l IFE: nº 2.575 - 14
de setembro de 2009 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Bioeletricidade
e Eólica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Resolução iminente sobre concessão de energia beneficiaria empresas Segundo declaração
do presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, se encontra em curso um projeto
para solucionar-se plenamente a questão associada à renovação das concessões
ainda este ano, consideram os analistas. Tolmasquim afirmou que o MME
aguardará a definição do modelo para as concessões do setor elétrico,
que vencem a partir de 2015, para definir o custo de energia usado como
parâmetro para o cálculo das tarifas para os consumidores. Os analistas
creem que uma resolução acerca das concessões com vencimento em 2015 ainda
neste ano seria positivo para as empresas envolvidas. "Salvo no cenário
- pouco provável - de decisão do governo pelo início de um processo licitatório
que vise a obtenção do preço mínimo para a energia vendida pelas usinas".
Neste sentido, a questão afeta essencialmente companhias estatais estaduais,
como Cesp, Cemig e as subsidiárias do grupo Eletrobrás. (InfoMoney - 11.09.2009)
2 Belo Monte ganha indicação de prioridade do CNPE O CNPE indicou
o projeto de Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte, localizado no Rio
Xingu, no estado do Pará, prioritário para efeito de licitação e implementação.
A resolução foi publicada no DOU. De acordo com o MME, a prioridade se
deve à importância do projeto para o Brasil. A hidrelétrica vai ser a
segunda maior do país depois de Itaipu, com capacidade de geração estimada
em 11,2 mil MW. O leilão será realizado em novembro. A Usina Hidrelétrica
de Belo Monte vai integrar o Submercado Norte e estará conectada à Rede
Básica na Subestação de Xingu. (Setorial News - 12.09.2009) 3 Belo Monte: limite para construtores O CNPE emitiu
na última sexta-feira resolução que determina que o edital do leilão da
UHE Belo Monte (12.233 MW), no Pará, preveja uma limite de 40% para participação
de construtoras e fornecedores na formação de consórcios e de 20% para
SPEs a serem constituídas para construir o empreendimento. O leilão da
hidrelétrica está previsto para o fim deste ano. A resolução determina
ainda que as empresas participantes do consórcio ganhador da concessão
da hidrelétrica possam, ao constituir SPE, admitir novos sócios. O CNPE
indica ainda o empreendimento como prioritário para fins de licitação
e implantação. O CNPE garante ainda que eventuais custos para realização
de obras de navegabilidade no rio Xingu não serão imputados ao consórcio
vencedor. A ressolução nº 5 foi publicada nesta sexta-feira no Diário
Oficial da União. (BrasilEnergia - 11.09.2009) 4 MP 466: emendas prevêem retorno de usinas botox
para leilões de energia nova 5 CPI acusa Aneel de favorecer distribuidoras A CPI que
investiga as razões do aumento de tarifa de energia elétrica no país bateu
de frente com a Aneel ao acusar a autarquia pública de defender interesses
privados contra os do consumidor ao conceder, em 2005, um aditivo contratual
com os distribuidores que, segundo os técnicos parlamentares, teria provocado
aumentos maiores que os da inflação. Para o presidente da CPI, deputado
Eduardo da Fonte (PP-PE), "a Aneel está a serviço das distribuidoras de
energia e botou na conta do consumidor um risco que deveria ter sido assumido
pelo empresário, o que faz parte do jogo do mercado". A Aneel informou
que foram feitos aditivos aos contratos de concessão das distribuidoras
porque houve mudança no marco legal do setor, com a aprovação do novo
modelo, em 2005. (Folha de São Paulo - 12.09.2009) 6 Apenas uma usina volta a operar normalmente em RO Após o anúncio
do fim da greve dos trabalhadores na construção das usinas do rio Madeira,
em Rondônia, apenas as obras em Santo Antônio voltaram ontem ao normal.
A concessionária Santo Antônio Energia, responsável pela construção, tem
cerca de 6.000 funcionários no local. Já em Jirau, empreendimento da Energia
Sustentável do Brasil, que tem à frente a franco-belga Suez Energy, os
cerca de 3.500 funcionários ainda não haviam voltado às atividades até
a tarde de ontem. (Folha de São Paulo - 12.09.2009) 7 Governo reforça segurança em ato sobre Belo Monte O governo federal montou uma operação de guerra em Altamira (PA), na audiência pública para discussão do projeto de aproveitamento hidrelétrico da usina de Belo Monte, no rio Xingu. O evento foi uma das maiores audiências públicas do país, com mais de 5.000 participantes, segundo a polícia. Apesar dos protestos de comunidades indígenas e de parte da população local, as mobilizações foram barulhentas, porém pacíficas. O governo temia atos de violência como o registrado na audiência de 2008, também em Altamira, quando uma indígena atingiu com um facão um engenheiro da Eletrobrás. A Funai orientou os indígenas a não portar qualquer arma, mesmo sendo instrumento de sua cultura. A força policial conferiu se a determinação foi cumprida. A Força Nacional de Segurança mobilizou 40 homens. A Polícia Rodoviária Federal também participou da operação com outros 40 agentes. (Folha de São Paulo - 14.09.2009) 8 Sancionada lei que cria o Fundo de
Eficiência Energética do Rio de Janeiro 9 Brasil em 11º lugar em lista da AIE Em ranking com
tarifas residenciais de energia elétrica feito com base em dados divulgados
pela AIE, o Brasil fica em 11º lugar em uma lista com 23 países. O preço
em dólar da tarifa residencial brasileira com base no valor em reais fornecido
pela Aneel é de R$ 0,29067 por kWh, convertido pela taxa de câmbio de
R$ 1,82 por dólar. Na lista de tarifas do documento da AIE estão incluídos
impostos e, na tarifa fornecida pela Aneel, não. A tarifa brasileira fica
aproximadamente 30% mais cara com os impostos. (Folha de São Paulo - 12.09.2009)
10 Alunos do curso de pós-graduação do Gesel visitam o AHE Simplício
Empresas 1 Peru: Eletrobrás investirá US$ 15,000 mi A Eletrobrás
vai investir US$ 15.000 milhões nos próximos sete anos no Peru para desenvolver
seus projetos hidrelétricos, informou seu superintendente de operações
no exterior, Sinval Zaidan. Estes recursos são destinados para a construção
de pelo menos cinco projetos hidrelétricos. Um dos projetos, Inambari,
tem capacidade instalada de 2.000 MW e estará localizado a 300 km da fronteira
com o Acre. Já a hidrelétrica de Paquitzapango teria mais de 2.200 MW,
e seria muito maior do que o Inambari. O Ministério do Ambiente peruano
estimou em US$200 milhões o impacto ambiental que possa gerar a construção
dessas hidrelétricas. (El Peruano - Peru - 13.09.2009) 2 RGR para dez empresas totaliza R$ 137,15 mi A Aneel fixou as cotas anuais e as parcelas mensais correspondentes à RGR para 12 concessionárias, que pagarão um total de R$ 137,15 milhões. A quantia corresponde ao período de agosto deste ano a julho de 2010. Nas quotas já estão deduzidos os valores da Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica, segundo despacho 3.405, publicado no DOU da última quinta-feira, 10 de setembro. O maior valor, que é de R$ 28,689 milhões, será pago pela Celesc (SC). As outras companhias que pagarão as quotas são a Celpa (PA), Escelsa (ES), Iguaçu Distribuidora de Energia, Cooperaliança, Ceb Distribuição (DF), Força e Luz Coronel Vivida - Forcel (PR), Elektro (SP), Cemar (MA), Energisa Paraíba, Ceal (AL) e Cepisa (PI). A Aneel determinou também que sejam pagos ou devolvidos a estas concessionárias os valores dos ajustes das quotas anuais da RGR de 2007. (CanalEnergia - 11.09.2009) 3 Brookfield retoma projetos de PCHs A Brookfield Energia Renovável iniciará a construção de quatro a cinco projetos de PCHs entre o final deste ano e ao longo de 2010, totalizando algo em torno de 80 MW a 100 MW instalados. A companhia detém atualmente 532 MW de capacidade instalada que chegarão perto de 600 MW com a inauguração, ainda em 2009, de Angelina (25 MW, SC) e Barra do Braúna (39 MW, MG), contou o presidente Luiz Ricardo Renha. A empresa obteve em julho um recurso da Finep no valor de R$ 34,9 milhões. O montante se destina a inovação e desenvolvimento do projetos, etapas anteriores ao projeto executivo. Para a construção das PCHs a Brookfield continuará recorrendo ao BNDES, que financiou R$ 118 milhões para Barra do Braúna. A empresa também se empenha em viabilizar o equity dos empreendimentos. (BrasilEnergia - 11.09.2009)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Santa Catarina: cerca de 18.500 unidades consumidoras ainda estão sem energia Cerca de
18.500 unidades consumidoras ainda estão sem energia elétrica, em razão
do vendaval que atingiu o estado de Santa Catarina na madrugada da última
terça-feira, 8 de setembro. Ao total 350 mil unidades consumidoras haviam
ficado sem energia. O caso mais crítico foi registrado na região extremo
oeste do estado, onde aconteceu o rompimento do sistema de transmissão
na subestação São José do Cedro. No local, está sendo feita a reconstrução
de uma linha de transmissão. De acordo com a Celesc (SC), a estimativa
é que os trabalhos sejam finalizados ainda nesta sexta-feira, 11 de setembro.
A companhia informou também que o fornecimento de energia para cinco municípios
abastecidos pela subestação já foi parcialmente restabelecido. Ainda segundo
a companhia catarinense, os serviços seguem em todas as regiões em ritmo
de urgência e continuam sendo executados. A recuperação do sistema se
dá, agora, de forma mais lenta, devido ao volume de defeitos em áreas
descentralizadas e de difícil acesso. (CanalEnergia - 11.09.2009) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 12/09/2009 a 18/09/2009. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Bovespa empresta sua experiência em leilões para incentivar a venda de créditos de carbono A Bovespa
está emprestando sua experiência em leilões para incentivar empresas a
venderem seus créditos de carbono com mais segurança e transparência,
e por preços mais afinados com o mercado. A AES-Brasil, grupo da área
de energia, começou há 4,5 anos a preparar a comercialização de créditos
de carbono prevista para 2010. Segundo Demóstenes Barbosa, diretor de
Sustentabilidade Ambiental do grupo AES-Brasil, uma das ofertas será feita
por meio da BMF&Bovespa. A outra opção de venda será através do Banco
Mundial que já fez oferta de compra. O grupo, que tem hoje uma receita
prevista de US$ 30 milhões, espera triplicá-la até 2012. Segundo ele,
o crédito de carbono gerado por florestas plantadas valem por sete anos,
e as nativas são permanentes. Hoje a tonelada de crédito de carbono por
floresta está valendo US$ 5. (Valor Econômico - 14.09.2009) 2 Presidente do Ibama é absolvido por Jirau O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, e o diretor de Licenciamento do órgão, Sebastião Custódio, foram absolvidos de acusações de irregularidades no processo da licença de instalação da usina de Jirau (3.300 MW). A sentença foi dada ontem (10/9) pelo juiz federal Élcio Arruda, da 3ª Vara da Justiça Federal de Rondônia e é referente à LI prévia, emitida em novembro do ano passado. A ação tinha sido ajuizada pelos MPs Federal e Estadual de Rondônia em dezembro de 2008. Segundo Arruda, a improbidade administrativa não ocorreu porque, entre outros motivos, já se exige o cumprimento de condicionantes ambientais na licença ambiental, que é anterior à LI. Além disso, o juiz lembrou que o Tribunal Regional Federal já havia atestado, em dezembro de 2008, a validade do processo de licenciamento para a construção da UHE. (BrasilEnergia - 11.09.2009)
Bioeletricidade e Eólica 1 Alto custo para conexão de parques eólicos O custo
de conexão dos parques eólicos ao SIN representa entre 8% e 10% do valor
do empreendimento, de acordo com o vice-presidente da ABEEólica, Afonso
Aguilar. Segundo ele, a energia eólica é a única fonte que tem o ônus
de pagar o sistema de conexão sozinha, o que acaba encarecendo o preço
da energia vendida. Por isso, a associação está conversando com o governo
para que as LTs dos empreendimentos eólicos entrem em leilões de transmissão.
"O que nós queremos é isonomia. O empreendedor paga uma parte da linha
até um ponto de conexão, ou até a ICG, e a partir desse ponto a LT entra
em leilão", disse Aguilar durante a inauguração da central eólica Formosa,
da Siif Énergies. De acordo com ele, as ICGs poderiam reduzir os custos
de conexão em até 3%. Aguilar comentou que os governos dos estados do
MA, CE, PI e RN estão planejando fazer um linhão para interligar os parques
eólicos desses estados. (CanalEnergia - 11.09.2009) A Engevix está realizando os estudos de viabilidade da construção de duas usinas eólicas em um terreno adquirido pela empresa em Grota de Macaúbas (BA). As obras do parque - com 60 MW de capacidade instalada - começarão no primeiro semestre de 2010 e o início da operação, no terceiro trimestre de 2012. Os empreendimentos estão inscritos no leilão de energia eólica. A novidade neste projeto é a possibilidade de fazer um projeto integrado de produção de energia. A empresa pretende utilizar o terreno da unidade eólica para plantar capim elefante para geração termelétrica junto ao parque. A dificuldade é a disponibilidade de água para irrigação, já que o terreno fica no sertão nordestino. (BrasilEnergia - 11.09.2009)
Gás e Termoelétricas 1 País ainda subsidia óleo para gerar eletricidade Mesmo contando com uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, o Brasil ainda subsidia a aquisição de óleo para geração de eletricidade. Em 2009, a cota estipulada pela Aneel para a Conta de Consumo de Combustível é de R$ 2,47 bilhões. Esse volume de subsídio pago pelos consumidores será empregado para geração de eletricidade nos sistemas isolados. De acordo com ele o diretor da Coppe/UFRJ e secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli Rosa, é uma "visão equivocada" aceitar e até subsidiar a geração poluente, ao invés de explorar a riqueza hídrica da Região Norte, por exemplo, com a instalação de PCHs. Para o diretor da Coppe/UFRJ, é possível disseminar outra alternativa importante para o fornecimento de energia limpa ao País. Trata-se da utilização de painéis solares para aquecimento de água em residências. (Valor Econômico - 14.09.2009) 2 Petrobras vai discutir compra de gás com a Bolívia O governo boliviano
anunciou neste sábado (12) que está organizando uma reunião entre os presidentes
das estatais Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e Petrobras
para falar sobre os volumes de compras brasileiras de gás natural. "A
negociação com o Brasil está aberta, no entanto, nós, antes de 24 de setembro,
vamos organizar uma reunião entre os presidentes das duas empresas", disse
o ministro de Hidrocarbonetos, Óscar Coca, citado pela agência estatal
ABI. Segundo o ministro boliviano, o local do encontro ainda não foi definido,
mas a agenda será focada no contrato de compra e venda de gás. Há três
semanas, o presidente da YPFB, Carlos Villegas, considerou a possibilidade
de alterar o contrato de venda de gás natural ao Brasil para ajustar e
estabelecer cotas fixas, que permitam à Bolívia consolidar volumes de
gás extras para seu mercado internacional. (Setorial News - 12.09.2009)
3 Térmica Rio Grande recebe licença prévia no Rio Grande do Sul O projeto do
terminal e térmica a gás natural liquefeito Rio Grande recebeu na última
quinta-feira, 10 de setembro, a licença prévia da Fundação Estadual de
Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul. Com a LP, os empreendedores vão
disputar o leilão A-5, previsto para o fim do ano. O terminal de regaseificação,
com capacidade de 6 milhões normais de metros cúbicos por dia, tem como
sócios a Gas Energy New Ventures, a Avir e a Terra Lume. A UTE Rio Grande,
com capacidade de 1.280 MW, tem como investidores a Gas Energy e a Omega
Engenharia e é o primeiro empreendimento instalado após a entrada em vigor
da Lei do Gás. Segundo Osvaldo Deiro, diretor superintendente do terminal
de regaseificação e diretor da térmica, as empresas estão na etapa de
contratação do fornecedor de GNL. O projeto está avaliado em US$ 1,4 bilhão.
(CanalEnergia - 11.09.2009) 4 Térmicas iniciam operação em teste que somam 78,4 MW A Aneel autorizou
a operação em teste de unidades geradoras de termelétricas que somam 78,4
MW de capacidade instalada. Entre as liberações, poderá iniciar a operação
duas unidades de 35 MW de potência cada da UTE Porto das Águas, localizada
no município de Chapadão do Céu, em Goiás. O empreendimento pertence à
Usina Porto da Águas. A térmica Tabu também obteve autorização para iniciar
testes nas unidades geradoras 1, 2 e 3 que têm, respectivamente, 3 MW,
1,2 MW e 4,2 MW, totalizando 8,4 MW de potência instalada. A usina está
localizada no município de Caaporã, na Paraíba e pertence à Agro Industrial
Tabu. As empresas terão 60 dias após os testes para enviar relatório à
Aneel confirmando ou retificando a potência estimada das turbinas. As
informações foram publicadas no DOU da última quinta-feira, 10 de setembro.
(CanalEnergia - 11.09.2009)
Grandes Consumidores A coreana Hyundai
pretende retomar o investimento de US$ 600 milhões numa fábrica de carros
em Piracicaba (SP) a partir de abril de 2010. A informação é da agência
Dow Jones, com base em nota do Herald Business. A montadora havia assinado
memorando de entendimento com o governo paulista, mas suspendeu os planos
em razão da crise econômica. (Valor Econômico - 14.09.2009) Economia Brasileira 1 Mesmo com retomada econômica, inflação segue contida A crise financeira mundial teve contribuição significativa para o cenário benigno da inflação brasileira neste ano e, mesmo com a retomada da economia, a perspectiva continua sendo favorável para 2009 e também 2010. O quadro deste ano deve-se ao fato de que a recuperação é gradual, um ano após o agravamento da turbulência com o colapso do Lehman Brothers. Em 2010, a tranquilidade resulta da inércia inflacionária baixa e das commodities comportadas. Os últimos dados mostraram que os IGPs interromperam as deflações vistas durante meses, começando a registrar inflação modesta no fim de agosto. As taxas no varejo, que apontaram o menor patamar em três anos em agosto, tiveram aceleração na abertura de setembro, mas devido a pressões pontuais de alimentos. Apesar de alguns índices terem surpreendido para cima, não mudaram as expectativas de analistas de que a inflação deste ano e do próximo ficará abaixo do centro da meta de 4,5%. (Reuters - 13.09.2009) 2 Dados do PIB mostram avanço do consumo com contração da oferta Os resultados do PIB do segundo trimestre foram fortemente influenciados pelo consumo das famílias e do governo e continuaram a mostrar um desempenho bastante ruim do investimento, recolocando a preocupação de um avanço da demanda em ritmo muito superior ao da oferta no futuro. O consumo das famílias e do governo avançou 3,6% no acumulado dos 12 meses encerrados em junho em comparação com os 12 meses anteriores, enquanto a indústria caiu 3%, e o investimento encolheu 2,2%. Os números indicam um descompasso entre a oferta e a demanda na economia, sinalizando um risco de retomada da inflação por conta desse desequilíbrio. Economistas ouvidos não preveem risco de pressões inflacionárias por conta desse gargalo este ano e em 2010, mas acreditam que se o investimento não deslanchar neste segundo semestre, o BC pode subir o juro em 2011 para evitar inflação de demanda. (Valor Econômico - 14.09.2009) 3 Indústria queima estoques e ajuda a puxar alta do PIB 4 Indústria começa a retomar investimentos A indústria
brasileira se prepara para pisar no acelerador. Pela primeira vez desde
a eclosão da crise financeira global, há exatamente um ano, fabricantes
de máquinas vêm registrando aumento de consultas de indústrias interessadas
em comprar equipamentos mais modernos. A recuperação que começa a ser
sentida agora não vai evitar que a indústria feche o ano com uma grande
queda em relação a 2008. As projeções são de uma retração entre 7% e 9%,
enquanto já há quase consenso de que o PIB deve fechar o ano com um pequeno
crescimento. A renovação das máquinas, desencadeada pelo reaquecimento
da economia e pela facilidade de crédito oferecida pelo BNDES a partir
de julho, é a primeira pista de que o investimento começa a voltar lentamente
e pode mudar a rota de queda registrada no primeiro semestre. Mas os investimentos
mais fortes, em novas fábricas, por exemplo, só são esperados mesmo para
o ano que vem. (O Estado de São Paulo - 14.09.2009) 5 FGV: Sinalizador da indústria de SP sobe 2,3% em agosto O Sinalizador
da Produção Industrial de São Paulo subiu 2,3% em agosto sobre julho,
com ajuste sazonal, informou a FGV, nesta segunda-feira. Em relação a
agosto do ano passado, houve queda de 7,5%. Apesar de forte, o recuo é
inferior ao de 11,9% apurado em julho na comparação anual. O indicador
visa atuar como um índice antecedente, ao ser publicado mais rapidamente
que os dados de produção da indústria, medidos por outros institutos.
Em julho, o sinalizador subiu 2,5% e a produção industrial do Estado naquele
mês cresceu, segundo o IBGE, 1,4%. (Reuters - 14.09.2009) 6 Produto importado avança no comércio O crescimento da massa real de salários e o real valorizado aumentaram a oferta de importados no país. A compra de produtos no exterior chegou a dobrar em algumas redes de lojas e já preocupa setores da indústria nacional. A importação total de bens de consumo duráveis e não duráveis não supera, no acumulado deste ano, a do ano passado, mas está reagindo. Em agosto, a média diária de importações de bens não duráveis atingiu US$ 36,3 milhões, maior que a de julho (US$ 35,3 milhões). No caso de bens duráveis, a importação foi de US$ 48,6 milhões em agosto e de US$ 40,6 milhões em julho. A média diária de importações do Brasil foi da ordem de US$ 512,7 milhões. Nos meses anteriores, girava ao redor de US$ 400 milhões. Em agosto de 2008, a importação média diária do país foi de US$ 830,8 milhões. (Folha de São Paulo - 14.09.2009) 7 Microempresas evitam queda maior do emprego 8 Lula: Brasil entrará 2010 em situação de crescimento econômico O presidente
Lula afirmou nesta segunda-feira que o Brasil entrará em 2010 numa situação
de crescimento econômico. Para ele, o PIB no terceiro e quarto trimestres
também irá demonstrar um desempenho muito melhor da economia brasileira
até o final do ano. Após dois trimestres de queda, o IBGE registrou na
última sexta-feira crescimento de 1,9% no segundo trimestre do ano na
comparação com o primeiro. Com o resultado, o Brasil sai oficialmente
da recessão técnica. "E é tudo que nós precisamos. Voltar à normalidade
econômica, voltar a crescer, gerar empregos, distribuir renda, que é isso
que o povo brasileiro espera de nós", acrescentou o presidente. No primeiro
semestre do ano, a economia brasileira encolheu 1,5%. Já no acumulado
em 12 meses, o PIB teve expansão de 1,3% em relação aos quatro trimestres
imediatamente anteriores. (Reuters - 14.09.2009) 9 Mantega prevê crescimento econômico de 1% ao fim de 2009 Ao comentar
o resultado do PIB do segundo trimestre deste ano, o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, avaliou que o crescimento de 1,9 % na comparação com o
trimestre anterior é positivo. Segundo ele, a previsão é de que a economia
brasileira cresça 1% ao fim de 2009. Para Mantega, já no terceiro trimestre,
a expansão deverá ser de 2% a 3%. "Esse crescimento continua no terceiro
trimestre, de modo que fecharemos o ano de 2009 com taxa positiva", disse
o ministro hoje (11) em São Paulo. De acordo com o ministro, por causa
desse panorama positivo no Brasil, as medidas de incentivo ao consumo
adotadas pelo governo devem deixar de vigorar até o final do ano, como
já era previsto. "A economia já está deslanchando com as próprias pernas.
Não precisa mais de empurrão do governo. É claro que continuaremos com
juros baixos, aumentando o crédito e estimulando investimentos com taxas
bastante baixas e condições favoráveis." (Agência Brasil - 11.09.2009)
10 Para Meirelles, tirar ajuda agora seria um ''perigo'' O presidente
do BC, Henrique Meirelles, disse ontem que o Brasil está liderando no
mundo o processo de saída da crise financeira, mas as "portas" continuam
abertas para as empresas que precisarem de crédito com os dólares das
reservas internacionais. Na abertura do maior congresso da América Latina
de revendedores de automóveis, em Brasília, Meirelles advertiu que o desmonte
prematuro de medidas adotadas para o enfrentamento da crise seria um "perigo
muito grande" para a economia. Embora as empresas e os bancos hoje não
estejam precisando de dólares, o presidente do BC destacou que o mecanismo
automático criado no Brasil com as medidas anticrise dá segurança neste
momento de saída da crise. O BC está comprando dólares do mercado, o que
vem reforçando as reservas internacionais. "Estamos comprando, porque
há uma oferta", disse. Dos US$ 39 bilhões de dólares vendidos no mercado
à vista ou emprestados às empresas, US$ 32,6 bilhões já foram recomprados
pelo BC até 8 de setembro. (O Estado de São Paulo - 14.09.2009) 11 Índice que reajusta aluguel sobe 0,28% na primeira prévia de setembro O IGP-M, usado
como referência para reajustes de contratos de aluguel, teve alta de 0,28%
na primeira leitura de setembro. O resultado, divulgado hoje (11) pela
FGV, superou o observado no mesmo período do mês anterior, quando houve
queda de 0,68%. No ano, o índice acumula queda de 1,75% e nos últimos
12 meses, de 0,54%. O movimento foi influenciado pelos preços por atacado,
cuja taxa ficou em 0,39%, depois de ter registrado queda de 1,09%. O IPC
subiu 0,10%, depois de ter registrado variação de 0,01%. Ficaram mais
caros os alimentos (de -0,48% para 0,39%) e as despesas diversas (de -0,08%
para 0,13%). Já os índices relativos aos demais grupos tiveram queda.
O INCC passou de alta de 0,30% para estabilidade (0,00%). (Agência Brasil
- 11.09.2009) O dólar comercial
opera com alta na abertura dos negócios nesta segunda-feira. Há pouco,
a moeda estava a R$ 1,832 na compra e a R$ 1,834 na venda, valorização
de 0,38%. Já no mercado futuro, os contratos de outubro negociados na
BM & F registravam ganho de 0,02%, a R$ 1,8365. Na sexta-feira, o dólar
comercial avançou 0,32%, para R$ 1,825 na compra e R$ 1,827 na venda.
(Valor Online - 14.09.2009)
Internacional Durante agosto
a procura de eletricidade caiu 3,2% em relação ao mesmo mês de 2008, e
acumulou uma retração de 1% até agora em 2009. No mês passado, a demanda
total foi de 8738,4 GW/hora. (Clarin - Argentina - 12.09.2009) 2 Bolívia: unificação da distribuição em Bogotá e Cudinamarca A diferença
de 70 pesos por KW/hora de energia entre as tarifas de energia de Cundinamarca
e Bogotá, tem ameaçando a competitividade. Por essa razão, o ministro
de Minas e Energia, Hernán Martinez, anunciou que haverá reajuste. Para
conseguir isso, ele vai unificar definitivamente a distribuição da carga
tanto em Bogotá, como nos municípios atendidos pela Cundinamarca Power
Company. A aplicação da medida, que vai aumentar o preço da energia em
Bogotá em cerca de 7 pesos por KW/hora e vai baixar em cerca de 60 pesos
o preço na Cundinamarca, levará cerca de três meses. Além de unificar
as tarifas da eletricidade, também está sendo estudada a possibilidade
de fusão da EEC e da Codensa, a fim de alcançar uma maior eficiência.
(Portafolio - 14.09.2009) 3 Bolívia: estados receberão por investimentos em geração elétrica O Ministro de Energia, Marcelo Tokman, anunciou a adesão inicial do projeto de lei que estabelece um pagamento para os estados que recebem investimentos em geração elétrica. Segundo informado pela secretaria de Estado, a iniciativa inclui um imposto especial, a ser pago ao município, que deve ser paga pelas empresas que conectam unidades geradoras ao Sistema Central ou do Norte Grande. Os municípios receberão cerca de US$ 10 milhões por MW instalado em seus municípios. As empresas, entretanto, podem conceder esses pagamentos, à "conformidade com os pagamentos intermédios mensal do Imposto de Renda, ou qualquer outro imposto retido na fonte ou sobretaxa".Isso permitirá que a energia não fique mais cara, apesar do novo imposto. Tokman ressaltou que a iniciativa não altera os requisitos ambientais a serem cumpridas por esses projetos. (El Diario - Bolívia - 14.09.2009) 4 Venezuela: Repsol descobre campo de gás 5 EUA: expansão de energia solar Os EUA, a partir
de seu pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões estão atraindo
maior atenção do setor solar. Recentemente a Pike Research, grupo de pesquisas
sobre tecnologia limpa, disse que em torno de 2014 os EUA poderão estar
na liderança da indústria solar. A SolarWorld investiu US$ 500 milhões
em uma indústria alimentada a energia solar no Oregon. A Fotowatio negociou
a compra de importantes operações solares americanas, entre elas a maior
instalação fotovoltaica solar nos EUA. A japonesa Itochu adquiriu 85%
das ações da SolarNet, uma integradora de sistemas fotovoltaicos solares.
A Sempra iniciou recentemente seu primeiro projeto de geração de energia
solar em Nevada. A totalidade da produção, de 10MW, foi contratada nos
termos de um contrato de venda de energia, por 20 anos, com a Pacific
Gas and Electric, companhia de eletricidade do norte da Califórnia. (Valor
Econômico - 14.09.2009) 6 Alemanha: preço de painéis solares cai e afeta empresas A queda mundial
no preço de componentes solares deixou os fabricantes alemães em dificuldades
para competir com produtores asiáticos. Anton Milner, executivo-chefe
da Q-Cells, advertiu que "a queda nos preços se acentuou no segundo trimestre",
reduzindo as margens, em meio à contenção de financiamentos a grandes
projetos envolvendo energia solar. Mas, como outras que atuam no mesmo
setor, a companhia diz que perspectivas de longo prazo são boas porque
novos mercados internacionais estão se abrindo. A questão é os cortes
governamentais nas "tarifas de alimentação" não seguirem o ritmo da queda
nos preços de equipamentos solares. A Alemanha deverá instalar este ano
cerca de 2.000MW de sistemas solares, segundo a European Photovoltaic
Industry Association. A Solarworld, está enfrentando a situação em melhores
condições do que algumas de suas concorrentes, porque está envolvida em
todos os estágios da cadeia de suprimento solar.(Valor Econômico - 14.09.2009)
7 China terá maior usina solar do mundo A First Solar
vai construir na China a maior usina de energia solar do mundo. A usina
será cerca de 30 vezes maior do que as estações de energia solar que operam
atualmente na Europa, segundo Dulce Qu, porta-voz da empresa. O complexo,
de 2.000 MW, será construído até 2019 em Ordos, na Mongólia Interior.
Quando estiver pronto, o complexo deverá cobrir uma área de 65 km2. A
China planeja investir US$ 293 bilhões no seu setor de energia alternativa
entre 2006 e 2020. (Valor Econômico - 14.09.2009) 8 China: novas regras abrem mercado de energia solar Pequim decidiu
que a tarifa preferencial à qual o consórcio vencedor do projeto da maior
usina solar do mundo, na Mongólia, venderá a energia solar à rede também
será válida para outros projetos já planejados, em vez de uma abordagem
caso a caso. Foi um pequeno, mas significativo passo no sentido de transformar
a China num mercado relevante de energia solar. A meta oficial para a
capacidade total instalada em torno do fim de 2011 é de 2GW, e a meta
para 2020 de 20GW, segundo autoridades da Comissão Nacional de Desenvolvimento
e Reforma. Neste ano, o governo anunciou um esquema sob o qual sistemas
solares acima de 50kw instalados em coberturas de edifícios receberão
um subsídio de US$ 3/watt. (Valor Econômico - 14.09.2009) 9 Projeto Desertec: energia elétrica no deserto do Saara Lançado em julho
deste ano, o projeto Desertec começa a atrair a atenção de possíveis investidores.
O projeto visa produzir energia elétrica no deserto do Saara a partir
de luz solar, mas não por meio de células fotovoltaicas. A tecnologia
utilizada seria a de concentração dos raios solares numa torre, por meios
de painéis refletivos. Nessa torre, o calor dos raios solares aquece a
água, gerando vapor, que movimenta uma turbina, como numa usina térmica
convencional. A energia produzida no Saara seria então enviada à Europa.
Na semana passada, a resseguradora alemã Munich Re afirmou que pode investir
e fazer o seguro do projeto, se ele vier mesmo a ser construído. Críticos
dizem que a usina seria um alvo fácil de terroristas, que há riscos demais
de operar em muitos países e que o custo de geração e transmissão seria
alto demais. (Valor Econômico - 14.09.2009)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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