l

IFE: nº 2.287 - 24 de junho de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Justiça libera obras de Estreito
2 MPF investiga mudança na barragem de Jirau
3 Comissão vota projeto para ressarcir investimentos em compra de energia da Venezuela
4 Câmara dos Deputados vai requisitar atas das reuniões do CMSE
5 Hidroelétricas geram impasse com hidrovias
6 Kelman critica criação da CPI da Conta de Luz
7 Acende Brasil divulga Programa Energia Transparente

Empresas
1 Enersul: S&P coloca rating da empresa em CreditWatch Negativo
2 Índices de revisão tarifária da Copel e Cocel
3 CPFL com nova vice-presidência
4 Celesc tem vitória na Justiça
5 R$ 3,1 mi para RGR
6 Ersa compra PCHs
7 Aneel reforços da Cemig, Isa Cteep, Eletrosul e Copel
8 Cotações da Eletrobrás

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,7%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 64,4%
3 NE apresenta 79,7% de capacidade armazenada

4 Norte tem 93,1% da capacidade de armazenamento

Gás e Termelétricas
1 RS intensifica luta por terceiro terminal de GNL
2 Petrobras estuda instalar unidades integradas de biomassa
3 Energética Suape II atuará como produtor independente de energia

Grandes Consumidores
1 Rio Tinto fecha reajuste maior que o da Vale
2 Siderúrgicas garantem que preço não sobe mais este ano
3 CSN desdobra ativos para ganhar valor
4 GM fecha fábricas por mais tempo no verão
5 MME cria Plano Nacional de Agregados Minerais para Construção Civil

Economia Brasileira
1 Balança tem superávit de US$346 mi na 3a semana do mês
2 Recursos externos no País somam US$ 939 bi

3 Banco Central prevê o pior déficit dos últimos 7 anos
4 Momento econômico é excepcional e tem condições de ser mantido, diz Miguel Jorge
5 Brasil será 6º destino de investimentos de múltis
6 Após seis anos de superávit, indústria volta a ter déficit
7 Para Ipea, desigualdade caiu 7% e renda de pobres subiu 5 vezes mais que de ricos
8 IPC-S tem alta menor
9 BC diminui compra de moeda; reserva está perto de US$ 200 bi
10 Analistas projetam IPCA de 6,08%
11 Meirelles prevê inflação na meta em 2009
12 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 WWI: energia nuclear cresce apenas 0,5% em capacidade em 2007
2 BG faz oferta hostil de US$13,1 bi por Origin Energy

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Justiça libera obras de Estreito

O governo conseguiu derrubar ontem a decisão judicial que paralisava, desde a semana passada, as obras da hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. Com potencial para gerar 1.087 MW, a usina é hoje a maior obra do país em construção no setor elétrico. Ela deverá começar a produzir em 2010 e é considerada crucial para garantir o abastecimento no início da próxima década. Em um esforço conjunto do Ibama, da Aneel e da Advocacia-Geral da União (AGU), o governo reverteu, no Tribunal Regional Federal (TRF) em Brasília, uma decisão da Justiça Federal de Imperatriz (MA) que anulou o licenciamento feito pelo Ibama e pediu informações complementares sobre os impactos ambientais da obra. (Valor Econômico - 24.06.2008)

<topo>

2 MPF investiga mudança na barragem de Jirau

O MPF de Rondônia anunciou ontem a abertura de um inquérito civil para investigar a mudança de local do projeto da usina de Jirau, do complexo hidrelétrico do rio Madeira (RO). A usina terá capacidade instalada de 3.300 MW e é uma das obras do PAC. A Enersus, liderado pela franco-belga Suez, venceu o leilão de concessão realizado em maio pela Aneel, oferecendo a tarifa mais baixa para o mercado cativo de energia em parte porque deslocou em 9,2 quilômetros a posição da barragem no rio Madeira. (Folha de São Paulo - 24.06.2008)

<topo>

3 Comissão vota projeto para ressarcir investimentos em compra de energia da Venezuela

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira, 25 de junho, o projeto de lei 2318/07, que transfere recursos da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis para ressarcir os investimentos aplicados no sistema de transmissão de energia entre o Brasil e a Venezuela. O deputado Marcio Junqueira (DEM-RR), relator do processo, defende a aprovação da matéria, de autoria do deputado Neudo Campos (PP-RR). A compra de energia do país vizinho começou em 2001 e cumpre uma das metas da CCC, que é tornar a energia mais barata para a região Norte. A comissão pode votar ainda pedido de audiência pública para discutir os prejuízos causados por ligações clandestinas de energia elétrica. (CanalEnergia - 23.06.2008)

<topo>

4 Câmara dos Deputados vai requisitar atas das reuniões do CMSE

O CMSE poderá ser obrigado a divulgar todas as atas das reuniões realizadas desde sua criação. A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou na semana passada requerimento do deputado Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB-ES) sobre o assunto. O deputado argumenta no pedido que "a transparência das discussões realizadas pelo CMSE é imprescindível ao planejamento empresarial". Ele diz que os empresários precisam programar os investimentos com base na disponibilidade de energia. (CanalEnergia - 23.06.2008)

<topo>

5 Hidroelétricas geram impasse com hidrovias

O TCU determinou à Casa Civil da Presidência da República, que instale o Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (Conit), em até 60 dias. A Casa Civil também deverá enviar informações sobre o resultado de reuniões que objetivam definir ações de governo para solucionar pendências quanto ao uso múltiplo dos recursos hídricos. Uma das principais questões envolve o impasse entre o setor elétrico e os exportadores. No entanto, ainda não está regulamentada a exigência de construção de eclusas, por parte de concessionárias, nos empreendimentos do setor elétrico. (DCI - 24.06.2008)

<topo>

6 Kelman critica criação da CPI da Conta de Luz

O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, defendeu-se ontem das acusações feitas pelo deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), autor do pedido de criação da CPI da Conta de Luz, na Câmara, sob o argumento de que as tarifas brasileiras estão entre as mais elevadas do mundo, e que nem Kelman nem a Aneel tratam a questão com transparência. Eduardo da Fonte fez um pedido de reconsideração à Aneel para que fosse anulada a revisão tarifária de Pernambuco. No dia 28 de maio, ele recebeu um ofício de Kelman no qual era informado de que nada poderia ser feito: os reajustes estão previstos em contrato. Coincidentemente, no dia seguinte, Eduardo da Fonte protocolou o pedido de criação da CPI. Para Kelman, a comissão não tem fato determinado, como exige a Constituição. (Valor Econômico - 24.06.2008)

<topo>

7 Acende Brasil divulga Programa Energia Transparente

O Instituto Acende Brasil divulga hoje, em Brasília, o 5º Programa Energia Transparente, no qual traz atualizações sobre os riscos de decretar racionamento de energia para os anos de 2009 e 2010 e cálculos com os balanços de oferta e demanda de energia firme até 2012.Segundo Claudio Sales, presidente do instituto, o relatório também trará um aprofundamento sobre outras questões, como o acionamento prolongado de térmicas no primeiro semestre e as implicações para o consumidor da exportação de energia para a Argentina. (DCI - 24.06.2008)

<topo>

 

Empresas

1 Enersul: S&P coloca rating da empresa em CreditWatch Negativo

A Standard & Poor's colocou em CreditWatch com implicações negativas o rating de crédito corporativo 'brA' atribuído na Escala Nacional Brasil à empresa Enersul, assim como o rating 'brA' atribuído a sua sexta emissão de debêntures de R$ 337,5 milhões. Segundo a agência, a colocação dos ratings na listagem CreditWatch Negativo se deve à permuta de ações realizadas entre a Energias do Brasil e o Grupo Rede, que não possui ratings da S&P. A Energias do Brasil repassou a totalidade da participação societária detida na Enersul ao Grupo Rede, que por sua vez, repassou a totalidade das participações societárias na Rede Lajeado Energia. (CanalEnergia - 23.06.2008)

<topo>

2 Índices de revisão tarifária da Copel e Cocel

A diretoria colegiada da Aneel aprovou hoje os índices de revisão tarifária periódica das distribuidoras Copel e Cocel. As novas tarifas entrarão em vigor amanhã (24/06). A Copel atende 3,4 milhões de unidades consumidoras no estado do Paraná e a Cocel 36,1 mil unidades consumidoras no município paranaense de Campo Largo. Os processos de revisão das distribuidoras paranaenses foram submetidos à audiência pública documental no período de 30 de abril a 28 de maio deste ano. No dia 21 de maio, foram realizadas reuniões públicas nas cidades de Curitiba e Campo Largo para ouvir a sociedade local sobre as propostas em audiência. (Aneel - 23.06.2008)

<topo>

3 CPFL com nova vice-presidência

A CPFL Energia realizou uma reestruturação no organograma e criou uma vice-presidência Administrativa. A modificação se destina ao atendimento da expansão acelerada do grupo no segmento de distribuição. A nova área será prestadora de serviços e foi formada a partir de atividades meio até então ligadas a outras vice-presidências. O titular do cargo é José Marcos Chaves Melo. As áreas de informática, infra-estrutura, logística e suprimentos vão ficar sob o guarda-chuva da nova vice presidência. Melo foi recrutado no mercado, é formado em engenharia mecânica e trabalhou por 21 anos na consultoria Accenture. (Brasil Energia - 23.06.2008)

<topo>

4 Celesc tem vitória na Justiça

A Celesc Distribuição, por meio da Agência Regional Rio do Sul (SC), derrubou um pedido de indenização moral em conseqüência de interrupção no fornecimento de energia elétrica, reformando a decisão de 1ª instância, que favorecia o consumidor. Para o juiz relator Leandor Passig Mendes, a notificação da Celesc omite o motivo da suspensão e é um procedimento amparado pela agência reguladora do setor, a Aneel. Para ele, essa é uma forma de solicitar ao consumidor o cumprimento de um dever elementar. (Brasil Energia - 23.06.2008)

<topo>

5 R$ 3,1 mi para RGR

Dez distribuidoras de energia vão recolher à Eletrobrás R$ 3,1 milhões correspondentes às quotas anuais da Reserva Global de Reversão (RGR) entre junho de 2008 e maio de 2009, já deduzidos os valores das Taxas de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE). Segundo despacho publicado na segunda-feira, 23 de junho, no Diário Oficial, o recolhimento das cotas mensais começará a partir de 15 de julho deste ano. Os valores a serem pagos, compensados ou devolvidos ocorrerão em parcelas mensais, iguais e sucessivas, e caberá à Eletrobrás, na condição de gestora dos referidos recursos, atender ao despacho da agência. (Brasil Energia - 23.06.3008)

<topo>

6 Ersa compra PCHs

A Ersa, empresa de energia de fontes renováveis do Pátria Investimentos, adquiriu três novos projetos de PCHs, no município mineiro de Varginha, com potencial instalado de 54 MW, segundo comunicado enviado à bolsa. Com isso, a empresa totaliza 19 projetos de PHCs. Há uma semana, a Ersa havia fechado a compra de seu primeiro projeto de usina eólica, de 49,3 MW de capacidade, localizado no Rio Grande do Norte. A companhia, que prepara ida à bolsa, tem plano de investimento de R$ 12 bilhões. (Valor Econômico - 24.06.2008)

<topo>

7 Aneel reforços da Cemig, Isa Cteep, Eletrosul e Copel

A Aneel autorizou a Cemig, a Isa Cteep, a Eletrosul e a Copel GT a realizarem reforços em suas instalações de transmissão. As obras visam melhorar o atendimento às cargas na área de atuação dessas empresas. A Cemig realizará obras na subestação Neves I e terá direito à RAP de R$ 1,4 milhão. A Cteep reforçará, em São Paulo, as subestações Edgar de Souza e Mongaguá. A companhia terá direito à RAP de R$ 2,8 milhões. A Eletrosul recapacitará a LT Jorge Lacerda A - Jorge Lacerda B. A Aneel estabeleceu que a empresa terá RAP de R$ 20,5 mil. Já a Copel GT regularizou reforços implantados em dez subestações e duas LTs feitas sem autorização da Aneel. A empresa terá RAP de cerca de R$ 2 milhões. (CanalEnergia - 23.06.2008)

<topo>

8 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 23-06-2008, o IBOVESPA fechou a 64.640,45 pontos, representando uma alta de 0,04% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 4,03 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram valorização de 0,08% fechando a 18.619,02 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 27,60 ON e R$ 24,85 PNB, alta de 0,91% e 2,10%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 24-06-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 27,60 as ações ON, estável em relação ao dia anterior e R$ 24,80 as ações PNB, baixa de 0,20% em relação ao dia anterior. (Investshop - 24.06.2008)

<topo>

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 80,7%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 80,7%, apresentando queda de 0,7% em relação à medição do dia 19 de junho. A usina de Furnas atinge 96,8% de volume de capacidade. (ONS - 24.06.2008)

<topo>

2 Sul: nível dos reservatórios está em 64,4%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou queda de 0,3% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 19 de junho, com 64,4% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 49,1% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 24.06.2008)

<topo>

3 NE apresenta 79,7% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,6% em relação à medição do dia 19 de junho, o Nordeste está com 79,7% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 70,7% de volume de capacidade. (ONS - 24.06.2008)

<topo>

4 Norte tem 93,1% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 93,1% sem variação significativa em relação à medição do dia 19 de junho. A usina de Tucuruí opera com 97,4% do volume de armazenamento. (ONS - 24.06.2008)

<topo>

 

Gás e Termoelétricas

1 RS intensifica luta por terceiro terminal de GNL

Consciente de que trazer para o Rio Grande do Sul um terminal de regaseificação de GNL é fundamental para garantir energia ao desenvolvimento do Estado, a Sulgás batalha em todos os fronts para abocanhar o investimento. Hoje, apresenta sua principal arma - o estudo que explica por que a implantação em Santa Catarina não resolve o abastecimento do Sul do país - aos líderes partidários na Assembléia Legislativa. Um dos principais argumentos é o fato de que o Gasoduto Brasil-Bolívia, que deveria assegurar o transporte da quantidade adicional de gás caso o terminal fosse implantado em São Francisco do Sul (SC), tem formato telescópico. (Zero Hora - 24.06.2008)

<topo>

2 Petrobras estuda instalar unidades integradas de biomassa

O gerente de desenvolvimento de negócios internacionais de biocombustíveis da Petrobras, Fernando Cunha, revelou que a estatal estuda instalar nas suas próximas refinarias Premium no Nordeste unidades integradas de biomassa. No início do mês, a companhia informou que a primeira a entrar em operação, a do Ceará, irá custar cerca de US$ 11 bilhões. Em palestra ontem na Câmara de Comércio Brasil-França, o executivo informou que a Petrobras tem feito contato com empresas da Espanha e França para uma eventual instalação de uma unidade de biocombustíveis na região tendo como matéria-prima produtos brasileiros. O gerente fez questão de ressaltar que as conversas ainda estão em fase embrionária. (Gazeta Digital - 24.06.2008)

<topo>

3 Energética Suape II atuará como produtor independente de energia

O MME autorizou a Energética Suape II a atuar como produtor independente de energia elétrica. Segundo portaria 217 publicada no DOU de sexta-feira, 20 de junho, a empresa vai implantar e explorar a termelétrica Suape II (355,68 MW), em Pernambuco. A usina é movida a óleo combustível. A Aneel autorizou ainda a implantação do sistema de transmissão da térmica, formado pela subestação Elevadora 20/230 kV, pela linha de transmissão, em 230 kV, que liga a UTE Suape II e a nova SE Suape II, em circuito duplo, e por duas entradas de linha, em barra dupla. (CanalEnergia - 23.06.2008)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Rio Tinto fecha reajuste maior que o da Vale

A mineradora anglo-australiana Rio Tinto fechou um acordo de aumento do preço do minério de ferro superior ao negociado pela Vale, rompendo a tradição em que o primeiro acordo é seguido pelas demais empresas. Ela negociou com a siderúrgica chinesa Baosteel um aumento de 79,9% a 96,5%, de acordo com a qualidade do minério. O acerto da brasileira, fechado em fevereiro, previa uma alta de 65% a 71%. O reajuste da Rio Tinto é o maior aumento da história do setor. (Folha de São Paulo - 24.06.2008)

<topo>

2 Siderúrgicas garantem que preço não sobe mais este ano

O vice-presidente executivo do Instituto Brasileiro de Siderurgia, Marco Polo de Mello Lopes, garantiu ontem que não há perigo de mais pressões sobre os preços por causa do aumento da demanda doméstica de aço. As expectativas do setor é de que as vendas, neste aço, sejam 13% maiores do que em 2007. O custo de matérias-primas (commodities), como o minério de ferro e o carvão, já produziu dois aumentos no preço do aço este ano - de 12% em março e de 15% em maio, além da previsão de outros 15% em julho, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). (DCI - 24.06.2008)

<topo>

3 CSN desdobra ativos para ganhar valor

Oito anos após deixar forçosamente o comando da Vale, Benjamin Steinbruch retoma, como dono quase absoluto da CSN, o caminho para erguer uma companhia com atuação diversificada. Seu objetivo é que a CSN faça muito mais do que aço e se torne uma das maiores mineradoras de ferro do mundo. Ele tem planos ambiciosos também para as áreas de logística, energia e cimento. Para acelerar essa estratégia, acaba de escalar um de seus executivos para formatar, em um ano, a "nova CSN". Juarez Saliba, engenheiro de minas pela UFMG, foi elevado a diretor-executivo de desenvolvimento de negócios. A ele foi dada a missão de configurar a empresa em cinco áreas: siderurgia, mineração, logística, cimento e energia. A companhia já tem operações nos cinco setores, mas o objetivo é dar mais visibilidade para cada um deles e buscar o seu "valor não percebido" no mercado de capitais. Steinbruch acredita, e tem dito em várias ocasiões, que "as partes" da CSN, quando avaliadas separadamente, "valem mais que o todo". (Valor Econômico - 24.06.2008)

<topo>

4 GM fecha fábricas por mais tempo no verão

Para evitar queda ainda mais abrupta nas vendas de picapes e veículos esportivos utilitários, a GM planeja estender o período de fechamento de suas fábricas no verão na América do Norte. A montadora também anunciou que quer oferecer mais incentivos para vendas, com o objetivo de acabar com os estoques de veículos grandes, e aumentar os preços dos modelos 2009 em 3,5% para cobrir os crescentes custos das commodities e da tecnologia para economizar combustível. (O Estado de São Paulo - 24.06.2008)

<topo>

5 MME cria Plano Nacional de Agregados Minerais para Construção Civil

O Ministério de Minas e Energia publicou no Diário Oficial da União de hoje a Portaria nº 222, que cria o Plano Nacional de Agregados Minerais para a Construção Civil (PNACC). O objetivo do plano é estabelecer os princípios, fundamentos, diretrizes e estratégias que irão contribuir nas ações do poder público para viabilizar a produção e oferta desses minerais, no curto, médio e longo prazo. (APMPE - 23.06.2008)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Balança tem superávit de US$346 mi na 3a semana do mês

A balança comercial brasileira registrou superávit de 346 mi de dólares na terceira semana de junho, o menor resultado semanal do mês, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta segunda-feira. Entre os dias 16 e 22 de junho, as exportações somaram 4,097 bi de dólares, com média por dia útil de 819,4 mi de dólares. As importações totalizaram 3,751 bi de dólares, com média diária de 750,2 milhões de dólares. No mês, o saldo da balança está positivo em 1,501 bi de dólares. No ano, o superávit é de 10,156 bi de dólares, uma queda de 46,5 % sobre igual período do ano passado, segundo a média diária. (Reuters - 23.06.2008)

<topo>

2 Recursos externos no País somam US$ 939 bi

O estoque de todos os recursos estrangeiros no Brasil, incluindo aplicações financeiras, investimentos produtivos e empréstimos, atingiu US$ 939,1 bi em dezembro 2007, de acordo com dados divulgados ontem pelo BC. Em setembro do ano passado, o chamado passivo externo do Brasil estava em US$ 869 bi e em dezembro de 2006, em US$ 623,3 bi. Descontando-se o estoque de aportes do País no exterior o saldo líquido de investimentos fechou 2007 em US$ 574,1 bi. (DCI - 24.06.2008)

<topo>

3 Banco Central prevê o pior déficit dos últimos 7 anos

O déficit da conta corrente do balanço de pagamento, que registra o saldo de todas as transações do país com o exterior, caiu de US$ 3,310 bi em abril para US$ 649 mi em maio. Mesmo com essa redução, a conta corrente registra déficit de US$ 14,717 bi no acumulado do ano, enquanto que no mesmo período do ano passado o saldo era superavitário em US$ 1,897 bi. E BC demonstra que o rombo crescerá ainda mais em 2008. No mesmo documento em que divulgou as contas externas de maio, o BC elevou a previsão de déficit do ano de US$ 12 bi para US$ 21 bi. Caso essa previsão se confirme, as contas externas terão o pior resultado desde 2001. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, afirmou que esse déficit será "completamente financiável pelo IED", cujas previsões para o ano também foram elevadas dos US$ 32 bi para US$ 35 bi. (Gazeta Digital - 24.06.2008)

<topo>

4 Momento econômico é excepcional e tem condições de ser mantido, diz Miguel Jorge

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou nesta segunda-feira que o país vive um "momento econômico excepcional". O ministro disse ainda que o Brasil tem hoje as principais condições para que o crescimento se mantenha. Para justificar o otimismo, Miguel Jorge destacou os bons resultados obtidos pelo país na produção agrícola, que tem previsão de novo recorde da safra de grãos este ano, as reservas internacionais de aproximadamente US$ 200 bi e as boas perspectivas de produção de petróleo e bioenergia. Além disso, acrescentou aos motivos do cenário positivo a ampliação de crédito no país, que chega a quase R$ 1 tri, e a expansão de mecanismos de financiamento. " Esses e outros indicadores demonstram que o Brasil avança com uma agenda de desenvolvimento. Temos visto como nunca tantas aberturas de novas empresas e tantos novos investimentos vindo para o país " afirmou. (Zero Hora - 24.06.2008)

<topo>

5 Brasil será 6º destino de investimentos de múltis

O Brasil será o sexto destino preferido de investimentos das empresas multinacionais nos próximos cinco anos, superando tradicionais economias como Alemanha, Itália, Japão e França. A avaliação é da consultoria KPMG, que destaca que o cenário internacional vai viver um verdadeira revolução diante dos mercados emergentes. O Brasil, mesmo em sexto lugar, será o lanterna entre os Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China. Entre as empresas multinacionais consultadas pela KPMG, 14% afirmaram que investiriam no Brasil até 2013, 13%, na Alemanha e 10%, na França. O setor de mineração será um dos que mais receberão investimentos no Brasil nos próximos cinco anos. Mas um número cada vez maior de capital será colocado em setores como serviços financeiros, manufaturas e produtos industriais. (O Estado de São Paulo - 24.06.2008)

<topo>

6 Após seis anos de superávit, indústria volta a ter déficit

A demanda interna aquecida e a valorização do câmbio provocaram uma reversão nos bons resultados das empresas brasileiras no comércio exterior. De janeiro a maio deste ano, a indústria de transformação registrou déficit comercial de US$ 3,5 bi - um desempenho muito fraco comparado com o superávit de US$ 6,2 bi dos primeiros cinco meses de 2007, conforme dados da Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) do Ministério do Desenvolvimento. É a primeira vez que a indústria de transformação apura um resultado negativo em suas transações com o mundo desde 2001. Para o governo, é uma situação conjuntural, porque as empresas não conseguem atender ao mercado interno, o que eleva a importação. A indústria não concorda e reclama que perdeu competitividade por conta do valorização do real. Para os economistas, o problema é estrutural e a mudança na pauta exportadora do país nos últimos anos não foi tão profunda quanto se imaginava. (Valor Econômico - 24.06.2008)

<topo>

7 Para Ipea, desigualdade caiu 7% e renda de pobres subiu 5 vezes mais que de ricos

Estudo do Ipea revela que vem caindo a desigualdade entre as pessoas ocupadas nas seis maiores regiões metropolitanas do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador. Segundo a pesquisa, o Índice de Gini caiu 7% entre o último trimestre de 2002 (0,540) e o primeiro trimestre de 2008 (0,502). Além disso, a recuperação da renda dos mais pobres é quase cinco vezes maior que a dos mais ricos na comparação entre 2003 e 2007. A política de aumento do salário mínimo é apontada como a principal responsável por essas variações. Os programas de transferência de renda também têm peso. Mas o país ainda está estacionado na participação da renda do trabalho no PIB. Em 2005, foi verificado que ela era equivalente a 39,1% do PIB. Nos países desenvolvidos, a renda do trabalho é igual a dois terços do produto. "No Brasil, a desigualdade só aumentava. Agora, o sinal é contrário. O país não conhecia esse cenário." afirmou Pochmann. (Valor Econômico - 24.06.2008)


<topo>

8 IPC-S tem alta menor

O IPC-S avançou 0,89% na terceira leitura do mês. A taxa é 0,18 p.p. inferior àquela verificada na medição anterior, de 1,07%, informou ontem a FGV em nota. O grupo alimentação contribuiu para essa suavização, ao sair de um acréscimo de 2,78% para 2,24% entre um levantamento e outro. O grupo saúde e cuidados pessoais aumentou 0,64% nessa apuração, o item educação, leitura e recreação subiu 0,42%, e vestuário teve alta de 0,30%. (Valor Econômico - 24.06.2008)

<topo>

9 BC diminui compra de moeda; reserva está perto de US$ 200 bi

Mesmo com a desvalorização do dólar neste ano, as intervenções do BC no mercado de câmbio caíram em comparação com 2007. De janeiro a maio, as compras líquidas de moeda estrangeira somaram US$ 13,2 bi. No mesmo período de 2007, o BC comprou US$ 47,5 bi. Só em maio, as intervenções do BC no mercado de câmbio somaram US$ 3,2 bi. Em maio do ano passado, foram US$ 14,6 bi para aumentar as reservas cambiais do país. O ritmo mais lento de intervenção do BC frustra a espera pela marca de US$ 200 bi em reservas cambiais, esperada desde o mês passado. Até sexta-feira, as reservas do Brasil somavam US$ 198,8 bi. (Folha de São Paulo - 24.06.2008)

<topo>

10 Analistas projetam IPCA de 6,08%

A previsão da inflação está cada vez mais se distanciando do centro da meta adotada pelo governo federal para este ano, revela a pesquisa Focus na semana passada. Segundo os analistas financeiros auscultados pela autoridade monetária, o IPCA deve atingir 6,08% neste ano. Essa taxa está acima da expectativa da semana passada, que era de 5,8%. A estimativa para o indicador em 12 meses avançou de 4,93% para 5,15%, enquanto a expectativa para o IPCA em 2009 subiu de 4,63% para 4,78%. A previsão para IGP-DI foi elevada de 9,96% para 11,02%. A projeção para 12 meses subiu para 7,29%. A projeção para o IGP-M em 12 meses saltou de 6,71% para 6,92%. Apesar disso, a projeção avançou de 10% para 10,36% em 2008. Para o Índice de Preços ao Consumidor IPC-Fipe, os analistas projetam inflação de 4,66% acumulada em 12 meses. Para 2008, a expectativa saiu de 5,52% para 5,79%. (Gazeta Mercantil - 24.06.2008)

<topo>

11 Meirelles prevê inflação na meta em 2009

Sem fazer previsões para este ano, o presidente do BC, Henrique Meirelles, disse ontem que as expectativas de inflação já "convergem para o centro da meta em 2009 e 2010, e estão abaixo do centro da meta para 2011 e 2012", como resultado das recentes elevações da taxa básica de juros."As condições monetárias se tornaram mais rígidas desde o início do ano, e os resultados se tornarão mais claros no tempo devido, considerados os intervalos usuais de transmissão monetária para os preços", disse Meirelles num almoço da Câmara de Comércio Brasileira na Grã-Bretanha.Sobre a subida dos preços neste ano, ele disse que "a inflação aumentou no Brasil no passado recente, como em quase toda parte, passando de 3% no final de 2006 para 5,6% em maio último, acima da meta central de 4,5%, mas ainda dentro da margem de dois pontos percentuais".. (Folha de São Paulo - 24.06.2008)

<topo>

12 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial cedia no começo das atividades nesta terça-feira. Há pouco, a moeda estava a R$ 1,611 na compra e a R$ 1,613 na venda, com baixa de 0,06%. Na abertura, marcou R$ 1,613. No mercado futuro, os contratos de julho negociados na BM & F declinavam 0,15%, também a R$ 1,613. Ontem, o dólar comercial subiu 0,49%, a R$ 1,612 a compra e R$ 1,614 na venda. (Valor Online - 24.06.2008)

<topo>

 

Internacional

1 WWI: energia nuclear cresce apenas 0,5% em capacidade em 2007

Novo estudo do WorldWatch Institute mostra que a capacidade de geração nuclear cresceu apenas 0,5% no ano passado em todo o mundo. Foram menos de 2 mil MW referentes a três usinas que iniciaram produção na China, Índia e Romênia. Atualmente, a capacidade instalada nuclear está em 372 mil MW. O relatório mostra que, apesar do crescente interesse por essas fontes, apenas quatro países iniciaram a construção de novas usinas no ano passado: China, França, Rússia e Coréia do Sul. Os sete novos reatores em construção nesses países vão adicionar mais 5.190 MW. (CanalEnergia - 23.06.2008)

<topo>

2 BG faz oferta hostil de US$13,1 bi por Origin Energy

A produtora britânica de gás BG Group lançou uma oferta hostil de aquisição da australiana Origin Energy por 13,1 bilhões de dólares, enquanto busca ampliar sua posição no mercado de gás asiático que atravessa rápido crescimento. A BG está levando sua oferta de 13,8 bilhões de dólares australianos, toda em dinheiro, direito para os acionistas da Origin, depois que o conselho da companhia rejeitou na semana passada a proposta que avalia a empresa a 15,50 dólares australianos por ação.A Origin afirmou na ocasião que suas reservas de gás de carvão sozinhas valem mais de 15 bilhões de dólares depois que dobrou sua estimativa de reservas para 10 mil petajoules. (Reuters - 24.06.2008)

<topo>

 


Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bernardo Mattos Santana, Daniel Bueno, Gabriel Naumann, Isabela Barbosa, Juliana Simões, Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ e Eletrobrás