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IFE: nº 2.347 - 16 de setembro de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Presidente do Sistema Eletrobrás fará palestra no Seminário Internacional do Setor Elétrico
2 Coordenador do GESEL analisa previsão de construções de usinas nucleares
3 BID: eficiência energética evitaria US$ 14 bi em aportes
4 Proinfa 2 está a caminho
5 Artigo: "O Banco Mundial e as hidrelétricas"

Leilões
1 Divulgadas garantias de usinas do leilão A-5

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 61,98%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 60,35%
3 NE apresenta 59,97% de capacidade armazenada

4 Norte tem 55,11% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 Lobão garante que entrega está normal
2 Discussões sobre o pré-sal predominam em abertura de evento do setor de petróleo e gás
3 Shell pode ter liquefação de gás no pré-sal
4 Mineração de urânio pode ser livre no Brasil
5 Greenpeace: energias renováveis mais importantes para o futuro

Grandes Consumidores
1 Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose
2 Holding terá fatia de 32% em mercado mundial
3 Produtividade de montadoras cresce até 20%, diz consultoria

Economia Brasileira
1 Bancos brasileiros não foram afetados pela crise, diz Meirelles
2 Indústria paulista deve reduzir produção

3 Carga tributária de 37,3% do PIB é novo recorde semestral, diz estudo
4 Superávit semanal atinge US$ 1,2 bi
5 Analistas elevam projeção de crescimento no ano para 5,01%
6 Queda de exportações pode atingir economia
7 Fazenda deve lançar agenda para crédito e criar novos produtos
8 Recursos liberados para o PAC no ano já superam o total de 2007
9 Tesouro prevê Brasil terá ganhos com crise
10 Taxa de juro sobe pelo 4º mês seguido em agosto, diz entidade
11 Emprego formal cresce 79% em relação a agosto do ano passado
12 Alimentos aceleram queda e inflação pelo IPC-S diminui
13 IGP-10 tem deflação de 0,42% em setembro
14 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina e Brasil temem não cumprimento de contratos
2 Argentina busca projetos alternativos para provisão de gás
3 Exportação do gás do golfo se firmará em Guaiaquil
4 Nuclep e Impsa firmam acordo

Biblioteca Virtual do SEE
1 GOLDEMBERG, José. "O Banco Mundial e as hidrelétricas" O Estado de são Paulo. São Paulo, 15 de setembro de 2008.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Presidente do Sistema Eletrobrás fará palestra no Seminário Internacional do Setor Elétrico

O presidente do Sistema Eletrobrás, Dr. José Antônio Muniz Lopes, fará nesta sexta-feira, dia 19 de setembro, palestra de encerramento do III Seminário Internacional do Setor Elétrico (SISEE), promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GESEL/UFRJ). No primeiro dia do seminário, o ex-ministro de Minas e Energia, Nelson Hübner, apresentará o painel Perspectivas do Setor Elétrico Brasileiro. O evento, que reunirá executivos de grandes empresas e especialistas brasileiros e estrangeiros, vai debater temas como planejamento e operação do sistema elétrico, marco regulatório, perspectivas da bioeletricidade, padrão de financiamento, viabilidade econômica da bioeletricidade, estratégias dos grupos empresariais e dinâmica da reestruturação do setor elétrico. O evento acontecerá no Auditório Pedro Calmon - Instituto de Economia da UFRJ na Praia Vermelha, na Avenida Pasteur nº. 250 - Urca - Rio de Janeiro. Veja a programação no site www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/seminariointernacional/2008/index.htm. Informações pelos telefones (21) 3873-5249 e (21) 2542-2490 ou pelo e-mail ifes@race.nuca.ie.ufrj.br (GESEL-IE-UFRJ - 16.09.2008)

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2 Coordenador do GESEL analisa previsão de construções de usinas nucleares

A previsão de construir de 50 a 60 usinas nucleares nos próximos 50 anos é uma demonstração da tendência mundial de aumentar o uso desse tipo de energia. Para o coordenador do GESEL / UFRJ, Nivalde de Castro, a declaração dada hoje (12) pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, foi uma interpretação qualitativa do cenário mundial, e não um planejamento efetivo. Segundo o professor, não há um planejamento para o setor energético nos próximos 50 anos, mas a expectativa é que, assim como nos outros países, o Brasil amplie significativamente a participação da energia nuclear em sua matriz energética, especialmente porque tem grandes reservas de urânio e capacidade de enriquecimento do elemento. O Plano Nacional de Energia 2030, que estabelece tendências e alternativas para as próximas décadas, prevê que a participação da energia nuclear na matriz energética brasileira passe dos 2,7% registrados em 2005 para 4,9% em 2030. O documento aborda a importância da energia nuclear para a matriz brasileira nos próximos anos. (GESEL-IE-UFRJ - 15.09.2008)

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3 BID: eficiência energética evitaria US$ 14 bi em aportes

Estudo produzido pelo BID identificou que o Brasil pode economizar até US$ 14,8 bilhões em investimentos nos próximos 10 anos se passar a apostar em ações que promovam a eficiência energética no consumo de energia elétrica. Segundo o trabalho, intitulado "Como Economizar US$ 36 bilhões em Eletricidade (sem apagar as luzes)", se o país reduzir em 10% seu consumo ao longo de desse período, economizará 57,8 mil GWh de eletricidade por ano até 2018. Para alcançar a redução desse volume de energia elétrica por ano, o país gastaria US$ 6,7 bilhões em investimentos ao longo de 10 anos. Se optasse por atender ao crescimento da demanda apenas com a expansão da capacidade de geração, o país precisaria construir 132 térmicas a gás natural de 250 MW de capacidade instalada para alcançar os 58,7 mil GWh por ano, o que demandaria um investimento de US$ 21,5 bi. Segundo o estudo, o nível de intensidade energética - a energia consumida para gerar um dólar do PIB - no Brasil é de 1,77. Isso, segundo o BID, sinaliza que o país tem uma eficiência energética moderada. Nesse item, o Brasil está atrás de países como Chile, Argentina, México e Colômbia. (Gazeta Digital - 16.09.2008)

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4 Proinfa 2 está a caminho

O Governo Federal já está concluindo um novo projeto de incentivo às fontes complementares de energia para substituir o Proinfa, que terminará em junho do ano que vem, contou o presidente da Abeolica, Lauro Fiúza. A Abeolica foi convidada para discutir a definição do projeto e sugeriu um programa de geração de 10 GW em 10 anos, contou Fiúza durante a cerimônia de inauguração da usina de Beberibe (25,9 MW), no Ceará. Fiúza ressaltou ainda a importância do Proinfa para a energia eólica no Brasil. "Hoje estão no Brasil os maiores investidores em energia eólica no mundo. Estas empresas têm planos de investir seriamente em eólica e isto tudo graças ao programa", afirmou ele. "Temos hoje sete fábricas de torres de metal instaladas no país em função do Proinfa, além de duas fábricas de geradores". (Brasil Energia - 15.09.2008)

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5 Artigo: "O Banco Mundial e as hidrelétricas"

Em artigo ao Estado de São Paulo, José Goldemberg comenta o relatório sobre o Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil publicado pelo Banco Mundial. Limpa e renovável, a energia de UHEs iniciou a eletrificação do mundo moderno no século 19. A resistência à construção dessas usinas fez com que o Banco Mundial parasse de financiar a construção das mesmas, o que teve graves efeitos, já que só este banco tem capacidade de aplicar os recursos necessários à construção. Entretanto, a criação de uma comissão que fez recomendações para aperfeiçoar o processo de licenciamento e construção das usinas reverteu a situação. Como os principais aproveitamentos da Região Centro-Sul já foram feitos, a Amazônia é o trunfo do Brasil. Todavia, o povo ribeirinho, grupos indígenas e ONGs provocam resistência à melhor opção do ponto de vista ambiental para produzir energia. O resultado são conflitos entre o MME e o MMA. A solução para este impasse requer urgência, já que nos leilões feitos pela Aneel para aumentar a produção elétrica, o vencedor é o grupo que oferece o menor preço, que geralmente é obtido pelas usinas de carvão e gás, mais poluentes. Se adotadas, as recomendações do relatório resolveriam muitos dos problemas existentes. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 16.09.2008)

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Leilões

1 Divulgadas garantias de usinas do leilão A-5

O MME divulgou ontem, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União, a garantia física das usinas inscritas no Leilão de Energia Nova A-5, previsto para o próximo dia 30. A portaria determina que as garantias terão validade a partir de 1º de janeiro de 2013 para os empreendimentos que venderem energia no certame. No final da semana passada, a EPE divulgou a relação das 146 usinas habilitadas para participar do leilão A-5, com os projetos totalizando uma capacidade instalada de geração de 25.252 MW. A própria EPE, no entanto, havia estimado que a quantidade real que seria posta à venda na licitação - chamado no jargão de garantia física - equivale a 15.232 MW médios. A EPE informou, ainda, que o preço-teto para a energia foi definido em R$ 123 por MWh para a fonte hídrica e de R$ 146 por MWh para as outras fontes. (DCI - 16.09.2008)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 61,98%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 61,98%, apresentando queda de 0,11% em relação à medição do dia 13 de setembro. A usina de Furnas atinge 71,57% de volume de capacidade. (ONS - 16.09.2008)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 60,35%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,90% em relação à medição do dia 13 de setembro, com 60,35% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 56,16% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 16.09.2008)

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3 NE apresenta 59,97% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,16% em relação à medição do dia 13 de setembro, o Nordeste está com 59,97% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 46,04% de volume de capacidade. (ONS - 16.09.2008)

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4 Norte tem 55,11% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 55,11% com variação de -0,39% em relação à medição do dia 13 de setembro. A usina de Tucuruí opera com 52,97% do volume de armazenamento. (ONS - 16.09.2008)

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Gás e Termoelétricas

1 Lobão garante que entrega está normal

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu ontem que o abastecimento de 30 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural da Bolívia foi normalizado, mesmo com a crise política no país vizinho. O abastecimento foi reduzido duas vezes na semana passada por conta do fechamento de válvulas no gasoduto que liga os dois países por manifestantes contrários ao governo Evo Morales. Lobão afirmou ainda que a Petrobras segue no esforço de ampliar a produção do gás e citou como exemplo a previsão de chegada do gasoduto Urucu-Manaus, em fevereiro, e o início da operação em setembro, com capacidade de fornecimento de 9,5 milhões de metros cúbicos. Mais tarde, o gerente executivo de exploração e produção da Petrobras, Francisco Nepomuceno, afirmou que a companhia instala, até o fim do ano, plataformas com capacidade para ampliar a oferta de gás nacional para 40 milhões de metros cúbicos por dia, conforme previsto no Plangás. Ele admitiu, porém, que as unidades só devem atingir a capacidade máxima no primeiro trimestre do ano que vem. (Jornal do Commercio - 16.09.2008)

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2 Discussões sobre o pré-sal predominam em abertura de evento do setor de petróleo e gás

O debate sobre o novo marco regulatório e o respeito aos contratos já assinados para exploração dos blocos descobertos na camada pré-sal predominaram ontem (15/09) na abertura da 14ª Edição da Rio Oil & Gas, uma das maiores feiras sobre tecnologias e serviços do setor de petróleo e gás. O evento vai até a próxima quinta-feira (18/09). Presente ao evento, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil tem um passado de respeito aos acordos que assina e que não será diferente em relação ao pré-sal. O ministro enfatizou que o país tem consciência da importância da iniciativa privada no processo de desenvolvimento da indústria do petróleo no país "sem a qual não teríamos obtido o êxito que obtivemos até aqui e sem a qual não iremos aonde queremos ir", afirmou. (Agência Brasil - 15.09.2008)

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3 Shell pode ter liquefação de gás no pré-sal

O diretor financeiro da Shell, Peter Voser, afirmou que a companhia já possui tecnologia para instalar uma unidade de liquefação de gás em alto-mar para processar até 3,5 milhões de toneladas por ano. Essa tecnologia é uma das possibilidades estudadas pela Petrobras para melhor utilização do gás extraído no pré-sal da Bacia de Santos, que está a quase 300 quilômetros da costa. "Temos condições de trazer esta tecnologia para o pré-sal brasileiro." (DCI - 16.09.2008)

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4 Mineração de urânio pode ser livre no Brasil

Lobão admitiu a possibilidade de a mineração de urânio ser livre no Brasil em larga escala. Hoje, a exploração do minério utilizado como combustível em usinas nucleares é restrita e as empresas privadas só podem comercializá-lo com o governo, responsável pelo processo de enriquecimento para o uso nas plantas geradoras de energia. Lobão reafirmou que o governo tem planos de construir 50 usinas nucleares nos próximos 50 anos, com capacidade de geração de 60 mil MW, no que ele chamou de um reajuste nos planos atuais de investimentos do governo, limitados até 2030. (Jornal do Commercio - 16.09.2008)

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5 Greenpeace: energias renováveis mais importantes para o futuro

Para o coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Ricardo Baitelo, em vez de construir mais usinas nucleares, o Brasil deveria investir em fontes de energia renováveis, como os ventos, o sol e a biomassa. Ele admite que é preciso ampliar a matriz energética brasileira, mas garante que isso pode ser feito sem a utilização da energia nuclear. Segundo ele, o custo de instalação de uma usina nuclear chega a ser quatro vezes maior que o de um parque eólico, por exemplo. Além disso, Baitelo lembra o problema da falta de alternativas para o armazenamento do lixo nuclear. (Valor Econômico - 15.09.2008)

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Grandes Consumidores

1 Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose

A Votorantim Industrial e o Grupo Safra anunciaram ontem ao mercado o acordo final que cria a maior companhia de celulose do mercado mundial, com uma produção total de 6 milhões de toneladas neste ano e receitas totais de R$ 6,3 bilhões. Com o negócio, será constituída uma holding que controlará os ativos da VCP e da Aracruz. Quando foi anunciada, a operação foi comparada ao mesmo movimento feito em março de 2007 pela Petrobras e a Braskem na operação de US$ 4 bilhões para a consolidação da indústria petroquímica e a incorporação do Grupo Ipiranga. (Folha de São Paulo - 16.09.2008)

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2 Holding terá fatia de 32% em mercado mundial

A nova holding da VCP e da Aracruz terá o controle partilhado entre os grupos Votorantim e Safra, depois que ambos aportarem as participações de VCP e Aracruz na nova empresa. O objetivo é integrar todas as operações da nova gigante produtora de celulose. Com isso, a nova holding, cujo nome não foi definido, alcançará participação de 32% no mercado mundial de celulose de eucalipto, ou a chamada celulose de fibra curta. Pelo acordo, a Votorantim Industrial terá 57,23% do capital total da nova companhia, enquanto a Arainvest ficará com 42,77%. (Folha de São Paulo - 16.09.2008)

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3 Produtividade de montadoras cresce até 20%, diz consultoria

A correta utilização de recursos e processos já disponíveis na indústria automobilística pode incrementar a produtividade da capacidade instalada das companhias deste setor em até 20%, sem a necessidade de aportar recursos para atender a uma maior demanda de mercado. Essa foi a conclusão de um estudo que a consultoria Proudfoot Consulting realizou em 16 países, incluindo o Brasil. A pesquisa foi realizada com 91 companhias que juntas economizaram R$ 853 milhões. Entre os maiores problemas encontrados nas empresas analisadas, estão o uso inadequado de processos de gestão da cadeia de suprimentos, custos de qualidade e alto nível de horas-extras. (DCI - 16.09.2008)

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Economia Brasileira

1 Bancos brasileiros não foram afetados pela crise, diz Meirelles

A crise norte-americana não afetou os bancos brasileiros, afirmou ontem o presidente do BC, Henrique Meirelles, em São Paulo. Segundo ele, os bancos do país estão imunes porque têm um "colchão confortável de liquidez" e não estão diretamente expostos ao sistema de créditos "subprime". "Até o momento, o BC não teve que fazer nenhuma gestão extraordinária de liquidez nos mercados," disse. Meirelles ressaltou que o BC está atento à crise. Para o professor Alexandre Jorge Chaia, especialista em risco do Ibmec-SP, os bancos brasileiros têm baixa alavancagem e menor exposição ao risco de crédito que os bancos internacionais. Segundo ele, o mercado brasileiro tem uma estrutura ainda pequena e primitiva em relação aos americanos. (Folha de São Paulo - 16.09.2008)

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2 Indústria paulista deve reduzir produção

A indústria paulista pode ter produzido menos em agosto, segundo estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV) e a AES Eletropaulo, que antecipa tendências da atividade industrial no Estado de São Paulo. No mês passado, o Sinalizador da Produção Industrial (SPI) indica queda de 2% da produção física industrial paulista, em relação a julho, já com ajustes sazonais. O resultado indica uma desaceleração no ritmo de atividade, que havia subido 0,2% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a variação ficou estável em 9,3%, mostrando haver uma acomodação do nível de atividade da indústria paulista, informou ontem a FGV. (Gazeta Mercantil - 16.09.2008)

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3 Carga tributária de 37,3% do PIB é novo recorde semestral, diz estudo

Mais uma vez, a carga tributária voltou a registrar recorde no Brasil. No primeiro semestre deste ano, os contribuintes pagaram R$ 515,36 bilhões em tributos aos três níveis de governo, valor 15,9% superior aos R$ 444,66 bilhões arrecadados de janeiro a junho de 2007. A carga tributária é a soma dos tributos federais, estaduais e municipais pagos por todos os contribuintes no país. Como o PIB no primeiro semestre foi de R$ 1,383 trilhão, a carga tributária no período foi de 37,27%, ou 1,24 ponto percentual superior aos 36,03% do mesmo período do ano passado. (Folha de São Paulo - 16.09.2008)

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4 Superávit semanal atinge US$ 1,2 bi

A balança comercial brasileira apresentou recuperação na segunda semana de setembro. Entre os dias 8 e 14, o superávit chegou a US$ 1,257 bilhão, após saldo positivo de apenas US$ 295 milhões na primeira semana do mês. No acumulado do ano, o superávit somou US$ 18,459 bilhões e continua em queda. De janeiro até a segunda semana de setembro, as exportações atingiram US$ 140,469 bilhões, com uma média diária de US$ 793,6 milhões, o que representa um aumento de 29,5% sobre o resultado no mesmo período de 2007. As importações, por outro lado, avançaram 53,5%, passando de média diária de US$ 449,1 milhões até a segunda semana de setembro de 2007 para US$ 689,3 milhões no mesmo período de 2008 (Gazeta Mercantil - 16.09.2008)

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5 Analistas elevam projeção de crescimento no ano para 5,01%

No mercado financeiro, boa parte dos analistas revisaram para cima suas projeções para o crescimento da economia neste ano, e alguns já começam a se mostrar um pouco mais otimistas com relação à inflação esperada para o ano que vem. É o que mostra pesquisa feita semanalmente pelo BC com cerca de 80 bancos e empresas de consultoria. Segundo o levantamento, a estimativa para o crescimento deste ano subiu de 4,80% para 5,01%. A revisão ocorreu depois que os números do PIB divulgados pelo IBGE mostraram expansão acima do esperado no segundo trimestre deste ano (Folha de São Paulo - 16.09.2008)

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6 Queda de exportações pode atingir economia

Na análise de especialistas existem boas e más notícias envolvendo a economia brasileira. A ruim é que o País realmente apresentará uma taxa de crescimento inferior no ano que vem. A boa é que essa desaceleração pouco ou nada tem a ver com a crise externa, e sim com o processo de aumento da Selic para conter a inflação. As exportações são as mais vulneráveis a uma piora das condições internacionais, segundo o economista Cristiano Souza, do Banco Real. "Uma redução do crescimento mundial pode diminuir tanto a quantidade quanto o valor dos produtos vendidos pelo País", afirma. (Gazeta Mercantil - 16.09.2008)

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7 Fazenda deve lançar agenda para crédito e criar novos produtos

A secretaria de Planejamento Econômico (SPE) do Ministério da Fazenda deve lançar, até o final deste ano, uma agenda visando aprofundar o desenvolvimento do mercado de crédito, com a possibilidade de criação de novos produtos nos segmentos de seguros e de previdência. A informação foi dada ontem pelo secretário de Política Econômica, Nelson Barbosa. Segundo Barbosa, as medidas são estudadas em conjunto com o BC e a CVM. "Há demanda por crédito no serviço financeiro e a agenda, que será feita em parceria com alguns setores, será para melhorar os novos mercados", disse. (DCI - 16.09.2008)


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8 Recursos liberados para o PAC no ano já superam o total de 2007

O governo já investiu mais no PAC este ano do que em todo o ano de 2007. De acordo com levantamento feito junto ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), até a última quinta-feira, os órgãos públicos, excluindo as empresas estatais, desembolsaram quase R$ 7,5 bilhões, enquanto em todo o ano passado foram pouco mais de R$ 7,3 bilhões. Nos primeiros oito meses de 2007, o PAC recebeu R$ 3,9 bilhões dos cofres públicos, ou seja, R$ 3,6 bilhões a menos do que este ano. Os dados incluem os chamados restos a pagar, dívidas de anos anteriores roladas para exercícios seguintes. (DCI - 16.09.2008)

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9 Tesouro prevê Brasil terá ganhos com crise

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que o Brasil vai sair mais forte da crise internacional porque os fundamentos da economia brasileira vão prevalecer, sustentando o crescimento mesmo com o mundo em crise. "O Brasil está saindo melhor dessa crise do que entrou", disse. Para ele, o Brasil passa por um "teste de realidade" com segurança. Lembrando que a crise externa já dura mais de um ano sem prejuízos para a atividade econômica, Augustin destacou que a superação desse teste dará mais segurança para investidores em relação à economia brasileira. (DCI - 16.09.2008)

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10 Taxa de juro sobe pelo 4º mês seguido em agosto, diz entidade

As taxas de juros das operações de crédito completaram, em agosto, o quarto mês consecutivo de alta, segundo a pesquisa de juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "Estas elevações foram provocadas pela elevação da taxa básica de juros [Selic] ocorrida na reunião do Copom de 23 de julho", explica o coordenador do trabalho, Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac. O executivo explica que a alta não havia sido repassada em sua totalidade para a taxa de operação de crédito em julho, uma vez que a reunião ocorreu no final daquele mês. (DCI - 16.09.2008)

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11 Emprego formal cresce 79% em relação a agosto do ano passado

O mercado de trabalho brasileiro registrou em agosto a criação de 239.123 empregos formais, ou seja, com carteira assinada, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Esse é o melhor resultado para agosto desde o início da série histórica do Caged, em 1992, e representa crescimento de 0,78% em relação ao registrado em julho deste ano. De acordo com o ministério, houve expansão de 79% em comparação com os 133.239 empregos anotado em agosto do ano passado. O setor de serviços foi o que apresentou o melhor desempenho na geração de empregos formais no País entre janeiro e agosto deste ano (Gazeta Mercantil - 16.09.2008)

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12 Alimentos aceleram queda e inflação pelo IPC-S diminui

Refletindo um ritmo mais forte da queda dos custos de alimentos, a inflação pelo IPC-S voltou a desacelerar na segunda prévia de setembro. O indicador teve variação positiva de 0,04 por cento, seguindo a alta de 0,20 por cento registrada na primeira leitura do mês, informou a FGV nesta terça-feira. "Das sete classes de despesa componentes do índice, cinco registraram recuos em suas taxas de variação", informou a FGV em nota. Entre elas, destaque para o grupo Alimentação, cujos preços caíram 0,75 por cento na segunda prévia, ante baixa de 0,38 por cento na primeira. (Reuters - 16.09.2008)

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13 IGP-10 tem deflação de 0,42% em setembro

O IGP-10 registrou deflação em setembro, informou a FGV nesta terça-feira. O indicador registrou uma queda de 0,42 por cento neste mês, ante alta de 0,38 por cento em agosto. Entre os componentes do IGP-10, o IPA caiu 0,75 por cento, seguindo alta de 0,25 por cento no mês anterior. O IPC recuou 0,03 por cento, depois do ganho de 0,36 por cento em agosto. O INCC registrou alta de 0,94 por cento, ante elevação de 1,43 por cento no mês passado. (Reuters - 16.09.2008)

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14 Dólar ontem e hoje

O dólar operava em alta e acompanhava o nervosismo no cenário externo, em relação aos desdobramentos da crise financeira que se fortaleceu em Wall Street após o colapso do Lehman Brothers. Às 10h02, a moeda norte-americana era cotada a 1,831 real, em alta de 1,05 por cento. (Reuters - 16.09.2008)

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Internacional

1 Argentina e Brasil temem não cumprimento de contratos

As economias de duas das superpotências da América Latina, Argentina e Brasil, sendo que este compra metade do gás que necessita da Bolívia e descobriu recentemente mais reservas de gás em alto mar, que só poderão ser incorporadas a sua rede em 2011, temem um efeito devastador se a crise boliviana se agravar e com ela se suscite um corte no envio de gás a esses mercados, por enquanto os únicos que a Bolívia possui. Os analistas internacionais creditam que a origem do conflito está na divisão dos benefícios gerados pelos recursos naturais, particularmente da renda petroleira. (El Diário - Bolívia - 16.09.2008)

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2 Argentina busca projetos alternativos para provisão de gás

O descumprimento boliviano na provisão de gás adequada e oportuna desencadeou uma corrente que encontrou no GNL uma alternativa para o desabastecimento do energético na região. Nesse sentido, Argentina está buscando projetos alternativos para a provisão de gás, entre eles a construção de duas plantas de regaseificação de GNL, devido aos recortes do fornecimento boliviano, disse o embaixador argentino na Bolívia, Horacio Macedo. (El Diário - Bolívia - 16.09.2008)

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3 Exportação do gás do golfo se firmará em Guaiaquil

As companhias petroleiras estatais Petroecuador, Petróleos do Venezuela (Pdvsa) e Empresa Nacional de Petróleo (Enap) do Chile firmarão hoje, no Palácio de Cristal de Guaiaquil, no Equador, a ata de constituição das empresas de economia mista que se encarregarão da exportação do gás no Golfo de Guaiaquil. A exploração será feita em duas reservas, uma de trezentos mil hectares e outra de quatrocentos mil hectares. O ministro de Minas e Petróleos, Galo Zambrano, afirmou que a constituição de empresas de economia mista representa uma mostra da integração energética fortemente efetiva entre os países da América Latina. (Expreso - Equador - 16.09.2008)

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4 Nuclep e Impsa firmam acordo

A Nuclep e a empresa argentina Impsa assinam hoje (16), durante a Rio Oil & Gas, carta de intenção para um contrato no valor de R$ 45 milhões para o fornecimento de componentes hidromecânicos para a usina venezuelana de Tocoma. O contrato prevê o fornecimento de 4 milhões de toneladas de equipamentos até o início de 2012. Participam da cerimônia, que acontece no estande da Nuclep, o presidente da estatal, Jaime Cardoso, e o presidente da Impsa Brasil, Luis Pescarmona. Esta será a primeira venda que a estatal fará para uma obra na Venezuela. (Brasil Energia - 15.09.2008)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 GOLDEMBERG, José. "O Banco Mundial e as hidrelétricas" O Estado de são Paulo. São Paulo, 15 de setembro de 2008.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Alessandra Freire, Daniel Bueno, Douglas Tolentino, Juliana Simões, Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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