l IFE: nº 2.376 - 28
de outubro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Paraguai quer negociar Itaipu no Brasil O Paraguai
quer ter liberdade para negociar diretamente no mercado brasileiro a parte
da energia produzida na usina hidrelétrica de Itaipu que lhe cabe. A afirmação
foi feita ontem pelo vice-ministro das Relações Econômicas e de Integração
do Paraguai, Oscar Rodríguez Campuzano. Os paraguaios atualmente negociam
com o governo brasileiro o reajuste do preço que recebem pela energia
de Itaipu. Mas, para o ministro, conseguir a livre negociação da energia
é até mais importante que discutir preço. (O Estado de São Paulo - 28.10.2008)
2 Proinfa: Aneel adia entrega de documentos para comprovar nacionalização A Aneel
adiou o prazo final para entrega dos documentos comprobatórios do índice
de nacionalização dos projetos do Proinfa. Assim, os empreendimentos,
que colocaram a última unidade geradora em operação até 1º de agosto deste
ano, deverão entregar a documentação até 1º de fevereiro de 2009. Os projetos
com entrada da última turbina após 1º de agosto terão 180 dias para enviar
os papéis. Os dados serão auditados por empresa independente e pela fiscalização
da própria Aneel, segundo despacho da agência publicado nesta segunda-feira,
27 de outubro. (CanalEnergia - 27.10.2008) 3 Rio e Espírito Santo terão duas novas hidrelétricas A Rio PCH
1, empresa do grupo Neoenergia, vai construir as centrais hidrelétricas
de Pedra do Garrafão e Pirapetinga nos estados do Rio de Janeiro e do
Espírito Santo. As centrais serão de pequeno porte e terão potência instalada
total de 39 MW. Com as obras, cerca de 500 empregos diretos serão criados.
As hidrelétricas serão construídas a partir de um financiamento de R$
121,2 milhões que o BNDES contratou para a empresa. A PCH Pedra do Garrafão
será instalada no Rio Itabapoana, divisa dos municípios de Bom Jesus de
Itabapoana, no Rio, e São José do Calçado, no Espírito Santo. Ela terá
capacidade instalada de geração de 19 MW. Já a usina Pirapetinga, entre
Campos dos Goytacazes, município do norte fluminense, e Mimoso do Sul,
no extremo sul do Espírito Santo, receberá do BNDES R$ 56,9 milhões, equivalentes
a 70% do investimento total, estimado em R$ 81,3 milhões. (Setorial News
- 27.10.2008) 4
Cobrança de taxa de religação de serviço público pode ser proibida 5 Aneel regulariza cooperativas em Santa Catarina A Aneel
regularizou, na última semana, a situação de seis cooperativas de eletrificação
rural que atuam em Santa Catarina. Com a decisão, Cersul, Ceraçá, Cerbranorte,
Cerpalo, Cejama, Cergral foram enquadradas como permissionárias do serviço
público de distribuição de energia elétrica. Segundo a Aneel, o processo
será encerrado com a assinatura do contrato de permissão, que deve acontecer
até 45 dias após a publicação das resoluções autorizativas. As entidades
inicialmente tiveram suas áreas de atuação compatibilizadas com a área
de concessão da Celesc (SC). Na etapa seguinte, a Aneel aprovou as tarifas
básicas de energia comprada, de fornecimento aos consumidores e de uso
dos sistemas de distribuição. (CanalEnergia - 27.10.2008) Preço do
gás natural, distribuição, comercialização de energia e aprimoramento
das regras do mercado, são os temas a serem debatidos no evento "Energia
Competitiva: Contribuindo para o crescimento do Brasil", que será promovido
pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia
e de Consumidores Livres no dia 30 de outubro, em São Paulo. O encontro
contará com a participação do senador Aloízio Mercadante, do ex-ministro
da Economia, Fazenda e Planejamento, Marcílio Marques Moreira, e do presidente
da Braskem, Bernardo Gradin. Durante as atividades também haverá o lançamento
do relatório da consultoria Ernest & Young, intitulado "Brasil Sustentável
- Horizontes de competitividade Industrial". (Abrace - 27.10.2008) 7 Artigo de Maurício Tolmasquim: "Nem Kafka iria imaginar" Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, afirma, em artigo ao CanalEnergia, que o setor ambiental brasileiro não tem a exata noção do que se tornou. Em nome da preservação, acaba por promover um aumento sem precedentes das emissões de gases de efeito estufa. Um problema para Tolmasquim é o fato de dezenas de termelétricas conseguirem licença ambiental rapidamente e sem contestação, enquanto a única hidrelétrica que a EPE pôde habilitar só ter tido sua participação garantida na madrugada do dia do leilão, após uma grande batalha jurídica. Outro fato preocupante é o elevado custo variável das usinas a gás natural, o que faz com que elas sejam, do ponto de vista econômico, quase tão indesejáveis como as usinas a óleo, afirma. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 28.10.2008) 8
Artigo de Xisto Vieira: "Leilão A-5 - uma análise sucinta" 9 Artigo de Ricardo Lima: "Gás Natural e Competitividade" Em artigo
ao DCI, Ricardo Lima afirma que a insegurança em relação ao gás boliviano
e dúvidas relativas à legislação são ameaças aos projetos de expansão
industrial. Os rumos do mercado brasileiro de gás natural preocupam os
grandes consumidores industriais. A insegurança em relação ao fornecimento
do gás boliviano, combinada com a escala dos preços do combustível e dúvidas
relativas à Lei do Gás, é uma ameaça real aos projetos de expansão industrial.
O assunto é tão importante para o desenvolvimento da indústria brasileira
que deve ser um dos principais temas do evento "Energia Competitiva: Contribuindo
para o crescimento do Brasil", que a Abrace organiza no dia 30 de outubro
em São Paulo. A interrupção do fornecimento de parte do gás natural comprado
da Bolívia em setembro gerou uma crise de confiança dos consumidores brasileiros
em relação ao combustível. Além disso, revelou a fragilidade do abastecimento
do mercado. Atualmente, o país vizinho fornece 30 milhões, dos 51 milhões
de metros cúbicos vendidos todos os dias pelas distribuidoras. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 28.10.2008) 10
Artigo de Denise Lobato Gentil e Gilberto Maringoni: "O que o caos pode
nos ensinar?"
Empresas 1 Cteep e Etes podem realizar reforços de instalação A Aneel
autorizou nesta sexta-feira (24) duas transmissoras de energia a realizarem
reforços de instalação a transmissão de energia. As companhias autorizadas
a realizar tais serviços foram a Cteep e a Etes. A Cteep foi autorizada
a realizar reforços em instalações de transmissão de sua propriedade para
permitir que a Solvay Indupa do Brasil, localizada em Santo André (SP),
tenha acesso à Rede Básica como consumidor livre por meio do seccionamento
da linha de transmissão (LT) Embu - Guaçu - Santo Ângelo. Para remunerar
os investimentos, a Cteep terá direito a parcelas da Receita Anual Permitida
(RAP) no valor de R$ 4,9 milhões. (Setorial News - 24.10.2008) 2 Aneel define metas de DEC e FEC para cinco distribuidoras A Aneel estabeleceu esta semana novas metas para os indicadores de duração e freqüência de interrupções de fornecimento de energia elétrica (DEC/FEC) a partir de 2009. As metas valem para a Bragantina, Sulgipe, ELFSM, Cocel e Light (RJ). Segundo a Aneel, os valores serão publicados no Diário Oficial da União nas próximas semanas. A agência determinou ainda que as distribuidoras informem os novos valores na conta de luz ou em carta anexa à fatura. As metas das outras 21 empresas que passam pela revisão este ano deverão ser revistas até dezembro. (CanalEnergia - 27.10.2008) 3 Eletronorte reforça Vila do Conde A Eletronorte
abriu licitação para a contratação da empresa que fará a revitalização
da SE Vila do Conde, de 230 kV, no Pará. Em julho, a Aneel autorizou as
instalações de um novo banco de autotransformadores e módulos de conexão
associados na unidade. A RAP adicional que a empresa terá direito devido
ao reforço será de R$ 6,6 milhões. O projeto faz parte do Programa de
Ampliações e Reforços (PAR), elaborado pelo ONS, e do Programa de Expansão
da Transmissão (PET) feito pela EPE para o período de 2007 a 2009. Os
interessados em participar da concorrência deverão enviar suas propostas
até quinta-feira, 30, e a abertura dos documentos acontecerá no dia 10
de novembro. (Brasil Energia - 27.10.2008) 4
Ampla lança programa de troca de lixo reciclável por bônus 5 Eletrosul quer parceria em ICG A Eletrosul
quer fechar parcerias para disputar o leilão de estações coletoras nos
estados de Goiás, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A estatal lançou na
última semana chamada pública para formar parcerias para a concorrência,
marcada para o dia 24 de novembro, no Rio de Janeiro. A Eletrosul pretende
disputar os lotes A e B do leilão. O primeiro lote envolve a construção
de sete SEs e 547 km de LTs, com RAP proposta pela Aneel de R$ 59,2 milhões.
O lote seguinte inclui outras sete SEs e 616 km de LTs, com RAP proposta
pela agência de R$ 38,6 milhões. A licitação visa disponibilizar obras
fundamentais para a conexão de novas térmicas a biomassa e PCHs em Goiás
e Mato Grosso do Sul ao SIN. (Brasil Energia - 27.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Crise financeira ainda não afetou a demanda de energia elétrica, afirma EPE A crise
financeira internacional ainda não afetou a demanda por energia elétrica
no país, e em setembro o consumo bateu o recorde do ano, sendo que o terceiro
trimestre apresentou o maior crescimento de 2008. As constatações são
da EPE e indicam que o consumo de energia elétrica atendida pela rede
do sistema elétrico nacional atingiu, no mês de setembro, 33.362 GWh,
um volume 4,8% superior ao do mesmo mês do ano passado. No ano, a demanda
por energia elétrica acumula expansão de 4,3% e atingiu um total de 292.925
GWh. Segundo a empresa, os valores apurados em setembro confirmam o terceiro
trimestre como o de maior crescimento. "O que mostra que os reflexos da
crise financeira mundial ainda não se fizeram sentir no mercado brasileiro
de energia elétrica", aponta a EPE. (Agência Brasil - 27.10.2008) 2 Centro-Oeste tem crescimento de 10,4% no consumo em setembro O consumo de energia elétrica teve forte alta nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto no Sul e Sudeste - que concentram boa parte da carga - o crescimento ficou abaixo da média nacional de 4,8% em setembro. Os dados divulgados pela EPE nesta segunda-feira mostram que o Centro-Oeste consumiu mais 10,4% no mês passado. Já no Norte, o crescimento ficou em 7,1% em setembro, comparado com o mesmo mês de 2007. Segundo a EPE, o consumo do Nordeste aumentou 5,7% no mês passado. No ano, o consumo aumentou 4,8%. No Sudeste, o consumo de energia elétrica se expandiu em 3,6% em setembro. Por fim, no Sul do país, o consumo de energia cresceu 4,7% no último mês. (CanalEnergia - 27.10.2008) 3 Aumenta o número de novos consumidores de energia O número
de novos consumidores de energia elétrica registrou crescimento de 3,8%,
do mês de setembro do ano passado para o mês de setembro deste ano, período
em que foram computadas 1,93 milhão de novas ligações. Os dados foram
registrados em estudo realizado pela EPE e divulgados ontem. Os índices
demonstram que, do ano de 2003 até o ano passado, a média de novos consumidores
de energia elétrica se situou em torno de 1,7 milhão de ligações ao ano.
Na avaliação da EPE, apesar dos efeitos de reclassificação e recadastramento
implementados por algumas concessionárias, o avanço no número de consumidores
de energia elétrica revela impulso na universalização do serviço e pode
ser associado ao Programa Luz para Todos. (DCI - 28.10.2008) 4 Consumo de energia pela indústria tem 1ª queda no ano Termômetro
do nível de atividade da economia, o consumo de energia no segmento industrial
já sentiu os efeitos da crise financeira global: em setembro, houve uma
retração de 1,1% na comparação com agosto, segundo a estatal EPE. Foi
o primeiro resultado mensal negativo em 2008. Em relação a setembro de
2007, o consumo se manteve em alta: 4,2%. Na média de todos os setores,
a expansão foi de 4,8% na mesma base de comparação. No acumulado do ano,
4,3%. "Os reflexos da crise financeira ainda não se fizeram sentir em
todo o mercado brasileiro de energia elétrica, embora já possam ser percebidos
alguns sinais no setor industrial", diz a EPE, em relatório. O desempenho
mais fraco da indústria já fez a EPE revisar as projeções. A alta de 2008
ficou para 3,8%. (Folha de São Paulo - 28.10.2008) 5 Perdas de energia superam uma hidrelétrica Provocadas
por ineficiência das concessionárias ou furto, as perdas do setor elétrico
somaram, no ano passado, quase três vezes a energia a ser gerada pela
usina de Santo Antônio, a primeira hidrelétrica do complexo do rio Madeira
(RO), que começa a ser construída na Amazônia. Os números são de auditoria
sobre o setor elétrico feita pelo TCU. Repassadas aos usuários nas tarifas
de luz, essas perdas representaram, no ano passado, uma conta bilionária:
R$ 4,7 bilhões foram pagos pelos consumidores. Chamou a atenção dos auditores
a tendência de crescimento nas perdas, um sinal de ineficácia do sistema.
Apesar do custo das perdas, o TCU apurou que apenas 7,6% da parcela da
receita anual das concessionárias destinada à pesquisa foi aplicada em
projetos de combate às perdas. (Folha de São Paulo - 26.10.2008) 6 Preço da energia no mercado livre volta a subir O preço
da energia negociada no mercado livro, o PLD, continua sua trajetória
de alta na semana entre 25 e 31 de outubro e apresenta um aumento de cerca
de 7%. De acordo com a CCEE, o preço no patamar de carga pesada apresentou
o valor de R$ 101,33. No patamar médio R$ 100,59 e no leve R$ 99,35. De
acordo com o presidente da Câmara, Antônio Carlos Fraga Machado, o aumento
ocorre porque a previsão de chuva, principalmente, no submercado Sudeste/Centro-Oeste,
não ocorreu conforme o esperado. (Setorial News - 27.10.2008) 7 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 53,24% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 53,24%, apresentando
queda de 0,12% em relação à medição do dia 25 de outubro. A usina de Furnas
atinge 72,01% de volume de capacidade. (ONS - 28.10.2008) 8 Sul: nível dos reservatórios está em 84,59% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 4,13% em relação à medição
do dia 25 de outubro, com 84,59% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 98,97% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 28.10.2008) 9 NE apresenta 45,76% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,18% em relação à medição do dia 25 de outubro, o Nordeste está
com 45,76% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 31,09% de volume de capacidade. (ONS - 28.10.2008) 10 Norte tem 34,22% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 34,22% com variação de -0,36%
em relação à medição do dia 25 de outubro. A usina de Tucuruí opera com
28,12% do volume de armazenamento. (ONS - 28.10.2008)
Meio Ambiente 1 Ministério Público ameaça processar diretoria do Ibama O MPF advertiu
o Ibama que poderá questionar a probidade administrativa de seus diretores
caso seja concedida licença ambiental às obras da usina de Jirau sem realização
de novos estudos. Em ofício enviado na semana passada ao presidente da
autarquia, Roberto Messias Franco, o procurador Mário Lúcio de Avelar
afirma que a mudança do local de construção da hidrelétrica traz "impactos
ambientais, sociais e econômicos não devidamente mensurados" e avisa que
a ausência de estudos complementares poderá resultar em ação com base
na Lei 8.429/92, que disciplina a conduta dos gestores públicos. (Valor
Econômico - 28.10.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Bolívia retoma fornecimento a MT após ameaça de corte de energia Após ameaçar cortar o fornecimento de energia a cidades bolivianas, o governo de Mato Grosso fechou um acordo para a volta do fornecimento de GNV (Gás Natural Veicular) aos 4.000 carros convertidos no Estado. Contratos provisórios com a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) prevêem o envio de um milhão de metros cúbicos de GNV por mês, insuficientes para a retomada do funcionamento da termelétrica Mário Covas, em Cuiabá -que, nos últimos 13 meses, operou só 35 dias, com óleo diesel. (Folha de São Paulo - 28.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Após recorde, Vale prevê lucro menor no quarto trimestre Um dia após
surpreender o mercado ao anunciar um lucro recorde de US$ 12,4 bilhões
no terceiro trimestre, a Vale traçou ontem cenário sombrio para o fim
do ano: resultados mais modestos no último trimestre, demanda mais fraca
especialmente por causa da China e parada de produção em unidades. Segundo
o presidente da Vale, Roger Agnelli, a hora é de "acalmar um pouco, colocar
a casa em ordem e se preparar para 2009", depois dos resultados do terceiro
trimestre, que não se repetirão com a mesma intensidade. "Teremos um quatro
trimestre que não deverá ser tão brilhante quanto foi o terceiro", disse.
(Folha de São Paulo - 25.10.2008) 2 Vale já recua em minério e níquel A Vale já
começou a reduzir sua produção de minério de ferro e de níquel para evitar
uma maior queda dos preços. Segundo o presidente da companhia, Roger Agnelli,
a companhia está reduzindo a produção de minério de ferro, em especial
no Sistema Sul, e já cancelou encomendas de minério de terceiros. Agnelli
destacou, em teleconferência com analistas, que a produção de Carajás,
que contém minério de alta qualidade, está mantida. O executivo informou
que a empresa tem uma produção de 30 milhões de toneladas fora do custo
médio e com qualidade inferior, que poderá ser cortada. "Estamos organizando
a empresa para obter os menores custos de produção possíveis", disse.
(Gazeta Digital - 26.10.2008) 3 Usiminas antecipa anúncio de resultados A Usiminas
antecipou a divulgação dos resultados financeiros do terceiro trimestre
para amanhã, antes da abertura do mercado. O anúncio estava previsto para
6 de novembro. A siderúrgica fará na sexta-feira as teleconferências em
português e em inglês. É a terceira empresa a adotar essa providência
na temporada, em que crescem os rumores sobre a saúde financeira das companhias.
Unibanco e Itaú foram os precursores. (O Estado de São Paulo - 28.10.2008)
4 Aracruz aceita travar suas perdas pelo câmbio atual Depois de
longas reuniões com bancos credores que atravessaram o fim-de-semana e
terminaram por volta das 5 horas de ontem, quando já amanhecia, a Aracruz
concordou finalmente em começar a desfazer as suas posições em derivativos
que levaram a empresa a um prejuízo bilionário por apostarem na valorização
do real. Ao câmbio atual, a perda da companhia é estimada em US$ 2,5 bilhões.
Entre as grandes empresas que admitiram perdas desse tipo, Sadia e grupo
Votorantim já haviam tomado a decisão de desmontar suas posições, travando
as perdas. Mas a Aracruz insistia em manter as posições em aberto, provavelmente
esperando por uma queda do dólar, que só fez subir. Tal decisão amplificou
os prejuízos da companhia. (Valor Econômico - 28.10.2008) 5 Montadora está otimista mas teme por crédito As montadoras
instaladas no Brasil continuam otimistas sobre o posicionamento do País
frente à crise financeira mundial e esperam o crescimento da indústria
automobilística brasileira em 2009. Apesar de preverem números mais modestos,
a expansão do mercado brasileiro é aguardada pelas matrizes das empresas.
De acordo com as montadoras que estão reunidas no 25° Salão do Automóvel
- que acontece entre os dias 30 de outubro e 8 de novembro - os investimentos
programados no País estão mantidos. No entanto, o fator que amedronta
os produtores é o custo e a indisponibilidade de crédito no mercado, fator
que poderá impedir a expansão. (DCI - 28.10.2008)
Economia Brasileira 1 Liberação de recursos aumenta 35,7% O volume de recursos liberados nos primeiros oito meses deste ano superaram em 35,7% todo o montante registrado em 2007. De janeiro a agosto de 2007 foram emprestados R$ 117,206 milhões contra R$ 86,369 milhões contabilizados nos 12 meses do ano passado. Os valores são destinados à aquisição e reforma de imóveis. Já na comparação com os oito meses do ano anterior, o incremento é de 107,3%, pois naquela época foram liberados R$ 56,524 milhões. Os dados são do SFH que inclui recursos do Sistema Brasileiros de Poupança e Empréstimo (SBPE) e são disponibilizados pelo BC do Brasil. Estratificando os números, o volume destinado à compra de imóveis foi de R$ 63,086 milhões este ano, contra R$ 41,385 milhões no ano passado, uma variação de 52,4% de um ano para outro. (Gazeta Digital - 27.10.2008) 2 Brasil vai crescer 4,8%, na média, de 2009 a 2012, diz presidente do BNDES O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, mostrou ontem otimismo quanto à capacidade de o Brasil resistir à crise financeira global, apostando que o país não passará por uma forte desaceleração da atividade econômica em 2009. Coutinho tentou passar uma mensagem de confiança aos empresários, dizendo que, apesar do nervosismo das últimas semanas, os fundamentos da economia brasileira continuam muito robustos. "O sistema bancário é ultra-sólido, a sociedade tem capacidade de consumo e o sistema empresarial é sólido e rentável, com condições para absorver essas perdas e continuar crescendo", enumerou ele, para quem o país deve crescer 5,5% neste ano e 4,8% na média do período 2009-2012. (Valor Econômico - 28.10.2008) 3
BNDES não é hospital, diz Coutinho 4 Projetos de infra-estrutura vão ajudar a sustentar crescimento do país, afirma Coutinho Luciano
Coutinho, presidente do BNDES, destacou o fato de o Brasil "ter uma fronteira
de projetos de infra-estrutura altamente rentáveis". "Além disso, há uma
disposição muito firme do governo de sustentar o PAC e o investimento
em infra-estrutura", afirmou. "Essa sustentação dos investimentos dará
o suporte mínimo para o crescimento da economia", argumentou. Coutinho
também fez questão de ressaltar a importância do mercado interno, um trunfo
num momento em que a economia global passará por uma forte desaceleração.
Ele deixou claro que, se houver travamento do mercado de crédito, o BNDES
atuará com mais força para garantir que o ciclo de investimentos não seja
interrompido. Não se trata de algo planejado pelo banco, mas uma necessidade
criada pelas circunstâncias. (Valor Econômico - 28.10.2008) 5 Para Mantega, crédito já está se recompondo As medidas
que o governo tem tomado contra a crise financeira mundial, como a liberação
dos compulsórios pelo BC, já estão recompondo o crédito no Brasil, segundo
o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O ministro avalia que a queda do
crédito no país foi momentânea. A maior preocupação do governo hoje, segundo
Mantega, é a de irrigar com créditos os setores agrícola, da construção
civil e automobilístico, além de garantir recursos para capital de giro
em geral e de pequenas e médias empresas. "Houve de fato uma redução drástica,
momentânea, do crédito, mas já há uma recomposição, com os bancos operando
com 70%, 80% dos créditos que possuíam antes." Mantega argumentou que
o governo, junto com os bancos, em especial o BB e a CEF, estão trabalhando
para que o crédito gerado possa chegar aos consumidores e investidores.
(Valor Econômico - 28.10.2008) 6 BNDES pode ajudar empresas que perderam com câmbio O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, admitiu na última sexta-feira que a instituição avalia a possibilidade de apoiar empresas exportadoras brasileiras que tiveram, ou vierem a ter, problemas com operações realizadas em dólar, e que agora enfrentam dificuldades com a alta da moeda norte-americana decorrente da crise financeira internacional. Coutinho fez as declarações durante palestra na Câmara Britânica de Comércio, na qual admitiu que o BNDES vem conversando com algumas dessas empresas afetadas com a forte valorização do dólar em relação ao real, depois que se agravou crise financeira mundial. "São empresas exportadoras brasileiras robustas e de qualidade, que têm meios de encontrar solução junto ao próprio sistema bancário privado, mas que terão, se necessário, o suporte do BNDES de modo que nenhum problema de liquidez inviabilize essas empresas", disse o presidente da instituição. (Gazeta Mercantil - 27.10.2008) 7
Mantega diz que crédito está sendo revitalizado no país 8 Com crise, bancos brasileiros perdem posição em ranking Os bancos
norte-americanos ganharam posições no ranking das maiores instituições
financeiras das Américas (excluindo Canadá), apesar de a crise financeira
internacional ter seu epicentro nos Estados Unidos. Os dados são consultoria
Economatica. No último dia 12 de setembro, antes da concordata do banco
Lehman Brothers, a lista dos dez maiores bancos das Américas, sem Canadá,
tinha oito instituições dos Estados Unidos e duas do Brasil (Itaú e Bradesco,
respectivamente em oitavo e nono lugar). Na última sexta-feira, apenas
o Bradesco figurava nessa lista. O Itaú havia caído para o 11º lugar.
O Banco do Brasil, que era o 11º do ranking antes da crise, recuou para
15º. O Unibanco caiu da 18ª para a 23ª posição, e a unidade brasileira
do Santander desceu da 21ª para a 24ª. (DCI - 28.10.2008) 9 Mantega pede mais consumo para manter economia aquecida O ministro
da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que a população não deve se deixar
afetar pelo temor da crise financeira e continuar a consumir para manter
a economia doméstica aquecida. "Quero dizer que estou comprando um imóvel.
Não costumo dizer isso, mas estou comprando um imóvel", declarou durante
entrevista coletiva à imprensa, na capital paulista, quando questionado
sobre se compraria um automóvel em 60 prestações ou um imóvel em 15 anos.
Questionado a respeito do número de prestações a serem pagas para a aquisição
do imóvel, Mantega respondeu ao jornalista: "Aí você quer saber a intimidade
da minha vida", brincou, revelando, em seguida, que o pagamento será em
"oito ou dez parcelas". O ministro recomendou que atitudes como essa fossem
seguidas pela população. "Devemos procurar ter uma vida normal", afirmou.
(DCI - 28.10.2008) 10 Iedi: Medidas tomadas pelo BC são corretas A redução
do IOF, mais concessões do compulsório bancário e mais financiamento para
capital de giro das empresas são medidas necessárias para ampliar a liquidez
da economia e estimular a agricultura e as exportações. A constatação
é do Iedi com vistas a minimizar os efeitos da crise financeira internacional,
que reduziu as linhas de crédito bancário, desde o aprofundamento da crise.
De acordo com a Carta Semanal do Iedi, publicada ontem, a aversão dos
bancos a situações de risco tornou escassas as anteriormente abundantes
linhas de financiamento. Além disso, verificou-se expressivo aumento nos
custos dos empréstimos e na redução dos prazos. A análise técnica do Iedi
ressalta que a redução do IOF, cobrado no crédito, seria uma forma de
tornar os financiamentos mais atraentes para os bancos. (DCI - 28.10.2008)
11 BC volta a mudar compulsório para liberar mais R$ 6 bi a instituições Ainda preocupado
com os efeitos da crise sobre o setor bancário, o BC vai estimular a formação
de um fundo emergencial de até R$ 6 bilhões com recursos dos próprios
bancos para socorrer instituições financeiras de menor porte. Os bancos
que colaborarem com a formação desse fundo terão direito a um desconto
no chamado recolhimento compulsório. O programa de ajuda será operado
pelo FGC, fundo privado criado em 1995 para garantir que, no caso da quebra
de um banco, os clientes não sejam impedidos de sacar seus recursos. O
FGC é formado por contribuições feitas mensalmente pelos próprios bancos.
Normalmente, o dinheiro do fundo fica aplicado em títulos públicos. (Folha
de São Paulo - 28.10.2008) 12 Fitch elogia condução da crise no Brasil Batendo
várias vezes na madeira, Peter Shaw, analista responsável por bancos latino-americanos
na agência de classificação de risco Fitch, disse ontem em Nova York que
o Banco Central (BC) está tomando as atitudes corretas para proteger o
sistema bancário brasileiro da crise mundial. Contudo, ressalvou que é
preciso zelo sobre derivativos. "Derivativos merecem atenção especial.
O que o regulador (o BC) pode fazer a respeito é exigir o máximo de transparência
dos bancos para evitar grandes problemas", disse, após palestra da Câmara
de Comércio Brasil-EUA. Derivativos são contratos de proteção contra perdas
em ativos, como desvalorização cambial ou calote. São investimentos de
soma zero: se o dólar cai e uma parte ganha, por exemplo, a outra perde.
(Folha de São Paulo - 28.10.2008) 13 Crise agora tem "proporções gigantescas", afirma Dilma A ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil) afirmou ontem que a crise financeira tem "proporções
gigantescas" em todo o mundo e que a medida provisória 443 enviada ao
Congresso na semana passada é um instrumento de prevenção. A MP permite
que BB e CEF comprem instituições financeiras em dificuldades. Logo no
começo da crise, a ministra havia se referido a ela como "uma gripe pequenininha".
Questionada ontem se continuava achando o mesmo, afirmou que não se trata
de uma pneumonia para o Brasil, mas para outros países. "Hoje temos condições
de dizer que é de fato uma crise de proporções gigantescas, mas, no caso
do Brasil, temos mais instrumentos e musculatura para enfrentá-la", disse
Dilma, ao tratar como natural que os congressistas queiram mudar o texto
da medida provisória. (Folha de São Paulo - 27.10.2008) 14 IPC-Fipe acelera para 0,39% na 3ª prévia de outubro Ao subir
0,39% na terceira quadrissemana de outubro, o IPC-Fipe registrou sua maior
alta desde a terceira parcial de setembro, quando a inflação para o paulistano
fechou em 0,44%. Com exceção dos grupos Despesas Pessoais e Educação,
que desaceleraram o ritmo de alta de 0,38% para 0,29% e de 0,06% para
0,05%, todos os demais aceleraram a alta. A maior veio do grupo Saúde,
que ao sair de uma taxa de 0,38% e subir agora 0,59%, acelerou 0,21 ponto
porcentual.O grupo Habitação acelerou seu ritmo de alta, de 0,58% para
0,67%. (O Estado de São Paulo - 28.10.2008) O dólar
comercial declinava 2,40% em pouco mais de 20 minutos de operações. Assim,
a moeda era negociada a R$ 2,1880 na compra e a R$ 2,1900 na venda. Na
abertura, marcou R$ 2,1970. Os contratos de novembro estavam cotados a
R$ 2,193, baixa de 2,83%. Ontem, o dólar comercial encerrou a R$ 2,242
na compra e R$ 2,244 na venda, com decréscimo de 3,56%. (Valor Online
- 28.10.2008)
Internacional 1 Crise afeta mineração e gás na Bolívia A crise
financeira mundial deve gerar estragos na exportação de gás natural e
nas remessas enviadas por imigrantes na Bolívia, as principais fontes
de divisas do país mais pobre da América do Sul. A médio prazo, a principal
preocupação é o preço do gás vendido ao Brasil e Argentina, a principal
fonte de recursos do Estado boliviano. O reajuste trimestral é calculado,
em parte, pelo preço do petróleo. Uma estimativa do especialista em gás
Carlos Miranda baseado num petróleo a US$ 50 o barril prevê que o preço
cairá a cerca de metade dos atuais US$ 8,34 por milhão de BTU a partir
de abril. Com isso, diz, a arrecadação do ano que vem cairá da previsão
oficial de US$ 2 bilhões para cerca de US$ 1,35 bilhão. (Folha de São
Paulo - 27.10.2008) 2 Uruguai busca novas fontes de eletricidade O ministro
de Indústria, Daniel Martínez, se reuniu ontem no Paraguai com representantes
do governo deste país para analisar a possibilidade de aumentar a complementação
energética e comercial entre ambos países. Trata-se de uma das primeiras
reuniões técnicas após os presidentes dos países se comprometeram a reviver
o Urupabol, o bloco composto por Uruguai, Paraguai e Bolívia. Participaram
da reunião o ministro de Indústria e Comercio paraguaio, Martín Heisecke,
e o de Obras Públicas e Comunicações, Efraim Alegre. Pelo lado uruguaio
também estava presente o presidente de Ancap, Raúl Sendic. Martínez disse
à imprensa paraguaia que progressos serão feitos a respeito do Gasoducto
do Sul. (El País - Uruguai - 28.10.2008) 3 Energia renovável e eficiência energética podem movimentar US$ 360 bilhões anuais, diz Greenpeace O Greenpeace, em conjunto com a Comissão Européia de Energia Renovável, divulgou nesta segunda-feira, 27 de outubro, a segunda edição do estudo "[R]evolução energética: Perspectivas para uma energia global sustentável. O documento mostra que a adoção de medidas de eficiência energética e de fontes de energia renovável poderia gerar uma indústria com faturamento de US$ 360 bilhões anuais. A intenção do grupo é reduzir as emissões de gases do efeito estufa, ao mesmo tempo que oferece alternativas para atender a crescente demanda de energia. Segundo o Greenpeace, as emissões mundiais precisam retornar aos níveis atuais em 2020. As projeções do estudo mostram que as emanações de gás carbônico chegaram ao pico em 2015, reduzindo no período posterior, dentro do cenário [R]evolução energética. (CanalEnergia - 27.10.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 TOLMASQUIM, Maurício. "Nem Kafka iria imaginar". CanalEnergia. Rio de Janeiro. 07 outubro 2008. Opinião Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 VIEIRA, Xisto. "Leilão A-5 - uma análise sucinta". CanalEnergia. Rio de Janeiro. 02 outubro 2008. Opinião Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 3 LIMA, Ricardo. "Gás Natural e Competitividade". DCI. São Paulo 28 Novembro 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 4 GENTIL, Denise Lobato; MARINGONI, Gilberto. "O que o caos pode nos ensinar?". Valor Econômico. São Paulo, 27 de outubro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
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