l IFE: nº 2.379 - 31
de outubro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Jirau: Parecer do Ibama deve sair nesta sexta O governo
federal trabalha com a expectativa de que o Ibama entregue nesta sexta-feira
o parecer sobre os impactos ambientais e legais associados ao deslocamento
de nove quilômetros do eixo da hidrelétrica Jirau, do Rio Madeira, em
relação ao ponto original que consta nos estudos ambientais. A informação
consta no documento divulgado nesta quinta pelo governo federal. (Jornal
do Commercio - 31.10.2008) As obras
da hidrelétrica de Estreito (1.087 MW), nos estados do Maranhão e Tocantins,
atingiram 50% de conclusão, segundo o diretor de Novos Negócios da Suez,
Gil Maranhão Neto. "Estreito está indo de vento em popa", diz o executivo.
No balanço do PAC divulgado nesta quinta-feira (30/10), no entanto, constam
apenas 24% das obras da usina realizadas. Integrante do programa, a usina
é a maior hidrelétrica em construção no país. Estreito recebeu investimentos
de R$ 3,6 bilhões do Ceste, do qual o grupo francês tem participação majoritária
de 40,7%. A empresa planeja negociar a energia no mercado livre até janeiro
de 2010. Em julho deste ano, as obras de Estreito foram paralisadas por
uma semana devido a divergências entre operários das empreiteiras responsáveis
pela construção OAS e Impregilo, mas de acordo com Maranhão, o protesto
não prejudicou em nada o andamento do projeto. (Brasil Energia -30.10.2008)
3 Abrace cobra redução de tributos e encargos sobre a tarifa de energia A redução
de tributos e encargos sobre a tarifa de energia elétrica pode garantir
competitividade e sustentabilidade à produção da indústria nacional. Esse
é o recado da Abrace que iniciou ontem a segunda fase do Projeto Energia
Competitiva (PEC), que entre as propostas inclui também a priorização
da hidroeletricidade e, assim, inverter a tendência de uso das termoelétricas
e conseqüente geração de energia mais cara, que ficou mais onerosa com
a desvalorização do real em cerca de 30% frente ao dólar desde o início
da crise financeira. (DCI - 31.10.2008) 4
Garantias financeiras: Anace quer incluir flexibilidade de contratos 5 Agentes vêem perigo de dose alta nas garantias financeiras Ao mesmo
tempo que comemoram a aprovação rápida do mecanismo de garantia financeira
para o mercado de curto prazo, agentes se mostram preocupados com o peso
financeiro sobre as empresas. Para eles, os montantes a serem depositados
podem inviabilizar algumas comercializadoras "Não acho que seria necessário
olhar quatro, seis meses à frente. Isso poderia ser atenuado", ponderou
Mateus Andrade, sócio da Delta Energia. Para o executivo, após a implantação,
a CCEE poderia flexibilizar as regras de definição do montante a ser aportado.
Contudo, tanto Sant'Anna e Andrade como Marcelo Parodi, sócio da Comerc,
concordam que as garantias financeiras vieram dar mais segurança aos dois
lados do balcão do mercado - compradores e vendedores de energia. (CanalEnergia
- 30.10.2008) 6 Seminário debate na 5ª-feira os desafios do setor O DCI realiza
na próxima quinta-feira, dia 6, às 9h30 no Hotel Renaissance, o Seminário
"Energia em Ação: o que você precisa saber sobre energia no Brasil", no
Hotel Renaissance, em São Paulo. O evento contará com a presença doo o
ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que falará sobre os desafios
do novo ambiente do setor elétrico brasileiro. Também o presidente da
Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes será um dos palestrantes do Seminário
e falará sobre os desafios da própria Eletrobrás dentro deste contexto.
Também de forma indireta, na condição de maior e mais diversificado agente
do setor, os negócios da Eletrobrás permearão os outros painéis. (DCI
- 31.10.2008)
Empresas 1 Eletrobrás inicia negociação de ações na Bolsa de Nova Iorque A Eletrobrás
terá ações negociadas como ADRs, nível 2, no pregão da Bolsa de Nova Iorque
a partir de sexta-feira, 31. A cerimônia de início das negociações será
às 11h30 (horário de Brasília), na sede da NYSE. O presidente da Eletrobrás,
José Antonio Muniz, explica que as ações fazem parte do planejamento da
companhia visando melhorar a visibilidade da empresa junto a acionistas,
analistas e investidores. Além disso, a estatal poderá ser mais competitiva
nos leilões de energia já que futuras captações de recursos necessários
ao programa de investimentos da companhia serão favorecidas, segundo ele.
No caso da Eletrobrás, cada ADR representa uma ação da companhia. O banco
depositário é o JP Morgan, e o banco custodiante é o Bradesco. (CanalEnergia
- 30.10.2008) 2 Consumo clandestino e inadimplência causam prejuízo de R$ 6 bi às concessionárias O consumo clandestino de energia elétrica causa um prejuízo de R$ 5 bilhões às concessionárias brasileiras de energia elétrica, que deixam ainda de arrecadar mais R$ 1 bilhão devido à inadimplência, segundo apontou um estudo realizado pelo Instituto Acende Brasil. De acordo com a pesquisa, a energia elétrica roubada nacionalmente representa uma média de 5% do total adquirido pelas distribuidoras para atender aos consumidores. O Piauí foi o estado que apresentou o nível mais crítico de consumo irregular, com índice superior a 25%. A Aneel tem trabalhado no sentido de estabelecer marcos, objetivando a divisão dos prejuízos entre consumidores e distribuidoras de energia. No entanto, com o ritmo lento das discussões, muitas vezes a agência acaba impondo às distribuidoras metas artificiais de redução dos furtos de energia e da inadimplência. Essas metas, muitas vezes, são conflitantes com a realidade das áreas atendidas. (Setorial News - 30.10.2008) 3 Chesf realiza leilão de venda de energia para o mercado livre A Chesf
vai realizar no dia 4/11 um leilão de venda de energia para o Ambiente
de Contratação Livre. O certame vai ofertar um produto para o submercado
Nordeste, com período de entrega entre os dias 1º e 31/10/08. O produto,
de acordo com a concessionária, tem flexibilidade e modulação flat. Segundo
o edital do leilão, os preços mínimos serão divulgados até às 1:30h do
dia da realização do certame e serão definidos em função do percentual
do PLD médio do submercado Nordeste. Os resultados serão divulgados no
dia do certame até às 16:30h. A assinatura do Termo de Ajuste de Compra
e Venda de Energia Elétrica acontecerá no próprio dia 4/11 e o pagamento
do Termo de Ajuste será no dia 10/11. (CanalEnergia - 30.10.2008) 4
Light assina acordo com Cedae para renovar contratos de fornecimento de
energia 5 Cesp avalia desenvolvimento de primeiros projetos de P&D A Cesp fez,
recentemente, uma avaliação do desenvolvimento dos seus primeiros projetos
de P&D, que constavam no ciclo 2005/2006. De acordo com a gerente do programa
de P&D da Cesp, Maria Cristina Pellegrini, os projetos contaram com investimentos
de R$ 8,4 milhões. Para avaliar os projetos, a companhia promoveu um workshop
interno, no qual reuniu cerca de 70 especialistas para apresentar o desenvolvimento
atual dos programas, os pontos fortes, os problemas encontrados e as soluções
adotadas durante o trabalho. Ela disse ainda que estão em análise pela
Aneel os novos projetos do ciclo 2006/2007. "Normalmente, os investimentos
nos projetos de P&D giram em torno de R$ 8 milhões, quantia que deverá
ser aplicada a esses novos projetos", disse Maria Cristina. (CanalEnergia
- 30.10.2008) 6 Ações socioambientais de Itaipu são exemplo à China A Itaipu
Binacional, que serviu de inspiração técnica para a construção da Usina
Hidrelétrica de Três Gargantas, na China, agora também é um exemplo de
boas práticas socioambientais. O diretor de Coordenação e Meio Ambiente
de Itaipu, Nelton Friedrich, apresentou as ações socioambientais desenvolvidas
na Bacia do Paraná 3, durante um simpósio internacional realizado dentro
da hidrelétrica chinesa. No simpósio, promovido em conjunto com as ONGs
International Hydropower Association (IHA), The Nature Conservancy e World
Wide Fund for Nature (WWF), Friedrich falou principalmente sobre o 'Programa
Cultivando Água Boa', um conjunto de 20 programas e 63 projetos desenvolvidos
com vários parceiros em 29 municípios da área de influência da usina.
De acordo com o diretor de Itaipu, a receptividade foi muito positiva.
(DCI - 31.10.2008) 7 Reidi: MME enquadra projeto da TSN O MME enquadrou
instalações de transmissão da Transmissora Sudeste Nordeste no Reidi,
em Goiás. Segundo a portaria 370 publicada no Diário Oficial da União
desta quinta-feira, 30 de outubro, o projeto prevê o seccionamento da
linha de transmissão Serra da Mesa - Rio das Éguas, em tensão de 500 kV,
na subestação Serra da Mesa 2. (CanalEnergia - 30.10.2008)
Leilões 1 Leilão ICGs: EPE disponibiliza dados para análise dos empreendedores A EPE disponibilizou
os dados para análises e simulações dos empreendedores aptos a participar
do leilão de instalações de transmissão de interesse exclusivo de centrais
de geração para conexão compartilhada (ICGs), previsto para o próximo
dia 24 de novembro. O certame licitará a concessão de instalações que
irão conectar 27 usinas de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas
nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul ao Sistema Interligado Nacional.
O leilão será realizado pela Aneel no Rio de Janeiro. (CanalEnergia -
30.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS reduz a quase zero risco de faltar energia Projeções
recém-compiladas pelo ONS demonstram um risco de déficit de energia -
mesmo que seja de um único megawatt - inferior a 5%, nos próximos cinco
anos, para todas as regiões do país. Esse índice está de acordo com as
normas de segurança para matrizes baseadas em fonte hídrica, como a brasileira,
mais sujeitas ao regime de chuvas. No caso de déficits maiores do que
1% de toda a carga - equivalente a uma demanda em torno de 1.000 MW maior
do que a oferta -, o risco cai para níveis inferiores a 3%, segundo o
ONS. As informações foram dadas ao Valor pelo diretor-geral do órgão,
Hermes Chipp, que considera "praticamente nulas" as chances de problemas
no abastecimento de energia. Os cálculos feitos pelo ONS já levam em conta
os últimos leilões promovidos pela Aneel, incluindo a contratação de energia
de reserva gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar e a revisão das
estimativas para a carga nacional. (Valor Economico - 31.10.2008) 2 Brasil será 7º maior consumidor mundial de energia em 2030 Um estudo divulgado, nesta quinta-feira, pela consultoria Ernst Young, em parceria com a FGV Projetos, apontou que nos próximos 22 anos, o Brasil passará da 11ª para a 7ª posição entre os maiores consumidores de energia do mundo. Os dados mostram que, nesse intervalo, o consumo brasileiro passará para 468,7 milhões de toneladas equivalentes de petróleo em 2030. A escalada do Brasil será incentivada principalmente pelo potencial hidrelétrico do país e pela utilização cada vez maior do etanol produzido a partir da cana-de-açúcar, além do crescimento da economia. De acordo com o estudo, a demanda brasileira por energia crescerá 3,3% ao ano até 2030. Para suprir essa demanda, serão necessários investimentos da ordem de US$ 750 bilhões no período, principalmente na ampliação da oferta de petróleo e gás natural, além de geração de energia elétrica. (Setorial News - 30.10.2008) 3 Aneel autoriza primeiro ciclo do projeto Rede de Gerenciamento de Energia A Aneel
autorizou o ONS a implantar o primeiro ciclo do projeto Rede de Gerenciamento
de Energia (Reger). A Aneel considerou necessária a implantação do projeto
em substituição ao atual sistema de supervisão e controle em virtude da
defasagem tecnológica dos sistemas de informática e da expansão do SIN.
A decisão, tomada na última terça-feira, 28 de outubro, ainda complementa
a resolução autorizativa que aprovou o orçamento do ONS para o ciclo de
julho de 2008 a junho de 2009. O projeto consiste na aquisição de equipamentos,
programas computacionais e serviços para o novo sistema de supervisão
e controle do ONS destinado a atender ao centro nacional de operação do
sistema e a outros quatro centros de operação em Brasília, Rio de Janeiro,
Recife e Florianópolis. (CanalEnergia - 30.10.2008) 4 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 52,36% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 52,36%, apresentando
queda de 0,29% em relação à medição do dia 28 de outubro. A usina de Furnas
atinge 71,51% de volume de capacidade. (ONS - 31.10.2008) 5 Sul: nível dos reservatórios está em 88,74% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 1,31% em relação à medição
do dia 28 de outubro, com 88,74% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 97,57% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 31.10.2008) 6 NE apresenta 44,51% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,41% em relação à medição do dia 28 de outubro, o Nordeste está
com 44,51% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 29,72% de volume de capacidade. (ONS - 31.10.2008) 7 Norte tem 32,97% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 32,97% com variação de -0,39%
em relação à medição do dia 28 de outubro. A usina de Tucuruí opera com
26,94% do volume de armazenamento. (ONS - 31.10.2008)
Gás e Termoelétricas A Equipav coloca em operação sua segunda unidade de produção de açúcar, álcool e bioeletricidade, a Biopav, em Brejo Alegre (SP). A planta paulista recebeu investimentos de R$ 800 milhões e possui capacidade de processamento de 6 milhões de t de cana, sendo a maior geradora de energia a partir de biomassa do país. A usina, construída em 14 meses, utiliza transportadores tipo aero-conveyors, que economizam energia e têm baixos custos de manutenção. (Brasil Energia -30.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Crise afeta ganho da Baosteel e Arcelor paralisa três fábricas A turbulência
do mercado financeiro agitou ontem o setor siderúrgico mundial. A Baosteel
viu seu lucro cair quase pela metade, a ArcelorMittal anunciou o fechamento
de novas plantas na Europa e a BHP ainda persegue fusão com a rival Rio
Tinto. Os ganhos da Baosteel, principal siderúrgica da China, caíram 47,1%
entre janeiro e setembro e alcançaram 2,85 bilhões de iuanes (US$ 416
milhões), embora isso ainda represente 19,2% a mais do que no terceiro
trimestre de 2007. A siderúrgica de Xangai já teme sofrer prejuízos na
última parte do ano por causa da queda dos preços do aço no mercado local.
(DCI - 31.10.2008) 2 Aracruz liquida derivativos e perdas chegam a cerca de US$ 2 bi A Aracruz
liquidou ontem 85% de suas posições de derivativos de câmbio e deve liquidar
o restante até o final do dia, revelam fontes próximas às negociações.
Ao câmbio atual, na casa de R$ 2,10, as perdas são estimadas em aproximadamente
US$ 2 bilhões. O valor equivale à receita de um ano de exportações da
fabricante de celulose, de US$ 2,1 bilhões em 2007. Depois de duras negociações
com um grupo de 12 bancos, com os quais contratou as operações de derivativos,
a Aracruz concordou em iniciar a liquidação das posições na quarta-feira,
e tinha até hoje para liquidar mais de 90% das operações. Uma vez liquidadas
as posições, bancos e empresa terão trinta dias para negociar prazos e
condições para o pagamento da dívida. (O Estado de São Paulo - 31.10.2008)
3 Vale ajusta produção ante cenário de crise financeira global A Vale decidiu
reduzir a produção de minério de ferro em volume equivalente a 30 milhões
de toneladas métricas anuais. Com a medida, a empresa busca adequar-se
ao cenário de desaceleração do crescimento da economia global, como explicou
por meio de fato relevante divulgado nesta sexta-feira. "A intensificação
da crise financeira global a partir de setembro deste ano aprofundou de
maneira substancial seu impacto recessivo sobre a economia global", comentou
a mineradora. "O novo cenário global exige, portanto, que a Vale ajuste
seus programas de produção em diversos países, o que implicará redução
de ritmo relativamente aos níveis praticados até setembro de 2008", emendou.
(Valor Economico - 31.10.2008) 4 Abrace lança segunda fase Projeto Energia Competitiva A Abrace
lançou, nesta quinta-feira (30/10), a segunda fase do Projeto Energia
Competitiva (PEC), que consiste em estudos com o objetivo de fazer a energia
voltar a ser um fator de competitividade da indústria brasileira. Entre
as propostas apresentadas pelo presidente-executivo da associação, Ricardo
Lima, está a retomada dos estudos de inventários das bacias hidrográficas
e a aceleração dos processos de licenciamento ambiental para novas hidrelétricas;
o acesso dos consumidores livres aos leilões de energia nova nas mesmas
condições das distribuidoras; e a redução dos impostos, eliminando encargos,
como a CCC e a RGR; entre outros. (Setorial News - 30.10.2008) 5 Boicote da China contra Vale agora se torna oficial O boicote
chinês ao minério de ferro da Vale agora é oficial. A agência estatal
de notícias Xinhua publicou texto sobre a suspensão da importação de ferro
por uma das maiores siderúrgicas locais, a Jinan, "depois da escalada
de preços do fornecedor brasileiro". Na quarta-feira, a empresa disse
que suas reservas são abundantes para a demanda e que estava importando
da Austrália, da Índia e do Chile. (Folha de São Paulo - 31.10.2008)
Economia Brasileira 1 Economia pode crescer 4% em 2009, estima Ipea O crescimento do PIB poderá chegar a 4% em 2009, caso não ocorra uma recessão na economia mundial, avaliou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann. "Do ponto de vista estatístico, o PIB crescerá entre 2,8% e 3% no ano que vem", avaliou. "Se não tivermos estagnação ou recessão, um crescimento maior é provável. Não é irreal imaginar uma expansão em torno de 4%." Para Pochmann, uma parcela do crescimento está garantida por decisões de investimento e produção já tomadas neste ano. Ele também disse que, diante de uma tendência de queda dos indicadores da inflação, seria interessante uma redução ou parada com viés de baixa da Selic, que foi mantida em 13,75%, sem viés, na última reunião do Copom. (Valor Econômico - 31.10.2008) 2 BC age para forçar empréstimos O BC baixou ontem circular que procura forçar os grandes bancos a comprar carteiras de crédito de instituições financeiras pequenas e médias, que enfrentam problemas de falta de liquidez. A regra funciona também como um indutor para os bancos voltarem a emprestar, em vez de aplicar recursos em títulos públicos. Os bancos que não comprarem carteiras dos pequenos e médios ou não voltarem a emprestar vão perder dinheiro. Eles terão de recolher ao BC, sem remuneração, o equivalente a 10,5% dos recursos captados sob a forma de depósitos a prazo, como CDBs. Os bancos perdem porque, para captar esses recursos, pagam aos clientes juros próximos à Selic, hoje em 13,75% ao ano. (Valor Econômico - 31.10.2008) 3
Governo revê meta de superávit primário de 2009 para 3,8% do PIB 4 BNDES pode antecipar recursos O diretor
de Planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, informou ontem que a instituição
poderá antecipar recursos para empresas que tiveram problemas com derivativos
cambiais. No entanto, explicou, desde que o dinheiro seja usado para projetos
de investimentos e que as questões cambiais e com o mercado sejam esclarecidas
antes pelas empresas. "Deixa ver como elas (as empresas) vão travar suas
posições cambiais, que acertem suas posições com o mercado. Deixa que
elas tomem decisões e, a partir daí, vão sentar com o BNDES, e nós avaliaremos
seu plano de negócios, o seu plano de investimentos, e o que está associado
a isso", afirmou. (Jornal do Commercio - 31.10.2008) 5 Redução de superávit garantiria recursos O governo
já tem a estratégia para proteger o PAC da crise econômica mundial em
2009: reduzir o superávit primário para 3,8% do PIB, em vez de 4,3%, como
tem feito este ano. Com isso, serão liberados cerca de R$ 15 bilhão extra.
Se isso não for suficiente, haverá cortes no Orçamento, a começar pelos
R$ 20 bilhões em investimentos que não integram o PAC e pelos projetos
incluídos por emendas parlamentares. O governo ainda pode renegociar acordos
de reajuste dos servidores. "O último é cortarmos o PAC e os programas
sociais", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Preservar
o PAC é a ordem do presidente Lula. Uma olhada no 5º balanço do programa,
divulgado nesta quinta-feira, dá uma idéia do por quê. Obras de vulto,
como o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro e a integração de bacias do Vale
do São Francisco serão entregues à população no ano eleitoral de 2010.
(Jornal do Commercio - 31.10.2008) 6 PAC consumiu R$ 10,4 bi até outubro Não foi a crise financeira internacional, mas greves nas áreas oficiais de transportes e bancária, especialmente na CEF, que provocaram atraso no PAC no mês de outubro, afirmou ontem a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), durante o quinto balanço sobre o programa, realizado em cerimônia que reuniu ministros, dirigentes de estatais e de instituições financeiras públicas no Palácio do Planalto. Na abertura do balanço, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou que até o dia 23 de outubro o PAC consumiu R$ 10,4 bilhões dos R$ 17,9 bilhões previstos para o ano. O valor representa 34,3% a mais que no mesmo período de 2007, quando teve início o programa. Já foram pagos R$ 8,2 bilhões no mesmo período, contra R$ 4,4 bilhões do ano anterior. (Gazeta Mercantil - 31.10.2008) 7
Superávit primário do governo central atinge R$ 80,8 bi no ano 8 Governo dará garantia à CEF para liberação de recursos O CMN aprovou
ontem resolução que libera a linha de crédito de capital que permite a
CEF a destinar R$ 3 bilhões às empresas do mercado imobiliário. Os recursos
serão provenientes dos depósitos da caderneta de poupança. Hoje os bancos
são obrigados a aplicar 65% da captação da caderneta de poupança no setor
imobiliário. O CMN estabeleceu regras para os empréstimos serem efetivados.
O prazo máximo será de 60 meses e o crédito tem que ser concedido até
31 de março de 2009. Os recursos serão destinados a incorporações imobiliárias
submetidas ao regime do patrimônio de afetação ou a sociedades de propósito
específico constituídas para construção e venda de imóveis. A decisão
ainda depende de MP que segundo o Ministro da Fazenda, Guido Mantega,
será anunciada hoje. (Gazeta Mercantil - 31.10.2008) 9 FGV prevê demanda mais acelerada no mercado brasileiro O Brasil
será o sétimo maior consumidor de energia em 2030, saltando do atual posto
de 11º colocado. A projeção é do pesquisador Fernando Garcia, da FGV,
que desenvolveu, em parceria com a consultoria Ernst & Young, o estudo
"Brasil Sustentável: Desafios do Mercado de Energia". "O Brasil vai saltar
alguns postos em um ritmo mais acelerado que a média mundial", avalia
Pinto. Como o estudo toma como base o cenário futuro, a atual crise na
economia mundial não teve influência no trabalho elaborado pela FGV. O
material aponta o crescimento da demanda de energia vinculado ao crescimento
do PIB que em 2030, segundo a FGV, será de US$ 2,25 trilhões. A nova colocação
no ranking dos consumidores projeta que a demanda brasileira será de 468,7
milhões de toneladas de equivalentes de petróleo (tep). (Gazeta Mercantil
- 31.10.2008) 10 Caixa e Banco do Brasil não vão adquirir títulos podres, diz Mantega O ministro
da Fazenda, Guido Mantega, rebateu ontem (30), em audiência na Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, as críticas dos parlamentares
contrários à aprovação da MP 443, que autoriza o BB e a CEF a comprarem
instituições financeiras em dificuldade. Ele disse que os senadores não
devem ficar receosos quanto à possibilidade de os bancos públicos assumirem
prejuízos. O ministro ressaltou que "os bancos públicos são muito rigorosos,
e não vão adquirir nenhum título podre. Só [vão comprar] carteiras saudáveis,
com garantia". Segundo Mantega, "se a carteira [de crédito] não for saudável,
o Banco Central não faz o redesconto e ainda pune os responsáveis". (Agência
Brasil - 30.10.2008) 11 Compulsório terá 70% dos recursos em dinheiro O BC publicou
ontem, no Sisbacen, a circular 3.417 que muda a forma de recolhimento
do compulsório sobre depósitos a prazo. A mudança irá valer a partir de
14 de novembro e prevê que 30% desse compulsório deverá ser recolhido
em títulos públicos e 70% em espécie. A parcela em espécie não é passível
de remuneração. É importante lembrar que atualmente o recolhimento compulsório
de depósitos a prazo é feito 100% em títulos públicos, ou seja, com remuneração.
O Banco Central já havia autorizado que 70% do compulsório sobre depósito
a prazo poderiam ser liberados para a compra de carteiras. A medida anunciada
ontem, no entanto, mostra que os bancos não estavam utilizando os recursos
preferindo mantê-los aplicados com a remuneração dos títulos. (DCI - 31.10.2008)
12 Governo eleva pressão sobre banco grande Diante da
resistência dos grandes bancos que atuam no país em injetar dinheiro nos
seus concorrentes de menor porte, o governo Lula impôs prejuízos àqueles
que preferirem deixar seus recursos parados nos cofres do BC em vez de
usar o dinheiro para ampliar o crédito no país. Na medida mais dura já
aplicada pela administração petista no setor bancário, o BC anunciou que
tentará forçar bancos maiores a destinar até R$ 28 bilhões para comprar
parte da carteira de bancos menores. A medida ocorre uma semana depois
de Lula ter conversado com representantes dos grandes bancos para pressioná-los
a abrir as torneiras do crédito. Como ouviu respostas desanimadoras, pediu
à equipe econômica medidas para pressioná-los. (Folha de São Paulo - 31.10.2008)
13 BC endurece sem o apoio da Fazenda O BC decidiu
partir para o enfrentamento com os grandes bancos privados. Abandonou
os incentivos para que comprem as carteiras de crédito dos bancos menores
e decidiu penalizá-los financeiramente. A estratégia é ousada e não foi
consenso no governo. O prejuízo para quem preferir deixar dinheiro depositado
no BC na forma de compulsórios pode chegar a mais de 10%. A partir de
14 de novembro, a remuneração dos bancos sobre os depósitos a prazo, cujo
principal instrumento é o CDB, será o equivalente a 89,56% da taxa básica
de juros Selic. Até agora, rendiam 100% da Selic aos bancos. (Folha de
São Paulo - 31.10.2008) 14 Lula agora diz que governo não vai diminuir os gastos O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva mandou ontem um recado a empresários que defendem
a redução dos investimentos do governo como forma de minimizar os efeitos
da crise econômica no Brasil. Ele chamou de "conservadores" os que palpitam
pelo corte de despesas e afirmou que não vai reduzir gastos, como chegou
a cogitar na semana passada. "Não vou aceitar a tese de conservadores
que acham que é preciso diminuir os gastos do Estado. Não vamos diminuir,
porque todos aqueles que, na década de 80 e 90, diziam que o Estado não
podia ser forte, que atrapalhava, que gastava demais, na hora em que o
sistema entra em crise, quem vai salvá-lo é o Estado que eles diziam que
não prestava para nada", afirmou o presidente ao discursar na 28ª Cúpula
Ibero-americana ontem em São Salvador. (Folha de São Paulo - 31.10.2008)
15 Governo diz que preservará PAC de cortes Uma fatia
de R$ 18,2 bilhões de investimentos federais planejados para 2009 e que
não integram o PAC é o alvo dos cortes de gastos públicos decorrentes
da provável queda na arrecadação de tributos, disse ontem o ministro Paulo
Bernardo (Planejamento) depois da divulgação do 5º balanço do PAC. Cinco
ministérios reúnem o maior volume de investimentos nessa situação: Defesa,
Educação, Cidades, Saúde e Transportes, nessa ordem. "Temos alternativas
antes de cogitar mudanças no PAC e nos programas sociais em curso", insistiu
o ministro, fazendo coro com a colega Dilma Rousseff (Casa Civil). Ambos
descreveram um cenário de "desaceleração" do ritmo de crescimento da economia
brasileira para o ano que vem, mas atribuíram às obras do PAC o papel
de "âncora" da atividade econômica no país. (Folha de São Paulo - 31.10.2008)
A inflação
medida pelo IGP-M se acelerou da alta de 0,11% em setembro para alta de
0,98% em outubro, informou netsa quinta-feira a FGV. Dos três itens que
compõem o IGP-M, o Índice de Preços por Atacado (IPA) passou no período
de alta de 0,04% para alta de 1,24%; o Índice de Preços ao Consumidor,
que havia caído 0,06% em setembro, subiu 0,25% em outubro; o INCC se desacelerou,
passando de alta de 0,95% para elevação de 0,85%. A taxa acumulada do
índice é usada para cálculo de reajustes nos preços de contratos de aluguel.
Até outubro, o IGP-M acumula elevações de 9,53% no ano e de 12,23% em
12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M desse mês
foi do dia 21 de setembro a 20 de outubro. (Jornal do Commercio - 31.10.2008)
O dólar
comercial mudou de direção após registrar avanço no começo dos negócios.
Às 10h18, a moeda era transacionada a R$ 2,1020 na compra e a R$ 2,1040
na venda. Na jornada passada, o dólar comercial diminuiu 1,77%, cotado
a R$ 2,1050 na venda. (Valor Online - 31.10.2008)
Internacional 1 Ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia nega desabastecimento de combustíveis O ministro
de Hidrocarbonetos e Energia, Saúl Ávalos Cortez, negou que exista escassez
de combustíveis no mercado interno e ainda disse que se tem "abundância",
frente aos questionamentos sobre a constante ausência de gasolina, diesel
e Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Desde mais de dois meses, a população
sofre um permanente declínio no abastecimento de combustíveis no só no
leste nacional. Contudo, nem o Ministério de Hidrocarbonetos nem Yacimientos
Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) nem mesmo a Superintendência do
setor tem respostas coerentes para esta carência, inexplicável em um país
produtor e exportador de gás natural. (El Diário - Bolívia - 30.10.2008)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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