l IFE: nº 2.372 - 21
de outubro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 GESEL/UFRJ debate impactos da renovação de concessões no setor elétrico O GESEL/UFRJ
realizará, no dia 13 de novembro, o Fórum Impactos e Riscos do Processo
de Renovação de Concessões no Setor Elétrico. O objetivo do evento é discutir
o futuro do setor elétrico em razão do processo de vencimento da concessão
de 22 mil MW de potência instalada, mais de 73 mil quilômetros de linhas
de transmissão, além de contratos de 41 das 64 distribuidoras de energia
(neste caso entre 2014 e 2016) . Entre os palestrantes previstos estão
o ex-ministro de Minas e Energia, Nelson Hübner, o coordenador do Gesel/UFRJ,
Nivalde José de Castro e representantes de associações setoriais como
ABCE, Abrage, Apine, Abiape, Abrate, Abradee e Abdib. Informações: www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/forum/
ou pelo e-mail: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br (GESEL - 20.10.2008) 2 Abradee defende renovação de concessão das distribuidoras A Abradee
defendeu nesta segunda-feira, 20 de outubro, a renovação de concessão
das distribuidoras com contrato a vencer nos próximos anos. Segundo Fernando
Maia, diretor técnico e regulatório da Abradee, a renovação está prevista
em lei para distribuidoras, o que dispensa qualquer revisão de legislação.
"O que se espera é uma renovação simples porque não há o que ser capturado
na renovação. Isto já é feito sistematicamente nas revisões. Não haveria
impactos na tarifa", argumentou. Ele disse que a entidade tem conversado
com o MME para separar as discussões sobre a distribuição das de geração
e transmissão. O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, defendeu que,
durante o processo de renovação, seja revisto a necessidade de se manter
várias distribuidoras contíguas, referindo-se, principalmente, às menores
supridas pelas grandes concessionárias. (CanalEnergia - 20.10.2008) 3 Empresários pressionam novo secretário de Energia Elétrica por mudança nas regras de licitação O ministro
de Minas e Energia, Edison Lobão, nomeou hoje (20) Josias Matos de Araújo
para o cargo de secretário de Energia Elétrica, no lugar de Ronaldo Schuck.
Caberá a Araújo representar o MME nas questões relacionadas às concessões
para operar usinas de energia estaduais e federais. Até 2015, estatais
como a Cesp, a Copel, e a Cemig, e as ligadas ao Grupo Eletrobrás (Chesf,
Eletronorte e Furnas) passarão por novo processo de licitação para exploração
de serviços públicos. Preocupadas com a seqüência dessas concessões, duas
entidades ligadas a empresários do setor elétrico estão correndo contra
o tempo para apresentar sugestões ao novo secretário. A Abrage defenderá
a prorrogação das concessões de todas empresas que atuam nas usinas em
operação. (Agência Brasil - 20.10.2008) 4
TCU: Aneel espera ter nova metodologia nas próximas semanas 5 Aneel garante que adiamento de leilão não seria reflexo da crise O diretor
da Aneel, Jerson Kelman, negou nesta segunda-feira (20) que um possível
adiamento do leilão de transmissão do Rio Madeira, por enquanto marcado
para o próximo dia 31, seria um reflexo da crise internacional. Kelman
afirmou que o leilão pode ser adiado para que o regulador efetue alterações
no edital da licitação. O leilão da linha de transmissão do Rio Madeira
apresenta uma novidade, segundo Kelman, em relação aos demais, que é o
confronto entre duas tecnologias para as obras do empreendimento: corrente
contínua e corrente híbrida (alternada e contínua). O governo federal
optou por deixar aberto para que os empreendedores escolhessem a opção.
(Setorial News - 20.10.2008) 6 Dólar em alta impacta os preços da energia A escalada
do dólar, que apesar da baixa de sexta-feira já acumula alta de mais de
10% no mês, deverá influenciar os reajustes de tarifas de energia elétrica
de grandes distribuidoras a serem definidos pela Aneel nas próximas semanas.
Segundo técnicos da Agência, os reajustes das empresas paulistas CPFL
Piratininga e Bandeirante deverão ter um acréscimo de 1,5 ponto percentual
devido a alta da moeda americana. Com o dólar permanecendo acima dos R$
2 por um pouco mais de tempo, o mesmo impacto deverá ser percebido no
reajuste da Light. (DCI -21.10.2008) O MME enquadrou nessa segunda-feira (20) nove empreendimentos no Reidi. Serão beneficiadas duas térmicas, seis PCH's e uma UHE, num total de 1.406,4 MW. Entre os empreendimentos está a térmica Barcarena (600 MW), da Vale e a MPX (700 MW), da MPX Pecém Geração de Energia. Todas as seis pequenas centrais hidrelétricas estão situadas no Sul do país. (Brasil Energia - 21.10.2008) 8
Artigo de Elio Gaspari: "No longo prazo, Lord Keynes ressuscitou" 9 Artigo de Luiz Carlos Bresser-Pereira: "A volta da política" Em artigo
à Folha de São Paulo, Luiz Carlos Bresser-Pereira critica os "30 anos
de irracionalidade neoliberal ou ultraliberal" e afirma que agora os homens
voltam a se dar conta de que a política é a expressão da liberdade humana,
e o Estado, a projeção racional dessa liberdade. Bresser-Pereira diz que
existe uma estreita relação entre o grau de desenvolvimento econômico
e de complexidade de uma sociedade e a capacidade que seu Estado deve
ter de coordená-la ou regulá-la. É fortalecendo o Estado, e não enfraquecendo-o,
que realizamos os grandes objetivos políticos de liberdade, justiça e
bem-estar. O autor conclui lembrando que, ao não compreender essas verdades
básicas, o neoliberalismo nos levou à atual crise. Será através da política
e do Estado que a superaremos. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
(Folha de São Paulo - 20.10.2008) 10
GESEL obtém estudos do TCU
Empresas 1 Energias do Brasil pagará R$ 312 mi a acionistas A EDP Energias
do Brasil vai ter que desembolsar R$ 312 milhões para acionistas que exerceram
o chamado direito de recesso por conta da operação que resultou na troca
de ativos com a Rede Energia, que recebeu a Enersul e entregou empresas
de geração. Durante o período estabelecido para exercer o direito, o preço
médio da ação na bolsa de valores ficou entre R$ 22 e R$ 22,50, enquanto
pelo patrimônio líquido da empresa o acionista tinha direito de receber
R$ 23,82. O resultado foi que acionistas pediram para se desfazer de 13
milhões de ações, gerando a obrigação de R$ 312 milhões. Apenas sete acionistas
vão receber 70% desse valor. Depois da retirada, a companhia terá 28%
de suas ações em circulação. O vice-presidente de finanças da Energias
do Brasil, Antonio José Sellare, diz que a empresa tem caixa suficiente
para pagar esse valor e que os investimentos estão mantidos. (Valor Econômico
- 21.10.2008) 2 Preço da Energias do Brasil pode subir em 12 meses O vice-presidente de finanças da Energias do Brasil, Antonio José Sellare diz que o preço-alvo médio estabelecido pelos analistas de diversos bancos mostra o papel da empresa valendo R$ 38,00 em 12 meses, o que, na análise do executivo, mostra que no médio prazo a saída dos acionistas para exercer o direito de recesso vai apresentar uma vantagem para aquele que permaneceu na empresa. O fato é que os acionistas resolveram aproveitar um momento raro: o valor de mercado abaixo do valor patrimonial, que representa apenas o custo dos ativos. Se acreditar na empresa, o investidor pode agora recomprar as ações no mercado e guardar um trocado. As ações subiram quase 5% nos últimos dias, cotadas em R$ 23,50 ontem, mas o valor de mercado ainda está cerca de R$ 200 milhões abaixo do patrimonial. (Valor Econômico - 21.10.2008) 3 Duke Energy inicia distribuição de R$ 340,890 mi em debêntures A Duke Energy
International, Geração Paranapanema iniciou na segunda-feira, 20, a distribuição
de R$ 340,890 milhões em debêntures simples, não conversíveis em ações,
em duas séries. Segundo o aviso publicado pela empresa, os recursos serão
destinados para pré-pagamento parcial de empréstimo fechado com a Eletrobrás
em 1999, cujo contrato vence em maio de 2013, referente à compra de energia
de Itaipu, via Furnas. A empresa emitirá 34.089 títulos, sendo 24.976
papéis da primeira série e 9.113 papéis da segunda série. As debêntures
terão valor nominal de R$ 10 mil. (CanalEnergia - 20.10.2008) 4
AES Uruguaiana encerra contrato com CEEE e negocia com RGE 5 Cemig GT terá RAP de R$ 4,3 mi para reforços A Aneel
autorizou reforços em instalações de transmissão da Cemig GT em Minas
Gerais. A agência estabeleceu a RAP de R$ 4,3 milhões para as obras, que
consistem em melhorias na SE São Gonçalo do Pará e na LT Pirapora 2 -
Várzea de Palma 1. Segundo a Aneel, os reforços integram o Plano de Ampliações
e Reforços na Rede Básica e o Programa de Expansão de Transmissão, e estão
consolidados no PAR/PET 2007-2009. Na SE serão implantados quatro transformadores,
além de três pára-raios. A LT passará da atual tensão de 138 kV para 345
kV, após complemento de 500m na linha e da desmontagem de uma torre. Os
reforços da SE e da LT deverão entrar em operação, respectivamente, em
24 e 16 meses. (CanalEnergia - 20.10.2008) 6 Cteep transfere controle de duas LTs para Cymi e Isolux A Aneel
aprovou esta semana a transferência, da Cteep para as empresas Cymi Holding
e Isolux Energia e Participações, da Interligação Elétrica Norte e Nordeste.
Com a operação, as novas acionárias ficarão responsáveis pela implantação
das LTs Colinas - Ribeiro Gonçalves C2 e Ribeiro Gonçalves - São João
do Piauí C2, nos estados do Tocantins e Piauí. A Aneel autorizou ainda
a transferência da Tupan Energia Elétrica e da Hidropower Energia para
a Gama Participações. As empresas, que pertenciam à Arcadis Logos Energia,
eram as responsáveis pelas PCHs Rondonópolis (29,6 MW) e José Gelazio
da Rocha (23,7 MW), respectivamente. (CanalEnergia - 20.10.2008) 7 Furnas envia relatório ao BID A estatal
Furnas encaminhou ao BID um relatório com informações da área ambiental
sobre o programa de modernização das hidrelétricas Furnas (1.216 MW),
Marechal Mascarenhas de Moraes (476 MW) e Luiz Carlos Barreto de Carvalho
(1.050 MW). O relatório é uma exigência do banco para a liberação de recursos
ao programa de modernização dos emprendimentos da empresa, iniciado em
2001. A modernização compreende a substituição de componentes de equipamentos
e sistemas que se encontram em final de vida útil ou tecnologicamente
ultrapassados, possibilitando a otimização da segurança e da confiabilidade
operacional das usinas e das subestações associadas. (Brasil Energia -
21.10.2008) 8 Aneel aprova transferência de operação de PCH A Aneel aprovou a transferência de 50% da parcela da autorização para operar a PCH Passo do Meio. O controle passará da Brascan Energética para a Energética Campos de Cima da Serra. Localizada nos municípios de Bom Jesus e São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, a usina terá 30 MW de potência. (CanalEnergia - 20.10.2008) 9 Tractebel: relatório de sustentabilidade recebe prêmio Abrasca A Abrasca elegeu a Tractebel Energia como uma das finalistas do Prêmio Melhor Relatório Anual no segmento Empresas com Faturamento Superior a R$ 1 bilhão. A companhia também recebeu a Menção Honrosa em Governança Corporativa, uma das cinco categorias especiais. Cada menção honrosa é concedida ao relatório da companhia que obteve a maior pontuação entre as 82 participantes. Segundo o presidente da Tractebel, Manoel Zaroni, foi fundamental, para a obtenção desse reconhecimento, o envolvimento e a dedicação das unidades organizacionais da companhia na elaboração do relatório. (CanalEnergia - 20.10.2008) 10 Energias do Brasil ganha prêmio por ações de responsabilidade social e ambiental A Energias
do Brasil foi uma das ganhadoras do prêmio Destaque Nacional de Responsabilidade
Socioambiental Empresarial, entregue na sexta-feira, 17, pelo Instituto
Biosfera. A cerimônia homenageou o trabalho das empresas que desenvolvem
ações de responsabilidade social compatíveis com suas estratégias de negócios
e as políticas que contribuem para o desenvolvimento da comunidade, contemplando
ações para o meio ambiente, educação e geração de empregos. De acordo
com o diretor executivo do Instituto EDP Energias do Brasil, Pedro Sirgado,
a companhia utiliza parte da receita obtida com a venda dos créditos de
carbono para patrocinar os projetos sociais. (CanalEnergia - 20.10.2008)
No pregão do dia 20-10-2008, o IBOVESPA fechou a 39.441,08 pontos, representando uma alta de 8,36% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,12 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 4,09%, fechando a 14.908,70 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 23,90 ON e R$ 22,00 PNB, alta de 2,14% e 3,77%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 21-10-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 23,45 as ações ON, baixa de 1,88% em relação ao dia anterior e R$ 21,50 as ações PNB, baixa de 2,27% em relação ao dia anterior. (Investshop - 21.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Mercado livre: preço da energia sobe em todos os mercados O PLD, valor
padrão para negociação da energia no ambiente de mercado livre, aumentou
em todos os submercados do País: os valores estão na casa dos R$ 90. A
informação foi divulgada pela CCEE. De acordo com a entidade, os consumidores
de carga leve pagam nesta semana R$ 93,37 em todos os submercados. Os
de carga média pagam R$ 93,39 e os da carga pesada, R$ 94,02. Na semana
anterior, o PLD ficou entre R$ 74,28 e R$ 76,91. Esse aumento, de acordo
com a câmara, aconteceu por causa da previsão de chuvas, que foi abaixo
do previsto. Os valores ficam em vigor até a próxima sexta-feira. (Setorial
News - 20.10.2008) 2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 54,45% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 54,45%, apresentando queda de 0,01% em relação à medição do dia 18 de outubro. A usina de Furnas atinge 73,24% de volume de capacidade. (ONS - 21.10.2008) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 73,92% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou alta de 2,36% em relação à medição
do dia 18 de outubro, com 73,92% de capacidade armazenada. A usina de
Machadinho apresenta 83,19% de capacidade em seus reservatórios. (ONS
- 21.10.2008) 4 NE apresenta 48,44% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,16% em relação à medição do dia 18 de outubro, o Nordeste está
com 48,44% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 33,90% de volume de capacidade. (ONS - 21.10.2008) 5 Norte tem 36,90% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 36,90% com variação de -0,31%
em relação à medição do dia 18 de outubro. A usina de Tucuruí opera com
31,18% do volume de armazenamento. (ONS - 21.10.2008)
Meio Ambiente O Ibama
retificou a licença de instalação da PCH Rio do Braço, emitida em julho.
Segundo o órgão ambiental, haviam lacunas no estudo da hidrelétrica, que
teve sua potência instalada alterada de 13 MW para 11,5 MW. A empresa
responsável pelo empreendimento, a Companhia Energética Serra da Carioca,
tem até o dia 15 de setembro de 2011 para concluir a instalação da PCH,
quando vence a LI do Ibama. A PCH vai operar a fio d´água entre os municípios
de Rio Claro, no Rio de Janeiro e Bananal, em São Paulo.O reservatório
da PCH terá 3,7 mil m² e uma barragem de 95 m de extensão. (Brasil Energia
- 21.10.2008)
Gás e Termoelétricas 1 Petrobras: extração de gás cresce 24% e de petróleo tem recorde mensal A produção média de petróleo dos campos da Petrobras no Brasil em setembro atingiu o recorde mensal de 1.897.563 barris/dia, superando em 12,4 mil barris ou 1% o volume extraído no mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano passado, o aumento foi de 7,26%. A produção de gás natural no Brasil aumentou 24% em relação ao mesmo mês do ano passado e manteve-se no mesmo patamar de agosto de 2008. Segundo comunicado da empresa, somando os volumes produzidos nos campos nacionais e dos nove países onde a empresa está presente em atividades de produção, o volume médio total de petróleo e gás extraído pela Petrobras em setembro chegou a 2.450.610 barris de óleo equivalente por dia. (DCI -21.10.2008) 2 Adiamento da Petrobras faz o setor temer retração Até mesmo
o setor de petróleo e gás no Brasil vive a incerteza que a crise financeira
mundial tem espalhado. Boa parte da desconfiança é originada pelo adiamento
do anúncio do Plano Estratégico da Petrobras - que inclui investimentos
- para o período de 2009-2013. Essa indefinição resultou em uma redução
na confiança de que a empresa tenha à disposição todos os recursos necessários
para a continuidade da expansão do setor ainda mais nessa época em que
há restrição de crédito. Uma dessas empresas é a Açotubo, que tem baseado
neste setor, 35% de seu faturamento. (DCI -21.10.2008) 3 Terceiro processo de cancelamento negociado em razão da falta de gás argentino O presidente
da AES Brasil, Britaldo Soares, afirmou segunda-feira (20/10) que a AES
Uruguaiana concluiu a descontratação de suprimento de energia para a gaúcha
CEEE. Depois da AES Eletropaulo e AES Sul, é o terceiro processo de cancelamento
negociado em razão da falta de gás argentino para acionar a térmica. Está
mantido apenas o contrato com a RGE, sustentado por meio de compra de
energia junto ao mercado livre. Soares descartou a possibilidade de converter
a usina para uso de gás e outro combustível líquido porque o fornecimento
teria que vir de Porto Alegre, a 700 km de Uruguaiana. (Brasil Energia
- 21.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Usiminas amplia geração própria de energia A Usiminas
irá ampliar, ainda este ano, a geração própria de energia elétrica das
usinas de Cubatão (SP) e Ipatinga (MG). De acordo com a companhia, começa
a funcionar em novembro uma turbina de topo no alto-forno 2 da Usina José
Bonifácio de Andrada e Silva, em Cubatão (SP). E na usina Intendente Câmara,
em Ipatinga, uma nova central termelétrica estará em operação até dezembro.
Com investimento de US$ 26 milhões, a turbina instalada em Cubatão elevará
a oferta de energia elétrica em cerca de 12 MW médio, 6% do consumo de
energia da siderúrgica. Já a central termelétrica instalada na unidade
de Ipatinga (MG), que teve investimentos de R$ 255 milhões, elevará a
capacidade de geração própria de energia dos atuais 58 MWh para 120 MWh,
ou seja, de 26% para 53% de toda a energia consumida na usina. (Setorial
News - 20.10.2008) 2 VCP quer 'limpar' balanço da Aracruz A primeira
condição da Votorantim Celulose e Papel para retomar as negociações de
fusão com a Aracruz será "limpar" o prejuízo dos derivativos cambiais,
que levaram a um rombo inicial de R$ 1,9 bilhão nas contas da maior empresa
de celulose do país. Esse valor já quase dobrou, subindo ontem para R$
3,4 bilhões, com base no cálculo do câmbio futuro de vencimento dos contratos.
"É um aumento exponencial. Quanto mais depreciar o câmbio mais cresce
esta sangria", disse uma fonte que acompanha o negócio. "Enquanto a empresa
não fechar as posições, a hemorragia não pára". (Valor Econômico - 21.10.2008)
3 Começam demissões na cadeia automotiva Os efeitos
da crise de crédito começam a afetar o emprego na indústria de autopeças.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, entidade que representa 40 mil
operários, informou ontem que aproximadamente 110 trabalhadores foram
demitidos e outros 473 foram colocados em férias coletivas. Os metalúrgicos
já consideram o movimento uma inversão de tendência e temem o início do
processo de demissão em massa. "O governo tenta passar uma imagem, mas
o que se vê é que a crise começa afetar a indústria. A preocupação do
sindicato é o que poderá ocorrer quando os trabalhadores retornarem das
férias", disse Jair dos Santos, presidente do sindicato. (Folha de São
Paulo - 21.10.2008) 4 Exportações de aço em setembro sobem com dólar mais forte A alta do
dólar no mês de setembro fez bem para as exportações brasileiras de aço,
que conseguiram um valor quase 90 por cento maior do que o registrado
há um ano, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto
Brasileiro de Siderurgia. Em setembro, as usinas filiadas ao IBS informaram
vendas externas da ordem de 780,5 mil toneladas, alta de 0,8 por cento
no volume em relação há um ano, mas de 87,8 por centos em valores, atingindo
879 milhões de dólares, contra os 468 milhões de dólares obtidos em setembro
de 2007. (Reuters - 20.10.2008) 5 Produção de aço cresce mais de 7% nos primeiros nove meses A produção
brasileira de aço bruto fechou os nove primeiros meses do ano em 28 milhões
de toneladas, um crescimento de 7,3% em relação a igual período de 2007.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (20/10) pelo Instituto Brasileiro
de Siderurgia que apurou em setembro uma produção de 3 milhões de toneladas
de aço bruto, resultado 5% superior à produção de setembro do ano passado.
"Os resultados das vendas acumuladas demonstram crescimento em todos os
segmentos do setor, com destaque para produtos longos, impulsionado pela
forte demanda da construção civil", justificou o IBS. (DCI -21.10.2008)
Economia Brasileira 1 BNDES financiará capital de giro a taxa de mercado O BNDES vai lançar uma linha de crédito para capital de giro a juros de mercado para socorrer o setor privado, com recursos da ordem de R$ 3 bilhões e sem restrições a setores de atividade. O programa Revitaliza, que fornecia capital de giro até junho, restringia a operação a segmentos com problemas de exportação por causa do câmbio, como calçados e têxteis. O novo programa poderá ter limite de captação por empresa. Ainda não está decidido se o financiamento será feito através de agentes financeiros do BNDES ou diretamente pela instituição. A hipótese mais provável é que se mantenha a regra estabelecida atualmente: empréstimos de até R$ 10 milhões são repassados pelos agentes e, acima desse valor, pelo próprio BNDES. (Valor Econômico - 21.10.2008) 2 BC empresta dólares para 4 bancos O BC realizou ontem o primeiro leilão de empréstimo de dólares direcionados ao financiamento de exportações. No total, foram injetados no mercado de câmbio US$ 1,62 bilhão das reservas internacionais. Em um curto comunicado, o BC informou que quatro instituições venceram o leilão e receberão os dólares pagando a taxa do mercado bancário de Londres (Libor) de sexta-feira, que foi 4,13% ao ano, mais 0,11%. O BC informou que, em até dez dias, o montante emprestado deverá ser alocado em operações de financiamento do comércio exterior. Caso contrário, os bancos e seus dirigentes ficam sujeitos a penalidades como advertência, multa e inabilitação para trabalhar em instituições financeiras, além de ter que devolver os valores ao BC. Como se trata de uma novidade no mercado cambial, analistas foram cautelosos ao avaliar a operação. (Jornal do Commercio - 21.10.2008) 3
BC: Sistema regulatório ajuda o País a enfrentar crise 4 BB é maior tomador em leilão de US$ 1,6 bi de linhas à exportação O BB foi
o principal tomador das linhas de US$ 1,62 bilhão colocadas no primeiro
leilão feito pelo BC em moeda estrangeira para financiar o comércio exterior,
realizado ontem. O BB ficou com 60% a 65% do total de US$ 1,62 bilhão,
segundo o mercado. Foram aceitas propostas de quatro bancos, que equivalem
a pouco mais de 80% dos US$ 2 bilhões ofertados no leilão. Para tomar
os recursos, os bancos tiveram de oferecer como garantia títulos da dívida
externa brasileira, os "global bonds". Os bancos privados até queriam
participar com lotes maiores, mas não têm muitos "globals" disponíveis
no caixa, segundo eles. A maior parte já foi usada como garantia para
tomar o escasso crédito em dólar de outros bancos em transações de compra
com compromisso de recompra. A taxa de juros definida na oferta pública
de linhas à exportação do BC foi a Libor de sexta-feira para seis meses
mais 0,11% ao ano. (Valor Econômico - 21.10.2008) 5 Inflação segue como prioridade para BC O presidente
do BC, Henrique Meirelles, reafirmou hoje que o compromisso da autoridade
monetária continua sendo o regime de metas para a inflação e disse que
as decisões do BC devem levar em conta o cenário de incerteza com a crise
no mercado financeiro internacional. "As decisões do Copom continuarão
condicionadas a nossas projeções para a inflação e o balanço de risco
associados a essas projeções, levando em conta os desenvolvimentos recentes
dos mercados", disse. Meirelles destacou que o acúmulo de reservas internacionais
hoje permitem que o BC ofereça alternativas para as restrições criadas
pela crise nos financiamentos internacionais em dólares. Além disso, a
liberação dos depósitos compulsórios tem permitido ao BC prover liquidez
para o sistema financeiro. (Gazeta Mercantil - 21.10.2008) 6 Governo anuncia novas medidas para ampliar oferta de crédito O governo vai injetar R$ 5,5 bilhões na economia para ampliar a oferta de crédito para a agricultura e construção civil, como forma de evitar que a escassez de crédito internacional afete estes dois setores da economia brasileira. Após reunião com a cúpula econômica, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que o governo vai ampliar de 65% para 70% a parte da poupança rural que deve ser direcionada para a agricultura. A medida deverá originar R$ 2,5 bilhões adicionais em créditos para o setor, afirmou o ministro, acrescentando que o BB já liberou outros R$ 10 bilhões para essa safra." Analisando o cenário internacional, Mantega avaliou que a crise "talvez tenha passado de sua fase mais aguda", após as "medidas fortes" adotadas por bancos centrais de todo mundo. (Gazeta Mercantil - 21.10.2008) 7
Empresas têm de investir mais, diz presidente 8 Para Dilma, investimentos do PAC estão em "ritmo de cruzeiro" A ministra
da Casa Civil, Dilma Rousseff, negou ontem que haja ameaça de paralisação
nas obras do PAC. "O PAC está em ritmo de cruzeiro", afirmou Dilma. No
entanto, projetos que consumiriam cerca de R$ 28 bilhões já foram adiados
ou estão ameaçados. Fazem parte do conjunto de R$ 28 bilhões empreendimentos
no complexo portuário brasileiro e investimentos em novas hidrelétricas
de médio e pequeno portes. Nem todos os projetos ameaçados estão no PAC,
que para esses dois setores tem aporte previsto de R$ 64,7 bilhões até
2010. Não vai ter nenhuma redução de investimentos. Estranhamos muito
certas notícias que falam em paralisação de obras do PAC e não sabemos
sua origem", afirmou. (Folha de São Paulo - 21.10.2008) 9 Mantega admite redução nos investimentos O ministro
da Fazenda, Guido Mantega, admitiu que "poderá haver alguma queda, alguma
desaceleração" nos investimentos. "Porque estávamos com um patamar de
crescimento acima de 15% ao ano", justificou. Com relação aos aportes
do PAC, no entanto, enfatizou que "vamos mantê-los na sua totalidade".
Para o ministro, não há razão para redução. "Pensando na necessidade de
fazer uma política anticíclica, é importante que mantenhamos o nível de
investimento elevado." (Folha de São Paulo - 21.10.2008) 10 Brasil será um dos mais afetados na AL, diz estudo O Brasil
será um dos países mais afetados na América Latina pela crise do mercado
financeiro, de acordo com estudo da UFRJ. Para o economista Reinaldo Gonçalves,
a blindagem do Brasil contra a crise é de "papel crepom" em razão da vulnerabilidade
externa e de erros de estratégia e de política econômica do governo Lula.
Segundo o estudo, os argumentos que sustentam a maior blindagem do país
para lidar com a crise são falsos, como a menor dependência dos EUA na
exportação, o elevado nível de reservas internacionais e o dinamismo da
absorção interna. Em relação às reservas internacionais, Gonçalves argumenta
que o país já perdeu mais de US$ 4 bilhões desde que o BC começou a intervir
no mercado de câmbio para evitar que o dólar continuasse em alta. (Folha
de São Paulo - 21.10.2008) 11 Taxas de juros sobem pelo quinto mês em setembro As taxas
de todas as operações de crédito voltaram a ser elevadas no mês de setembro.
Esse é o quinto mês consecutivo de alta, segundo apurou a pesquisa de
juros da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração
e Contabilidade (Anefac). Para a pessoa física, a taxa de juros média
geral apresentou uma elevação de 0,95% no mês, passando de 7,39% ao mês
em agosto para 7,46% ao mês em setembro, maiores patamares de taxas desde
novembro de 2006. Para a pessoa jurídica, a taxa de juros média geral,
apresentou uma elevação de 2,11% no mês passando a 4,27% ao mês em agosto
para 4,36% ao mês em setembro. Esta é o maior patamar de taxas para pessoa
jurídica desde maio de 2006. Segundo o vice-presidente da associação e
coordenador do trabalho, Miguel de Oliveira, as elevações foram provocadas
pelo aumento da taxa Selic. "Também teve peso o agravamento da crise externa,
que provocou elevação dos juros futuros" explica. (DCI -21.10.2008) 12 IGP-M sobe para 0,86% na segunda prévia do mês O IGP-M
registrou alta de 0,86% na segunda leitura prévia do mês de outubro, ante
variação positiva de 0,04% na mesma leitura de setembro. No ano, o indicador
acumula alta de 9,4% e, nos últimos 12 meses, de 12,1%. Os dados foram
divulgados ontem pela FGV. O IPA subiu 1,11% no período, diante de deflação
de 0,03% um mês antes. O IPC teve alta de 0,13% na segunda prévia deste
mês, ante deflação de 0,12% um mês antes. O grupo alimentação passou de
deflação de 1,07% em setembro para deflação de 0,21% em outubro. Também
desaceleraram os preços nos grupos vestuário (-0,22% para 0,85%) e habitação
(0,22% para 0,33%). O INCC teve ligeira desaceleração de 0,89% para 0,91%
na prévia divulgada ontem. (Valor Econômico - 21.10.2008) O dólar
comercial era transacionado com avanço nesta manhã. Em pouco mais de 10
minutos de atividades, a moeda estava a R$ 2,1410 na compra e a R$ 2,1430
na venda, com elevação de 0,84%. O contrato de novembro negociado na BM
& F subia 1,39%, saindo a R$ 2,151. Ontem, o dólar comercial aumentou
0,23%, cotado a R$ 2,1230 na compra e a R$ 2,1250 na venda. (Valor Online
- 21.10.2008)
Internacional 1 Precipitações abundantes no Uruguai geram retorno de energia para o Brasil As abundantes
precipitações que ocorreram em praticamente toda a bacia do Rio Uruguai
na semana passada forneceram mais água que o complexo hidrelétrico de
Salto Grande, no Uruguai, pode turbinar. Técnicos da represa tiveram que
abrir a zona de aterros para regular o reservatório que ontem se encontrava
50 cm acima de sua marca normal. Esta situação está sendo aproveitada
pela UTE para enviar energia ao Brasil. Isto estava previsto no contrato
para que o país vizinho fornecesse eletricidade ao Uruguai nos meses de
inverno e o país se comprometia a devolvê-la entre setembro e novembro.
Há mais de um ano não se registram mais de 10000 m³ nos fluxos de ultima
hora de Salto Grande. (El País - Uruguai - 21.10.2008) 2 Eletricidade pela água e pelo vento no Peru O Ministério
de Energia e Minas do Peru outorgou concessão temporária a favor da empresa
Swiss Hydro SAC para realizar estudo de viabilidade relacionado com a
atividade de geração de energia elétrica na futura central hidrelétrica
de Retamal, em Cusco, com potência instalada de 188.59 MW por um prazo
de 12 meses. A Soleol SAC obteve concessão para desenvolver estudos relacionados
com a atividade de geração elétrica na futura central eólica Poroma (50
MW), no distrito de Marcona, por um prazo de dois anos, e para realizar
estudos sobre a geração de energia na futura central eólica San Pedro
de Lloc (50MW), em Liberdad. (El Peruano - Peru - 21.10.2008) A Exelon, energética americana, anunciou uma oferta de US$ 6,2 bilhões em ações para comprar a rival NRG Energy. A Exelon é a maior operadora de usinas nucleares dos EUA e uma fusão das duas empresas criaria uma gigante com valor de mercado de US$ 40 bilhões. (Valor Econômico - 21.10.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 GASPARI, Elio. "No longo prazo, Lord Keynes ressuscitou" Folha de São Paulo. São Paulo, 19 de outubro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui. 2 BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. "A volta da política" Folha de São Paulo. São Paulo, 20 de outubro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
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