l IFE: nº 2.366 - 13
de outubro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Tolmasquim diz que investimentos em energia estão garantidos apesar da crise O presidente
da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou na sexta-feira, 10, que os investimentos
programados para o setor de energia elétrica no Brasil estão garantidos,
mesmo com a crise internacional. "Os leilões realizados garantem um equilíbrio
estrutural do setor até 2013", disse. De acordo com Tolmasquim, antes
de participar de leilões, os empresários encomendam equipamentos no exterior
e se protegem contra a oscilação cambial por meio de contratos de hedge.
O executivo destacou, no entanto, que o Brasil não está imune à crise
mundial porque a restrição ao crédito afetará os investimentos no futuro.
Ele advertiu sobre a turbulência que está antecipando a queda do preço
do petróleo, prevista para ocorrer apenas no médio prazo. (Setorial News
- 10.10.2008) 2 Zimmermann: mercado livre dá sinal econômico para expansão A preocupação
do governo não é a de interferir no mercado livre, mas ele está atento
à necessidade de expansão da oferta para o segmento, segundo o secretário
executivo do MME, Márcio Zimmermann. Para ele, o segmento dá o sinal econômico
para a expansão. Hoje, avalia, o sinal é de alta de preços, diferente
de alguns anos atrás, quando a sobra de energia dava outra configuração
ao setor. Para o secretário, a entrada de Santo Antônio (RO, 3.150,4 MW)
e Jirau (RO,3.300 MW) será importante para o mercado livre porque abre
espaço para aumento da oferta ao segmento, formado basicamente por industriais,
numa economia que encontra-se em crescimento mais sustentado. As hidrelétricas
de Santo Antônio, Jirau e Baixo Iguaçu (PR, 350 MW) tiveram parcela de
energia destinada ao ambiente de contratação livre. Do mesmo modo, as
usinas que negociaram nos leilões A-3 e A-5 foram liberadas para vender
os lotes remanescentes no ACL. (CanalEnergia - 13.10.2008) As transmissoras
de energia pagarão cerca de R$ 39.370.891,86 referentes aos encargos da
CCC e da CDE. Além disso, pagarão mais R$ 8.115.464,43 para o custeio
do Proinfa, segundo despacho publicado nesta sexta-feira, 10 de outubro,
no Diário Oficial da União. De acordo com a Aneel, os valores destinados
à CCC e à CDE deverão ser recolhidos até o dia 30 de outubro. Já as quotas
definidas para o Proinfa deverão ser recolhidas à Eletrobrás até o dia
10 de novembro. As empresas que pagarão os encargos são: CTEEP, Furnas,
Cemig, Celg, Copel, CEEE, Chesf e Eletronorte. (CanalEnergia - 13.10.2008)
4 Aneel aprova transferência de controle acionário
indireto de produtores independentes A Aneel estabeleceu
os índices mínimos que dez distribuidoras de energia elétrica terão que
cumprir em relação à duração (DEC) e a freqüência (FEC) das interrupções
no fornecimento ocorridas nas unidades consumidoras das suas áreas de
concessão. As metas se referem ao período de 2009 a 2012. A divulgação
dos valores definidos será nas próximas semanas, no Diário Oficial da
União. As companhias precisam informar os novos números aos usuários,
na conta de energia ou em carta anexa à fatura. O objetivo da agência
é melhorar a qualidade do serviço prestado, com a garantia da redução
gradual dos indicadores globais. (Brasil Energia - 10.10.2008) 6 48 MW beneficiados pelo Reidi O MME enquadrou
cinco PCHs no Reidi. Serão beneficiadas as PCHs Jacaré Pepira, São Francisco,
Santo Antônio, Salesópolis e Palanquinho, todas no Centro-Sul do país.
Juntas, as cinco unidades somam 48,765 MW. As duas PCH's de menor potência
instalada são da empresa Água Paulista: Jacaré Pepira (2,6 MW), em Brotas
(MG) e Salesópolis (2 MW), em Rio Salesópolis (SP). A central São Francisco,
da empresa Gênesis Energética, possui 12 MW e fica entre os municípios
de Toledo e Ouro Preto do Oeste (PR). Já a Santo Antônio, da Energisa
Soluções, é uma PCH de potência instalada de 8 MW, em Bom Jardim (RJ).
A central mais potente é a Palaquinho (24,165 MW). Instalada nos municípios
de Caxias do Sul e São francisco de Paula (RS), a PCH é de titularidade
da Serrana Energética. (Brasil Energia - 10.10.2008) 7 MME reconhece emergência no sistema elétrico do Amazonas O MME reconheceu a situação de emergência do sistema elétrico do Amazonas. A medida se deve a "capacidade insuficiente de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica" na região metropolitana de Manaus e no interior do estado, segundo a portaria nº 347 publicada no DOU desta segunda-feira, 13 de outubro. A portaria determina também que Aneel, Eletronorte e Manaus Energia adotem as providências necessárias para garantir de forma sustentada o fornecimento de energia elétrica no estado. O MME aprovou o plano o Plano de Ação proposta pelo Grupo de Trabalho do Sistema Elétrico de Manaus, criado em agosto. O MME determinou a Aneel que autorize à Eletronorte a implantar o sistema de transmissão, em 230 kV, constante no plano de ação. A agência também vai estabelecer a receita anual permitida do empreendimento. (CanalEnergia - 13.10.2008) 8 Aneel libera parque eólico no CE
Empresas 1 Correa: Furnas será expulsa do Equador O presidente
do Equador, Rafael Correa, disse em seu programa de TV no último fim de
semana que, além da construtora Odebrecht, a estatal Furnas será expulsa
do país, como mostra matéria de Bruno Rosa e da correspondente Janaína
Figueiredo publicada nesta segunda no jornal O Globo. Para Correa, a brasileira
Furnas era a "firma fiscalizadora" e "também responsável pelo desastre
da Usina Hidrelétrica de San Francisco". Furnas, que atua nas áreas de
geração, transmissão e comercialização de energia elétrica no Brasil,
informou que ainda não recebeu nenhuma informação oficial do governo equatoriano.
(O Globo - 13.10.2008) 2 Lobão se diz surpreso com Equador O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ter ficado surpreso com a decisão do presidente do Equador, Rafael Correa, de expulsar a estatal brasileira Furnas do país. "A mim me surpreende esse tipo de atitude. Não há nada que o Brasil tenha feito para magoar o Equador", disse Lobão. Segundo ele, o presidente Lula tem tratado o vizinho como "parceiro e irmão". Na prática, ressaltou, a medida não afeta Furnas, por ela não ter operações ou ativos no país. "Foi retórico. Uma citação com a qual se procura denegrir Furnas indevidamente". Lobão disse apostar na capacidade de conciliação de Lula, mas ponderou que "ninguém tem sangue de barata". (Valor Econômico - 13.10.2008) 3 Furnas nega ter sido expulsa do Equador A estatal Furnas
Centrais Elétricas negou ontem ter recebido qualquer informação oficial
sobre expulsão de suas atividades no Equador. O diretor de construção
da empresa, Márcio Porto, comentou que uma possível expulsão da companhia
naquele país não faz muito sentido, tendo em vista a natureza das atividades
de Furnas lá. "Não temos técnicos, nem bens patrimoniais, nem representações
no Equador. O que nós fizemos no Equador, assim como fazemos no Brasil,
foi trabalho de fiscalização de obras", afirmou. (DCI - 13.10.2008) 4 Light renova contratos de fornecimento com Cedae
5 Elektro calcula redução de 95 MW durante horário de verão A Elektro calcula
uma redução de 95 MW na demanda de sua rede no horário de ponta no próximo
horário de verão, que se inicia no dia 19 e vai até 15 de fevereiro. O
alívio no horário de pico é bem vindo sobretudo para os 28 municípios
situados no Vale do Ribeira e na região do litoral sul, onde a base fixa
é de 434,4 mil unidades consumidoras, mas que costuma se multiplicar na
alta temporada. Nessa região a empresa conta 21 subestações e 10,1 mil
km de cabos condutores. No horário de verão anterior, a redução foi de
87 MW. Esse montante, de acordo com a Elektro, é bem próximo da demanda
máxima de uma cidade como Campos do Jordão, que possui 50 mil habitantes.
(DCI - 13.10.2008)
Leilões 1 Abdib cobra adiamento do leilão das linhas de transmissão Algumas transmissoras
querem o adiamento do leilão das linhas de transmissão e subestações que
vão compor o sistema do Madeira, marcado para 31 de outubro. O pedido
foi feito por intermédio da Abdib diretamente ao MME, Aneel, ONS e BNDES.
O motivo seria a crise financeira mundial, que deve restringir o crédito
a grandes projetos de infra-estrutura. Embora não confirmado oficialmente
pelas empresas fala-se no setor que a solicitação partiu de empresas com
controle estrangeiro, como a Cteep, Abengoa e Isolux. A diretora da Aneel,
Joísa Campanher, contudo, informou durante a audiência pública da Light,
no Rio de Janeiro, que a agência não trabalha com a mudança da data do
leilão e que a decisão cabe ao MME. A postergação da licitação seria recomendável
até que a situação se estabilizasse, principalmente em relação à questão
cambial, já que projetos de transmissão incorporam commodities cujos preços
são cotados em dólar. (Brasil Energia - 10.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 CCEE: reduções nos valores foram provocadas pela previsão de afluências De acordo
com a CCEE, as reduções nos valores do PLD, que variaram de 22% a 25%,
foram provocadas pela previsão de afluências para esta semana, que foi
bem superior à da semana anterior. Na semana passada, os preços do MWh
variaram de R$ 97,53 a R$ 98,98. (CanalEnergia - 13.10.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 11/10/2008 a 17/10/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Recurso do BNDES para térmicas fica mais caro As empresas que venderam usinas termelétricas em leilões de energia nova e estavam esperando a liberação do financiamento do BNDES para este ano podem ter que arcar com uma alta no custo do financiamento. Isso porque os empréstimos para importação de equipamentos para essas usinas são indexados a um índice misto composto por dólar ou IPCA mais um outro índice chamado Encargos de Cesta de Moedas, atrelado a variação cambial. Um relatório do banco Santander, divulgado na semana passada, mostra que entre as companhias de capital aberto a MPX Energia, do empresário Eike Batista, e a EDP Energias do Brasil são as que correm o maior risco de terem seus empréstimos corrigidos. A MPX tem três importantes projetos nessa condição, segundo o relatório. A de Pecém I (720 MW), Itaqui I (360 MW) e Açu I (2,1 mil MW). (Valor Econômico - 13.10.2008) 2 Setor de petróleo e gás é destaque na lista do FMM Empresas de
navegação e estaleiros dedicados a atender, prioritariamente, as encomendas
da indústria de petróleo e gás estão entre os principais beneficiados
pelos financiamentos aprovados na última reunião do conselho diretor do
Fundo da Marinha Mercante (FMM). Os armadores Companhia Brasileira de
Offshore (CBO), Bram Offshore, Wilson, Sons Offshore e Transpetro e os
estaleiros Aliança, Mauá e Atlântico Sul fazem parte da lista de empresas
que receberam "prioridades" de financiamento do conselho diretor do FMM
que reuniu-se na semana passada. A "prioridade" é o jargão utilizado na
indústria naval para indicar que um projeto recebeu aprovação do fundo.
Trata-se de uma espécie de pré-requisito para que o armador ou estaleiro
possa negociar a contratação do empréstimo com o agente financeiro, os
bancos oficiais (BNDES, BB, CEF, BNB e Banco da Amazônia). (Valor Econômico
- 13.10.2008) 3 Redução de Tust para térmica A Aneel reduziu
em 50% as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição para
transporte da energia comercializada pela unidade 1 da térmica Santa Elisa.
Instalada no município de Sertãozinho, em São Paulo, a usina tem capacidade
instalada de 58 MW e pertence a Companhia Energética Santa Elisa, que
também atua na produção e comercialização de álcool. De acordo com despacho
expedido pela Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração
da Aneel nesta sexta-feira (10/10), o percentual da redução deverá ser
mantido enquanto a potência da unidade for menor ou igual a 30 MW. (Brasil
Energia - 10.10.2008) 4 Justiça confirma o adiamento de usina termoelétrica da MPX A Justiça Federal
do Maranhão concluiu que o pedido de adiamento da primeira audiência pública
para discutir a implantação da Usina Termoelétrica Porto do Itaqui, marcada
para o dia 18 de abril de 2008, foi correto e destituído de qualquer ilegalidade
ou abuso de autoridade. O pedido de adiamento foi proposto pelo MPF/MA
e pelo MP/MA. Na sentença, o juiz José Carlos do Vale Madeira considera
que a finalidade da recomendação foi, "tão-somente, advertir os seus destinatários
quanto às irregularidades detectadas pelo MPF e MP Estadual, conduta esta
afinada com sua regular atuação". (DCI - 13.10.2008) 5 Setor de petróleo e gás continua imune à crise Os investimentos no setor de petróleo e gás no Brasil permanecerão imunes à crise, de acordo com grandes empresas. As estimativas do mercado são de que as reservas da camada do pré-sal fiquem entre 50 e 100 milhões de barris recuperáveis. Para o presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, o pré-sal, "sem dúvida, vai ser um divisor de águas para o Brasil e para a indústria de óleo e gás e para a cadeia de fornecimento". Isto trará também um desafio tecnológico, porque "o pré-sal tem uma complexidade adicional". Para Primo, da Siemens, a produção nacional vai acabar sendo nas áreas em que hoje já existe uma indústria montada, como o setor de transporte de óleo, exploração e refino. "A parte de drilling [perfuração] vai continuar sendo importada.", acredita ele. (DCI - 13.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Votorantim tem R$ 2,2 bi em perdas com dólar Depois de Sadia
e Aracruz, foi a vez do Grupo Votorantim informar perdas no valor de R$
2,2 bilhões por conta de operações cambiais, mas também afirmou que o
nível de caixa está satisfatório. Conforme comunicado, o rombo foi verificado
após a empresa eliminar sua exposição cambial decorrente de operações
de swap com verificação em dólar. Segundo Marcelo Queirós, gestor de renda
variável da corretora Arkhe, diante das incertezas e da alta volatilidade
do mercado, é difícil presumir quais setores da economia serão mais afetados
pela alta do dólar ou pela desvalorização das commodities. Todavia, o
especialista acredita que, independentemente da área de atuação, as companhias
que correm mais risco são exatamente as com maior exposição em operações
de hedge alavancadas. (DCI - 13.10.2008) 2 Queda na demanda por celulose pode ampliar produção de papel O setor de papel
e celulose passou por um processo de desintegração da produção da polpa
e do papel em toda a América Latina. Nos últimos anos, a maioria dos investimentos
feitos foram no aumento de produção da pasta. A maior demanda da China
pela matéria-prima nos últimos anos precipitou esse descolamento entre
o insumo e o produto final. A desvalorização do dólar também não tornava
a fabricação do papel mais atraente. Todo esse interesse pela celulose,
entretanto, acabou criando uma superoferta do produto. Para a analista
de pesquisa da Risi, Patricia Perez, uma alternativa poderá ser a produção
de papel para abastecera a América do Sul que hoje ainda tem volume expressivo
de importados, exceto em imprimir e escrever, e o dólar mais alto pode
viabilizar a venda externa. (Gazeta Mercantil - 13.10.2008)
Economia Brasileira 1 BNDES vai acelerar desembolsos, afirma Coutinho O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse neste domingo (12), em Washington, que a instituição deve acelerar os desembolsos para manter o nível de investimento e o crescimento econômico do país. Coutinho afirmou ainda que um desastre financeiro internacional parece iminente, mas disse acreditar que o mundo possa se safar se apresentar medidas objetivas para lidar com três questões principais: capitalização dos bancos, hipotecas insolventes e risco no mercado interbancário. Segundo ele, o Brasil é uma das poucas alternativas de crescimento no mundo neste momento. (DCI - 13.10.2008) 2 BNDES recebe mais US$ 1 bi para financiar microempresas O BID anunciou na sexta-feira a aprovação de empréstimo de US$ 1 bilhão para que o BNDES financie crédito produtivo de longo prazo para micro, pequenas e médias empresas. O crédito gerado a partir do empréstimo do BID vai financiar projetos de ampliação, instalação e modernização das micro, pequenas e médias empresas. A operação tem prazo de vencimento de 20 anos, com período de carência de quatro anos. O BNDES também está em fase de negociação final com organismos multilaterais e instituições financeiras internacionais para obter cerca de R$ 3 bilhões em recursos para 2009. O presidente do banco, Luciano Coutinho, já tinha anunciado que o BNDES não fará mais captações externas em 2008. (DCI - 13.10.2008) 3 BC diz não haver limite para redesconto 4 BC pressiona banco para que dinheiro circule Depois de liberar
R$ 60 bilhões e voltar a vender dólares para tentar compensar a falta
de dinheiro no mercado financeiro, o Banco Central, agora, pressiona os
bancos para fazer esses recursos circularem. A preocupação do BC é tanta
que até o seu presidente, Henrique Meirelles, entrou no circuito recentemente,
falando diretamente com a cúpula das maiores instituições. A avaliação
preliminar do BC é a de que o volume de recursos liberado na economia
brasileira - após a adoção de medidas que diminuem a parcela do compulsório
- deveria ter um impacto maior sobre a liquidez do mercado. Porém, cada
vez mais o governo tem notado que os recursos estão ficando "empoçados".
Receosos, os bancos não querem emprestar para outras instituições e nem
para empresas. (Folha de São Paulo - 11.10.2008) 5 Governo deve reforçar investimentos em 2009 Mesmo sem ter
a dimensão exata dos estragos que a crise mundial deixará nas empresas
e bancos brasileiros, a equipe econômica já tem uma certeza: em 2009 será
preciso abrir os cofres públicos e reforçar os gastos com investimentos
para garantir o crescimento da economia no patamar de 4%. Nas contas do
governo, se no final deste ano a projeção de crescimento para o ano que
vem se mantiver abaixo de 4%, como estimam atualmente os analistas de
mercado, a tendência será realizar apenas o superávit oficial de 3,8%
do PIB. O governo quer aguardar o desenrolar da crise financeira para
decidir seu plano de ação no próximo ano e definir quanto terá de ser
destinado do orçamento para reforçar os investimentos em infra-estrutura.
A estratégia é compensar a redução nos investimentos do setor privado
num ano de retração da economia. (Folha de São Paulo - 11.10.2008) 6 Dilma Rousseff diz que crise não vai abalar novos investimentos O temor quanto aos impactos da crise não afetará os investimentos no País. Quem afirma é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que garantiu a manutenção do cronograma do PAC. Segundo a ministra, a natureza do programa é capaz de manter os investimentos em nível razoável mesmo com o cenário desfavorável. De acordo com Dilma, as obras de logística, saneamento, habitação e energia não sofrerão alterações. A ministra alega que a crise é um componente totalmente externo e uma das funções que cabe ao governo é "prover o crédito sem prover boas práticas". (DCI - 13.10.2008) 7 Brasil é o único país no grupo de ricos e emergentes que ainda cresce
8 Bancos brasileiros tendem a receber menos financiamento externo em 2009 O financiamento
externo direto ao sistema bancário brasileiro deverá cair à metade ao
longo de 2009, como resultado da atual crise de crédito. Segundo previsões
do IIF, o país terá até US$ 4 bilhões externos para a compra de "commercial
papers" de bancos brasileiros neste ano. Em 2009, o valor deve cair para
US$ 2 bilhões. No caso dos investimentos produtivos, a expectativa é inversa,
de um aumento de 10%. O fluxo especulativo passará de US$ 16 bilhões para
US$ 22 bilhões, segundo o IIF. Apesar da previsão de queda de 31% neste
ano em relação a 2007, os investimentos produtivos e especulativos para
os emergentes devem diminuir o ritmo de redução em 2009. (Folha de São
Paulo - 13.10.2008) 9 Crise pode reduzir metade do saldo comercial brasileiro O pânico que
tomou conta da economia mundial nos últimos dias trará efeitos negativos
para o superávit comercial brasileiro em 2009, avaliam especialistas em
comércio exterior. Os saldos comerciais recordes dos últimos anos ajudaram
o Brasil a acumular reservas em dólar usadas agora para dar algum oxigênio
ao sistema financeiro. As previsões oscilam, mas a expectativa é que o
superávit de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões neste ano (mais modesto que
o de 2007) recue mais, para US$ 10 bilhões ou até US$ 5 bilhões no próximo
ano. Turbinado pelo preço, o Brasil acumulou superávit comercial de US$
40 bilhões em 2007. As estimativas são de crescimento menor da importação
(de 50% neste ano para 10% ou 15% em 2009) e importante impacto nos preços
das exportações. (Folha de São Paulo - 13.10.2008) O dólar comercial
é transacionado em baixa nesta segunda-feira. Em quase 20 minutos de operações,
a moeda estava a R$ 2,2000 na compra e a R$ 2,2020 na venda, com recuo
de 4,84%. Na abertura, marcou R$ 2,2150. O contrato de novembro negociado
na BM & F perdia 4,81%, a R$ 2,216. Na sexta-feira da semana passada,
o dólar comercial aumentou 5,27%, cotado a R$ 2,3140 na venda. (Valor
Online - 13.10.2008)
Internacional 1 Brasil e Ecuador, à beira da crise da crise Apesar da aparente
sintonia política que existe entre os governos de Brasil e Equador, as
relações bilaterais entre os países atravessam um de seus períodos mais
críticos dos últimos anos após a decisão do presidente equatoriano de
expulsar de seu território a construtora brasileira Odebrecht e de ter
posto em cheque a permanência da companhia petroleira Petrobras. O último
episódio foi a resposta dada pelo Brasil diante da inflexibilidade equatoriana
com duas de suas maiores empresas nacionais: Lula tomou a decisão de suspender,
sem previsão de nova data, o envio de uma delegação a Quito chefiada pelo
seu ministro de Transportes, Alfredo Nascimento. A missão brasileira tinha
por objeto acertar as bases de um grande investimento conjunto para fazer
um corredor interoceânico que conecte o Pacífico com o Atlântico. (El
País - Espanha - 13/10/2008)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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