l
IFE: nº 2.333 - 27
de agosto de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
1 MPF
prepara nova ação contra usina no Madeira
2 Aneel: energia de reserva em pauta
3 PCH Lagoa Grande liberada pela Aneel
4 Artigo: "O pré-sal do setor elétrico"
Empresas
1
Tractebel quer 8% do mercado
2 Ampla com mais consumidores
3 Chesf realiza leilão de venda de energia para o ACL
4 Celesc Geração realiza leilão de curto prazo na sexta-feira,
29/08
5 Duke e Tietê perdem na Aneel
6 Ceal: reajuste tarifário
7 Cemar: reajuste tarifário
8 Energisa Paraíba: reajuste tarifário
9 Cepisa: reajuste tarifário
10 Aneel aprova reajuste tarifário da Elektro
11 Aneel submete à audiência pública segunda revisão
tarifária da CEEE
12 Cotações da Eletrobrás
Oferta
e Demanda de Energia Elétrica
1
Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,04%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 63,83%
3 NE apresenta 65,99% de capacidade armazenada
4 Norte tem 66,38% da capacidade de armazenamento
Grandes
Consumidores
1
Produção da indústria siderúrgica bate recorde em julho
2 Abimaq quer prevenir escassez de aço no Brasil
3 Cummins triplica e irá terminar o ano com receita de
US$ 1 bi
4 Queda do preço no mercado externo inibe 4º reajuste
do aço
Economia
Brasileira
1
Participação industrial no PIB é baixa
2 Superávit primário supera meta e fecha em R$ 68,4 bi
3 Emprego formal
cresce e reduz déficit em 20%
4 Para Tesouro, há indefinição sobre mudar superávit
5 Senado aprova redução e isenção de impostos para indústria
nacional
6 Investimentos devem crescer mais que a economia este
ano
7 Orçamento de 2009 prevê para o PAC R$ 21,2 bi
8 Mercado prevê deflação no IGP-M
9 FGV: moderação do ritmo de crescimento
do IPC-S em cinco das sete capitais pesquisadas
10 Dólar ontem e hoje
Internacional
1
Congresso dificultaria o plano de energia de Obama
Biblioteca
Virtual do SEE
1
D'ARAUJO,
Roberto Pereira. O pré-sal do setor elétrico. Informe Eletrônico IFE n.
2333. Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2008.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 MPF prepara nova ação contra usina no Madeira
A Procuradoria
da República em Rondônia prepara nova ofensiva contra outro projeto no
rio Madeira. O MPF-RO (Ministério Público Federal) revelou ontem que investigará
a concessão da Licença de Instalação dada na semana passada pela presidência
do Ibama ao consórcio Mesa (Madeira Energia S.A.). Com a licença, o grupo
Odebrecht, líder do consórcio, já pode iniciar a construção da hidrelétrica
de Santo Antônio. A previsão é que isso ocorra em setembro. A investigação
agora está baseada no parecer técnico do Ibama que recomendou à presidência
do órgão a não-concessão da LI. (Folha de São Paulo - 27.08.2008)
2 Aneel: energia de reserva em pauta
A Aneel
realiza entre os dias 28 de agosto e 17 de setembro audiência pública
para recolher subsídios sobre a forma de contratação da energia de reserva.
A resolução que estabelece as disposições da contratação dessa energia
e aprova o modelo de Conuer. O relatório da agência sugere mudanças na
definição sobre o EER. Com o resultado do 1º leilão de energia de reserva,
a agência identificou que o valor da receita fixa a ser pago em 2009 (R$
32 milhões) é 14 vezes menor do que o valor da receita fixa a ser pago
no ano de 2010 (quase R$ 450 milhões). Isso provocaria um recolhimento
extremamente baixo em cada processo de liquidação financeira, menor que
R$ 0,07 por MWh. Assim, em março de 2009 deve ser realizado um único recolhimento
da EER. (Brasil Energia - 26.08.2008)
3 PCH Lagoa Grande liberada pela Aneel
A Aneel
liberou a operação comercial de uma unidade geradora de 8,5 MW da PCH
Lagoa Grande (25,6 MW), no rio Palmeiras, entre os municípios de Dianópolis
e Ponte Alta do Bom Jesus (TO). A empresa Lagoa Grande Energética, responsável
pela central, deverá enviar à agência, em até 60 dias, um relatório ratificando
ou retificando a potência instalada da turbina. O projeto da PCH inclui
três unidades geradoras e uma área alagada de 11,63 km². A empresa também
detém a titularidade da PCH Riacho Preto (9,3 MW), na mesma região. A
usina tem duas unidades geradoras entre os municípios de Dianópolis e
Novo Jardim e um reservatório de 1,56 km². (Brasil Energia - 26.08.2008)
4
Artigo: "O pré-sal do setor elétrico"
O artigo se vale da
acirrada discussão sobre o destino dos recursos a serem auferidos com
a exploração do petróleo da camada pré-sal para provocar um debate sobre
o descarte de riqueza semelhante no setor elétrico. A formação de preços
no mercado de curto prazo e a falta de regulamentação do mercado livre
são apenas sintomas de um modelo mercantil repleto de problemas, onde
a tradicional metodologia de operação do modelo NEWAVE exerce um papel
para o qual não foi imaginado. O artigo aponta outras formas de modelagem
mercantil sem as incoerências do atual. Para ler o texto na íntegra, clique
aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 27.08.2008)
Empresas
1 Tractebel quer 8% do mercado
A Tractebel
Energia prevê instalar 300 MW por ano nos próximos nove anos até chegar
a uma fatia de 8% da capacidade instalada do Brasil, atualmente 110 GW,
aproximadamente. Com isso, a empresa sairia dos atuais 6.100 MW para 8.800
MW, acréscimo de 2.700 MW. A companhia pretende investir R$ 1,5 bilhão
até o final deste ano na ampliação da sua capacidade. Destes, R$ 100 milhões
serão aplicados em manutenção, R$ 230 milhões na conclusão da UHE São
Salvador (243 MW), R$ 385 milhões em Estreito (1.087 MW), R$ 635 milhões
na aquisição da UHE Ponte de Pedra (176,1 MW) e R$ 204 milhões em aquisição
de PCHs. (Brasil Energia - 26.08.2008)
A Ampla iniciou na terça-feira, 26/08, o fornecimento de energia para a zona rural dos municípios de Teresópolis, Nova Friburgo e Sumidouro. A 1ª Vara Federal de Niterói concedeu tutela antecipada à empresa e rescindiu a permissão da Cooperativa de Eletrificação Rural Teresópolis - Friburgo (Certef) para atuar como prestadora de serviço público nas cidades, que não paga a energia consumida à Ampla desde 1996. Com a decisão da Justiça, a Ampla realizará obras de manutenção e revisão das instalações da rede elétrica dos municípios. A distribuidora também prestará serviços de emergência e comercial 24 horas por dia aos novos clientes. A empresa está cadastrando de todos os novos clientes. (Brasil Energia - 26.08.2008)
3 Chesf realiza leilão de venda de energia para o ACL
A Chesf
vai realizar no dia 29 de agosto um leilão de venda de energia para o
Ambiente de Contratação Livre. O certame vai ofertar um produto para o
submercado Nordeste, com período de entrega entre os dias 01/08 a 31/08/2008.
O produto, de acordo com a concessionária, tem flexibilidade e modulação
flat. Segundo o edital do leilão, os preços mínimos serão divulgados até
às 12h do dia da realização do certame e serão definidos em função do
percentual do PLD médio do submercado Nordeste. O leilão será do tipo
aberto onde os proponentes compradores poderão fazer ofertas e substituir
as ofertas já realizadas. (CanalEnergia - 26.08.2008)
4
Celesc Geração realiza leilão de curto prazo na sexta-feira, 29/08
A Celesc Geração vai promover na sexta-feira, 29/08, um novo leilão de
energia proveniente de suas PCHs. De acordo com a empresa, a quantidade
de energia ofertada e o preço mínimo para a venda serão divulgados aos
proponentes habilitados até às 12h do dia do certame no site da concessionária.
No leilão será ofertado um produto com modulação flat e com a energia
disponibilizada no período compreendido entre zero hora do dia 01/08 até
às 24h do dia 31/08/2008. O leilão será composto de quatro rodadas, entre
às 14h e às 16h do dia do certame, com as propostas enviadas pelo fax.
O resultado das rodadas poderá ser acompanhado pelos proponentes habilitados
no site da Celesc Geração. Os interessados devem habilitar-se até às 18h
do dia 28 de agosto de 2008. A divulgação dos resultados, segundo a companhia,
acontecerá no próprio dia do evento até às 18h e a assinatura dos contratos
acontecerá até o dia 19 de setembro. (CanalEnergia - 26.08.2008)
5 Duke e Tietê perdem na Aneel
A Aneel
indeferiu nesta terça-feira (26/08), durante reunião colegiada da diretoria,
o pedido de extensão do prazo para expansão em 15% na capacidade de geração
da AES Tietê e Duke Energy. O diretor-geral da agência, Jerson Kelman,
alegou que a decisão não cabe à agência, pois a meta está prevista nos
contratos de concessão com o governo do estado de São Paulo, antigo controlador
das empresas. As companhias solicitaram à agência a prorrogação do prazo
até 1º de dezembro de 2010, o que seria feito através da implantação de
novos ativos de geração no estado. Em 2005, as empresas já haviam avisado
que não cumpririam a meta, que terminou em setembro de 2007. A Superintendência
de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel analisou o pedido e sugeriu
que, se a prorrogação fosse aprovada, deveria ser apresentado em três
meses um Plano de Ação das concessionárias. (Brasil Energia - 26.08.2008)
A Aneel
autorizou terça-feira, 26/08, o reajuste das tarifas da Companhia Energética
de Alagoas (Ceal). Para os consumidores de baixa tensão (abaixo de 2,3
kV) a revisão tarifária ficou em 13,33%. Já para os consumidores de alta
tensão (de 2,3 a 230 kV), em média a revisão ficou em 11,64%; sendo 10,64%
para os da classe A3 e 11,90% para os da A4. As novas tarifas entrarão
em vigor na quinta-feira, 28/08. A Ceal atende 986.750 unidades consumidoras
em 102 municípios de Alagoas. (Aneel - 26.08.2008)
A Aneel
autorizou terça-feira, 26/08, o reajuste das tarifas da Companhia Energética
do Maranhão (Cemar). Para os consumidores de baixa tensão (abaixo de 2,3
kV) a revisão tarifária ficou em 10,99%. Já para os consumidores de alta
tensão (de 2,3 a 230 kV), em média a revisão ficou em 10,92%; sendo 11,16%
para os da classe A1, 11,11% para os da A3, 10,65% para os da A3a e 10,91%
para os da A4. As novas tarifas entrarão em vigor na quinta-feira, 28/08.
A Cemar atende 1.473.848 unidades consumidoras em 217 municípios do Maranhão.
(Aneel - 26.08.2008)
8 Energisa Paraíba: reajuste tarifário
A Aneel autorizou terça-feira, 26/08, o reajuste das tarifas da Energisa Paraíba - Distribuidora de Energia S/A (antiga Saelpa). Para os consumidores de baixa tensão (abaixo de 2,3 kV) a revisão tarifária ficou em 15,77%. Já para os consumidores de alta tensão (de 2,3 a 230 kV), em média a revisão ficou em 14,15%; sendo 13,19% para os da classe A3 e 14,47% para os da A4. As novas tarifas entrarão em vigor na quinta-feira, 28/08. A Energisa Paraíba atende 986.371 unidades consumidoras em 216 municípios da Paraíba. (Aneel - 26.08.2008)
A Aneel autorizou terça-feira, 26/08, o reajuste das tarifas da Companhia Energética do Piauí (Cepisa). Para os consumidores de baixa tensão (abaixo de 2,3 kV) a revisão tarifária ficou em 10,19%. Já para os consumidores de alta tensão (de 2,3 a 230 kV), em média a revisão ficou em 10,85%; sendo 11,52% para os da classe A3, 10,44% para os da A3a e 10,68% para os da A4. As novas tarifas entrarão em vigor na quinta-feira, 28/08. A Cepisa atende 821.253 unidades consumidoras em 223 municípios do Piauí. (Aneel - 26.08.2008)
10 Aneel aprova reajuste tarifário da Elektro
A diretoria
colegiada da Aneel aprovou terça-feira, 26/08, o reajuste tarifário anual
da Elektro Eletricidade e Serviços S/A. As novas tarifas entrarão em vigor
quarta-feira, 27/08, quando serão publicadas no D.O.U.. A Elektro atende
2,028 milhões de unidades consumidoras em 223 municípios de São Paulo
e mais cinco municípios no Mato Grosso do Sul. O efeito médio a ser percebido
pelos consumidores cativos é de 10,91%, variando de acordo com a classe
de consumo. Para os consumidores de baixa tensão, o reajuste foi de 11,61%.
Já para os consumidores de alta tensão, a média dos reajustes ficou em
9,72%; sendo 9,40% para os da classe A2 (88 a 138 kV), 10,78% para os
da A3 (69 kV), 9,63% para os da A3a (30 a 44 kV) e 9,75% para os da A4
(2,3 a 25 kV). (Aneel - 26.08.2008)
11 Aneel submete à audiência pública segunda revisão tarifária da CEEE
A proposta para a segunda revisão tarifária periódica da concessionária CEEE foi aprovada terça-feira, 26/08, pela diretoria da Aneel e estará em audiência pública da quinta-feira, 28/08, até o dia 24 de setembro deste ano. O índice médio preliminar aprovado para a empresa foi de 5,44%. A CEEE-D atende 1,368 milhão de unidades consumidoras em 71 municípios gaúchos. O índice definitivo de revisão da distribuidora entrará em vigor em 25 de outubro deste ano. (Aneel - 26.08.2008)
No pregão
do dia 26-08-2008, o IBOVESPA fechou a 54.358,70 pontos, representando
uma baixa de 0,22% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$
3,27 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização
de 0,09%, fechando a 17.618,31 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram
o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 29,34 ON e R$ 24,20 PNB.
Na abertura do pregão do dia 27-08-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 29,70 as ações ON, alta de 1,23% em relação ao dia anterior e R$
24,58 as ações PNB, alta de 1,57% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 27.08.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 68,04%
O nível
de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 68,04%, apresentando
queda de 0,32% em relação à medição do dia 24 de agosto. A usina de Furnas
atinge 85,98% de volume de capacidade. (ONS - 27.08.2008)
2 Sul: nível dos reservatórios está em 63,83%
O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 0,04% em relação à medição do dia 24 de agosto, com 63,83% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 46,88% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 27.08.2008)
3 NE apresenta 65,99% de capacidade armazenada
Apresentando
queda de 0,30% em relação à medição do dia 24 de agosto, o Nordeste está
com 65,99% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 53,34% de volume de capacidade. (ONS - 27.08.2008)
4 Norte tem 66,38% da capacidade de armazenamento
O nível
de armazenamento da região Norte está em 66,38% com variação de -0,49%
em relação à medição do dia 24 de agosto. A usina de Tucuruí opera com
66,30% do volume de armazenamento. (ONS - 27.08.2008)
Grandes Consumidores
1 Produção da indústria siderúrgica bate recorde em julho
A indústria
siderúrgica nacional produziu, em julho, cerca de 3,2 milhões de toneladas
de aço bruto, superando em 11,5% a produção do mesmo mês no ano passado.
Segundo o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), contribuiu para esse
resultado o desempenho dos setores automotivo, de máquinas industriais
e da construção civil. De acordo com o IBS, o abastecimento do mercado
doméstico continua sendo prioridade para as usinas. O resultado é o segundo
maior recorde mensal da série histórica, superior aos 3,010 milhões de
toneladas apurados em dezembro do ano passado. O destaque foi a produção
de aços longos, que atingiu o recorde de 974,2 mil toneladas, com incremento
de 11,9%. (DCI - 26.08.2008)
2 Abimaq quer prevenir escassez de aço no Brasil
A Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) está iniciando
um trabalho institucional para enfrentar a ameaça de escassez de aço e
alta do preço do produto fabricado no País. O setor de máquinas e equipamentos
é responsável por 26% do consumo de aço brasileiro. A informação é do
primeiro-vice-presidente da entidade, José Velloso. Ele considerou positivos
os números divulgados pelo setor siderúrgico, que apontam para um aumento
de 11,5% na produção de aço bruto. (DCI - 27.08.2008)
3 Cummins triplica e irá terminar o ano com receita de US$ 1 bi
A falta
de infra-estrutura no Brasil poderá brecar o alto índice de crescimento
que está sendo registrado, nos últimos anos, pela subsidiária brasileira
da Cummins, líder mundial em produção de motores diesel. O crescimento
de 2007 para 2008 será de aproximadamente 30%. Em 2009, no entanto, o
incremento ficará em torno de 12%. Até o final de 2008, a empresa conseguirá
triplicar a receita que foi registrada há cinco anos, de US$ 300 milhões
para cerca de US$ 1 bilhão. O crescimento do setor de motores foi alavancado,
principalmente, pela alta demanda do setor automotivo. (DCI - 27.08.2008)
4 Queda do preço no mercado externo inibe 4º reajuste do aço
A escalada
do preço do aço no mercado internacional começou a dar sinais de arrefecimento
nas últimas semanas, colocando em risco a possibilidade de um quarto reajuste
do aço no mercado brasileiro ainda neste ano. Os especialistas alertam
que a redução do preço no mercado internacional torna as importações de
aço mais competitivas e tende a inibir novos reajustes no Brasil. (DCI
- 27.08.2008)
Economia Brasileira
1 Participação industrial no PIB é baixa
A baixa participação da indústria no PIB faz com que o Brasil se distancie de seus pares emergentes em relação ao estágio de desenvolvimento econômico. Atualmente essa proporção é de 17,8%, e já chegou a 15,7% em 1998, de acordo com o consultor Júlio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Econômico (Iedi). "A indústria brasileira está aquém do necessário para os padrões de um país em desenvolvimento", diz, afirmando que essa parcela deveria estar próxima de 30% do produto. Segundo o estudo "A evolução da estrutura industrial", nessa situação, o País mais se aproxima das economias desenvolvidas, cuja população tem renda per capita sete vezes superior à da brasileira. (Gazeta Mercantil - 27.08.2008)
2 Superávit primário supera meta e fecha em R$ 68,4 bi
O superávit primário do governo central chegou a R$ 68,4 bilhões medidos até o mês de julho e já supera a meta para o ano que era de R$ 63,4 bilhões, sem a receita do Fundo Soberano. Os números refletem o desempenho do BC, Previdência Social e Tesouro Nacional. Em julho, o superávit primário foi de R$ 7,065 bilhões, 35% acima dos R$ 5,2 bilhões apurados em igual mês do ano passado, mas abaixo dos R$ 7,9 bilhões obtidos em junho. Com o resultado do mês, o governo central acumulou superávit de R$ 68,4 bilhões, o equivalente a 4,19% do PIB. A cifra é 43,2% maior que os R$ 47,8 bilhões registrados em igual etapa do ano passado, quando representou 3,3% do produto. (Gazeta Mercantil - 27.08.2008)
3
Emprego formal cresce e reduz déficit em 20%
O déficit da Previdência Social, medido até julho, caiu 20,1% em relação
ao mesmo período do ano passado e agora é de R$ 20,827 bilhões, mantendo
a trajetória de queda no acumulado do ano. O rombo passa a representar
0,80% do PIB. O ministro José Pimentel, da Previdência, atribuiu o resultado
ao aquecimento da atividade econômica que permite aumento de emprego com
carteira assinada e eleva a arrecadação, e ao combate a fraudes e redução
do auxílio doença pelo maior controle nas perícias médicas. A tendência,
entretanto, é de que o déficit volte a subir em agosto com a antecipação
do 13 salário, quando serão pagos R$ 7 bilhões em abono salarial, em quatro
parcelas até dezembro. (Gazeta Mercantil - 27.08.2008)
4 Para Tesouro, há indefinição sobre mudar superávit
O secretário
do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse ontem que não está definida
a mudança de metas do governo, do superávit primário para o resultado
nominal -dinheiro que sobra ou falta no caixa do setor público depois
do pagamento dos juros da dívida. O Ministério da Fazenda publicou ontem
no "Diário Oficial" da União a portaria que dá início ao processo de mudança
nas normas de contabilidade pública. O objetivo é seguir normas internacionais
do FMI, em que entram nas estatísticas riquezas do setor público, com
adoção da contabilidade patrimonial. (Folha de São Paulo - 27.08.2008)
5 Senado aprova redução e isenção de impostos para indústria nacional
O Senado
aprovou medida provisória que concede redução e isenção da cobrança de
tributos para diversos segmentos da indústria nacional. O objetivo, de
acordo com o relator Francisco Dornelles (PP-RJ), é dar competitividade
ao setor diante da desvalorização cambial e do crescimento das importações.
Só em 2008, o governo deixará de arrecadar R$ 3,5 bilhões em PIS/Pasep
e Cofins com as isenções e reduções tributárias. A matéria segue, agora,
para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, de acordo
com o parlamentar, os benefícios fiscais atingirão um montante de R$ 7,7
bilhões. Em 2010, a expectativa é que esse valor chegue a R$ 5,6 bilhões.
(Agência Brasil - 26.08.2008)
6 Investimentos devem crescer mais que a economia este ano
O início do ciclo de alta dos juros no segundo trimestre não impedirá que os investimentos mostrem nova aceleração nos resultados do PIB do período, impulsionados pela importação e produção de máquinas e equipamentos e pela expansão da construção civil. Para economistas, os investimentos manterão, pelo menos em médio prazo, crescimento bem acima do PIB e do consumo, o que garante mais oferta para atender à demanda e, assim, menor pressão sobre a inflação. Em todas as projeções, o ponto em comum é que os investimentos devem crescer o triplo do PIB no período. (DCI - 27.08.2008)
7
Orçamento de 2009 prevê para o PAC R$ 21,2 bi
O PAC contará com R$ 21,2 bilhões do Orçamento Fiscal da União em 2009
para aplicação em infra-estrutura logística, energética, social e urbana.
O número consta do Orçamento que será enviado ao Congresso Nacional até
o final desta semana e é R$ 3,2 bilhões maior do que o previsto para o
exercício de 2008. Embora o orçamento deste ano, na posição de agosto,
indique a previsão de R$ 17,977 bilhões de recursos para investimentos
no PAC, os valores empenhados e executados estão muito aquém do previsto.
Da dotação orçamentária disponível foram empenhados, até o último dia
6 de agosto, apenas R$ 6,4 bilhões e pagos cerca de R$ 576 milhões. (DCI
- 27.08.2008)
8 Mercado prevê deflação no IGP-M
Depois de
registrar variação negativa na primeira e segunda prévias de agosto, a
expectativa do mercado é que o IGP-M aponte deflação neste mês, ante alta
de 1,76% em julho. Segundo sondagem realizada pela InvestNews, as instituições
financeiras apostam em deflação entre -0,06% e -0,25%, com média de -0,16%.
Caso o movimento se confirme, será a primeira vez que o indicador cai
desde abril de 2006. Em agosto de 2007, o IGP-M subiu 0,98%. Para os especialistas
consultados, a queda da cotação de commodities agrícolas na cena externa
deve refletir nos preços de grãos, mas a queda deve ser acentuada pela
redução do custo da carne bovina, que vem apontando alta há alguns meses,
reflexo da diminuição do rebanho brasileiro. (Gazeta Mercantil - 27.08.2008)
9 FGV: moderação do ritmo de crescimento do IPC-S em cinco das sete capitais pesquisadas
Em cinco
das sete capitais pesquisadas pela FGV, houve moderação do ritmo de crescimento
do IPC-S. Em São Paulo o indicador saiu de alta de 0,36% na segunda prévia
de agosto para 0,22% na seguinte. Em Salvador, a inflação foi de 0,24%
na terceira medição deste mês, ante 0,52% anteriormente. O IPC-S subiu
0,02% em Porto Alegre e avançou 0,37% em Brasília. No estudo antecedente,
esses percentuais corresponderam a 0,23% e 0,40%. No Recife, o índice
deixou para trás uma elevação de 0,32% e apresentou no levantamento atual
acréscimo de 0,21%. Rio e Belo Horizonte foram as exceções - na primeira,
houve alta de 0,15% para 0,17% e na capital mineira, de 0,60% para 0,67%.
(Valor Econômico - 27.08.2008)
O dólar
comercial era cotado minutos atrás a R$ 1,622 na compra e a R$ 1,624 na
venda, baixa de 0,49%. Na abertura, marcou R$ 1,624. No mercado futuro,
os contratos de setembro negociados na BM & F cediam 0,36%, para a R$
1,6235. Ontem, o dólar comercial fechou com leve baixa de 0,06%, a R$
1,630 a compra e R$ 1,632 na venda. (Valor Online - 27.08.2008)
Internacional
1 Congresso dificultaria o plano de energia de Obama
O senador
Barack Obama apresentou um plano audacioso para deter o aquecimento global,
desenvolver fontes alternativas de energia e reduzir a dependência que
a economia americana tem de petróleo importado, mas os últimos meses indicaram
que suas propostas tendem a enfrentar muita resistência no Congresso se
ele for eleito em novembro. "O futuro dessa discussão depende mais do
Congresso do que do próximo presidente", disse Paul Cicio, presidente
da IECA, uma associação que defende os interesses de indústrias que consomem
muita energia. "As empresas continuarão criando obstáculos para iniciativas
nessa área enquanto essa questão não for resolvida", disse Frances Beinecke,
presidente do Conselho de Defesa dos Recursos Nacionais. (Valor Econômico
- 27.08.2008)
Biblioteca Virtual do SEE
1 D'ARAUJO, Roberto Pereira. O pré-sal do setor elétrico. Informe Eletrônico IFE n. 2333. Rio de Janeiro, 27 de agosto de 2008.
Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Alessandra
Freire, Daniel Bueno, Douglas
Tolentino, Juliana Simões,
Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos
Santos e Victor Gomes.
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