l IFE: nº 2.380 - 03
de novembro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Workshop do GESEL/UFRJ, nesta quarta-feira, dia 5, analisa crise financeira mundial O Grupo de Estudos
do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ)
promoverá nesta quarta-feira, dia 5 de novembro, o Workshop Crise Financeira
Mundial: Impactos sobre a Economia Brasileira e Reflexos no Setor Elétrico.
O workshop vai trabalhar a construção de parâmetros e cenários sobre o
impacto da crise, de proporções similares à de 1929, para analisar os
efeitos e possíveis reflexos sobre o setor elétrico brasileiro, desde
os efeitos sobre a demanda de energia até as condições de obtenção de
crédito para suportar os investimentos programados. Para analisar este
complexo cenário macroeconômico mundial, nacional e setorial, o GESEL
contará com a participação de professores do Instituto de Economia (IE/UFRJ),
especialistas nos três níveis do problema: Fernando Cardim de Carvalho
(especialista em finanças internacionais e coordenador do Grupo de Estudos
sobre Moeda e Sistema Financeiro); Francisco Eduardo Pires (especialista
em economia brasileira do Grupo de Análise de Conjuntura do IE); Nivalde
de Castro (especialista em Setor Elétrico e coordenador do GESEL); e Roberto
Brandão (especialista em financiamento do Setor Elétrico). O workshop,
que acontecerá das 14 às 18 horas, no Campus da Praia Vermelha da UFRJ,
na Avenida Pasteur nº 250 (ao lado do Pão de Açúcar), custa R$ 1.000,00,
incluindo pasta com coletânea impressa de artigos sobre o tema e DVD das
apresentações. O número de inscrições é limitado. Mais informações na
Secretaria de eventos do GESEL, com Flora. Telefone: (21) 3873-5249 e
(21) 2542-2490 - E-mail: ifes@race.ie.ufrj.br - Site: www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/cursos/
(GESEL-IE-UFRJ - 03.11.2008) 2 Inscrições abertas para o Fórum Impactos e Riscos do Processo de Renovação de Concessões no Setor Elétrico A prorrogação
das concessões do setor de energia elétrica está na ordem do dia do governo
federal. O Ministério de Minas e Energia pretende divulgar até o mês de
dezembro o relatório do grupo de estudos que analisa o assunto, que envolve
22 mil MW de hidrelétricas, 73 mil quilômetros de linhas de transmissão
e os contratos de 41 das 64 distribuidoras de energia. A renovação dos
contratos destes ativos, que vencem até 2015, está na pauta das principais
associações do setor. Para debater os reflexos do processo para o setor
elétrico e para o país, o Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ) reunirá os agentes setoriais na
próxima quinta-feira, dia 13 de novembro, no Fórum GESEL - Impactos e
Riscos do Processo de Renovação de Concessões no Setor Elétrico. Além
de contar com o ex-ministro de Minas e Energia, Nelson Hübner, como moderador
dos debates, o fórum reunirá dirigentes da ABCE (concessionárias), Abrage
(geradoras), Abrate (transmissoras), Abradee (distribuidoras), Apine (produtores
independentes), Abiape (autoprodutores), Abrace (grandes consumidores
industriais), Abraceel (comercializadores) e Abdib (infra-estrutura).
A coordenação do fórum é do professor Nivalde de Castro, do GESEL/UFRJ.
Mais informações e inscrições pelo site www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/forum/
(GESEL-IE-UFRJ - 03.11.2008) 3 Ibama enfrenta pressão para decidir por licença para Jirau Uma guerra de
bastidores está sendo travada no Ibama em torno da liberação ambiental
para o consórcio Enersus instalar seus primeiros canteiros de obras da
usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira. A nova batalha envolve o
envio de uma avalanche de documentos à autarquia pela Odebrecht, contestando
a mudança na localização da usina, e um ofício colérico do Enersus questionando
a "moralidade" da equipe técnica do Ibama responsável pelo licenciamento
da hidrelétrica. O pano de fundo é a promessa, feita pelo ministro do
Meio Ambiente, Carlos Minc, de conceder nos próximos dias uma licença
"parcial" de instalação. A pressão vem de todos os lados. Nos últimos
dias, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, envolveu-se
diretamente nas discussões com o Ibama. O Enersus, capitaneado pela multinacional
Suez Energy, e o MME pedem à autarquia essa liberação preliminar para
evitar a perda da janela hidrológica de 2008, a ponto de terminar, quanto
têm início as chuvas. (Valor Econômico - 03.11.2008) 4 Crise pode aliviar a área de energia 5 Fim das concessões em 2015 é entrave para geradoras O vencimento
de grandes contratos de energia é um problema sério a ser enfrentado pelas
empresas que têm suas concessões encerrando em 2015. O dilema hoje é se
vendem essa energia em contratos que ultrapassam a linha da concessão
e com isso deixam os contratos para os sucessores ou se ficam um período
de três anos sem potencializar a receita, à mercê do mercado à vista.
Apesar de o governo reiterar que as geradoras não podem vender energia
para além de sua concessão, não é exatamente essa realidade verificada
no mercado. A Cesp, por exemplo, já vendeu sua energia descontratada no
mercado livre e parte dela ultrapassa o ano de 2015. O presidente da EPE,
Maurício Tolmasquim, diz que essa é uma questão que precisa ser resolvida
e analisada. É um ponto prioritário, segundo ele, mas que ainda não tem
solução. O governo montou um grupo de estudos no MME para analisar a questão
e está aceitando sugestões de entidades. (Valor Econômico - 03.11.2008)
6 Energia velha migra para mercado livre O novo modelo
do setor elétrico, que surgiu com a proposta de assegurar energia para
os consumidores cativos desse insumo, começa a apresentar algumas falhas.
Os contratos de compra e venda assinados em 2004 no primeiro leilão, que
respondem por pouco mais de 9 mil MW ou cerca de 17% do total de energia
consumida atualmente no país, vencem em 2013, mas as geradoras já começaram
a vender essa energia no mercado livre. O problema é que as distribuidoras
que hoje recebem essa energia só podem, por lei, recompor seu portfólio
um ano antes do fim dos contratos. Esse é um problema conhecido do governo
federal e considerado sério, mas ao mesmo tempo um assunto evitado em
Brasília. Até agora, a única iniciativa foi proibir as geradoras federais
de venderem suas parcelas de energia. Chesf, Furnas e Eletronorte venderam
6 mil MW médios no leilão de 2004. Então, do total de 9 mil MW, o buraco
ficaria em torno de 3 mil MW. (Valor Econômico - 03.11.2008) 7 Energia ociosa deve ser vendida, diz Anace As empresas que compraram energia no mercado livre estão diante de um problema que pode se agravar com a crise. A queda da atividade econômica deve provocar sobras de parte considerável dessa energia já contratada. Essas empresas encaminharam pedido à Aneel e ao MME de autorização para a comercialização dessa sobra de energia. A legislação brasileira não permite a venda de energia ociosa. Segundo Paulo Mayon, presidente da Anace, a crise financeira global tem obrigado as empresas a serem mais conservadoras em seus planos para 2009. A alternativa de comercialização do excedente contratual seria uma oportunidade, na opinião de Mayon, de as empresas obterem algum ganho com esse negócio. O MME informou que não há data prevista para a aprovação do decreto. (Folha de São Paulo - 03.11.2008) 8 Abradee lança campanha sobre segurança
com energia elétrica 9 GESEL em seminário sobre os desafios do setor O DCI realiza
na próxima quinta-feira, dia 6, às 9h30 no Hotel Renaissance, o Seminário
"Energia em Ação: o que você precisa saber sobre energia no Brasil", no
Hotel Renaissance, em São Paulo. No segundo painel, "Visão do mercado
consumidor", de 12:00 as 13:00, estará presente Nivalde de Castro, representando
o GESEL. O evento contará com a presença do ministro das Minas e Energia,
Edison Lobão, que falará sobre os desafios do novo ambiente do setor elétrico
brasileiro. Também o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes
será um dos palestrantes do Seminário e falará sobre os desafios da própria
Eletrobrás dentro deste contexto. (DCI - 31.10.2008) 10 Brasil vai precisar de investimentos de US$ 310 bi em geração até
2030, afirma estudo 11 Artigo de Yoshiaki Nakano: "Recessão e deflação global" Em artigo à Folha de São Paulo, Yoshiaki Nakano atenta para a possibilidade de recessão global. O problema da inflação já foi retirado da agenda dos bancos centrais, pois ela deverá sofrer queda rápida nos EUA e na Europa e é provável uma deflação no próximo um ano e meio. Uma recessão global combinada com deflação provocará estragos profundos no setor real da economia, como ocorreu na década de 30. A perspectiva que a crise financeira abriu para o Brasil é de pressão para a redução da taxa de juros. O BC tem a oportunidade de uma redução da taxa de juros mantendo a sua credibilidade e aumentando a confiança, que é o que falta hoje. O autor conclui afirmando que, num quadro de crise financeira, com travamento do sistema de crédito e perspectiva de deflação, nada melhor do que a redução adicional dos compulsórios e a redução da taxa de juros para evitar uma crise de confiança e recessão. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (Folha de São Paulo - 02.11.2008)
Empresas 1 Geradoras antecipam venda de energia As geradoras
já começaram a vender no mercado livre a energia de 2013, quando vencem
contratos assinados que correspondem a 17% do total consumido no país.
O problema é que, por lei, as distribuidoras - que fazem parte do mercado
cativo - só podem recompor seu portfólio um ano antes do fim dos contratos.
O governo federal se preocupa com o preço e de onde virá a energia que
está saindo do mercado cativo e indo para os consumidores livres. Essas
negociações se cruzam com o imbróglio do fim das concessões de hidrelétricas
em 2015. Geradoras nessa situação também já vendem a energia descontratada
a partir de 2012 no mercado livre e algumas com contratos que ultrapassam
2015, o que poderá agravar a situação. Isso porque uma das alternativas
em estudo seria prorrogar o prazo das concessões, mas com a obrigação
de que 70% da energia seja vendida no mercado cativo. (Valor Econômico
- 03.11.2008) 2 Neoenergia: lucro líquido ultrapassa R$ 1 bi em nove meses A Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1,046 bilhão nos nove primeiros meses do ano, o que representa uma alta de 7,33% sobre o mesmo período do ano anterior, segundo balanço consolidado divulgado sexta-feira, 31 de outubro. A receita bruta do grupo ficou em R$ 7,089 bilhões de janeiro a setembro, contra R$ 6,650 bilhões em igual período de 2007. O Ebtida chegou a R$ 1,916 bilhão em nove meses, com alta marginal de 0,25% sobre 2007. A Neoenergia teve uma receita líquida de R$ 4,754 bilhões até setembro, 9,37% superior à obtida em igual período do ano anterior. Os investimentos em distribuição alcançaram R$ 845,69 milhões de janeiro a setembro, destinados à ampliação da rede e à melhoria da confiabilidade do sistema. Em geração, a Neoenergia investiu R$ 262,5 milhões no mesmo período. (CanalEnergia - 31.10.2008) 3 Neoenergia: lucro líquido do terceiro trimestre foi de R$ 338,389 mi A Neoenergia
registrou lucro líquido de R$ 338,389 milhões no terceiro trimestre do
ano, ante R$ 371,687 milhões em 2007, segundo balanço consolidado divulgado
sexta-feira, 31 de outubro. A receita no trimestre foi de R$ 2,308 bilhões
este ano, acima dos R$ 2,157 bilhões do mesmo período do ano anterior.
A holding obteve receita líquida de R$ 1,554 bilhão, ante R$ 1,431 bilhão
no mesmo trimestre de 2007. (CanalEnergia - 31.10.2008) 4 Ampla abre chamada pública para compra de energia
elétrica de geração distribuída 5 Delta Energia: desafios para equilibrar oferta e demanda A Delta Energia
tem um desafio para os próximos anos: equilibrar o balanço entre oferta
e demanda no mercado livre. De acordo com Mateus Aranha Andrade, sócio
da Delta Energia, o principal desafio das comercializadoras, atualmente,
é conseguir suprir a demanda existente no mercado livre a preços competitivos.
Segundo ele, todas as variáveis envolvidas na contratação de energia,
como preço, segurança no fornecimento e projeções do mercado futuro, são
elementos que podem beneficiar ou não a conquista e a fidelização do consumidor.
Quanto ao preço, Andrade afirma que, ao contrário do que parece, eles
continuam atraentes em comparação com o mercado cativo. (CanalEnergia
- 31.10.2008) 6 Energias do Brasil recebe prêmio de sustentabilidade A Energias do
Brasil foi escolhida pelo Guia Exame de Sustentabilidade como uma das
20 empresas-modelo em responsabilidade corporativa de 2008. A entrega
do prêmio, que reconhece as empresas com as melhores estratégias, compromissos
e práticas em sustentabilidade do país, ocorreu na quarta-feira, 29 de
outubro. Entre as práticas destacadas pela empresa estão os cerca de 30
programas ambientais e socioeconômicos para mitigar os impactos ao meio
ambiente e às comunidades ribeirinhas nas proximidades da UHE Peixe Angical,
no sul de Tocantins. (CanalEnergia - 31.10.2008) 7 CPFL vence prêmio nacional de qualidade A CPFL Paulista
foi uma das vencedoras do Prêmio Nacional da Qualidade 2008. O anúncio
foi feito, em São Paulo, na terça-feira, 28/10. O prêmio será concedido
pela Fundação Nacional de Qualidade após avaliar as melhores práticas
na gestão da empresa e a busca da excelência em seus negócios. A cerimônia
de premiação será no dia 24 de novembro, em São Paulo. O presidente da
companhia, Wilson Ferreira Jr. recebeu na terça-feira, 28/10, em Campinas
(SP), o Prêmio IBEF. A entrega aconteceu durante o Congresso Nacional
de Executivos de Finanças. (CanalEnergia - 31.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Nível dos reservatórios cai para 52,2% da capacidade, diz ONS O nível
dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste fechou a semana em 52,2% da
capacidade total, mantendo a trajetória de queda verificada nas últimas
semanas, segundo informações do Informativo Preliminar Diário da Operação
do ONS. No dia 30 do ano passado, o nível dos reservatórios se encontrava
em 52%. Estas duas regiões concentram 67% da capacidade de armazenamento
de energia do Brasil. Apesar da queda, o nível de armazenamento de água
nas duas regiões ainda está nove pontos percentuais acima da curva de
aversão ao risco (CAR). No Nordeste, os reservatórios das hidrelétricas
fecharam ontem em 44,1% capacidade total, no Sul, o nível fechou em 90,2%
e no Norte em 32,6%. (Gazeta Digital - 02.11.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 01/11/2008 a 07/11/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Abraget: redução no consumo de energia não afetará as térmicas Xisto Vieira Filho, presidente da Abraget (associação de termelétricas), não acredita que a redução no consumo de energia na indústria afete o resultado do setor. Como a estrutura de energia brasileira se baseia em hidrelétricas, as térmicas geralmente são acionadas quando falta oferta. "A queda de 1% na demanda foi insignificante para as térmicas. O que faz realmente a diferença para ligar ou desligar usinas são as chuvas." (Folha de São Paulo - 02.11.2008) 2 Manaus Energia inicia operação de unidades geradoras térmicas A Aneel autorizou
a operação comercial de sete unidades geradoras de três térmicas da Manaus
Energia (AM). A UTE Flores iniciará a operação das unidades 4, 7 e 8,
enquanto a UTE Cidade Nova colocará em operação as unidades 2, 3 e 4.
A UTE São José começará a operar a unidade 3. Cada unidade tem 1,6 MW
de potência e está localizada em Manaus (AM). A agência publicou a decisão
no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 30 de outubro. (CanalEnergia
- 31.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Vale corta produção e dá férias coletivas Em reação à
crise global e à retração da demanda, especialmente na China, a Vale,
segunda maior empresa do Brasil, anunciou ontem um corte de produção de
30 milhões de toneladas de minério de ferro, 10% do total extraído. A
mineradora também reduziu a fabricação de pelotas, alumínio, manganês
e ferro-ligas, no Brasil e no exterior, e deu férias coletivas nas unidades
afetadas. Considerando o preço de referência do minério, a Vale perderá
mensalmente US$ 350 milhões em receita. A medida deve afetar o saldo comercial
brasileiro, muito dependente do minério da Vale. Diante de uma "crise
extremamente profunda", o presidente da companhia, Roger Agnelli, classificou
a redução das atividades como um "ajuste momentâneo" para adequar a produção
à demanda fraca. (Folha de São Paulo - 01.11.2008) 2 Corte de produção da vale é natural, afirma Coutinho O presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que é preciso relativizar o corte
de produção anunciado pela Vale. "É natural, com a recessão que começa
a se desenhar nos EUA e no Japão e com a desaceleração na Europa, que
as grandes empresas que exportam commodities redimensionem seus planos
de expansão e os seus investimentos", afirmou em Buenos Aires. (Folha
de São Paulo - 01.11.2008) 3 Indústrias chinesas fazem boicote a minério da Vale Responsável
por 20% do faturamento da Vale, a China sofre uma fase de ajuste "brutal"
em seu ritmo de crescimento, e as siderúrgicas do país fazem "jogo de
mercado" para conseguir descontos no preço do minério de ferro, afirmou
Roger Agnelli, presidente da mineradora brasileira. Segundo o executivo,
há um elevado estoque de minério de ferro na China. E, com a redução da
produção de aço, existe um excedente do produto. A Vale pleiteava um aumento
de 11% no preço do minério vendido às siderúrgicas chinesas, que começaram
um boicote ao produto da empresa. Agnelli disse que não interpreta o movimento
como boicote. Nas suas palavras, as empresas podem comprar de quem elas
quiserem, assim como a Vale tem o direito de vender "para quem quiser".
(Folha de São Paulo - 01.11.2008) 4 Vale recua de pedido de aumento de preço para minério de ferro A Vale voltou
atrás em sua demanda por um aumento de 12% nos preços para o minério de
ferro este ano e concordou em pagar o frete para alguns de seus clientes
chineses, disseram nesta segunda-feira duas fontes. A companhia retirou
o pedido "silenciosamente" após grandes siderúrgicas chinesas anunciarem
cortes na produção para enfrentar uma queda no mercado de aço na China,
afirmaram as fontes."A Vale acertou com uma série de siderúrgicas pagar
o frete do Brasil para a China", disse uma das fontes, acrescentando que
o acordo "informal" não inclui um cronograma. (Reuters - 03.11.2008) 5 Usiminas admite refrear o ritmo dos investimentos por causa da crise A velocidade
dos investimentos previstos da Usiminas, de US$ 14,1 bilhões, pode ser
mais lenta devido à queda de demanda mundial diante da crise financeira.
De acordo com Paulo Penido Pinto Marques, diretor de Finanças e de Relações
com Investidores da siderúrgica, as obras da empresa estão, ainda, no
mesmo ritmo. "Mas seria uma irresponsabilidade afirmar que vamos manter
a todo vapor, pois ainda não sabemos como o mercado vai comportar o aço",
disse o executivo."Vamos diminuir a velocidade para não termos excesso
de suprimentos", completou. Segundo ele, a Usiminas irá aproveitar determinados
nichos do mercado em que a empresa tem participação para apresentar um
bom ritmo de crescimento. (DCI - 03.11.2008) 6 Votorantim terá 84% de peruana A mineradora
peruana Atacocha informou, na sexta-feira, que fechou um acordo com a
Votorantim para a venda de 84,54% de suas ações Classe A, com direito
a voto. Em um comunicado enviado ao mercado de ações do Peru, a Atacocha
acrescentou que o preço de venda fixado foi de US$ 0,5126 por ação. (DCI
- 03.11.2008) 7 Empresa mantém plano de expansão de US$ 14 bi Apesar do cenário
turbulento, a Usiminas tem insistido em dizer que não há nenhuma revisão
do plano de investimentos de US$ 14 bilhões até 2015. Esse plano prevê
a ampliação da capacidade de produção anual de aço do grupo em 5,3 milhões
de toneladas, com a construção de uma nova usina em Santana do Paraíso
(MG), e também o aumento da capacidade de laminação em 3 milhões de toneladas
- além de um conjunto de obras para a redução de custos até 2012. O diretor
de finanças e relações com investidores da Usiminas, Paulo Penido Pinto
Marques, disse, porém, na sexta-feira, que a velocidade de implantação
desse plano pode ser adaptada de acordo com o mercado. (O Estado de São
Paulo - 03.11.2008)
Economia Brasileira 1 Ações contra o PAC crescem 50% em 5 meses O governo decidiu adotar uma nova estratégia para agilizar as obras do PAC e está realizando sessões de conciliação com quem ingressa com ações na Justiça para impedir a continuidade dos empreendimentos. Essa estratégica tornou-se necessária em função de um grande salto no número de novos processos contra obras do governo. De abril a setembro, houve um aumento de 50% nas ações contra o principal programa do governo Lula, carro-chefe da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Eram 619 ações em abril e chegaram a 923 em setembro. A maior parte dessas ações se refere a desapropriações realizadas para a construção de rodovias e hidrelétricas. Um dos problemas mais comuns é que, após o anúncio de que a obra fará parte do PAC, tem início uma verdadeira especulação imobiliária na região e os donos de propriedades impõem uma série de dificuldades aos processos de desapropriação, utilizando principalmente a Justiça para tanto. O governo responde a 561 processos de desapropriação com relação ao PAC, das quais 164 surgiram num intervalo de cinco meses, entre abril e setembro deste ano. Essas ações equivalem a 61% do total de processos na Justiça sobre o programa. Normalmente, são ações movidas contra o DNIT, no caso das rodovias, ou contra concessionárias, no caso da construção de hidrelétricas. (Valor Econômico - 03.11.2008) 2 Gastos com pesquisa e desenvolvimento vão atingir até 0,65% do PIB em 2010 A inovação tecnológica, processo de transformação do conhecimento em valor para os negócios das empresas, figura como um dos principais tópicos da agenda do Brasil que visa aumentar o nível de competitividade da indústria brasileira no cenário internacional. Ações nesse sentido estão sendo colocadas em prática nos últimos anos a partir da montagem de um arcabouço institucional que estabelece metas agressivas no curto prazo, entre as quais a de aumentar os gastos em P&D dos atuais 0,51% para 0,65% do PIB em 2010. Para Rogério Araújo, economista da ABDI, trata-se de uma meta que pode ser alcançada porque a Formação Bruta de Capital Fixo - que o IBGE apura a cada três meses para saber quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital - vem crescendo acima do PIB há vários trimestres consecutivos. (Valor Econômico - 03.11.2008) 3 Receita prepara alongamento de imposto 4 Fundo de banco externo registra mais saques Clientes de
fundos ligados a instituições estrangeiras resgataram mais recursos de
suas aplicações do que os investidores de bancos nacionais em outubro.
De junho para cá, o percentual de saques dos estrangeiros tem sido superior
ao dobro dos nacionais. O CEF/FGV (Centro de Estudos em Finanças da Fundação
Getulio Vargas) fez, uma pesquisa sobre captação líquida em fundos de
investimentos. O CEF adotou uma amostra de 752 fundos abertos. Foram excluídos
fundos que tinham problemas com dados, como, por exemplo, captação zero
em algum mês. Uma queda de 18,32% nos estrangeiros e de 8,33% nos nacionais,
em menos de quatro meses. (Folha de São Paulo - 03.11.2008) 5 Crise internacional dobra custo do crédito à exportação A crise econômica
internacional atingiu os exportadores brasileiros com crédito escasso
e caro. Antes de setembro, quando a crise se agravou, o setor pagava um
juro de 5,5% ao ano para adquirir operações de ACC (Adiantamento de Contratos
de Câmbio). Hoje, o custo subiu para 10,7% ao ano. As informações são
de levantamento da Fiesp, realizado de 24 a 28 de outubro com 46 empresas
escolhidas entre as 250 maiores exportadoras do país.As restrições para
obter financiamentos já trouxeram redução de 16% no volume de ACC captado
pelas empresas. Na pesquisa, elas informaram que emprestavam uma média
de US$ 12,3 milhões por mês, mas passaram a utilizar apenas US$ 10,3 milhões
com a crise. (Folha de São Paulo - 02.11.2008) 6 BB e CEF vão reforçar crédito nesta semana O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, espera que a partir desta semana comece a ser eliminado o constrangimento de crédito no mercado automotivo com a participação do BB e da CEF no financiamento de automóveis. Schneider disse que não se chegou a uma medida efetiva para solucionar a falta de crédito no mercado brasileiro. A afirmação foi feita depois da reunião de sexta-feira no escritório do Ministério da Fazenda, em São Paulo,. "Neste encontro não falamos em valor, mas houve clara receptividade dos bancos", destacou. "Esperamos que a partir da semana que vem (esta semana), com a liberação dos compulsórios dos bancos, haja mais liquidez no mercado", disse o presidente da Anfavea. (Gazeta Mercantil - 03.11.2008) 7 Lula defende pressão sobre bancos 8 Mercado vê manutenção da Selic na reunião de dezembro O mercado brasileiro
prevê manutenção da Selic na última decisão deste ano, mostrou o relatório
Focus divulgado pelo BCnesta segunda-feira. Na semana passada, o Copom
interrompeu o ciclo de aperto monetário e manteve o juro básico do país
em 13,75 por cento ao ano. Para o mercado, a Selic segue neste patamar
até, pelo menos, o fim do ano. Para a inflação, as projeções do mercado
subiram levemente. Agora, a estimativa das instituições financeiras consultadas
pelo BC é de que o IPCA encerre 2008 em 6,31 por cento e 2009 em 5,06
por cento. O prognóstico para o crescimento da economia neste ano foi
mantido em 5,23 por cento e para o ano que vem caiu de 3,1 para 3,0 por
cento. (Reuters - 03.11.2008) 9 Com desaceleração global, commodities passam pelo seu pior mês em 52 anos As commodities
se preparam para encerrar seu pior mês desde 1956, pressionadas pelo receio
de que a queda significativa do crescimento da economia mundial vai estancar
a demanda por matérias-primas. O Índice Reuters/Jefferies CRB de 19 matérias-primas
despencou 24% em outubro mês, sua maior retração, ante o último último
período, em meio século. O petróleo é negociado com retração mensal recorde,
o cobre sofreu seu maior declínio das últimas duas décadas e o ouro registrou
seu pior desempenho em 25 anos. "Foi o pior mês da história das commodities",
disse Eugen Weinberg, analista do Commerzbank AG de Frankfurt. "Os investidores
prevêem um crescimento mais baixo no mais longo prazo". (Folha de São
Paulo - 01.11.2008) 10 Alta do dólar dá ganho de R$ 6 bi ao BC e reduz dívida A alta do dólar
ocorrida no mês passado reduziu pela metade os gastos do setor público
com juros. Se considerado o conjunto formado por governo federal, Estados,
municípios e estatais, as despesas com encargos financeiros somaram o
valor de R$ 6,1 bilhões em setembro, contra R$ 12,5 bilhões apurados no
mês de agosto. A queda é conseqüência do lucro que o BC teve com o chamado
"swap cambial reverso". Esse tipo de operação equivale a uma compra de
dólares no mercado futuro, e, com isso, o BC tem ganhos sempre que o dólar
sobre, como aconteceu no mês passado, quando a moeda dos Estados Unidos
registrou alta de 17,1%. As operações com "swap" renderam R$ 6,5 bilhões
ao BC, e essa receita serve para abater parte dos juros que incidem sobre
a dívida pública. (Folha de São Paulo - 01.11.2008) 11 BC vira devedor no mercado cambial Desde a última
quinta-feira o BC se tornou devedor em dólar nas operações no mercado
futuro de câmbio. Dados disponíveis no site da BM&F mostram que na quinta
as operações de swap cambial tradicional (em que o BC é passivo em câmbio),
retomadas pelo BC no dia 6 de outubro, superaram as de swap reverso (em
que o BC é credor em dólar). A informação foi confirmada pelo economista-chefe
do banco BES Investimento, Jankiel Santos, que calculou a exposição do
Brasil em dólar no mercado futuro em cerca de R$ 200 milhões até ontem.
O BC avalia que a nova situação não afeta a saúde da economia brasileira.
O significado mais prático dessa mudança é que, a partir de agora, o BC
passa a ter lucro nas operações quando o real se valoriza e prejuízo quando
a moeda brasileira perde valor ante o dólar.. (DCI - 03.11.2008) 12 IPC-S sobe 0,47% em outubro, maior resultado desde julho O IPC-S encerrou
outubro com alta de 0,47%. Este foi o maior resultado desde a quarta semana
de julho de 2008, quando o indicador aumentou 0,53%, destacou a FGV em
nota. Na terceira prévia de outubro, o indicador tinha subido 0,34%. Em
setembro, o IPC-S havia registrado queda de 0,09 por cento. O avanço no
ritmo de expansão do IPC-S foi associado com o movimento do grupo Alimentação,
que partiu de um acréscimo de 0,41% na terceira leitura do mês passado
para 0,83% no encerramento do período. Os destaques de avanço foram Carnes
Bovinas (2,82% para 3,97%), Hortaliças e Legumes (-3,33% para -2,13%)
e Laticínios (-1,04% para -0,21%). Também subiram mais entre uma pesquisa
e outra Habitação, que foi de 0,39% para 0,42% de elevação, Vestuário,
que abandonou um crescimento de 0,83% na terceira medição para 0,88% na
leitura final, e Saúde e cuidados pessoais, que saiu de 0,35% para 0,42%.
Educação, leitura e recreação, por sua vez, expandiram-se 0,17%, seguindo
alta de 0,06% na terceira prévia de outubro. (O Globo - 03.11.2008) O dólar comercial
registrava em 20 minutos de operações alta de 0,09%, a R$ 2,1600 na compra
e a R$ 2,1620 na venda. A moeda americana marcou R$ 2,1530 na abertura.
Os contratos de dezembro transacionados na BM & F declinavam 0,47, a R$
2,179. Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial saiu a R$ 2,158
na compra e a R$ 2,160 na venda, valorização de 2,61%. (Valor Online -
03.11.2008)
Internacional 1 Governo argentino eliminará subsídios à energia elétrica O ministro de
Planejamento Federal, Julio De Vido, anunciou a eliminação dos subsídios
nos custos de geração de eletricidade para os usuários de maior consumo
e poder aquisitivo. Isto permitirá que o país "salve" US$237 milhões anuais
em momentos em que existe uma crescente incerteza sobre sua solidez financeira.
De Vido explicou que 750.000 usuários residenciais, ou seja, 8% dos 9,5
milhões de casas da Argentina que consomem mais de 1.000 KWh por bimestre,
sofreram um aumento nas tarifas do serviço que oscilará em 39 pesos por
mês. A energia na Argentina seguirá sendo a mais barata da região. (Portafólio
- Colômbia - 01.11.2008) 2 Adiada reunião para formar cartel do gás Os esforços
de Rússia, Venezuela e outros países exportadores de gás de formar um
cartel seguindo o modelo da OPEP encontram dificuldades. Segundo o diário
alemão "Die Welt" um porta-voz da energética estatal russa Gazprom, informou
que o encontro planejado para este mês em Moscou foi adiado para 2009.
O porta-voz Serguei Kuprianov disse que todos os membros do Foro de Países
Exportadores de Gás (FPEG) tinham acordado adiar a reunião. Kuprianov
explicou que a demora tem como objetivo dar mais tempo aos participantes
de juntar critérios quanto às exportações de gás. A reunião de Moscou
estava prevista para 17 e 18 deste mês e provavelmente será realizada
no inicio de janeiro, detalhou. (El Diário - Bolívia - 03.11.2008) 3 Pdvsa e Gazprom iniciam exploração de gás no Golfo da Venezuela A estatal Petróleos da Venezuela e o gigante energético russo Gazprom iniciarão na sexta 7 de novembro a exploração das reservas de gás em uma área do Golfo da Venezuela, segundo comunicado da presidência venezuelana. Para a perfuração está prevista a chegada à águas venezuelanas um navio perfurador russo nos próximos dias. A Gazprom ganhou em 2005 a licitação dos blocos Urumaco I e II, para exploração de gás no golfo venezuelano, dentro do projeto Rafael Urdaneta. (El Nacional - Venezuela - 03.11.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 NAKANO, Yoshiaki. "Recessão e deflação global" Folha de São Paulo. São Paulo, 02 de novembro de 2008. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 ERNST & YOUNG. "Brasil Sustentável: Desafios do Mercado de Energia". Outubro de 2008. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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