l IFE: nº 2.374 - 23
de outubro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 TCU analisa baixa oferta hídrica em leilões de energia nova O TCU entrou
de vez no debate sobre a matriz energética brasileira e a ausência de
oferta de projetos hidrelétricos. Uma auditoria operacional nos leilões
de energia nova de 2005 e 2006, e utilizando como base o Plano Decenal
de Expansão da Energia Elétrica 2006-2015, levou o TCU a estabelecer uma
série de determinações e recomendações, na tentativa de eliminar falhas
que resultem no aumento da oferta térmica no país. O relatório foi aprovado
pelo TCU no dia 1º de outubro. O relator do processo no tribunal foi o
ministro Benjamim Zymler. Um dos propósitos da auditoria foi o de avaliar
de que modo a restrição hídrica "afeta a configuração planejada para a
matriz elétrica brasileira, incrementa riscos de desabastecimento, amplia
as externalidades ambientais negativas e aumenta o nível de preço da energia
ofertada", entre outros pontos. (CanalEnergia - 22.10.2008) A Fundação
Energia e Saneamento reativou nesta quarta-feira (22/10) a PCH Corumbataí
(17 MW), localizada no rio Claro, em [município], no interior do estado
de São Paulo. O grupo Bertin, através da subsidiária Água Paulista Geração
de Energia, foi o responsável pelas obras de readaptação tecnológica da
usina, desativada desde os anos 70. As obras da usina demandaram R$ 3
milhões. A fundação tem ainda as PCHs Jacaré (2,6 MW), Salesópolis (2
MW) e São Valentim (1,4 MW), todas localizadas no interior do estado de
São Paulo. A PCH Salesópolis voltou a operar em março deste ano e as obras
de readaptação das usinas Jacaré e São Valentim estão em fase final. Todas
as obras foram realizadas pelo grupo Bertin, que investiu mais de R$ 12
milhões na readaptação das usinas. (Brasil Energia - 22.10.2008) 3 PCH Cachoeirão entra em operação A PCH Cachoeirão
(27 MW), localizada nos municípios de Pocrane e Alvarenga, em Minas Gerais,
deve ter sua primeira turbina acionada no próximo dia 6 de dezembro. A
usina passa atualmente pela fase de enchimento de reservatório, que deverá
ser concluída até a próxima quarta-feira (29/10), informou o coordenador
do projeto, Marco Aurélio Dumont Porto. O projeto, da Cemig em parceria
com a Santa Maria Energética, teve seu cronograma alterado devido a atrasos
na entrega de equipamentos. Anteriormente, a previsão era que a primeira
máquina fosse acionada no dia 9 de outubro e a última, em 6 de janeiro.
A PCH Cachoeirão é o primeiro empreendimento a ser viabilizado através
do Programa Minas PCH e está localizada no rio Manhuaçu. O investimento
total no projeto foi de R$ 104 milhões, financiado parcialmente pelo BNDES.
(Brasil Energia - 22.10.2008) 4
Contratos entre partes relacionadas têm nova regulação 5 Edital de coletoras em pauta na Aneel A diretoria
da Aneel se reúne amanhã (22/10) em sessão extraordinária, para aprovar
o edital de licitação das ICGs. O governo prentende licitar as estações
coletoras ainda em 2008. A EPE cadastrou,através de chamada pública realizada
em junho, 57 usinas interessadas em participar do processo, sendo 44 térmicas
a biomassa de cana e 13 PCHs, num total de 2.968 MW. Desse total, 35 empreendimentos
sendo - 31 térmicas e 4 PCHs - confirmaram interesse e depositaram as
garantias necessárias somando capacidade de 2.317,66 MW. O texto do edital
das ICGs foi levado à audiência pública realizada em agosto. Integram
esse grupo usinas que venderam energia para entrega em 2009 durante o
leilão de reserva e precisam das instalações para pode cumprir os contratos
firmados, num total de 229,5 MW de potência instalada. No início de outubro,
os empreendedores tiveram reunião no ONS para receber as orientações sobre
procedimentos de rede. (Brasil Energia - 22.10.2008) Ronaldo
Schuck é o novo superintendente da CCEE. Schuck substitui Leonardo Calabró,
que teve seu mandato encerrado este mês. O novo superintendente iniciará
suas atividades em novembro. Ronaldo Schuck é engenheiro eletricista e
desempenha atividades no setor elétrico há mais de 35 anos. O novo superintendente
da CCEE exerceu a função de secretário de Energia Elétrica no MME, entre
2003 e 2008. Schuck também foi membro titular do Conselho de Administração
do ONS, da Eletrobrás e da CGTEE. (Brasil Energia - 22.10.2008) 7 Energia, uma opção para lixo urbano Em artigo ao DCI, Francisco Esmeraldo afirma que o Brasil já apresenta índices de reciclagem mecânica de materiais pós-consumo equivalentes àqueles registrados nos países desenvolvidos. Entretanto, uma enorme quantidade de resíduos sólidos urbanos é gerada diariamente. Esses desperdícios são enterrados em lixões e aterros sanitários próximos da saturação. Pouca gente sabe que estamos literalmente jogando bilhões de reais no lixo. Com investimento e tecnologia nacional já existente, estes resíduos poderiam ser tratados em Usinas de Recuperação Energética, transformando-se em energia elétrica e térmica, por meio de processo industrial que não agride o meio ambiente. Destaque-se que esse processo já é uma realidade em todo o mundo, pois, além de tratar-se de uma destinação ambientalmente correta, é visto como uma das soluções para o problema de substituição dos combustíveis fósseis por fontes alternativas de energia. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 23.10.2008)
Empresas 1 Copel: Fitch eleva ratings nacionais; perspectiva é estável A agência
de classificação de risco Fitch Ratings elevou de AA-(bra) para AA(bra)
o rating nacional de longo prazo da Copel e de sua quarta emissão de debêntures,
no valor de R$ 600 milhões. Ao mesmo tempo, a Fitch elevou de AA(bra)
para AA+(bra) o rating nacional de longo prazo da terceira emissão de
debêntures da empresa, no valor de R$ 400 milhões. A perspectiva do rating
corporativo é estável. O rating da terceira emissão permanece um nível
acima dos demais devido à existência de recebíveis da Copel GET como garantia
da operação. (Jornal do Commercio - 23.10.2008) 2 Rede Energia pretende aumentar capital social com emissão de ações O grupo Rede Energia pretende aumentar o capital social por meio de emissão de ações preferenciais. A empresa pretende apresentar a proposta na assembléia geral extraordinária que realizará no próximo dia 6 de novembro. O objetivo é permitir a capitalização, pelo BNDESPar, de créditos que possui contra o Rede Energia, no valor de R$ 115,162 milhões. Com isso, a empresa pretende reduzir o nível de endividamento, sem afetar a capacidade financeira. O Rede Energia assegurou aos demais acionistas o direito de preferência na subscrição de ações, na proporção da participação detida no capital social. O prazo para exercício do direito de preferência será de 30 dias, contados a partir da data da publicação da ata da AGE. (CanalEnergia - 22.10.2008) 3 Projetos sociais da Ampla reduzem nível de furto de energia, aponta pesquisa da FGV Uma pesquisa
da FGV, encomendada pela Ampla, aponta que a distribuidora reduziu o uso
de ligações irregulares e obteve mudanças significativas nos hábitos de
consumo de energia elétrica dos clientes por meio de ações sociais nos
últimos quatro anos. Cerca de 50% dos clientes que participaram da pesquisa
adotaram novos hábitos de consumo após a participação em algum dos projetos
da empresa. O estudo avalia que os clientes que não furtam energia e não
participam de projetos sociais gastam, em média, R$ 104 na conta mensal
de luz, contra R$ 76 dos que não furtam energia e participam de projetos
da companhia. (CanalEnergia - 22.10.2008) 4
Etes investirá R$ 5 mi na implantação de reforços O Grupo
Zeppini criou a divisão de negócios "Energia Z", que vai comercializar
soluções em geração de energia solar para residências, condomínios e empresas.
Além da venda dos produtos, a empresa também será responsável pelo projeto
de engenharia e instalação da estação coletora. A meta é chegar a uma
capacidade instalada de 500 KW até o final de 2009. A empresa investiu
cerca de US$ 1 milhão na nova divisão, que teve os técnicos capacitados
pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). (Brasil Energia -
22.10.2008) No pregão
do dia 22-10-2008, o IBOVESPA fechou a 35.069,73 pontos, representando
uma baixa de 10,18% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
4,42 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 6,96%, fechando a 13.819,65 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 21,50 ON e R$ 19,80 PNB,
baixa de 8,51% e 7,91%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão
do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 23-10-2008 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 21,34 as ações ON, baixa de 0,74% em relação ao dia
anterior e R$ 19,70 as ações PNB, baixa de 0,51% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 23.10.2008)
Leilões 1 Aneel divulga valores atualizados de RAP máxima de leilão de LTs do Madeira A Aneel
divulgou nesta quarta-feira, 22 de setembro, os valores atualizados da
Receita Anual Permitida máxima para os lotes que serão negociados no leilão
de linhas de transmissão que conectarão o complexo hidrelétrico do Rio
Madeira (RO, 6.450 MW) ao SIN. Os novos valores, segundo a agência, foram
atualizados neste mês por conta da variação do dólar e do IGP-M. Na última
terça-feira, 21 de outubro, a Aneel aprovou o adiamento do certame, para
o dia 28 de novembro. (CanalEnergia - 22.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Conservar energia vira prioridade para o governo Que a principal
fonte da matriz energética brasileira é a hídrica não é novidade para
ninguém, mas que conservação e co-geração possam ser, respectivamente,
o segundo e o terceiro pilares, é surpreendente. Este cenário foi apresentado
ontem, por Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, durante seminário em
São Paulo. "Significa, em 2030, que podemos ter uma economia de 207 terajoule/hora.
Equivale a dizer que, sem isso, teríamos que colocar mais três Itaipus
no Plano de Expansão." Tolmasquim se referia a dois processos energéticos
em curso, que ele identifica como voluntário e induzido. (Valor Econômico
- 23.10.2008) 2 Norte e Nordeste registram recordes de demanda Os subsistemas Norte e Nordeste registraram recordes de demanda instantânea na última semana. No dia 17, às 18h58, ocorreu carga de 4.245 MW na região Norte, superando o recorde anterior de 4.197 MW. A região Nordeste, às 18h37 do dia 18, obteve carga de 9.510 MW e bateu o recorde anterior, de 9.401 MW. Segundo o ONS, o recorde se deve principalmente à elevação da temperatura nas duas regiões, que atingiu valores máximos de 31ºC em São Luiz (MA) e Belém (PA) e acima de 30ºC em todas as capitais do Nordeste. Além disso, houve, no Norte, o acréscimo de carga na Alunorte, em torno de 65 MW, devido à paralisação de uma de suas unidades geradores, e no Nordeste, ocorreu o aumento da produção do setor sucroalcooleiro. (CanalEnergia - 22.10.2008) 3 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 54,13% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 54,13%, apresentando
queda de 0,18% em relação à medição do dia 20 de outubro. A usina de Furnas
atinge 72,88% de volume de capacidade. (ONS - 23.10.2008) 4 Sul: nível dos reservatórios está em 79,02% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 3,67% em relação à medição
do dia 20 de outubro, com 79,02% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 92,34% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 23.10.2008) 5 NE apresenta 47,67% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,49% em relação à medição do dia 20 de outubro, o Nordeste está
com 47,67% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 33,04% de volume de capacidade. (ONS - 23.10.2008) 6 Norte tem 36,09% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 36,09% com variação de -0,39%
em relação à medição do dia 20 de outubro. A usina de Tucuruí opera com
30,25% do volume de armazenamento. (ONS - 23.10.2008)
Meio Ambiente 1 Tolmasquim: governo tem estudado como otimizar o processo ambiental O governo,
adiantou Maurício Tolmasquim, tem estudado como otimizar o processo ambiental
imaginando, por exemplo, fazer o licenciamento no inventário da bacia.
Sobre as fontes alternativas, disse que a agência está analisando o segmento
eólico para, no ano que vem, possivelmente realizar um leilão específico
para a energia dos ventos. Tolmasquim aproveitou sua palestra para rasgar
elogios ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e ao presidente do
Ibama, o geógrafo Roberto Messias Franco. (Valor Econômico - 23.10.2008)
2 País pode aceitar metas obrigatórias para cortar emissão de gases, diz Minc Em radical mudança de postura, o governo brasileiro poderá assumir metas obrigatórias de redução nas emissões de gases do efeito estufa. A adoção de compromissos internacionais no acordo tem sido rejeitada até agora pelos países em desenvolvimento. Mas há uma reviravolta em curso, segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. "O Itamaraty já diz que aceita metas, com condições", afirmou. O ministro disse que a nova posição brasileira deverá ser apresentada formalmente na próxima Conferência das Partes (COP), em dezembro, na Polônia. Ele garantiu já ter mostrado ao presidente Lula a necessidade de que países emergentes também assumam metas obrigatórias de redução dos gases causadores do efeito estufa. (Valor Econômico - 23.10.2008) 3 TCU determina que Ibama defina limites para compensação ambiental No âmbito
da auditoria operacional dos leilões de energia nova de 2005 e 2006, o
TCU determinou que o Ibama defina critérios para compensação ambiental,
os limites máximos admitidos e o escalonamento dos percentuais equivalentes
aos danos ambientais previstos. As determinações fazem parte do processo
que é resultado de uma auditoria que verificou uma série de problemas
de licenciamento ambiental de empreendimentos do setor. Um deles é a não-regulamentação
do artigo 23 da Constituição - que estabelece as competências para licenciamento
e preservação ambiental. No processo, um dos pontos citados pelo relator
destaca a existência de uma lacuna regulatória sobre a competência dos
entes federados para a emissão de licenças. (CanalEnergia - 22.10.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Venda de gás natural bate recorde em setembro A comercialização de gás natural canalizado atingiu, em setembro, a marca de 51 milhões e 200 mil metros cúbicos diários, batendo o recorde de vendas do produto em 2008. Houve incremento de 0,37% em relação ao mês de agosto, com aumento da demanda em todos os segmentos, menos no setor industrial. Na comparação com setembro do ano passado, os dados apontam avanço bem mais significativo: 16,55%. Este aumento foi puxado pelo setor elétrico, segmento cujo consumo vinha diminuindo nos últimos anos, devido ao menor acionamento das térmicas. Em um ano, a expansão do setor chegou a 35,57%. (Valor Econômico - 23.10.2008) 2 Cosan Bioenergia inicia testes de unidades geradoras da UTE Rafard A Aneel
autorizou a operação em teste das unidades geradoras 1 e 2 da UTE Rafard,
em São Paulo. A Cosan Bioenergia, responsável pelo empreendimento, terá
até 60 dias para enviar relatório final confirmando ou corrigindo a potência
das unidades, estimada em 25 MW cada. Com capacidade instalada de 50 MW,
a térmica está localizada no município de Rafard, segundo despacho 3.823
publicado no D.O.U. desta terça-feira, 21. A Aneel liberou também a operação
das unidades 1 e 2 da PCH Sucupira, no Mato Grosso. Segundo despacho 3.818
publicado na edição do D.O.U. da última segunda-feira, 20, cada unidade
tem potência instalada de 2,25 MW, totalizando 4,5 MW. (CanalEnergia -
22.10.2008)
Grandes Consumidores O Conselho
Estadual de Meio Ambiente do Pará aprovou , ontem, a licença prévia para
a usina termelétrica da Vale, em Barcarena. O projeto, que teve oposição
do Ministério Público, foi aprovado por 10 votos a dois. A Federação dos
Trabalhadores na Agricultura também votou contra. A térmica vai gerar
600 MW e consumir 1,8 milhão de toneladas/ano de carvão. O investimento
é de US$ 898 milhões e começa a operar no segundo semestre de 2011. (Valor
Econômico - 23.10.2008) 2 Vale deve lucrar mais de R$ 4 bi no trimestre Os analistas
estão divididos sobre o desempenho da Vale no terceiro trimestre do ano,
que será conhecido hoje. Segundo as prévias divulgadas pelo mercado, o
lucro da mineradora pode ficar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões. Segundo
os analistas, as vendas foram prejuízos pela queda do preço das commodities,
com destaque para o níquel, o cobre e a cadeia de alumínio, apesar do
sucesso dos negócios com minério de ferro. A SLW Corretora, que traça
o cenário mais positivo para a Vale, alerta, porém, que virão mudanças
radicais no quarto trimestre por causa da crise dos mercados. (Valor Econômico
- 23.10.2008) 3 Bancos aceitam alongar dívida da Aracruz A Aracruz
iniciou ontem negociações com 13 bancos credores em transações de derivativos
de câmbio, que lhe proporcionaram exposição vendida em dólar de US$ 6,26
bilhões. JPMorgan, Deutsche, Itaú BBA, Goldman Sachs, Citi, Merrill Lynch,
Calyon, BNP Paribas, Barclays, Santander e ING estão entre eles. Em reunião
com os bancos, a companhia informou que não teria condições de cumprir
os contratos. As instituições se mostraram dispostas a alongar os prazos,
mas não aceitaram cortes no valor, sob o argumento de que repassaram as
posições ao mercado e têm de arcar com depósitos de margem na BM&F. Além
disso, se aceitarem uma redução, terão de registrar parte dela como prejuízo.
(Valor Econômico - 23.10.2008) 4 Aracruz vai construir terminais A necessidade
da Aracruz de reduzir os investimentos no curto e médio prazo, que resultou
no adiamento em um ano do projeto de expansão da fábrica de Guaíba (RS),
não deve atingir as obras de infra-estrutura do grupo em território gaúcho.
Apesar das adversidades, acentuadas pelas perdas com derivativos, a empresa
decidiu manter os projetos de construção dos terminais fluviais de Guaíba
e Rio Pardo, além do terminal marítimo de São José do Norte. Os projetos
devem demandar investimentos de aproximadamente R$ 185 milhões, sendo
que quase 80% desse valor serão destinados ao terminal de São José do
Norte. (O Estado de São Paulo - 23.10.2008) 5 Suzano tem prejuízo e adia projetos de investimento As decisões
da Suzano Papel e Celulose para deslanchar o pacote de investimentos de
US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões até 2015 foram postergadas até que fiquem
mais evidentes os desdobramentos da crise que atinge as economias mundiais.
"Os projetos estão em pé, mas as decisões concretas vão depender dos efeitos
da situação econômica e da demanda no exterior, além da oferta de recursos
para financiamento", afirma Boris Tabacof, vice-presidente do conselho
de administração da companhia. A expansão da Suzano prevê a construção
de três fábricas de celulose -uma no Piauí, uma no Maranhão e outra em
local ainda não definido. (Folha de São Paulo - 23.10.2008) 6 Suzano tem prejuízo de R$293 mi no 3o trimestre A Suzano
Papel e Celulose reverteu o resultado positivo de um ano atrás e registrou
um prejuízo líquido de 293,07 milhões de reais entre julho e setembro.
No mesmo trimestre de 2007 a companhia teve um lucro líquido de 168,34
milhões de reais. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização foi 365,33 milhões de reais, ante
um resultado de 266,61 milhões de reais um ano antes. (Reuters - 23.10.2008)
7 Indústrias de alumínio da Grande SP comemoram expansão Bancos em
crise, quedas nas bolsas de valores e receio de uma recessão mundial.
Tudo isso parece não fazer parte da realidade de um grupo de empresários
do Pólo de Alumínio de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Em
meio à crise que abalou os mercados internacionais, 12 indústrias da região
comemoram um crescimento de até 60% após passarem por uma série de ações
coordenadas pelo Sebrae/SP no Alto Tietê. Os empresários que comandam
essas indústrias recebem, desde fevereiro de 2007, cursos e palestras
dos programas SebraeTec, cujo objetivo é incentivar a inovação tecnológica,
e Comércio Brasil, que visa contribuir para o aumento das vendas e o fortalecimento
da imagem das marcas e dos produtos das empresas participantes. (DCI -
23.10.2008) 8 Mineradoras devem perder poder nas negociações de preço para 2009 A queda
generalizada da demanda e dos preços do aço, que vem atingindo o setor
siderúrgico global, poderá provocar uma reversão de papéis e uma mudança
no jogo de forças nas negociações para os preços do minério de ferro para
o ano contratual de 2009, depois de cinco anos consecutivos em que as
mineradoras acumularam ganhos superiores a 200%. Além disso, seguem num
impasse as negociações entre a Vale, que pede um reajuste dos preços do
minério agora, em torno de 12%, e as siderúrgicas chinesas. (Jornal do
Commercio - 23.10.2008) Economia Brasileira 1 Crise se agrava e governo age O Brasil teve ontem um de seus piores dias desde que a crise financeira se agravou. Apesar das intervenções do BC, o dólar subiu muito de novo - 6,67%, para R$ 2,38 - e já avançou 25% no mês. Os juros no mercado futuro dispararam, especialmente nos contratos mais longos, com investidores mais preocupados em zerar posições do que em antecipar os movimentos da política monetária. O risco-Brasil deu um salto de 26,6%, para 671 pontos. A Bolsa perdeu 10,18%, após ser acionado uma vez o "circuit breaker". Os mercados começaram em queda desde a manhã, quando o governo anunciou a MP nº 443, que abre aos bancos oficiais a possibilidade de comprar participações acionárias em instituições financeiras privadas. O presidente do BC, Henrique Meirelles, qualificou a medida como preventiva. (Valor Econômico - 23.10.2008) 2 Saída de dólares do país foi de quase US$ 4 bi A saída de dólares do país aumentou na semana passada, com o saldo negativo do fluxo cambial do mês aumentando de US$ 1,089 bilhão, até o dia 10, para US$ 3,751 bilhões até a sexta-feira passada (17). A piora ocorreu por uma combinação de saída maior no câmbio financeiro com um déficit de US$ 719 milhões no câmbio comercial ao longo da semana passada. Em setembro, houve entrada de líquida de US$ 2,803 bilhões no país. No mês de outubro de 2007, até o dia 17, o fluxo era positivo em US$ 2,872 bilhões. No ano, acumula superávit de US$ 13,437 bilhões. O câmbio comercial, no qual são registrados os dados do comércio exterior brasileiro, proporcionou fluxo positivo de US$ 1,250 bilhão em outubro deste ano até o dia 17, resultado de exportações de US$ 7,583 bilhões e importações de US$ 6,333 bilhões. Até o dia 10 deste mês, o saldo era de US$ 1,970 bilhão. (O Globo - 23.10.2008) 3
Pacote da era Lula chega a R$ 207 bi 4 BB: mais poder de fogo para ter bancos estaduais A MP 443
deve aumentar o poder de fogo do BB nas negociações para a compra dos
bancos estaduais Nossa Caixa e Banco Regional de Brasília (BRB), avaliou
ontem o vice-presidente de Finanças da instituição, Aldo Luiz Mendes.
Segundo Mendes, este é o efeito direto da MP para o banco, já que ela
viabiliza o pagamento em dinheiro de uma eventual compra dessas instituições
pelo BB, o que até então era proibido. Mendes também comemorou a edição
da MP pelo que chamou de seu "efeito potencial", que é a permissão para
participar de um eventual processo de fusões e aquisições no sistema financeiro
privado. O executivo deixou claro que o BB pretende se aproveitar da situação
de instabilidade no mercado financeiro e, se surgir oportunidades, adquirir
outros bancos por preços bastante favoráveis, como já ocorreu nos Estados
Unidos, por exemplo com a compra do Merrill Lynch pelo Bank of America.
(Jornal do Commercio - 23.10.2008) 5 Baixa alavancagem poderá proteger bancos brasileiros Sólido,
pouco alavancado e reforçado agora pela MP que permite a estatização,
o sistema bancário brasileiro não corre risco de quebradeira de grandes
instituições, como ocorreu nos EUA e na Europa, avaliam especialistas.
Para Istvan Kasznar, professor da FGV, a proteção do sistema brasileiro
vem do baixo nível de alavancagem. Segundo estudo elaborado pelo especialista
com 172 bancos, a alavancagem média do setor era, no primeiro semestre
deste ano, de 8,2 vezes o patrimônio líquido. É, portanto, menor até do
que o limite de 11 vezes estabelecido pelas regras do acordo Basiléia
2, que regula a atividade bancária mundial. Nos EUA, algumas instituições
trabalhavam com alavancagem de até 50 vezes, segundo ele. "Aqui, temos
um provisionamento muito maior. A capacidade de defesa das instituições
é muito melhor", diz. (Folha de São Paulo - 23.10.2008) 6 Governo federal tira papéis do mercado, mas dívida cresce A volatilidade do mercado dificultou a rolagem da dívida pública federal em setembro, levando o governo a retirar R$ 14 bilhões em papéis de circulação. Apesar do resgate líquido, a dívida cresceu 1,18% mês passado por conta do impacto dos juros e da desvalorização do real frente a outras moedas. O estoque nas mãos dos investidores chegou a R$ 1,335 trilhão. No caso da dívida externa, o aumento do endividamento chegou a 14,58% em relação a agosto. Assim, a dívida federal externa subiu para R$ 110,4 bilhões. A forte valorização do dólar frente ao real em setembro -17,13%- foi o maior motivo. "Esse impacto poderia ser bem maior se não tivéssemos reduzidos a participação da dívida atrelada ao câmbio no estoque", ponderou o coordenador-geral de operações da dívida pública, Guilherme Pedras. (Folha de São Paulo - 23.10.2008) 7
Decreto amplia microcrédito produtivo 8 Crédito a pessoa física encarece novamente Além de
mostrar sinais de retração em alguns segmentos específicos, o crédito
disponível no Brasil está cada vez mais caro. Segundo levantamento do
BC, de agosto a setembro, a taxa média cobrada nos empréstimos bancários
passou de 40,1% ao ano para 40,4%, a mais alta desde novembro de 2006.
Foi o quinto mês seguido de alta dos juros, que se concentrou nas operações
com pessoas físicas. Nesse segmento, a taxa média praticada pelos bancos
foi de 52,1% ao ano para 53,1%. Entre as empresas, o custo dos financiamentos
ficou estável em 28,3%. O movimento de alta dos juros bancários coincide
com a alta da Selic, que começou a subir em em abril e hoje está em 13,75%
ao ano. Mesmo com juros mais altos e crise nos mercados financeiros, porém,
os números do BC mostram que o crédito se mantém em expansão no país.
(Folha de São Paulo - 23.10.2008) 9 IOF zero em empréstimo externo Diante da
crise de liquidez internacional, o governo lançou mão de mais uma medida
para diminuir os efeitos da turbulência sobre a economia. O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto reduzindo a zero a alíquota
do IOF nas operações de câmbio relativas a empréstimos externos e de aplicações
de recursos nos mercados financeiro e de capitais. "A medida tem como
objetivo estimular a ampliação da oferta de moeda estrangeira, no atual
contexto de forte retração das linhas de crédito internacionais", disse
o Ministério da Fazenda em nota à imprensa. A medida não atinge as operações
em Bolsas que já têm alíquota zero para o tributo. O decreto é o terceiro
ato assinado pelo presidente Lula, nos últimos dias, para tentar diminuir
o estrago da crise econômica internacional e dar mais liquidez ao mercado
financeiro. (O Estado de São Paulo - 23.10.2008) 10 BC pode emprestar dólares do Fed O BC negocia
tomar empréstimos em dólar diretamente do Fed para usar em suas intervenções
no mercado brasileiro e evitar, com isso, uma redução nas reservas internacionais
do país. Um dos artigos da MP editada ontem pelo governo permite que o
BC faça operações de troca de moedas ("swaps") com autoridades monetárias
de outros países. Na prática, isso significa que o Brasil entregará reais
ao Fed e, em troca, terá dólares na mão para vender aos bancos e exportadores
nacionais. A garantia nessas operações devem ser os títulos do governo
americano que o BC tem em mãos. Com o empréstimo direto do Fed, parte
dos dólares vendidos nessas intervenções não será deduzido das reservas,
que somam um total de US$ 201,483 bilhões. O presidente do BC, Henrique
Meirelles, não detalhou como será feito o empréstimo, nem o valor das
operações. (Folha de São Paulo - 23.10.2008) 11 Outubro deve ter déficit no fluxo cambial O fluxo
de dólares para o Brasil continuou negativo na semana passada, o que deve
fazer com que, em outubro, o país registre uma saída líquida de recursos
pela primeira vez em três meses. Até a última sexta-feira, o saldo acumulado
no mês estava negativo em US$ 3,751 bilhões, segundo dados do BC. Isso
significa que o volume de remessas ao exterior feitas no período -pagamento
de importações, de parcelas da dívida externa, entre outros itens- superou
os ingressos -como exportações e investimentos vindos de países estrangeiros.
Os números do BC mostram que, ao contrário do que vem ocorrendo nos últimos
anos, neste mês as maiores dificuldades estão sendo encontradas pelo setor
exportador. Antes uma fonte segura de dólares para o país, nos últimos
dias a falta de financiamento tem trazido problemas ao segmento. (Folha
de São Paulo - 23.10.2008) 12 Sem acordo sobre dívida, bancos e empresas "correm" por dólares Além do
estresse de ontem no mundo e das repercussões negativas do pacote anunciado
pelo governo, a alta do dólar ontem no Brasil teve um outro motivo. As
negociações entre as empresas e os bancos para tentar equacionar as perdas
com operações no mercado derivativo de câmbio, antecipadas pela Folha,
sofreram um revés nos últimos dias. O acordo ficou mais distante, e os
bancos e as empresas correram para comprar dólar no mercado à vista para
tentar zerar as suas posições. O grande problema que está gerando o impasse
nas negociações é a alta volatilidade do dólar. Enquanto permanecer esse
sobe-e-desce do dólar, fica difícil fixar um preço para as perdas das
empresas com as operações no mercado futuro de câmbio. Num dia o dólar
sobe e a dívida fica mais elevada, e, no outro, a moeda cai e o valor
do débito se encolhe. (Folha de São Paulo - 23.10.2008) O dólar
comercial aumentava 4,70% em 20 minutos após o início dos negócios. A
moeda estava cotada a R$ 2,49 na compra e a R$ 2,4920 na venda. O contrato
de novembro negociado na BM & F estava a R$ 2,492, com elevação de 4,26%.
Na jornada passada, o dólar comercial disparou 6,67%, a R$ 2,380 na venda.
(Valor Online - 23.10.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 ESMERALDO, Francisco de Assis. "Energia, uma opção para lixo urbano". DCI. São Paulo, 23 de outubro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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