l IFE: nº 2.393 - 24
de novembro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Liminar suspende licença para usina de Jirau A 3ª Vara Federal
de Porto Velho concedeu liminar que suspende a licença parcial de instalação
dada às obras preliminares da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira.
O juiz Élcio Arruda acatou um pedido do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos
Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS). A decisão judicial
pode comprometer definitivamente a tentativa do consórcio Enersus de antecipar
a entrada em um ano à entrada em funcionamento da hidrelétrica. O Ibama
havia dado na própria quinta-feira a licença parcial, anunciada uma semana
antes. Autoridades do setor elétrico pressionaram a autarquia ambiental
com a alegação de que a perda da "janela hidrológica", com a chegada do
período chuvoso na região, poderia atrasar as obras da usina. Na liminar,
o juiz Élcio Arruda afirmou que a licença parcial é "figura estranha aos
normativos vigentes" e contestou frontalmente a argumentação da janela
hidrológica. (Valor Econômico - 24.11.2008) 2 Ministério Público questiona liberação de usinas O procurador
da República no Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, deu entrada em duas ações
civis públicas pedindo a paralisação das obras das pequenas centrais hidrelétricas
no rio Juruena. São dois os principais motivos apontados pelo procurador.
Ele alega que o Ibama é que deveria ter feito a análise ambiental dos
projetos e que, apesar de não estarem localizadas em terras indígenas,
as obras interferem na vida dos índios e por isso as obras precisariam
ter a autorização do Congresso Nacional. Avelar diz que até mesmo a Funai
já mudou de posição quanto à questão. Uma etnia indígena, apoiada pela
Funai, exige a paralisação das obras por pelo menos um ano, para maiores
estudos de impacto ambiental. (Valor Econômico - 21.11.2008) 3 Alto Juruena: venda de energia renderá R$ 110 mi por ano As cinco PCH's
em construção no Alto Juruena vão render por ano para a empresa Juruena
Participações e Investimentos R$ 110 milhões. Esse é o valor da venda
dos cerca de 92 MW médios de energia no Proinfa em contrato de duração
de 20 anos. Para ter esse rendimento, os investimentos necessários também
são elevados, totalizando R$ 520 milhões. O presidente da Juruena, Mauro
Boschiero, afirma que a empresa vai construir as PCHs. Com tanto investimento
em jogo, a disposição em resolver as pendências com os índios levou a
empresa a bancar a ida dos 84 Enawenê Nawê a Brasília no início do mês.
(Valor Econômico - 21.11.2008) 4 Aneel disponibiliza nota técnica da cota-parte
de Itaipu 5 Aneel publica regras para compra de energia de reserva O Diário Oficial
da União desta quarta-feira (19) traz publicadas as disposições para a
compra de energia de reserva e aprova o modelo do Contrato de Uso da Energia
de Reserva (Conuer). De acordo com a Resolução Normativa n.º 337 da Aneel,
a CCEE deverá promover a gestão dos recursos financeiros para a operacionalização
do processo de compra. (DCI - 19.11.2008) 6 Minc pede revisão na forma de calcular a tarifa-base dos leilões O ministro do
Meio Ambiente, Carlos Minc, revelou que solicitou ao MME, à Aneel e à
EPE a revisão do cálculo que determina a tarifa-base dos leilões de energia
nova. A meta dele é reduzir a diferença de preço que, a seu ver, favorece
empreendimentos que utilizam combustíveis fósseis para a geração, mas
que são mais poluentes e mais caras quando entram em operação. "Apresentamos
um novo cálculo, pois o que existe hoje favorece as termoelétricas em
demasia e cria obstáculos para a eólica e a solar", explicou o ministro.
"Nossa proposta de revisão foi aceita, tanto o Kelman (Aneel), Zimmermann
(MME), e o Tolmasquim (EPE) concordaram com esse recálculo", afirmou.
(DCI - 24.11.2008) 7 Aneel estipula novas metas para distribuidoras de SP A Aneel estipulou as novas metas de duração (DEC) e a freqüência (FEC) de interrupções no fornecimento de energia elétrica para quatro distribuidoras de energia de São Paulo para o próximo ano. Mas os valores para o período 2009-2012 serão divulgados na próxima semana no Diário Oficial da União. As metas foram estabelecidas para CEEE, Companhia Jaguari de Energia, CPFL Paulista e CPFL Sul Paulista. As novas metas DEC e FEC deverão ser informados aos consumidores destas distribuidoras em carta anexa à conta de energia. De acordo com a Aneel, o DEC indica o tempo médio em que as unidades consumidoras ficaram sem energia e o FEC indica o número médio de vezes que ocorreu interrupção no fornecimento dessas unidades. (Setorial News - 23.11.2008) 8 CCEE vê espaço para mercado livre
participar da expansão da oferta A SPE Energia Sustentável do Brasil ainda está analisando as propostas de fornecedores dos equipamentos de geração da hidrelétrica de Jirau (RO, 3.300 MW). Segundo o diretor de Novos Negócios da GDF Suez, Gil Maranhão Neto, a empresa possui propostas de quatro fornecedores, mas dois estão com ofertas mais concretas. (CanalEnerga - 21.11.2008) A Aneel liberou para início de operação comercial a usina eólica Taíba Albatroz (16,5 MW). Localizada no município de São Gonçalo do Amarante (CE), a eólica vinha operando em regime de testes desde o dia 7 de outubro. A usina faz parte do Proinfa. A unidade pertence à Bons Ventos e possui, no total, oito unidades geradoras: sete de 2,1 MW cada e uma de 1,8 MW. (Brasil Energia - 21.11.2008)
Empresas 1 Eletrobrás busca financiamento para obra do PAC A Eletrobrás
vai retomar em dezembro o processo de pedido de financiamento para a construção
da UHE Serra do Facão, disse o presidente da estatal, José Muniz Lopes.
Segundo ele, Furnas comprou a parte da Gallway Projetos em Energia na
SPE, que é a responsável pela construção da usina. O BNDES suspendeu a
liberação de R$ 540 milhões para o projeto, devido ao fato de a Gallway
estar inadimplente com o banco em outros projetos. Muniz garantiu que
Furnas já pagou pelos 50,1% de participação da Gallway na SPE. O investimento
total chega a R$ 770 milhões. A obra está listada no PAC e terá potência
de 210 MW. Muniz disse também que a estatal negocia com o Banco Mundial
US$ 550 milhões para a reestruturação das distribuidoras das regiões Norte
e Nordeste. (Folha de São Paulo - 20.11.2008) 2 Eletrobrás estuda construção de cinco hidrelétricas no rio Tapajós O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, declarou na quarta-feira, 19, que a empresa está estudando a viabilidade de construir cinco UHEs no Rio Tapajós, que vão gerar 10.680 MW. A idéia é que estas usinas sejam colocadas para leilão em um prazo até junho de 2010. Segundo Muniz, essa usinas seguirão o modelo de plataformas, proposto pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, sem ligação por estradas entre a cidade mais próxima e o local da usina. Muniz também declarou que a UHE Belo Monte deverá mesmo ser licitada no próximo ano e poderá ser concebida no conceito de usina-plataforma, proposto por Carlos Minc. (Setorial News - 19.11.2008) 3 Eletrobrás estuda três novas linhas de transmissão no norte A Eletrobrás
está estudando a construção de três novas LTs no norte do país. O estudo
será entregue à EPE, como sugestão para ampliar as ligações ao SIN. O
objetivo é incluir os projetos no planejamento energético da EPE. Segundo
o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, uma das linhas seria
para ligar as seis UHEs no Peru, ao Acre, de onde sai a linha Acre-Rondônia,
ligando o estado ao SIN. A segunda LT seria para ligar Boa Vista a Manaus,
com 700km e 230kW. Neste caso, o impacto ambiental seria mínimo, porque
o projeto prevê que a linha siga paralela à BR-174. De Manaus sairá a
terceira linha, também para Rondônia. (DCI - 20.11.2008) 4 GDF Suez avalia novos projetos, mas não de imediato
5 Endesa Brasil quer ampliar capacidade de geração para 4% nos próximos 10 anos O diretor de
Regulação da Endesa Brasil, José Alves de Mello Franco, disse na sexta-feira,
21, que a holding pretende expandir a sua participação em geração no país
nos próximos 10 anos para um patamar de 4%. Segundo ele, o plano envolve
investimentos em energias renováveis, projetos térmicos a gás natural
e a carvão e grandes hidrelétricas. O crescimento na geração será feito
de modo que o portfólio fique equilibrado com a distribuição, cuja participação
hoje é de 7%. Franco ressaltou que a empresa não descarta aquisições -
na distribuição, seria a única saída no âmbito de uma esperada consolidação
no segmento. Ainda de acordo com o executivo, a empresa não descarta entrar
na disputa pela Cesp numa eventual retomada do processo de privatização.
(CanalEnerga - 21.11.2008) 6 Cemig disputará linhas das usinas do Madeira A Cemig vai
participar do leilão das LTs que vão levar a energia das usinas do rio
Madeira, no Norte do País, para a região Sudeste, informou o diretor comercial
da estatal, Bernardo Alvarenga Salomão. "Vamos entrar na disputa com um
consórcio, mas nossa participação será minoritária", adianta o executivo.
O leilão, que receberá investimentos de R$ 7,2 bilhões, está marcado para
ocorrer na quarta-feira, 26, no Rio de Janeiro. A expectativa do mercado
é de que a Cemig ingresse na disputa ao lado da construtora Andrade Gutierrez
e da estatal Eletronorte. Questionado sobre se a formação do consórcio,
Salomão afirma que não pode confirmar a informação. (Gazeta Mercantil
- 24.11.2008) 7 STF suspende decisão que liberou dividendo da Eletropaulo A ministra Ellen
Grace, do STF, suspendeu na semana passada a decisão do TRF da 1ª Região
que havia liberado o pagamento dos dividendos da Eletropaulo no valor
de R$ 360 milhões e que tinham sido bloqueados em agosto por uma execução
fiscal da Fazenda Nacional. Como os dividendos já foram pagos, um advogado
tributarista de um importante escritório paulista explica que nesse caso
a empresa teria duas opções: pedir de volta o dinheiro pago aos acionistas,
o que é muito difícil, ou registrar contabilmente o pagamento como empréstimo
e arcar com as cargas fiscais de um mútuo. (Valor Econômico - 24.11.2008)
8 Cemig pretende disputar todos os lotes no leilão do "Linhão" A Cemig deve finalizar até o inicio da semana que vem como participará do leilão do Linhão do Madeira, que acontece na próxima quarta-feira (26) e coloca em disputa a linha da transmissão que interligará as usinas do rio Madeira, Santo Antonio e Jirau, à cidade de Araraquara (330 km de São Paulo). Segundo o seu diretor comercial, Bernardo Salomão, a empresa ainda está mantendo reuniões para verificar a possibilidade de participação minoritária ou se vai ao leilão de forma independente para disputar todos os lotes. (DCI - 20.11.2008) 9 Efficientia e a LDC Bioenergia inauguram linha de transmissão em MG A Efficientia, subsidiária da Cemig (MG), e a LDC Bioenergia inauguraram na quinta-feira, 20 de novembro, linha de transmissão interligando as subestações da usina sucroalcooleira e da distribuidora, em Lagoa da Prata (MG). O projeto da linha, que tem 6,25 quilômetros de extensão e tensão em 138 kV, prevê ainda a ampliação da subestação da Cemig, capacitando-a para receber a energia gerada pela usina, que terá 40 MW de capacidade e geração de mais de 28,8 mil MWh por mês durante o período de safra. A empresa explicou que a construção do empreendimento teve como objetivo melhorar a confiabilidade do sistema na região, reduzindo as quedas de tensão. Segundo a Cemig, parte da energia cogerada será utilizada para o abastecimento da própria usina, enquanto o excedente será absorvido pelo sistema de distribuição da companhia. (CanalEnerga - 21.11.2008) A catarinense
Iguaçu Energia venceu o Prêmio Iasc Brasil 2008, com a melhor avaliação
dos consumidores das 64 distribuidoras do país, com um índice de 83,98.
No segundo lugar ficou a DME Poços de Caldas, com 81,19. A média nacional
foi de 62,62. O prêmio foi entregue pela Aneel em cerimônia na quarta-feira,
19/11, em Brasília. (Brasil Energia - 19.11.2008)
Leilões A CCEE habilitou
35 distribuidoras para o leilão de energia existente (A-1), programada
para o próximo dia 28, em São Paulo. Participam da concorrência como vendedoras
a Eletronorte e a Tradener. O leilão negociará contratos de cinco anos
com início de suprimento a partir de 1º de janeiro de 2009. O preço inicial
estabelecido é de R$ 121/MWh. A concorrência será realizada em duas etapas,
sendo a primeira com negociação em múltiplas rodadas com um preço corrente
e um preço de lance em cada rodada. Na segunda fase ocorrerá uma única
rodada a preços discriminatórios. (Brasil Energia - 21.11.2008) 2 14 empresas disputarão leilão de ICGs A Aneel habilitou 14 empresas para disputar o leilão de concessão de instalações de transmissão que irão conectar 27 usinas de biomassa e PCHs dos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul ao SIN. Do total, 12 empresas são nacionais e duas são espanholas: Cobra Instalaciones Y Servicios e Isolux Ingeniería. A concorrência, marcada para a próxima segunda-feira (24/11), ofertará 36 linhas de transmissão e 22 subestações, divididos em três lotes. A operação dos empreendimentos está prevista para 18 meses, contados a partir da assinatura dos contratos de concessão. (Brasil Energia - 21.11.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Mau uso de energia causa perdas de R$ 11 bi O mau uso
da energia elétrica no Brasil causa perdas de R$ 11 bilhões. A estimativa
é do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, que alerta a população
para se adequar a medidas simples, mas eficientes para poupar eletricidade,
economizar na conta e ainda cooperar com o meio ambiente. "A população
aprendeu muitas formas de economizar energia no apagão em 2001. Entretanto,
grande parte esqueceu da necessidade de continuar a controlar os excessos",
alertou o presidente do Sindicato, Carlos Reis. Entre os eletrodomésticos
e aparelhos eletrônicos, os que mais gastam energia são o chuveiro e a
geladeira, que representam, respectivamente, 25% e 35% do conumo total
de uma residência. (Setorial News - 21.11.2008) 2 Preço da energia no mercado livre cai até 18% O preço utilizado como parâmetros para negociação de energia elétrica no mercado livro, o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), registrou queda de até 18% na semana entre 22 a 28 de novembro. O que causou a redução foi a previsão das chuvas, que ocorreram acima da média nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. De acordo com a CCEE, os valores se fixaram em R$ 93,74 para o patamar de carga pesada, R$ 93,60 para carga média e R$ 91,04 para a leve nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. O submercado Sul registrou R$ 91,04 em todos os patamares. (Setorial News - 22.11.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 22/11/2008 a 28/11/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 10ª rodada já tem 13 empresas Mais cinco empresas se habilitaram para participar do 10º leilão de áreas de petróleo e gás natural da ANP, entre elas a Petrobras, elevando para 13 o número de interessados na disputa por blocos em terra prevista para os dias 17 e 18 de dezembro, no Rio de Janeiro. (DCI - 24.11.2008) 2 Biomassa de origem animal em SC A Celesc Geração
vai erguer em Santa Catarina quatro usinas de 30 MW cada que usam biomassa
de origem animal para gerar energia elétrica. Localizadas no Meio Oeste,
região de Chapecó, onde estão concentradas as maiores criações de aves
e suínos do estado, as usinas vão gerar 22 MW médios. O investimento total
está calculado em R$ 450 milhões. Como não conseguiu bidar esses projetos
no 1º Leilão de Reserva, em agosto, a empresa resolveu negociar a venda
da energia no mercado livre. Juntamente com a norte-americana ContourGlobal,
espera implantá-los num prazo estimado de 24 meses. (Brasil Energia -
21.11.2008) 3 Estímulo à geração com biogás A Haztec, grupo
brasileiro de soluções na área de meio ambiente, assinou um acordo com
a belga WaterLeau para estimular o desenvolvimento do mercado nacional
de geração de energia a partir de resíduo urbano, estimado em 500 MW de
potência. A idéia é colocar à disposição da indústria brasileira técnicas
de usinas de energia abastecidas com lixo doméstico. O documento prevê
ainda a transferência de tecnologia desenvolvida pela Aquamec para o tratamento
de água por meio de membranas, sistemas de controle de poluição atmosférica,
reuso de água e dessalinização de água do mar. (Brasil Energia - 21.11.2008)
4 Indefinição na energia nuclear faz Areva focar só em Angra 3 Uma das maiores
empresas do setor nuclear, a Areva NP, está focada no projeto de Angra
3 (RJ) e ainda não tem uma decisão sobre qualquer ação para atender ao
anunciado plano nuclear brasileiro, que está contido no Plano Nacional
de Energia 2030 e inclui a construção de quatro a oito centrais termonucleares.
Uma das razões é a indefinição quanto a localização e o número de usinas
que poderão ser levantadas nesse período, e nesse contexto estão as declarações
do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que afirmou a possibilidade
de o País construir 50 usinas. (DCI - 21.11.2008)
Grandes Consumidores 1 Setor de siderurgia brasileira sofre queda de vendas A siderurgia
brasileira soma, em 2008, altas de preço de quase 50% no mercado doméstico.
Para responder à demanda crescente, as usinas direcionaram quase toda
a produção para o mercado interno e planejaram grandes investimentos em
expansão. Agora, com a crise internacional, as empresas já admitem que
o cenário será mais fraco no quarto trimestre. As vendas tiveram, em outubro,
uma queda de 6% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo o Inda.
Na comparação com setembro, a queda foi de 14%. A entidade espera uma
retração de 30% nas vendas do primeiro trimestre de 2009 em comparação
com 2008. (DCI - 21.11.2008) 2 Maior siderúrgica da China reduz preço A Baoshan Iron
& Steel, a maior siderúrgica da China, baixou os preços do aço laminado
a frio para entrega em dezembro em 22%. A medida se dá num momento em
que a desaceleração da economia diminui a demanda por aço da parte das
montadoras e construtoras. "Os preços dos produtos de aço laminado a frio,
empregados na produção de automóveis e eletrodomésticos, vão baixar US$
142 a tonelada", disse o vice-presidente Chen Ying. (DCI - 21.11.2008)
3 Vendas no mercado doméstico de resinas recuam 5,8% em outubro As previsões
para ajuste de demanda das petroquímicas Braskem e Quattor foram justificadas
com a divulgação dos dados consolidados pela Comissão Setorial de resinas
Termoplásticas da Abiquim. O levantamento revelou que as vendas no mercado
interno foram de 263,9 mil toneladas durante o mês de outubro, um número
5,8% menor do que o mês anterior. Já em comparação com outubro de 2007,
a queda foi ainda mais drástica: 15,9%. Outro setor que registrou queda
foi a exportação brasileira. No total de outubro foram vendidas ao mercado
externo 45,3 mil toneladas, o que representa um recuo de 36,1% em relação
a setembro e de 49,8% em relação a outubro do ano passado. No período,
o único número que apresentou crescimento foi o de importações. Em comparação
a setembro o número sofreu uma alta de 21,7%. Se a base de comparação
foi outubro de 2007 a subida é ainda maior: 50,2%. (DCI - 20.11.2008)
O Ministério
Público do Pará discorda da licença ambiental concedida à Vale para construção
da térmica de Barcarena (600 MW) e poderá entrar com uma ação na Justiça
solicitando a sua suspensão. A licença foi liberada pelo Conselho Estadual
de Meio Ambiente do Pará (Coema), por meio da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente. Para o promotor Raimundo Morais, a usina representa uma
ameaça ambiental devido à grande quantidade de carbono que será despejada
na atmosfera. "São mais de 2,5 milhões t/ano de carbono, o que significa
um volume equivalente à emissão de todos os carros do Rio de Janeiro durante
um ano", disse. A Vale informou que os padrões adotados nos estudos de
emissão de gases estão de acordo com critérios do Banco Mundial e do Conama.
(Brasil Energia - 19.11.2008) 5 Vale demite cerca de 400 por conta do ajuste de produção A Vale já começou
a demitir por conta do impacto da crise financeira internacional. Segundo
fontes do setor, as demissões podem atingir cerca de 400 dos 2,3 mil funcionários
da companhia que entraram em férias coletivas no final do mês de outubro.
A assessoria de imprensa da Vale informou que os "desligamentos refletem
o ritmo de operação da empresa por conta do cenário mundial e que não
estão ocorrendo demissões em massa". O número de demitidos, no entanto,
não foi confirmado pela companhia mineradora. De acordo o Sindicato dos
Ferroviários de Minas Gerais e Espírito Santo, ocorrerá, hoje, uma audiência
com os executivos da área de recursos humanos da mineradora, com o objetivo
de se tentar evitar cortes mais expressivos. (DCI - 21.11.2008) 6 Vale consegue financiamento de US$ 1 bi A Vale assinou
no último dia 19 um acordo com o Korean Eximbank para ter acesso a uma
linha de financiamento de US$ 1 bilhão, destinada a investimentos da companhia
no Brasil, que resultarão em exportações de commodities minerais para
a Coréia. De acordo com o presidente da Vale, Roger Agnelli, a companhia
ainda não definiu quais projetos serão financiados por essa linha, mas
declarou que ela vem em "boa hora". "Temos também outras linhas de financiamento,
de forma que os investimentos da Vale estão garantidos com crédito de
longo prazo e taxas de juros adequadas", afirmou. O acordo foi assinado
logo após o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com
o presidente coreano, Lee Myung-bak. (DCI - 20.11.2008) A Vale disse
que ajustará sua produção na joint venture Samarco, que divide com a BHP
Billiton. A mineradora pretende reduzir a dois terços sua produção de
pelotas conforme "as condições de mercado atuais".A Samarco, cuja capacidade
de produção soma 21,6 milhões de toneladas métricas de pelotas por ano,
reduzirá a produção no fim de novembro a meados de janeiro de 2009. A
terceira unidade da Samarco, iniciada em abril, continuará a operar normalmente.
(Valor Econômico - 24.11.2008) 8 Braskem vai adiar 30% do investimento previsto para 2009 A Braskem, a
maior companhia petroquímica da América Latina, decidiu adiar 30% dos
investimentos programados para 2009. A empresa planejava investir R$ 1,3
bilhão no ano que vem, mas, em razão da crise, tomou a decisão de suspender
R$ 300 milhões até o mercado se recuperar. informação é do presidente
da companhia, Bernardo Gradin, ao comentar os efeitos da crise econômica.
Na semana passada, a empresa divulgou o balanço referente ao terceiro
trimestre deste ano. A companhia registrou um prejuízo de R$ 849 milhões
em decorrência do impacto da valorização do dólar: 72% do endividamento
da Braskem está atrelado à moeda norte-americana. (Folha de São Paulo
- 21.11.2008) 9 Usiminas corta produção, e setor cobra proteção No momento em
que a siderúrgica Usiminas anuncia que antecipará em seis meses a paralisação
de um alto-forno para manutenção, cortando sua produção em 3%, o setor
siderúrgico quer que o governo brasileiro crie mecanismo de proteção para
garantir a venda do aço brasileiro no mercado interno. O vice-presidente
executivo do IBS, Marco Polo de Mello Lopes, disse que já foi pedida audiência
com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo seja alertado
sobre a importância de proteger o país das exportações da China, que,
diante da recessão na Europa, Japão e nos EUA, mira a América Latina.
"O fator diferenciador muito importante para o Brasil em relação ao resto
do mundo é o seu mercado interno, que precisa ser preservado com incentivo
ao consumo e criando proteção contra essa ameaça que está aí", afirmou
Lopes. (Folha de São Paulo - 20.11.2008) 10 Produção de carros crescerá apenas 3% A perspectiva
de piora das condições internas e externas da economia em 2009 fez com
que a RC Consultores projete um crescimento de 3% para a produção de veículos
leves, caminhões e ônibus. A consultoria argumenta que a restrição ao
crédito, entre outros, vão desacelerar o crescimento do setor no próximo
ano. (DCI - 21.11.2008) 11 Fiat anuncia R$ 5 bi em investimentos no Brasil O presidente
da Fiat, Sergio Marchionne, anunciou nesta última quarta-feira (19/11)
que a empresa italiana investirá R$ 5 bilhões no Brasil entre 2008 e 2010
para incrementar as atividades da montadora no país. "Este é um sinal
concreto da confiança que temos em Minas Gerais, mas também uma demonstração
de quando são relevantes, nas escolhas para investimento, as condições
sistêmicas, a começar pelo apoio das instituições", ressaltou Marchionne
durante um encontro em Turim entre empresários italianos e representantes
do governo mineiro. (DCI - 19.11.2008) Economia Brasileira 1 BNDES já limita a liberação de recursos Para fazer frente à corrida das empresas por crédito, o BNDES está contingenciando a liberação de recursos para empréstimos já aprovados. Só escapam desse contingenciamento o dinheiro destinado a micro e pequenas empresas, à área social e aos projetos de infra-estrutura do PAC. Lemos chamou esse processo de liberação contingenciada de recursos de "estresse de caixa". Ou seja, o orçamento do banco não está sendo suficiente para suprir a demanda de crédito por parte das empresas. O banco estava preparado para desembolsar até R$ 8 bilhões por mês até que, em outubro, as liberações atingiram o montante de R$ 10,2 bilhões, uma quantia muito superior ao programado pelo BNDES. (Folha de São Paulo - 22.11.2008) 2 Inadimplência afetará BNDES no 1º- trimestre O prejuízo de empresas que especularam com derivativos cambiais deve gerar uma bolha de inadimplência no BNDES, sobretudo no primeiro trimestre de 2009, período em que o faturamento das companhias entra em baixa, afetando seu fluxo de caixa e a capacidade de pagamento de dívidas. Fontes reservadas do sistema financeiro afirmam que dirigentes do BNDES estão preocupados com a situação que pode complicar ainda mais o orçamento do banco para o próximo ano. Uma das opções da instituição, confirmada pelo BNDES, é lançar programas de refinanciamento das parcelas dos débitos que vencem no período. (Gazeta Mercantil - 24.11.2008) 3 Governo libera mais R$ 4,1 bi em gastos 4 Planalto planeja ampliar verba em ao menos R$ 35 bi O reforço de
caixa ao BNDES poderá aumentar em mais R$ 6 bilhões, de acordo com o ministro
do Planejamento, Paulo Bernardo. Os recursos equivalem ao saldo de dividendos
retidos e não repassados à União que poderão permanecer no caixa do banco.
As negociações ainda não estão concluídas, mas fazem parte de um esforço
do governo para ampliar em pelo menos R$ 35 bilhões o orçamento do BNDES
em 2009. Essa é a diferença entre os R$ 58 bilhões do FAT (Fundo de Amparo
ao Trabalhador), que o banco tem garantidos para empréstimos, e o que
o governo estima ser uma demanda mínima em 2009 - R$ 94 bilhões. (Folha
de São Paulo - 21.11.2008) 5 Quase 90% das indústrias dizem que já foram afetadas pela crise A crise financeira
internacional trouxe uma onda de pessimismo para a indústria brasileira,
que prevê dificuldades de vendas e redução em investimentos. Consultadas
pela CNI sobre os impactos da turbulência no país, 88% das empresas informaram
que foram afetadas pela crise e 57% contaram que já esperam vendas menores
no ano que vem. A sondagem da CNI indica que a redução dos investimentos
não se baseia apenas na perspectiva de crescimento menor da economia brasileira,
mas também na dificuldade de obter crédito. Na pesquisa, 71% das empresas
disseram ter cancelado ou adiado investimentos e 61% assinalaram dificuldades
para obter crédito, como taxas de juros mais altas. (Folha de São Paulo
- 21.11.2008) 6 Governo planeja investir mais em preço mínimo O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse ontem que o governo vai investir na política de preço mínimo em 2009. "O governo vai usar a política de preço mínimo, vai utilizar a política de estoques e a de opções de compra. Vai usar a política de incentivo ao escoamento a produção", disse o ministro na Conferência Internacional de Biocombustíveis, em São Paulo. Ele afirmou que ainda não tem definições quanto aos volume de compras da safra 2009 que o governo fará neste momento. Ele disse que a medida tem objetivo preventivo de evitar qualquer problema para os produtores plantarem a safra de 2010. (Folha de São Paulo - 21.11.2008) 7 Receita tributária cresce, mesmo com crise 8 Bancos deixam R$ 10 bi parados no BC Os grandes bancos
que operam no país compraram o equivalente a R$ 19,5 bilhões em carteiras
de crédito de instituições financeiras de menor porte, valor que ficou
abaixo dos R$ 29,5 bilhões que o Banco Central esperava ver aplicado em
operações desse tipo. O valor se refere aos negócios fechados entre o
começo de outubro e a última sexta-feira. Como conseqüência, os R$ 10
bilhões que não foram usados foram recolhidos pelo BC no final da semana
passada. Desde o mês passado, o BC oferece aos grandes bancos que concordarem
em fazer transações desse tipo um desconto no compulsório a ser recolhido.
Compulsório é o nome dado à parcela dos depósitos bancários que fica retida
nos cofres do Banco Central. (Folha de São Paulo - 20.11.2008) 9 Exportador busca saídas para a crise As exportações
brasileiras, que neste ano devem somar US$ 202 bilhões, com aumento de
26,2% em relação ao ano passado, em 2009 devem avançar em torno de 6%,
segundo analistas. Com isso, o saldo da balança comercial, que chegará
em dezembro à casa dos US$ 20 bilhões, em comparação a US$ 40 bilhões
de 2007, no ano que vem ficará em torno de US$ 13 bilhões, indicam as
projeções. Os números retratam os efeitos da crise do sistema financeiro
dos Estados Unidos, que se alastra pelo mundo provocando redução da demanda
- e anulando eventual vantagem cambial, com o dólar valendo mais de R$
2 em 2009, segundo os economistas - e desaquecimento de economias importantes,
como as da Europa e Japão, ambas já em recessão. (Valor Econômico - 24.11.2008)
10 Baixa poupança interna dificulta expansão Os níveis baixos
de poupança interna brasileira limitam a capacidade do País de manter
taxas elevadas de investimento e criar um ambiente favorável ao crescimento
econômico sustentável. Em um cenário de restrição ao acesso a capital
externo, responsável por grande parte do fluxo de recursos que alimentou
a expansão registrada nos últimos anos, esta fragilidade fica mais evidente,
e aponta para a necessidade de ajustes na estrutura de gastos do governo
como forma de regenerar sua condição de suportar o ritmo dos investimentos.
A poupança doméstica do País está em torno de 20% do PIB. Um patamar razoável
se comparado às taxas recentes que variaram dos 15% de 1998 a 19,46% em
2007. (Gazeta Mercantil - 24.11.2008) 11 Crise financeira já afeta a geração de emprego no país A crise financeira
internacional já afeta a geração de empregos no Brasil. O resultado de
outubro foi o pior registrado neste mês desde 2003 -apenas 61.401 vagas
criadas (contratações menos demissões) no mercado formal, 70% menos do
que o verificado no mesmo mês ano passado (205.260). "Houve insegurança
das empresas com relação à crise e elas puxaram o freio de mão na hora
de contratar", disse o ministro Carlos Lupi. Para tentar estimular a construção
civil, um dos setores que mais contratam mão-de-obra, e tentar manter
o crescimento na geração de empregos, o governo deverá lançar novas linhas
de crédito com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
para a compra de imóveis. De acordo com o ministro, as novas linhas serão
definidas ainda neste ano para vigorar em 2009. (Folha de São Paulo -
21.11.2008) 12 Com disparada do dólar, IGPs têm salto O IGP tem subido
mais do que o IPCA. No mês passado, o IGP-DI subiu 1,09%, enquanto o IPCA
oscilou 0,45%. No acumulado deste ano, até 31 de outubro, o IGP-DI avançou
9,51%, contra 5,23% do IPCA. Se forem considerados os últimos três anos
(até 31 de outubro passado), o IGP-DI continua na frente: alta de 23,14%,
enquanto o IPCA subiu 14,41%. Medido pelo IBGE, o IPCA baliza as decisões
do governo sobre a taxa básica de juros. O descolamento dos IGPs ante
o IPCA reflete a virada no câmbio decorrente da crise. O dólar em alta
(38,3% neste ano) teve efeito mais forte no atacado do que no varejo.
(Folha de São Paulo - 24.11.2008) O dólar comercial
opera com acentuada desvalorização na abertura dos negócios nesta segunda-feira.
Há pouco, a moeda estava a R$ 2,399 na compra e a R$ 2,401 na venda, queda
de 2,31%. No mercado futuro, os contratos de dezembro negociados na BM
& F registravam perda de 2,93%, a R$ 2,410. Na sexta-feira da semana passada,
o dólar comercial avançou 2,84%, a R$ 2,456 a compra e R$ 2,458 na venda.
(Valor Online - 24.11.2008)
Internacional 1 Equador diz que não desiste de ação contra pagamento ao BNDES O presidente
do Equador, Rafael Correa, afirmou neste sábado que não vai desistir do
processo internacional para suspender o pagamento da dívida que seu país
tem junto ao BNDES, mesmo se isso afetar os laços diplomáticos com o Brasil.
O governo brasileiro chamou para consultas o seu embaixador em Quito na
sexta-feira, após o Equador entrar com um processo em Paris para suspender
o pagamento do empréstimo de 320 milhões de dólares. Neste sábado, Correa
conversou com o presidente Lula sobre o assunto. Segundo fonte do Palácio
do Planalto, Lula condenou a atitude do colega e disse que estuda tomar
algumas medidas. (Reuters - 22.11.2008) 2 Para Coréia o desenvolvimento de tecnologia verde e energia os tirará da crise O líder da República
de Coréia, Lee Myung-Bak, indicou que o desenvolvimento de tecnología
verde e energia alternativa serão o novo motor para que as economias do
mundo superem a crise mundial. O mandatário disse também às autoridades
mundiais a não concentrarsse somente na crise financeira e ignorar problemas
transnacionales tão importantes como a mudança climática ou o esgotamento
dos recursos naturais. Acrescentou que na atualidade existe uma grave
crise de energia e aquecimento global, por isso é urgente tomar medidas
para conbater seu impato negativo e reverter o dano à natureza. (La República
- Peru - 22.11.2008)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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