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IFE: nº 2.297 - 08 de julho de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Gesel promove cursos e seminários em julho
2 Kelman: PCHs devem ser mais eficientes e construídas com maior rapidez
3 Investidores divergem sobre as novas regras para PCHs
4 Comissão de Minas e Energia discute perspectivas do setor de energia
5 Comissão promove audiência pública para discutir contrato de Itaipu
6 Primeira UHE no Araguaia
7 Brasil abastece Uruguai
8 Reidi: MME enquadra três novos empreendimentos
9 Artigo "O marco legal do gás e o 'investment grade'"

Empresas
1 Eletronorte amplia prazo para cadastro
2 Chesf tem de reajustar repasses do ICMS para município de Alagoas
3 Cemig lança medidas contra seca em MG
4 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 EPE e ONS projetam crescimento de quase 30% na carga em 2012
2 Reservatórios atingem 78,9% no Sudeste/Centro-Oeste
3 Reservatórios atingem 69,8% no Sul

4 Reservatórios do submercado Nordeste registram 77,8% do volume

5 Nível dos reservatórios chega a 89,2% no Norte

Gás e Termelétricas
1 Lobão: construção de Angra 3 começa em setembro
2 Lobão: depois de Angra 3, mais quatro usinas nucleares
3 Comitê é aposta em programa de energia nuclear
4 Reserva brasileira de urânio atrai a atenção de empresas
5 INB: não existe monopólio na exploração de urânio no País
6 Governo age para manter texto da Lei do Gás no Senado
7 Areva fecha contrato para termoelétrica

Grandes Consumidores
1 Lucro da Aracruz cai 18% no 2º trimestre
2 Celulose vai investir US$ 7 bi até 2012
3 Expansão da Quattor corre risco

Economia Brasileira
1 Saldo na 1ª semana é de US$ 305 mi
2 Endividamento total do País sobe 1,43% e chega a R$ 1,33 tri

3 Indústria do Rio de Janeiro defende reforma tributária
4 Superávit deveria subir para 5% do PIB
5 BC pressiona para elevar juro de longo prazo
6 Mantega vê desaceleração, mas não "aborto" do crescimento
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Bolívia reabre licitação para reserva de gás

Biblioteca Virtual do SEE
1 MAYON, Paulo. O marco legal do gás e o 'investment grade'. Valor Econômico. São Paulo, 08 de julho de 2008.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Gesel promove cursos e seminários em julho

Julho é mês de férias na Universidade, por este motivo o Gesel programou um pacote de cursos e seminários focados em diferentes aspectos do Setor Elétrico atentando para sua maior qualificação e melhor treinamento. Amanhã, dia 9 de julho, às 14hs, o Dr. Hermes Chipp, diretor geral da ONS, ministrará palestra com o tema: Cotas mínimas para os reservatórios das usinas hidroelétricas. No dia 10 de julho às 9hs, é a vez do diretor da Standard & Poor's, Dr. Marcelo Costa, analisar a classificação de risco financeiro para as empresas do setor elétrico. Nos dias 10 e 11 de julho, a Profª Catedrática Isabel Soares da Universidade do Porto, dará um curso com o tema As Mudanças Recentes no Processo de Liberalização dos Mercados Europeus de Eletricidade e Gás: tendências e perspectivas. Para maiores informações e inscrição nestes eventos, contatar a secretaria do GESEL, pelos telefones (21) 3873-5249 e (21) 2542-2490, ou pelo e-mail ifes@race.ie.ufrj.br ou acesse nosso site www.nuca.ie.ufrj.br/gesel (GESEL-IE-UFRJ - 08.07.2008)

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2 Kelman: PCHs devem ser mais eficientes e construídas com maior rapidez

As novas regras para a construção de PCHs dividiram a opinião entre grandes e pequenos investidores durante a audiência pública realizada ontem pela Anee) para debater o tema. A intenção da agência é a de facilitar a construção de mais hidrelétricas. "As usinas devem ser construídas mais rápidas e devem ser mais eficientes", disse o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman. Segundo a agência reguladora, as principais alterações nas regras beneficiam a avaliação do potencial hidráulico dos rios, estimulam a redução do tempo de tramitação dos processos, criam novos critérios para desempate e estabelecem a aplicação de penalidades para evitar o atraso nas obras. As contribuições dos interessados serão avaliadas pelos técnicos da Aneel e depois serão levadas para votação pela diretoria. Entrarão em vigor depois de serem publicadas no Diário Oficial da União. As sugestões de mudanças na minuta começaram no dia 13 de junho e irão até 18 de julho. (Gazeta Mercantil - 08.07.2008)

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3 Investidores divergem sobre as novas regras para PCHs

De acordo com o representante da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (Apmpe), Ricardo Pigatto, está em jogo investimentos de R$ 140 bilhões para os próximos 15 anos no setor. Ele defende a exigência da apresentação do projeto básico como pré-requisito para entrar na disputa pela obra, para evitar a especulação no processo. O representante da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Daniel Araújo Carneiro, elogiou a Aneel por ter incorporado "várias" sugestões da associação na minuta do projeto que está sendo debatido. E defendeu que aqueles investidores que "realmente" têm condições econômicas de fazer as obras tenham regras mais simples e claras. Carneiro elogiou a postura da Aneel que "acolheu" as propostas de inventário e caução no projeto que está sendo avaliado. Já o representante da Rischbieter Engenharia, Ivo Rischbieter, empresa que participou da construção de PCHs em Santa Catarina, disse que o sorteio e o inventário, propostos na minuta da Aneel, são critérios "absurdos" que só contribuem para facilitar a vida das grandes empresas. (Gazeta Mercantil - 08.07.2008)

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4 Comissão de Minas e Energia discute perspectivas do setor de energia

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realiza nesta terça-feira, 8 de julho, audiência pública para debater as perspectivas do setor de energia no Brasil. Para reunião, foi convidado o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que discutirá o posicionamento do governo em relação às tarifas de energia elétrica repassadas ao Brasil pelo Paraguai e a exportação de energia elétrica para a argentina e o Uruguai. Lobão falará também sobre o setor de petróleo gás no Brasil, o impacto econômico das recentes descobertas de campos de petróleo na Bacia de Santos e sobre o modelo institucional do setor mineral. (CanalEnergia - 07.07.2008)

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5 Comissão promove audiência pública para discutir contrato de Itaipu

A Comissão promove na quarta-feira, 9, audiência pública para discutir o contrato da hidrelétrica Itaipu e as relações com o Paraguai no setor energético. Para a reunião, foram convidados o diretor-geral do Consórcio Itaipu Binacional, Jorge Miguel Samek; o ex-diretor-geral do consórcio Fernando Xavier Ferreira; e o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes. (CanalEnergia - 07.07.2008)

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6 Primeira UHE no Araguaia

O grupo Energias do Brasil (EDB) e o Grupo Rede se preparam para construir a usina Couto Magalhães, com 150 MW de potência e 90 MW médios de energia firme. Será a primeira hidrelétrica a ser implantada rio Araguaia, na região entre os estados de Goiás e Mato Grosso, contou o vice-presidente de Geração da EDB, Luiz Otávio Henriques. A previsão de início das obras é para o primeiro semestre de 2009. O projeto está em processo de licenciamento ambiental e ainda não se sabe quanto será investido. "É possível que busquemos outras parcerias para desenvolver o aproveitamento", acrescenta o executivo. A concessão de Couto Magalhães - com prazo de 35 anos - foi arrematada pelo consórcio Ener-Rede em novembro de 2001, durante leilão realizado pela Aneel na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. O lance vencedor foi de R$ 18,5 milhões. Houve ágio de 3.089,6% sobre o valor mínimo de R$ 580 mil ao ano, referente ao pagamento da taxa de Uso do Bem Público (UBP). O prazo para a operação das usinas era de quatro a sete anos. (Brasil Energia - 07.07.2008)

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7 Brasil abastece Uruguai

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou o envio de energia elétrica ao Uruguai entre julho e agosto deste ano, com devolução dos montantes entre setembro e novembro de 2008. De acordo com resolução do grupo interministerial, o ministro Edison Lobão poderá firmar acordo de entendimento com o governo uruguaio para envio de até 70 MW médios, através da estação conversora de Rivera/Santana do Livramento. Com a medida, a Argentina terá redução do limite de envio do montante de 500 MW médios para 430 MW médios. (Brasil Energia - 07.07.2008)

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8 Reidi: MME enquadra três novos empreendimentos

O Ministério de Minas e Energia enquadrou três empreendimentos no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura. Nesta segunda-feira, 7 de julho, o MME publicou as portarias para o enquadramento da Central Geradora Eólica EOL Volta do Rio, da Central Eólica Volta do Rio, da EOL Praia do Morgado, de propriedade da Central Eólica Praia do Morgado, além do projeto de reforço e de melhorias em instalações de transmissão da Isa Cteep. (APMPE - 07.07.2008)


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9 Artigo "O marco legal do gás e o 'investment grade'"

O diretor-presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Paulo Mayon, argumentou em seu artigo "O marco legal do gás e o 'investment grade'", publicado no jornal Valor Econômico, que "a ausência de um marco regulatório específico para o gás, associado à posição monopolista vivenciada nesse segmento da economia, é reflexo de um passado em que a debilitada estabilidade econômica afastava investidores desse setor e o foco na auto-suficiência do petróleo relegava ao produto um papel secundário". Ainda segundo o autor, "a sociedade precisa de um novo marco legal, capaz de atrair mais investimentos, competição e, especialmente, proporcionar segurança no abastecimento de gás". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 08.07.2008)

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Empresas

1 Eletronorte amplia prazo para cadastro

A Eletronorte informa que prorrogou o prazo para cadastramento das propostas de projetos para o Programa Eletronorte de Pesquisa e Desenvolvimento (PEPD) para o dia 15 de julho de 2008. Este ano a empresa investirá R$ 17 milhões em pesquisas que racionalizem e otimizem seus desempenhos nos nove estados em que atua. O professor e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Planejamento Energético (NIEPE) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Otacílio Borges Canavarros, pontuou que a iniciativa da Eletronorte coloca docentes e estudantes numa rota tecnológica que beneficia não somente a empresa, mas o Brasil. (Gazeta Digital - 08.07.2008)

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2 Chesf tem de reajustar repasses do ICMS para município de Alagoas

Decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Chesf deverá repassar parte dos valores arrecadados pelo ICMS na Hidrelétrica Xingó para o município de Piranhas, em Alagoas. O município de Piranhas entrou com ação contra a Chesf e estado de Alagoas para regulamentar a sua participação na receita tributária relacionada à Hidrelétrica Xingo. O ministro Luiz Fux acrescentou que, nos julgados anteriores, ficou demonstrado que a Hidrelétrica de Xingó fica localizada entre os municípios de Piranhas e Canindé do São Francisco. Com essa fundamentação, o ministro Fux negou o pedido de Alagoas e não conheceu do recurso da Chesf. (DCI - 08.07.2008)

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3 Cemig lança medidas contra seca em MG

A Cemig lançou na segunda-feira, 7 de julho, em Montes Claros (MG), ações contra seca no Norte do estado, Vale do Jequitinhonha e Mucuri. A companhia, que realizou eletrificação de 475 poços artesianos em comunidades rurais do norte e leste do estado, iniciou o processo de licitação emergencial para obras de extensão rural para atender outros 300 poços ainda este ano. Os consumidores rurais já ligados e com poços artesianos que estão sendo usados prioritariamente para irrigação poderão ser enquadrados na tarifa de irrigação noturna, permitindo uma redução de aproximadamente 70% na fatura de energia. (CanalEnergia - 08.07.2008)

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4 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 07-07-2008, o IBOVESPA fechou a 59.088,20 pontos, representando uma baixa de 0,47% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,59 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 0,95% fechando a 18.079,85 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 26,68 ON e R$ 23,45 PNB, baixa de 0,45% e 0,68%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 08-07-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 26,21 as ações ON, baixa de 1,76% em relação ao dia anterior e R$ 23,29 as ações PNB, baixa de 0,68% em relação ao dia anterior. (Investshop - 08.07.2008)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 EPE e ONS projetam crescimento de quase 30% na carga em 2012

A carga de energia deverá chegar em 2012 a um total de 65.147 MWmed, contra os 50.348 MWmed verificados em 2007 e os 52.416 MWmed estimados para este ano - o que corresponde a uma elevação de, respectivamente, de 29,39% e 24,29%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, a previsão é de que a carga passe dos 31.312 MWmed verificados no ano passado para 39.881 MWmed em 2012. Os dados são parte da I Revisão Quadrimestral da Projeção de Mercado e Carga, elaborada em conjunto pela EPE e pelo ONS. Segundo o estudo, a carga de demanda instantânea deve sair dos 64.371 MW fechados em 2007 e dos 66.308 MW projetados para este ano para 82.561 MW - elevação de 24,51%. O estudo, datado de maio, mostra que o mercado de energia teve crescimento de energia abaixo do previsto entre janeiro e abril de 2008, por conta das baixas temperaturas ocorridas naquele período, motivadas pelo fenômeno La Niña. No entanto, segundo o estudo, ficam mantidas as projeções de um bom desempenho da economia. (CanalEnergia - 07.07.2008)

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2 Reservatórios atingem 78,9% no Sudeste/Centro-Oeste

Os reservatórios atingem 78,9% do volume no submercado Sudeste/Centro-Oeste, com baixa de 0,1%. O índice está 14,7% acima da curva de aversão ao risco. As usinas de Caconde e Chavantes operam com 87,11% e 69,84%, respectivamente. (ONS - 08.07.2008)

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3 Reservatórios atingem 69,8% no Sul

No submercado Sul, os reservatórios atingem 69,8% do volume acumulado, com alta de 0,3%. O índice está 56,8% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Passo Real trabalha com 66,69% da capacidade armazenada. (ONS - 08.07.2008)

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4 Reservatórios do submercado Nordeste registram 77,8% do volume

Os reservatórios do submercado Nordeste registram 77,8% do volume, com baixa de 0,1%. O índice está 33,3% acima da curva de aversão ao risco. A usina de Sobradinho opera com 67,61% da capacidade. (ONS - 08.07.2008)

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5 Nível dos reservatórios chega a 89,2% no Norte

O nível dos reservatórios chega a 89,2% no submercado Norte, com baixa de 0,3%. A hidrelétrica de Tucuruí trabalha com 93,06% da capacidade de armazenamento. (ONS - 08.07.2008)

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Gás e Termoelétricas

1 Lobão: construção de Angra 3 começa em setembro

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está muito próximo de tirar do papel a retomada do programa nuclear brasileiro. O ministro Edison Lobão deu ontem uma data para o início das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro: 1º de setembro. Segundo o ministro, essa, pelo menos, é a intenção do governo. A última etapa que ainda precisa ser cumprida antes de os tratores serem levados ao canteiro de obra é a emissão, pelo Ibama, da licença de instalação da usina. Lobão disse que o documento deve ser liberado pelo órgão ambiental em um prazo de 10 a 15 dias. A previsão foi confirmada por técnicos do Ibama. O governo estima que a construção da terceira central nuclear do País vai demandar investimentos de cerca de R$ 7,3 bilhões. De acordo com as previsões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a usina deverá entrar em funcionamento em 2014. (O Estado de São Paulo - 08.07.2008)

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2 Lobão: depois de Angra 3, mais quatro usinas nucleares

Pelos planos que o governo vem anunciando recentemente, Angra 3 deverá ser apenas a primeira de uma série de novas usinas nucleares que deverão ser construídas no Brasil. Lobão reiterou ontem que o governo pretende construir, logo depois de Angra 3, mais quatro usinas nucleares, ainda sem locais definidos. Segundo o ministro, o governo iniciaria, em seguida, um ciclo de investimentos que contemplará a entrada em operação de uma usina nuclear por ano, até que o Brasil tenha, em um prazo de 50 anos, um parque nuclear capaz de gerar 60 mil MW. "A energia nuclear é limpa e está sendo contemplada no mundo inteiro. A França, por exemplo, produz 70% de toda a sua energia em usinas nucleares", disse Lobão. (O Estado de São Paulo - 08.07.2008)

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3 Comitê é aposta em programa de energia nuclear

O governo aposta na energia nuclear para garantir o fornecimento de energia no futuro, principalmente quando as chuvas não forem capazes de encher os reservatórios das hidrelétricas. Prova disso é a criação, na semana passada, do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. O grupo será coordenado pela Casa Civil e seu objetivo é traçar metas para o programa nuclear do País. Um dos pontos a serem analisados por esse comitê é a localização das próximas centrais. Já é quase consensual que o Nordeste - onde, hoje, o Rio São Francisco já não oferece alternativas de geração hidrelétrica - deverá abrigar pelo menos mais uma usina. A defesa da geração de energia em usinas nucleares vem crescendo no governo por diversos fatores. Um deles é econômico, já que a alta do preço do petróleo encarece a produção de energia em outros tipos de termoelétricas. Outro, é a segurança do abastecimento. Como o Brasil tem boas reservas de urânio, o combustível para essas novas centrais estaria garantido. (O Estado de São Paulo - 08.07.2008)

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4 Reserva brasileira de urânio atrai a atenção de empresas

A decisão de iniciar as obras da Usina de Angra 3 já em setembro traz a reboque a polêmica sobre a quebra do monopólio na exploração de urânio no País. Um primeiro passo em torno do que promete ser uma longa discussão foi dado da semana passada, com a criação do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. Dono da sexta maior reserva do minério no mundo, o Brasil começa a atrair a atenção de empresas privadas, nacionais e estrangeiras. A justificativa para o interesse é simples: o mercado de comercialização de urânio movimenta no mundo cerca de US$ 20 bilhões por ano. Um único quilo chega a custar US$ 100. Estimativas apontam que as reservas nacionais do minério podem ocupar o segundo lugar no ranking mundial. (O Estado de São Paulo - 08.07.2008)

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5 INB: não existe monopólio na exploração de urânio no País

Para o presidente da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho, não existe monopólio na exploração de urânio no País. Apesar de a Constituição de 1988 restringir à estatal a exploração e a comercialização do minério, ele ressalta que o estatuto de criação da empresa permite a operação com parceiros privados, o que não era permitido à Petrobrás. "A comparação com a Petrobrás não é correta. A INB pode operar por meio de consórcios, convênios e parcerias. Antes da abertura do mercado de petróleo, a estatal era obrigada a atuar sendo 100% dona de suas subsidiárias. Aí sim, existia monopólio", diz Tranjan. Ainda de acordo com Tranjan, antes de se discutir a abertura da exploração e a possibilidade de exportação de excedente, é preciso que o País defina melhor qual será o seu programa nuclear. Para a iniciativa privada, no entanto, o sistema de parcerias não é atraente. O coro pró-abertura é engrossado pelo Instituo Brasileiro de Mineração (Ibram), que defende a abertura do mercado tanto para as empresas nacionais quanto para grupos multinacionais. (O Estado de São Paulo - 08.07.2008)

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6 Governo age para manter texto da Lei do Gás no Senado

A base governista na Comissão de Constituição e Justiça do Senado tentará derrubar, amanhã, o relatório do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) ao projeto de Lei do Gás e retomar a proposta aprovada na Câmara dos Deputados. A informação é dos senadores Aloizio Mercadante (PT-SP), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Ideli Salvatti (SC), líder do PT, e Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo na Casa. "Nossa proposta é a aprovada pela Câmara. Vamos buscar mantê-la na votação da CCJ", afirmou Ideli. "Jarbas fez uma mudança que evita a implantação de sistemas produtivos da Petrobras", emendou Jucá. (Abrace - 08.07.2008)

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7 Areva fecha contrato para termoelétrica

A Areva Koblitz, divisão de bioenergia da Areva, e a construtora Queiroz Galvão fecharam um contrato de R$ 3 milhões para a construção de uma termoelétrica que atenderá a Cosima - Companhia Siderúrgica do Maranhão. As obras devem começar em janeiro de 2009 e a previsão para iniciar as operações é de dezembro do mesmo ano. A usina, segundo a Areva Koblitz, em comunicado, terá capacidade de 4 MW e será movida a gás de alto-forno. (DCI - 08.07.2008)

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Grandes Consumidores

1 Lucro da Aracruz cai 18% no 2º trimestre

O lucro líquido da Aracruz Celulose teve queda de 18% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2007, ficando em R$ 262,1 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) da Aracruz, já incluindo os resultados da Veracel, foi de R$ 354,4 milhões -declínio de 18%. A produção de celulose no segundo trimestre foi 3% maior do que a registrada em igual período de 2007. (Folha de São Paulo - 08.07.2008)

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2 Celulose vai investir US$ 7 bi até 2012

Os produtores brasileiros de celulose estão investindo pesado para abocanhar um espaço maior no mercado internacional. Os aportes chegarão a US$ 7 bilhões, para a implantação de cinco novas unidades para a produção de celulose de mercado entre 2010 e 2012. A Aracruz, Veracel, Votorantim Celulose e Papel, Cenibra e a sueca- finlandesa Stora Enso possuem projetos para a expansão. (DCI - 08.07.2008)

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3 Expansão da Quattor corre risco

A ampliação da empresa está baseada na obtenção de gás residual de refinaria, que será fornecido pela Petrobras e servirá para o uso no processo produtivo A limitação no fornecimento do gás natural, pela Comgás, poderá criar impactos em cadeia, que vai refletir no projeto de ampliação da unidade da Quattor na região, localizada no Pólo Petroquímico do Grande ABC. "Se faltar o gás natural, também faltará o de refinaria e aí teremos problemas", afirmou o diretor industrial da Quattor, Roger Kirst. A questão é crítica, sobretudo porque o consumo de gás natural no País está em alta. (Abrace - 08.07.2008)

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Economia Brasileira

1 Saldo na 1ª semana é de US$ 305 mi

A balança comercial brasileira registrou na primeira semana de julho, entre os dias 1 e 6, saldo (exportações menos importações) de US$ 305 mi. As vendas externas ficaram em US$ 3,187 bi e as compras do Brasil de outros países em US$ 2,882 bi, de acordo com informações foram divulgadas ontem MDIC. No acumulado do ano, o saldo atingiu US$ 11,655 bi, com médias por dia útil de US$ 738,8 mi nas exportações e US$ 647,1 mi nas importações. No período, as importações continuaram bem maiores que as exportações, com crescimento de 24,4% contra 51,5% na média por dia útil, em comparação com o mesmo período do ano passado. Na média por dia útil do saldo acumulado, houve redução de 44,9% na mesma comparação. Analistas consultados pelo BC projetam um superávit comercial para o Brasil em 2008 de US$ 22,81 bi. No ano passado, o saldo positivo foi de US$ 40 bi. (Gazeta Mercantil - 08.07.2008)

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2 Endividamento total do País sobe 1,43% e chega a R$ 1,33 tri

A dívida pública interna cresceu em maio e elevou o estoque total de endividamento do País. No mês, a DPMFI (dívida pública mobiliária federal interna) atingiu R$ 1,239 tri, o que representa 1,71% mais do que o apurado em abril, de R$ 1,218 tri. Puxado pelo endividamento interno, o estoque total, incluindo a externa, alcançou R$ 1,337 tri, 1,43% maior na mesma comparação. Os dados foram publicados ontem no site do Tesouro Nacional. No caso da dívida interna o aumento foi influenciado pela emissão líquida de títulos no valor de R$ 8,5 bi e da apropriação de juros mensais em R$ 12,393 bi, segundo dados do relatório do órgão. Já o endividamento externo caiu 2,04% entre abril e maio, passando de R$ 99,6 bi para R$ 97,6 bi. Segundo explicam os técnicos do Tesouro Nacional, no relatório, tal queda foi influenciada "pela valorização da moeda brasileira em relação às demais moedas que compõem a dívida e pelo cancelamento dos títulos recomprados" no período. (Gazeta Mercantil - 08.07.2008)

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3 Indústria do Rio de Janeiro defende reforma tributária

O vice-presidente da Firjan, Carlos Mariani, admitiu que não é o empresariado o maior beneficiário da reforma tributária e sim a sociedade. Mariani recebeu a visita do relator da Comissão Especial da Reforma Tributária, deputado federal Sandro Mabel (PR-GO), na sede da Firjan. Segundo o vice-presidente da entidade, é errôneo o pensamento de que quem paga impostos no Brasil são as empresas. A empresa não está com a carga tributária. Quem está com a carga tributária é a sociedade. Porque todos os impostos que a empresa paga, ela cobra no preço dos seus produtos. "Então, se amanhã, pudermos ir progressivamente reduzindo esses impostos, a redução será automaticamente passada aos preços e beneficiará o consumidor, ao final", afirma.Os donos de indústrias do Rio de Janeiro consideram que a proposta do governo federal de reforma tributária, que tramita no Congresso Nacional, apresenta uma abordagem mais estruturada do que as formuladas no passado.. (DCI - 08.07.2008)

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4 Superávit deveria subir para 5% do PIB

O presidente do banco Itaú, Roberto Setubal, afirma que seria muito positivo para a política de combate à inflação se o governo elevasse a meta do superávit primário dos atuais 4,3% do PIB para 5% do PIB. Segundo ele, essa medida provocaria um grande alívio no trabalho do BC e ajudaria, especialmente, a baixar a inflação de 2009. Setubal diz, no entanto, que, tradicionalmente, as políticas antiinflacionárias no Brasil tendem a carregar nas tintas da política monetária e muito pouco na política fiscal. Trata-se, a seu ver, de um problema estrutural, histórico, de controlar a inflação pelos juros e não pelo corte dos gastos públicos. De acordo com Setubal, de qualquer forma, os aumentos de juros promovidos pelo Banco Central, além de outras medidas, como o aumento do IOF, já começam a fazer efeito na economia. Os bancos estão mais criteriosos na aprovação dos créditos. Os empréstimos estão mais caros. (Folha de Sao Paulo - 08.07.2008)

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5 BC pressiona para elevar juro de longo prazo

O BC está diante de uma nova queda-de-braço com a Fazenda para a definição da política de combate à inflação. O motivo da disputa, agora, é a taxa de juros usada como referência para os empréstimos do BNDES, a TJLP, que foi mantida na semana passada em 6,25% pelo CMN. Num momento em que o Banco Central voltou a subir a Selic para combater a inflação, a decisão do governo de manter estacionada a TJLP é um sinal na direção contrária. Para a autoridade monetária, trata-se de um descasamento na política monetária. De um lado, o BC sinalizando que o crédito ficará mais caro, e, de outro, o BNDES correndo na direção oposta. Para compensar esse descasamento, o BC tem dito em discussões internas no governo que poderá ter de elevar ainda mais os juros na próximas reuniões do Copom para frear a demanda. Os empréstimos do BNDES têm hoje um peso importante na economia e crescem a 36% ao ano. (Foha de São Paulo - 08.07.2008)

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6 Mantega vê desaceleração, mas não "aborto" do crescimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que, devido às medidas de política fiscal e monetária recentemente adotadas pelo governo, já é possível notar uma desaceleração do PIB do país e do consumo interno. Mas ressaltou: "Não é um aborto do crescimento. Não vamos jogar por terra o ciclo de crescimento construído com tanto esforço".Segundo Mantega, trata-se apenas de fazer a "sintonia fina" das ações para conseguir equilibrar avanço e inflação. "É possível fazer ajuste fiscal com crescimento econômico." "Temos a solução para os três maiores problemas do mundo hoje: alimentos, petróleo e minérios." Quanto à inflação, Mantega destacou que o Canadá e o Brasil são os únicos países, entre os que adotaram o regime de metas de inflação, a se manterem dentro do intervalo fixado. A fim de demonstrar que não é apenas com juros que se faz o controle da inflação, o ministro lembrou a elevação do superávit primário e a alta do compulsório para operações de leasing (Folha de São Paulo - 08.07.2008)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial estava cotado há pouco a R$ 1,601 na compra e a R$ 1,603 na venda, com avanço de 0,12%. Na abertura, marcou R$ 1,606. No mercado futuro, os contratos de agosto negociados na BM & F aumentavam 0,15%, a R$ 1,611. Na segunda-feira, o dólar comercial fechou com desvalorização de 0,43%, a R$ 1,599 a compra e R$ 1,601 na venda. (Valor Online - 08.07.2008)


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Internacional

1 Bolívia reabre licitação para reserva de gás

O governo da Bolívia lançará uma nova licitação para buscar uma empresa de consultoria que certifique as reservas de gás natural do país, após duas tentativas fracassadas realizadas em meses anteriores. O ministro de hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, confirmou que o novo processo será apresentado em breve, embora não tenha revelado a data, e expressou sua confiança na obtenção de resultados favoráveis. Nas duas oportunidades anteriores, as únicas consultoras que trabalham nesses processos de certidão informaram ao governo que estavam com agenda de trabalho sem espaço para assumir trabalhos na Bolívia. (DCI - 08.07.2008)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 MAYON, Paulo. O marco legal do gás e o 'investment grade'. Valor Econômico. São Paulo, 08 de julho de 2008.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bernardo Mattos Santana, Daniel Bueno, Gabriel Naumann, Isabela Barbosa, Juliana Simões, Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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