l

IFE: nº 2.366 - 13 de outubro de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Tolmasquim diz que investimentos em energia estão garantidos apesar da crise
2 Zimmermann: mercado livre dá sinal econômico para expansão
3 Encargos da CCC e da CDE
4 Aneel aprova transferência de controle acionário indireto de produtores independentes
5 Novas metas de qualidade
6 48 MW beneficiados pelo Reidi
7 MME reconhece emergência no sistema elétrico do Amazonas
8 Aneel libera parque eólico no CE

Empresas
1 Correa: Furnas será expulsa do Equador
2 Lobão se diz surpreso com Equador
3 Furnas nega ter sido expulsa do Equador
4 Light renova contratos de fornecimento com Cedae
5 Elektro calcula redução de 95 MW durante horário de verão

Leilões
1 Abdib cobra adiamento do leilão das linhas de transmissão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 CCEE: reduções nos valores foram provocadas pela previsão de afluências
2 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Recurso do BNDES para térmicas fica mais caro
2 Setor de petróleo e gás é destaque na lista do FMM
3 Redução de Tust para térmica
4 Justiça confirma o adiamento de usina termoelétrica da MPX
5 Setor de petróleo e gás continua imune à crise

Grandes Consumidores
1 Votorantim tem R$ 2,2 bi em perdas com dólar
2 Queda na demanda por celulose pode ampliar produção de papel

Economia Brasileira
1 BNDES vai acelerar desembolsos, afirma Coutinho
2 BNDES recebe mais US$ 1 bi para financiar microempresas

3 BC diz não haver limite para redesconto
4 BC pressiona banco para que dinheiro circule
5 Governo deve reforçar investimentos em 2009
6 Dilma Rousseff diz que crise não vai abalar novos investimentos
7 Brasil é o único país no grupo de ricos e emergentes que ainda cresce
8 Bancos brasileiros tendem a receber menos financiamento externo em 2009
9 Crise pode reduzir metade do saldo comercial brasileiro
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Brasil e Ecuador, à beira da crise da crise

 

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Tolmasquim diz que investimentos em energia estão garantidos apesar da crise

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, afirmou na sexta-feira, 10, que os investimentos programados para o setor de energia elétrica no Brasil estão garantidos, mesmo com a crise internacional. "Os leilões realizados garantem um equilíbrio estrutural do setor até 2013", disse. De acordo com Tolmasquim, antes de participar de leilões, os empresários encomendam equipamentos no exterior e se protegem contra a oscilação cambial por meio de contratos de hedge. O executivo destacou, no entanto, que o Brasil não está imune à crise mundial porque a restrição ao crédito afetará os investimentos no futuro. Ele advertiu sobre a turbulência que está antecipando a queda do preço do petróleo, prevista para ocorrer apenas no médio prazo. (Setorial News - 10.10.2008)

<topo>

2 Zimmermann: mercado livre dá sinal econômico para expansão

A preocupação do governo não é a de interferir no mercado livre, mas ele está atento à necessidade de expansão da oferta para o segmento, segundo o secretário executivo do MME, Márcio Zimmermann. Para ele, o segmento dá o sinal econômico para a expansão. Hoje, avalia, o sinal é de alta de preços, diferente de alguns anos atrás, quando a sobra de energia dava outra configuração ao setor. Para o secretário, a entrada de Santo Antônio (RO, 3.150,4 MW) e Jirau (RO,3.300 MW) será importante para o mercado livre porque abre espaço para aumento da oferta ao segmento, formado basicamente por industriais, numa economia que encontra-se em crescimento mais sustentado. As hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Baixo Iguaçu (PR, 350 MW) tiveram parcela de energia destinada ao ambiente de contratação livre. Do mesmo modo, as usinas que negociaram nos leilões A-3 e A-5 foram liberadas para vender os lotes remanescentes no ACL. (CanalEnergia - 13.10.2008)

<topo>

3 Encargos da CCC e da CDE

As transmissoras de energia pagarão cerca de R$ 39.370.891,86 referentes aos encargos da CCC e da CDE. Além disso, pagarão mais R$ 8.115.464,43 para o custeio do Proinfa, segundo despacho publicado nesta sexta-feira, 10 de outubro, no Diário Oficial da União. De acordo com a Aneel, os valores destinados à CCC e à CDE deverão ser recolhidos até o dia 30 de outubro. Já as quotas definidas para o Proinfa deverão ser recolhidas à Eletrobrás até o dia 10 de novembro. As empresas que pagarão os encargos são: CTEEP, Furnas, Cemig, Celg, Copel, CEEE, Chesf e Eletronorte. (CanalEnergia - 13.10.2008)

<topo>

4 Aneel aprova transferência de controle acionário indireto de produtores independentes

A Aneel autorizou, esta semana, a transferência do controle acionário indireto de produtores independentes da SIIF Energies do Brasil para o grupo formado pela Citicorp Mercantil Participações e Investimentos S/A, Liberty Mutual Insurance Company e Black River Subsidiary 3 S.A.R.L. A Aneel estabeleceu que a operação seja formalizada em até 60 dias após a publicação de resolução no Diário Oficial da União. Com a transferência, o grupo passa a deter 96% da participação acionária da esponhola Jantus S.L, atual controladora da SIIF, que tem 99,9% da participação acionária das empresas Eólica Icaraizinho Geração e Comercialização de Energia, Eólica Paracuru Geração e Comercialização de Energia, SIIF Cinco Geração e Comercialização de Energia, e Eólica Formosa Geração e Comercialização de Energia. (CanalEnergia - 13.10.2008)

<topo>

5 Novas metas de qualidade

A Aneel estabeleceu os índices mínimos que dez distribuidoras de energia elétrica terão que cumprir em relação à duração (DEC) e a freqüência (FEC) das interrupções no fornecimento ocorridas nas unidades consumidoras das suas áreas de concessão. As metas se referem ao período de 2009 a 2012. A divulgação dos valores definidos será nas próximas semanas, no Diário Oficial da União. As companhias precisam informar os novos números aos usuários, na conta de energia ou em carta anexa à fatura. O objetivo da agência é melhorar a qualidade do serviço prestado, com a garantia da redução gradual dos indicadores globais. (Brasil Energia - 10.10.2008)

<topo>

6 48 MW beneficiados pelo Reidi

O MME enquadrou cinco PCHs no Reidi. Serão beneficiadas as PCHs Jacaré Pepira, São Francisco, Santo Antônio, Salesópolis e Palanquinho, todas no Centro-Sul do país. Juntas, as cinco unidades somam 48,765 MW. As duas PCH's de menor potência instalada são da empresa Água Paulista: Jacaré Pepira (2,6 MW), em Brotas (MG) e Salesópolis (2 MW), em Rio Salesópolis (SP). A central São Francisco, da empresa Gênesis Energética, possui 12 MW e fica entre os municípios de Toledo e Ouro Preto do Oeste (PR). Já a Santo Antônio, da Energisa Soluções, é uma PCH de potência instalada de 8 MW, em Bom Jardim (RJ). A central mais potente é a Palaquinho (24,165 MW). Instalada nos municípios de Caxias do Sul e São francisco de Paula (RS), a PCH é de titularidade da Serrana Energética. (Brasil Energia - 10.10.2008)

<topo>

7 MME reconhece emergência no sistema elétrico do Amazonas

O MME reconheceu a situação de emergência do sistema elétrico do Amazonas. A medida se deve a "capacidade insuficiente de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica" na região metropolitana de Manaus e no interior do estado, segundo a portaria nº 347 publicada no DOU desta segunda-feira, 13 de outubro. A portaria determina também que Aneel, Eletronorte e Manaus Energia adotem as providências necessárias para garantir de forma sustentada o fornecimento de energia elétrica no estado. O MME aprovou o plano o Plano de Ação proposta pelo Grupo de Trabalho do Sistema Elétrico de Manaus, criado em agosto. O MME determinou a Aneel que autorize à Eletronorte a implantar o sistema de transmissão, em 230 kV, constante no plano de ação. A agência também vai estabelecer a receita anual permitida do empreendimento. (CanalEnergia - 13.10.2008)

<topo>

8 Aneel libera parque eólico no CE

A Aneel liberou nesta sexta-feira (10/10) a operação em testes do parque eólico Canoa Quebrada (10,5 MW), da empresa Rosa dos Ventos. Instalado no município de Aracati (CE), o parque possui cinco unidades geradoras de 2,1 MW cada. A usina faz parte do Proinfa. As usinas inscritas no programa têm capacidade total de 3.300 MW, sendo 1.423 MW de fontes eólicas. Em agosto deste ano, o parque foi enquadrado no Reidi. (Brasil Energia - 10.10.2008)


<topo>

 

Empresas

1 Correa: Furnas será expulsa do Equador

O presidente do Equador, Rafael Correa, disse em seu programa de TV no último fim de semana que, além da construtora Odebrecht, a estatal Furnas será expulsa do país, como mostra matéria de Bruno Rosa e da correspondente Janaína Figueiredo publicada nesta segunda no jornal O Globo. Para Correa, a brasileira Furnas era a "firma fiscalizadora" e "também responsável pelo desastre da Usina Hidrelétrica de San Francisco". Furnas, que atua nas áreas de geração, transmissão e comercialização de energia elétrica no Brasil, informou que ainda não recebeu nenhuma informação oficial do governo equatoriano. (O Globo - 13.10.2008)

<topo>

2 Lobão se diz surpreso com Equador

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ter ficado surpreso com a decisão do presidente do Equador, Rafael Correa, de expulsar a estatal brasileira Furnas do país. "A mim me surpreende esse tipo de atitude. Não há nada que o Brasil tenha feito para magoar o Equador", disse Lobão. Segundo ele, o presidente Lula tem tratado o vizinho como "parceiro e irmão". Na prática, ressaltou, a medida não afeta Furnas, por ela não ter operações ou ativos no país. "Foi retórico. Uma citação com a qual se procura denegrir Furnas indevidamente". Lobão disse apostar na capacidade de conciliação de Lula, mas ponderou que "ninguém tem sangue de barata". (Valor Econômico - 13.10.2008)

<topo>

3 Furnas nega ter sido expulsa do Equador

A estatal Furnas Centrais Elétricas negou ontem ter recebido qualquer informação oficial sobre expulsão de suas atividades no Equador. O diretor de construção da empresa, Márcio Porto, comentou que uma possível expulsão da companhia naquele país não faz muito sentido, tendo em vista a natureza das atividades de Furnas lá. "Não temos técnicos, nem bens patrimoniais, nem representações no Equador. O que nós fizemos no Equador, assim como fazemos no Brasil, foi trabalho de fiscalização de obras", afirmou. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

4 Light renova contratos de fornecimento com Cedae

A Light (RJ) e a Cedae assinam na próxima quinta-feira, 16 de outubro, a renovação de contratos de fornecimento de energia elétrica. De acordo com a Cedae, o acordo garantirá economia de R$ 5,9 milhões ao ano nos gastos da companhia com energia, além de modernizar o serviço prestado. As duas empresas repactuaram 106 contratos antigos de prestação de serviços que foram reduzidos para sete documentos. (CanalEnergia - 13.10.2008)

<topo>

5 Elektro calcula redução de 95 MW durante horário de verão

A Elektro calcula uma redução de 95 MW na demanda de sua rede no horário de ponta no próximo horário de verão, que se inicia no dia 19 e vai até 15 de fevereiro. O alívio no horário de pico é bem vindo sobretudo para os 28 municípios situados no Vale do Ribeira e na região do litoral sul, onde a base fixa é de 434,4 mil unidades consumidoras, mas que costuma se multiplicar na alta temporada. Nessa região a empresa conta 21 subestações e 10,1 mil km de cabos condutores. No horário de verão anterior, a redução foi de 87 MW. Esse montante, de acordo com a Elektro, é bem próximo da demanda máxima de uma cidade como Campos do Jordão, que possui 50 mil habitantes. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

 

Leilões

1 Abdib cobra adiamento do leilão das linhas de transmissão

Algumas transmissoras querem o adiamento do leilão das linhas de transmissão e subestações que vão compor o sistema do Madeira, marcado para 31 de outubro. O pedido foi feito por intermédio da Abdib diretamente ao MME, Aneel, ONS e BNDES. O motivo seria a crise financeira mundial, que deve restringir o crédito a grandes projetos de infra-estrutura. Embora não confirmado oficialmente pelas empresas fala-se no setor que a solicitação partiu de empresas com controle estrangeiro, como a Cteep, Abengoa e Isolux. A diretora da Aneel, Joísa Campanher, contudo, informou durante a audiência pública da Light, no Rio de Janeiro, que a agência não trabalha com a mudança da data do leilão e que a decisão cabe ao MME. A postergação da licitação seria recomendável até que a situação se estabilizasse, principalmente em relação à questão cambial, já que projetos de transmissão incorporam commodities cujos preços são cotados em dólar. (Brasil Energia - 10.10.2008)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 CCEE: reduções nos valores foram provocadas pela previsão de afluências

De acordo com a CCEE, as reduções nos valores do PLD, que variaram de 22% a 25%, foram provocadas pela previsão de afluências para esta semana, que foi bem superior à da semana anterior. Na semana passada, os preços do MWh variaram de R$ 97,53 a R$ 98,98. (CanalEnergia - 13.10.2008)

<topo>

2 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 11/10/2008 a 17/10/2008.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             76,91  pesada                      74,51  pesada                     76,91  pesada                    76,91
 média                               75,98  média                        74,34  média                       75,98  média                      75,98
 leve                                  74,28  leve                           74,28  leve                          74,28  leve                         74,28
  
    Fonte: www.ccee.org.br


<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 Recurso do BNDES para térmicas fica mais caro

As empresas que venderam usinas termelétricas em leilões de energia nova e estavam esperando a liberação do financiamento do BNDES para este ano podem ter que arcar com uma alta no custo do financiamento. Isso porque os empréstimos para importação de equipamentos para essas usinas são indexados a um índice misto composto por dólar ou IPCA mais um outro índice chamado Encargos de Cesta de Moedas, atrelado a variação cambial. Um relatório do banco Santander, divulgado na semana passada, mostra que entre as companhias de capital aberto a MPX Energia, do empresário Eike Batista, e a EDP Energias do Brasil são as que correm o maior risco de terem seus empréstimos corrigidos. A MPX tem três importantes projetos nessa condição, segundo o relatório. A de Pecém I (720 MW), Itaqui I (360 MW) e Açu I (2,1 mil MW). (Valor Econômico - 13.10.2008)

<topo>

2 Setor de petróleo e gás é destaque na lista do FMM

Empresas de navegação e estaleiros dedicados a atender, prioritariamente, as encomendas da indústria de petróleo e gás estão entre os principais beneficiados pelos financiamentos aprovados na última reunião do conselho diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM). Os armadores Companhia Brasileira de Offshore (CBO), Bram Offshore, Wilson, Sons Offshore e Transpetro e os estaleiros Aliança, Mauá e Atlântico Sul fazem parte da lista de empresas que receberam "prioridades" de financiamento do conselho diretor do FMM que reuniu-se na semana passada. A "prioridade" é o jargão utilizado na indústria naval para indicar que um projeto recebeu aprovação do fundo. Trata-se de uma espécie de pré-requisito para que o armador ou estaleiro possa negociar a contratação do empréstimo com o agente financeiro, os bancos oficiais (BNDES, BB, CEF, BNB e Banco da Amazônia). (Valor Econômico - 13.10.2008)

<topo>

3 Redução de Tust para térmica

A Aneel reduziu em 50% as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição para transporte da energia comercializada pela unidade 1 da térmica Santa Elisa. Instalada no município de Sertãozinho, em São Paulo, a usina tem capacidade instalada de 58 MW e pertence a Companhia Energética Santa Elisa, que também atua na produção e comercialização de álcool. De acordo com despacho expedido pela Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel nesta sexta-feira (10/10), o percentual da redução deverá ser mantido enquanto a potência da unidade for menor ou igual a 30 MW. (Brasil Energia - 10.10.2008)

<topo>

4 Justiça confirma o adiamento de usina termoelétrica da MPX

A Justiça Federal do Maranhão concluiu que o pedido de adiamento da primeira audiência pública para discutir a implantação da Usina Termoelétrica Porto do Itaqui, marcada para o dia 18 de abril de 2008, foi correto e destituído de qualquer ilegalidade ou abuso de autoridade. O pedido de adiamento foi proposto pelo MPF/MA e pelo MP/MA. Na sentença, o juiz José Carlos do Vale Madeira considera que a finalidade da recomendação foi, "tão-somente, advertir os seus destinatários quanto às irregularidades detectadas pelo MPF e MP Estadual, conduta esta afinada com sua regular atuação". (DCI - 13.10.2008)

<topo>

5 Setor de petróleo e gás continua imune à crise

Os investimentos no setor de petróleo e gás no Brasil permanecerão imunes à crise, de acordo com grandes empresas. As estimativas do mercado são de que as reservas da camada do pré-sal fiquem entre 50 e 100 milhões de barris recuperáveis. Para o presidente da Siemens no Brasil, Adilson Primo, o pré-sal, "sem dúvida, vai ser um divisor de águas para o Brasil e para a indústria de óleo e gás e para a cadeia de fornecimento". Isto trará também um desafio tecnológico, porque "o pré-sal tem uma complexidade adicional". Para Primo, da Siemens, a produção nacional vai acabar sendo nas áreas em que hoje já existe uma indústria montada, como o setor de transporte de óleo, exploração e refino. "A parte de drilling [perfuração] vai continuar sendo importada.", acredita ele. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Votorantim tem R$ 2,2 bi em perdas com dólar

Depois de Sadia e Aracruz, foi a vez do Grupo Votorantim informar perdas no valor de R$ 2,2 bilhões por conta de operações cambiais, mas também afirmou que o nível de caixa está satisfatório. Conforme comunicado, o rombo foi verificado após a empresa eliminar sua exposição cambial decorrente de operações de swap com verificação em dólar. Segundo Marcelo Queirós, gestor de renda variável da corretora Arkhe, diante das incertezas e da alta volatilidade do mercado, é difícil presumir quais setores da economia serão mais afetados pela alta do dólar ou pela desvalorização das commodities. Todavia, o especialista acredita que, independentemente da área de atuação, as companhias que correm mais risco são exatamente as com maior exposição em operações de hedge alavancadas. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

2 Queda na demanda por celulose pode ampliar produção de papel

O setor de papel e celulose passou por um processo de desintegração da produção da polpa e do papel em toda a América Latina. Nos últimos anos, a maioria dos investimentos feitos foram no aumento de produção da pasta. A maior demanda da China pela matéria-prima nos últimos anos precipitou esse descolamento entre o insumo e o produto final. A desvalorização do dólar também não tornava a fabricação do papel mais atraente. Todo esse interesse pela celulose, entretanto, acabou criando uma superoferta do produto. Para a analista de pesquisa da Risi, Patricia Perez, uma alternativa poderá ser a produção de papel para abastecera a América do Sul que hoje ainda tem volume expressivo de importados, exceto em imprimir e escrever, e o dólar mais alto pode viabilizar a venda externa. (Gazeta Mercantil - 13.10.2008)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 BNDES vai acelerar desembolsos, afirma Coutinho

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse neste domingo (12), em Washington, que a instituição deve acelerar os desembolsos para manter o nível de investimento e o crescimento econômico do país. Coutinho afirmou ainda que um desastre financeiro internacional parece iminente, mas disse acreditar que o mundo possa se safar se apresentar medidas objetivas para lidar com três questões principais: capitalização dos bancos, hipotecas insolventes e risco no mercado interbancário. Segundo ele, o Brasil é uma das poucas alternativas de crescimento no mundo neste momento. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

2 BNDES recebe mais US$ 1 bi para financiar microempresas

O BID anunciou na sexta-feira a aprovação de empréstimo de US$ 1 bilhão para que o BNDES financie crédito produtivo de longo prazo para micro, pequenas e médias empresas. O crédito gerado a partir do empréstimo do BID vai financiar projetos de ampliação, instalação e modernização das micro, pequenas e médias empresas. A operação tem prazo de vencimento de 20 anos, com período de carência de quatro anos. O BNDES também está em fase de negociação final com organismos multilaterais e instituições financeiras internacionais para obter cerca de R$ 3 bilhões em recursos para 2009. O presidente do banco, Luciano Coutinho, já tinha anunciado que o BNDES não fará mais captações externas em 2008. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

3 BC diz não haver limite para redesconto

Segundo nota publicada pelo Banco Central, não há pré-definição de limites para operações de redesconto nem para a atuação nos mercados cambiais. O CMN regulamentou na última quinta-feira a MP nº 442, que permite ao BC comprar carteiras de crédito de bancos por meio de operações de redesconto. A resolução aprovada pelo CMN define que o volume do redesconto dependerá do tamanho e do risco da carteira a ser oferecida pelo banco. Segundo a resolução, nas operações de redesconto o BC receberá só ativos de baixo risco, com classificação de risco AA, A e B. Os valores recebidos serão líquidos de eventuais provisões. A contrapartida será de 120% do valor tomado para operações AA, 130% para créditos classificados como A e 140% para créditos B. (DCI - 13.10.2008)

<topo>

4 BC pressiona banco para que dinheiro circule

Depois de liberar R$ 60 bilhões e voltar a vender dólares para tentar compensar a falta de dinheiro no mercado financeiro, o Banco Central, agora, pressiona os bancos para fazer esses recursos circularem. A preocupação do BC é tanta que até o seu presidente, Henrique Meirelles, entrou no circuito recentemente, falando diretamente com a cúpula das maiores instituições. A avaliação preliminar do BC é a de que o volume de recursos liberado na economia brasileira - após a adoção de medidas que diminuem a parcela do compulsório - deveria ter um impacto maior sobre a liquidez do mercado. Porém, cada vez mais o governo tem notado que os recursos estão ficando "empoçados". Receosos, os bancos não querem emprestar para outras instituições e nem para empresas. (Folha de São Paulo - 11.10.2008)

<topo>

5 Governo deve reforçar investimentos em 2009

Mesmo sem ter a dimensão exata dos estragos que a crise mundial deixará nas empresas e bancos brasileiros, a equipe econômica já tem uma certeza: em 2009 será preciso abrir os cofres públicos e reforçar os gastos com investimentos para garantir o crescimento da economia no patamar de 4%. Nas contas do governo, se no final deste ano a projeção de crescimento para o ano que vem se mantiver abaixo de 4%, como estimam atualmente os analistas de mercado, a tendência será realizar apenas o superávit oficial de 3,8% do PIB. O governo quer aguardar o desenrolar da crise financeira para decidir seu plano de ação no próximo ano e definir quanto terá de ser destinado do orçamento para reforçar os investimentos em infra-estrutura. A estratégia é compensar a redução nos investimentos do setor privado num ano de retração da economia. (Folha de São Paulo - 11.10.2008)

<topo>

6 Dilma Rousseff diz que crise não vai abalar novos investimentos

O temor quanto aos impactos da crise não afetará os investimentos no País. Quem afirma é a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que garantiu a manutenção do cronograma do PAC. Segundo a ministra, a natureza do programa é capaz de manter os investimentos em nível razoável mesmo com o cenário desfavorável. De acordo com Dilma, as obras de logística, saneamento, habitação e energia não sofrerão alterações. A ministra alega que a crise é um componente totalmente externo e uma das funções que cabe ao governo é "prover o crédito sem prover boas práticas". (DCI - 13.10.2008)

<topo>

7 Brasil é o único país no grupo de ricos e emergentes que ainda cresce

Dentre as nações do G-7 e dos Brics, o Brasil é o único país cuja economia ainda estava em aceleração em agosto. A revelação foi feita pelos Indicadores Compostos Avançados, um levantamento sobre o desempenho das economias realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O relatório referente ao mês de agosto confirma a desaceleração progressiva das maiores economias do mundo, mas isenta o Brasil. Pelos critérios da OCDE, o Brasil apresenta "sinais de expansão". Nos últimos cinco meses, o índice nacional cresceu sempre - 103,9 em abril; 104,8 em maio; 106,5 em junho; 107,3 em julho; e, finalmente, 108,3 em agosto. Quanto mais acima de 100, a média a longo termo, melhor é o desempenho da economia. (DCI - 13.10.2008)


<topo>

8 Bancos brasileiros tendem a receber menos financiamento externo em 2009

O financiamento externo direto ao sistema bancário brasileiro deverá cair à metade ao longo de 2009, como resultado da atual crise de crédito. Segundo previsões do IIF, o país terá até US$ 4 bilhões externos para a compra de "commercial papers" de bancos brasileiros neste ano. Em 2009, o valor deve cair para US$ 2 bilhões. No caso dos investimentos produtivos, a expectativa é inversa, de um aumento de 10%. O fluxo especulativo passará de US$ 16 bilhões para US$ 22 bilhões, segundo o IIF. Apesar da previsão de queda de 31% neste ano em relação a 2007, os investimentos produtivos e especulativos para os emergentes devem diminuir o ritmo de redução em 2009. (Folha de São Paulo - 13.10.2008)

<topo>

9 Crise pode reduzir metade do saldo comercial brasileiro

O pânico que tomou conta da economia mundial nos últimos dias trará efeitos negativos para o superávit comercial brasileiro em 2009, avaliam especialistas em comércio exterior. Os saldos comerciais recordes dos últimos anos ajudaram o Brasil a acumular reservas em dólar usadas agora para dar algum oxigênio ao sistema financeiro. As previsões oscilam, mas a expectativa é que o superávit de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões neste ano (mais modesto que o de 2007) recue mais, para US$ 10 bilhões ou até US$ 5 bilhões no próximo ano. Turbinado pelo preço, o Brasil acumulou superávit comercial de US$ 40 bilhões em 2007. As estimativas são de crescimento menor da importação (de 50% neste ano para 10% ou 15% em 2009) e importante impacto nos preços das exportações. (Folha de São Paulo - 13.10.2008)

<topo>

10 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial é transacionado em baixa nesta segunda-feira. Em quase 20 minutos de operações, a moeda estava a R$ 2,2000 na compra e a R$ 2,2020 na venda, com recuo de 4,84%. Na abertura, marcou R$ 2,2150. O contrato de novembro negociado na BM & F perdia 4,81%, a R$ 2,216. Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial aumentou 5,27%, cotado a R$ 2,3140 na venda. (Valor Online - 13.10.2008)

<topo>

 

Internacional

1 Brasil e Ecuador, à beira da crise da crise

Apesar da aparente sintonia política que existe entre os governos de Brasil e Equador, as relações bilaterais entre os países atravessam um de seus períodos mais críticos dos últimos anos após a decisão do presidente equatoriano de expulsar de seu território a construtora brasileira Odebrecht e de ter posto em cheque a permanência da companhia petroleira Petrobras. O último episódio foi a resposta dada pelo Brasil diante da inflexibilidade equatoriana com duas de suas maiores empresas nacionais: Lula tomou a decisão de suspender, sem previsão de nova data, o envio de uma delegação a Quito chefiada pelo seu ministro de Transportes, Alfredo Nascimento. A missão brasileira tinha por objeto acertar as bases de um grande investimento conjunto para fazer um corredor interoceânico que conecte o Pacífico com o Atlântico. (El País - Espanha - 13/10/2008)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Alessandra Freire, Daniel Bueno, Douglas Tolentino, Juliana Simões, Márcio Silveira, Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ e Eletrobrás