l IFE: nº 2.361 - 06
de outubro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Sondagem do GESEL: crise financeira não deve afetar investimentos Na percepção
dos agentes da cadeia produtiva da energia elétrica - abrangendo as etapas
de geração, transmissão e distribuição -, o setor, apesar da crise internacional,
tem um futuro de investimentos, rentabilidade e segurança. As preocupações
se restringem à necessidade de ajustes na regulamentação do setor e a
prováveis dificuldades na obtenção de novos financiamentos. É o que revela
a 2ª Sondagem sobre Tendências do Setor Elétrico: Canal Energia, conduzida
por Nivalde de Castro, professor do Gesel da UFRJ. A pesquisa foi feita
com 17 entidades do setor e divulgada durante o 5º Enase, realizado no
Rio de Janeiro. O otimismo é revelado sobre as projeções de investimentos.
Nos três setores (geração, transformação e distribuição) ele será maior
entre 2009 e 2012 que tem sido nos últimos quatro anos. No caso do segmento
de geração, 73,33% acreditam nesta hipótese; entre os agentes de transmissão,
ela é aceita por 53,85%; e, entre os executivos que operam na distribuição,
a crença é referendada por 76,92%. (GESEL - Gazeta Mercantil - 03.10.2008)
2 Sondagem do GESEL: regras definidas provocam percepção de que a rentabilidade deverá se manter Agentes da cadeia
produtiva do setor elétrico, que engloba as áreas de distribuição, transmissão
e geração, afirmam que a atual crise financeira global não afetará os
investimentos e a rentabilidade de empresas ligadas ao segmento. "Os agentes
econômicos estão vendo o setor elétrico de forma muito positiva. É como
se o segmento estivesse blindado à crise internacional", diz o professor
Nivalde José de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que
divulgou estudo sobre o setor. As razões para tanta confiança, afirma
Castro, residem no fato de boa parte do endividamento das empresas energéticas
ter sido feito com moeda local, além dos bons faturamentos obtidos nos
últimos anos e das projeções de as receitas para o futuro estarem acima
da inflação. "Eles têm a percepção de que a rentabilidade deverá se manter,
pois as regras já estão definidas", avalia o professor. O otimismo ainda
é revelado sobre projeções de investimentos, que serão maiores entre 2009
e 2012 do que têm sido nos últimos quatro anos, segunda a pesquisa. (Gazeta
Mercantil - 03.10.2008) 3 Sondagem do GESEL: risco de racionamento é considerado praticamente erradicado O risco de racionamento
está, segundo pesquisa conduzida pelo GESEL, praticamente erradicado.
Vale notar que nenhum agente considerou o risco alto: 46,7% dos entrevistados
acreditam que o risco é uma possibilidade fraca, entre 6% e 10% de probabilidade;
33,3% acreditam num risco baixo, de até 5% de probabilidade; 20% consideram
o risco médio, entre 11% e 39% de probabilidade. "Com a desaceleração
da economia prevista para o ano que vem, essa possibilidade diminui ainda
mais", comenta Nivalde José de Castro, do GESEL. (Gazeta Mercantil - 03.10.2008)
4 Sondagem do GESEL: percepção do aumento do custo
do financiamento 5 Sondagem do GESEL: MMA mudou sua postura com a nova gestão Outro aspecto
importante revelado na pesquisa foi a mudança de percepção do setor em
relação ao Ministério do Meio Ambiente. Para 60% dos agentes, o ministério
mudou sua postura com a nova gestão. (Gazeta Mercantil - 03.10.2008) 6 Zimmermann: governo espera inverter a proporção de térmicas e hídricas dos leilões atuais A luz amarela
foi acesa no governo depois do resultado do leilão A-5 realizado esta
semana. No certame, as térmicas a óleo combustível importado foram as
grandes vencedoras fornecendo dois terços da oferta. Segundo Márcio Zimmermann,
secretário-executivo do MME, o governo espera inverter já no ano que vem
a proporção de 80% térmicas e 20% hídricas dos leilões atuais. Para isso,
a expectativa é leiloar oito usinas hidrelétricas em 2009, conforme noticiou
a Agência CanalEnergia na quinta-feira, dia 2 de outubro. Para Zimmermann,
a entrada das térmicas deu tempo para o governo concluir os estudos de
viabilidade de novas hidrelétricas que vão entrar nos leilões a partir
de 2009 e 2010. (CanalEnergia - 03.10.2008) O consórcio Madeira Energia (Mesa) iniciou esta semana as obras da hidrelétrica de Santo Antônio (3.50 MW), primeira usina do Complexo do Rio Madeira. A primeira etapa é construção do canteiro de obras do empreendimento. A informação é do ex-presidente de Furnas, Luiz Paulo Conde, que deixou o cargo nesta sexta-feira (3/10). A usina foi arrematada pelo consórcio Mesa, liderado por Odebrecht e Furnas, em dezembro do ano passado. Mais de R$ 9 bilhões serão investidos na construção da hidrelétrica, que deverá entrar em operação comercial em dezembro de 2012. O empreendimento terá reservatório de 271 km² e 44 turbinas. (Brasil Energia - 03.10.2008) 8 Curtas
Empresas 1 Furnas: Carlos Nadalutti Filho assume com investimentos de R$ 12 bi em andamento Furnas Centrais
Elétricas tem novo comando desde sexta-feira, 3, com a posse de Carlos
Nadalutti Filho, como diretor-presidente. O executivo substitui Luiz Paulo
Conde, que ficou 18 meses no cargo e saiu por causa de problemas de saúde.
Nadalutti reconhece que a empresa está em um momento singular com grandes
investimentos em andamento. Segundo o executivo, atualmente, Furnas está
envolvida na construção de sete UHEs, que significam um acréscimo de 4,8
mil MW de capacidade, e três novas LTs. O projeto mais importante é o
da usina de Santo Antônio (RO-3.150,4 MW), do complexo do rio Madeira,
que teve iniciadas as obras esta semana, com a montagem do canteiro. (CanalEnergia
- 03.10.2008) 2 CEEE investe em construção de LT subaquática no RS A CEEE construirá uma LT subaquática entre as cidades de Rio Grande e São José do Rio Norte, no Rio Grande do Sul. O empreendimento demandará investimentos de R$ 20 milhões e terá a maior parte dos recursos proveniente do governo estadual e da companhia. A obra visa a atender o crescimento e a expansão industrial e de serviços da região, permitindo a passagem de maiores embarcações no Porto de Rio Grande. A linha atravessa o canal de acesso ao porto a 72 metros do nível da água. O projeto será dividido em duas fases. A primeira etapa consistirá no lançamento provisório dos cabos de potência, testes e energização, além da retirada dos cabos da atual travessia aérea. Na segunda fase, serão lançados definitivamente os cabos de potência e de fibra ótica. (CanalEnergia - 03.10.2008) 3 Eletrosul vai investir R$ 30 mi na subestação Missões A Eletrosul
anunciou que vai investir R$ 30 milhões na construção da SE Missões, arrematada
no leilão de transmissão que aconteceu na sexta-feira, 3. Além disso,
segundo o diretor de Engenharia da estatal, Ronaldo Custódio, a empresa
irá antecipar a entrada em operação da SE para o final de 2009. Custódio
disse ainda que a empresa precisava arrematar a subestação, pois é ela
que vai distribuir a energia da UHE Passo Fundo, com previsão de entrada
em operação no início de 2010. A Eletrosul arrematou o lote F com um deságio
de 0,59% e RAP de R$ 3,234 milhões. (CanalEnergia - 03.10.2008) 4 Empresas de geração fazem plantão na eleição
Leilões 1 Eletrobrás domina leilão de LTs A oferta de
empreendimentos de pequeno porte, aliada à crise econômica internacional,
contribuiu para o sucesso do grupo Eletrobrás no leilão de linhas de transmissão
realizado pela Aneel, na sexta-feira (3/10), no Rio de Janeiro. As controladas
da estatal arremataram cinco dos sete lotes licitados. O leilão movimentará
R$ 1,05 bilhão de RAP, nos próximos 30 anos. O deságio médio do leilão
foi de 37,62%. A Neonergia registrou o maior deságio de todos leilões
da agência, de 60%, para arrematar o lote E. A companhia, única privada
a vencer no leilão, ofertou RAP de R$ 4,15 milhões, contra proposta inicial
de R$ 10,367 milhões, pela subestação Narandiba, de 230/69 kV. (Brasil
Energia - 03.10.2008) 2 Deságio recorde no quinto lote Com a participação de poucos estrangeiros, a estatal de energia Eletrobrás foi a principal vencedora do leilão. As subsidiárias Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Chesf levaram, ao todo, cinco dos sete lotes disputados no certame. Não houve proposta vencedora para o quarto lote, que previa quatro linhas de transmissão na região metropolitana de Porto Alegre. Juntos, os sete lotes representavam uma extensão de 356 quilômetros em seis estados do Brasil. A espanhola Neoenergia levou o quinto lote do leilão de linhas de transmissão da Aneel, ocorrido na última sexta-feira. A empresa arrematou o lote com deságio recorde. Os investimentos necessários para esses empreendimentos são de R$ 500 milhões. Ao todo 16 empresas, do Brasil e da Espanha, participaram do leilão. (Jornal do Commercio - 06.10.2008) 3 Eletronorte aposta na eficiência A Eletronorte
contou com a redução de custos de Operação e Manutenção (O&M) para arrematar
os dois primeiros lotes do leilão de transmissão realizado pela Aneel
na sexta-feira, 3/10, no Rio de Janeiro. O objetivo é aproveitar a infra-estrutura
já instalada da companhia para obter ganhos de escala. "Contamos com uma
redução de custos de O&M. Temos várias linhas no Maranhão. Já temos toda
a infra-estrutura instalada na região", ressaltou o presidente da companhia,
Jorge Palmeira. (Brasil Energia - 03.10.2008) 4 Crise global afasta investidor estrangeiro de leilão de energia A crise financeira
nos EUA afastou investidores externos e afetou o resultado do leilão de
linhas de transmissão e subestações de energia da Aneel, dominado por
estatais brasileiras. Apenas uma companhia privada arrematou um dos sete
lotes ofertados. Cinco deles ficaram com estatais e um não teve proposta.
O deságio médio ficou em 37,6%, um dos mais baixos dos últimos leilões.
Pelas regras da oferta, vence a empresa que aceita a menor receita anual
para o serviço de transmissão -ou seja, aquelas que aceitam uma proposta
menor. (Folha de São Paulo - 04.10.2008) 5 Aneel: crise impede que deságio em leilão de linhas de transmissão fosse maior O diretor da
Aneel Edvaldo Santana admitiu que a crise internacional pode ter impactado
o resultado do leilão de LT ocorrido na última sexta-feira no Rio de Janeiro.
Para Santana, os deságios do leilão poderiam ter sido até maiores, mas
a disposição das empresas, talvez, tenha sido afetada pelo atual cenário
econômico. Mesmo assim, o diretor considerou satisfatório o resultado
do leilão, no qual foram arrematados seis dos sete lotes ofertados com
deságio médio de 37,62%. O leilão foi dominado pelas estatais da Eletrobrás,
que levaram cinco de seis lotes arrematados. Um lote ficou sem proposta.
Mas o maior deságio obtido foi ofertado por uma empresa com controle estrangeiro,
a Neoenergia - única companhia privada a vencer um lote do leilão. O deságio
de 60% foi o maior já obtido em um leilão de linha de transmissão já realizado
no País. O deságio médio foi de 37,62%. (DCI - 06.10.2008) 6 Abrate considera satisfatório resultado do leilão de transmissão A Abrate considerou
satisfatório o resultado do leilão de transmissão desta sexta-feira, 3
de outubro. Segundo José Claudio Cardoso, presidente da Abrate, apenas
dois aspectos do certame chamaram atenção: a ausência de lances pelo lote
D e o grande deságio oferecido pela Neoenergia pelo lote E. Para o executivo,
a falta de lance pelo lote D se deve ao preço calculado pela Aneel. No
caso do lote E, formado pela subestação Narandiba - 230/69 kV -, o que
mais chamou a atenção foi o deságio de 60% sobre a RAP máxima de R$ 10,367
milhões. A empresa ofertou R$ 4,146 milhões. "O consumidor vai se beneficiar",
sugeriu. A subestação vai reforçar o atendimento da região metropolitana
de Salvador, área de concessão da Coelba, uma das subsidiárias do grupo.
(CanalEnergia - 03.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: carga de energia cresceu 4% em um ano O consumo
de energia elétrica do Sistema SIN registrou um crescimento de 4,0%, nos
últimos 12 meses, e atingiu 51.852 MW médios este ano, informou, nesta
sexta-feira, o ONS. Em setembro de 2008, o SIN alcançou uma geração de
52.662 MW médios, o que representa uma expansão de 4,1%, em relação ao
mesmo mês de 2007. Em comparação a agosto deste ano, a carga gerada pelo
SIN apresentou uma variação positiva de 0,4%. De acordo com boletim divulgado
pelo ONS, o comportamento da carga foi influenciado pela ocorrência de
chuvas e temperaturas amenas, durante o mês de setembro, principalmente
nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. (Setorial News - 03.10.2008)
De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 04/10/2008 a 10/10/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas 1 Turbina para UTE da Petrobras A Siemens informa que, por montante não revelado, firmou contrato de fornecimento de turbina a vapor de 55 MW para a UTE ciclo combinado Euzébio Rocha que a Petrobras está erguendo no município de Cubatão (SP). A usina, que integra o complexo da Refinaria Presidente Bernardes, será alimentada a gás natural e conta também com uma turbina de 171 MW de potencia. O consumo de gás natural é estimado em 1,3 milhão de m³/dia, além de 300 mil m³ de gás de refinaria. A atual central elétrica, alimentada a óleo combustível, será desativada quando a UTE-EZR entrar em operação, por volta de junho de 2009. A troca de combustível trará melhoria da qualidade do ar na região e a nova usina deixará de utilizar 4 milhões de l/hora d'água, retirados hoje do rio Cubatão. (Brasil Energia - 03.10.2008) 2 Cosan investe mais em co-geração de energia com a cana-de-açúcar O Grupo Cosan,
maior produtor e processador de cana-de-açúcar do mundo, mostra que o
investimento em co-geração de energia a partir do bagaço e da palha da
cana-de-açúcar é realmente a aposta do setor para futuro. A companhia
acaba de concluir a expansão da Usina Gasa, localizada em Andradina. Além
de a capacidade de moagem da planta industrial ter sido triplicada, a
usina ganhou uma unidade termoelétrica, reforçando a posição da companhia
de maior produtora de energia do mundo. (DCI - 06.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Aracruz tem perda de R$ 1,95 bi com câmbio A Aracruz, maior
produtora mundial de celulose de eucalipto, informou ontem que suas operações
cambiais significavam perdas de R$ 1,95 bilhão, considerando o câmbio
e as condições de instabilidade de 30 de setembro. Empresas exportadoras,
como a Aracruz e a Sadia, fizeram operações financeiras para se proteger
contra a alta do real. Com a desvalorização de 22,4% da moeda desde agosto,
depois de quatro anos de alta, os exportadores registraram fortes perdas.
Os derivativos cambiais da Aracruz vencerão só em 12 meses, e a empresa
não irá desembolsar agora a quantia. Até lá, a empresa está fazendo outras
operações para se proteger de novas desvalorizações do real, no valor
de US$ 538 milhões. (Folha de São Paulo - 04.10.2008) 2 Votorantim adia final de compra da Aracruz A Votorantim
Celulose e Papel anunciou, na última sexta-feira, a prorrogação do fechamento
do processo de negociação para compra do controle acionário da Aracruz.
Em comunicado ao mercado, a VCP afirma que as negociações com a Arapar
continuam, mas não serão concluídas hoje, data anteriormente marcada para
o final do negócio. A VCP não informa, no documento, se a prorrogação
tem relação com o anúncio da perda de R$ 1,95 bilhão em derivativos de
câmbio pela Aracruz. (DCI - 06.10.2008) 3 Consumo mundial de aço deve crescer menos em 2009 O preço dos
produtos siderúrgicos no mercado internacional tem dado sinais de desaceleração,
mas analistas e especialistas dizem tratar-se mais de um ajuste natural
do que de um sinal de desaceleração também no consumo de aço. E mais,
avaliam que, pelo menos por enquanto, a redução do preço não chegará ao
Brasil. Nos Estados Unidos, na Europa e na África já foram verificadas
quedas dos preços de alguns produtos siderúrgicos. A bobina laminada a
quente, usada na indústria automotiva, já apresentou uma queda de 25%,
para US$ 900onelada no mercado internacional, ante os US$ 1.200 cobrados
há alguns meses atrás. Em média, o preço do aço apresentou uma queda de
10% desde julho, calculou um analista. (Gazeta Mercantil - 06.10.2008)
4 GM vai suspender produção em 3 fábricas de São Paulo A General Motors
anunciou ontem a suspensão parcial da produção em suas fábricas de São
José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes (SP) no final deste
mês. De acordo com sindicalistas, a medida é reflexo da crise financeira
nos EUA e está relacionada à expectativa de queda na venda de veículos.
O comunicado foi feito aos sindicatos no final da tarde de ontem. Nele,
a GM não expõe os motivos da paralisação da produção. A reportagem tentou
ouvir a montadora, mas não houve retorno. Em São José dos Campos, as férias
coletivas têm início no dia 20 de outubro e terminam em 2 de novembro.
(Folha de São Paulo - 04.10.2008)
Economia Brasileira 1 Lula levará ao Congresso medidas contra a crise O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que, apesar de a crise financeira dos EUA ter chegado no Brasil como "uma pequena onda", ele pretende levar a discussão para o Congresso. Disse estar otimista porque o país fez a "lição de casa" e agora tem reserva financeira suficiente para enfrentar "essas e outras [crises]". "Queremos que esse tema da crise seja levado para dentro do Congresso, para as pessoas perceberem que, embora o Brasil não corra nenhum risco, não podemos vacilar", disse Lula. Primeiro, disse o presidente, será preciso garantir algumas votações importantes no Congresso. Lula citou a reforma tributária e o salário mínimo, que, segundo ele, serão votadas até dezembro (Folha de São Paulo - 06.10.2008) 2 BC prepara medidas para agricultores e exportadores Depois de mexer duas vezes nas regras dos compulsórios para ajudar os bancos em decorrência da falta de dinheiro em circulação no mercado, o BC, agora, prepara um novo alívio para os agricultores e exportadores. Com isso, o governo acredita minimizar o impacto nas três principais fontes de contaminação da economia brasileira pela crise financeira nos EUA. O governo pretende remanejar verbas orçamentárias para direcionar aos agricultores e reduzir o compulsório sobre os depósitos à vista (conta corrente) para aumentar o volume de recursos direcionados obrigatoriamente para empréstimos ao setor agrícola. A medida, porém, deverá ser provisória, com data de validade até junho para atender à safra 2008/2009. (Folha de São Paulo - 04.10.2008) 3 Recursos demoram para chegar às empresas, avalia Banco Central 4 Reservas cambiais podem virar crédito, diz Mantega O ministro da
Fazenda, Guido Mantega disse que uma das formas de usar parte dos US$
206 bilhões é o lançamento de operações compromissadas, a partir das quais
haja o resgate dos dólares ao final de um período. De acordo com ele,
a forma de viabilizar essa operação pode ser a repetição do modelo de
leilão de divisas adotado neste momento pelo Banco Central. A AEB (Associação
de Comércio Exterior do Brasil) gostou da medida, mas acha que operações
de curto prazo podem não funcionar devido às incertezas sobre o tempo
que ainda levará para os bancos voltarem a operar linhas de financiamento
às exportações. (Folha de São Paulo - 04.10.2008) 5 País investe até 2011 R$ 1,2 tri, afirma ministro O país vai receber
R$ 1,213 trilhão em investimentos até 2011, disse o ministro da Fazenda,
Guido Mantega. A construção habitacional tomará R$ 535 bilhões no período.
A infra-estrutura receberá, segundo o ministro, R$ 231,7 bilhões. Do setor
industrial, a expectativa é de aporte de R$ 447 bilhões. O governo avalia
que a crise não vai afetar os investimentos. Uma parte desse capital financiará
a exploração do pré-sal. Mantega disse que as novas reservas do pré-sal
triplicam as reservas do país, o que significa elevá-las a 39 bilhões
de barris. (Folha de São Paulo - 04.10.2008) 6 Impacto da crise financeira ainda não afetou juros no varejo O impacto da crise financeira nos EUA ainda não chegou aos juros no varejo. A afirmação é do chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC. O economista disse que o aumento dos juros já está ocorrendo, mas nos bancos. "[No] comércio, ainda não, porque precisa vender. Acho que não está havendo nenhum impacto não." Para ele, o impacto da crise externa sobre o comércio ainda vai demorar. O coordenador do Fecomércio, João Carlos Gomes, disse que não tem, até agora, informações sobre aumento de juros no varejo, por causa da crise econômica. (Agência Brasil - 03.10.2008) 7 CNI eleva para 5,3% estimativa do crescimento do PIB 8 Para Meirelles, grandes bancos vão às compras O presidente
do BC, Henrique Meirelles, disse ontem que os grandes bancos "têm todo
o interesse" em adquirir a carteira de crédito de instituições de pequeno
e médio porte. A afirmação foi feita a propósito da divulgação, na quinta-feira,
da mudança na regra do depósito compulsório que favorece a negociação
de carteiras entre instituições. Meirelles disse que os bancos de menor
porte têm "boas carteiras de crédito". Essa condição, segundo ele, faz
com que essas instituições "tenham totais condições de vender suas carteiras
porque os bancos grandes têm todo o interesse de comprar". (O Estado de
São Paulo - 06.10.2008) 9 Desaceleração do crédito deve interromper alta de juros A crise financeira
global chegou ao Brasil e já modificou a situação da economia real com
o encolhimento dos canais de crédito. A reviravolta, ainda pouco nítida
para as pessoas, fez os interlocutores do mercado, antes preocupados com
a inflação, começarem a defender a interrupção do processo de alta dos
juros pelo temor de que a economia não só desacelere como entre em fase
de deflação dos ativos reais e financeiros. "A economia brasileira vai
ser desacelerada e será preciso repensar a estratégia de juros", disse,
no fim da semana, o presidente da Febraban, Fábio Barbosa. "Não podemos
continuar lutando na guerra anterior", disse o economista Luiz Gonzaga
Belluzzo, se referindo ao aperto monetário promovido pelo BC para conter
a inflação no Brasil. (O Estado de São Paulo - 06.10.2008) 10 Para Lula, perdas com câmbio são resultado de especulação O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva acusou ontem duas das maiores empresas exportadoras
brasileiras de "especulação contra a moeda brasileira". Lula foi questionado
sobre os prejuízos sofridos pela Aracruz e Sadia no mercado de câmbio,
que somaram R$ 2,71 bilhões. O presidente afirmou que as perdas não foram
conseqüência da crise financeira internacional. "Não foi por causa da
crise, mas da especulação. Essas empresas vinham especulando contra a
moeda brasileira. Vinham praticando, por ganância, uma especulação nada
recomendável", declarou. Ele voltou a defender que a economia brasileira
vai bem, apesar da crise. (DCI - 06.10.2008) 11 Real é a moeda que mais tem se desvalorizado ante o dólar Entre as principais
moedas, o real é a que mais tem se desvalorizado ante o dólar. No período
de um mês terminado ontem, a divisa brasileira perdeu 22,88%: em 2 de
setembro, era necessário R$ 1,665 para comprar um dólar. Ontem, o valor
já estava em R$ 2,046. Enquanto isso, o euro teve baixa de 4,8%, e o iene
avançou 2,12%. "É surpreendente que o real tenha o pior desempenho, considerando
que os fundamentos da economia do Brasil continuam muito bons", diz Win
Thin, estrategista sênior de câmbio da corretora Brown, Brothers, Harriman
& Co. em Nova York. "Mas o cenário está (Folha de São Paulo - 04.10.2008)
O IPC medido
pela Fipe fechou com alta de 0,38% e manteve, em setembro, a mesma taxa
de agosto. Esta variação foi a terceira menor do ano e ficou acima apenas
da taxa medida na segunda e na terceira prévias de agosto - 0,34% e 0,35%,
respectivamente. Dos sete grupos pesquisados, apenas alimentação apresentou
deflação (-0,32%), mas com ritmo de recuperação. No fechamento de agosto,
a taxa havia recuado -0,49%. Houve desaceleração em habitação, que passou
de uma variação de 1,03%,em agosto para 0,72%. Em despesas pessoais, o
IPC fechou o mês com 0,81% ante 0,75% em agosto, e 0,98% na terceira prévia
de setembro. (Gazeta Mercantil - 06.10.2008) O dólar comercial
era transacionado minutos atrás com forte alta, de 3,91%. Assim, a moeda
estava a R$ 2,1240 na compra e a R$ 2,1260 na venda. No mercado futuro,
os contratos de novembro negociados na BM & F ganhavam 3,78%, a R$ 2,138.
Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial saiu cotado a R$ 2,0440
na venda e a R$ 2,0460 na compra, acréscimo de 1,13%. (Valor Online -
06.10.2008)
Internacional 1 Venezuela liga térmicas para atender demanda Pequenas usinas
elétricas alimentadas por combustível e instaladas em povoados distantes
são uma das receitas do governo venezuelano para democratizar o acesso
à energia e frear o descontentamento gerado pelos recentes apagões. Cada
uma dessas usinas beneficia uma média de 6 mil famílias em áreas onde
as quedas de eletricidade ocasionavam apagões freqüentes ou onde até pouco
tempo as fontes de energia eram a madeira e o querosene. O plano do governo
do presidente Hugo Chávez é gerar antes do primeiro semestre de 2009 até
1 mil MW graças a essas pequenas usinas que fazem parte da chamada "Revolução
Energética", com a qual o Executivo deseja responder a um crescimento
anual da demanda que se aproxima dos 600 MW. (Gazeta Mercantil - 06.10.2008)
2 Intensificada eletrificação no Peru A região Lambayeque,
no Peru, fechará 2008 com um investimento de 95 milhões de novos soles
na execução de um intenso programa de eletrificação rural iniciado há
dois anos na área, informou o vice-ministro de Energia, Pedro Gamio. A
meta para 2011, recordou, é "que de cada 10 peruanos, nove contem com
energia elétrica. É uma maneira de garantir que as receitas sejam redistribuídas,
para que mais peruanos participem das benefícios do mercado da economia
moderna". Destacou, igualmente, que foi levado adiante, por decisão do
Conselho de Ministros e no âmbito da delegação de poderes, um decreto
legislativo que torna viável a construção de grandes parques eólicos na
Costa peruana. (El Peruano - Peru - 06.10.2008)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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