l IFE: nº 2.391 - 18
de novembro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 BNDES divulga condições de financiamento para LT do Madeira O BNDES
anunciou as novas condições de financiamento para os investidores que
participarão, no dia 28 deste mês, do leilão das linhas de transmissão
das Usinas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. Segundo
o diretor da Área de Infra-Estrutura e de Insumos Básicos do BNDES, Wagner
Bittencourt, tais condições atendem a demanda de várias empresas nacionais
e estrangeiras, muitas das quais reunidas em consórcio, que alegaram dificuldades
com a escassez de crédito no mercado, devido à crise financeira internacional.
Ele explicou que o valor dos investimentos previstos e a complexidade
do projeto levaram o BNDES ao oferecimento de condições especiais. Bittencourt
alertou que as condições diferenciadas valerão somente para esse leilão,
embora a instituição não descarte a adoção de regras especiais para outros
investimentos, "se persistir a crise de crédito", dentro de uma análise
caso a caso. (Agência Brasil - 17.11.2008) 2 BNDES: setor elétrico recebe R$ 34 bi desde 2003 No período
de 2003 até setembro deste ano, os financiamentos do BNDES para o setor
elétrico totalizaram R$ 34 bilhões para 222 projetos. O crédito do banco
possibilitou investimentos privados no setor de R$ 58 bilhões. As informações
foram dadas hoje (17) pelo diretor de Infra-Estrutura e de Insumos Básicos
do banco, Wagner Bittencourt. Somente para a área de geração foram contemplados
pelo BNDES, nos últimos seis anos, 151 projetos com financiamentos no
montante de R$ 22,5 bilhões. Os investimentos gerados atingiram R$ 38,3
bilhões, com adição de 16 mil MW ao sistema elétrico nacional. Desse total,
40 projetos foram de hidrelétricas, com 11,6 mil MW; quatro termelétricas
(1,5 mil MW); 72 PCHs, com 1,4 mil MW; 31 projetos de biomassa, com quase
1.000 MW. O banco apoiou também no período 10,7 mil Km de LTs em 37 projetos,
com recursos que chegaram a R$ 6,7 bilhões. O investimento total nesses
projetos foi de R$ 11 bilhões. (Agência Brasil - 17.11.2008) 3 BNDES se une às distribuidoras para viabilizar linha de eficiência energética O BNDES
está se unindo às distribuidoras para viabilizar a linha de financiamento
de projetos de eficiência energética, o Proesco. Em cerca de dois anos,
apenas três projetos foram viabilizados até agora. Segundo Nelson Siffert,
chefe do departamento de Energia do BNDES, hoje há em análise no banco
três projetos em conjunto com as distribuidoras. Ele lembrou que um programa
já foi aprovado. Ele também disse que no relacionamento com pequenas e
médias empresas, como as de conservação (Escos), para as quais a linha
é voltada, é necessário que haja um veículo de intermediação. (CanalEnergia
- 17.11.2008) 4
Brasil perde R$ 11 bi por mau uso de energia 5 Furtos de energia elétrica trazem prejuízos de mais de R$ 5 bilhões ao ano As concessionárias
dos serviços de distribuição de energia elétrica no país registram perdas
de mais de R$ 5 bilhões por ano com as ligações clandestinas, feitas principalmente
em áreas onde se concentram populações de baixa renda. É o que revela
pesquisa realizada pelo Instituto Acende Brasil. O estudo destaca que
essa conta é paga, na verdade, pelos consumidores que têm um relógio medidor
instalado em sua residência, uma vez que a perda comercial decorrente
dos furtos de energia elétrica - conhecidos como "gatos", na maior parte
do Brasil, ou como "macacos", na Região Nordeste - é rateada no consumo
geral. Segundo o presidente do Acende Brasil, Cláudio Sales, o valor dos
furtos equivale à metade do que o governo gasta com o programa Bolsa Família.
(Agência Brasil - 17.11.2008) 6 Eficiência Energética beneficiará setor de transportes A economia
e racionalização de energia é uma questão importante no mundo inteiro.
E de acordo com o diretor da EPE, Amílcar Guerreiro, em 2030, o setor
de transporte no Brasil terá benefícios com a eficiência no consumo de
energia. "Com a evolução tecnológica dessa área, 12,1% do total de energia
consumida por ela será economizado." afirmou o diretor. Ainda de acordo
com Guerreiro, o setor de indústria terá daqui a 20 anos uma economia
de 11% no consumo. Além disso, mais de 15% da demanda energética será
atendida pela eficiência no consumo de energia. O diretor também declarou
o consumo de energia no Brasil ainda é muito baixo devido ao nível de
renda e ao estágio tecnológico. (Setorial News - 17.11.2008) 7 Crise deverá afetar preço da energia, diz ONS A crise financeira internacional deverá afetar o preço da energia no Brasil, mas ainda não se sabe como será esse impacto e se haverá um aumento grande ou apenas uma ligeira variação. A afirmação é do diretor-geral do ONS, Hermes Chipp. O diretor-geral afirmou também que a curto prazo, a crise forçará a redução da demanda de energia que, consequentemente, provocará uma redução da oferta de energia no País. Chipp explicou que isso acontecerá porque os próprios consumidores deverão evitar consumir mais, em função do período de incerteza que deverá vir nos próximos meses. (Setorial News - 17.11.2008) 8
Governo inclui projetos de transmissão no PND 9 Aneel aprova regulamento do contratação de energia de reserva A Aneel
aprovou esta semana a resolução normativa que estabelece as disposições
relativas à contratação de energia de reserva. Com a decisão, foi aprovado
também o modelo do Contrato de Uso da Energia de Reserva (Conuer). A resolução
disciplina diversos pontos associados à regulamentação da contratação
de energia de reserva, tais como: a forma de rateio dos custos de contratação
dessa energia; a aplicação de penalidades, em caso de inadimplência; e
a definição das diretrizes para gestão da Coner pela CCEE. Além disso,
a resolução também aborda a atuação da CCEE no arranjo comercial concebido;
a criação de um fundo de garantia para assegurar o pagamento integral
dos agentes de geração envolvidos nessa contratação; a forma de cobrança
do EER e o tratamento da energia de reserva na liquidação financeira do
mercado de curto prazo. (CanalEnergia - 17.11.2008) 10
Aneel disponibiliza notas técnicas com a análise dos resultados da audiência
pública nº 052/2007 11 Abraceel e a Apine promovem evento sobre mercados de energia A Abraceel e a Apine promovem no próximo dia 21, sexta-feira, em São Paulo, o Encontro Brasil - Europa: Mercados de Energia Elétrica - Eficiência e Sustentabilidade. O evento contará com as presenças do secretário-geral da European Federation of Energy Traders (Efet), Jan van Aken; do comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs; além de importantes figuras do cenário nacional: Jerson Kelman, diretor-geral da Aneel; Antônio Carlos Fraga Machado, presidente do Conselho de Administração da CCEE; Paulo Pedrosa, presidente da Abraceel; e Luiz Fernando Leone Vianna, presidente do Conselho de Administração da Apine. Inscrições e mais informações no site www.ctee.com.br/encontrobrasileuropa/inscricoes2.asp (GESEL-IE-UFRJ - 18.11.2008) 12 Livro aborda questões constitucionais acerca da indústria da energia De autoria do Professor Luiz Gustavo Kaercher Loureiro, professor de direito constitucional e administrativo da Universidade de Brasília e pesquisador associado do GESEL-UFRJ, o livro Constituição, Energia e Setor Elétrico (Fabris Editor) realiza uma análise das normas constitucionais relativas à indústria energética e, mais particularmente, do setor elétrico. Defendendo a idéia de que a Constituição possui uma política energética articulada em alguns pilares normativos que negam a tradicional dicotomia "serviço público/atividade econômica", o autor sustenta ainda a impossibilidade de se configurar as atividades ligadas à energia elétrica como privadas, sem, no entanto, postular sua qualificação, necessariamente, como serviços públicos. Com amparo em elementos de direito comparado, Kaercher Loureiro preconiza o reconhecimento e a aplicação, para o direito brasileiro, de novas figuras de delegação que fogem aos estreitos limites da teoria tradicional. (GESEL-IE-UFRJ - 18.11.2008) 13 Artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite: "A apoteose do besteirol energético" Em artigo à Folha de São Paulo, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, fala sobre o desejo de um dos mais renomados e respeitados físicos brasileiros, Roberto Salmeron, de que o Brasil se associe ao esforço internacional em prol do desenvolvimento da fusão nuclear para produção de energia, concentrado em uma instituição multinacional denominada Iter. Leite critica as propostas de associação do Brasil à instituição, que parecem não trazer grandes vantagens ao país. O autor fecha o artigo com comentários irônicos em relação à parcimônia da iniciativa em comparação com o projeto de implantação de 50 reatores no Brasil e à preferência do país, com significativa disponibilidade de potenciais hídricos, que permitiriam geração de eletricidade a custos entre três e quatro vezes menores, pela energia nuclear. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (Folha de São Paulo - 18.11.2008) 14 Artigo de Fernando Ferrari e Luiz Fernando de Paula: "A crise das finanças desregulamentadas: o que fazer?" Em seu artigo para o jornal Valor Econômico, os professores Fernando Ferrari e Luiz Fernando de Paula analisando o papel da teoria de Keynes num mercado mais liberalizado e integrado de hoje, que faz com que os mercados financeiros convertam-se em uma espécie de grande cassino global. Com a internacionalização do sistema financeiro e as alterações da natureza e determinantes da dinâmica econômica mundial, a livre mobilidade de capitais e a flexibilidade das taxas de câmbio e juros estariam limitando a ação das políticas macroeconômicas domésticas e sido responsáveis pelas freqüentes crises de balanço de pagamentos das economias emergentes quanto pelas crises de liquidez, como a recente crise financeira internacional. Assim, para eles, a crise induziria a duas reflexões, a primeira a crítica aos benefícios concretos da globalização financeira, e a segunda, a necessidade de se repensar no papel do Estado na economia e de se re-regulamentar os sistemas financeiros domésticos reestruturando o sistema financeiro mundial. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico - 14.11.2008)
Empresas 1 FIERGS e Eletrobrás fecham parceria contra desperdício A FIERGS
e a Eletrobrás assinam hoje, em Porto Alegre, um convênio com duração
de três anos voltado para a redução do desperdício de energia elétrica.
O documento será assinado pelo presidente da FIERGS, Paulo Tigre, e o
diretor de Tecnologia da Eletrobrás, Ubirajara Rocha Meira. O convênio
prevê a participação da FIERGS no Procel Indústria, da Eletrobrás, cuja
finalidade é minimizar perdas nos sistemas motrizes. (DCI - 18.11.2008)
2 Duke Energy Paranapanema registra lucro de R$ 60 mi A Duke Energy Geração Parapanema registrou no terceiro trimestre de 2008 (julho, agosto e setembro) lucro líquido de R$ 60 milhões. Em relação ao mesmo período de 2007, a empresa teve um crescimento de 692,1%. Ano passado, o lucro líquido no terceiro trimestre foi de R$ 8 milhões. Três fatores foram responsáveis pelos resultados finais obtidos. O aumento da receita, devido aos novos contratos e atualização anual de tarifas pelo IGP-M e IPCA; Menores despesas principalmente pelo ajuste na estimativa da Tarifa de Uso de Distribuição (TUSDg); e, por fim, redução na despesa financeira. (DCI - 18.11.2008) 3 Concessionárias sofrem perdas de R$ 5 bi com furtos de energia As concessionárias
dos serviços de distribuição de energia elétrica no País registram perdas
de mais de R$ 5 bilhões por ano com as ligações clandestinas, feitas principalmente
em áreas onde se concentram populações de baixa renda. É o que revela
pesquisa realizada pelo Instituto Acende Brasil. Segundo o presidente
da entidade, Cláudio Sales, para coibir as ligações irregulares, as concessionárias
planejam instalar medidores de energia elétrica controlados eletronicamente
de forma centralizada, o que impossibilita o furto. Os medidores antigos
já foram substituídos em algumas localidades, mas a ampliação da troca
está parada, pendente de liberação desse instrumento pelo Inmetro. (Brasil
Energia - 17.11.2008) 4
CVM e entidade americana aprovam programa de ADRs da Light 5 Ampla corta energia de unidades administrativas da prefeitura de Magé A Ampla
efetuou na segunda-feira, 17, o corte no fornecimento de energia à prefeitura
de Magé, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Foram afetados, o
Palácio Anchieta, sede do governo municipal, os prédios das secretarias
de Fazenda e de Obras e outras unidades administrativas, totalizando 23
prédios. A dívida do município se aproxima dos R$ 26 milhões, segundo
a distribuidora. A ação da Ampla foi respaldada por decisão do STF, que
reconsiderou liminar deferida em julho de 2006 a pedido da prefeitura
de Magé, que tentava evitar outro corte de energia. A empresa preservou
dos cortes serviços essenciais como hospitais, escolas, guarda municipal
e vias públicas. (CanalEnergia - 17.11.2008) No pregão
do dia 17-11-2008, o IBOVESPA fechou a 35.717,21 pontos, representando
uma baixa de 0,20% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
3,88 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de
3,92%, fechando a 15.483,16 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 26,50 ON e R$ 24,73 PNB, alta de 2,75%
e 5,01%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior.
Na abertura do pregão do dia 18-11-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 25,75 as ações ON, baixa de 2,83% em relação ao dia anterior e R$
24,01 as ações PNB, baixa de 2,91% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 18.11.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Situação de armazenamento no Nordeste está sob controle, assegura ONS O diretor-geral
do ONS, Hermes Chipp, disse nesta segunda-feira que o nível de armazenamento
dos reservatórios do Nordeste está sendo controlado, já que é resultado
de uma administração de duas contingências, com medidas operativas. O
nível médio dos reservatórios está 8% acima da curva de aversão ao risco.
Segundo ele, o armazenamento seria superior, correspondente a exatamente
33%, que era o nível-meta fixado para a região em novembro. Só que o atraso
na entrada em operação do terminal de regaseificação em Pecém (CE) e uma
falha em um dos transformadores da subestação Tijuco Preto resultou em
redução no estoque de água. (CanalEnergia - 17.11.2008) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 50,72% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 50,72%, apresentando alta de 0,13% em relação à medição do dia 15 de novembro. A usina de Furnas atinge 71,73% de volume de capacidade. (ONS - 18.11.2008) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 96,53% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,02% em relação à medição
do dia 15 de novembro, com 96,53% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 98,16% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 18.11.2008) 4 NE apresenta 38,28% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,17% em relação à medição do dia 15 de novembro, o Nordeste
está com 38,28% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 21,13% de volume de capacidade. (ONS - 18.11.2008)
5 Norte tem 27,77% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 27,77% com variação de -0,19%
em relação à medição do dia 15 de novembro. A usina de Tucuruí opera com
21,00% do volume de armazenamento. (ONS - 18.11.2008)
Meio Ambiente 1 MMA estuda viabilidade de energia eólica no país O MMA está
estudando formas de viabilizar a energia eólica no país. Segundo o ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, a idéia é criar condições de estimular
a produção nacional por meio da redução do índice de nacionalização exigida
para a montagem de projetos eólicos, bem como a criação de incentivos
tributários. O ministro destacou que essas medidas seriam com tempo limitado,
para permitir a viabilização da indústria nacional. Além disso, o ministro
destacou que o MMA estuda em conjunto com o MME uma forma de permitir
a construção de "usinas-plataforma" na Amazônia, como forma de permitir
a geração hidrelétrica na região sem impactos na floresta. (CanalEnergia
- 17.11.2008) 2 Minc propõe modelo de plataformas para hidrelétricas O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, propôs levar para a construção das usinas hidrelétricas o mesmo conceito lógico das plataformas de petróleo: sem ligação por estradas entre a cidade mais próxima e o local da usina. A idéia é utilizar a proposta já para as próximas usinas hidrelétricas a serem constuídas, com exceção de Belo Monte. Carlos Minc afirmou que este tipo de usina já vem sendo utilizado em outros países e há um acordo com o da pasta do Meio Ambiente com o MME de aplicar o novo modelo nas próximas construções hidrelétricas. (Setorial News - 17.11.2008)
Gás e Termoelétricas 1 ANP vai investir R$ 1 bi para estudar novas jazidas A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis vai investir R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos na realização de estudos em bacias sedimentares terrestres em busca de novas jazidas de gás natural. Segundo a diretora da ANP, Magda Chambriard, há indícios da existência de jazidas em áreas terrestres que poderão ser comprovadas por meio de levantamentos sísmicos e geológicos. Nesses levantamentos, acrescentou a diretora da ANP, está prevista a exploração de "pouquíssimas áreas marinhas". As bacias sedimentares envolvidas são do Parnaíba (PI), do Paraná (PR), de Parecis (MT), o norte da bacia do São Luiz (BA) e a bacia de Jacuípe (BA). A licitação para exploração dessas áreas está em andamento e a previsão é que seja concluída ainda este ano. (CanalEnergia - 17.11.2008) 2 Candiota poderá ter nova térmica a carvão A Companhia
de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), empresa do sistema Eletrobrás,
anunciou ontem que está estudando a possibilidade de construir uma nova
termelétrica a carvão em Candiota, no sul gaúcho. Seria a Fase D do complexo,
que já tem as fases A e B operando e a C em construção. Segundo a CGTEE,
o estudo deve estar concluído em março de 2009. A nova térmica poderá
ter duas fases de 600 megawatts (MW), totalizando 1.200 MW, ou duas de
350 MW, somando 700 MW. De acordo com o presidente da CGTEE, Sereno Chaise,
o investimento seria proporcional ao que está sendo feito hoje na construção
da Fase C, de 350 MW, de R$ 1,2 bilhão. Com isso, caso a opção fosse por
700 MW, por exemplo, o investimento seria de aproximadamente R$ 2,4 bilhões.
(Gazeta Mercantil - 18.11.2008) 3 EPC de Porto de Pecém assinado A MPX assinou
com a Mabe Construção e Administração de Projetos, SPE da Tecnimont e
Efacec, o contrato definitivo do EPC para construção da térmica Porto
de Pecém II (350 MW), no Ceará. O acordo ficou em R$ 536,7 milhões. O
contrato, em regime de turn key, com entrega prevista antes de junho de
2012. O acordo prevê incentivos à empresa contratada caso as obras estejam
prontas antes do tempo. Em outubro, as companhias já haviam assinado um
pré-contrato para o projeto. A MPX é dona de 100% da térmica. Previa-se
inicialmente que a Energias do Brasil (EDB) seria parceira da MPX no empreendimento,
a exemplo do que foi feito na primeira etapa da térmica de Pecém, de 700
MW. Essa foi a segunda desistência da EDB de uma parceria com a empresa
de Eike Batista. (Brasil Energia - 17.11.2008) 4 Brasil e Rússia devem pôr em prática acordo nuclear Brasil e
Rússia começarão a pôr em prática o acordo bilateral de cooperação em
usos pacíficos de energia nuclear na visita do presidente russo, Dmitri
Medvedev ao Rio, na próxima semana. As discussões para a estratégia de
cooperação estão "bem avançadas", seguindo o ministro de Assuntos Estratégicos,
Roberto Mangabeira Unger, que termina hoje uma longa visita à Europa.
A cooperação inclui o aperfeiçoamento tecnológico da prospecção e enriquecimento
de urânio, a construção de reatores atômicos de quarta geração, pesquisas
multiuso da energia nuclear para fins pacíficos e formação de técnicos
e cientistas. A cooperação em energia nuclear e em tecnologia espacial
também é negociada com a França, com quem, segundo o ministro, os projetos
estão ainda mais avançados. (Valor Econômico - 18.11.2008) 5 Eletronuclear pretende criar fundo para construção de depósito de rejeitos A Eletronuclear estuda a criação de um fundo voltado para a construção de um depósito para rejeitos radiativos de alta atividade em cidades que desejem abrigá-lo. Segundo o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, a idéia é arrecadar, via cobrança de um encargo correspondente a algo até R$ 0,10 por KWh, para pagamento de royalties da cidade que receber o depósito. O executivo explicou que a escolha da cidade será feita por meio de leilão e que a proposta ainda depende de aprovação pelo conselho de administração da estatal, da Aneel e do MME. Antes da implantação desse depósito, a Eletronuclear vai desenvolver um projeto piloto em Angra dos Reis a fim de se testar toda a metodologia e regras de segurança para o depósito. (CanalEnergia - 17.11.2008)
Grandes Consumidores 1 Preços do alumínio e do cobre caem O alumínio
caiu para seu menor nível dos últimos três anos e o cobre caiu em Londres,
com especulações de que a China exportará maiores volumes dos metais,
o que aumentará a oferta mundial numa época de menor demanda. A China
vai baixar a alíquota de imposto incidente sobre alguns tipos de alumínio
para 5%, ante os 15% anteriores, a partir de 1 de dezembro, disse o Ministério
da Fazenda chinês na última sexta-feira. Os custos de transporte marítimo,
mensurados pelo Baltic Dry Index (BDI), despencaram mais de 90% desde
o final de maio. "Isso permitirá à China concorrer em termos de preços
com produtores do mundo inteiro, e, naturalmente, o que acontecerá é que
os preços vão cair", disse Daniel Brebner, analista do UBS AG de Londres.
"O principal problema é que as tarifas de frete diminuíram." (Gazeta Mercantil
- 18.11.2008) A Associação
Brasileira do Alumínio (Abal) informou, ontem, que a produção de alumínio
primário, em outubro, foi de 142,3 mil toneladas, volume 0,9% superior
ao produzido no mesmo período de 2007. No acumulado do ano, a produção
alcançou 1,4 milhão de toneladas - 0,8% maior que a do mesmo período do
ano passado. (DCI - 18.11.2008) 3 Vale é contra proposta do Index As negociações
de preço do minério de ferro de 2009 poderão ser mais duras e demoradas
do que o que vem sendo previsto pelas mineradoras e siderúrgicas. Vale,
Rio Tinto e BHP Billiton, que dominam 75% do mercado transoceânico do
produto, deverão propor a adoção de sistemas diferentes de fixação de
preço. Segundo o diretor executivo de ferrosos da Vale, José Carlos Martins,
que acaba de chegar de viagem por 20 países, inclusive a China, para sentir
o pulso do mercado às vésperas das conversas que antecedem as negociações,
já existe uma proposta para substituir o tradicional sistema de benchmark
por um novo sistema de cotação de preço conhecido como Index. "Pelo que
sabemos, essa proposta está na mesa e foi apresentada às siderúrgicas
por um dos produtores de minério de ferro", disse Martins, sem citar o
nome do concorrente. (Valor Econômico - 18.11.2008) 4 CSN mantém aportes apesar do lucro menor A CSN anunciou
que manterá os investimentos previstos apesar de ter registrado no terceiro
trimestre do ano um lucro de apenas R$ 40 milhões, 94,3% menor que o do
mesmo período de 2007. De acordo com o diretor executivo financeiro da
siderúrgica, Otávio Lazcano, o resultado foi influenciado principalmente
por transações com derivativos levando a linha financeira a ficar negativa
em R$ 1,17 bilhão. Anteriormente, a companhia já havia informado que registraria
perdas financeiras em razão dessas operações. O diretor informou também
que a companhia conta hoje com um caixa da ordem de US$1,5 bilhão, "sem
contar os recursos obtidos com a venda de 40% da Namisa". A mineradora
foi vendida a um consórcio asiático por US$3,1bilhões, que foram pagos
à vista. (DCI - 18.11.2008) 5 Ibema aguarda início de 2009 para definir cronograma de investimento A paranaense
Ibema Cia. Brasileira de Papel, terceira maior produtora de papel cartão
para embalagens do País, vai aguardar o primeiro trimestre de 2009 para
dar andamento em seu programa de investimentos em aumento de capacidade
produtiva. A afirmação é do diretor presidente da empresa, Rui Gerson
Brandt que também afirmou que a carteira de pedidos e vendas, de agosto
até agora, está dentro da normalidade. "É prematuro estabelecer projeções
em função da crise financeira, pois o mercado está muito volátil", disse,
ontem. "O agravante da situação é que ainda não foi diagnosticada uma
tendência." O plano de ampliação da empresa engloba o aumento da área
florestal plantada e da capacidade da linha de produção, além de geração
de energia, totalizando R$ 50 milhões em investimentos, que devem ser
obtidos em parceria com o BNDES. (DCI - 18.11.2008) 6 GMB afasta risco de ser afetada por matriz O alto desempenho
do setor automobilístico até setembro deve garantir à General Motors do
Brasil (GMB) o melhor ano de sua história, mesmo com a revisão negativa
do faturamento que deve ficar em US$ 9,5 bilhões ante uma previsão de
US$ 11 bilhões com 575 mil unidades vendidas, um crescimento de 15% sobre
2007. Com isso, a empresa aumentará seus lucros e, conseqüentemente, o
socorro à matriz da empresa que passa por dificuldades nos Estados Unidos,
de onde vieram notícias de que a companhia pediria concordata, fato negado
pelo presidente da subsidiária brasileira, Jaime Ardilla. Apesar da confirmação
de que a GM do Brasil está ajudando a matriz, Ardilla negou a política
de remessa de lucros tenha aumentado. Ele assegurou que a alíquota continua
a mesma. "Se nosso lucro aumenta, o valor repassado naturalmente avança."
(DCI - 18.11.2008) Economia Brasileira 1 Exportações e importações crescem no mesmo ritmo em novembro As exportações brasileiras somaram US$ 8,520 bilhões nos dez dias úteis deste mês, com crescimento de 21,3% sobre o desempenho médio diário de novembro do ano passado, enquanto as importações, no valor de R$ 7,309 bilhões, evoluíram 21,5% na mesma base de comparação. Os números, divulgados há pouco pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mostram que pela primeira vez no ano compras e vendas estão no mesmo ritmo de expansão. No acumulado do ano, as importações cresceram quase o dobro das exportações, em prejuízo do saldo comercial. Enquanto as exportações acumularam US$ 177,892 bilhões nos 221 dias úteis de 2008, com aumento de 27,3% sobre igual período do ano passado, as importações atingiram US$ 155,861 bilhões e expansão de 50,1%. (Agência Brasil - 17.11.2008) 2 Câmbio é alento para os exportadores A redução do preço do frete ainda é imperceptível para muita gente, mas a nova faixa do câmbio é motivo de comemoração para várias empresas que encolheram no exterior nos últimos anos em função da valorização do real. "Mesmo sabendo que o cenário lá fora está complicado, a melhoria do câmbio nos anima a procurar negócios no exterior", afirma João Henrique Marchewsky, presidente da Buettner, fabricante de roupas de banho baseada em Brusque (SC). Segundo ele, esta é a hora da indústria brasileira recuperar competitividade e rentabilidade. Há cerca de quatro anos, as exportações eram responsáveis por metade dos negócios da Buettner. Hoje elas participam com 20%. "Conforme o dólar caía, as margens iam ficando mais estreitas", justifica o executivo. A solução foi mudar o mix de produtos, substituindo linhas mais populares por coleções mais "fashion". (Gazeta Mercantil - 18.11.2008) 3
Produção menor no Brasil 4 Governo já injetou R$ 150 bi O governo
já injetou aproximadamente R$ 150 bilhões para aumentar a liquidez no
mercado de crédito, ajudar bancos e empresas, e combater os efeitos da
crise financeira no Brasil. Segundo dados divulgados ontem pelo presidente
do BC, Henrique Meirelles, só na tentativa de estabilizar o câmbio foram
injetados US$ 46,5 bilhões (R$ 106 bilhões, pela cotação de sexta-feira).
Esse valor inclui desde leilões de dólares e venda da moeda no mercado
à vista a empréstimos voltados para o comércio exterior. Nas últimas semanas,
o governo já havia injetado cerca de R$ 44 bilhões para ajudar a restabelecer
o crédito em outros setores. A conta deixa de fora os R$ 56 bilhões de
depósitos compulsórios dos grandes bancos. Esses recursos estavam bloqueados
no BC e foram liberados para incentivar a compra de carteiras de crédito
de bancos pequenos e médios. (Jornal do Commercio - 18.11.2008) 5 Crise de crédito faz micros correrem para cartão BNDES A crise
de crédito não fez só as grandes empresas correrem para o dinheiro do
BNDES. As micro e pequenas empresas também fizeram o mesmo. Em outubro,
pela primeira vez em cinco anos de existência, o cartão BNDES, uma espécie
de cartão de crédito para micro e pequenas empresas, superou R$ 100 milhões
em volume de transações. O total chegou a R$ 110 milhões, 20% mais do
que em setembro. De janeiro até sexta passada, o volume de transações
com o cartão BNDES já alcança R$ 736 milhões, 45% acima dos R$ 509 milhões
registrados em todo o ano passado. A previsão é que neste ano o desembolso
do cartão atinja R$ 830 milhões, o que significará um crescimento de mais
de 60% em relação a 2007. Desde que o problema da restrição ao crédito
se agravou, há dois meses, as grandes empresas brasileiras têm corrido
para os bancos públicos e, em especial, para o BNDES. (Folha de São Paulo
- 18.11.2008) 6 Acesso ao crédito não melhorou, afirma Fiesp Apesar do esforço do governo Luiz Inácio Lula da Silva em injetar recursos no mercado para que não falte crédito, as empresas não estão conseguindo obter os empréstimos de que precisam para funcionar bem e investir, segundo a Fiesp. A entidade fez uma pesquisa com 35 grandes empresas na primeira quinzena de novembro. Para 55% delas, agora está mais difícil o acesso a financiamentos, enquanto 10% afirmaram que está muito mais difícil. Na avaliação de 35%, está igual. Além de escasso, o crédito ficou mais caro, comparando com as taxas de juros praticadas no início do ano. Para 60% das empresas, o custo dos empréstimos subiu e, para 20%, subiu muito; 20% acham que está igual. (Folha de São Paulo - 18.11.2008) 7
Governo quer facilitar crédito a pequenas empresas 8 Brasil registra superávit na 2ª semana do mês A balança
comercial brasileira teve superávit de US$ 734 milhões na segunda semana
de novembro, informou ontem o Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior.A cifra resulta de exportações da ordem de US$ 4,356
bilhões e importações de US$ 3,622 bilhões. (Folha de São Paulo - 18.11.2008)
9 "Focus" revê para cima valor do dólar O mercado
reviu para cima suas projeções para o dólar no final deste ano e em 2009,
de acordo com o "Boletim Focus" do BC divulgado ontem. Na mediana das
expectativas, os analistas passaram a apostar que o dólar vai fechar o
ano a R$ 2,10, com relação aos R$ 2,05 estimados na semana anterior, e
vai terminar 2009 a R$ 2,10, na comparação com os R$ 2,01 esperados no
"Focus" divulgado no dia 10. Ontem, o dólar chegou a bater nos R$ 2,329,
alta de 2,6%, e cair a R$ 2,257, queda de 0,6%. Mas terminou cotado a
R$ 2,277, uma valorização de 0,31%. O BC atuou no mercado futuro e vendeu
US$ 494,6 milhões em swaps cambiais. (Valor Econômico - 18.11.2008) 10 Mercado financeiro reduz para 6,39% projeção para IPCA deste ano A pesquisa
de expectativas divulgada ontem pelo BC mostra ligeira queda da mediana
das projeções feitas pelo conjunto dos bancos e empresas consultados para
a inflação do IPCA em 2008. Pelo menos nesse critério, o mercado agora
aposta em variação de 6,39% e não mais de 6,40%. Para 2009, a mediana
relativa ao índice, que baliza a meta de inflação do governo, continuou
em 5,2%. Olhando especificamente para o grupo de cinco instituições que
mais acertam projeções, no entanto, essa última pesquisa do BC revelou
nova deterioração de expectativas inflacionárias, pelo menos em relação
a 2008. Entre o Grupo Top 5, dependendo do modelo utilizado a mediana
das projeções de variação do IPCA para este ano subiu de 6,4% para 6,43%
ou de 6,21% para 6,24%. (Valor Econômico - 18.11.2008) O dólar
comercial opera com valorização logo na abertura dos negócios. A moeda
estava instantes atrás a R$ 2,313 na compra e a R$ 2,315 na venda, valorização
de 1,66%. Já no mercado futuro, os contratos de dezembro negociados na
BM & F aumentavam 1%, para R$ 2,323. Ontem, o dólar comercial avançou
0,30%, a R$ 2,275 a compra e R$ 2,277 na venda. (Valor Online - 18.11.2008)
Internacional 1 Megacampo de gás cria polêmica ambiental nos EUA Novas tecnologias
estão abrindo a possibilidade de exploração de campos de gás gigantes
nos EUA, mas estão para criar batalhas também gigantes com os ambientalistas.
O maior campo fica debaixo das montanhas Apalaches. Geólogos chamam o
Marcellus de campo de gás "super gigante". O geólogo de Universidade da
Pensilvânia Terry Engelder acredita que este campo poderá abastecer as
necessidades de gás natural dos Estados Unidos por 14 anos. "Essa perfuração
de poços de gás poderia transformar a bacia hidrográfica de mata densa
do norte de Delaware de um ambiente natural selvagem de cenários deslumbrantes
em uma paisagem industrial horrível", disse Tracy Carluccio, da Delaware
Riverkeeper. As empresas de prospecção de gás dizem que os alarmes ambientalistas
são exagerados. (Valor Econômico - 18.11.2008) 2 Odebrecht no Peru: empresa terá que devolver cerca de $100 mi Os técnicos
de Hidrotoapi iniciaram ontem a última etapa de negociação com os representantes
da construtora Odebrecht, para buscar os acordos antes do termino do contrato
para a construção do projeto Toachi-Pilatón, na próxima segunda. Em cima
da mesa estão as cifras apresentadas pela construtora que insiste que
investiu $ 23 milhões nas obras preliminares e vias de acesso. Mas da
parte da Hidrotoapi, a avaliação preliminar indica que essas obras custam
apenas $ 10 milhões. Neste momento, se está fazendo uma avaliação dos
custos das equipes e a maquinaria de propriedade de Odebrecht, que passaram
às mãos da Hidrotoapi para continuar com os trabalhos a partir de 1º de
dezembro. (Expreso - Peru - 18.11.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 FERRARI, Fernando; PAULA, Luiz Fernando. "A crise das finanças desregulamentadas: o que fazer?". Valor Econômico. São Paulo, 14 de novembro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 LEITE, Rogério Cezar de Cerqueira. "A apoteose do besteirol energético". Folha de São Paulo. São Paulo, 18 de novembro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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