l IFE: nº 2.407 - 12
de dezembro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 GESEL: demanda menor poderá aliviar necessidades prementes de investimentos em geração, diz Nivalde de Castro A recessão
que atinge Europa e Estados Unidos e já leva algumas indústrias brasileiras
a diminuírem sua produção ou até mesmo a suspendê-las deverá fazer com
que o consumo de energia do setor industrial caia em 2009. O coordenador
do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da UFRJ, Nivalde de Castro,
diz que a redução de consumo será facilmente percebida nas indústrias
exportadoras de commodities metálicas, que são eletrointensivas. Ele cita
a Vale, que já interrompeu e reduziu a produção de algumas de suas plantas.
"A tendência é de queda no consumo de energia da indústria, que é o setor
que sente imediatamente os efeitos da crise. O mercado cativo dificilmente
será afetado e o mercado de transmissão conta com receitas fixas", conta.
Para Castro, o efeito disso já é sentido. Ele cita o fato de o preço do
megawatt-hora no mercado spot ter caído, em uma semana, de R$ 200 para
R$ 130. "Havia energia não-contratada e agora a pressão sobre as geradoras
será muito forte, fazendo o preço no mercado livre cair. As geradoras
sentirão o impacto de redução de consumo e de preço", diz. Nivalde de
Castro acredita que a demanda menor poderá aliviar necessidades prementes
de investimentos em geração no curto prazo. "Provavelmente, não teremos
a contratação de térmicas a óleo nos próximos leilões", calcula. (Agência
Leia - 10.12.2008) 2 Abrace: crise vai aliviar situação no mercado livre A Associação
Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores
Livres (Abrace) considera preocupante a quebra de produção da indústria
brasileira diante da crise. "Todos os sinais indicam que haverá uma queda
significativa no consumo. Não estamos mais falando mais em crescimento
menor, mas em queda mesmo do consumo de energia na indústria. Deverá haver
um crescimento vegetativo que compensará parte do que se deixará de produzir
para exportação, mas, ainda assim, a situação é preocupante", diz Ricardo
Lima, presidente-executivo da Abrace. Lima lembra que algumas comercializadoras
e geradoras estavam segurando contratos de 2009 e 2010 para garantir preços
melhores, e hoje vivem certo clima de tensão para garantir receitas. "Antes
da crise, estimava-se um déficit de 2 mil MW de contratos no mercado livre
para o próximo ano. A crise vai aliviar essa situação, mas é difícil prever
queda no preço do megawatt-hora. Entretanto, uma redução de preço não
significa que haverá compradores para essa energia mais barata. Num cenário
de crise, não haverá demanda", afirma Lima. Ele não aposta em sobra de
energia, mas em alívio da demanda. O presidente da Abrace acredita que
o ideal agora é que a Aneel autorize a redução temporária da perspectiva
de demanda. (Agência Leia - 10.12.2008) 3 GESEL: Tarifa de energia contratada deve subir e mercado livre cair, avalia Nivalde de Castro O mercado
cativo e o mercado livre vivem situações opostas quanto às perspectivas
para 2009, o primeiro deverá ter um aumento no preço das tarifas cobradas
pelas distribuidoras, fato que o próprio presidente da Aneel, Jerson Kelman,
admitiu nesta semana durante o balanço de seu mandato que se encerra em
janeiro. Por sua vez, a desaceleração da economia em função da crise financeira
e que deve refletir uma parte em novembro e dezembro, mas com mais força
no primeiro trimestre de 2009, leva o mercado para a redução de preço
nos contratos para o mercado livre. Esse adicional das termoelétricas
que é dividido na conta dos consumidores cativos e livres já foi cobrado
deste segundo grupo, por isso a tarifa tende a ser reduzida para quem
busca energia elétrica fora do mercado regulado. O consenso no mercado
de energia é de que 2009 será provavelmente marcado pelo menor uso de
termoelétricas e quando isso acontecer a prioridade será pelo uso das
centrais abastecidas a gás, que poluem menos e têm um custo menor que
as movidas a óleo. Na opinião do economista e coordenador do Gesel/UFRJ,
Nivalde de Castro, essa previsão realmente poderá se concretizar. (DCI
- 12.12.2008) 4
Odebrecht desiste de recorrer a Justiça no caso de Jirau 5 Comissão proíbe cobrança de taxa de religação de energia elétrica A Comissão
de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira,
10 de dezembro, proposta que impede a cobrança da taxa de reestabelecimento
de serviços públicos, como luz e água, exceto quando o usuário tiver solicitado
a interrupção. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será examinado
pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. O projeto de lei, de autoria do
deputado Walter Brito Neto (PRB-PB), modifica a Lei 8.975/95, que trata
do regime de concessão e permissão dos serviços públicos. O deputado Júlio
Delgado (PSB-MG), relator do processo, recomendou a aprovação da matéria
por considerar a cobrança abusiva. (CanalEnergia - 11.12.2008) 6 Governo indica Hubner para comando da Aneel O governo
encaminhou ao Senado a indicação do ex-ministro de Minas e Energia, Nelson
Hubner, para o cargo de diretor-geral da Aneel. A mensagem foi publicada
nessa quinta-feira no Diário Oficial da União. Se aprovado pela Comissão
de Infra-Estrutura e pelo plenário do Senado, Hubner substituirá Jerson
Kelman, cujo mandato se encerra em janeiro de 2009. Hubner é homem de
confiança da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na quarta-feira,
o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, já havia antecipado, no Rio
de Janeiro, que o cargo seria ocupado por Hubner. (Jornal do Commercio
- 12.12.2008) 7 Paraguai processa ex-diretor de Itaipu A promotoria pública do Paraguai imputou ao ex-diretor da central hidroelétrica de Itaipu, Victor Bernal, supostas irregularidades cometidas durante sua gestão, segundo a imprensa paraguaia. O promotor de Delitos Econômicos, Gustavo Gamba, apresentou, na quarta-feira à tarde, um pedido de imputação contra Bernal pelo delito de lesão de confiança, baseado em uma suposta malversação de fundos destinados a obras sociais. A central de energia administrada pelo Brasil e Paraguai, localizada sobre o Rio Paraná, produz anualmente 90 milhões de MW por hora. Esta é a primeira vez que a promotoria responsabiliza um diretor de Itaipu. Bernal esteve à frente de Itaipu de 2003 até este ano, quando foi eleito senador pelo Partido Colorado. O promotor vai solicitar ao Senado a autorização para abrir o processo contra o senador. (DCI - 12.12.2008) 8
Conselho de Política Energética é ampliado 9 União libera R$ 1 bilhão para Minas e Energia e Transportes O Diário
Oficial da União traz publicada hoje (11) a liberação de R$ 1 bilhão para
os Ministérios de Minas e Energia e dos Transportes. De acordo com a Lei
n.º 11.855, o recurso será investido na implantação de Centros de Comunitários
de Produção de Energia em Minas Gerais e São Paulo, além da promoção de
estudos e projetos de infra-estrutura de transportes em todo o país. (Agência
Brasil - 11.12.2008) 10
Regularização de cooperativas e restituição de encargos à CCC entram em
audiência pública 11 Artigo de Paulo Ludmer: "Vento para que te quero!" Em artigo ao CanalEnergia, Paulo Ludmer, que é jornalista, engenheiro, professor e consultor afirmou que é notável a evolução positiva da competitividade da energia elétrica de origem eólica. Ratificando sua argumentação, colocou os avanços tecnológicos e regulatórios e que a WWEA prevê a presença operativa de 500 GW eólicos no mundo, em 2020. Diante disso, sentimos que cresce a sensibilidade brasileira para o significado desta movimentação internacional. Por fim, acrescenta que a agilidade brasileira deverá ser decisiva para conhecermos rapidamente um Programa Eólico Nacional, estável, eficiente, convincente, previsível e confiável. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (CanalEnergia - 11.12.2008)
Empresas A distribuidora
AES Sul inicia na sexta-feira, 12/12, processo para aquisição de 198 MW
médios de geração distribuída. O leilão, que tem prazo de entrega de 24
meses, deve ser concluído em janeiro. A AES Sul distribui energia para
a região centro-oeste do Rio Grande do Sul, de Canoas a Uruguaiana. Integrante
da AES Corporation, atende a 4,184 milhões de pessoas em 118 municípios
das regiões metropolitana e centro-oeste do estado. A empresa possui 53.417
km de redes de distribuição. (Brasil Energia - 11.12.2008) A Eletronorte inaugurou na quinta-feira, 11/12, as LTs Rio Branco-Epitaciolândia e Rio Branco-Sena Madureira, ambas no Acre. A primeira LT, em 138 kV, tem 195 km de extensão. A segunda, em 69 kV, possui 148 km. As subestações Epitaciolândia e Sena Madureira também serão inauguradas hoje. A empresa investiu cerca de R$ 100 milhões na construção dos empreendimentos, que beneficiarão mais de 100 mil habitantes. Os municípios de Epitaciolândia e Sena Madureira contavam com o abastecimento de energia a partir de térmicas a óleo diesel, que serão paralisadas com a inauguração das LTs. (Brasil Energia - 11.12.2008) 3 Tradener recebe autorização para exportar energia para Uruguai A Aneel
autorizou a Tradener a exportar até 72 MW ao mercado uruguaio em 2009.
Segundo a agência, o envio acontecerá em caráter excepcional, temporário
e interruptível por meio da estação conversora de freqüência de Rivera.
A decisão foi tomada na terça-feira, 9/12. O início do suprimento está
previsto para o próximo dia 1º de janeiro, estendendo-se até 31 de dezembro.
No dia 27 de novembro, a empresa venceu a licitação promovida pela Usinas
Y Transmissiones Eléctricas, na CCEE. A comercializadora fechou ao preço
de R$ 2 por MWh - valor que se refere à taxa de administração da comercializadora
e que ainda sofrerá acréscimos de valores da energia elétrica e de outros
encargos do sistema. (CanalEnergia - 11.12.2008) 4
Celpe mantém direito a ressarcimento 5 Siif Énergies assume projeto do parque eólico de Quintanilha Machado Depois de
sete anos de entraves burocráticos e ambientais, o parque eólico de Quintanilha
Machado (135 MW), no Rio de Janeiro, deverá sair do papel. A empresa francesa
Siif Énergies assumiu integralmente o projeto e pretende inaugurá-lo até
o final de 2009. Com investimento de R$ 700 milhões, a usina é o quinto
empreendimento do tipo da companhia no Brasil. A expectativa é que a obra
seja iniciada em janeiro de 2009 e que gere 1,2 mil empregos. O projeto,
que será instalado no município de Arraial do Cabo, terá 54 turbinas com
2,5 MW de potência, cada. Segundo o diretor comercial da Siif, Marcelo
Picchi, uma das principais dificuldades foi a definição da linha de transmissão
que escoará a energia produzida no parque. (Brasil Energia - 11.12.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste atingem 48,4% Os reservatórios
do submercado Sudeste/Centro-Oeste atingem 48,4% do volume, com baixa
de 0,2%. O índice está 10,8% acima da curva de aversão ao risco. As usinas
de Corumbá I e Emborcação operam com 44,76% e 45,24%, respectivamente.
(ONS - 12.12.2008) 2 Reservatórios registram 87,8% do volume acumulado no Sul Os reservatórios registram 87,8% do volume acumulado no submercado Sul, o que representa baixa de 0,9%. O índice está 67,2% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Machadinho trabalha com 90,2% da capacidade de armazenamento. (ONS - 12.12.2008) 3 Reservatórios registram 36,7% no Nordeste Os reservatórios
registram 36,7% do volume no submercado Nordeste -, mantêndo-se estável.
O índice está 12,1% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho
opera com 22,04% da capacidade. (ONS - 12.12.2008) 4 Submercado Norte chega a 25,4% O nível
dos reservatórios do submercado Norte chega a 25,4% do volume acumulado,
mantêndo-se estável. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 16,06% da
capacidade armazenada. (ONS - 12.12.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Aprovada, Lei do Gás vai à sanção presidencial A Câmara dos Deputados aprovou ontem, em votação simbólica, a Lei do Gás. O presidente Lula tem 15 dias para sancionar o novo marco regulatório, cuja versão final é resultado de um acordo entre o MME, a Petrobras e oito associações do setor. O marco regulatório dá poderes legais ao CNPE para formular e implementar um plano de contingência para o GN, em caso de déficit no suprimento do insumo. Com a nova lei, o governo ganha o direito de definir uma lista de prioridades em situações de emergência. Um plano de contingência já chegou a ser preparado pelo ministério, mas teoricamente podia ser contestado pelos segmentos prejudicados, por falta de amparo legal. Uma das maiores controvérsias no projeto - as figuras do autoprodutor, do importador direto e do consumidor livre - foi solucionada no acordo. (Valor Econômico - 12.12.2008) 2 Mudanças da nova Lei do Gás devem baixar as tarifas para o consumidor A introdução
do regime de concessão para a construção de novos gasodutos no país, prevista
pela Lei do Gás, que foi aprovada ontem (11/12) pela Câmara dos Deputados,
deverá possibilitar uma maior competitividade no setor. "O objetivo é
buscar a modicidade tarifária, com tarifas mais baixas", explica o secretário
de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas
e Energia, José Lima de Andrade Neto. Ele garantiu que os contratos já
assinados serão preservados e que os estados continuarão tendo competência
para definir as regras de distribuição de gás. (Agência Brasil - 11.12.2008)
3 MME afirma que vai regulamentar Lei do Gás de forma rápida O MME prevê
um trabalho rápido para a regulamentação da Lei do Gás aprovada nesta
quinta-feira, 11 de dezembro, segundo José Lima de Andrade Neto, secretário
de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis. O marco regulatório
do mercado de gás foi destravado após acordo entre agentes, governo e
parlamentares. A legislação passou, então, por votação no Senado e na
Câmara em menos de uma semana. Com a chancela do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, a lei, então, vai para a regulamentação que será comandada
pelo MME. De acordo com Moraes, o processo deve ser feito com cuidado
para "não distorcer", o que foi concretizado com o acordo. O secretário
do MME disse que a regulamentação da lei se dará de forma rápida, já que
há consenso no mercado sobre os benefícios da lei. "O trâmite será rápido",
frisou. (CanalEnergia - 11.12.2008) 4 MPX Energia protocola EIA para UTE Castilla A MPX Energia
protocolou o estudo de impacto ambiental para o desenvolvimento da UTE
Castilla na retro-área do porto que está sendo implementado pelo Grupo
EBX na Hacienda Castilla, no Chile. A estimativa de investimentos no projeto,
de acordo com a companhia, é de aproximadamente US$ 2.100/kW instalado.
O estudo prevê a instalação de uma usina a carvão pulverizado, com módulos
de 350 MW, totalizando até 2.100 MW, o que equivaleria a aproximadamente
20% da capacidade instalada atual do Chile. O Plano da MPX é destinar
a energia ao mercado livre chileno, através de contratos que permitirão
o repasse integral dos custos de combustível ao preço do insumo. (CanalEnergia
- 11.12.2008)
Grandes Consumidores 1 Empresas param mais fornos e cortam compra de insumos O mercado
siderúrgico brasileiro está vivendo seu "inferno astral". O cenário desenhado
por especialistas do setor foi considerado "de tirar o fôlego" por analistas
de bancos e consultorias. O reflexo da crise mundial na produção de aço
no país foi mais forte do que as próprias usinas esperavam. Isso está
levando as companhias a tomar medidas preventivas até a retomada do mercado,
esperada para o segundo trimestre de 2009. (Valor Econômico - 12.12.2008)
A CSN não
reduziu produção até agora no país, mas cortou 40% na Lusosider, em Portugal
e 40% na sua unidade de Indiana, EUA, ambas laminadoras. Mas, segundo
fontes do setor, a empresa deverá "abafar" um de seus altos fornos em
Volta Redonda (RJ) no início de janeiro. (Valor Econômico - 12.12.2008)
Hoje, a
Usiminas, líder do setor no país no segmento de aços planos, pára seu
alto-forno número 1 até início de março. O alto-forno 2 da companhia já
parou para reforma no dia 5 e vai ficar assim até meados de maio. Por
causa da piora da demanda por aço, principalmente dos clientes da indústria
automobilística, esta parada foi antecipada. Ela estava prevista para
junho de 2009. Os dois altos-fornos da Usiminas produzem juntos 1,5 milhão
de toneladas. A direção da Usiminas decidiu também reduzir a compra de
pelotas, sem previsão para nova aquisição do produto, desde novembro até
fevereiro de 2009. (Valor Econômico - 12.12.2008) 4 Cosipa não ficará impune na crise A Cosipa,
subsidiária integral da Usiminas, também não ficará impune na crise. Não
há informação na empresa sobre o nível de redução de sua produção, mas
este mês a Cosipa não está comprando nem granulado, nem pelota da Vale,
somente minério do tipo fino, mas a um ritmo bem abaixo do de outubro.
Os volumes consumidos de minério fino são de 108 mil toneladas ao mês,
ante 280 mil toneladas mensais, ou seja, queda de 50%. Mas, este volume
também será impactado pela parada programada pela Cosipa para o seu virador
de vagões, equipamento usado no recebimento de minério por trem. (Valor
Econômico - 12.12.2008) 5 Vallourec-Mannesmann não pretende reduzir produção A Vallourec-Mannesmann
não pretende reduzir sua produção de tubos sem costura até este final
de ano. Mas, está cortando 29% no volume que compra de pelotas e 25% de
outros insumos para janeiro. A empresa está dando férias coletivas a partir
deste mês para funcionários de sua mina de Pau Branco. (Valor Econômico
- 12.12.2008) 6 ArcelorMittal sofre cortes na produção As unidades
da gigante ArcelorMittal, no Brasil, estão todas com produção sofrendo
cortes. A ArcelorMittal Tubarão - de placas e aços planos laminados -
está com seu alto-forno 2 parado com previsão para retorno em janeiro
de 2010. Dependendo do volume de pedidos para 2009 pode ser que pare seu
alto-forno 3, inaugurado no fim do ano passado. Foram programadas férias
coletivas de 5 a 25 de dezembro para o p pessoal da área de Laminação
de tiras a quente (LTQ). O LTQ produz 2,7 milhões de toneladas ano de
bobinas a quente e seu principal mercado é a indústria automobilística
e linha branca, muito afetados pela recessão global. A ex-Acesita, de
aço inoxidável, também da ArcelorMittal, está operando com um alto-forno.
A cada dez dias, os dois altos-fornos da empresa revezam a parada. Reduziu
bastante seu programa de compras de granulados e pelotas. Em aços longos,
na usina de Monlevade (MG), a gigante mundial está operando com consumo
reduzido de sinter-feed e não tem programa de compra de pelotas para os
próximos três meses. Esta é a primeira vez na história desta usina que
os empregados entrarão em férias coletivas a partir de 21 de dezembro.
A unidade da ArcelorMittal em Juiz de Fora já está em férias coletivas,
bem como a de Piracicaba (SP) durante todo este mês. (Valor Econômico
- 12.12.2008) 7 Vale e Baosteel discutem usina capixaba Vera Saavedra Durão O destino
da futura usina de placas de aço a ser construída em joint-venture da
Vale do Rio Doce com a chinesa Baosteel vai ser definido este fim de semana,
na China. A Companhia Siderúrgica de Vitória, que seria instalada no Pólo
Industrial e de Serviços de Ubu, município de Anchieta, Espírito Santo,
teve o local de construção vetado pelo governo capixaba na semana passada,
sob a alegação de questões ambientais. Amanhã, o presidente da Vale, Roger
Agnelli, e o diretor-executivo de ferrosos da mineradora, José Carlos
Martins, vão se reunir com a direção da Baosteel para definir uma posição
clara sobre a postura dos sócios em relação à mudança do local do projeto
da CSV. (Valor Econômico - 12.12.2008) 8 Bancos apresentam proposta à Aracruz Vanessa Adachi O grupo
de bancos credores da fabricante de celulose Aracruz encaminharam à companhia
uma proposta de renegociação da dívida de US$ 2,13 bilhões que se originou
a partir das operações com derivativos de câmbio. A essência da oferta
é que a empresa pague o que deve num prazo de sete anos, com uma taxa
de juro de Libor (a taxa interbancária de Londres) mais 7% ao ano. A Libor
para operações em dólar de um ano está em 2,53%. O grupo de dez bancos
também sugeriu à empresa que reduza o seu endividamento, com a venda de
ativos ou um aporte de capital dos controladores. Agora, a Aracruz, controlada
pelos grupos Votorantim, Safra e Lorentzen, terá que se posicionar em
relação à oferta e a expectativa é que apresente uma contraproposta. Procurada,
a empresa informou que não iria se pronunciar. (Valor Econômico - 12.12.2008)
9 Presidente da CSN não descarta demissões no setor O presidente
da CSN, Benjamin Steinbruch, não descartou demissões no setor diante da
crise econômica mundial. Segundo ele, não é objetivo de nenhum empresário
demitir, mas é preciso ter o mínimo de condições para cuidar das empresas.
Ele informou também que, por enquanto, não houve alteração nos preços
das commodities, porque os contratos vão até abril de 2009. Steinbruch
destacou que o problema continua sendo a demanda, pois não adianta nada
ter preço, mas não ter ninguém que compre. (Agência Brasil - 11.12.2008)
Economia Brasileira 1 BC vai usar reservas internacionais para emprestar a empresas O governo anunciou a criação de uma linha de empréstimo com recursos das reservas internacionais para ajudar empresas privadas e estatais a rolar empréstimos no exterior que vencem até o fim 2009. O objetivo é atenuar pressões sobre a taxa de câmbio e reduzir a sobrecarga no mercado doméstico de crédito, já que as empresas vinham substituindo captações no exterior por empréstimos internos. "As empresas passaram a captar no mercado interno e, assim, pressionaram os custos do crédito bancário", disse Henrique Meirelles, presidente do BC. Esse foi o caso, por exemplo, da Petrobras, que viu suas linhas de captação no exterior serem cortadas e passou a captar dentro do país, incluindo a contratação de empréstimo pela CEF. (Valor Econômico - 12.12.2008) 2 FGV: queda de 6% na indústria paulista O primeiro indicador do desempenho industrial paulista no mês de novembro apontou queda na atividade semelhante à de dezembro de 1997, no auge da crise financeira asiática. O Sinalizador da Produção Industrial (SPI), elaborado em parceria entre a FGV e a AES Eletropaulo, indicou para o mês passado queda de 6% na atividade industrial em relação a outubro, com ajuste sazonal. Em relação a novembro de 2007, houve retração de 6,3%. Nos acumulado de 12 meses, a taxa de expansão da atividade industrial fica em 6,7%, ante 8% nos 12 meses até outubro. A pesquisa é feita com base no consumo de energia pelas indústrias no período e apresenta resultados semelhantes aos da pesquisa industrial mensal do IBGE. Em outubro, por exemplo, o SPI apontou redução da atividade industrial paulista de 0,4% e a pesquisa do IBGE registrou queda de 0,2%. (Valor Econômico - 12.12.2008) 3
Pacote de R$ 8,4 bi visa estimular consumo 4 BNDES prevê mais desembolsos em 2009 Contrário
às perspectivas mais sombrias de redução do consumo no país, o BNDES vê
mais investimentos no varejo em 2009. A escassez de crédito nos demais
bancos deve impulsionar a procura por financiamento no banco de fomento,
avalia o chefe do departamento de Bens de Consumo, Comércio e Serviços
do BNDES, Carlos Eduardo Castello Branco. Ele projeta aumento na procura
por crédito no banco, especialmente por meio da nova linha de R$ 6 bilhões
de capital de giro lançada recentemente. Ele acredita que o volume de
contratações de crédito será superior ao de 2008, mas ainda inferior ao
de 2007, quando houve forte alta na renda dos consumidores. De janeiro
a novembro deste ano, os desembolsos para varejistas somaram R$ 4,391
bilhões. (Valor Econômico - 12.12.2008) 5 BNDES tem 70% dos recursos de 2009 O BNDES
já tem garantia de 70% dos recursos necessários para 2009, quando pretende
desembolsar cerca de R$ 100 bilhões, informou nesta quinta-feira o presidente
da instituição, Luciano Coutinho. De acordo com ele, os desembolsos do
banco até novembro deste ano já somam cerca de R$ 80 bilhões. Até o final
do ano, Coutinho estimou que deverão ser desembolsados em torno de R$
90 bilhões. "Está tudo caminhando bem. Estamos em várias frentes obtendo
recursos", afirmou Coutinho, que participou nesta manhã da abertura do
Seminário Internacional sobre Concessão de Aeroportos, realizado pela
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). (Gazeta Digital - 12.12.2008)
6 Sinal de corte da Selic derruba juro futuro Para não parecer que cedeu às pressões palacianas e dos empresários, o Copom do BC tentou encontrar uma fórmula mágica que lhe permitisse formalmente manter a Selic em 13,75% e, ao mesmo tempo e informalmente, reduzir o custo do dinheiro mínimo utilizado para definir as taxas do crédito bancário. Conseguiu, mas não plenamente. O viés de baixa extra-oficialmente acrescentado à decisão de não mexer na Selic por meio do confuso e ilógico comunicado pós-Copom derrubou os juros futuros. A taxa do swap de 360 dias caiu de 12,95% para 12,81%. Enquanto a Selic é uma meta de curto prazo, que vigora apenas até o Copom seguinte, o swap de 360 dias é de fato o juro básico da economia brasileira. (Valor Econômico - 12.12.2008) 7
Lula afirma que não vai faltar crédito 8 Lula manda o BB e a Caixa reduzirem juros A ministra-chefe
da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva determinou ao BBe s CEF revisão nas taxas cobradas nos empréstimos.
Segundo a ministra, a prioridade do governo será reduzir o custo de capital,
ampliar o crédito e manter os investimentos. "Querer obter maior lucratividade
em cima da retração brasileira não é correto", disse. A ministra frisou
que se referia às taxas de risco e à remuneração cobrada nas operações
bancárias. "Me refiro ao spread", explicou Dilma, alegando que não há
justificativa técnica para as elevações que têm ocorrido nas taxas de
juros, tanto pessoa física como jurídica. Neste mês, as taxas de juro
para empréstimo pessoal chegaram a 107,6% ao ano, as maiores desde 1999.
(Jornal do Commercio - 12.12.2008) O dólar
comercial opera com forte valorização na abertura dos negócios. Há pouco,
a moeda estava a R$ 2,402 na compra e a R$ 2,404 na venda, elevação de
2,51%. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM & F
registravam ganho de 3,07%, a R$ 2,417. Na quinta-feira, o dólar comercial
recuou 3,53%, a R$ 2,343 na compra e R$ 2,345 na venda. (Valor Online
- 12.12.2008)
Internacional A Shell
e a Essent assinaram um memorando de entendimentos para a realização de
estudos de viabilidade com vista à construção de uma térmica de 1.000
MW, com baixa emissão de CO2, na Holanda. O local ainda será definido,
mas tudo indica que será no Sudeste do país. O sistema a ser utilizado
gaseifica carvão e biomassa para a produção de gás de síntese, usado para
produzir hidrogênio. Esse processo torna mais fácil e barato a captação
do CO2, que será armazenado em capos deplecionados. O hidrogênio produzido
é usado em turbinas para gerar eletricidade. (Brasil Energia - 11.12.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LUDMER, Paulo. "Veto para que te quero!" CanalEnergia. Rio de Janeiro. 11 de dezembro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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