l IFE: nº 2.360 - 03
de outubro de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás
e Termelétricas Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional Biblioteca
Virtual do SEE
Regulação e Reestruturação do Setor 1 Gesel: Crise pode alterar expectativa de participação do BNDES No Enase
foi apresentada a sondagem sobre tendências do setor elétrico, coordenada
por Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ.
Segundo a pesquisa, a crise financeira internacional pode alterar a expectativa
de queda na participação do BNDES na fatia de investimentos para o setor.
Na sondagem, respondida por 15 entidades, os agentes apostaram, em sua
maioria, que o volume de investimentos necessário para os próximos anos
poderá exceder os recursos disponíveis para energia elétrica. Na enquete,
53,3% apostaram nessa possibilidade. Na pesquisa, 13,3% afirmaram que
o banco será capaz de financiar a maior parte dos investimentos necessários,
enquanto 33,3% ponderaram que a disponibilidade de crédito pode ser uma
ameaça para a expansão do sistema. (Valor Econômico - 03.10.2008) 2 Gesel: Otimismo do empresariado apesar da crise De acordo
com a pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel),
60% das entidades do setor estimam que a crise internacional deve gerar
desdobramentos sobre a economia brasileira. O curioso é que 6,7% acreditam
que estes desdobramentos podem ser positivos. "Eles vêem como uma oportunidade
de atrair investimentos", comentou Nivalde de Castro, coordenador do grupo.
O professor ressaltou que em geral há certo otimismo por parte do empresariado.
A maior parte (86,7%) acredita que o crescimento do faturamento entre
2009 e 2012 será acima da inflação e 13,3%, que será igual. (Jornal do
Commercio - 03.10.2008) 3 GESEL: SE blindado contra crise, diz Nivalde de Castro Mesmo que
o cenário financeiro internacional oscile e demore a se recuperar, o setor
elétrico brasileiro tem condições de ser um captador de primeira instância.
A avaliação é do coordenador do Gesel/UFRJ, Nivalde de Castro. Para ele,
o segmento está "blindado contra crise externa". A blindagem seria possível
porque o endividamento das empresas de eletricidade no país está em moeda
nacional. Além disso, as companhias, ao venderam energia, garantem-se
com contratos de longo prazo, explicou Nivalde. Com relação ao leilão
A-5, Nivalde foi categórico: "o A-5 deveria ter sido adiado". O governo
deveria ter revisado a demanda para 2013, que, de acordo com ele, foi
superestimada. O ideal seria aguardar um pouco até que a situação financeira
internacional atual se estabilizasse. (Brasil Energia - 02.10.2008) 4
Belo Monte R$ 2 bi mais cara 5 Santo Antonio fecha contrato de venda no mercado livre O presidente
do consórcio Madeira Energia, que arrematou a usina hidrelétrica de Santo
Antônio no Rio Madeira, Roberto Simões, assumiu há dois meses o cargo
com a incumbência de tocar o negócio e dissociar o empreendimento da disputa
em torno da usina de Jirau, segundo projeto previsto para o mesmo rio.
Focado na gestão da empresa, Simões, egresso da Braskem, já estima um
faturamento mínimo de R$ 2 bilhões por ano a partir da entrada em funcionamento
de todas as 44 turbinas que serão levadas ao Rio Madeira, em Porto Velho,
estado de Rondônia. Para garantir esse mínimo de retorno, a empresa vai
precisar negociar bem os 30% da energia que está liberada para ser vendida
no mercado livre. O preço da energia no mercado livre para garantir o
retorno mínimo esperado para o projeto não pode ser inferior a R$ 130
o MW/h. Isso porque o preço acertado para o mercado cativo, que vai absorver
70% da energia, foi de R$ 78,78 o MW/h. Na média, a energia ficaria em
torno de R$ 105. (Valor Econômico - 03.10.2008) 6 Argentina devolve toda energia brasileira O MME informou
nesta quinta-feira (2/10) que a Argentina já devolveu todos os 72.628
MWh enviados ao país vizinho. Com a antecipação em dois meses, a "conta"
foi fechada na última terça-feira (30/9). O Brasil começou a enviar energia
para a Argentina no dia 10 de maio. A idéia era ajudar o país vizinho,
que passava por dificuldades por conta de um rigoroso inverno. A ajuda
brasileira foi por um período de quatro meses (maio a agosto). O país
começou em julho a exportação de 72 MW médios para o Uruguai. O acordo
deve terminar neste mês. (Brasil Energia - 02.10.2008) 7 Abrage defende hidrelétricas, mas sem esquecer das térmicas A Abrage defendeu que a expansão do sistema elétrico seja feita através das hidrelétricas. No entanto, segundo o presidente da Abrage, Flávio Neiva, não se pode negar a necessidade e a importância das térmicas. "As térmicas têm sua importância na matriz energética. No entanto, a sua participação não deve ultrapassar a casa dos 20%", comentou Neiva. Segundo ele, o país utiliza por ano cerca de 2.800 MW médios produzidos por termelétricas, o que corresponde a um gasto de R$ 12 bilhões para os consumidores. Para Luiz Fernando Viana, presidente do conselho de administração da Apine, as fontes alternativas também têm seu papel na complementariedade da matriz. "A existência do leilão de energia eólica, previsto para acontecer no ano que vem, já vai mudar o cenário das fontes alternativas", afirmou Viana. (CanalEnergia - 02.10.2008) 8
Abiape reclama da falta de novos empreendimentos hidrelétricos 9 Abrate afirma que interligação do sistema reduz custos em geração A interligação
total do sistema elétrico nacional pode trazer reduções significativas
dos investimentos em geração, de acordo com o presidente da Abrate, José
Cláudio Cardoso. Segundo ele, a interligação Sul - Sudeste/Centro-Oeste
trouxe um ganho de 24%, ou seja, corresponde a US$ 9,1 bilhões em investimentos
evitados. O executivo disse ainda que a interligação de Tucuruí a Manaus,
licitada no último leilão de transmissão, também propiciará uma economia
de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões, por retirar de operação algumas térmicas
que abastecem a região. Assim, como o segmento de geração, as transmissoras
também querem e precisam entrar na Amazônia, segundo Cardoso. (CanalEnergia
- 02.10.2008) 10
Light critica opção pelas usinas termelétricas O MME aprovou o enquadramento da PCH Cachoeira Grande (20 MW) no Reidi. A autorização foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (2/10). O empreendimento pertence à SPE Cachoeira Grande e será instalado na cidade de Santa Maria do Suaçuí, em Minas Gerais. O Reidi suspende a exigência de pagamento do PIS/Cofins na aquisição de bens e serviços destinados a empreendimentos nos segmentos geração e transmissão de energia. O MME responde atualmente pelo enquadramento dos projetos no regime especial. A Aneel, contudo, será a nova responsável pela função, de acordo com a Portaria 319 do MME, publicada na última segunda-feira (29/9). (Brasil Energia - 02.10.2008) A Aneel definiu em R$ 363,585 milhões o valor que as distribuidoras terão de recolher para bancar a geração de energia com combustíveis fósseis nos sistemas isolados, financiada pela CCC. Os valores referentes a cada empresa foram divulgados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (2/10). As companhias da região Centro-Oeste pagarão R$ 23,406 milhões, as do Nordeste, R$ 5,104 milhões, Sul, R$ 67,930 milhões, Norte, R$ 15,111 milhões e Sudeste, R$ 206,412 milhões. Os valores terão de ser recolhidos até 10 de outubro. Em agosto, o valor fixado foi de R$ 324 milhões. (Brasil Energia - 02.10.2008) 13 ERRATA: data do fórum "Impactos e Riscos do Processo de Renovação de Concessões no Setor Elétrico" O Fórum "Impactos e Riscos do Processo de Renovação de Concessões no Setor Elétrico" a ser realizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ), será no dia 13 de novembro e não no dia 5, como anunciado ontem. O objetivo é sistematizar a posição e a preocupação das principais entidades representativas do SE. Será elaborado um documento final que será enviado para o Ministério de Minas e Energia (MME), Casa Civil, Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além de ser encaminhado para lideranças do Congresso Nacional. Outras informações pelos telefones (21) 3873-5249 e (21) 2542-2490 ou pelo e-mail ifes@race.nuca.ie.ufrj.br (GESEL-IE-UFRJ - 02.10.2008) 14 Artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite: "O segundo ocaso da energia nuclear" Em artigo à Folha de São Paulo, Rogério Cezar de Cerqueira Leite faz duras observações aos projetos de expansão da energia nuclear na matriz energética brasileira. Baseado em estudos americanos e europeus sobre custos econômicos e ambientais da energia nuclar, Leite critica os relatórios da Eletronuclear com dados sobre preços do kW para as usinas nucleares brasileiras e os laudos técnicos a respeito do tempo de meia-vida dos isótopos componentes do lixo radioativo. O autor conclui lembrando que as próximas gerações serão as verdadeiras afetadas pelo lixo das usinas, deixando clara sua posição a respeito da revisão da opção nuclear. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 03.10.2008) O evento "Energia Competitiva: Contribuindo para o Crescimento do Brasil" será promovido pela Abrace, no dia 30. Na pauta: preço do gás natural, distribuição e comercialização de energia e aprimoramento das regras. Estarão presentes Aloizio Mercadante e Bernardo Gradin, presidente da Braskem, e outros. (Folha de São Paulo - 03.10.2008)
Empresas 1 Eletrobrás ignora crise e terá papel em Nova York no dia 31 O presidente
da Eletrobrás, José Antonio Muniz, confirmou que a empresa irá iniciar
no próximo dia 31 as negociações de ações na Bolsa de Valores de Nova
York apesar da crise financeira. "É preferível ter ações na bolsa americana
agora, do que não ter", disse. Para Muniz, atualmente, os papéis da companhia
estão limitados a pequenos investidores, por serem negociados somente
em mercado de balcão. Para o presidente da Eletrobrás, ter ações negociadas
em Nova York é importante também por ser mais um passo em direção ao objetivo
de se tornar uma Petrobras do setor elétrico, como determinou o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. (DCI - 03.10.2008) 2 Eletrobrás vai pagar dividendos retidos há cerca de 30 anos A Eletrobrás quer pagar aos acionistas, ainda este ano, os dividendos de cerca de R$ 8,5 bilhões retidos desde a década de 1970, afirmou o presidente da estatal, José Antônio Muniz Lopes. Entretanto, o executivo não confirmou quando o pagamento será efetuado. "Nós vamos pagar, mas quando nós vamos pagar, não podemos falar ainda. Eu espero que seja esse ano", disse Muniz Lopes. (Setorial News - 02.10.2008) 3 CTEEP pagará R$ 115 mi a acionistas A CTEEP
informou que pagará R$ 115 milhões aos acionistas, valor total de remuneração,
a partir de 17 de outubro. De acordo com comunicado divulgado pela empresa
nesta quinta-feira (2), a soma corresponde a R$ 0,77 por ação de ambas
as classes (ordinária e preferencial). "Trata-se do valor de juros sobre
capital próprio e dividendos intermediários, referentes ao lucro acumulado
até 31 de agosto de 2008 (R$ 547,7 milhões)", informou a nota. Segundo
a companhia, a aprovação aconteceu na última reunião do Conselho de Administração,
realizada em 30 de setembro, e o pagamento será feito conforme deliberação
da Diretoria Plena da empresa, inclusive para as ações negociadas até
o dia 9 de outubro. (Setorial News - 02.10.2008) 4
Chesf realiza leilão de venda de energia na próxima segunda-feira, 6 5 Copel inaugura ampliação de subestação Com investimentos
da ordem de R$ 13 milhões, a Copel colocou em operação a nova subestação
Igapó, na região metropolitana de Londrina, no Paraná. A nova unidade
está equipada com dois transformadores de 41 MVA e pretende reforçar o
abastecimento de energia em 40 bairros da região. A subestação Igapó está
interligada às subestações Apucarana e Vera Cruz. De acordo com cálculos
da distribuidora, o empreendimento vai beneficiar diretamente 23 mil unidades
consumidoras, entre elas 1.500 estabelecimentos comerciais e mais de 500
indústrias em bairros das zonas Sul e Oeste de Londrina. (Brasil Energia
- 02.10.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 57,57% O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 57,57%, apresentando
queda de 0,33% em relação à medição do dia 30 de setembro. A usina de
Furnas atinge 90,86% de volume de capacidade. (ONS - 03.10.2008) 2 Sul: nível dos reservatórios está em 53,43% O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,46% em relação à medição do dia 30 de setembro, com 53,43% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 37,22% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 03.10.2008) 3 NE apresenta 54,67% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,46% em relação à medição do dia 30 de setembro, o Nordeste
está com 54,67% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de
Sobradinho opera com 63,16% de volume de capacidade. (ONS - 03.10.2008)
4 Norte tem 46,57% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 46,57% com variação de -0,73%
em relação à medição do dia 30 de setembro. A usina de Tucuruí opera com
79,13% do volume de armazenamento. (ONS - 03.10.2008)
Meio Ambiente 1 Estudo ambiental de Belo Monte sai este mês O presidente
da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, afirmou que a estatal deve entregar
ao Ibama até o fim do mês o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) para
a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, prevista para ir a leilão
no ano que vem e que terá capacidade de geração de 11.182 MW. Ele estima
que o custo para construção da usina será de cerca de US$ 10 bilhões.
De acordo com Lopes, o custo de construção da usina de Belo Monte orçado
em 2002 estava estimado em R$ 8 bilhões. "Mas estimo que hoje esteja em
torno de R$ 10 bilhões", disse o executivo, ontem no Enase. Lopes confirmou
que houve mudanças em relação ao projeto original. (Valor Econômico -
03.10.2008)
Gás e Termoelétricas O consumo total de gás natural no Brasil cresceu 21,4% em agosto deste ano na comparação com igual intervalo de 2007, passando de 42,01 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 51,04 milhões de m³/d, segundo dados da Abegás. Considerando apenas o mercado não-térmico (indústrias, residências, comércio, automotivo e co-geração), a expansão foi de apenas 1,08%, passando 37,18 milhões para 37,58 milhões de m³/d. (Jornal do Commercio - 03.10.2008) A crise
financeira mundial fará com que a MPX revise seu planejamento estratégico
até o fim do ano, segundo o presidente da empresa, Eduardo Karrer. A idéia
é priorizar alguns projetos em carteira de acordo com seus cronogramas
de implantação. Os impactos mais visíveis causados pelo cenário econômico
atual foram a desistência da Energias do Brasil em participar do projeto
de ampliação da UTE Porto de Pecém II e a retirada da térmica Porto Açu
do leilão A-5. O executivo afirmou que mesmo a energia da térmica Porto
de Açu não tendo sido negociada no A-5, há ainda a possibildiade de vendê-la
no mercado livre. A empresa vai aguardar os próximos meses para iniciar
as obras do empreendimento na esperança de um arrefecimento da crise financeira
dos EUA. (Brasil Energia - 02.10.2008) 3 Biomassa: ONS e empreendedores se reúnem para discutir procedimentos Cinqüenta
e um empreendedores de biomassa de cana-de-açúcar se reuniram esta semana
com o ONS para esclarecimentos de procedimentos de rede, acesso à rede
básica, assinatura de pareceres de acesso e conexão física. Segundo Carlos
Roberto Silvestrin, presidente da Cogen-SP, eles têm potência instalada
de 3,5 mil MW e colocarão no sistema 2,4 mil MW até 2013. (CanalEnergia
- 02.10.2008) 4 Exigências ambientais ameaçam Angra 3 O início
das obras de Angra 3 deverá atrasar. O cronograma inicial previa operações
a partir de 2014. Segundo o diretor de comunicação da Aben, Edson Kuramoto,
o atraso nos licenciamentos e as condicionantes impostas pelo Ibama vão
fazer com que as obras atrasem e a usina entre em operação somente em
2015. Segundo ele, com as exigências, é necessário realizar novos estudos,
que poderão impactar o preço final. Há uma semana, o assessor da presidência
da Eletronuclear, Leonam Guimarães, afirmou que a tarifa deveria ficar
em R$ 140 MW/h. (DCI - 03.10.2008)
Grandes Consumidores 1 Mineração garante que paga taxação elevada O presidente
do Instituto Brasileiro de Mineraçã, Paulo Camillo Penna, rebateu ontem,
a declaração do ministro de Minas e Energia Edison Lobão de que a taxação
sobre a exploração de jazidas é pequena e deverá subir, a partir de mudanças
que estão sendo analisadas pelo governo. "A carga tributária sobre o setor
mineral no Brasil é a maior do mundo, como já demonstrou os dados de estudo
recente elaborado pela Ernst & Young. O ministro analisou apenas um item
ao invés de toda a carga que recai sobre o setor", afirmou o presidente
do Ibram. De acordo com o estudo da Ernst & Young, o Brasil tem a maior
carga tributária do mundo na exploração de cobre, de 26,92%, e potássio,
41,6%. O País ocupa a segunda posição na carga cobrada sobre a bauxita,
34,15%, e a terceira na do minério de ferro, 19,7%. (DCI - 03.10.2008)
2 Relatório da Merrill Lynch prevê zero de alta para minério da Vale em 2009 O mercado
de minério de ferro dá os primeiros sinais de reversão nas expectativas
de reajuste de preço para o período 2009 a 2011 na avaliação do banco
americano Merrill Lynch, em relatório divulgado ontem intitulado "Minério
de ferro: à mercê dos mercados". Para o próximo, ele previa alta de 15%
no preço das grandes mineradoras. Agora, mudou: projeta que a Vale poderá
não ter aumento caso consiga fechar com todas as usinas da Ásia o reajuste
adicional de 12% que pleiteia para vigorar ainda este ano. No caso das
australianas, vão garantir 10% de alta. (Valor Econômico - 03.10.2008)
3 Para Fiat e Gerdau, crise não afetou demanda no Brasil Os empresários
Cledorvino Belini, presidente da Fiat, e Jorge Gerdau, da área siderúrgica,
disseram ontem que a crise não afetou a demanda em ambos os setores no
Brasil. Eles garantiram que vão manter os planos de investimentos. A Fiat
pretende investir R$ 6 bilhões até 2010. Segundo Belini, a escassez de
crédito internacional não será um empecilho porque a montadora tem recursos
para financiar os projetos. "Uma das missões da nossa empresa é gerar
caixa para fazer investimentos", afirmou.(Folha de São Paulo - 03.10.2008)
Economia Brasileira 1 BC volta a mexer no compulsório e libera até R$ 23,5 bi para o sistema O Banco Central anunciou ontem à noite uma nova flexibilização de recolhimentos compulsórios dos bancos, em mais uma reação à crise financeira mundial que afetou a liquidez do mercado doméstico. A medida saiu um dia depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou à equipe econômica que cuide para não faltar crédito a pessoas físicas e jurídicas no Natal. No limite, se os bancos usarem todo o potencial previsto, a medida pode colocar mais R$ 23,5 bilhões no sistema financeiro. Há poucos dias o BC já havia decido uma flexibilização que liberava outros R$ 13 bilhões. A mudança permite que recolhem menos compulsório sobre recursos a prazo especificamente os bancos que vierem a adquirir operações de crédito de outras instituições financeiras. A dedução poderá chegar a 40% do total que seria recolhido sem o abatimento. (Valor Econômico - 03.10.2008) 2 BC pode leiloar dólares para exportador A equipe econômica apresentou ao presidente Lula um plano de ação com vários cenários de medidas para combater os efeitos da crise norte-americana no Brasil. Um deles será adotado apenas depois de uma avaliação sobre a evolução do quadro nos Estados Unidos. Segundo relato de um assessor do ministro Guido Mantega (Fazenda), o plano de ação tem cardápios diferentes, levando em conta se o pacote de US$ 850 bilhões do governo norte-americano será ou não aprovado pelo Congresso. Entre as medidas em estudo, estão leilão de dólares do BC direcionados diretamente a exportadores com compromisso de recompra (uma espécie de linha de crédito), capitalização do BNDES, remanejamento de recursos do Orçamento para o campo e reforço de linhas de crédito para exportação pelo Banco do Brasil. (Folha de São Paulo - 03.10.2008) 3
BC teme ser "obrigado" a impor aperto monetário em 2009 4 IBGE: Crise mundial e alta dos juros ainda não afetaram produção industrial A queda
da produção industrial, que recuou 1,3% em agosto, não está relacionada
à crise financeira internacional nem ao aumento da taxa básica de juros,
a Selic, que começou a ser elevada em abril. A avaliação é do economista
Sílvio Sales, responsável pela Pesquisa Industrial Mensal IBGE. Segundo
Sales, dois fatores explicam o recuo da produção medido pela pesquisa
que, de uma forma geral, ainda não afeta a tendência de crescimento para
o resto do ano. Sales atribui a queda à especificidade de calendário do
mês de agosto, com dois dias úteis a menos que o mês anterior, e também
ao crescimento robusto dos primeiros meses do ano. "Parte da queda de
1,3% tem a ver com o fato de que por dois meses consecutivos a indústria
vinha crescendo de uma forma muito forte e acumulando um crescimento de
4,3%", explicou. (Agência Brasil - 02.10.2008) 5 Resultado reflete alta da Selic O ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, atribuiu
a redução da produção industrial em agosto em relação ao mês anterior
ao aumento da Selic e à redução da demanda, uma vez que a economia brasileira
vinha apresentando crescimento robusto. "Eu atribuo o fato de termos crescido
muito anteriormente, ao aumento da Selic e redução da demanda, uma coisa
natural", disse o ministro ao comentar os dados do IBGE sobre a produção
industrial que registrou queda de 1,3% em agosto em relação ao mês anterior.
Miguel Jorge descartou que o governo pretenda facilitar o crédito para
o varejo e para o consumidor. Segundo ele, a crise internacional até agora
não teve efeitos sobre a economia real do país. (Gazeta Mrrcantil - 03.10.2008)
6 Estrangeiros tiram R$ 1,8 bi A participação de investidores estrangeiros na bolsa brasileira atingiu 36,8% em setembro, um crescimento de 2,1 pontos porcentuais em relação a agosto.Em setembro, esses investidores movimentaram R$ 88,786 bilhões. O giro total da bolsa foi de R$ 241,295 bilhões. Os estrangeiros compraram o equivalente a R$ 43,486 bilhões e venderam R$ 45,299 bilhões, o que resultou em uma saída líquida de R$ 1,812 bilhão. O movimento de fuga das ações brasileiras se acelerou à medida que se aprofundou a crise internacional. (O Estado de São Paulo - 03.10.2008) 7
Governo empenha 55% dos recursos destinados ao PAC 8 Inflação em SP fica em 0,38% em setembro A inflação
ao consumidor em São Paulo em setembro registrou a mesma variação verificada
em agosto, reflexo de um aumento mais moderado dos custos com Habitação
e uma redução menor dos preços dos alimentos. O IPC da Fipe subiu 0,38
por cento no mês passado, mesma taxa apurada em agosto, mostraram dados
divulgados nesta sexta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam
uma taxa de 0,36 por cento, segundo a mediana e a média de 23 prognósticos,
que oscilaram de 0,32 a 0,41 por cento. Os custos do grupo Habitação subiram
0,72 por cento em setembro, uma desaceleração frente ao avanço de 1,03
por cento apurado no mês anterior. (Reuters - 03.10.2008) O dólar
comercial apresentava acréscimo de 1,53% minutos atrás, a R$ 2,052 na
compra e a R$ 2,054 na venda. Na abertura, marcou R$ 2,030. Já no mercado
futuro, os contratos de novembro negociados na BM & F avançavam 1,35%,
a R$ 2,062. Ontem, o dólar comercial disparou 5,09%, a R$ 2,021 a compra
e R$ 2,023 na venda. (Valor Online - 03.10.2008)
Internacional A russa
Gazprom, a maior exportadora de gás do mundo, vai explorar gás num campo
venezuelano offshore que foi abandonado pela norueguesa StatoilHydro.
O anúncio foi feito ontem por Eulogio del Pino, vice-presidente da estatal
venezuela PDVSA. (Valor Econômico - 03.10.2008) 2 França e Venezuela firmam acordos energéticos e ampliam cooperação O ministro
francês de Assuntos Exteriores, Bernard Kouchner, e o chanceler venezuelano,
Nicolás Maduro, firmaram hoje 10 acordos de cooperação em diversos campos,
como energia, tecnologia, militar, industrial, telecomunicações e luta
contra o narcotráfico. Estes acordos vão gerar nos próximos meses "importantes
investimentos", disse Maduro. Entre os acordos firmados figura um sobre
energia, que contempla investimentos franceses no setor petroleiro e de
gás na Venezuela. Neste âmbito, Kouchner explicou que a França ajudará
a Venezuela a explorar energias alternativas e renováveis, entre essas
a nuclear para uso civil. Kouchner ressaltou que a energia nuclear "é
a menos contaminante" e a França está disposta a trabalhar com a Venezuela
nesse campo. (El Nacional - Venezuela - 03.10.2008) 3 EDF negocia parceria com KKR A EDF, energética francesa, informou que está negociando com a firma de private equity KKR uma parceria para fazer nova oferta pela americana Constellation Energy, acima da oferta de US$ 4,7 bilhões do bilionário americano Warren Buffett. A EDF, que é acionista da Constellation, considera baixo o preço oferecido por Buffett. (Valor Econômico - 03.10.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 LEITE, Rogério Cezar de Cerqueira. "O segundo ocaso da energia nuclear" Folha de São Paulo. São Paulo, 03 de outubro de 2008. Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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