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IFE: nº 2.286 - 23 de junho de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Nelson Hubner avalia o período à frente do comando do MME
2 Regras sobre o reembolso dos investimentos feitos por geradores em processo de audiência pública
3 Reidi em consulta pública
4 Falta de eclusas ameaça hidrovias
5 José Nery cobra universalização da energia elétrica no Brasil
6 UnB inventa hidrelétrica portátil

Empresas
1 Energisa registra receita bruta de R$ 1,003 bi
2 Grupo Energisa combate perdas
3 Boletim de Relações com Investidores da Energisa
4 Eletrosul recupera receita
5 CPFL inicia programa de eficiência energética
6 SN Power vai investir R$ 2 bi no Brasil
7 Cotações da Eletrobrás

Leilões
1 Jirau: Aneel habilita empresas que participaram de certame
2 O maior leilão de linhas de transmissão
3 Aneel seleciona 31 empresas e oito consórcios para disputa em leilão de LTs

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Preço Spot - CCEE

Gás e Termelétricas
1 Ceron devolverá combustível
2 ME autoriza Suape II a ser produtora independente de energia
3 Brasil deve preparar-se para exportar urânio

Grandes Consumidores
1 Vale pode aguardar boa oportunidade, diz Previ
2 Indústria mineral bate recorde de investimentos
3 Vendas de aço batem novo recorde
4 Ford prevê cenário pior com alta de combustível

Economia Brasileira
1 Investimento com foco no emprego pode ser equivocado, aponta estudo
2 Artigo "País deve ser o 2ºnas Américas"

3 Déficit expõe dilema sobre crescimento
4 Estatais criam alternativa às PPPs
5 Brasil fornece precatórios para mercado de alto risco
6 Endividamento cresce 47% em 26 meses
7 Estratégia de bancos para atrair clientes preocupa o governo
8 Especialistas vêem prejuízos para indústrias
9 Mercado projeta inflação acima de 6% em 2008
10 Mercado revê para baixo projeção do IGP-M de junho
11 IPC-S sobe 0,89% e fica abaixo do esperado
12 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 China investe em projetos para desenvolvimento do Oeste

Biblioteca Virtual do SEE
1 FRAGA, Érica. "País deve ser o 2ºnas Américas". Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de junho de 2008.
2 NASSIF, André; Santos, Leonardo de Oliveira; Pereira, Roberto de Oliveira. "Produtividade e Potencial de Emprego no Brasil: As Prioridades Estratégicas das Políticas Públicas". Revista do BNDES, V. 14, N. 29, P. 157-176. Rio de Janeiro,junho de 2008.

3 CANAZIO, Alexandre. Entrevista: Nelson Hubner avalia o período à frente do comando do MME. Canal Energia. Rio de Janeiro, 20 de junho de 2008.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 Nelson Hubner avalia o período à frente do comando do MME

Em entrevista, o ex-ministro Nelson Hubner avaliou o período à frente do comando do MME, destacando o leilão das usinas do Rio Madeira e retomada de Angra 3 como bons momentos. Na crise do primeiro trimestre, o desequilíbrio do mercado livre pesou no clima de insegurança, diz. Quanto ao futuro, o ministro não quis falar de uma volta ao governo e desmentiu, por enquanto, uma ida para a Agência Nacional de Energia Elétrica no ano que vem, quando termina o mandato de Jerson Kelman, no comando do órgão. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (CanalEnergia - 20.06.2008)

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2 Regras sobre o reembolso dos investimentos feitos por geradores em processo de audiência pública

A proposta que estabelece regras sobre o reembolso dos investimentos feitos por geradores em suas instalações está em processo de audiência pública até o próximo dia 13 de julho. É discutida também a diferenças dos conceitos de melhoria e reforço em instalações de geração, com o objetivo definir o tratamento a ser dado aos respectivos investimentos. Na implantação de reforços, a minuta em audiência propõe o ressarcimento dos investimentos aplicados via Encargos de Serviços do Sistema (ESS), por ser considerado uma prestação de serviço adicional para melhoria do SIN. O conceito de reforço proposto é caracterizado como a substituição de equipamentos ou adequação de instalações pertencentes a uma central geradora motivada por alteração da configuração do sistema elétrico a qual está conectada. Pela proposta, melhoria é a instalação, substituição ou reforma de equipamentos das geradoras necessários à prestação adequada de serviço. A omissão dos geradores na implantação pode ser penalizada. (Brasil Energia - 20.06.2008)

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3 Reidi em consulta pública

O MME abriu para consulta pública os procedimentos de aprovação dos projetos de geração e transmissão de energia elétrica no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (Reidi). A minuta de portaria, publicada no Diário Oficial na sexta-feira, 20 de junho, levanta a discussão de itens como a solicitação do enquadramento de projetos, definição de modelos de contratos, apuração dos impactos e autorização final de reforços e melhorias. O Reidi, incluído no PAC, suspende a exigência de pagamento do PIS/Pasep e da Cofins na aquisição de bens e serviços destinados a empreendimentos de geração e de transmissão de energia elétrica. Os agentes interessados deverão enviar até o dia 27 de junho as propostas de aprimoramento ao MME no e-mail reidi@mme.gov.br. (Brasil Energia - 20.06.2008)

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4 Falta de eclusas ameaça hidrovias

A falta de planejamento e a pressa do governo na construção de hidrelétricas que atendam à crescente demanda por energia ameaçam a navegabilidade das principais hidrovias naturais do País. As usinas são liberadas sempre sem a exigência de que tenham também eclusas para permitir a passagem de barcos, balsas e até navios. Quando são construídas depois da hidrelétrica pronta, ficam até 500% mais caras , segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). É o que ocorre com a Hidrelétrica de Tucuruí, no Tocantins. Lá estão sendo construídas duas eclusas. A obra, que faz parte do PAC, foi orçada em R$ 700 milhões. Se ocorresse simultaneamente à obra da usina, não passaria dos R$ 116 milhões. "A idéia é que as eclusas de Tucuruí fiquem prontas até 2010", disse Murillo Barbosa, diretor da Antaq. Elas permitem que barcos subam ou desçam os rios em locais onde há desníveis. (O Estado de São Paulo - 22.06.2008)

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5 José Nery cobra universalização da energia elétrica no Brasil

O senador José Nery (PSOL-PA) cobrou o cumprimento das metas do programa Luz para Todos, que prevê a universalização da energia elétrica no país. Em discurso proferido nesta sexta-feira (20) da tribuna do Senado, o parlamentar manifestou preocupação com mudanças no calendário de execução do programa, que prorrogam para 2010 a implantação de redes de energia elétrica em todas as áreas rurais do país. Quando do lançamento do Luz para Todos, lembrou José Nery, o governo teria anunciado que a meta seria atingida até 2008. "Se não houver mobilização social, o novo prazo também poderá ser insuficiente, havendo o risco de muitas localidades rurais chegarem a 2010 sem contar com os benefícios da energia elétrica", observou o parlamentar. (APMPE - 20.06.2008)

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6 UnB inventa hidrelétrica portátil

As comunidades ribeirinhas da Amazônia estão acostumadas a tirar o sustento dos rios, que também servem de "estradas". Agora, uma tecnologia desenvolvida no Brasil vai permitir que essa população retire das águas a sua própria energia elétrica. A Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a Eletronorte, criou uma pequena turbina hidráulica, portátil, que dispensa a construção de barragens e é capaz de abastecer até três famílias. Atualmente, os engenheiros da UnB e da Eletronorte estão trabalhando na terceira geração da turbina. A principal vantagem em relação aos modelos anteriores é a redução, à metade, do peso, de 300 para 150 quilos. Eletronorte A Eletronorte já investiu R$ 640 mil no desenvolvimento da turbina hidrocinética. O custo total do equipamento é de US$ 3 mil a US$ 4 mil por unidade. (O Estado de São Paulo - 22.06.2008)

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Empresas

1 Energisa registra receita bruta de R$ 1,003 bi

A Energisa obteve receita operacional bruta consolidada de R$ 1,003 bilhão nos cinco primeiros meses deste ano, elevando em 1,9% o montante em relação ao mesmo período de 2007. Segundo a companhia, os maiores crescimentos de receitas no período ocorreram nas distribiuidoras Energisa Paraíba (7,8%) e Energisa Sergipe (6,3%), com receita bruta de R$ 404,3 milhões e R$ 274,1 milhões, respectivamente. Ainda de acordo com a holding, o consumo consolidado de energia de clientes cativos teve crescimento de 6,7% nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. As classes residencial e comercial tiveram as maiores expansões de consumo, com percentuais de, respectivamente, 6,6% e 7,8%. Já a demanda de consumidores livres caiu 6%. (CanalEnergia - 20.06.2008)

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2 Grupo Energisa combate perdas

A Energisa vai investir este ano R$41 milhões no combate às perdas de energia. No ano passado, o combate deu frutos. O grupo reduziu suas perdas, entre maio de 2007 e 2008, em 0,73 pontos percentuais. A Energisa Paraíba atingiu o menor nível histórico, passando de 20,48% para 19,03% nos últimos 12 meses findos em maio de 2008. A Energisa Nova Friburgo e Borborema registraram perdas de 6,57% - queda de 1,16 ponto percentual - e 7,3% - redução de 1,02 ponto percentual -, respectivamente. As distribuidoras de Minas Gerais e Sergipe tiveram uma ligeira redução nas perdas, fechando em 9,45% e 12,45%, respectivamente. (Brasil Energia - 20.06.2008)

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3 Boletim de Relações com Investidores da Energisa

Energisa disponibilizou em seu site, no último dia 20 de junho, o Boletim de Relações com Investidores da Energisa S/A, edição de junho de 2008. Para acessá-lo clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 23.06.2008)

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4 Eletrosul recupera receita

A Eletrosul terá direito a uma receita extra anual de R$ 20,4 mil, referente a recapacitação da linha de transmissão que interliga as SEs Jorge Lacerda A a Jorge Lacerda B, com 0,8 km de extensão e tensão de 230 kV, em Santa Catarina (SC). O reforço foi feito em 2003, mas até então a Eletrosul ainda não havia tido a remuneração definida pela Aneel. A autorização foi publicada no DOU de sexta-feira, 20 de junho. A Eletrosul receberá os valores retroativos a partir de 2003, ano em que a obra foi executada. A receita definida terá ainda um adicional de 2,707%, referente à Reserva Global de Reversão (RGR), com validade até o final do exercício de 2010. (Brasil Energia - 20.06.2008)

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5 CPFL inicia programa de eficiência energética

A CPFL Piratininga iniciou na quarta-feira, 20 de junho, o programa de eficiência energética que substituirá 540 geladeiras da população de baixa renda nas cinco cidades da baixada santista. Os investimentos são da ordem de R$ 500 mil. O programa corresponde à obrigação de aporte de no mínimo 0,5% da receita operacional líquida das empresas do setor em ações de combate ao desperdício de eletricidade. Além da expectativa de diminuir o consumo de energia elétrica, é esperado, também, a redução nas emissões do gás CFC2, presente em geladeiras antigas e causador do efeito estufa. (Brasil Energia - 20.06.2008)

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6 SN Power vai investir R$ 2 bi no Brasil

O Brasil entrou na rota de investimentos da norueguesa SN Power. Controlada por dois grupos estatais da Noruega (o fundo de investimento Norfund [50%] e a geradora de energia elétrica Statkraft [50%]), a empresa foi criada globalmente em 2002 com o objetivo de investir em geração de energia, a partir de fontes renováveis, em mercados emergentes. A companhia pretende despejar R$ 2 bilhões no país até 2010 e formar um parque de aproximadamente 600 MW. E o objetivo é erguer empreendimentos hídricos e eólicos. Ricardo Martins, diretor de desenvolvimento de negócios da SN Power, conta que a idéia é ter 500 MW de fonte hídrica e 100 MW de eólicas no país. E a estratégia varia de acordo com o insumo. No caso das eólicas, Martins explica que o grupo norueguês buscará adquirir projetos que ainda não tenham saído do papel, enquanto que na hídrica a meta é comprar desde PCHs até hidrelétricas prontas. "Mas estudos hídricos também nos interessam. Só não temos intenção mesmo em participar da construção de usinas na Amazônia", conta o executivo. (Valor Econômico - 23.06.2008)

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7 Cotações da Eletrobrás

No pregão do dia 20-06-2008, o IBOVESPA fechou a 64.613,79 pontos, representando uma baixa de 2,97% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,9 bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de 1,30% fechando a 18.604,77 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte comportamento: ficaram cotadas a R$ 27,35 ON e R$ 24,34 PNB, baixa de 5,69% e 4,59%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do dia anterior. Na abertura do pregão do dia 23-06-2008 as ações da Eletrobrás foram cotadas a R$ 28,00 as ações ON, alta de 2,38% em relação ao dia anterior e R$ 24,54 as ações PNB, alta de 0,82% em relação ao dia anterior. (Investshop - 23.06.2008)

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Leilões

1 Jirau: Aneel habilita empresas que participaram de certame

A Comissão Especial de Licitação da Aneel divulgou nesta sexta-feira, 20 de junho, a relação de empresas que receberam habilitação para o leilão da hidrelétrica de Jirau (RO, 3.300 MW), ocorrido no último dia 19 de maio. Segundo a Aneel, além do Consórcio Energia Sustentável do Brasil (Cesb), que venceu o leilão, foram habilitadas as 39 distribuidoras que compraram energia do empreendimento. A habilitação é o processo pelo qual as empresas que participam do leilão são obrigadas a comprovar a qualificação jurídica, técnica e econômico-financeira e a regularidade fiscal, segundo as regras do edital. Com isso, a próxima etapa será a de adjudicação do resultado, mais a homologação do processo, que será feito em reunião da diretoria da Aneel. De acordo com o cronograma, este passo está previsto para ocorrer até o dia 23 de julho. (CanalEnergia - 20.06.2008)

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2 O maior leilão de linhas de transmissão

O próximo leilão de linhas de transmissão do Governo federal, que ocorre nesta sexta-feira na Bolsa de Valores do Rio, será o maior já realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em extensão (3 mil quilômetros) e previsão de investimento (R$ 2,86 bilhões), mas tem desfecho incerto. Os três primeiros lotes, dos 11 ofertados, formam um dos mais desafiadores e arriscados empreendimentos já colocados em um leilão do setor: o chamado linhão Tucuruí-Manaus-Macapá, que percorre 1.829 quilômetros na região Norte do País. (Jornal do Commercio - 23.06.2008)

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3 Aneel seleciona 31 empresas e oito consórcios para disputa em leilão de LTs

A Comissão Especial de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pré-qualificou 31 empresas e oito consórcios a participar do próximo leilão de linhas de transmissão, que acontecerá na próxima sexta-feira (27), na Bolsa de valores do Rio de Janeiro. Estão sendo licitadas concessões para 19 linhas de transmissão e 20 subestações. Para confirmar a participação no leilão, as empresas e os grupos consorciados terão até às 14h do próximo dia 6, para cumprir a próxima etapa do processo, o recolhimento da garantia de proposta junto à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), em São Paulo. Segundo informações da Aneel, somadas, as linhas de transmissão irão adicionar 3 mil quilômetros à Rede Básica do Sistema Interligado Nacional (SIN). Elas serão construídas em 12 estados: Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. (Agência Brasil - 22.06.2008)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Preço Spot - CCEE

De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 21/06/2008 a 27/06/2008.

Tabela
Brasil - Mercado Spot por Região.
(valores expressos em R$/Mwh)

Sudeste/Centro Oeste
Sul
Nordeste
Norte
 pesada                             77,73  pesada                      77,73  pesada                     77,73  pesada                    77,73
 média                               76,72  média                        76,72  média                       76,72  média                      76,72
 leve                                  76,72  leve                           76,72  leve                          76,72  leve                         76,72
  
    Fonte: www.ccee.org.br


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Gás e Termoelétricas

1 Ceron devolverá combustível

A Ceron terá de devolver, em até 60 parcelas mensais, 12,6 mil m³ de combustível consumido acima dos limites estabelecidos para as usinas termelétricas dos sistemas isolados. O consumo aconteceu entre 1999 e 2005. Para não pagar multa de R$ 10,6 milhões, a distribuidora deve devolver volume de combustível superior ao limite de 0,30 litro por kWh definido nos Planos Anuais de Combustível da Eletrobrás. A determinação faz parte do Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta que será firmado nos próximos dias entre a concessionária e a Aneel. Caso descumpra o acordo, a empresa devera pagar multa de R$ 12,7 milhões. (Brasil Energia - 20.06.2008)

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2 ME autoriza Suape II a ser produtora independente de energia

O MME publicou no Diário Oficial da União de sexta-feira (20.06), a Portaria nº 217, que autoriza a empresa Energética Suape II S.A. a estabelecer-se como Produtor Independente de Energia Elétrica, mediante a implantação e exploração da Central Geradora Termelétrica UTE Suape II, localizada no Município de Cabo de Santo Agostinho (PE). (APMPE - 20.06.2008)

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3 Brasil deve preparar-se para exportar urânio

Há hoje no mundo um mercado muito ativo de exploração de urânio e com a grande demanda que virá nos próximos anos, o Brasil deverá considerar a possibilidade de exportar parte de sua produção. Esse foi um dos principais temas de discussão no Simpósio Anual da Seção Latino-Americana da American Nuclear Society. Um dos organizadores do evento, Jorge Spitalnik, diretor da LAS-ANS, disse, porém, que essa abertura de mercado deve ser feita de forma cautelosa, levando-se sempre em conta que as centrais nucleares Angra 1 e Angra 2, em operação, e Angra 3, cujas obras serão retomadas no segundo semestre, além de uma quarta usina que será erguida no Nordeste, vão precisar de combustível. (Jornal do Commercio - 23.06.2008)

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Grandes Consumidores

1 Vale pode aguardar boa oportunidade, diz Previ

O presidente da Previ, Sérgio Rosa, disse ontem que a Vale não tem necessidade "premente" de aquisições para mudar a posição que ocupa hoje no mercado mundial. Segundo ele, que também é o presidente do conselho de administração da Vale, só com os investimentos programados pela mineradora brasileira até 2012 será adicionada uma empresa de quase US$ 60 bilhões. Apesar de não considerar aquisições como um movimento premente, Rosa deixa uma porta aberta ao afirmar que esse é um movimento possível. (O Estado de São Paulo - 21.06.2008)

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2 Indústria mineral bate recorde de investimentos

O investimento da indústria mineral brasileira vai alcançar marco histórico nos próximos cinco anos. O Ibram revisou pela quarta vez no período de um ano e meio o balanço de investimento em expansão da produção mineral no país. A nova projeção indica aportes de US$ 48,2 bilhões até 2012. Além de nova revisão, o acompanhamento indica também o maior salto em termos de investimento em relação a previsão anteriores, com incremento de 50% sobre a estimativa passada. (Folha de São Paulo - 21.06.2008)

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3 Vendas de aço batem novo recorde

As vendas de aço bateram novo recorde em maio e atingiram 366 mil toneladas, segundo o Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço). O instituto atribui o resultado à antecipação das compras por conta dos aumentos e à forte demanda. Segundo o Inda, as fusões e aquisições verificadas no mundo devem se repetir no Brasil. O instituto diz que, por causa da concentração global, pode haver alterações importantes no desenho da indústria local. (Folha de São Paulo - 22.06.2008)

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4 Ford prevê cenário pior com alta de combustível

A Ford disse que reduzirá ainda mais a produção nos próximos meses e diminuiu a previsão de ganhos para este ano e para 2009, devido ao aumento no preço da gasolina e aos temores dos consumidores sobre a economia dos Estados Unidos. A empresa afirmou que planeja produzir 475 mil veículos no terceiro trimestre, 50 mil unidades menos do que anunciara anteriormente e queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. (Folha de São Paulo - 21.06.2008)

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Economia Brasileira

1 Investimento com foco no emprego pode ser equivocado, aponta estudo

Com a retomada do crescimento econômico e a demanda acelerada por recursos governamentais, o governo está cada vez mais voltado para a fixação de prioridades. Estudo da área de planejamento do BNDES aponta que os segmentos de alta intensidade tecnológica, como siderurgia, petroquímica ou automobilística, devem ser alvos de políticas públicas, apesar do baixo potencial de gerar empregos no curto prazo. A razão é que estes setores sustentam maiores taxas de crescimento da economia e da ocupação no longo prazo. Setores com potencial empregador rápido e elevado, como têxtil ou calçados, também devem ser contemplados com linhas destinadas a micro, pequena e média empresas, porém esses setores não detém o maior nível de crescimento de produtividade e não podem assegurar o crescimento no longo prazo Os setores com maior nível de produtividade são refino de petróleo e petroquímica, extração de petróleo, gás natural, siderurgia e elementos químicos. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico - 23.06.2008)

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2 Artigo "País deve ser o 2ºnas Américas"

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, a editora de América Latina da consultoria britânica Economist Intelligence Unit, Érica Fraga, prevê o Brasil, mantida as taxas de crescimento de 4%, como o 2º maior país da América ao fim deste ano; e passados mais 20 anos, a previsão é de uma economia maior que a da Itália, França e Espanha. Fraga, porém, afirma que "quanto mais o crescimento for impulsionado por um aumento do investimento produtivo, melhor" e destaca que o Brasil está no grupo dos 20% de países com menores taxas de investimento e entre os 25% com setores públicos mais inchados. A editora conclui que o governo "sufoca e limita a expansão da área privada" e que pro setor privado se expandir depende de um encolhimento do setor público. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 23.06.2008)

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3 Déficit expõe dilema sobre crescimento

O retorno aos déficits em transações correntes expõe um dilema: no quadro que se desenha hoje, o caminho para o crescimento da economia brasileira nos próximos anos passa obrigatoriamente pela dependência do financiamento externo. O impacto desse rombo nas contas externas sobre a economia brasileira divide opiniões. Enquanto alguns analistas alertam para o risco de repetir o passado, deixando o País cada vez mais vulnerável a passar por outra crise cambial, outros argumentam que hoje a situação é bem mais confortável e que o regime de câmbio flutuante pode proporcionar um ajuste suave. Para o diretor de estudos macroeconômicos do Ipea, João Sicsú, embora a situação seja diferente hoje, o atual rombo nas contas externas não deixa de ser um sinal de alerta. "Ter déficit é preocupante. No nosso passado recente, tivemos como resultado crises cambiais". Na sua avaliação, a explicação para o déficit é a elevada taxa de juros, que resulta em câmbio valorizado. As conseqüências são um saldo comercial mais magro e o crescimento de remessas de lucros ao exterior. (Gazeta Mercantil - 23.06.2008)

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4 Estatais criam alternativa às PPPs

Enquanto a lei das PPPs não sai do papel, empresas públicas e privadas se aliam para investir em conjunto. Pode-se dizer que a lei brasileira das Parcerias Público-Privadas (PPPs), pelo menos no que diz respeito à parte federal, nunca saiu do papel. Mas há, sim, um jogo estratégico de PPP em curso: a aliança cada vez mais freqüente entre empresas estatais e empresas privadas nacionais e estrangeiras. A chave da explicação, segundo especialistas, evidencia dois fatos: o governo não usa mais suas empresas para promover um estatismo como o dos anos 70, e tanto as estatais - recaídas fisiológicas à parte - como as empresas privadas são geridas hoje com muito mais transparência."É uma espécie de PPP na prática", como define o ex-presidente da Eletrobrás José Pinguelli Rosa, hoje diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (Coppe) da UFRJ. Pinguelli lembra que a primeira "PPP na prática" aconteceu no caso da Usina Hidrelétrica de Peixe Angical, em Tocantins. (O Estado de São Paulo - 23.06.2008)

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5 Brasil fornece precatórios para mercado de alto risco

Um mercado de alto risco que só existe no Brasil começa a atrair investidores nacionais e estrangeiros. Com o mercado de títulos "subprime" (segunda linha) fechado nos EUA, bancos e fundos dispostos a arriscar uma parcela de seu patrimônio descobriram no Brasil papéis de altíssimo retorno: os precatórios, créditos expedidos pela Justiça, originários de processos contra o poder público e sem possibilidade de recurso. O STF calculou há três anos que União, Estados e municípios deviam R$ 64 bi em precatórios, mas o montante estimado hoje é de R$ 100 bi. Desse total, cerca de R$ 10 bi já fazem parte da carteira de fundos e de bancos estrangeiros do porte do UBS/Pactual, Merrill Lynch, JPMorgan e Morgan Stanley, entre outros."É um negócio da China. O precatório está pegando todo esse vácuo do "subprime". O investidor estrangeiro ganha com deságio, juros, correção da inflação e "spread" [adicional pelo risco]", diz Nelson Lacerda, advogado da Associação dos Servidores Públicos. (Folha de São Paulo - 23.06.2008)

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6 Endividamento cresce 47% em 26 meses

O alongamento dos prazos de financiamento, principalmente de automóveis, não é a única preocupação do BC em torno das operações de crédito de pessoas físicas. O alerta está aceso também para o aumento do endividamento das famílias. Junto com a expansão do crédito no país, que já chegou a R$ 1 tri, cresce o número de clientes de banco com dívidas altas. O Sistema de Informações de Crédito do BC, conhecido pela sigla SCR, mostra que, em fevereiro deste ano, 15,6 mi de pessoas tinham dívidas acima de R$ 5.000. Na comparação com dezembro de 2005, quando eram 10,6 mi os clientes de bancos com dívida maior de R$ 5.000, houve um crescimento de 47,17%. Em relação a junho do ano passado, quando 13,5 mi estavam nessa situação, houve uma alta de 15,6%. Os dados do BC mostram que a dívida das pessoas físicas com os bancos somava R$ 442,4 bi em fevereiro deste ano, dos quais R$ 146 bi (33%) tinham prazo de vencimento em até 180 dias e R$ 74,7 bi (16,8%) venciam em até 360 dias. (Folha de São Paulo - 22.06.2008)

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7 Estratégia de bancos para atrair clientes preocupa o governo

Uma preocupação do BC é a estratégia usada pelos bancos para abordar clientes que ainda não fizeram algum tipo de empréstimo. Levados pela corrida contra a concorrência do sistema financeiro, trazem para o mercado de crédito potenciais inadimplentes no futuro. "A concorrência gera irresponsabilidade. De um lado, o cliente tem que receber educação financeira para saber seu limite. De outro, a instituição financeira tem que ter responsabilidade", afirma o chefe do Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação do Banco Central, Cornélio Pimentel. (DCI - 22.06.2008)


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8 Especialistas vêem prejuízos para indústrias

Especialistas se dividem sobre a decisão do governo brasileiro de retaliar os EUA com a vitória obtida na OMC, uma vez que a retaliação em bens pode prejudicar a indústria e os importadores nacionais, afetando ainda mais a balança comercial. Segundo o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, a retaliação brasileira anunciada ontem pode fechar ainda mais o mercado norte-americano para produtos brasileiros, em vez de corrigir uma distorção do comércio internacional. "Tradicionalmente, nenhum país adota essas penalidades, porque com a retaliação você afeta o fluxo de comércio e pode estimular o outro lado a impor medidas, ainda que contrárias às regras estabelecidas pela OMC, que vão nos prejudicar. Não vejo com bons olhos [a decisão adotada pelo Brasil]", afirmou Castro.O presidente da Sobeet , Luís Afonso Lima, discorda."A decisão já era conhecida, mas essa posição é uma novidade. É uma posição radical, mas correta, tendo em vista que os EUA estão desrespeitando as decisões da OMC. Cabe, agora, adotar as medidas que foram evitadas até agora." (Folha de São Paulo - 21.06.2008)

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9 Mercado projeta inflação acima de 6% em 2008

O mercado financeiro brasileiro acredita que a inflação no país vai ultrapassar a marca dos 6 por cento este ano, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira. No levantamento semanal feito pelo BC, os analistas consultados elevaram para 6,08 %, ante 5,80 %, a estimativa para a variação do IPCA em 2008. Para o próximo ano, a estimativa para o IPCA foi elevada para 4,78 %, ante 4,63 % projetados na pesquisa anterior. A estimativa para o patamar da taxa de juro ao final do ano foi mantida em 14,25 %, mas a previsão para dezembro de 2009 foi elevada de 12,75 % para 13,00 %. (Reuters - 23.06.2008)

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10 Mercado revê para baixo projeção do IGP-M de junho

O mercado começou a revisar para baixo as projeções para o IGP-M de junho, para provavelmente abaixo de 2%, depois do dado abaixo do esperado na segunda leitura do mês, o que é uma boa notícia no curto prazo mas não significa necessariamente o início de um alívio das fortes pressões de preços no atacado. Além do impacto das commodities internacionais, o IGP-M enfrenta as incertezas sobre o tamanho da alta do feijão e da carnes, produtos que já estão pressionando os indicadores e se acentuarão à frente, tomando o lugar de pressões que já começam a arrefecer, como o arroz. O IGP-M subiu 1,83% na segunda prévia de junho ante 1,54% no mesmo período de maio. Pesquisa da Reuters mostrou que analistas esperavam alta de 1,90 a 2,20%. Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimento, pretende fazer uma ligeira correção na projeção do mês, de 2,10% para algo em torno de 2%, mas ressaltou que esse ainda é um patamar bastante alto. (Gazeta Mercantil - 23.06.2008)

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11 IPC-S sobe 0,89% e fica abaixo do esperado

O IPC-S subiu 0,89% na terceira prévia de junho, referente a 22 de junho. O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado, que estimava alta de 0,97%, e 0,18 p.p. menor que a coleta anterior, em 15 de junho. Os dados foram informados há pouco pela FGV. Das sete classes de despesa componentes do índice, cinco registraram recuo. Pela segunda semana consecutiva, o grupo Alimentação apresentou descréscimo de 2,78% para 2,24%. (InvestNews - 23.06.2008)

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12 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial estava há pouco a R$ 1,609 na compra e a R$ 1,611 na venda, com elevação de 0,31%. Na abertura, marcou R$ 1,609. No mercado futuro, os contratos de julho negociados na BM & F aumentavam 0,27%, a R$ 1,614. Na sexta-feira da semana passada, o dólar comercial fechou com acréscimo de 0,12%, a R$ 1,604 na compra e R$ 1,606 na venda. (Valor Online - 23.06.2008)

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Internacional

1 China investe em projetos para desenvolvimento do Oeste

A Comissão de Reformas e Desenvolvimento Nacional da China divulgou, em sua página na internet, que dez novos projetos, a maioria deles na área de infra-estrutura, serão implementados nas regiões ao oeste do país. Os empreendimentos, com orçamento combinado de 436 bilhões de iuanes -US$ 64,12 bilhões- têm como objetivo impulsionar o desenvolvimento econômico e social nessas áreas. Entre os projetos, estão a construção de estradas nas províncias de Sichuan e Guizhou e a construção de usinas hidrelétricas, oleodutos e gasodutos. (InvestNews 23.06.2008)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 FRAGA, Érica. "País deve ser o 2ºnas Américas". Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de junho de 2008.

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2 NASSIF, André; Santos, Leonardo de Oliveira; Pereira, Roberto de Oliveira. "Produtividade e Potencial de Emprego no Brasil: As Prioridades Estratégicas das Políticas Públicas". Revista do BNDES, V. 14, N. 29, P. 157-176. Rio de Janeiro,junho de 2008.

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3 CANAZIO, Alexandre. Entrevista: Nelson Hubner avalia o período à frente do comando do MME. Canal Energia. Rio de Janeiro, 20 de junho de 2008.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bernardo Mattos Santana, Daniel Bueno, Gabriel Naumann, Isabela Barbosa, Juliana Simões, Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


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