evita impacto fiscal para o caixa do governo federal. Como se trata formalmente de um empréstimo, os R$ 6 bilhões serão contabilizados como recursos que o Tesouro tem a receber da Caixa. (Folha de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

3 Mercado já prevê alta dos juros em julho

A retomada do crescimento econômico em 2010 vai obrigar o BC a antecipar o processo de aumento da Selic. Essa é a previsão de economistas consultados na pesquisa semanal Focus, realizada pela instituição com cerca de cem analistas. A expectativa agora é que os juros comecem a subir em julho do próximo ano, e não mais em setembro, conforme projetado na semana passada. Com essa antecipação, a previsão para os juros no final de 2010 subiu de 9,75% para 10,25% ao ano. Hoje, está em 8,75% ao ano. A mudança pode ser explicada pela melhora nas previsões de crescimento da economia. Agora, o mercado já prevê um PIB positivo para 2009 e uma expansão de quase 5% para o próximo ano. O próprio relatório Focus desta semana mostra que os economistas continuam apostando em uma inflação abaixo da meta, de 4,29% neste ano e 4,4% em 2010. No final de setembro, o BC sinalizou que o aumento dos gastos do governo é um fator que deve levar a uma taxa mais alta nos próximos dois anos. (Folha de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

4 FGTS tem menor rendimento da história

Depois de registrar o menor rendimento da história neste mês, o saldo das contas dos trabalhadores no FGTS voltará a ter correção mínima em novembro, de 0,2466%. Com isso, a rentabilidade acumulada pelo fundo no ano será de apenas 3,92% e deverá perder para a inflação. Segundo a Caixa Econômica Federal, os rendimentos de outubro e novembro refletirão apenas a aplicação de juros sobre as contas vinculadas. Isso porque, para os dois períodos, a parcela referente à TR é igual a zero. A TR é calculada com base na média dos juros cobrados pelos bancos nos CDBs. Em geral, os CDBs seguem os juros praticados no mercado, que sofrem influência da Selic, hoje em 8,75% ao ano. Com os juros nesse patamar, o BC tem fixado a TR em zero. Por lei, os depósitos do FGTS têm rendimento de 3% ao ano mais TR. (Folha de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

5 Fiesp prevê alta de 12% na exportação

As exportações brasileiras de produtos industrializados devem crescer 12,2% no segundo semestre deste ano em relação ao primeiro semestre. A projeção é de uma pesquisa feita pela Fiesp com 78 empresas que respondem por 25% da pauta de exportação de industrializados do País. A pesquisa aponta para exportações de US$ 43,9 bilhões em produtos industrializados no segundo semestre, ante US$ 39,141 bilhões no período anterior, segundo dados do MDICE. A previsão para o ano é de US$ 83 bilhões, ou 30,7% a menos do que foi exportado em 2008. As previsões das empresas, no entanto, indicam uma tendência de virada a partir do fim do ano. Se as estimativas das indústrias se confirmarem, nos 12 meses terminados em fevereiro de 2010 o ritmo de queda das exportações vai desacelerar para 26,6% na comparação com o ano anterior. Para o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, as exportações ganham força apesar de o real ter se valorizado 34,4% em relação ao dólar, desde o início do ano. (O Estado de São Paulo - 14.10.2009)

<topo>

6 Analistas melhoram projeção de crescimento do PIB em 2009 e 2010

Analistas do mercado financeiro consultados pelo BC melhoraram a estimativa para o crescimento da economia neste ano e em 2010. Segundo o boletim Focus, divulgado hoje pelo BC, a projeção para a alta do PIB, neste ano, agora é de 0,10%. No boletim anterior, a estimativa era de 0,01%. Para 2010, os analistas ajustaram a projeção de crescimento do PIB de 4,50% para 4,80%. Os analistas alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, que passou de 43,50% para 43,55% neste ano e de 41,20% para 41,50% em 2010. A previsão para o superávit comercial neste ano foi mantida em US$ 25,85 bilhões. Para 2010, eles ajustaram a estimativa de superávit de US$ 17,8 bilhões para US$ 17,3 bilhões. Para o déficit em transações correntes neste ano, a previsão passou de US$ 15,550 bilhões para US$ 15,8 bilhões. Para 2010, a projeção de déficit foi mantida em US$ 25 bilhões. A expectativa para o investimento estrangeiro direto em 2009 foi mantida em US$ 25 bilhões e, no próximo ano, ajustada de US$ 30,3 bilhões para US$ 31 bilhões. (Monitor Mercantil - 13.10.2009)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

Após renovar patamar mínimo em mais de um ano no pregão anterior, o dólar comercial operava em baixa após a abertura dos negócios nesta quarta-feira (14). Por volta das 9h40, a moeda estava cotada a R$ 1,716, com baixa de 0,63%.Na véspera, a moeda fechou a R$ 1,727. (G1 - 14.10.2009)


<topo>

 

Internacional

1 Maiores operadores de sistemas elétricos estudam referências mundiais de desempenho

O grupo de trabalho composto por representantes dos 12 maiores operadores de sistemas elétricos do mundo - Governing Board do Very Large Power Grid Operators (VLPGO) - pretende estabelecer referências mundiais de avaliação de desempenho, de acordo com as características específicas de cada sistema. Em setembro, o grupo se reuniu na Rússia, com a participação do ONS. Dentre os temas abordados na Rússia, o ONS destacou o painel sobre os indicadores dos grandes operadores do mundo. Os assuntos tratados serão aprovados na 6ª reunião do VLPGO, que será realizada de 18 e 20 outubro, em Washington, nos Estados Unidos, e será organizada pelo Midwest ISO (EUA).No encontro, também foi elaborado o primeiro documento que trata da criação do estatuto do VLPGO, que o define como uma associação internacional sem fins lucrativos. Além disso, foi desenvolvida a minuta do documento intitulado "white paper", que teve objetivo de comunicar para governos, reguladores e demais participantes do setor elétrico os objetivos e benefícios do VLPGO. O grupo VLPGO é formado por sistemas com capacidade instalada acima de 50 GW. (CanalEnergia - 13.10.2009)

<topo>

2 Venezuela: protestos por ineficácia do sistema

Cansados de apagões, os moradores da parte ocidental da Venezuela promoveram uma queima massiva de suas faturas de energia elétrica, em retaliação pelos constantes cortes de energia. Protestos como esse tem sido freqüente naquele país, contra as falhas generalizadas do abastecimento de energia. O alto crescimento da demanda, em 25 % desde 2004 até agosto de 2009, não foi acompanhado pelo aumento na geração, que cresceu apenas 11% e, portanto, tem posto em xeque o sistema elétrico venezuelano, que já registra seis apagões nos últimos 18 meses, o maior do qual deixou sem energia por 10 horas, 70% da população. Embora o governo não comente o assunto, um informe divulgado pela Federação dos Trabalhadores do Setor Elétrico revelou que um programa de racionamento pode ser posto em prática a qualquer momento. (Poratafolio - 14.10.2009)

<topo>

3 Uruguai: SN Power venderá energia ao Estado

A norueguesa SN Power ganhou a licitação para abastecer as distribuidoras elétricas do Estado uruguaio com 109 MW de energia, contrato que permitirá iniciar a construção da central hidrelétrica de Cheves na província de Oyón y Huaura, em Lima, com capacidade de 168.2 MW e investimento previsto de US$300 milhões. No processo, a empresa geradora foi a única que apresentou oferta técnica e econômica das nove que se pré-qualificaram para a licitação pública internacional para a entrega de concessões de abastecimento de até 500MW de energia destinados ao serviço público de eletricidade. O preço oferecido pela SN Power para vender energia elétrica ao Estado foi de US$ 47.50 dólares por Mw, o máximo permitido pelos termos da licitação. A hidrelétrica de Chevez deve ter suas obras começadas em 2010 e entrar em operação até julho de 2014. (El Peruano - Peru - 14.10.2009)

<topo>

4 Cabo Verde vai ter quatro parques eólicos

O Governo de Cabo Verde criou uma sociedade para gerir os quatro parques eólicos que vão ser instalados nas ilhas de Santiago, Sal, São Vicente e Boa Vista. A sociedade CaboEólica foi constituída como condição necessária para se avançar em 2010 com o projeto da instalação dos parques eólicos em Cabo Verde. A CaboEólica conta com a participação da empresa cabo-verdiana de electricidade e águas (Electra) e do InfraCo, fundo de capitais públicos de cinco países europeus. Para além dos quatro parques eólicos, estão em curso outros projetos de utilização das energias renováveis como a central solar fotovoltaica, concebida através da linha de crédito de 200 milhões de euros atribuída por Portugal para o desenvolvimento de projetos nessa área em território cabo-verdiano. (UDOP - 13.10.2009)

<topo>

5 Rússia exportará gás para a China

A China e a Rússia reforçaram sua cooperação com acordos comerciais no valor de US$ 3,5 bilhões, entre eles o compromisso preliminar do gigante energético Gazprom para fornecer 70 bilhões de metros cúbicos de gás anualmente ao país asiático. O acordo foi assinado no Grande Palácio do Povo, em Pequim, na presença dos primeiros-ministros da China, Wen Jiabao, e da Rússia, Vladimir Putin, no segundo dia da primeira visita oficial do líder russo desde que tomou posse, em maio de 2008. Não foram informados detalhes do montante econômico da operação relativa ao gás nem a rota que o transporte do produto seguirá, mas o presidente da Gazprom, Alexei Miller, disse que o abastecimento começará em 2010. (Valor Econômico - 14.10.2009)

<topo>

6 Bolívia: seminário de energia renovável

Com o propósito de fomentar propostas para a pesquisa na área de energia alternativa, acontecerão essa semana, na Universidade Católica Boliviana, debates sobre o "papel da energia renovável na matriz energética da Bolívia". Os projetos de energia renovável do país serão expostos na sexta-feira pelo ministro de Eletricidade, Miguel Yagüe, em seminário. Participarão dos debates pesquisadores e especialistas do setor, com propostas de uso de energia solar, eólica e de biomassa. (El Diario - Bolívia - 14.10.2009)

<topo>

 

Biblioteca Virtual do SEE

1 CASTRO, Nivalde J. de; TIMPONI, Raul. "O gás natural no setor elétrico brasileiro: a superação de entraves contratuais". IFE no 2.596. Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2009.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bianca Hoffmann, Bianca Orsi, Daniel Bueno, Douglas Tolentino, Hugo Macedo, Maria Eugênia Pitombo.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ e Eletrobrás