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IFE: nº 2.569 - 03 de setembro de 2009
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ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Regras para interligação do Sistema Acre-Rondônia ao SIN entram em audiência pública
2 Aneel descarta unificação de tarifas
3 UHE Monjolinho inicia operação comercial de 37 MW
4 PCHs poderiam estar produzindo até o dobro de energia com uso de tecnologia correta, diz especialista
5 Alerj aprova fundo para eficiência energética

Empresas
1 Chesf realiza leilão de venda de energia na próxima semana
2 Furnas reforça subestação
3 Usinas da Copel
4 Cooperativas recebem homologação e atualização de tarifas
5 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 MME é contra vazão menor no São Francisco, diz Lobão
2 Blecaute em Goiânia
3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 72,32%

4 Sul: nível dos reservatórios está em 83,94%

5 NE apresenta 76,88% de capacidade armazenada

6 Norte tem 66,40% da capacidade de armazenamento


Meio Ambiente
1 Ibama disponibiliza EIA/Rima da hidrelétrica Santo Antônio do Jarí
2 Ibama descarta revogação da instrução normativa 7

Gás e Termelétricas
1 Empresas cogitam substituir óleo por gás em usinas térmicas, segundo EPE
2 Aneel estuda transferir térmicas do Nordeste para o Sul e Sudeste
3 Térmica USI liberada para operação

Grandes Consumidores
1 BNDES aprova R$ 15 mi para metalúrgica no ES

Economia Brasileira
1 Indústria pode perder com atuação no varejo
2 Governo já vê alta de 1% do PIB neste ano

3 Fundos captam mais do que a poupança
4 País pode trocar dívida velha por títulos novos
5 Copom interrompe ciclo de cortes na taxa básica de juros
6 Comércio e indústria criticam a decisão do Copom
7 Câmbio tem fluxo positivo de US$ 2,8 bi
8 Porto Alegre é única capital a registrar deflação
9 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Peru ainda debate exportação do gás natural
2 Peru: Cállida investe US$60 mi na expansão da rede básica
3 Bolívia: exportação mesmo sem atender demanda interna
4 EUA: EDP recebe subsídio de US$48 mi para parque eólico

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Regras para interligação do Sistema Acre-Rondônia ao SIN entram em audiência pública

A Aneel decidiu na última terça-feira, 1º de setembro, pela abertura de audiência pública no período de 3 a 11 de setembro para obter subsídios e informações adicionais relativos à emissão de Resolução Normativa, que vai estabelecer prazos e procedimentos transitórios que possibilitem a interligação do Sistema Isolado Acre-Rondônia ao SIN. De acordo com a Aneel, essas regras são necessárias para que os agentes possam adequar suas instalações em conformidade com o estabelecido nos Procedimentos de Rede, Regras e Procedimentos de Comercialização e ao Prodist. O ONS e a CCEE já identificaram diversas instalações que estão em desacordo com os Procedimentos de Rede e/ou Regras de Procedimentos de Comercialização. (CanalEnergia - 02.09.2009)

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2 Aneel descarta unificação de tarifas

O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, afirmou ser difícil unificar os valores das tarifas de energia cobrados no país e que o melhor caminho para a redução das tarifas de energia elétrica no país é a realização de uma reforma tributária e a redução do ICMS. "Há diversos fatores que inviabilizam essa unificação como o nível de receita e a necessidade de realizar grandes investimentos no setor", disse, acrescentando que "alguns mecanismos podem ser adotados, principalmente pelo Legislativo, e eles passam pela redução do ICMS, que pesa demais, e pela reforma tributária". O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que as tarifas englobam muitos custos além da geração de energia, o que impede a unificação dos valores. "Há muitos fatores que inviabilizam isso, como o custo maior para as áreas rurais, a inadimplência, o número de indústrias na região, a prática de gatos, e a distância percorrida para a transmissão da energia", afirmou. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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3 UHE Monjolinho inicia operação comercial de 37 MW

A Aneel liberou o início da operação comercial da unidade geradora 1 da hidrelétrica Monjolinho. A turbina tem 37 MW. Instalada nos municípios de Faxinalzinho e Nonoai, no Rio Grande do Sul, a usina pertence à Monel Monjolinho Energética. A Agência liberou autorizou ainda a operação em teste de unidades geradoras de uma termelétrica e uma PCH que somam 54,6 MW de capacidade instalada. Entre as liberações, poderá iniciar a operação uma unidade de 40 MW de potência da UTE térmica Da Mata, localizada no município de Valparaíso, em São Paulo. O empreendimento pertence à Da Mata S.A. - Açúcar e Álcool. A PCH Rodeio Bonito também obteve autorização para iniciar testes de 14,6 MW. As informações foram publicadas no Diário Oficial da União desta terça-feira, 1º de setembro. (CanalEnergia - 02.09.2009)

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4 PCHs poderiam estar produzindo até o dobro de energia com uso de tecnologia correta, diz especialista

A produção de energia das PCHs brasileiras pode estar aquém do nível ótimo. Isso porque elas podem estar usando tecnologias inadequadas para os pontos dos rios nos quais estão construídas. Além disso, as usinas, assim como as grandes centrais, tem sofrido com as restrições ambientais, o que fez surgir uma geração sem reservatórios, a fio d'água. Segundo Roberto Miranda, diretor de Novos Negócios da Alstom, que defendeu em tese de mestrado a família de turbinas Kaplan, como a opção mais adequada a realidade brasileira, as usinas poderiam estar produzindo até o dobro de energia. Em sua tese "Regularização técnica para se obter melhor eficiência na motorização de pequenas centrais hidrelétrias no Brasil", para o mestrado em regulação da indústria de energia da Universidade de Salvador, o especialista estudou 17 PCHs, com baixa queda - inferior a 50 metros. Miranda disse que a tecnologia, muitas vezes, pode estar certa, mas a forma de aplicação não. Ele defende que se não for possível fazer o investimento necessário no momento da execução do projeto, que se deixe uma provisão para uma possível expansão. (CanalEnergia - 02.09.2009)

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5 Alerj aprova fundo para eficiência energética

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou na última terça-feira, 1º de setembro, o projeto de lei que cria o fundo para eficiência energética do estado. Aprovada na forma de um substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça da Alerj, a proposta seguirá para a sanção pelo governador Sérgio Cabral. Destinado à eficiência e à segurança energéticas no Rio de Janeiro, o fundo será provido por recursos orçamentários, de programas de pesquisa e desenvolvimento, de agentes de fomento, e de programas voltados para a melhoria da eficiência energética e redução dos impactos ambientais. O texto da proposta determina que sejam priorizados projetos que visem à redução do consumo e da demanda da energia, ao desenvolvimento tecnológico e inovações na área energética. A secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços será respónsável pelas aplicações e pela gestão do fundo. (CanalEnergia - 02.09.2009)

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Empresas

1 Chesf realiza leilão de venda de energia na próxima semana

A Chesf realiza na próxima terça-feira, 8 de setembro, leilão de venda de energia. No certame, serão disponibilizados três produtos com centro de gravidade no submercado Nordeste. Segundo o edital da companhia, o prazo de fornecimento dos produtos varia de 1º de agosto a 31 de dezembro. A Chesf definirá ao fim do leilão a quantidade a ser contratada. O termo de adesão deverá ser enviado até o próximo dia 4 de setembro às 17 horas através do fax nº (81) 3229-3707. O certame acontece a partir das 15 horas e o resultado será divulgado até às 16 horas. (CanalEnergia - 02.09.2009)

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2 Furnas reforça subestação

A Aneel autorizou Furnas a implantar reforços na sua malha de transmissão. A empresa vai construir uma LT em 500kV ligando as SEs Foz do Iguaçu e Cascavel Oeste, no Paraná. Os reforços têm prazo de 20 meses para a entrada comercial e Furnas terá direito a R$ 8,780 milhões em valor adicional da RAP. Para permitir a conexão da nova LT, será necessário o barramento da SE Foz do Iguaçu por meio de seccionamento das quatro linhas que interligam a UHE de Itaipu à subestação, em 500 kV. O reforço está incluso na "Consolidação de Obras de Rede Básica e Rede Básica de Fronteira - Período 2009-2011", que objetiva assegurar o escoamento de energia para a região sul quando a vazão dos rios estiver baixa ou quando houver queda de torres na linha de Itaipu.A decisão foi anunciada na terça-feira (2/9), na reunião da diretoria da Aneel. (BrasilEnergia - 02.09.2009)

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3 Usinas da Copel

A Copel informou que o Ministério de Minas e Energia prorrogou por 20 anos as concessões de quatro centrais geradoras. Segundo comunicado, a medida envolve as hidrelétricas Governador Ney Aminthas de Barros Braga (1.260 MW), Governador José Richa (1.240 MW), Derivação do Rio Jordão e Cavernoso. Os novos vencimentos das concessões são entre novembro de 2029 e janeiro de 2031, informou a Reuters. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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4 Cooperativas recebem homologação e atualização de tarifas

A Aneel homologou as tarifas básicas da Cooperativa de Distribuição e Geração de Energia das Missões (Cermissões) e atualizou as tarifas básicas da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rurais Fontoura Xavier (Cerfox). Na última terça-feira, 1º de setembro, a Aneel confirmou as datas de aniversário contratual para as cooperativas para fins de reajustes e revisões tarifárias, em 30 de junho, sendo que a primeira revisão tarifária das duas cooperativas está prevista para o dia 30 de junho de 2013. O diretor Romeu Donizete Rufino, relator do processo, ressaltou que, enquanto não houver alterações nas bases tarifárias das supridoras (AES Sul e RGE), a Superintendência de Regulação Econômica da Aneel ficará responsável por atualizar as tarifas básicas, utilizando o IGP-M até o mês anterior à data de assinatura do contrato de permissão. (CanalEnergia - 02.09.2009)

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5 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 02-09-2009, o IBOVESPA fechou a 55.385,72 pontos, representando uma baixa de 0,77% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,71 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,33%, fechando 21.178,68 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 27,01 ON e R$ 24,45 PNB, baixa de 0,81% e 1,01%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 03-09-2009 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 27,19 as ações ON, alta de 0,67% em relação ao dia anterior e R$ 24,36 as ações PNB, baixa de 0,37% em relação ao dia anterior. (Investshop - 03.09.2009)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 MME é contra vazão menor no São Francisco, diz Lobão

O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), disse ontem ter obtido do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a promessa de que, no que toca à competência do ministério que ele dirige, está sepultada a ideia de reduzir a vazão mínima do rio São Francisco, abaixo da represa de Sobradinho (BA) de 1.300 m³/s para 700 m³/s. A redução foi proposta ao CMSE, presidido por Lobão, pelo ONS. Foi criado um grupo de trabalho, coordenado pela Agência Nacional de Águas, para estudar a proposta. A partir de Sobradinho há sete usinas hidrelétricas com capacidade nominal de quase 10 mil megawatts. A vazão da barragem baiana é determinante no quanto de energia cada uma das usinas vai poder gerar. Como muitas usinas termelétricas estão sendo instaladas no Nordeste, o ONS avalia que em determinadas situações é mais vantajoso reduzir a geração hídrica e ligar a capacidade térmica, evitando o colapso nos períodos de seca regulares. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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2 Blecaute em Goiânia

Duas quedas nas linhas de transmissão de Goiás provocaram um blecaute na região de Goiânia ontem por volta das 14h. Segundo o ONS, a primeira queda foi provocada por um desligamento entre as subestações Anhanguera, da Celg, e Bandeirantes, na hidrelétrica de Furnas. O religamento foi concluído por volta de 14h45. A segunda queda ocorreu por volta de 15h40, e atingiu novamente a subestação de Furnas e outras três subestações da Celg. Segundo uma atendente da Celg, 90% do Estado estava sem energia por volta das 16h45. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 72,32%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 72,32%, apresentando queda de 0,17% em relação à medição do dia 31 de agosto. A usina de Furnas atinge 81,14% de volume de capacidade. (ONS - 03.09.2009)

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4 Sul: nível dos reservatórios está em 83,94%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,79% em relação à medição do dia 31 de agosto, com 83,94% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 87,77% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 03.09.2009)

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5 NE apresenta 76,88% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,16% em relação à medição do dia 31 de agosto, o Nordeste está com 76,88% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 74,22% de volume de capacidade. (ONS - 03.09.2009)

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6 Norte tem 66,40% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 66,40%, apresentando queda de 0,57% em relação à medição do dia 31 de agosto. A usina de Tucuruí opera com 56,73% do volume de armazenamento. (ONS - 03.09.2009)

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Meio Ambiente

1 Ibama disponibiliza EIA/Rima da hidrelétrica Santo Antônio do Jarí

O Ibama disponibilizou para consulta o estudo e o relatório de impacto ambiental da hidrelétrica Santo Antônio do Jari. Com capacidade instalada de 300 MW, a usina terá reservatório de 16,17 quilômetros quadrados, localizado no rio Jari, nos municípios de Almeirim, no Pará e Laranjal do Jari, no Amapá. Os interessados terão 45 dias para pedir a realização de audiência pública sobre o empreendimento. O documento está disponível na sede do Ibama, em Brasília, e nas superintendências do instituto no Pará e no Amapá. (Canal Energia - 02.09.2009)

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2 Ibama descarta revogação da instrução normativa 7

O presidente do Ibama, Roberto Messias Franco, pretende resistir as pressões internas do governo e dos agentes do setor elétrico para revogar a Instrução Normativa 7, que determina compensações ambientais para as emissões de térmicas a carvão mineral e óleo combustível. Franco reagiu à carta enviada por nove dos 11 ministérios que integram a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima entregaram à Casa Civil pedindo a revogação da norma. A comissão argumenta que o Ibama não tem a prerrogativa de legislar sobre emissões de gases de efeito estufa. Os agentes do setor elétrico, por sua vez, reclamam do aumento de custo do investimento nas térmicas, em decorrência da obrigatoriedade de investir em energia renovável e reflorestamento, como compensação às emissões. (Canal Energia - 02.09.2009)

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Gás e Termoelétricas

1 Empresas cogitam substituir óleo por gás em usinas térmicas, segundo EPE

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse hoje (2), em audiência pública na CPI destinada a investigar a formação dos valores das tarifas de energia elétrica no Brasil, que há empresas interessadas em saber se é possível substituir o óleo, utilizado como combustível por usinas térmicas, por gás. Tolmasquim explicou que, nos leilões recentes, esperava-se uma participação maior das hidrelétricas. Mas, por causa da dificuldade para obtenção de licenças ambientais, essas participações diminuíram e, com isso, foram contratadas mais usinas térmicas a óleo do que havia sido previsto. Perguntado sobre a possibilidade de as usinas térmicas adotarem outro combustível, o diretor-geral da Aneel, Nelson José Hubner Moreira, disse que a agência "está analisando aspectos técnicos e jurídicos" do caso, para ver se os leilões vinculam ou não as usinas ao combustível contratado. (Agência Brasil - 02.09.2009)

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2 Aneel estuda transferir térmicas do Nordeste para o Sul e Sudeste

A Aneel estuda transferir para o Sudeste e Sul do país as termelétricas leiloadas no ano passado, previstas para serem construídas no Nordeste, afirmou o diretor-geral da Agência, Nelson Hubner, que participou nesta quarta-feira (2), de audiência pública da CPI da Tarifa de Energia, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o objetivo é aproximar a geração de energia dos grandes centros de consumo, evitando a necessidade de construção de linhas de transmissão e, com isso, o aumento do custo da energia para transportá-la de uma região para outra. No entanto, ele admitiu que a mudança nos critérios definidos no leilão é uma "tarefa difícil" e envolve a análise de aspectos técnicos e jurídicos. Hubner lembrou que no leilão de térmicas de 2008 foram contratados 5,5 mil megawatts (MW) de energia a ser produzidos a partir de 2013 por 24 usinas, a maioria movida a óleo, no Nordeste. (Setorial News - 02.09.2009)

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3 Térmica USI liberada para operação

A Aneel liberou a operação comercial da segunda unidade geradora (UG2), de 35MW, da UTE USI (70MW), no município de Santo Inácio (PR), de propriedade da empresa Usina Alto Alegre - Açúcar e Álcool. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (2/9). Metade da energia produzida é reaproveitada pela usina na movimentação de motores e iluminação das áreas de produção e administrativa. O excedente é comercializado com concessionárias do Sul e Sudeste. Em 2007, a Usina Alto Alegre produziu 241.103 MWh de energia. A companhia Usina Alto Alegre fundada há 31 anos atua na produção de açúcar, álcool, além de energia elétrica através da unidade de Santo Inácio. (BrasilEnergia - 02.09.2009)

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Grandes Consumidores

1 BNDES aprova R$ 15 mi para metalúrgica no ES

O BNDES aprovou financiamento, no valor de R$ 15 milhões, à empresa Açotec Engenharia, Indústria e Comércio S/A. Os recursos serão destinados à implantação de unidade industrial para a fabricação de estruturas metálicas no município de Serra (ES). O projeto resultará em aumento de 224 postos de trabalho, destinados, principalmente, às áreas de montagem, soldagem e pintura. A nova unidade industrial terá capacidade instalada de produção de 24 mil toneladas por ano de estruturas em aço, com oferecimento também de serviços de elaboração de projetos e gerenciamento de obras em estruturas metálicas. A escolha do município de Serra se deveu à boa estrutura logística existente na região, como portos, ferrovias e rodovias federais. (Jornal do Brasil - 02.09.2009)

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Economia Brasileira

1 Indústria pode perder com atuação no varejo

O economista Júlio Gomes de Almeida, consultor do Iedi e professor da Unicamp, lançou ontem, em seminário realizado pelo Instituto de Economia da UFRJ, a tese de que a pressão do câmbio valorizado está levando grandes empresas nacionais a uma estratégia de "apostar em uma economia de mercado interno", passando a investir em setores não comercializáveis, em uma nova forma de desindustrialização. Para David Kupfer, diretor de Pós-Graduação do Instituto de Economia da UFRJ, a maior parte dos movimentos atuais não pode ser comparada com a migração que as construtoras, carentes de obras, fizeram para outros setores no passado. Fabio Erber, também da UFRJ e ex-diretor do BNDES, não rebateu a hipótese de Almeida e ainda conjecturou que essa tendência pode estar associada a uma economia na qual o capital financeiro é mais bem remunerado do que o industrial. O debate mostrou clara divisão de correntes de pensamento, mas em uma coisa não houve divergência: a indústria brasileira precisa ser crescentemente inovadora para sobreviver e está andando muito devagar nessa direção. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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2 Governo já vê alta de 1% do PIB neste ano

O presidente Lula recebeu informação oficial de que o resultado do PIB no segundo trimestre surpreendeu e já permite a projeção de crescimento da economia em 2009. A expectativa é de um aumento de cerca de 1% do PIB neste ano na comparação com 2008. Já os analistas de mercado preveem alta de 0,3% do PIB no ano. O IBGE divulgará o PIB trimestral no dia 11. Com a informação sobre o segundo trimestre e a projeção de crescimento no ano, Lula fará uma cerimônia oficial com os empresários para afirmar que "o Brasil já pode dizer que venceu a crise", segundo as palavras de um ministro. O governo chegou a temer PIB negativo neste ano. Todo o discurso do governo, segundo um auxiliar de Lula, é tentar mostrar que o Brasil teria sido um dos últimos países a entrar na crise e um dos primeiros a sair. Lula tem dito exatamente isso nos últimos dias. (Folha de São Paulo - 03.09.2009)

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3 Fundos captam mais do que a poupança

O temido avanço da caderneta de poupança sobre os fundos de investimento se estagnou. E isso mesmo sem que o governo tivesse de tomar medidas emergenciais para conter a migração entre as aplicações. Em agosto, até o dia 26, a poupança registrava captação mensal de apenas R$ 816 milhões. Já os fundos de renda fixa tinham captado R$ 5,54 bilhões no período. E os fundos DI contavam com captação de R$ 2,09 bilhões. Essas são as duas categorias de fundos que pagam juros, sendo concorrentes diretas da poupança. O movimento fez com que a relação entre o saldo da poupança e o patrimônio dos fundos recuasse. Em dezembro, todo o dinheiro depositado na caderneta de poupança representava 23,8% do patrimônio total da indústria de fundos. No dia 26 do mês passado, a proporção recuou para 22,2%. A manutenção da taxa básica Selic em 8,75% anuais pelo Copom ontem ratificou as previsões do mercado. Isso significa que os juros oferecidos pelas aplicações podem estar perto de seu piso. (Folha de São Paulo - 03.09.2009)

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4 País pode trocar dívida velha por títulos novos

O governo brasileiro pode fazer novas emissões de títulos em dólares conhecidos como Global Bonds este ano no exterior. O objetivo é melhorar a qualidade da dívida do país em moeda estrangeira e também substituir títulos antigos por novos. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, o lançamento de títulos no exterior buscará criar um ponto de referência para novas emissões de papéis da dívida por parte do governo e das empresas nacionais. A última emissão de Global Bonds ocorreu em julho, quando o Tesouro Nacional captou US$ 500 milhões nos mercados europeu e norte-americano e US$ 25 milhões no mercado asiático. (Monitor Mercantil - 02.09.2009)

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5 Copom interrompe ciclo de cortes na taxa básica de juros

Em rápida reunião com decisão unânime, o Copom resolveu interromper o ciclo de cortes na taxa básica de juros e mantê-la em 8,75% ao ano, conforme indicou na ata da reunião anterior e já era esperado pelo mercado. A decisão de manter os juros inalterados, segundo a nota do BC, tem dois motivos principais. Primeiro, exatamente pela flexibilização monetária já executada ao longo do ano. A perspectiva é de que, mesmo com a interrupção dos cortes, a redução já feita na Selic ainda tenha efeito positivo para o crescimento econômico nos próximos meses. Outro motivo importante, segundo a nota, é "a margem de ociosidade dos fatores produtivos", ou seja, a folga que as indústrias têm em capacidade instalada para atender as demandas atuais. O Copom prevê que "esse patamar da taxa básica de juros é consistente com um cenário inflacionário benigno, contribuindo para assegurar a manutenção da inflação na trajetória de metas ao longo do horizonte relevante". Com essa explicação bastante enfática, o BC também pode ter dado um recado ao mercado de que novas elevações da taxa básica não estão no horizonte curto. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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6 Comércio e indústria criticam a decisão do Copom

O setor industrial e o comércio criticaram ontem à noite a decisão do Copom de manter a taxa de juros em 8,75% ao ano, taxada de "conservadora" e "precipitada". A Fiesp foi irônica em seu comunicado, com o título "BC mantém juros altos. Fiesp mantém crítica". Na nota, a Fiesp pede desculpas pela "chatice" de voltar a reclamar da política monetária do BC. "Acho muito cansativo, tanto para nós quanto para a sociedade, a Fiesp ficar repetindo a mesma coisa a cada anúncio da Taxa Selic. Entretanto, se batendo na mesma tecla muito pouco tem mudado, imaginem então se ficássemos calados?", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, classificou de "precipitada "a decisão, principalmente quando se leva em conta "o vultoso custo da dívida pública". A Fecomercio-SP chamou de "conservadora" a decisão, "devido à pouca evidência de risco inflacionário." (Valor Econômico - 03.09.2009)

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7 Câmbio tem fluxo positivo de US$ 2,8 bi

O fluxo de dólares entre o Brasil e o exterior está positivo em US$ 2,826 bilhões em agosto, segundo dados do BC atualizados até a última sexta-feira. Esse movimento é um dos fatores que vem empurrando a cotação da moeda americana para baixo nos últimos meses. O número apurado pelo BC é a diferença entre as operações nas áreas comercial e financeira. Na área comercial, o fluxo está positivo em US$ 923 milhões. O BC considera também nessa conta os dólares que entram por meio de operações financeiras, como aplicações, investimentos, gastos e remessas. Nesse caso, o fluxo está positivo em US$ 1,904 bilhão. No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 6,762 bilhões. No mesmo período do ano passado, estava positivo em US$ 13,3 bilhões. Em 2009, saíram do país US$ 4,156 bilhões na área financeira. Esse resultado negativo foi compensado pela entrada de US$ 10,918 bilhões no comércio exterior. O BC também informou hoje já ter comprado US$ 2,411 bilhões em agosto no mercado de dólar à vista. (Valor Econômico - 03.09.2009)


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8 Porto Alegre é única capital a registrar deflação

Porto Alegre foi a única capital a registrar deflação em agosto. O IPC-S recuou 0,11% naquela localidade no término do mês passado, depois de ceder 0,01% na apuração antecedente. A FGV mostrou uma desaceleração no ritmo de alta do indicador em Belo Horizonte (0,27% na terceira prévia de agosto para 0,16% no fim do mês), Brasília (0,73% para 0,52%) e Recife (0,19% para 0,09%). Engrossa essa relação o movimento do IPC-S em Salvador, que foi de 0,16% para 0,10% entre uma medição e outra. No Rio de Janeiro, o índice de preço abandonou uma queda de 0,03% na terceira leitura do mês passado para encerrar o período com acréscimo de 0,05%. Em São Paulo, o IPC-S subiu mais, indo de 0,36% para 0,38%. O IPC-S geral terminou o mês de agosto com alta de 0,20%, uma ligeira alteração perante a terceira pesquisa do mês, quando o avanço ficou em 0,21%. (Valor Econômico - 03.09.2009)

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9 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial opera com baixa na abertura dos negócios nesta quinta-feira. Há pouco, a moeda estava a R$ 1,867 na compra e a R$ 1,869 na venda, decréscimo de 0,84%. No mercado futuro, os contratos de outubro negociados na BM & F recuavam 0,89%, a R$ 1,8765. Na quarta-feira, o dólar comercial cedeu 1,04%, para R$ 1,883 na compra e R$ 1,885 na venda. (Valor Online - 03.09.2009)

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Internacional

1 Peru ainda debate exportação do gás natural

Hans Flury, Jaime Quijandría e Glodomiro Sanchez, os ministros de Minas e Energia peruanos para o período 2001-2006, disseram que a possibilidade de exportar gás natural ou óleo está prevista na legislação atual e no contrato da Camisea. Segundo eles, a possibilidade de exportar o gás do Bloco 88 sempre existiu. Alegaram também que o Peru tem gás suficiente para atender às necessidades do país e isso vai aumentar à medida que sejam realizados trabalhos de exploração pela Camisea. No entanto, representantes dos estados do sul do Peru reforçaram que deve existir preponderância do consumo nacional sobre as exportações de gás natural. Eles alertaram que se o governo continuar sem garantir o fornecimento de gás para o Gasoducto Surandino, as conseqüências serão terríveis porque essa área do país poderá entrar em um grave conflito social. (La República - Peru - 02.09.2009)

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2 Peru: Cállida investe US$60 mi na expansão da rede básica

O gerente geral da de Cálidda Gas Natural del Perú, Ernesto Córdova, disse que a empresa vai investir na expansão da rede primária do sistema de distribuição de gás natural em Lima e Callao. Ele disse esperar que as novas taxas sejam fixadas pelo Osinergmin (Organismo Supervisor de la Inversión en Energía y Mineria) ainda este mês para o investimento não sofrer adiamentos. Além disso, confirmou que a Cállida já enviou ao MME as informações adicionais solicitadas para aprovarem seu plano de investimentos da ordem de US$ 260 milhões pelos próximos quatro anos. Ele disse que se o regulador assume a fixação de preços para além de setembro, haverá um atraso na obra de alargamento da rede principal, que serão preenchidas até o final do próximo ano. "Nós esperamos expandir a rede básica de 255 milhões de metros cúbicos/dia para 420 milhões, que é ao que nos autorizou o MME e somente nessa parte serão investidos cerca de 60 milhões de dólares", disse Córdova. (La República - Peru - 02.09.2009)

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3 Bolívia: exportação mesmo sem atender demanda interna

Foi divulgado pelo vice-ministro de Minas e Energia boliviano, Miguel Yagüe, que apenas 45% da população rural tem acesso ao fornecimento de eletricidade, enquanto que em zonas urbanas, esse índice é de 90%. No entanto, enquanto se observa que significativa parcela da população boliviana não tem luz, o Executivo já negocia exportar eletricidade. Atualmente avalia-se um investimento de US$1.500 milhões na hidrelétrica Cachuela Esperanza, com capacidade de 800 MW, o que permitiria exportar eletricidade para o Brasil. (El Diario - Bolívia - 03.09.2009)

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4 EUA: EDP recebe subsídio de US$48 mi para parque eólico

A EDP Renováveis recebeu aprovação da primeira atribuição de um subsídio financeiro de US$ 48 milhões pelo Tesouro norte-americano. Este subsídio destina-se ao investimento do parque eólico de Wheat Field, no estado norte-americano do Oregon, e deverá ser recebido num prazo de cinco dias, segundo notificação da empresa à CMVM. (UDOP - 02.09.2009)

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bianca Hoffmann, Bianca Orsi, Daniel Bueno, Douglas Tolentino, Hugo Macedo, Maria Eugênia Pitombo.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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