l IFE: nº 2.408 - 15
de dezembro de 2008 Índice Regulação
e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Fórum Perspectivas para 2009 disponibiliza conteúdo apresentado O Fórum/GESEL
Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro - 2009, que aconteceu no dia
8 de dezembro, ajudou o mercado a formatar cenários e a traçar perspectivas
para o planejamento energético, a política energética, a operação do sistema
elétrico, a regulação e a comercialização de energia no mercado livre.
Uma das conclusões do evento é que, apesar da crise econômica, o setor
elétrico viverá nos próximos três anos uma situação confortável do ponto
de vista de atendimento da demanda. Além da crise econômica internacional,
o fórum colocou foco em temas como renovação das concessões, metodologia
tarifária, leilões de geração e transmissão, entrada no sistema das fontes
alternativas, tendências de preço da energia para o mercado livre, investimentos
em novos projetos para garantir a oferta futura de energia, segurança
energética e licenciamento ambiental. Para estimular os debates sobre
as perspectivas do setor elétrico em 2009, o GESEL/UFRJ criou um site
(http://www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/)
com informações, entrevistas e artigos dos palestrantes Mauricio Tolmasquim
(EPE), Hermes Chipp (ONS), Antônio Carlos Fraga Machado (CCEE) e Edvaldo
Santana (Aneel). Você pode obter também cópia do DVD e dos slides com
as apresentações feitas no fórum. Informações na Secretaria de eventos
do GESEL, com Flora Genial pelos telefones (21) 3873-5249 e (21) 2542-2490
; ou pelo e-mail ifes@race.nuca.ie.ufrj.br. (GESEL-IE-UFRJ - 15.12.2008)
2 Alta do dólar deverá encarecer em até 6,5% energia elétrica e remédios em 2009 A crise global
vai atingir em cheio o bolso do consumidor em 2009 por causa das tarifas
públicas mais caras. O principal canal de transmissão será o dólar, cuja
cotação encontra-se hoje na casa dos R$ 2,40, quase um real acima de quatro
meses atrás. Dois itens importantes que serão afetados são a energia elétrica
e os medicamentos, que subirão até 6,5%. As tarifas de energia são as
que devem subir mais, após período de queda ou aumentos marginais. Em
2006, o reajuste foi de 0,28% e, no ano passado, houve queda média de
6,16%. Este ano, até novembro, o índice ainda não chegou a 1%. Segundo
o assessor da superintendência de Regulação Econômica da Aneel, Eduardo
Alencastro, as distribuidoras que compram energia de Itaipu e abastecem
as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste vão ter reajustes mais pesados
daqui para frente, por causa do dólar mais caro. Ele prevê reajuste entre
3% e 5%: (O Globo - 15.12.2008) 3 Governo retira prazos para EPE apresentar planos de longo prazo ao CNPE A EPE não precisa
mais apresentar, de forma obrigatória, os planos de longo prazo nos prazos
estabelecidos pelo CNPE. Ao revogar o decreto 6.327/2007, o governo retirou
a validade do dispositivo que determinava à EPE a apresentação, ao conselho,
dos Planos Decenais de Expansão da Energia a cada ano e dos Planos Nacionais
de Energia (de longo prazo) a cada dois anos. O decreto 6.327/2007 foi
revogado com a publicação, na última quinta-feira, 11 de dezembro, do
decreto 6.685/2008, que alterou a estrutura do CNPE. No decreto novo,
o governo manteve a EPE como integrante do conselho. A exclusão da submissão
dos planos diretamente ao CNPE pela EPE se deu porque a idéia do governo
é que os planos de longo prazo passem primeiro pelo Ministério de Minas
e Energia, antes do conselho. No caso do Plano Decenal, a EPE já encaminhou
a edição do PDE 2008-2017 para o MME e a expectativa é lançá-lo ainda
este ano. Já o PNE 2005-2030 está em fase de revisão e a nova versão deve
ser divulgada no final de 2009. (CanalEnergia - 12.12.2008) 4 Inadimplência na CCEE 5 Siif Énergies leva proposta de programa de leilões de energia eólica ao MME A Siif Énergies
levou ao MME uma proposta para a adoção de um programa de leilões de energia
eólica para os próximos anos. A proposta é que haja a licitação de cerca
de 1.000 MW eólicos anuais. Dessa forma, os investidores poderiam fazer
um planejamento estratégico coerente, argumentou ou diretor comercial
da Siif Énergies, Marcelo Picchi. O custo da energia eólica não seria
um impeditivo para a doção de um programa como este, opinou Picchi. Segundo
ele, na comparação, o custo de geração de uma usina eólica, que opere
dois meses e meio por ano, é equivalente ao de uma térmica a gás ou a
óleo combustível. Este ano no Brasil a geração térmica foi superior a
cinco meses. Se neste período a eólica tivesse sido introduzida, o custo
teria sido menor, garantiu. Até o fim deste ano, a expectativa é que 200
MW eólicos entrem em operação e em 2009 mais 1.000 MW, impulsionados essencialmente
pelo Proinfa. (Brasil Energia - 12.12.2008) 6 Anace: Linhas de transmissão leiloadas e autorização para início das obras do Madeira - um marco a ser comemorado O diretor presidente
da Anace, Paulo Mayon, afirma que os leilões de linhas de transmissão
e as autorizações para o início das obras das usinas de Santo Antônio
e Jirau, no Rio Madeira, representam um grande avanço para o desenvolvimento
da região Amazônica. De acordo com artigo exclusivo para o Especial Transmissão
CanalEnergia, o especialista afirma que há muitas expectativas para a
geração de energia e empregos na região, principalmente nos estados do
Acre e Rondônia. (CanalEnergia - 12.12.2008) 7 Aneel homologa resultado do leilão de ICGs A Aneel homologou esta semana o resultado do leilão de instalações compartilhadas e exclusivas de geração, os ICGs e IEGs, que aconteceu no último dia 24 de novembro. A agência também adjudicou o objeto do leilão aos empreendimentos vencedores dos lotes ofertados no certame. As concessões leiloadas destinam-se à construção, operação e manutenção de aproximadamente dois mil quilômetros de novas linhas de transmissão e 22 subestações integrantes da Rede Básica, das ICGs e das IEGs. Com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, as instalações de transmissão conectarão 27 usinas de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas em Goiás e no Mato Grosso do Sul ao SIN. Os empreendimentos deverão entrar em operação em 18 meses após a assinatura dos contratos de concessão. (CanalEnergia - 12.12.2008) 8 Prioridades para investimentos em
usinas elétricas, artigo de Joaquim de Carvalho
Empresas 1 Eletrobrás não terá que pagar por debêntures O STJ julgou,
definitivamente, a questão das chamadas debêntures da Eletrobrás. Os ministros
do STJ decidiram que os títulos já não têm valor e, portanto, não podem
ser cobrados na justiça. A decisão, tomada por unanimidade, anula a do
TJ-RJ, que condenava a empresa a pagar cerca de R$ 22 milhões (em valores
corrigidos chegaria a R$ 40 milhões) referentes a resgate de obrigações
ao portador do empréstimo compulsório. A ministra Eliana Calmon levou
o caso à primeira seção do STJ reiterando sua posição, segundo a qual
os títulos emitidos pela empresa para pagar o empréstimo compulsório cobrado
sobre as contas de energia elétrica entre 1964 e 1976 já decaíram há muito
tempo e não podem mais ser exigidos pelos consumidores. (CanalEnergia
- 12.12.2008) 2 Grupo CEEE lança balanço energético do Rio Grande do Sul O grupo CEEE lançou na sexta-feira, 12/12, o Anuário "Balanço Energético do Rio Grande do Sul". O trabalho reúne as informações das diversas áreas que compõe a matriz energética gaúcha, ajudando no planejamento energético estadual. Segundo a companhia, o anuário inclui dados estatísticos e energéticos, tornando-se uma fonte de consulta para todos os segmentos da sociedade, como empresas, indústrias, prefeituras municipais, universidades e escolas. Para o presidente do grupo CEEE, Sérgio de Morais, o Balanço Energético permite que, a partir de agora, todos os interessados em acompanhar a situação energética gaúcha tenham os dados necessários de forma oficial e segura, uma vez que este trabalho é ratificado pelo governo do estado. (CanalEnergia - 12.12.2008) 3 AES Sul realiza leilão para compra de energia A AES Sul vai
realizar, no dia 30 de dezembro, leilão de compra de energia elétrica
para a aquisição de um lote de energia de 19 MW médios pelo prazo de dois
anos. A licitação será na modalidade "geração distribuída" e terá o resultado
divulgado no dia 5 de janeiro. As empresas interessadas em participar
do processo têm até o dia 22 deste mês para encaminhar as propostas e
documentos necessários para a sede da AES Sul. A distribuidora divulgará
os proponentes vendedores pré-qualificados no dia 29 de dezembro. (Setorial
News - 12.12.2008) 4 Andrade & Canellas promove leilão para a venda
de 53 MW 5 Areva-Koblitz: energia a partir do lixo A Areva-Koblitz
firmou acordo com a francesa Tiru Group, controlada pela EDF, para desenvolvimento
de projetos de geração de energia elétrica a partir da incineração de
lixo urbano. A empresa está em entendimentos para fechar um primeiro projeto,
cuja localização e capacidade são mantidas em sigilo. O potencial da fonte
é estimado em até 11 mil MW e leva em conta os volumes de detritos processados
nas 300 maiores cidades do País. O custo de implantação de projetos desse
tipo gira em torno de R$ 6 mil/kW instalado - R$ 2 mil a mais em relação
projetos térmicos similares - por conta do uso de silos especiais para
armazenagem de lixo e de caldeiras com tecnologia diferenciada. A queima
direta de lixo requer cuidados especiais em relação ao tratamento dos
gases emitidos, mas oferece um rendimento 80% superior ao obtido em sistemas
que utilizam biogás de aterros sanitários, informa o presidente da Areva-Koblitz,
Luiz Otávio Koblitz. (Brasil Energia - 12.12.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Demanda por energia terá queda em 2009, diz Abrace A Abrace
entregará ao governo um levantamento completo sobre o corte na demanda
de energia elétrica entre os grandes consumidores do país em 2009. A crise
sobre a economia real provocada pelos problemas financeiros em todo o
mundo inverteu completamente a tendência no mercado interno: de uma frenética
procura de energia para contratação para o momento atual em que as empresas
tentam vender a energia que não vão mais usar no ano que vem. De acordo
com Ricardo Lima, presidente da Abrace, os números consolidados devem
ser repassados a EPE até o fim deste mês. O setor estimava que a demanda
para contratação antes da crise alcançava 2.000 MW. Esse volume de energia,
exigida para 2009 antes da crise, já baixou. Segundo ele, não deve superar
os 500 MW hoje. (Folha de São Paulo - 13.12.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 13/12/2008 a 19/12/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Ministério Público processa presidente e diretor do Ibama O Ministério
Público Federal e o Ministério Público Estadual de Rondônia pediram em
ação civil pública na Justiça Federal o afastamento das funções e pagamento
de multa por improbidade administrativa do presidente do Ibama, Roberto
Messias Franco, e do diretor de licenciamento ambiental do órgão, Sebastião
Custódio Pires. Eles são acusados de ter beneficiado a empresa Energia
Sustentável do Brasil ao conceder a Licença de Instalação Prévia e, assim,
ter autorizado o início da construção da Usina Hidrelétrica de Jirau,
localizada no rio Madeira (RO). Para os promotores, a usina de Jirau deveria
passar por um novo processo de licenciamento ambiental, com a elaboração
de mais estudos de impacto ambiental e realização de audiências públicas
para discussão do empreendimento, até que o Ibama pudesse reunir elementos
para emitir uma nova licença prévia. (Folha de São Paulo - 13.12.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Bolívia poderá fornecer mais gás ao Brasil O ministro da Energia da Bolívia, Saúl Ávalos, disse ontem que as duas usinas de GLP projetadas pelo governo boliviano deverão permitir ao país aumentar seu abastecimento de gás ao Brasil e à Argentina até 2010, atenuando a escassez do combustível decorrente da falta de investimentos, que reduziu a produção. As usinas de processamento serão construídas na província de Santa Cruz, e cada uma produzirá cerca de 200 toneladas de GLP ao dia. A Bolívia pretende ainda investir US$ 20 bilhões na expansão da produção de gás natural, disse a estatal YPF Bolivianos. A empresa quer perfurar 50 a 60 poços em 2009 a fim de atender às exportações. (Folha de São Paulo - 13.12.2008) 2 Cosan Bioenergia inicia operação de 50 MW térmicos em SP A Aneel autorizou
o início da operação comercial de duas unidades geradoras térmicas da
Cosan Bioenergia, em São Paulo. As usinas Costa Pinto, em Piracicaba,
e Rafard, no município de mesmo nome, ativarão unidades de 25 MW, cada,
totalizando 50 MW, segundo despachos 4.551 e 4.552 publicados no D.O.U.
da quarta-feira, 10. A Aneel também liberou os testes das unidades geradoras
1 e 2 da PCH Galópolis, que totalizam 1,5 MW de potência instalada. Segundo
despacho 4.545 do D.O.U., a Galópolis Energia, responsável pela usina,
terá prazo de 60 dias para enviar relatório confirmando ou corrigindo
a potência das unidades. (CanalEnergia - 12.12.2008)
Grandes Consumidores 1 Aracruz e bancos não chegam a acordo sobre dívida de US$ 2 bi A Aracruz comunicou
ontem que não chegou a um acordo com os bancos credores, aos quais deve
US$ 2,13 bilhões. A empresa, que esperava concluir as negociações no fim
de novembro, postergou a data para dia 11 e, agora, não deu nenhuma previsão
para sua conclusão.A dívida da Aracruz é proveniente de operações financeiras
atreladas ao dólar, os derivativos cambiais, contratados pela fabricante
de celulose para se proteger da alta do real. Com o aumento súbito do
dólar desde setembro, a Aracruz registrou as perdas que quase resultaram
na quebra da empresa. Segundo o jornal "Valor Econômico", a oferta dos
11 bancos credores à companhia foi do pagamento da dívida em sete anos,
corrigida pelos juros Libor (taxa interbancária de Londres), mais 7% ao
ano. A Libor para operações em dólares está cotada a 2,53%. (Folha de
São Paulo - 13.12.2008) 2 Em Itabira, berço da Vale, 3 mil foram dispensados e há ameaça de greve Os efeitos da
crise financeira não chegaram ao Brasil na forma de "uma marolinha", como
chegou a prever o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cidade mineira
de Itabira - berço da Vale e do poeta Carlos Drummond de Andrade - foi
atingida por um verdadeiro tsunami. Ao escolher as minas de maior custo
e com minério de ferro de menor qualidade, Itabira virou o alvo principal
dos cortes de produção e de pessoal da mineradora, uma das maiores do
mundo. As demissões, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria
da Extração do Ferro e Metais Básicos (Metabase) de Itabira e Região Extrativa,
chegam perto de três mil empregados, entre diretos e indiretos. (O Globo
- 15.12.2008) 3 Indústria aprova pacote econômico paulista, mas pede novas medidas Representantes
do setor industrial que compareceram na última sexta (12/12) à cerimônia
de anúncio das medidas de estímulo à economia elaboradas pelo governo
paulista apoiaram as propostas, mas cobraram novas ações. Para eles, a
crise é séria e, por isso, os governos, tantos os estaduais quanto o federal,
devem continuar agindo para evitar uma recessão e demissões. O próprio
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
Paulo Skaf, afirmou que elas são "insuficientes". "Obviamente, esperamos
mais", disse ele, que, segundo o governador José Serra, ajudou a elaborar
algumas das medidas anunciadas hoje. O presidente do Sindimaq, Luiz Aubert
Neto, também destacou a limitação das medidas. Apesar de só o setor, o
qual ele representa, ter sido beneficiado pela criação de uma linha de
crédito com o valor de R$ 200 milhões, Neto diz que é preciso pensar em
mudanças maiores. (Agência Brasil - 12.12.2008) 4 Setor siderúrgico não tem indicativo de demissões, assegura executivo do IBS O vice- presidente
executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes, disse sexta (12/12) não ter
informação sobre possíveis demissões no setor em razão da crise internacional."O
que eu tenho de informação no IBS é que, com as paralisações [de equipamentos],
houve readequação e realocação de pessoal. Você tem férias coletivas,
inclusive dos grupos ligados aos equipamentos em manutenção, mas não tenho
indicativo de demissões." Já o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch,
afirmou quinta (11/12), na saída de reunião com o presidente Lula, que
não descartava demissões devido à crise. "A gente tem que cuidar das empresas,
a gente tem que cuidar dos empregos, mas a gente tem que ser realista",
disse empresário. (Agência Brasil - 12.12.2008) 5 IPI menor impulsiona vendas de carros Eram apenas
11 horas da manhã do sábado, mas os funcionários da concessionária Itavema
da avenida Rudge, em São Paulo, já comemoravam: em duas horas, tinham
vendido nada menos do que seis carros. Alguns funcionários passaram a
madrugada de sábado trabalhando com a Fiat para refaturar os carros. Comprados
antes da redução do imposto, eles tiveram as notas fiscais canceladas
e reemitidas com novos preços. O esforço da hora extra noturna foi feito
para não perder tempo na hora em que o cliente entrasse na loja, atraído
pela redução do IPI. Muitos consumidores atenderam ao chamado. No Feirão
de Fábrica da GM, o movimento aumentou cerca de 30% em relação aos feirões
realizados nos quatro finais de semana anteriores. A expectativa era de
um conseqüente aumento de vendas da ordem de 25% a 30%. (Folha de São
Paulo - 15.12.2008)
Economia Brasileira 1 BC dará novo socorro a bancos pequenos O BC vai anunciar nos próximos dias novas medidas para ajudar a prover de mais liquidez os bancos pequenos e médios. O objetivo é aumentar a circulação do crédito. De acordo com o que a Folha apurou, os empréstimos para os pequenos bancos devem passar a ser garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Outra idéia em discussão é de as perdas derivadas de inadimplências das carteiras de crédito compradas pelos bancos maiores passarem a ser garantidas pelo FGC. Apesar de os estudos já estarem bem avançados, o formato definitivo da medida ainda não foi concluído. Técnicos do BC têm se reunido com representantes dos bancos pequenos para discutir as medidas. (Folha de São Paulo - 13.12.2008) 2 Governo prevê R$ 5 bi a microempresas A liberação de financiamentos para micro e pequenas empresas poderá ser feita a partir da liberação de depósitos compulsórios -dinheiro que os bancos são obrigados a depositar no BC. A proposta feita pelo BB é que sejam repassados recursos do compulsório sobre depósitos à vista. Esses recursos ficam depositados no BC sem nenhuma remuneração. A dificuldade enfrentada pela área técnica do governo é como controlar o repasse e garantir que o dinheiro que saia do BC seja mesmo usado para o financiamento dessas empresas. Atualmente, o governo controla o repasse para agricultura e habitação, mas não tem sistemas que permitam fiscalizar outros tipos de operação. (Folha de São Paulo - 13.12.2008) 3 Carga tributária atinge recorde em 2007 4 Mantega promete R$ 110 bi para o BNDES O BNDES já tem
garantidos R$ 50 bilhões para 2009. "Outros R$ 60 bilhões virão", disse
o Guido Mantega. O ministro diz que não pode adiantar as fontes de financiamento,
algumas delas ainda em discussão. Mas indica que o dinheiro pode vir do
Tesouro, de instituições financeiras multilaterais, do FGTS e talvez até
do Fundo Soberano do Brasil, embora tais recursos devam também ser empregados
no financiamento de investimentos da Petrobras, por exemplo. Neste ano,
o governo já repassou ao BNDES recursos do FGTS, subsidiados pelo Tesouro.
(Folha de São Paulo - 14.12.2008) 5 Venda de máquinas via Finame conserva ritmo em novembro e cresce 30% no ano A venda de bens
de capital por meio do sistema Finame, do BNDES, cresceu quase 30% no
acumulado de janeiro a novembro, somando R$ 24,1 bilhões, um recorde.
A expectativa do banco é fechar o ano com faturamento de R$ 26 bilhões,
disse ao Valor Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes, superintendente da
área de operações indiretas do BNDES, informando que não sentiu nenhum
arrefecimento na demanda por máquinas e equipamentos no mês passado. Ele
destacou que em novembro as compras de bens de capital por intermédio
de agentes financeiros do BNDES somaram R$ 2,3 bilhões - 21% mais que
em igual período de 2007. (Valor Econômico - 15.12.2008) 6 Crise afetará 97% das indústrias, diz sondagem da FGV A crise econômica mundial está sendo vista com mais pessimismo pelos empresários brasileiros e 97% das indústrias brasileiras acham que serão afetadas de alguma forma pelas turbulências nos próximos seis meses, mostra uma consulta extraordinária feita junto a todos os segmentos da indústria de transformação durante a Sondagem da Indústria da FGV. Entre os entrevistados, 62% acreditam que serão afetados de forma moderada, 21% de forma intensa e 14% de forma suave. Apenas 3% dos industriais pesquisados prevêem ficar imunes à turbulência global. (O Globo - 15.12.2008) 7 Lula diz que preços dos produtos e taxa de juros vão cair 8 SP libera mais R$ 1,2 bi para a indústria O governo de
São Paulo lançou ontem uma linha de crédito de R$ 1,2 bilhão para as empresas
de autopeças e máquinas, além de uma série de medidas tributárias -como
a devolução em dinheiro do ICMS pago pelas microempresas e maior prazo
para recolhimento desse imposto. O objetivo é amenizar os efeitos da crise
financeira internacional na indústria e comércio paulistas. Ao permitir
que as microempresas recebam de volta, em dinheiro, o ICMS pago nas compras
feitas na indústria e no atacado, o governo vai abrir mão de R$ 350 milhões
anuais arrecadados com o imposto. (Folha de São Paulo - 13.12.2008) 9 Para analistas, Selic alta limita queda do "spread' O governo federal
propôs às maiores instituições financeiras privadas um acordo para reduzir
os chamados "spreads" bancários, a diferença entre as taxas captadas e
repassadas ao consumidor, mas a iniciativa não terá nenhum sucesso enquanto
os juros do próprio governo estiverem em 13,75%, segundo especialistas.
Os bancos sustentam que também têm interesse em reduzir os "spreads" e
manter a expansão do crédito. O problema é como viabilizar essa redução
das margens em meio ao aumento dos custos de captação de recursos e à
redução na demanda por crédito. Desde 2003 até meados deste ano, os "spreads"
recuaram por conta da redução dos juros do Banco Central e pela expansão
do crédito. (Folha de São Paulo - 14.12.2008) O dólar comercial
verifica leve desvalorização na abertura dos negócios. Há pouco, a moeda
estava a R$ 2,363 na compra e a R$ 2,365 na venda, recuo de 0,04%. Já
no mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM & F perdiam
1,53%, a R$ 2,3775. Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial
avançou 0,89%, a R$ 2,364 na compra e R$ 2,366 na venda. (Valor Online
- 15.12.2008)
Internacional Hemlock Semiconductor,
uma empresa americana que é a maior fabricante mundial de silicone de
alta pureza para células de painéis solares e de chips eletrônicos, deve
investir US$ 2,2 bilhões para dobrar sua produção. O investimento deve-se
à crescente demanda por energia solar. O investimento pode ser anunciado
hoje, segundo o "Financial Times". O silicone de alta pureza, feito a
partir de areia, é o componente principal das células solares. (Valor
Econômico - 15.12.2008) A GE Energy
assinou contrato no valor de US$ 3,7 milhões com a China National Electric
Equipment Corporation (CNEEC) para fornecimento de sistemas de controle
e proteção para uma térmica a óleo da Azerenerji Joint Stock Company,
no Azerbaijão. O novo sistema de controle vai automatizar todos os processos
da usina, utilizando uma rede para interligar sensores, controladores,
atuadores e terminais de operação. A térmica será adaptada e atualizada
por empresas de engenharia chinesas em projeto que inclui também o aumento
da potência das oito turbinas a vapor de 300 MW cada, para 330 MW. (Brasil
Energia - 12.12.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 GESEL. Hermes Chipp, do ONS: um horizonte favorável para a operação. IFE no. 2.408. Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2008. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 CARVALHO, Joaquim Francisco. Prioridades para investimentos em usinas elétricas. São Paulo. Estudos Avançados. v.22 n.64. 2008 Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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