l IFE: nº 2.386 - 11
de novembro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Fórum GESEL/Renovação de Concessões: ainda é possível fazer sua inscrição Se você
deseja participar do Fórum GESEL - Impactos e Riscos do Processo de Renovação
de Concessões no Setor Elétrico, que acontece nesta quinta-feira, dia
13 de novembro, ainda há tempo. As últimas vagas estão disponíveis. O
fórum, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ), vai debater os reflexos, para
o setor e para o país, da reversão dos ativos de geradoras, distribuidoras
e transmissoras para o governo, com o fim dos contratos de concessão a
partir de 2015; os caminhos para a licitação; os impactos na modicidade
tarifária; e as propostas de prorrogação dos contratos de cada segmento
da cadeia de energia elétrica. O evento reunirá dirigentes das principais
associações envolvidas na questão, como ABCE, Abrage, Abrate, Abradee,
Apine, Abiape, Abrace e Abraceel, além de contar com a moderação do ex-ministro
Nelson Hübner. Mais informações e inscrições no site www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/forum/
ou na Secretaria de eventos do GESEL, com Flora. Telefone: (21) 3873-5249
e (21) 2542-2490 - E-mail: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br (GESEL-IE-UFRJ -
11.11.2008) 2 GESEL: projeto para Jirau tem todas as condições de ser aprovado, diz Nivalde de Castro A Tractebel,
subsidiária da Suez Energy, empresa que venceu o leilão para a usina de
Jirau, no rio Madeira (RO), voltou a afirmar ontem que a hidroelétrica
será construída no local proposto, distante nove quilômetros do local
original para o empreendimento. Essa confiança foi externada pelo diretor
presidente da empresa. Manoel Zaroni, durante a teleconferência sobre
os resultados da Tractebel no terceiro trimestre de 2008. Para o professor
Nivalde de Castro, do Gesel da UFRJ, o projeto novo tem todas as condições
de ser aprovado. Entre as razões estão a garantia de atender ao edital
do leilão quanto a energia assegurada que é de 1975,3 MW médios, a potência
instalada que é de 3.300 MW e que a alteração do local não irá atrapalhar
a UHE Santo Antonio. (DCI - 11.11.2008) 3 GESEL: Preço de Santo Antonio é questionado por Nivalde de Castro O professor
Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em parceria a Roberto Brandão no qual
relaciona uma série de argumentos para afirmar que a líder do consórcio
perdedor do leilão, o Jirau Energia, liderado pela Construtora Odebrecht,
que levou a outra usina, Santo Antonio, estaria mais interessada em obter
mais lucro com a obra da hidroelétrica do que pela venda de energia, pois
escolheu o local onde o empreendimento teria um custo mais elevado, cerca
de R$ 10 bilhões. Aliás, o próprio preço de Santo Antonio é questionado
por Castro. De acordo com o estudo, a construtora teria sugerido um preço-teto
inicial de R$ 160 MW/h, mas com a interferência da EPE, esse valor foi
reduzido para R$ 122 MW/h e terminou com R$ 78,00 MW/h. Esse deságio,
segundo o professor, é um indício de que custo da obra estava superestimado.
(DCI - 11.11.2008) 4
Ministérios unem-se para agilizar licenças 5 Continua inadimplência na CCEE As operações
no mercado de energia elétrica de curto prazo em setembro tiveram inadimplência
de 8,51% segundo a CCEE. Ao todo, foram liquidados R$ 346 milhões, num
total de R$ 378,2 milhões levados à liquidação. Participaram 927 agentes:
553 devedores e 374 credores. Segundo o órgão, acrescido de encargos e
juros, o valor será levado a crédito durante a contabilização dos negócios
referentes a outubro. A inadimplência acumulada até setembro soma cerca
de R$ 32 milhões. (Brasil Energia - 10.11.2008) 6 ONS: restrições ambientais e complexidade do SIN são desafios para o SE As restrições
ambientais que são consideradas entraves nos processos de licenciamento
de projetos de geração também podem comprometer a operação do sistema.
Segundo o gerente executivo do ONS, Paulo Gomes, um dos pontos que se
observou nos últimos anos é o aumento da ocorrência de curtos-circuitos
bifásicos, de proporções e impactos maiores do que em sistemas monofásicos.
Para ele, alguns dos desafios da operação nos próximos anos serão o de
lidar com as crescentes restrições de meio ambiente e o aumento da complexidade
do SIN. Gomes destacou que, no caso dos curtos-circuitos, a razão está
na redução da largura das faixas de servidão das LTs, o que tem resultado
na montagem de torres menores ou na instalação de mais de um circuito
numa mesma torre. (CanalEnergia - 10.11.2008) 7 Chesf: crise financeira mundial pode atingir o setor energético O efeito dominó da crise financeira mundial que vem afetando as economias de vários países em todo mundo, inclusive os emergentes, poderá chegar ao Brasil, atingindo, em especial, o setor energético brasileiro. A expectativa, em tom pessimista, é do presidente da Chesf, Dilton da Conti Oliveira. A crise global e seus possíveis efeitos será um dos temas abordados durante o XII Congresso Brasileiro de Energia, que acontece de 17 a 19 deste mês de novembro, no Centro de Convenções SulAmérica, no bairro Cidade Nova, no Rio de Janeiro. O dirigente da Chesf justificou seu ceticismo ao assinalar que o crédito, indispensável aos empreendimentos de energia, deverá ficar mais escasso, além da possibilidade de aumento dos preços dos equipamentos em função do mesmo motivo. (Setorial News - 10.11.2008) 8
Energia solar para baixa renda 9 Encontro vai comparar mercados de energia no Brasil e na Europa O Encontro
Brasil-Europa Mercados de Energia Elétrica, Eficiência e Sustentabilidade,
que será realizado no dia 21 de novembro, em São Paulo, vai promover o
intercâmbio entre a experiência européia de integração de mercados e as
necessidades exigidas pelo novo ciclo do mercado livre brasileiro. O evento
vai comparar a visão européia e brasileira sobre o papel desempenhado
pelos governos, reguladores, agentes de cadeia produtiva de energia e
consumidores. Participam do encontro o diretor-geral da Aneel, Jerson
Kelman e o comissário europeu de Energia, Andris Piebalgs, entre outros.
(Setorial News - 10.11.2008) 10
Artigo de Antônio Delfim Netto: "A crise sem lágrimas"
Empresas 1 Tractebel cogita diminuir o pagamento de dividendos A Tractebel
Energia cogita reduzir o pagamento de dividendos relativos a este ano
para honrar compromissos de sua dívida de curto prazo e manter os investimentos
da companhia. Segundo o diretor-presidente da empresa, Manoel Arlindo
Zaroni, a mudança de postura decorre da piora das expectativas em relação
ao cenário econômico. Segundo Zaroni, os dividendos relativos a todo o
ano de 2008 podem ficar entre 68% e 95% do lucro do ano. Ele ainda informou
que a Tractebel ainda não tomou uma decisão em relação à forma de pagamento
dos dividendos. (Jornal do Commercio - 11.11.2008) 2 Tractebel Energia defende renovação onerosa para concessões A Tractebel Energia defende que a renovação das concessões de geração, com vencimento próximo, seja feita de modo oneroso. Ou seja, os atuais concessionários devem pagar um valor mínimo para ficar com as usinas. "A diferença iria para um fundo, que administraria os custos do setor, como a transmissão", sugeriu Manoel Zaroni, diretor-presidente da companhia. Para ele, o fundo reduziria os custos pagos pelos agentes e consumidores. A Tractebel, frisou Zaroni, tem como preferência a relicitação das usinas, contudo, não vê essa opção como viável. Ele ressaltou ainda que espera que os resultados da renovação sejam neutros para os produtores independentes de energia. (CanalEnergia - 10.11.2008) 3 Tractebel Energia: Transferência de Estreito só acontece em 2009 A Tractebel
Energia adiou para o ano que vem a transferência da participação da GDF
Suez na UHE Estreito. Segundo Manoel Zaroni, diretor-presidente da companhia,
no momento, está sendo negociado uma forma de assumir o empreendimento
sem afetar o caixa. De acordo com Zaroni, as obras estão dentro do cronograma,
apesar de um problema com lençol freático já solucionado. O desvio do
rio está previsto para junho. Devido à incerteza quanto ao período da
transferência, a Tractebel adiou todos os investimentos na usina para
2009. Assim, Estreito deve receber R$ 839 milhões dos R$ 947 milhões projetados
em investimentos pela empresa para o próximo ano. (CanalEnergia - 10.11.2008)
4
Liminares impedem AES de receber R$ 475 mi 5 Equatorial Energia prepara lançamento de ADRs A Equatorial
Energia apresentou pedido de registro do programa de ADRs Nível 1 à CVM.
Os ADRs serão lastreados pelas ações ordinárias da companhia. Cada papel
no mercado norte-americano, incialmente, equivalerá a uma ação ON. A empresa
informou em comunicado ao mercado, enviado na sexta-feira, 7, que o Citibank
será a instituição depositária nos Estados Unidos. As ADRs poderão ser
negociadas no mercado de balcão dos EUA assim que forem aprovadas pela
CVM e a equivalente americana SEC. (CanalEnergia - 10.11.2008) 6 Cteep tem autorização para participar do leilão de ICGs A Cteep
recebeu autorização do conselho de administração para participar do leilão
de instalações de transmissão de interesse exclusivo de centrais de geração
para conexão compartilhada (ICGs) e de instalações de interesse exclusivo
e de caráter individual das centrais de geração (IEGs). A empresa também
poderá oferecer as garantias corporativas necessárias para a contratação
do seguro de garantia de proposta, conforme estipulado pelo edital, e
concluir todos os atos societários necessários, caso seja vencedora do
certame. A participação no certame previsto para o próximo dia 24, será
de forma individual ou em consórcio, segundo comunicado ao mercado enviado
na segunda-feira, 10. (CanalEnergia - 10.11.2008) 7 Eficiência energética: Elektro investe R$ 1,7 mi em 113 prédios A Elektro
anunciou na segunda-feira, 10, que investirá R$ 1,7 milhão em 113 prédios
públicos na área de concessão. O investimento faz parte do projeto de
Eficiência Energética em Prédios Públicos, que vai beneficiar escolas,
hospitais, prefeituras, asilos, postos de saúde e entidades beneficentes.
As ações de eficiência energética incluem a substituição de lâmpadas,
luminárias e reatores das edificações de 69 cidades da área abrangida
pela empresa. A estimativa é de redução de 15%, em média, no consumo de
energia elétrica. (CanalEnergia - 10.11.2008) 8 Cteep no leilão de coletoras A Cteep anunciou nesta segunda-feira (10/11) que vai participar do leilão de estações coletoras, previsto para 24 de novembro. O Conselho de Admistração decidiu que a empresa entrará na concorrência sozinha ou em consórcio. A companhia disputará os três lotes do leilão. O objetivo da licitação é disponibilizar obras fundamentais para a conexão de novas térmicas a biomassa e PCHs, localizadas nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul ao SIN. No total, serão ofertados 1.798 Km de extensão em linhas de transmissão, com previsão de investimentos da ordem de R$ 930 milhões e RAP de R$ 140,5 milhões. (Brasil Energia - 11.11.2008) 9 Cemig investirá R$ 8 mi para estudos sobre peixes A Cemig investirá R$ 8 milhões em pesquisas sobre peixes. Na semana passada, a empresa assinou convênio no valor de R$ 1,8 milhão e duração de quatro anos com a UFLa para os estudos, que integram o programa Peixe Vivo, voltado para a preservação de espécies nas bacias onde a empresa possui usinas. Segundo a companhia, serão firmados outros três contratos até o fim do mês com universidades mineiras. A companhia assinará outros dois convênios com a UFMG, um para estabelecer métodos de monitoramento a jusante de suas UHEs e outro para avaliação da eficácia do repovoamento de três espécies nas represas de Nova Ponte e Volta Grande, no Triângulo Mineiro. (CanalEnergia - 10.11.2008) No pregão
do dia 10-11-2008, o IBOVESPA fechou a 36.776,27 pontos, representando
uma alta de 0,30% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 3,45
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
0,77%, fechando a 14.393,27 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 24,16 ON e R$ 22,11 PNB, baixa de
1,95% e 1,82%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do
dia anterior. Na abertura do pregão do dia 11-11-2008 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 24,16 as ações ON, estável em relação ao dia anterior
e R$ 22,15 as ações PNB, alta de 6,56% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 11.11.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste atingem 50,8% Os reservatórios
do submercado Sudeste/Centro-Oeste atingem 50,8% do volume, ficando estável.
O índice está 9,6% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Camargos
e Corumbá I operam com 37,28% e 33,21%, respectivamente. (ONS - 11.11.2008)
2 Reservatórios do submercado Sul registram 96,4% do volume Os reservatórios do submercado Sul registram 96,4% do volume acumulado, o que representa alta de 0,4%. O índice está 79,2% acima da curva de aversão ao risco. A hidrelétrica de Barra Grande trabalha com 99,62% da capacidade de armazenamento. (ONS - 11.11.2008) 3 Reservatórios do submercado Nordeste registram 40,1% Os reservatórios
do submercado Nordeste registram 40,1% do volume, com baixa de 0,4%. O
índice está 18,1% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho
opera com 24,32% da capacidade. (ONS - 11.11.2008) 4 Nível dos reservatórios do submercado Norte chega a 30,1% O nível
dos reservatórios do submercado Norte chega a 30,1% do volume acumulado,
com baixa de 0,2%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 23,87% da capacidade
armazenada. (ONS - 11.11.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras perfura três poços no pré-sal em Campos, diz gerente O gerente-geral de Reservas e Reservatórios da Engenharia de Produção da Petrobras, Carlos Eugênio Ressurreição, disse ontem que a companhia está no momento perfurando três poços na área do pré-sal do Parque das Baleias, na Bacia de Campos. Segundo ele, estão sendo perfurados poços nos campos de Baleia Franca, Baleia Azul e Caxaréu, todos na mesma área e que apresentam condições bastante semelhantes às de Jubarte. Naquela região, diferentemente da que está em torno de Tupi, na Bacia de Santos, a camada de sal tem apenas 200 metros e não dois mil metros, o que facilita as operações. Além das perfurações naquela região, a Petrobras tem dado continuidade às avaliações do pré-sal na Bacia de Santos, segundo ele, agora por meio de sísmicas. (DCI - 11.11.2008)
Grandes Consumidores 1 Setor automotivo antecipa queda geral da venda de aço O setor
de distribuição de aço já sentiu queda de 10% nas suas vendas, puxada
principalmente pela demanda menor do setor automotivo. A previsão do Instituto
Nacional dos Distribuidores de Aço é que a redução das vendas chegue a
30% no primeiro trimestre de 2009, de acordo com o presidente da entidade,
Christiano da Cunha Freire em entrevista exclusiva ao DCI. A queda é causada
pelos impactos provocados pelo arrefecimento da produção da indústria
automobilística, que já fez siderúrgicas como a Gerdau e ArcelorMittal
anunciarem adequação de produção. (DCI - 11.11.2008) 2 Rio Tinto corta produção em até um terço A Rio Tinto,
segunda maior produtora de minério de ferro do mundo, cortará produção
em até um terço para o resto do ano, somando-se à rival brasileira Vale
na tentativa de conter uma queda de preços enquanto a demanda chinesa
por aço recua. O preço do minério na China caiu de US$ 197,50 a tonelada
em março a US$ 63,50 na semana passada. (Folha de São Paulo - 11.11.2008)
A decisão
da MMX de suspender a produção de minério de ferro em Corumbá (MS) a partir
de novembro implicará um uma redução da capacidade equivalente a 30% do
total atual da companhia. Segundo informações da área de relações com
investidores da empresa, a capacidade de produção total da MMX neste ano
é de 6,2 milhões de toneladas, das quais 1,9 milhão proveniente de Corumbá.
Em 2009, esta operação deve representar 19,5% do total, com 2,1 milhões
de toneladas ante uma capacidade total de produção de 10,8 milhões de
toneladas. Conforme a MMX comunicou, a suspensão é temporária e tem como
objetivo reduzir o custo de suas operações e evitar o aumento dos estoques
no cenário atual de desaquecimento da demanda. (DCI - 11.11.2008)
Economia Brasileira 1 Governo não pressiona demanda, diz estudo do BNDES A política fiscal nos últimos anos tem produzido um impacto contracionista sobre a demanda, não exercendo pressões indesejáveis sobre os preços, diz estudo da economista Beatriz Meirelles, da Área de Pesquisa e Acompanhamento Econômico do BNDES. Num momento em que o governo enfrenta o dilema de aumentar ou não os gastos para estimular uma economia que perde força devido à crise global, Beatriz avalia que há espaço para a elevação de despesas sem causar problemas inflacionários. O estudo, que faz parte da série Visão do Desenvolvimento, contraria o diagnóstico ortodoxo de que a política fiscal tem colaborado para pressionar os preços e deteriorar a balança comercial. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico - 11.11.2008) 2 Belluzzo vê país mais forte, mas não descarta recessão Apesar de estar hoje em uma posição diferente, se comparado com sua situação nas crises anteriores, o Brasil ainda não está livre de uma possível recessão no próximo ano. A análise foi feita ontem pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-secretário de Política Econômica do governo Sarney e professor titular de economia da Unicamp, durante encontro na Fiesp. Segundo Belluzzo, uma possível recessão não é algo inevitável, e o atual momento econômico deve ser de "adaptação das mentalidades à nova era". Belluzzo explicou que "cabe ao governo mudar o sinal". Na sua opinião, isso significa "ser prático e adotar as políticas que são tomadas no mundo inteiro". Para o economista, é dever do Estado estimular o crédito do mercado interno, fazendo investimentos públicos para aquecer a economia, além de aumentar a oferta de crédito. (Valor Econômico - 11.11.2008) 3
Indústria da construção inicia cortes de pessoal 4 Na indústria, emprego e renda ainda subiram em setembro O nível
de emprego na indústria ficou praticamente estável na passagem de agosto
para setembro, com variação de 0,1% . Em agosto, o setor havia verificado
leve retração no número de empregos de 0,1% em relação a julho. Na comparação
com setembro do ano passado, houve avanço de 2,2% - vigésima sétima alta
consecutiva neste tipo de comparação. No ano, o emprego industrial acumula
alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2007 e, no acumulado dos 12
meses fechados em setembro, a expansão alcança 2,9%. Os dados fazem parte
da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados ontem pelo IBGE. (Valor
Econômico - 11.11.2008) O Índice
de Confiança do Consumidor (ICC), apurado pela Federação do Comércio do
Estado de São Paulo (Fecomercio), apresentou queda em novembro, de 4,5%
em relação a outubro e atingiu 132,6 pontos. Em novembro de 2007, o índice
havia caído 3%, situando-se em 136,7 pontos. De acordo com a Fecomercio,
o resultado do ICC deste mês "ainda encontra-se em um patamar de otimismo".
Entretanto, ressalta a entidade, "existem evidências que essa queda já
é uma tendência de retrações futuras em face aos desdobramentos do cenário
internacional." (Valor Econômico - 11.11.2008) 6 Banco Central foca inflação e descarta flexibilização da política monetária Como resultado das reuniões realizadas nos últimos dias em São Paulo, os bancos centrais mundiais concluíram que há um alívio das pressões inflacionárias num âmbito global, por conta da desaceleração da atividade econômica causada pela crise. Esse cenário vem permitindo que alguns países reduzam as taxas de juros para incentivar uma retomada da economia ou mesmo ampliem gastos para combater os efeitos negativos da turbulência mundial. O presidente do BC, Henrique Meirelles, no entanto, descartou flexibilizações na política monetária brasileira e ressaltou que as medidas adequadas estão sendo tomadas. (Valor Econômico - 11.11.2008) 7
BB anuncia compra do Banco do Piauí 8 Balança comercial abre novembro com superávit de US$477 mi A balança
comercial brasileira registrou superávit de 477 milhões de dólares na
primeira semana de novembro, informou o Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira. As exportações brasileiras
somaram 4,164 bilhões de dólares entre os dias 1o e 9 de novembro, com
média diária de 832,8 milhões de dólares. As importações, por sua vez,
totalizaram 3,687 bilhões de dólares, o que gerou uma média por dia útil
de 737,4 milhões de dólares. (Reuters - 10.11.2008) 9 Economia fechada protege rating do Brasil, diz Fitch A economia
relativamente fechada em relação a outros países emergentes e o elevado
nível de reservas internacionais devem preservar o Brasil no grupo dos
países considerados de baixo risco de crédito em 2009, segundo a Fitch."O
fato de o Brasil ter a economia mais fechada o protegeu", disse à Reuters
o diretor-executivo da agência no país, Rafael Guedes. A Fitch reafirmou
nesta segunda-feira o rating soberano do Brasil, atualmente em "BBB-",
assim como a perspectiva estável. (Reuters - 10.11.2008) 10 Crise não altera metas do PDP, diz ministro O ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, mantém
a estimativa de que a política industrial alcance taxa de investimento
fixo de 21% do PIB até 2010 e que o País tenha uma participação de 1,25%
no total das exportações mundiais, o que corresponde a US$ 208,8 bilhões,
mesmo diante das perspectivas de desaceleração da economia mundial. Mas
representantes da iniciativa privada reclamam que o programa não decola.
(Gazeta Mercantil - 11.11.2008) 11 Planejamento quer retirar fundo soberano de meta de superávit O Ministério
do Planejamento vai propor a retirada do fundo soberano da meta do superávit
primário de 2009, economia do governo para o pagamento dos juros da dívida
pública, e garantir um percentual mais realista no Orçamento, diante do
arrefecimento econômico mundial. O órgão pretende manter apenas o número
oficial de 3,8% do PIB na lei orçamentária. Na atual proposta da lei orçamentária,
em trâmite no Congresso Nacional, a meta do superávit primário para 2009
é de 3,8% do PIB, mais 0,5% do produto para o fundo soberano. Na prática,
a meta seria de 4,3% - proposta defendida pelo Ministro do Planejamento,
até o dia 5 deste mês. (Gazeta Mercantil - 11.11.2008) 12 Ritmo de importação começa a dar sinais de desaceleração O transporte
aéreo tem uma participação muito modesta nas importações brasileiras -
de janeiro a setembro, respondeu por 19,7% do valor importado e por 0,2%
do volume de mercadorias que ingressaram no País -, mas seu comportamento
pode sinalizar tendências que a balança comercial ainda não detecta. Apesar
de as compras do exterior continuarem em linha ascendente, como mostram
os dados mais recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, o movimento na Lufthansa Cargo, empresa que tem oito freqüências
semanais regulares para o Brasil, começa a estacionar. (Gazeta Mercantil
- 11.11.2008) 13 Crise: Analistas elevam novamente previsão para 2009 As expectativas
de inflação para 2009 subiram de 5,06% para 5,2% em uma semana, mostra
a pesquisa do Banco Central com cerca de cem analistas econômicos do setor
privado. Foi a quarta semana de piora nas projeções inflacionárias, que
acumulam alta de 0,4 ponto percentual. Os analistas se tornaram mais pessimistas
sobre a evolução dos índices de preços depois que a crise internacional
provocou a desvalorização da taxa de câmbio. O dólar mais caro poderá
aumentar preços de produtos importados e deixar empresas nacionais mais
livres para promover reajustes de preços. Agora, os analistas econômicos
esperam que a cotação do dólar chegue a R$ 2,05 no fim deste ano, ante
R$ 2,00 projetados uma semana antes. Em meados de agosto, a expectativa
era que o câmbio terminasse 2008 em R$ 1,60. (Valor Econômico - 11.11.2008)
14 IGP-M mostra preços em alta no início de novembro O IGP-M
, divulgado pela FGV apontou inflação em alta de 0,80% na primeira prévia
de novembro, resultado superior ao da leitura inicial do mês anterior
(0,55%). No ano, o índice acumula alta de 10,4%, e nos últimos 12 meses,
12,34%. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela FGV A primeira
prévia do IGP-M de novembro traz a apuração de preços verificada entre
os dias 21 e 31 de outubro. O IPA subiu 1,01% no período, contra 0,71%
um mês antes. (Valor Econômico - 11.11.2008) 15 IPC-Fipe sobe 0,57% na 1a quadrissemana de novembro O IPC da
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas subiu 0,57 por cento na primeira
quadrissemana de novembro, depois de ter fechado outubro com alta de 0,50
por cento, mostraram dados divulgados nesta terça-feira. Os custos com
Habitação, que subiram 0,76 por cento, responderam por quase metade da
variação do IPC nesta primeira leitura de novembro. (Reuters - 11.11.2008)
O dólar
comercial opera em alta na abertura dos negócios nesta terça-feira. Há
pouco, a moeda estava a R$ 2,213 na compra e a R$ 2,215 na venda, valorização
de 1,04%. Já no mercado futuro, os contratos de dezembro negociados na
BM & F registravam ganho de 1,64%, para a R$ 2,230. Na segunda-feira,
o dólar comercial subiu 1,48%, a R$ 2,190 a compra e R$ 2,192 na venda.
(Valor Online - 11.11.2008)
Internacional 1 AES Corp reverte prejuízo e lucra US$ 1,281 bi no ano A AES Corp
reverteu um prejuízo de US$ 103 milhões ao lucrar US$ 1,281 bilhão nos
nove primeiros meses do ano, segundo balanço divulgado na semana passada.
A empresa norte-americana teve um faturamento de US$ 12,595 bilhões de
janeiro a setembro, alta de 27% sobre o registrado nos mesmos meses de
2007. Segundo a AES, os resultados são conseqüência dos preços maiores
em todo as regiões e de crescimento da demanda na América Latina. As receitas
de geração no mercado latino-americano somaram US$ 3,578 bilhões nos nove
primeiros meses do ano, contra US$ 2,474 bilhões no mesmo período anterior.
Para a área de distribuição, o faturamento latino ficou US$ 4,644 bilhões
no acumulado do ano até setembro, avanço sobre os US$ 3,789 bilhões de
2007. (CanalEnergia - 10.11.2008) 2 AES Corp lucra US$ 145 mi no terceiro trimestre No terceiro
trimestre, o lucro líquido da AES Corp chegou a US$ 145 milhões, ante
US$ 104 milhões no ano passado. A receita do período subiu 25% chegando
a US$ 4,345 bilhões em 2008. De julho a setembro, a receita de geração
no mercado latino- americano subiu de US$ 918 milhões para US$ 1,196 bilhão
entre 2007 e 2008. No trimestre, a receita da área de distribuição aumentou
de US$ 1,312 bilhão para US$ 1,618 bilhão no período de comparação. Segundo
Paul Hanrahan, presidente da AES, os ganhos do terceiro trimestre estiveram
em linha com as previsões da companhia. (CanalEnergia - 10.11.2008) 3 Índia precisará de 300 mil MW nos próximos 15 anos A Índia vai precisar adicionar cerca de 300 mil MW nos próximos 15 anos, caso continue crescendo a taxas de 7% a 8% ao ano, de acordo com o economista indiano, Srinivasa Raghavan. Segundo ele, aumentar a capacidade instalada do país é um dos maiores desafios do governo indiano. Atualmente, o país enfrenta vários problemas com o fornecimento de energia e cerca de 60% da população vive sem eletricidade. "Para conseguirmos crescer e oferecer acesso a energia a toda a população, precisaremos da ajuda de empresas estrangeiras", afirmou o economista, ressaltando que a entrada dessas empresas no país está condicionada a transferência de tecnologia. De acordo com Philippe Joubert, presidente da Alstom Power, existe o interesse por parte da empresa de aumentar os investimentos no país e realizar parcerias com o governo indiano. No entanto, ele afirmou não abrir mão de ficar com o controle da empresa no país. (CanalEnergia - 10.11.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 NETTO, Antônio Delfim. "A crise sem lágrimas". Valor Econômico. São Paulo. 11 novembro 2008. Para ler
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