l IFE: nº 2.398 - 01
de dezembro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Regulação e Reestruturação do Setor 1 Inscrições para Fórum GESEL/Perspectivas 2009 estão abertas O planejamento
energético, a política energética, a operação do sistema elétrico, a regulação
setorial e a comercialização de energia no mercado livre estão na pauta
de debates do Fórum GESEL Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro para
2009. O fórum, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, acontecerá na próxima segunda-feira, dia 8
de dezembro, no Rio de Janeiro. Num cenário de crise econômica internacional
e buscando delimitar os parâmetros sobre o panorama do setor de energia
elétrica para o próximo ano, o fórum terá apresentações Marcio Zimmermann,
secretário-executivo do MME; Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE; Hermes
Chipp, diretor-geral do ONS; Edvaldo Santana, diretor da Aneel; e Antônio
Carlos Fraga Machado, presidente do Conselho de Administração da CCEE.
Inscrições e informações na Secretaria de eventos do GESEL, com Flora
Genial pelos telefones (21) 3873-5249 e (21) 2542-2490; ou pelo e-mail
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br. Site: http://www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/ (GESEL-IE-UFRJ
- 01.12.2008) 2 Ibama recorre de decisão contra licença ambiental para hidrelétrica de Jirau O Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
apresentou sexta-feira um pedido para que a Justiça Federal de Rondônia
reconsidere a decisão liminar que suspendeu a licença de instalação da
Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). (Agência Brasil - 28.11.2008)
3 Consórcio da Suez prevê que liminar contra obras cairá hoje A liminar que
resultou na paralisação das obras da usina hidroelétrica de Jirau, no
rio Madeira, pode ser reconsiderada hoje, e assim, possibilitar o atendimento
ao cronograma de obras estabelecido pelo consórcio responsável, o Enersus.
O principal motivo, segundo Victor Paranhos, presidente da empresa, é
o prolongamento, acima do normal, do período de seca na região. "Se a
liminar que impede a continuação das obras cair hoje, é possível fazermos
um esforço brutal para seguirmos com o cronograma", avaliou. Segundo ele,
todo o maquinário está no local onde a obra estava sendo realizada. (DCI
- 01.12.2008) 4 Compensação social por hidrelétricas 5 PNE 2030 terá revisão divulgada no segundo semestre de 2009 O PNE 2005-2030
está em fase de revisão na EPE e deve ser lançado no segundo semestre
de 2009. Segundo o diretor de Estudos Econômicos e Energéticos da EPE,
Amílcar Guerreiro, a revisão do PNE deve levar o horizonte de análise
para 2035, com base em dados de 2007. O plano deve considerar, entre outros
pontos, o crescimento médio do consumo de energia de 4% durante o período
e a revisão da expansão da oferta da biomassa. Já com relação ao Plano
Decenal de Expansão da Energia 2008-2017, a previsão é que o lançamento
ocorra ainda em dezembro. De acordo com Guerreiro, a EPE também pretende
incluir nas projeções de demanda nos próximos anos as previsões de setores
como eficiência energética e transportes. (CanalEnergia - 28.11.2008)
6 MME forma grupo de trabalho para estudar geração fotovoltáica O MME formou
um grupo de trabalho para estudar a geração distribuída com sistemas fotovoltáicos.
A intenção do MME é ter subsídios para montar uma proposta de política
para a geração fotovoltáica conectada à rede, em particular em edificações
urbanas, como um fator de otimização de gestão de demanda e de promoção
ambiental do país, em curto, médio e longo prazo. O grupo terá seis meses
para elaborar os estudos para propor condições e sugerir critérios para
a nova política. O GT será formado por sete especialistas do ministério
e de universidades. O grupo será coordenado por Paulo Leoneli, diretor
substituto do Departamento de Desenvolvimento Energético do MME. Além
do MME, participarão do grupo Cepel, USP, UFSC e Unifacs. (CanalEnergia
- 28.11.2008) 7 Cresce número de pedidos de registro de PCH A alteração das regras para a construção de PCHs no país levou a uma corrida das empreendedores à Aneel para registrar seus projetos antes das mudanças, que devem ser aprovadas ainda neste ano. É que a partir da entrada em vigor da nova regulamentação a Aneel vai exigir depósitos em garantia dos projetos, estabelecerá prazos para a entrada em operação comercial das usinas e ainda dará preferência para os donos de estudos de inventário. Somente no mês de novembro, a Aneel recebeu mais de duzentos pedidos de registros de projetos básicos e estudos de inventários. Entre abril e outubro deste ano, os pedidos superaram o número de 800. Todos esses projetos vão seguir o curso das regras ainda em vigor na Resolução 395, que só será alterada a partir da aprovação de um novo texto pela diretoria colegiada da Aneel. Havia uma expectativa de que o tema entrasse na pauta de amanhã da reunião de diretoria, o que não aconteceu. De qualquer forma, espera-se que até o fim do ano o novo texto da resolução seja aprovado. O número de projetos básicos de PCHs já chega a quase 1.000 em análise na agência. (Valor Econômico - 01.12.2008) 8 Fundação Coge elege novos membros
para conselhos curador e diretor
Empresas 1 Eletrobrás e Celesc fecham repasse de R$ 60 mi para recuperar sistema A Eletrobrás
e Celesc fecharam na sexta-feira, 28, acordo para liberação, em caráter
de emergência, de um empréstimo de R$ 60 milhões para a reconstrução do
sistema elétrico de Santa Catarina. A distribuidora catarinense receberá
a primeira parcela de R$ 15 milhões na quarta-feira, 3. A fonte dos recursos
será a Reserva Global de Reversão, fundo setorial administrado pela Eletrobrás.
O montante será aplicado no Vale do Rio Itajaí-Açu, área mais atingida
pelos temporais dos últimos dias. O acordo foi fechado em reunião entre
os presidentes da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, e da Celesc, Eduardo
Pinho Moreira. (CanalEnergia - 28.11.2008) A Chesf instalará reforços nos equipamentos de transmissão de energia em três SEs. Com duração média de 18 meses, as obras foram autorizadas esta semana pela Aneel. A empresa receberá RAP de R$ 1,3 milhão quando os reforços entrarem em funcionamento. Na SE Cícero Dantas, será implantado o terceiro transformador 230/69 kV - 50 MVA e conexões associadas, módulo de interligação de barras em 69 kV, e complemento do módulo de conexão de transformador com a mesma voltagem. A SE João do Piauí terá o complemento do módulo de conexão para os transformadores 230/69 kV, de 100 MVA. Na SE Açu II, haverá a substituição do segundo transformador de 230/138 kV, de 55 MVA, por outro de 230/138 kV, de 100 MVA. (Brasil Energia - 28.11.2008) 3 Manaus Energia inicia operação de 17 unidades geradoras da UTE Flores A Aneel autorizou
a operação comercial de 17 unidades geradoras da termelétrica Flores,
localizada em Manaus (AM), e que pertence à Manaus Energia. De acordo
com o despacho 4.373 publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira,
27 de novembro, as unidades somam 17 MW de capacidade instalada, 1 MW
de cada. (CanalEnergia - 28.11.2008) 4 Londrina Transmissora de Energia recebe Licença
Prévia para LT A Ampla fará
o plantio de cerca de nove mil mudas de árvores no Parque Estadual da
Serra da Tiririca, em Niterói. No sábado, 29, a concessionária assinou
com o Instituto Estadual de Florestas a parceria que tem como objetivo
neutralizar 2,6 mil toneladas de dióxido de carbono emitidas pela companhia.
(CanalEnergia - 28.11.2008)
Leilões 1 Aneel: leilões serão mantidos O diretor-geral
da Aneel, Jerson Kelman, disse que o planejamento do setor energético
não pode ficar condicionado às ameaças de embargo de obras importantes.
Ele se referia a pedidos de liminar para que o leilão de linhas de transmissão
do rio Madeira, realizado semana passada, e também da decisão da Justiça
em embargar a concessão da licença de instalação para a usina de Jirau.
Duas ações populares foram impetradas na Justiça de Rondônia pedindo a
suspensão do leilão. Os pedidos estão sendo analisados. O secretário-executivo
do MME, Marcio Zimmermann, disse que um dos argumentos contra o leilão,
de que a energia do Madeira não seria direcionada para a região Norte,
é falso. Zimmermann destacou que a interligação com o sistema isolado,
entre o Acre e Rondônia, começará a sair do papel em março, com a inauguração
de linhas de transmissão interligando o Centro-Oeste àquela região. (Jornal
do Commercio - 01.12.2008) 2 Aneel homologa resultado do leilão A-5 A Aneel homologou esta semana o resultado do leilão A-5, que aconteceu no último dia 30 de setembro. A agência também adjudicou o objeto do leilão aos empreendimentos vendedores que negociaram energia. Os contratos de comercialização de energia no ambiente regulado relativos à oferta hidrelétrica serão celebrados na modalidade quantidade de energia elétrica, enquanto os CCEARs de ofertas de outras fontes serão assinados por disponibilidade de energia elétrica, com início de fornecimento a partir de 2013. (CanalEnergia - 28.11.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 29/11/2008 a 05/12/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Preço do gás para a indústria pode subir 30% em SP O governo de São Paulo se reúne hoje para decidir se autoriza ou não pedido da Comgás de repasse tarifário para cobrir perdas com a defasagem no preço do gás. Se autorizado, esse repasse representará aumento de 30% na tarifa de gás cobrada da indústria paulista. O reajuste sobre o preço do gás residencial deve ser menor. A tendência do governo, segundo a Folha apurou, é não autorizar que haja o repasse pedido pela Comgás, maior distribuidora do país. A empresa distribui gás canalizado para mais de 700 mil consumidores paulistas. A reunião para discutir se autoriza ou não o pedido deverá contar com a presença de Mauro Ricardo, secretário estadual de Fazenda; Dilma Pena, secretária de Minas e Energia; Aloysio Nunes Ferreira, chefe da Casa Civil, e de representantes da Arsesp. Ao pedir autorização ao governo para o repasse, a Comgás afirma que compra o gás da Petrobras a preço superior ao que repassa ao consumidor. (Folha de São Paulo - 01.12.2008) 2 ANP ofertará áreas com gás em Mato Grosso Uma das regiões
que mais produzem grãos no planeta pode abrigar as primeiras plantas de
exploração de petróleo e gás natural do Centro-Oeste. A estimativa é da
ANP, que ofertará em dezembro seis blocos exploratórios localizados na
região da Chapada dos Parecis (em Mato Grosso, a 350 km de Cuiabá)."A
bacia de Parecis tem fortes indícios de gás natural", disse à reportagem
Magda Chambriard, diretora da ANP. Os seis blocos somam 14 mil quilômetros
quadrados -a segunda maior extensão entre os oito setores em terra ofertados
nas regiões Sul (Paraná), Sudeste (Minas Gerais), Norte (Amazonas) e Nordeste
(Bahia, Sergipe, Alagoas e Rio Grande do Norte). (Folha de São Paulo -
29.11.2008) 3 Cemig vai estrear em leilão de petróleo A Cemig vai
estrear nos leilões da ANP na décima rodada, prevista para 17 e 18 de
dezembro, quando serão ofertados 130 blocos em terra. Além da Cemig, o
governo de Minas habilitou também a Codemig, que atua na realização de
projetos, obras, serviços e empreendimentos, com destaque para o setor
de infra-estrutura. Até ontem, 30 empresas tinham sido habilitadas. (Folha
de São Paulo - 29.11.2008) 4 Eletronorte escolhe sócio para implantação e operação de térmica A Eletronorte
escolherá até meados de dezembro a empresa para formar uma SPE para implantação
e operação de uma térmica a biomassa de 50 MW. Segundo o diretor de Novos
Negócios da estatal, Wilson Fernandes, os técnicos da empresa já estão
visitando os sites para a construção da usina. A escolha da empresa aconteceria
em outubro, mas o atraso, de acordo o executivo, deveu-se à grande quantidade
de propostas recebidas. A Eletronorte divulgou a chamada pública em julho.
A usina será constituída por duas unidades geradoras, de 25 MW cada. A
Eletronorte vai aproveitar duas unidades já compradas e que nunca foram
utilizadas. A empresa vencedora da chamada pública vai arcar com os custos
de instalação e implantação da térmica. (Brasil Energia - 28.11.2008)
5 Cemig inaugura subestação a óleo vegetal A Cemig inaugura na segunda-feira, 01/12, uma subestação móvel, de 138 kV, totalmente isolada a óleo vegetal. O equipamento será utilizado no atendimento a emergências e reparos. A unidade foi desenvolvida pela companhia mineira e a ABB. O equipamento tem capacidade de 15 MVA, suficiente para atender a uma população de aproximadamente 50 mil habitantes. Além de agilizar a prestação dos serviços, a SE móvel apresenta um alto desempenho elétrico e térmico. O óleo vegetal utilizado é totalmente biodegradável e não contém produtos que possam prejudicar o meio ambiente. (Brasil Energia - 28.11.2008) 6 Iniciativa privada pode investir em geração nuclear, diz estudo jurídico A produção de energia elétrica por meio de usinas nucleares não é monopólio da União, na avaliação do advogado Julião Coelho, contratado pela Associação Brasileira de Produtores Independentes de Energia Elétrica para analisar os aspectos jurídicos do tema. Segundo Coelho, a Constituição Federal abre espaço em favor da participação privada na geração nuclear ao prever o regime de permissão no uso de radiosiótopos para usos industriais. Coelho explicou que o artigo 21 da Constituição estabelece que "sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas", como é o caso do combustível utilizado por usinas nucleares. Além disso, a noção de indústria é definida como uma atividade caracterizada pela transformação de matérias-primas para produção de bens. (CanalEnergia - 28.11.2008)
Grandes Consumidores 1 Usiminas corta até 40% dos investimentos A Usiminas já
decidiu cortar de 30% a 40% o investimento inicial previsto para o ano
que vem, de R$ 7 bilhões, como reação à crise econômica internacional.
Com a maior parte de suas vendas de aços planos direcionada à indústria
automobilística nacional, a siderúrgica já sente uma forte diminuição
dos pedidos do setor e deu a partida em um processo de redução da produção.
Segundo o presidente da Usiminas, Marco Antônio Castello Branco, a crise
também afetou os planos para a nova unidade de Santana do Paraíso (MG),
que será construída no terreno ocupado hoje por um aeroporto da Usiminas.
Inicialmente, a empresa planejava começar as obras da unidade para que
ela estivesse apta a usar sua capacidade total de produção, de 5 milhões
de toneladas, em 2011 (Folha de São Paulo - 30.11.2008) 2 Vale leva empresa de gás e petróleo A Vale anunciou
a compra da PGT (Petroleum Geoscience Technology Ltda.) por R$ 15 milhões,
que devem ser pagos em parcelas anuais até 2013. A Vale afirmou, por meio
de um comunicado divulgado ontem, que a aquisição da empresa especializada
em exploração e produção de petróleo e gás está alinhada à sua estratégia
de investir na produção própria de gás natural para suprir suas operações
no Brasil e no exterior. (Folha de São Paulo - 29.11.2008) 3 Braskem vai utilizar us$ 160,2 mi do BNDES A Braskem S.A.,
a maior processadora de produtos petroquímicos da América Latina, pretende
empregar R$ 370 milhões (US$ 160,2 milhões) de financiamento do BNDES,
o banco de fomento estatal brasileiro, em novos projetos. A empresa deu
a unidade de polietileno de Triunfo (RS), em garantia pelo empréstimo,
disse Nelson Letaif, porta-voz da Braskem. Os recursos são parte da linha
de crédito de R$ 600 milhões oferecida pelo BNDES à Braskem no ano passado.
(Folha de São Paulo - 29.11.2008) 4 Alumínio acumula queda de 27% no ano O alumínio registrou
a maior seqüência de perdas em nove anos em Londres, empurrado por especulações
de que o aumento das vendas externas do produto chinês, o maior produtor
mundial, vão exacerbar a situação de superoferta mundial. O contrato de
alumínio para entrega em três meses caiu US$ 14, ou 0,79%, para US$ 1.756
a tonelada, na Bolsa de Metais de Londres (LME), elevando a retração de
novembro para 12,6%. O metal perdeu valor por cinco meses consecutivos,
o mais longo período de retração desde o encerrado em fevereiro de 1999.
No ano, o metal registra queda de 27%. Os estoques de alumínio nos armazéns
monitorados pela LME deram um salto de 6.975 toneladas, para 1,8 milhão
de toneladas, o maior volume desde 6 de dezembro de 1994. (Gazeta Mercantil
- 01.12.2008)
Economia Brasileira 1 Fazenda trava com BC disputa sobre juro ao consumidor O Ministério da Fazenda e o BC têm travado uma disputa de bastidores por causa da decisão do governo de tentar forçar os bancos a reduzir o "spread" embutido no custo dos empréstimos. Na prática, o que o governo quer com isso é evitar a alta das taxas cobradas dos consumidores, pois o "spread" é quanto o banco cobra a mais para repassar o dinheiro aos seus clientes. Nele estão incluídos desde impostos e risco de inadimplência à margem de lucro esperada. Com a crise financeira internacional, os juros nessas operações têm subido, o que reforça ainda mais a retração no mercado de crédito. E isso terá efeito negativo sobre o crescimento da economia em 2009. Para a Fazenda, uma queda no "spread" depende de redução na Selic, a taxa de juros fixada pelo BC em 13,75% ao ano e que serve de referência para as instituições financeiras definirem o custo dos financiamentos. (Folha de São Paulo - 01.12.2008) 2 País pode crescer só 0,5% em 2009, diz ONU O Brasil poderá ter crescimento econômico quase nulo em 2009, caso se materialize o cenário pessimista traçado pelas Nações Unidas ante o agravamento da crise financeira. Se as condições continuarem a piorar e em seis meses os pacotes lançados por vários governos no mundo não surtirem o efeito de estimular o consumo e a produção e destravar o crédito, a previsão da ONU é que o PIB brasileiro tenha expansão de apenas 0,5% em 2009 e que a economia global recue 0,4%. As projeções, antecipadas ontem em Doha, estão no relatório anual da organização sobre as perspectivas econômicas mundiais, que será divulgado em janeiro. Como de hábito, o estudo tem três cenários: o base, o otimista e o pessimista. No cenário base, o crescimento econômico do Brasil em 2009 ficaria em 2,9%, pouco abaixo da estimativa atual do FMI, de 3%. É justamente de 3% o percentual "otimista" da ONU. (Folha de São Paulo - 01.12.2008) 3 Governo pressiona por redução dos juros 4 Crédito para empresas teve recuperação de só 1,2% Estatísticas
utilizadas pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, em palestra ontem,
na Federação de Comércio do Estado do Rio, ilustram o "colapso" de crédito
que atingiu as empresas desde setembro, com o agravamento da crise financeira
global. Nos primeiros oito dias úteis de novembro, a concessão de crédito
para empresas teve alta de apenas 1,2% -contra elevação de 14,8% para
as pessoas físicas, no mesmo período. Os números corroboram a preocupação
de muitos economistas, que temem agora que a falta de crédito afete a
saúde financeira das empresas, o chamado "risco corporativo". Na média,
a concessão de crédito cresceu 5,7% nos oito primeiros dias úteis deste
mês. Apesar da recuperação, é insuficiente diante da contração de outubro
-nos oito primeiros dias úteis do mês passado, o volume de crédito cedeu
13% na comparação com o mesmo período de setembro. Apesar disso, Meirelles
disse que o Brasil está forte para enfrentar a crise financeira global
com o país registrando crescimento da massa salarial, do consumo doméstico
e do nível de atividade industrial. (Folha de São Paulo - 29.11.2008)
5 Confiança da indústria cai ao pior nível em cinco anos O cenário de
crise financeira internacional levou o pessimismo dos industriais ao seu
pior grau em cinco anos. O ICI da FGV caiu 19,4% entre outubro e novembro,
passando de 104,4 para 84,1 pontos, o menor nível desde julho de 2003.
Em outubro, o indicador já havia apresentado queda de 9,2% ante setembro,
na primeira medição depois do pedido de concordata do banco de investimentos
norte-americano Lehman Brothers. Piorou a percepção dos empresários tanto
em relação à situação atual como em relação às expectativas para até os
próximos seis meses. Na resposta sobre o nível de demanda por produtos
industriais, por exemplo, apenas 4,6% disseram que as encomendas continuam
fortes, ante 17,9% em outubro. Já sobre a situação futura, 23% dos empresários
consultados prevêem melhora dos negócios nos próximos seis meses, enquanto
27,7% vislumbram piora. Segundo a FGV, trata-se do pior resultado para
esse quesito desde dezembro de 1998. (Folha de São Paulo - 29.11.2008)
6 País tem alta taxa de fechamento de empresas De 2000 a 2006, o número de empresas registradas no Brasil aumentou, em média, 232,8 mil por ano, passando de 3,7 milhões para 5,1 milhões. O maior incremento ocorreu no ano de 2001, com 499 mil unidades, e o menor, em 2006, com apenas 46,4 mil. Os dados constam do estudo "Demografia de Empresas 2006". Segundo a pesquisa, divulgada ontem pelo IBGE, em média 726,6 mil empresas abriram as portas a cada 12 meses, enquanto 493,8 mil fecharam. Isso representa uma taxa média de entrada no mercado de 16,9%, contra uma taxa de saída de 11,2%. Na comparação com dados da OCDE, o IBGE verificou que os resultados brasileiros, nos dois casos, são bem mais elevados do que os verificados em muitos países desenvolvidos. Na Austrália, por exemplo, essas mesmas taxas de entrada e saída são de 11,2% e 4,1%, respectivamente. Já na Suécia, de 11,7% e 5%. (Folha de São Paulo - 29.11.2008) 7 Lula diz que aprovará a reforma tributária 8 Ipea: governo deveria alterar seu perfil de gastos Para o presidente
do Ipea, a superação da crise dependerá de decisões políticas, e que 2009
será um grande teste para o governo Lula. Com a desaceleração econômica
que se projeta para os próximos anos, "empresas reduzirão investimentos,
famílias conterão o consumo". Por este motivo, Pochmann considera fundamental
mudar a composição do gasto brasileiro, reduzir a taxa Selic e o desperdício
com o pagamento de juros. Desta forma, haverá mais recursos disponíveis
para mantér o nível de atividade econômica. (Gazeta Mercantil - 01.12.2008)
9 PIB do trimestre deverá fechar em 5,2% A retração da
economia brasileira deve aparecer a partir último trimestre de 2008, quando
os efeitos da política de aperto monetário, iniciado em abril pelo Banco
Central, e o agravamento da crise financeira internacional se tornarem
mais significativos no desempenho do PIB. Essa é a percepção do economista
do Ipea, órgão vinculado ao Ministério do Planejamento, Leonardo Mello
de Carvalho. Segundo ele, no terceiro trimestre deste ano (de julho a
setembro), o PIB deve crescer 5,2% sobre igual etapa de 2007. Já na comparação
com o segundo trimestre de 2008, o avanço deve ser apenas de 3,2% - estima
o economista do IPEA. Enquanto que para o quarto trimestre ele assegura
que o crescimento ficará bem abaixo do terceiro, mas não arrisca previsão.
(Gazeta Mercantil - 01.12.2008) 10 Bernardo diz que País não tem risco de recessão O ministro do
Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, afirmou na sexta-feira,
em Curitiba, que é inevitável que a economia do Brasil apresente reflexos
da crise mundial, mas garantiu que o País não corre o risco de sofrer
recessão, como está ocorrendo na Europa e Ásia. Segundo o ministro, apenas
alguns setores serão imediatamente afetados, como o de automóveis que
já apresenta queda de 2,1% na produção. Ele garantiu que todas as medidas
tomadas pelo governo até agora serão mantidas. (DCI - 01.12.2008) 11 IPC-S fecha novembro com alta de 0,56%, a maior do 2o semestre O IPC-S fechou
o mês de novembro com alta de 0,56 por cento, o maior avanço para semanas
de encerramento de mês registrada no segundo semestre, informou a FGV
nesta segunda-feira. Na terceira semana de novembro, o IPC-S havia subido
0,57 por cento. No fechamento de outubro, o indicador teve alta de 0,47
por cento. "Em relação à última apuração, a principal contribuição para
o recuo da taxa do IPC-S partiu do grupo Alimentação", afirmou a FGV em
comunicado. (Reuters - 01.12.2008) O dólar comercial
registra alta na abertura dos negócios nesta segunda-feira. Há pouco,
a moeda estava a R$ 2,356 na compra e a R$ 2,358 na venda, acréscimo de
1,85%. No mercado futuro, os contratos de janeiro negociados na BM & F
subiam 1,23%, a R$ 2,378. Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial
avançou 1,49%, a R$ 2,313 a compra e R$ 2,315 na venda. (Valor Online
- 01.12.2008)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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