l IFE: nº 2.356 - 29
de setembro de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Meio
Ambiente Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Regulação e Reestruturação do Setor 1 Estudo do GESEL- UFRJ sobre mercado livre Estudo antecipado
pelo DCI mostra que grandes consumidores de energia elétrica (consumidores
livres), antes atraídos pelos preços baixos da energia excedente, estão
enfrentando problemas para fechar novos contratos de energia elétrica
para sustentar expansão da atividade produtiva. Uma alternativa está sendo
a migração para o mercado regulado - mais caro por arcar com instrumentos
de segurança de fornecimento. Mas esta alternativa é insuficiente e o
resultado desta escassez de oferta de energia, é uma elevação das tarifas
no mercado livre, o que tende a diminuir a competitividade da indústria.
O Prof. Nivalde de Castro, do GESEL / UFRJ, está coordenando estudo sobre
os problemas e possíveis alternativas para este mercado. Para o ex-ministro
de Minas e Energia, Nelson Hubner, que participa deste estudo, assinala
que o mercado livre não pode, por definição, ser regulado. Atualmente,
o mercado livre já representa 27,71% da energia do sistema nacional integrado
são de consumidores livres, incluindo-se autoprodutores e os consumidores
livres-cativos. (DCI - 25.09.2008) 2 GESEL participa da Edição Comemorativa do Enercon O Enercon completa
10 anos de bons resultados para o setor de energia elétrica. A Edição
Comemorativa do Consagrado Fórum dos Líderes do Mercado de Energia Brasileiro
será realizada em São Paulo, de 28 a 30 de outubro, e aproveita o embalo
do horário de verão, que existe justamente com o objetivo de descentralizar
o consumo de energia elétrica, para dar mais um passo em direção à eficiência
do planejamento energético. De acordo com Gabriela Silva, gerente de projetos
do Informa Group, empresa organizadora do evento, o encontro vai abordar
diversos temas relevantes para o futuro do setor elétrico. Um dos participantes
que estarão encarregados de discutir os prós, contras e as formas de se
promover a integração energética entre os países da América do Sul, o
professor Nivalde de Castro, coordenador do Gesel / UFRJ, lembra que o
país já tem dois importantes marcos dessa política que comprovam as vantagens
energéticas que o país pode obter: a hidrelétrica de Itaipu, construída
pelo Brasil e Paraguai; e o gasoduto Bolívia-Brasil. - A atuação de estatais
como Eletrobras e Petrobras diminuem o risco político dos projetos e do
próprio processo de integração - garante Nivalde. (Jornal do Brasil -
26.09.2008) 3 Baixo Iguaçu: ICMBio suspende autorização para emissão de LP, diz MPF O MPF do Paraná
informou na última quinta-feira, que o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade
suspendeu a autorização para o licenciamento prévio da hidrelétrica de
Baixo Iguaçu (PR-350 MW). A usina está prevista para ser ofertada no leilão
A-5 na próxima terça-feira, 30. Segundo o MPF/PR, o Instituto Ambiental
do Paraná, responsável pela emissão da LP, não cumpriu condicionantes
e complementos impostos pelo ICMBio para a a concessão da licença. Por
esse motivo, o presidente do instituto, José Fernandes Barreto de Mello,
emitiu ofício comunicando que não havia anuência para o processo ambiental.
(CanalEnergia - 26.09.2008) 4 Ibama diz que colocará urgência em eventual análise
de UHE Baixo Iguaçu 5 ICMBio vai analisar real impacto de UHE Baixo Iguaçu em parque nacional O Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade montou um grupo técnico para analisar o
real impacto da hidrelétrica de Baixo Iguaçu (PR-350 MW). "Após a notificação,
pedi informações sobre o assunto e vi que a documentação que tinhamos
no instituto era precária", disse Rômulo José Fernandes Barreto Mello,
presidente do ICMBio. O grupo técnico vai analisar minuciosamente a documentação
referente ao empreendimento. "O IAP acabou de mandar o estudo de impacto
ambiental da usina", completou. Os técnicos vão comparar os impactos descritos
no EIA com o plano de manejo do principal parque nacional do país. (CanalEnergia
- 26.09.2008) 6 Baixo Iguaçu perde licença e está fora do leilão de amanhã O Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) suspendeu a autorização que validava
a licença prévia ambiental da usina Baixo Iguaçu, única hidroelétrica
que irá disputar o leilão de energia nova para contratar a demanda das
distribuidoras em 2013, denominado A-5. A informação foi divulgada pelo
MPF/PR, que é autor de uma ação civil pública contra o processo de licenciamento
ambiental do empreendimento. Com isso, a usina deve ficar de fora do leilão
A-5, marcado para amanhã (30), já que a licença ambiental é pré-requisito
para qualquer usina participar do certame. (DCI - 29.09.2008) 7 Odebrecht foca energia e já mira Belo Monte Roberto Simões, presidente da Madeira Energia, responsável pela construção e operação da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, aposta numa rápida expansão. Responsável pelos estudos de viabilidade e o desenvolvimento inicial dos projetos de Santo Antônio e Jirau, numa parceria com Furnas, a Odebrecht está "interessadíssima" e acompanhando a disputa por Belo Monte, próxima grande usina amazônica a ser licitada. Com um plano de diversificação ainda em curso, para estar presente em hidro, termo a óleo e a gás, o grupo identificou uma oportunidade de rápido crescimento com as mudanças no modelo energético e o incentivo a parcerias público-privadas e concessões. (Jornal do Commercio - 29.09.2008) 8 Aneel realiza audiência sobre CCC
em Brasília 9 MME enquadra LTs e PCHs no Reidi O MME aprovou
o enquadramento de projetos de linhas de transmissão e de pequenas centrais
hidrelétricas no Reidi, segundo portarias publicadas no Diário Oficial
da União desta sexta-feira, 26 de setembro. A Brasnorte Transmissora de
Energia conseguiu o enquadramento das LTs Juba -Jauru e Maggi - Nova Mutum,
ambas em tensão de 230 kV, além das subestações Juba, em 300 MVA, e Maggi,
em 100 MVA. Os empreendimentos estão localizados no Mato Grosso. A Criúva
Energética teve a PCH Criúva (RS-23,5 MW) beneficiada pelo Reidi. Também
foram beneficiadas as PCHs Angelina (SC-26,27 MW), da Lumbrás Energética;
Arvoredo (SC-11,07 MW), da SPE Arvoredo Energia; e Varginha (MG-7 MW),
da SPE Varginha. (CanalEnergia - 26.09.2008) 10 Brasil e Paraguai começam negociações sobre Itaipu
Empresas 1 Especialistas do SE: privatização da Cesp abriria caminho para a formação de cartéis O pleito do
governo paulista sobre o alargamento do prazo de concessão das principais
hidrelétricas da Cesp será encaminhado ao Conselho Nacional de Política
Energética, que se pronunciará sobre a questão. Segundo o governo estadual,
esta seria condição sine qua non para a privatização da empresa. Diante
disso, experientes engenheiros do setor elétrico e catedráticos de direito
da USP e da PUC enviaram aos membros daquele conselho um documento ponderando
que a privatização da Cesp abriria caminho para a formação de cartéis
que dominariam o sistema elétrico, da geração à distribuição, expondo
os consumidores a aumentos tarifários e a cortes de eletricidade. O documento,
assinado por Fábio Konder Comparato e Celso Antônio Bandeira de Melo e
pelos engenheiros Joaquim Francisco de Carvalho, Adriano Murgel Branco
e José Gelásio da Rocha, também deixa claro que a privatização da Cesp
oneraria desnecessariamente o já deficitário balanço de pagamentos do
país, pois, ao que tudo indica, o comprador seria estrangeiro. (Folha
de São Paulo - 28.09.2008) 2 Eletrobrás iniciará negociação de ADRs nos EUA no final de outubro A Eletrobrás informou na sexta-feira, 26, que obteve registro na Securities and Exchange Commission norte-americana, o que permite que a estatal possa negociar ADRs na Bolsa de Nova Iorque. Segundo a Eletrobrás, a listagem oficial das ações na Bolsa de Nova Iorque está prevista para o dia 31 de outubro. Os ADRs das ações ordinárias terão o símbolo EBR, enquanto as ações preferenciais classe B serão listadas sob o código EBR.B. Ainda de acordo com a empresa, os ADRs fazem parte de um conjunto de medidas que têm como objetivo melhorar a liquidez e a cotação das ações, além de proporcionar condições favoráveis em "futuras captações de recursos necessários ao programa de investimentos da companhia". (CanalEnergia - 26.09.2008) A presidência
de Furnas vai mudar de comando, mas continuará na cota do PMDB. O arquiteto
Luiz Paulo Conde, do partido, deixou o cargo devido a problemas de saúde,
porém o substituto dele será um funcionário de carreira da geradora ligado
ao partido da base governista. O superintendente de Furnas, Carlos Nadalitti
Filho, deve assumir o comando da principal geradora de energia do país.
O Conselho de Acionistas se reúne no dia 3 de outubro para referendar
o nome que ainda precisa ser ratificado pelo Conselho Administrativo da
empresa. No entanto, o acerto político dentro da base do governo já foi
feito para garantir que Nadalitti assuma o cargo e mantenha a presidência
da empresa nas mãos do PMDB. (Jornal do Brasil - 26.09.2008) 4 Cemig anuncia desativação da UTE Formoso 5 Cemig Geração faz alteração em 3 subestações A Cemig Geração
e Transmissão aprovou ontem por meio do conselho de administração alterações
nas subestações Acesita, Ipatinga 1 e Timóteo. Além disso, a empresa informou
a celebração de convênio com a PM do Estado de Minas Gerais, de termo
aditivo ao contrato de pestação de Serviços de Operação e Manutenção da
UHE Aimorés, projeto UHE Três Marias, reformas e melhorias e termo aditivo
ao contrato de concessão de geração de energia elétrica. (Jornal do Brasil
- 26.09.2008) A Copel vai
investir R$ 49 milhões na expansão do sistema elétrico em Curitiba (PR).
Desse montante, R$ 34 milhões serão aplicados na construção e ampliação
de subestações, e os R$ 15 milhões restantes em LTs. (DCI - 29.09.2008)
7 Interligação Elétrica Sul é criada oficialmente A CTEEP informou
que foi constituída definitivamente a Interligação Elétrica Sul, que terá
sede na cidade e estado de São Paulo. De acordo com a CTEEP, a Interligação
Elétrica Sul poderá, por deliberação da diretoria, independentemente de
reforma estatuária, abrir, transferir ou fechar filiais, sucursais, agências,
escritórios, depósitos ou almoxarifados em qualquer parte do território
nacional ou no exterior. A CTEEP informou também a aprovação da subscrição
de 1000 ações ordinárias nominativas, de classe única, sem valor nominal,
com preço de emissão de R$ 1,00 cada. (Jornal do Brasil - 26.09.2008)
No pregão do dia 26-09-2008, o IBOVESPA fechou a 50.782,99 pontos, representando uma baixa de 2,02% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,09 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,66%, fechando a 16.590,08 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 27,50 ON e R$ 23,65 PNB, alta de 4,29% e 1,55%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 29-09-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 27,60 as ações ON, baixa de 4,73% em relação ao dia anterior e R$ 23,30 as ações PNB, baixa de 1,52% em relação ao dia anterior. (Investshop - 29.09.2008)
Leilões 1 Leilão A-3reverte quadro e leva a excedente de energia em 2011 O último Leilão
de Energia Nova (A-3), realizado pela EPE no dia 17 deste mês, permitiu
ao setor elétrico brasileiro sair de uma situação de "leve déficit estrutural"
de oferta de energia de 716 MWmed para um quadro de "razoável" excedente
de energia em 2011: 400 MWmed - mesmo sem considerar o Leilão de Reserva
realizado em agosto. Nele, segundo dados da EPE - empresa que planeja
o setor elétrico brasileiro - a oferta de energia prevista para entrar
no SIN até 2011 foi considerada "mais do que suficiente" para atender
ao mercado regulado (consumidores ligados às empresas distribuidoras)
e livre (grandes consumidores). (Agência Brasil - 28.09.2008) 2 EPE realiza na terça-feira Leilão de Energia Nova A EPE promove terça-feira (30) o Leilão de Energia Nova A-5. Os projetos inscritos totalizam uma capacidade instalada de geração de 25.252 MW. A EPE, no entanto, estimou que a quantidade real que poderá ser posta à venda na licitação - chamada de garantia física - equivale a 15.232 MWmed que estarão disponíveis para o mercado nacional a partir de 2013. De acordo com informações divulgadas pela empresa, no início do mês 146 usinas foram habilitadas para participar do leilão. Para o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, isso demonstra, mais uma vez, que existem diversas empresas dispostas a investir no setor elétrico brasileiro, o que "dá tranqüilidade e garantia de que não faltará oferta para atender ao crescimento do mercado". (Agência Brasil - 28.09.2008) 3 Termoelétricas dominarão o leilão A-5 com saída de Iguaçu A suspensão
da autorização, por pelo menos 15 dias, do Licenciamento Prévio para a
usina hidroelétrica do Baixo Iguaçu, que participaria amanhã do leilão
de energia nova A-5, é mais um fato que reforça a preocupação do setor
elétrico brasileiro quanto a forte presença de fontes energéticas consideradas
"sujas" nas disputas. No certame desta terça, apenas um parque eólico
concorrerá em um horizonte de 49 termoelétricas. Além da questão ambiental,
há o preço-teto mais elevado para o certame, que era R$ 123 para a hídrica
e R$ 146 para a térmica/eólica. (DCI - 29.09.2008) 4 Aneel promove 2º Leilão de Linhas de Transmissão de 2008 na sexta-feira A Aneel promove
na próxima sexta-feira (3), na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o 2º
Leilão de Linhas de Transmissão 2008. Para participar, as garantias financeiras
e os documentos de inscrição terão que ser apresentados até esta quarta-feira
(1º). A lista de empresas aptas a participar da licitação será divulgada
no dia seguinte, quinta-feira (2). Dividido em sete lotes, o leilão envolve
a construção, em um prazo de 18 a 24 meses, de 356 quilômetros de linhas
que passarão por seis estados: Piauí, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande
do Sul, Bahia e Pernambuco. (Agência Brasil - 28.09.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica 1 ONS: relação carga/PIB muda com aumento de autoprodução e eficiência O ONS divulgou
nesta sexta-feira, 26 de setembro uma análise sobre a mudança da relação
entre carga e Produto Interno Bruto ocorrida no primeiro semestre. Enquanto
o PIB cresceu 6% no país, a demanda de energia aumento apenas 2,7%. Fatores
conjunturais como efeito do La Niña, que trouxe temperaturas amenas, e
a alta do Preço de Liquidação de Diferenças, que inibiu o aumento de produção
dos consumidores, contribuiram. Além desses fatores, a mudança de comportamento
do consumidor brasileiro também influenciou o resultado. Na indústria,
o ONS aponta a modernização do parque produtivo tem proporcionado um uso
mais racional e eficiente da energia elétrica. O aumento da autoprodução
e o maior peso no PIB de setores menos intensivos no uso de energia também
tem contribuído para o comportamento da carga. (CanalEnergia - 26.09.2008)
2 Preço do mercado livre de energia apresenta queda para a semana O PLD registrou uma queda para a semana de 27 de setembro a 03 de outubro. Os valores foram divulgados no fim da noite desta sexta-feira, pela CCEE. O valor - no patamar de carga pesada - ficou em R$ 101,80 para todos os submercados. O mesmo ocorreu em relação ao patamar de carga média no qual o valor ficou em R$ 100,39. Já o patamar leve ficou nivelado em R$ 100,23. De acordo com o presidente da CCEE, Antônio Carlos Fraga Machado, a nova função de custo futuro provocou uma redução nos valores do PLD desta semana. "A redução da projeção de carga para o sistema e o aumento da oferta de energia até 2012, por meio da inclusão da energia de reserva, foram fundamentais para a redução do preço", explicou. (Setorial News - 27.09.2008) De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 27/09/2008 a 03/10/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Meio Ambiente 1 Ibama vai reduzir em 60% o prazo para os licenciamentos O Ibama
tem a meta de reduzir em 60% o prazo para a emissão das licenças ambientais,
de acordo com o presidente do órgão, Roberto Messias. Para isso, segundo
ele, estão sendo postas em prática quatro medidas, que incluem a abertura
de concursos para aumentar o número de analistas ambientais do quadro
do Ibama, acordos de cooperação com universidades e centros de tecnologia,
melhoria da capacidade de trabalho de análise dos servidores internos
e a montagem de núcleos do Ibama nos diversos estados para a agilizar
os processos locais. Ele disse ainda que espera que o Ibama deixe de ser
um local de burocracias para se tornar um órgão onde a inteligência tem
que prevalecer. (CanalEnergia - 26.09.2008) 2 Ibama quer descentralizar concessão de licenças O Ibama pretende descentralizar a concessão de licenciamentos que sejam de âmbito local, transferindo essa competência para estados e municípios. Para os empreendimentos pequenos e interesse estritamente local, a própria lei determina que sejam tratados pelo município, observou o presidente do Ibama, Roberto Messias Franco. Os projetos de grande porte que não tenham interesse nacional devem ter o licenciamento concedido pelo estado. Como alguns estados brasileiros não têm boa estrutura de análise ambiental, Roberto Messias sugeriu que o Ibama colabore para que a análise seja bem feita. Já os projetos locais que tenham interesse nacional serão licenciados pelo órgão. (Gazeta Mercantil - 29.09.2008) 3 BNDES: demanda por financiamento ambiental ainda é menor que oferta Longe de
ser afetado pelas perspectivas de redução do volume de recursos em tempos
de nova crise rondando a economia global, o financiamento ambiental no
Brasil vive uma situação particular: informações do BNDES dão conta de
que existe mais dinheiro disponível do que demanda para custear projetos
focados em sustentabilidade. Do ano passado até este ano a procura dobrou,
nesse segmento, mas ainda assim está aquém do que o banco poderia financiar.
O chefe do Departamento de Meio Ambiente e Responsabilidade Social da
instituição, Eduardo Bandeira de Mello, assegura que o BNDES tem capacidade
de financiar qualquer demanda. (Jornal do Commercio - 29.09.2008)
Gás e Termoelétricas 1 MPX deposita garantias para Porto do Pexém II e Porto do Açu A MPX Energia informou ao mercado nesta sexta-feira, 26 de setembro, que aportou as garantias para a participação no leilão A-5, previsto para a próxima terça-feira, 30 de setembro. A empresa tem pré-qualificados para participar no certame os projetos da usina térmica Porto do Pecém II (CE, 360 MW) e um módulo do projeto da térmica Porto do Açu (770 MW). Com isso, a empresa pretende vender no leilão montante que corresponde a uma capacidade instalada de 1.130 MW. A UTE Porto do Pecém II recebeu licença de instalação da Superintendencia Estadual do Meio Ambiente do Ceará. A empresa optou por não despositar garantias para disputar a hidrelétrica Baixo Iguaçu (350 MW). Segundo a MPX, considerando o preço-teto de R$ 123 por MWh, a análise do projeto não foi economicamente atrativa. O plano de negócios da companhia previa uma participação de 70% no projeto, condicionada ao sucesso no processo licitatório. O investimento total para desenvolver este projeto, previsto no plano de negócios, era de US$ 1.500 por kW. (CanalEnergia - 26.09.2008) 2 Manaus Energia tem três térmicas liberadas para operação A Manaus Energia
teve três térmicas liberadas para operação comercial e em teste das unidades
geradoras, segundo despachos publicados no Diário Oficial da União desta
sexta-feira, 26 de setembro. A usina Cidade Nova teve as unidades geradoras
3, 4, 5 e 7 liberadas para uso comercial e as unidades 1, 9, 10 e 11 para
testes. Cada unidade tem 1,6 MW de capacidade instalada. Já a termelétrica
Flores vai operar comercialmente as turbinas 1, 3, 5, 6 e 9; e em teste
a unidade 8. A capacidade é de 1,6 MW para cada turbina. A UTE São João
teve dezenove unidades geradoras liberadas para uso comercial e outras
sete para testes. A capacidade das unidades é a mesma das outras duas
usinas. Todos os empreendimentos ficam em Manaus. A PCH Porto das Pedras,
no Mato Grosso do Sul, teve as unidades geradoras 1 e 2 liberadas para
início de operação em teste nos próximos sábado, 27, e quarta-feira, 1º
de outubro, respectivamente. A PCH, cujas turbinas têm capacidade conjunta
de 28,03 MW, pertence a Empresa Energética Porto das Pedras. (CanalEnergia
- 26.09.2008) 3 Projeto básico de Angra 3 ainda não foi entregue, diz Ibama O projeto básico
ambiental de Angra 3, que englobe todo o empreendimento, desde as construções
civis até as nucleares, ainda não foi entregue ao Instituto Brasileiro
de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis. A afirmação é do presidente
do órgão ambiental, Roberto Messias, que esteve presente nesta sexta-feira,
26 de setembro, ao Seminário "Panorama e desafios do licenciamento ambiental
no Brasil", promovido pela Coppe/UFRJ. De acordo com ele, esse projeto
básico é que vai permitir a emissão da licença de instalação para toda
a usina. (CanalEnergia - 26.09.2008)
Grandes Consumidores 1 Vale adia sua saída da Usiminas, mas não descarta aquisições A crise econômica
mundial tem afetado o papel das empresas brasileiras na Bolsa de Valores.
Isso levou a Vale a postergar sua decisão de vender sua participação na
Usiminas. "Vontade de sair nós temos, mas não há pressa nem necessidade
de sair de qualquer maneira ou a qualquer preço. Não estamos com pressa",
afirmou o presidente da Vale, Roger Agnelli, durante entrevista coletiva
na última sexta-feira, após o Fórum de Sustentabilidade, promovido pela
companhia, na sede da Firjan. (DCI - 29.09.2008) 2 Vale amplia transparência com novas diretrizes de sustentabilidade Atenta às exigências
globais de aumento da transparência corporativa e de maior rigor no controle
dos impactos das atividades empresariais no equilíbrio climático, a Vale
aderiu ao modelo GRI, um dos mais respeitados no mundo para a publicação
de Relatório de Sustentabilidade, e lançou as Diretrizes Corporativas
sobre Mudanças Climáticas e Carbono, na sexta-feira. As novidades foram
apresentadas pelo diretor-presidente da mineradora, Roger Agnelli, e pelo
seu diretor-executivo de Gestão e Sustentabilidade, Demian Fiocca, durante
Fórum de Sustentabilidade, realizado no Teatro Sesi, no Centro do Rio.
(Jornal do Commercio - 29.09.2008) 3 Vale nega problemas com siderúrgicas chinesas O presidente
da Vale, Roger Agnelli, negou na última sexta-feira problemas no comércio
de minério de ferro com a China, afirmando que o fluxo da commodity segue
normal, assim como as compras dos chineses. A mídia chinesa veiculou na
última semana notícias de que algumas grandes siderúrgicas do país iriam
substituir o minério brasileiro pelo de outras origens devido ao aumento
do preço pedido pela Vale, que ficaria, segundo Agnelli, em torno de 11%.
(Gazeta Mercantil - 29.09.2008) 4 CSN estuda entrada no fibrocimento A CSN está na
fase final dos estudos para entrar no mercado de fibrocimento, segmento
que faturou R$ 2 bilhões ao longo de 2007. Se efetivamente ingressar nesta
área, a CSN estima receita de cerca de R$ 200 milhões anualmente com o
fibrocimento. Segundo o gerente de Vendas Especiais da companhia, Alexandre
Boechat, o estudos estão na fase final. "Dependemos apenas da aprovação
da diretoria da CSN e do Conselho de Administração para iniciar o cronograma
de produção" disse o executivo. (Jornal do Commercio - 29.09.2008) 5 Usiminas garante financiamento O Banco do Japão
para a Cooperação Internacional acertou um empréstimo sindicalizado de
US$ 550 milhões para a Usiminas. A informação foi divulgada pela agência
de notícias japonesa "Nikkei" e confirmada pela siderúrgica. Os recursos
serão destinados à construção do novo laminador de tiras a quente que
será instalado na unidade da coligada Cosipa, em Cubatão (SP). O laminador
terá capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de bobinas por
ano na primeira fase, prevista para começar a operar em 2001. Posteriormente,
poderá ser ampliado para 4,7 milhões de toneladas anuais. De acordo com
a Usiminas, o equipamento, que será fornecido pela Mitsubishi Corporation,
"vai elevar o patamar tecnológico da Usina de Cubatão, agregando valor
aos produtos". (Gazeta Mercantil - 29.09.2008) 6 Aracruz perde com câmbio e afeta exportadoras A Aracruz Celulose
admitiu que enfrenta perdas com operações no mercado financeiro. A empresa,
no entanto, afirma não saber o volume da perda. Nos dois casos, o prejuízo
foi causado pela crise nos mercados financeiros internacionais. Com a
ameaça de que a situação atingisse outras empresas exportadoras, a Bovespa
registrou queda de 2,02% ontem. (Folha de São Paulo - 27.09.2008) 7 Grupo Noble, de Hong Kong, investe em porto, álcool e minério no Brasil A gigante do
comércio mundial Noble Group, com sede em Hong Kong, está com seus radares
voltados para o Brasil. Especializada em produzir e negociar commodities
- matérias-primas negocias em bolsas de valores -, a companhia quer transformar
o País em sua quinta maior operação mundial.Em todo o mundo, a Noble fatura
mais de US$ 11 bilhões por ano. A empresa começou no Brasil como trading
agrícola, exportando grãos. Hoje tem investimentos em logística, usinas
de álcool e açúcar e mineração. Neste mês, o grupo deu mais um sinal do
apetite pelo mercado brasileiro, ao iniciar a construção de um terminal
no porto de Santos (SP), o primeiro da empresa no País. (O Estado de São
Paulo - 29.09.2008)
Economia Brasileira 1 Empréstimos batem recorde e estoques vão a R$ 1,11 tri O estoque de operações de crédito do sistema financeiro bateu recordes em agosto e deve manter essa tendência. Dados do BC indicam que o total de crédito atingiu R$ 1,11 trilhão, representando 38% do PIB, envolvendo crédito com recursos livres e controlados, como os do crédito rural. É o percentual mais elevado desde que começou a ser calculada a série pelo BC, em 1994, e deve aumentar mais. Segundo o chefe do departamento econômico do BC, Altamir Lopes, até o final do ano o estoque vai representar 40% do PIB. "Se tomarmos o acumulado em 12 meses, o crédito vem crescendo a uma taxa superior a 30%", diz. O crescimento do estoque é constante. A expansão do crédito continua, mas a ritmo mais lento de agora em diante. (Gazeta Mercantil - 29.09.2008) 2 Empresas reavaliam projetos por ausência de crédito A crise financeira internacional diminuiu brutalmente a disponibilidade de crédito no mercado brasileiro e está forçando a reavaliação de projetos e investimentos por parte das empresas. A situação neste momento levou à interrupção quase total no andamento das negociações. O recente período de intensa liquidez de capital, que gerou disputas por projetos financiáveis, deu lugar, nas últimas semanas, a um ambiente de completa desconfiança e de semiparalisia. Diante da indefinição do cenário internacional, apenas empreendimentos urgentes e considerados de altíssima qualidade estão conseguindo fechar as negociações para obtenção de crédito. As instituições, entretanto, estão pedindo um preço alto para garantir aval financeiro. (Folha de São Paulo - 28.09.2008) 3 Restrição ao crédito só deve afetar exportações em 2009, diz AEB
4 Dos investimentos no Brasil 25% são financiados com recursos do exterior Com a crise
financeira internacional esparramando prejuízos mundo afora e reduzindo
o apetite dos investidores estrangeiros, um quarto dos investimentos do
setor produtivo no Brasil estão na berlinda. Segundo levantamento de Júlio
Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Iedi e ex-secretário de Política
Econômica do Ministério da Fazenda, 25% dos investimentos realizados no
país são financiados por recursos vindos do exterior. Apesar de, nos últimos
dias, o governo ter elevado a capacidade de empréstimos do BNDES e liberado
mais dinheiro para os bancos, os empresários não crêem que será possível
manter, no médio prazo, o ritmo atual de expansão dos investimentos sem
as linhas de fora. (Folha de São Paulo - 28.09.2008) 5 Iedi: Avanço industrial esconde distorções Apesar do crescimento
expressivo da indústria anunciado pelo IBGE neste mês, o avanço deve ser
interpretado com cautela, segundo o Iedi. Júlio Sérgio Gomes de Almeida,
consultor do Iedi, diz que o avanço da indústria brasileira deve ser comemorado,
mas esconde, em um crescimento acumulado muito bom, o fato de que há setores
que ainda vão muito mal na economia brasileira. "Quando a indústria começa
a crescer, é normal que alguns setores despontem, mas, com o tempo, deve
haver mais homogeneidade -o que não aconteceu conosco", diz o consultor.
Dos 27 setores pesquisados pelo IBGE, 11 tiveram queda ou avançaram pouco
no trimestre encerrado em julho deste ano, em relação aos mesmos meses
do ano passado. (Folha de São Paulo - 29.09.2008) 6 Fuga de capital externo ocorre desde junho A Bovespa tem sido fortemente punida pela fuga de capital externo desde junho. Neste mês, o ritmo de saída de estrangeiros perdeu força, apesar de o saldo das operações feitas pela categoria seguir negativo. O movimento indica que, se a crise não se agravar ainda mais, os estrangeiros devem deixar de abandonar as ações brasileiras, segundo analistas. Neste mês, até o dia 24, os investidores estrangeiros mais venderam que compraram ações no mercado local em um montante de R$ 752,3 milhões. Em junho e julho, saíram mais de R$ 7 bilhões em cada mês. Em agosto, outros R$ 2,25 bilhões em capital externo deixaram as ações brasileiras. (Folha de São Paulo - 29.09.2008) 7 Governo fala em PIB abaixo de 4% em 2009 8 Recessão nos EUA pode "bater no Brasil", diz Lula O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que uma eventual recessão da economia
dos EUA "vai bater em todo mundo, da China ao Brasil". O presidente afirmou
que conversa todos os dias com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e
com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre a crise financeira.
Disse que seus efeitos precisam ser acompanhados "com lupa". Segundo ele,
porém, o Brasil agora está preparado para enfrentar a crise, diferentemente
de experiências anteriores, em que "o país entrava em coma". Lula disse
ainda que o Brasil não sofreu até agora grandes efeitos da crise financeira
dos EUA porque a economia "não depende mais" das exportações feitas para
os americanos. (Folha de São Paulo - 28.09.2008) 9 Potencial de estrago é "até mais grave que o de 1930", diz presidente do BNDES O presidente
do BNDES, Luciano Coutinho, disse ontem, durante seminário na Unicamp,
que a "crise financeira atual é muito grave" e que seu potencial de estrago
é "até mais grave do que a de 1930". Pelos fatores citados, afirmou que
pode haver desaceleração do crescimento do país em 2009. No entanto, Coutinho
disse que o Brasil apresenta condições econômicas sólidas para superar
as dificuldades. "Considero que a economia brasileira tem condições hoje
muito mais favoráveis do que no passado de poder atravessar esta crise,
certamente crescendo menos, mas pode atravessar esta crise sem retrocesso."
Na semana passada, o ex-diretor-geral do FMI Rodrigo de Rato também equiparou
a crise financeira atual à de 1929. (Folha de São Paulo - 27.09.2008)
10 IGP-M fecha setembro com alta de 0,11% O IGP-M voltou
para o terreno positivo em setembro após a deflação do mês anterior. O
indicador teve variação positiva de 0,11 por cento neste mês, ante o recuo
de 0,32 por cento em agosto, informou a FGV nesta segunda-feira. Analistas
esperavam uma inflação de 0,08 por cento, de acordo com a mediana dos
prognósticos de 15 instituições financeiras consultadas pela Reuters,
que variaram de 0,04 a 0,19 por cento. Entre os componentes do IGP-M,
o IPA registrou alta de 0,04 por cento em setembro, seguindo a queda de
0,74 por cento em agosto. O IPC caiu 0,06 por cento em setembro, ante
alta de 0,23 por cento no mês anterior. O INCC apresentou variação positiva
de 0,95 por cento, após avanço de 1,27 por cento em agosto. (Reuters -
29.09.2008) O dólar comercial
registrava minutos atrás elevação de 2,16%, a R$ 1,889 na compra e a R$
1,891 na venda. Na abertura, marcou R$ 1,885. No mercado futuro, os contratos
de outubro negociados na BM & F ganhavam 2,10%, a R$ 1,891. Na sexta-feira
da semana passada, o dólar comercial fechou com alta de 1,59%, a R$ 1,849
a compra e R$ 1,851 na venda. (Valor Online - 29.09.2008)
Internacional 1 Equador sinaliza rever decisão sobre Odebrecht O governo equatoriano
deu sinais de que deverá rever a decisão de expulsar a Construtora Norberto
Odebrecht do país. No sábado, o governo chegou a anunciar que havia chegado
a um acordo com a empresa brasileira, que, porém, negou o acerto. A Odebrecht
concordara em pagar a indenização, mas duas parceiras no projeto, Alstom
e Va Tech, não aceitaram os termos exigidos, como ampliação de garantias.
Além disso, a empresa brasileira pede uma auditoria internacional, rejeitada
pelo governo, pois alega que as falhas se devem a um estudo oficial do
país. (Valor Econômico - 29.09.2008) 2 Câmara dos EUA aprova crédito tributário para energias renováveis A Câmara de
Deputados dos Estados Unidos aprovou uma legislação que direciona bilhões
de dólares em créditos tributáveis para energia de fontes renováveis,
como a eólica e a solar. Esta semana, o Senado aprovou uma legislação
semelhante para o setor de energia. A diferença é que a proposta de lei
da Câmara não inclui projetos de óleo de xisto, e para transformar carvão
em combustíveis líquidos. Ainda não se sabe se a Câmara e o Senado irão
resolver as diferenças em seus projetos para levar à Casa Branca uma versão
final para o setor antes dos legisladores fazerem campanha para a eleição
de novembro. (Setorial News - 26.09.2008) 3 Masdar compra participação em fábrica de turbinas eólicas A Abu Dhabi Future Energy Company (Masdar), estatal de Abu Dhabi que pretende ser líder mundial no desenvolvimento de energias alternativas, adquiriu na semana passada participação de 120 milhões de euros (US$ 175 milhões) na WinWinD Oy, fabricante finlandesa de turbinas eólicas, segundo nota publicada pela empresa européia. A WinWinD desenha, desenvolve e fabrica turbinas eólicas com capacidade de geração de um e três megawatts. Ela tem sede em Helsinki, na Finlândia, e filiais em Oulu, também na Finlândia, e em Chennai, na Índia. Após o aporte de capital da Masdar, a WinWinD pretende montar uma unidade em Abu Dhabi. Os recursos também serão utilizados para ingressar em novos mercados e expandir as operações do grupo na Índia, ganhando assim melhores condições para competir no mercado global. (DCI - 29.09.2008)
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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