l IFE: nº 2.289 - 26
de junho de 2008 Índice
Regulação e Reestruturação do Setor
Empresas Leilões Oferta
e Demanda de Energia Elétrica Grandes
Consumidores Economia
Brasileira Internacional
Regulação e Reestruturação do Setor 1 ONGs questionam projeto de Santo Antônio A polêmica
em torno às usinas do rio Madeira terá outro capítulo hoje. Um documento
que faz análise crítica do Projeto Básico Ambiental (PBA) da hidrelétrica
de Santo Antônio, assinado pela entidade ambientalista International Rivers
Network (IRN) será protocolado no Ibama. Trata-se de outro momento delicado
do processo: o órgão de licenciamento do governo federal estuda o PBA
e, ao dar sinal verde ao empreendedor, também concede a Licença de Instalação
(LI) à usina. Pelo cronograma previsto e pela expectativa do ministro
Carlos Minc, a liberação da licença de Santo Antônio pode ocorrer em um
mês, permitindo, assim, o início das obras. (Valor Econômico - 26.06.2008)
2 Polêmica sobre Santo Antônio chega à Espanha Um representante
das comunidades ribeirinhas do rio Madeira conseguiu "furar" a reunião
anual do conselho de acionistas do Santander, na Espanha, no fim de semana
passado, para fazer denúncia contra o licenciamento da usina hidrelétrica
de Santo Antônio. O espanhol Santander participa do consórcio vencedor
que construirá as usinas e responde por 20% do financiamento das obras,
orçadas em US$ 9 bilhões. Na reunião, a RedeBrasil, ONG presidida por
Luis Novoa Garzon, professor da Universidade Federal de Rondônia, diz
ter conseguido que Emilio Botín, presidente mundial do Santander, montasse
uma equipe para avaliar as denúncias. Segundo Garzon, no projeto, o consórcio
vencedor subestimou as indenizações e reduziu o total de famílias afetadas
pela inundação para construção da barragem de 3.000 para 760. (Folha de
São Paulo - 26.06.2008) O MPF em
Rondônia abriu um inquérito civil para fiscalizar e investigar mudanças
no projeto de instalação da hidrelétrica de Jirau (3.300 MW), no Rio Madeira.
Na portaria que instaurou o inquérito o MPF sustenta que "a alteração
de 9 km no projeto inicial, que pode gerar conseqüências danosas ao meio
ambiente, não está prevista na resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama), que regulamenta o licenciamento ambiental." O MPF diz
ainda que as alterações na área de impactos do empreendimento não foram
discutidas nas audiências públicas realizadas. No último dia 13, o ministro
do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou que o Ibama deve analisar em até
60 dias o pedido de mudança de localização da construção da usina em Rondônia,
encaminhado pelo consórcio. O procurador Heitor Alves Soares, responsável
pelo inquérito, disse por meio da assessoria de imprensa, que preferia
não se pronunciar na atual fase de instruções e das informações já solicitadas
à Aneel. (Brasil Energia - 25.06.2008) 4
Venezuela e Brasil preparam acordo de troca para energia 5 Fundação Coge: investimentos nos próximos dez anos chegam a R$ 218 bi Segundo
a Fundação Coge, que reúne empresas públicas e privadas do setor elétrico,
os investimentos estimados pelas companhias em geração, transmissão e
distribuição nos próximos dez anos chegam a R$ 218 bilhões. A previsão
é a de que o consumo passe dos 330 TWh registrados em 2006 para 611 TWh
em 2016. (Folha de São Paulo - 26.06.2008) 6 MCSD com 100% de adimplência A CCEE registrou
100% de adimplência para um montante total liquidado de R$ 35,2 milhões,
nas operações do MCSD, do mês de maio de 2008. Participaram desta liquidação
49 agentes, sendo 32 devedores e 17 credores. Neste mercado as distribuidoras
podem vender e comprar entre si sobras e faltas contratuais de energia.
(Brasil Energia - 25.06.2008) 7 Aneel muda regras dos contratos para dar transparência ao setor Depois de dez anos de mercado livre, a Aneel decidiu aperfeiçoar a regulamentação para a contratação de eletricidade no SIN por consumidores livres, que não mantém vínculo com uma distribuidora, e potencialmente livres, aqueles que se enquadram nas regras desse ambiente de contratação, mas, por opção, mantêm-se como consumidores cativos. Parodi explica que, na prática, parte desta nova regulamentação já é aplicada para os consumidores livres, mas, a partir da aprovação, aqueles que são potencialmente livres terão que substituir os atuais contratos de fornecimento de energia, fechado com uma distribuidora, por três diferentes tipos de contrato: o de Uso dos Sistemas de Distribuição ou de Transmissão, o de conexão às instalações das distribuidoras ou das transmissoras, e o de compra de energia, travado com as concessionárias de distribuição. As regras estão em processo de audiência pública documental e receberá contribuições até o próximo dia 2 de julho. (Gazeta Mercantil - 26.06.2008) 8
Instalados 35 MW em PCHs 9 Governo ES publica edital para contratar planejamento energético até 2025 Com novas
fontes de energia e propostas de novos investimentos no Espírito Santo,
a Agência de Serviços Públicos de Energia do Estado (Aspe), vinculada
à Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), publicou nesta quarta-feira
(25) um edital para contratação de estudos técnicos especializados para
a elaboração do Planejamento Energético do Espírito Santo (PE-ES) 2009-2025.
O objetivo do estudo é realizar um levantamento completo da segurança
do suprimento energético para o cumprimento das metas estabelecidas dentro
do Plano de Desenvolvimento - Espírito Santo 2025. O PE-ES 2009-2025,
que foi anunciado no início deste mês durante o Fórum Capixaba de Energia,
vai fornecer elementos para garantir esse suprimento à população e aos
meios de produção, com alta qualidade e menor custo, visando o desenvolvimento
do Estado. O secretário de Estado de Desenvolvimento, Guilherme Dias,
explicou que o Planejamento Energético será um trabalho pioneiro no âmbito
estadual no Brasil e servirá para analisar e identificar as carências
e as oportunidades do sistema energético capixaba. O projeto será concluído
em meados de 2009. (Sedes - 25.06.2008) 10
Gesel promove duas palestras em julho
Empresas 1 Furnas aposta no projeto de internacionalização Derrotada
no leilão de hidrelétrica de Jirau, Furnas está dobrando apostas no projeto
de internacionalização. A estatal acertou com o governo do Peru a construção
da usina de Inambari, com capacidade de geração de 1.500 MW. O investimento
de US$ 2 bilhões, ainda sem modelos societário e financeiro definidos,
será o pontapé inicial de um projeto de até 15 hidrelétricas, num volume
total de 19 mil MW. A energia, de inicio, será integralmente transmitida
para o Brasil, já que a região das usinas é pouco povoada e praticamente
não demanda energia, explica uma fonte da área técnica. (O Globo - 25.06.2008)
2 CPFL cria cadastro para inovação A CPFL Energia vai ampliar a rede de parceiros para projetos de Inovação Tecnológica (P&D&I), através de um cadastro, com participação de empresas e instituições de todo o país. A CPFL investe cerca de R$ 30 milhões em 60 projetos de P&D&I ao ano. O programa servirá para todas as distribuidoras do grupo. "O Brasil é um país rico em instituições de pesquisas, núcleos acadêmicos e fabricantes, e queremos mapear o maior número possível para futuras parcerias", explicou Marcelo Corsini Afonso, gerente de Inovação Tecnológica da CPFL Energia. Fundações de universidades, cooperativas, consultorias, centro de pesquisas governamentais ou de ONGs, fabricante nacionais e multinacionais podem se cadastrar para futuras parcerias com a holding. (Brasil Energia - 25.06.2008) 3 Manipulação de dados gera multa de R$ 6,5 mi para Enersul A manipulação
de dados sobre o fornecimento de energia elétrica resultou em uma multa
de R$ 6,5 milhões para a Enersul. A decisão, adotada pela Agência de Estadual
Regulação de Serviços Públicos (Agepan), foi publicada ontem no Diário
Oficial do Estado. Segundo o presidente da Agepan, Anísio Tiago, a multa
aplicada refere-se a "uma questão muito grave [praticada pela empresa]
e que poderia resultar na revogação da concessão, mas o governo prefere
agir com cautela". Segundo a assessoria de imprensa da Enersul, a empresa
aguarda comunicado oficial da multa, para tomar as providências necessárias.
(DCI - 25.06.2008) 4
Aneel divulga índices finais da revisão tarifária da distribuidora DME-PC
(MG) 5 Celesc realiza leilão para venda de energia de PCHs A Celesc
Geração fará leilão para venda de energia de PCHs. Segundo a empresa,
o certame está previsto para acontecer na próxima terça-feira, 1º de julho
e, se houver disponibilidade, uma segunda rodada ocorrerá no dia 8. A
quantidade de energia será divulgada nos dias dos leilões, ao meio-dia,
mas o produto prevê modulação flat com disponibilidade para o período
entre 1º de junho e 30 de junho, com entrega no submercado Sul. O resultado
da primeira rodada e a eventual disponibilidade da energia para a segunda
rodada será divulgada no mesmo dia, após o final do prazo para envio das
propostas. (CanalEnergia - 25.06.2008) 6 P&D: aprovado ciclo 2006/07 da Cemar A Aneel
aprovou o programa de pesquisa e desenvolvimento da Cemar (MA) para o
ciclo 2006/07. Segundo despacho 2.338 publicado no Diário Oficial da União
desta terça-feira, 24 de junho, a empresa deve aplicar R$ 4,97 milhões
no ciclo. A Aneel estabeleceu ainda que o programa seja iniciado até agosto
e concluído até o mesmo mês de 2009. (CanalEnergia - 25.06.2008) No pregão
do dia 25-06-2008, o IBOVESPA fechou a 65.853,34 pontos, representando
uma alta de 2,63% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 6,57
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 2,49%
fechando a 18.959,79 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 29,50 ON e R$ 26,10 PNB, alta de 4,24%
e 3,78%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior.
Na abertura do pregão do dia 26-06-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas
a R$ 29,00 as ações ON, baixa de 1,69% em relação ao dia anterior e R$
25,80 as ações PNB, baixa de 1,15% em relação ao dia anterior. (Investshop
- 26.06.2008)
Leilões 1 Proposta de edital do leilão de energia elétrica A-5 está em audiência pública As minutas
do edital 003/2008 e dos contratos relativos ao leilão de energia elétrica
de novos empreendimentos de geração previsto para 28 de agosto deste ano
serão submetidas à audiência pública documental de hoje (25/06) até o
próximo dia 9 de julho. O leilão, denominado "A-5", é destinado à negociação
de contratos de energia elétrica com início de suprimento em janeiro de
2013. A proposta de edital não inclui os preços de referência do leilão,
que serão definidos oportunamente pelo MME e constarão da versão final
do documento a ser aprovada pela diretoria da Agência. O MME deverá publicar,
nos próximos dias, as portarias com a sistemática e as diretrizes do certame.
As contribuições deverão ser feitas exclusivamente por escrito por e-mail
ap042_2008@aneel.gov.br, pelo fax nº (61) 2192-8839 ou por correio para
o endereço SGAN - Quadra 603 - Módulo I - Térreo / Protocolo Geral da
ANEEL, CEP 70.830-030, Brasília - DF. Para acessar os documentos relativos
à audiência pública, clique aqui.
(ANEEL - 25.06.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica O boletim
Energia Transparente, do Instituto Acende Brasil e elaborado pela PSR,
apresentou diagnóstico concluindo que permanece déficit estrutural de
1.000 MW em 2009. O desequilíbrio continuará se for mantida a demanda
de referência com oferta sem atrasos. A diferença entre oferta e demanda
estrutural sobe para 1.900 MW médios em caso de crescimento da demanda
de 5,1% a.a. e oferta com atrasos. O estudo condena as decisões "arbitrárias"
do governo para a geração de energia térmica e o empréstimo de energia
para a Argentina, neste primeiro semestre. O trabalho também questiona
o poder concedido ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE)
para determinar o acionamento das térmicas. (Brasil Energia - 25.06.2008)
2 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,4% O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 80,4%, apresentando queda de 0,2% em relação à medição do dia 22 de junho. A usina de Furnas atinge 96,6% de volume de capacidade. (ONS - 26.06.2008) 3 Sul: nível dos reservatórios está em 63,8% O nível
de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,6% no nível de armazenamento
em relação à medição do dia 22 de junho, com 63,8% de capacidade armazenada.
A usina de Machadinho apresenta 45,4% de capacidade em seus reservatórios.
(ONS - 26.06.2008) 4 NE apresenta 79,4% de capacidade armazenada Apresentando
queda de 0,2% em relação à medição do dia 22 de junho, o Nordeste está
com 79,4% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho
opera com 70,2% de volume de capacidade. (ONS - 26.06.2008) 5 Norte tem 92,8% da capacidade de armazenamento O nível
de armazenamento da região Norte está em 92,8% com variação negativa de
0,2% em relação à medição do dia 22 de junho. A usina de Tucuruí opera
com 97,1% do volume de armazenamento. (ONS - 26.06.2008)
Grandes Consumidores A Light
divulgou, ontem à noite, que concluiu as negociações no mercado livre
para a comercialização de energia no longo prazo, totalizando 220 MW médios
e um total aproximado de R$ 3,4 bilhões. Segundo o comunicado, o contrato
de destaque foi o da Votorantim Energia, cujo prazo vai até 2027 e vai
gerar um receita de cerca de R$ 2 bilhões para a Light. (DCI - 25.06.2008)
2 Indústria de plástico ameaça deixar o País Uma das
possibilidades da indústria petroquímica da terceira geração, caso o governo
federal não garanta os fatores que o setor acredita serem "determinantes
para a competitividade", é migrar seus investimentos para outros países.
A revisão da carga tributária e o preço da matéria-prima são, de acordo,
com a indústria de transformados plásticos, fatores que podem ser restritivos
para a competitividade do setor. (DCI - 20.06.2008) 3 Vale elogia reajuste definido pela Rio Tinto com chineses O presidente
da Vale, Roger Agnelli, afirmou ontem que os reajustes alcançados pela
Rio Tinto, de até 96,5% nos preços do minério de ferro, junto à siderúrgica
chinesa Baosteel, e de 100% com a Nippon Steel Corp e outras grandes siderúrgicas
japonesas, são positivos para o setor. Segundo o executivo, o movimento
indica que o mercado está aquecido e a demanda, sustentada. Já a BHP Billington,
maior mineradora do mundo e que recentemente fez oferta hostil de US$
172 bilhões pela compra do Rio Tinto, acenou positivamente quanto aos
reajustes, mas ressaltou que eles não cobrem totalmente a diferença de
frete marítimo existente entre as mineradoras australianas e a Vale. (DCI
- 25.06.2008)
Economia Brasileira 1 União corta R$ 8,2 bi do Orçamento de 2008 O governo anunciou ontem um corte de R$ 8,2 bi nas despesas previstas no Orçamento da União deste ano para garantir o aumento da meta de superávit primário e o reajuste dos benefícios do programa Bolsa Família. O governo também elevará em R$ 5 bi, para R$ 14,5 bi, o total de dividendos que as empresas estatais - principalmente BNDES e Petrobras - deverão repassar ao Tesouro ao longo do ano, o que ajudará o governo a cumprir a nova meta fiscal. A exigência adicional reduz, na prática, o volume de recursos que as empresas terão para investir ao longo do ano. "A nossa decisão é essa, nós queremos receber a mais R$ 5 bi (de dividendos). É claro que vai depender do desempenho das empresas, do que elas tiverem de resultado, mas nós achamos que é compatível", afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. (Gazeta Mercantil - 26.06.2008) 2 Indústria maior cresce ainda mais Megaindústrias com mais de mil empregados ganharam força. O peso delas no valor da transformação industrial subiu de 48,7% em 1996 para 60% em 2006, segundo a Pesquisa Anual Industrial do IBGE. Em 2000, o percentual era 53,8%. Em 2006, esse grupo contava só com 764 companhias -0,5% do total de 155 mil indústrias. No emprego, a participação delas também avançou -de 29,4% em 1996 para 27,2% em 2000 e 31,9% em 2006. Segundo Isabella Nunes, gerente da pesquisa do IBGE, as grandes empresas passaram por forte reestruturação nos anos 90, reduzindo custos e cortando empregos. Aumentaram a produtividade num ritmo mais acelerado e tomaram espaço das firmas de menor porte. No período de 1996 a 2000, o emprego nas companhias maiores caiu 4,2%. De 2000 a 2006, subiu 48,9%. "As empresas maiores se beneficiaram mais da maior estabilidade da economia a partir de 2000, com juros em queda e inflação sob controle. Elas ganharam mais capacidade para investir e, por serem mais abertas ao exterior, aproveitaram mais o crescimento das exportações", disse Nunes. (Folha de São Paulo - 26.06.2008) 3
Desemprego no País cai para 14,8% 4 Emprego na indústria cresce 32% em 10 anos, segundo IBGE Pesquisa
Industrial Anual mostra que o setor empregava 6,8 mi de pessoas em 2006,
1,657 mi a mais do que 10 anos antes. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira
pelo IBGE. O crescimento foi de 32,2% em 10 anos. De acordo com o levantamento,
o emprego cresceu especialmente nos últimos seis anos. Em 2000, de acordo
com o IBGE, havia 5,31 mi de pessoas trabalhando na indústria nacional
- isso significa que, em seis anos, houve um aumento de quase 1,5 mi de
empregos, ou alta de 27,9%. (Zero Hora - 26.06.2008) 5 Investimento puxa expansão, diz relatório do BC Com a expectativa
de um aumento nos investimentos, para compensar o crescimento da demanda
interna, o BC manteve em 4,8% a sua estimativa de alta do PIB de 2008.
O relatório trimestral de inflação da instituição indica que o PIB terá
expansão generalizada em seus componentes, seja sob a ótica da produção
ou da demanda, ressaltando-se, como em relatórios anteriores, que a perspectiva
de extensão deste ciclo encontra respaldo no otimismo revelado por consumidores
e empresários em outras sondagens conjunturais. A médio prazo, ressalta
o texto, "a evolução dos investimentos deverá ser favorecida pelo cenário
de maior ingresso de recursos externos associado à elevação da economia
brasileira ao grau de investimento". Sobre o impacto do aumento dos juros
como fator inibidor de investimento, o BC destacou que "a elevação recente
das taxas de juros não inibiu a trajetória de expansão do crédito". (DCI
- 26.06.2008) 6 Morgan Stanley prevê juro maior e crescimento menor O Morgan Stanley distribuiu relatório a seus clientes esta semana traçando provavelmente a análise mais pessimista do mercado financeiro em relação ao Brasil. Para Marcelo Carvalho, economista da instituição e autor do relatório, o país deverá ter crescimento de apenas 3% no próximo ano, um ponto abaixo do consenso do mercado, em 4%. A análise também embute um ciclo mais longo de aperto monetário. Segundo Carvalho, há sinais de maior incerteza no mercado, que podem abalar as perspectivas mais favoráveis de investidores no mercado de renda fixa e na bolsa de valores. A curva de juros foi a primeira a destacar que o cenário brasileiro poderá sofrer mais do que se pensava no que diz respeito ao avanço da inflação e à elevação da taxa Selic, avalia. "Se alguém apostou no Brasil como uma economia que consegue crescer 5% ou mais sempre, vai se frustrar", diz Carvalho. A taxa de juros média deverá subir de cerca de 12% ao ano em 2008 para acima de 14% ao ano no próximo ano, avalia ele, em relatório. (Valor Econômico - 26.06.2008) 7
BC prevê inflação acima do centro da meta 8 Meirelles: processo de alta deve desacelerar O presidente
do BC, Henrique Meirelles, disse ontem que os investidores prevêem que
a inflação vai desacelerar nos próximos anos, enquanto o banco continua
comprometido em manter os preços ao consumidor sob controle. "As expectativas
de inflação estão retornando à meta", disse o chefe da autoridade monetária.
"É muito importante que a inflação seja mantida dentro da meta. O BC está
comprometido com a rota traçada para a inflação", afirmou. Meirelles disse
que os investidores prevêem que a inflação medida pelo IPCA se desacelerará
e se adaptará à meta do oficial do governo em 2010 e que cairá para 4,3%
no ano seguinte. (Gazeta Mercantil - 26.06.2008) No dia em
que o BC elevou sua projeção de inflação deste ano para um patamar 1,5
p.p. acima do centro da meta, o mercado se surpreendeu com a divulgação
do IPCA-15, que subiu 0,90% em junho contra variação de 0,56% na leitura
de maio. A estimativa de grande parte dos analistas financeiros girava
em torno de uma variação de no máximo 0,80% para o índice, que foi apurado
entre 15 de maio e 15 de junho e é utilizado como base para o IPCA "cheio",
a ser divulgado no dia 10 de julho pelo IBGE. "A partir de agora vamos
assistir a uma disseminação geral da inflação, se difundindo para além
dos preços dos alimentos", comenta Julio Gomes de Almeida, consultor econômico
do Iedi. (DCI - 26.06.2008) O dólar
comercial registra desvalorização nos primeiros negócios. Há pouco, a
moeda cedia 0,12%, a R$ 1,588 na compra e a R$ 1,590 na venda. Na abertura,
marcou R$ 1,595. No mercado futuro, os contratos de julho negociados na
BM & F cediam 0,21%, a R$ 1,588. Ontem, o dólar comercial fechou com baixa
de 0,68%, a R$ 1,590 a compra e R$ 1,592 na venda. (Valor Online - 26.06.2008)
Internacional 1 Uruguai e Peru anunciam descobertas de gás natural Duas descobertas
expressivas de gás natural foram anunciadas na América do Sul. O Uruguai
pode ter encontrado uma reserva de 28,316 bilhões de metros cúbicos de
gás e petróleo durante estudos das áreas de exploração que pretende submeter
a leilão em julho de 2009, disse a Ancap (Administração Nacional de Combustíveis,
Álcool e Portland). A Petro-Tech, por sua vez, afirmou que descobriu um
"importante" campo ao norte do Peru. A potencial descoberta uruguaia,
próxima à foz do rio de la Plata, ocorreu após testes sismológicos, disse
Héctor De Santa Ana, gerente de exploração e produção da Ancap. O produto
da descoberta poderá abastecer o Brasil em quatro anos ou atender a quase
toda a demanda norte-americana durante o inverno. (Folha de São Paulo
- 26.06.2008) 2 Bolívia renegociará envio de gás à Argentina A Bolívia
anunciou que vai renegociar os volumes de gás que exporta para a Argentina
e que não pagará nenhuma multa por haver enviado ao vizinho quantidades
inferiores às contratadas. Atualmente, a Bolívia exporta para a Argentina
cerca de 2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, bem menos
do que os 7,7 milhões de metros cúbicos acordados. Pelo acertado no contrato
assinado entre a Energia Argentina SA (Enarsa) e a estatal boliviana YPFB,
não se cobrará uma multa pela redução dos envios de gás para a Argentina,
afirmou Villegas. (Valor Econômico - 26.06.2008) 3 Produção de energia elétrica vai dobrar até 2030 no mundo A produção de energia elétrica vai praticamente dobrar até 2030, chegando a 24,4 trilhões de kWh, ante 17,3 trilhões de kWh em 2005, segundo o estudo International Energy Outlook 2008, feito pela Energy Information Administration do governo dos Estados Unidos. Os países em desenvolvimento puxam a capacidade com um crescimento de 4% ao ano no período, enquanto os países pertecentes à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico terão crescimento médio de 1,3%. Para suportar essa expectativa, a capacidade instalada vai crescer 2,4% anualmente, em média, passando de 3.889 GW para 7.033 GW, de acordo com o IEO 2008. Para o Brasil, a projeção da EIA é de uma expansão da capacidade superior à média mundial. A perspectiva é que o país cresça 3,7%, em média, por ano, entre 2005 e 2030, passando de 91 GW para 186 GW. (CanalEnergia - 25.06.2008) 4
Renováveis perdem para carvão
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras POLÍTICA
DE PRIVACIDADE E SIGILO |
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