l IFE: nº 2.286 - 23
de junho de 2008 Índice Regulação e Reestruturação do Setor Empresas Leilões Oferta e Demanda de Energia Elétrica Gás e
Termelétricas Grandes
Consumidores Economia Brasileira Internacional Biblioteca Virtual do SEE Regulação e Reestruturação do Setor 1 Nelson Hubner avalia o período à frente do comando do MME Em entrevista,
o ex-ministro Nelson Hubner avaliou o período à frente do comando do MME,
destacando o leilão das usinas do Rio Madeira e retomada de Angra 3 como
bons momentos. Na crise do primeiro trimestre, o desequilíbrio do mercado
livre pesou no clima de insegurança, diz. Quanto ao futuro, o ministro
não quis falar de uma volta ao governo e desmentiu, por enquanto, uma
ida para a Agência Nacional de Energia Elétrica no ano que vem, quando
termina o mandato de Jerson Kelman, no comando do órgão. Para ler o texto
na íntegra, clique aqui.
(CanalEnergia - 20.06.2008) 2 Regras sobre o reembolso dos investimentos feitos por geradores em processo de audiência pública A proposta que
estabelece regras sobre o reembolso dos investimentos feitos por geradores
em suas instalações está em processo de audiência pública até o próximo
dia 13 de julho. É discutida também a diferenças dos conceitos de melhoria
e reforço em instalações de geração, com o objetivo definir o tratamento
a ser dado aos respectivos investimentos. Na implantação de reforços,
a minuta em audiência propõe o ressarcimento dos investimentos aplicados
via Encargos de Serviços do Sistema (ESS), por ser considerado uma prestação
de serviço adicional para melhoria do SIN. O conceito de reforço proposto
é caracterizado como a substituição de equipamentos ou adequação de instalações
pertencentes a uma central geradora motivada por alteração da configuração
do sistema elétrico a qual está conectada. Pela proposta, melhoria é a
instalação, substituição ou reforma de equipamentos das geradoras necessários
à prestação adequada de serviço. A omissão dos geradores na implantação
pode ser penalizada. (Brasil Energia - 20.06.2008) O MME abriu
para consulta pública os procedimentos de aprovação dos projetos de geração
e transmissão de energia elétrica no Regime Especial de Incentivos para
o Desenvolvimento da Infra-Estrutura (Reidi). A minuta de portaria, publicada
no Diário Oficial na sexta-feira, 20 de junho, levanta a discussão de
itens como a solicitação do enquadramento de projetos, definição de modelos
de contratos, apuração dos impactos e autorização final de reforços e
melhorias. O Reidi, incluído no PAC, suspende a exigência de pagamento
do PIS/Pasep e da Cofins na aquisição de bens e serviços destinados a
empreendimentos de geração e de transmissão de energia elétrica. Os agentes
interessados deverão enviar até o dia 27 de junho as propostas de aprimoramento
ao MME no e-mail reidi@mme.gov.br. (Brasil Energia - 20.06.2008) 4 Falta de eclusas ameaça hidrovias 5 José Nery cobra universalização da energia elétrica no Brasil O senador
José Nery (PSOL-PA) cobrou o cumprimento das metas do programa Luz para
Todos, que prevê a universalização da energia elétrica no país. Em discurso
proferido nesta sexta-feira (20) da tribuna do Senado, o parlamentar manifestou
preocupação com mudanças no calendário de execução do programa, que prorrogam
para 2010 a implantação de redes de energia elétrica em todas as áreas
rurais do país. Quando do lançamento do Luz para Todos, lembrou José Nery,
o governo teria anunciado que a meta seria atingida até 2008. "Se não
houver mobilização social, o novo prazo também poderá ser insuficiente,
havendo o risco de muitas localidades rurais chegarem a 2010 sem contar
com os benefícios da energia elétrica", observou o parlamentar. (APMPE
- 20.06.2008) 6 UnB inventa hidrelétrica portátil As comunidades
ribeirinhas da Amazônia estão acostumadas a tirar o sustento dos rios,
que também servem de "estradas". Agora, uma tecnologia desenvolvida no
Brasil vai permitir que essa população retire das águas a sua própria
energia elétrica. A Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a
Eletronorte, criou uma pequena turbina hidráulica, portátil, que dispensa
a construção de barragens e é capaz de abastecer até três famílias. Atualmente,
os engenheiros da UnB e da Eletronorte estão trabalhando na terceira geração
da turbina. A principal vantagem em relação aos modelos anteriores é a
redução, à metade, do peso, de 300 para 150 quilos. Eletronorte A Eletronorte
já investiu R$ 640 mil no desenvolvimento da turbina hidrocinética. O
custo total do equipamento é de US$ 3 mil a US$ 4 mil por unidade. (O
Estado de São Paulo - 22.06.2008)
Empresas 1 Energisa registra receita bruta de R$ 1,003 bi A Energisa obteve
receita operacional bruta consolidada de R$ 1,003 bilhão nos cinco primeiros
meses deste ano, elevando em 1,9% o montante em relação ao mesmo período
de 2007. Segundo a companhia, os maiores crescimentos de receitas no período
ocorreram nas distribiuidoras Energisa Paraíba (7,8%) e Energisa Sergipe
(6,3%), com receita bruta de R$ 404,3 milhões e R$ 274,1 milhões, respectivamente.
Ainda de acordo com a holding, o consumo consolidado de energia de clientes
cativos teve crescimento de 6,7% nos cinco primeiros meses do ano em relação
ao mesmo período do ano passado. As classes residencial e comercial tiveram
as maiores expansões de consumo, com percentuais de, respectivamente,
6,6% e 7,8%. Já a demanda de consumidores livres caiu 6%. (CanalEnergia
- 20.06.2008) 2 Grupo Energisa combate perdas A Energisa vai investir este ano R$41 milhões no combate às perdas de energia. No ano passado, o combate deu frutos. O grupo reduziu suas perdas, entre maio de 2007 e 2008, em 0,73 pontos percentuais. A Energisa Paraíba atingiu o menor nível histórico, passando de 20,48% para 19,03% nos últimos 12 meses findos em maio de 2008. A Energisa Nova Friburgo e Borborema registraram perdas de 6,57% - queda de 1,16 ponto percentual - e 7,3% - redução de 1,02 ponto percentual -, respectivamente. As distribuidoras de Minas Gerais e Sergipe tiveram uma ligeira redução nas perdas, fechando em 9,45% e 12,45%, respectivamente. (Brasil Energia - 20.06.2008) 3 Boletim de Relações com Investidores da Energisa Energisa disponibilizou
em seu site, no último dia 20 de junho, o Boletim de Relações com Investidores
da Energisa S/A, edição de junho de 2008. Para acessá-lo clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 23.06.2008) 4 Eletrosul recupera receita 5 CPFL inicia programa de eficiência energética A CPFL Piratininga
iniciou na quarta-feira, 20 de junho, o programa de eficiência energética
que substituirá 540 geladeiras da população de baixa renda nas cinco cidades
da baixada santista. Os investimentos são da ordem de R$ 500 mil. O programa
corresponde à obrigação de aporte de no mínimo 0,5% da receita operacional
líquida das empresas do setor em ações de combate ao desperdício de eletricidade.
Além da expectativa de diminuir o consumo de energia elétrica, é esperado,
também, a redução nas emissões do gás CFC2, presente em geladeiras antigas
e causador do efeito estufa. (Brasil Energia - 20.06.2008) 6 SN Power vai investir R$ 2 bi no Brasil O Brasil entrou
na rota de investimentos da norueguesa SN Power. Controlada por dois grupos
estatais da Noruega (o fundo de investimento Norfund [50%] e a geradora
de energia elétrica Statkraft [50%]), a empresa foi criada globalmente
em 2002 com o objetivo de investir em geração de energia, a partir de
fontes renováveis, em mercados emergentes. A companhia pretende despejar
R$ 2 bilhões no país até 2010 e formar um parque de aproximadamente 600
MW. E o objetivo é erguer empreendimentos hídricos e eólicos. Ricardo
Martins, diretor de desenvolvimento de negócios da SN Power, conta que
a idéia é ter 500 MW de fonte hídrica e 100 MW de eólicas no país. E a
estratégia varia de acordo com o insumo. No caso das eólicas, Martins
explica que o grupo norueguês buscará adquirir projetos que ainda não
tenham saído do papel, enquanto que na hídrica a meta é comprar desde
PCHs até hidrelétricas prontas. "Mas estudos hídricos também nos interessam.
Só não temos intenção mesmo em participar da construção de usinas na Amazônia",
conta o executivo. (Valor Econômico - 23.06.2008) No pregão do
dia 20-06-2008, o IBOVESPA fechou a 64.613,79 pontos, representando uma
baixa de 2,97% em relação ao pregão anterior, com movimento de R$ 5,9
bilhões. As empresas que compõem o IEE apresentaram desvalorização de
1,30% fechando a 18.604,77 pontos. As ações da Eletrobrás tiveram o seguinte
comportamento: ficaram cotadas a R$ 27,35 ON e R$ 24,34 PNB, baixa de
5,69% e 4,59%, respectivamente, em relação ao fechamento do pregão do
dia anterior. Na abertura do pregão do dia 23-06-2008 as ações da Eletrobrás
foram cotadas a R$ 28,00 as ações ON, alta de 2,38% em relação ao dia
anterior e R$ 24,54 as ações PNB, alta de 0,82% em relação ao dia anterior.
(Investshop - 23.06.2008)
Leilões 1 Jirau: Aneel habilita empresas que participaram de certame A Comissão Especial
de Licitação da Aneel divulgou nesta sexta-feira, 20 de junho, a relação
de empresas que receberam habilitação para o leilão da hidrelétrica de
Jirau (RO, 3.300 MW), ocorrido no último dia 19 de maio. Segundo a Aneel,
além do Consórcio Energia Sustentável do Brasil (Cesb), que venceu o leilão,
foram habilitadas as 39 distribuidoras que compraram energia do empreendimento.
A habilitação é o processo pelo qual as empresas que participam do leilão
são obrigadas a comprovar a qualificação jurídica, técnica e econômico-financeira
e a regularidade fiscal, segundo as regras do edital. Com isso, a próxima
etapa será a de adjudicação do resultado, mais a homologação do processo,
que será feito em reunião da diretoria da Aneel. De acordo com o cronograma,
este passo está previsto para ocorrer até o dia 23 de julho. (CanalEnergia
- 20.06.2008) 2 O maior leilão de linhas de transmissão O próximo leilão de linhas de transmissão do Governo federal, que ocorre nesta sexta-feira na Bolsa de Valores do Rio, será o maior já realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em extensão (3 mil quilômetros) e previsão de investimento (R$ 2,86 bilhões), mas tem desfecho incerto. Os três primeiros lotes, dos 11 ofertados, formam um dos mais desafiadores e arriscados empreendimentos já colocados em um leilão do setor: o chamado linhão Tucuruí-Manaus-Macapá, que percorre 1.829 quilômetros na região Norte do País. (Jornal do Commercio - 23.06.2008) 3 Aneel seleciona 31 empresas e oito consórcios para disputa em leilão de LTs A Comissão Especial
de Licitação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pré-qualificou
31 empresas e oito consórcios a participar do próximo leilão de linhas
de transmissão, que acontecerá na próxima sexta-feira (27), na Bolsa de
valores do Rio de Janeiro. Estão sendo licitadas concessões para 19 linhas
de transmissão e 20 subestações. Para confirmar a participação no leilão,
as empresas e os grupos consorciados terão até às 14h do próximo dia 6,
para cumprir a próxima etapa do processo, o recolhimento da garantia de
proposta junto à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC),
em São Paulo. Segundo informações da Aneel, somadas, as linhas de transmissão
irão adicionar 3 mil quilômetros à Rede Básica do Sistema Interligado
Nacional (SIN). Elas serão construídas em 12 estados: Amapá, Amazonas,
Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. (Agência Brasil - 22.06.2008)
Oferta e Demanda de Energia Elétrica De acordo com os dados apresentados na tabela abaixo, o CCEE fixou o preço spot do Mwh para o período de 21/06/2008 a 27/06/2008. Tabela
Fonte: www.ccee.org.br
Gás e Termoelétricas A Ceron terá de devolver, em até 60 parcelas mensais, 12,6 mil m³ de combustível consumido acima dos limites estabelecidos para as usinas termelétricas dos sistemas isolados. O consumo aconteceu entre 1999 e 2005. Para não pagar multa de R$ 10,6 milhões, a distribuidora deve devolver volume de combustível superior ao limite de 0,30 litro por kWh definido nos Planos Anuais de Combustível da Eletrobrás. A determinação faz parte do Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta que será firmado nos próximos dias entre a concessionária e a Aneel. Caso descumpra o acordo, a empresa devera pagar multa de R$ 12,7 milhões. (Brasil Energia - 20.06.2008) 2 ME autoriza Suape II a ser produtora independente de energia O MME publicou
no Diário Oficial da União de sexta-feira (20.06), a Portaria nº 217,
que autoriza a empresa Energética Suape II S.A. a estabelecer-se como
Produtor Independente de Energia Elétrica, mediante a implantação e exploração
da Central Geradora Termelétrica UTE Suape II, localizada no Município
de Cabo de Santo Agostinho (PE). (APMPE - 20.06.2008) 3 Brasil deve preparar-se para exportar urânio Há hoje no mundo
um mercado muito ativo de exploração de urânio e com a grande demanda
que virá nos próximos anos, o Brasil deverá considerar a possibilidade
de exportar parte de sua produção. Esse foi um dos principais temas de
discussão no Simpósio Anual da Seção Latino-Americana da American Nuclear
Society. Um dos organizadores do evento, Jorge Spitalnik, diretor da LAS-ANS,
disse, porém, que essa abertura de mercado deve ser feita de forma cautelosa,
levando-se sempre em conta que as centrais nucleares Angra 1 e Angra 2,
em operação, e Angra 3, cujas obras serão retomadas no segundo semestre,
além de uma quarta usina que será erguida no Nordeste, vão precisar de
combustível. (Jornal do Commercio - 23.06.2008)
Grandes Consumidores 1 Vale pode aguardar boa oportunidade, diz Previ O presidente
da Previ, Sérgio Rosa, disse ontem que a Vale não tem necessidade "premente"
de aquisições para mudar a posição que ocupa hoje no mercado mundial.
Segundo ele, que também é o presidente do conselho de administração da
Vale, só com os investimentos programados pela mineradora brasileira até
2012 será adicionada uma empresa de quase US$ 60 bilhões. Apesar de não
considerar aquisições como um movimento premente, Rosa deixa uma porta
aberta ao afirmar que esse é um movimento possível. (O Estado de São Paulo
- 21.06.2008) 2 Indústria mineral bate recorde de investimentos O investimento
da indústria mineral brasileira vai alcançar marco histórico nos próximos
cinco anos. O Ibram revisou pela quarta vez no período de um ano e meio
o balanço de investimento em expansão da produção mineral no país. A nova
projeção indica aportes de US$ 48,2 bilhões até 2012. Além de nova revisão,
o acompanhamento indica também o maior salto em termos de investimento
em relação a previsão anteriores, com incremento de 50% sobre a estimativa
passada. (Folha de São Paulo - 21.06.2008) 3 Vendas de aço batem novo recorde As vendas de
aço bateram novo recorde em maio e atingiram 366 mil toneladas, segundo
o Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço). O instituto atribui
o resultado à antecipação das compras por conta dos aumentos e à forte
demanda. Segundo o Inda, as fusões e aquisições verificadas no mundo devem
se repetir no Brasil. O instituto diz que, por causa da concentração global,
pode haver alterações importantes no desenho da indústria local. (Folha
de São Paulo - 22.06.2008) 4 Ford prevê cenário pior com alta de combustível A Ford disse
que reduzirá ainda mais a produção nos próximos meses e diminuiu a previsão
de ganhos para este ano e para 2009, devido ao aumento no preço da gasolina
e aos temores dos consumidores sobre a economia dos Estados Unidos. A
empresa afirmou que planeja produzir 475 mil veículos no terceiro trimestre,
50 mil unidades menos do que anunciara anteriormente e queda de 25% em
relação ao mesmo período do ano passado. (Folha de São Paulo - 21.06.2008)
Economia Brasileira 1 Investimento com foco no emprego pode ser equivocado, aponta estudo Com a retomada do crescimento econômico e a demanda acelerada por recursos governamentais, o governo está cada vez mais voltado para a fixação de prioridades. Estudo da área de planejamento do BNDES aponta que os segmentos de alta intensidade tecnológica, como siderurgia, petroquímica ou automobilística, devem ser alvos de políticas públicas, apesar do baixo potencial de gerar empregos no curto prazo. A razão é que estes setores sustentam maiores taxas de crescimento da economia e da ocupação no longo prazo. Setores com potencial empregador rápido e elevado, como têxtil ou calçados, também devem ser contemplados com linhas destinadas a micro, pequena e média empresas, porém esses setores não detém o maior nível de crescimento de produtividade e não podem assegurar o crescimento no longo prazo Os setores com maior nível de produtividade são refino de petróleo e petroquímica, extração de petróleo, gás natural, siderurgia e elementos químicos. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (Valor Econômico - 23.06.2008) 2 Artigo "País deve ser o 2ºnas Américas" Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, a editora de América Latina da consultoria britânica Economist Intelligence Unit, Érica Fraga, prevê o Brasil, mantida as taxas de crescimento de 4%, como o 2º maior país da América ao fim deste ano; e passados mais 20 anos, a previsão é de uma economia maior que a da Itália, França e Espanha. Fraga, porém, afirma que "quanto mais o crescimento for impulsionado por um aumento do investimento produtivo, melhor" e destaca que o Brasil está no grupo dos 20% de países com menores taxas de investimento e entre os 25% com setores públicos mais inchados. A editora conclui que o governo "sufoca e limita a expansão da área privada" e que pro setor privado se expandir depende de um encolhimento do setor público. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 23.06.2008) 3 Déficit expõe dilema sobre crescimento 4 Estatais criam alternativa às PPPs Enquanto a lei
das PPPs não sai do papel, empresas públicas e privadas se aliam para
investir em conjunto. Pode-se dizer que a lei brasileira das Parcerias
Público-Privadas (PPPs), pelo menos no que diz respeito à parte federal,
nunca saiu do papel. Mas há, sim, um jogo estratégico de PPP em curso:
a aliança cada vez mais freqüente entre empresas estatais e empresas privadas
nacionais e estrangeiras. A chave da explicação, segundo especialistas,
evidencia dois fatos: o governo não usa mais suas empresas para promover
um estatismo como o dos anos 70, e tanto as estatais - recaídas fisiológicas
à parte - como as empresas privadas são geridas hoje com muito mais transparência."É
uma espécie de PPP na prática", como define o ex-presidente da Eletrobrás
José Pinguelli Rosa, hoje diretor da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação
de Engenharia (Coppe) da UFRJ. Pinguelli lembra que a primeira "PPP na
prática" aconteceu no caso da Usina Hidrelétrica de Peixe Angical, em
Tocantins. (O Estado de São Paulo - 23.06.2008) 5 Brasil fornece precatórios para mercado de alto risco Um mercado
de alto risco que só existe no Brasil começa a atrair investidores nacionais
e estrangeiros. Com o mercado de títulos "subprime" (segunda linha) fechado
nos EUA, bancos e fundos dispostos a arriscar uma parcela de seu patrimônio
descobriram no Brasil papéis de altíssimo retorno: os precatórios, créditos
expedidos pela Justiça, originários de processos contra o poder público
e sem possibilidade de recurso. O STF calculou há três anos que União,
Estados e municípios deviam R$ 64 bi em precatórios, mas o montante estimado
hoje é de R$ 100 bi. Desse total, cerca de R$ 10 bi já fazem parte da
carteira de fundos e de bancos estrangeiros do porte do UBS/Pactual, Merrill
Lynch, JPMorgan e Morgan Stanley, entre outros."É um negócio da China.
O precatório está pegando todo esse vácuo do "subprime". O investidor
estrangeiro ganha com deságio, juros, correção da inflação e "spread"
[adicional pelo risco]", diz Nelson Lacerda, advogado da Associação dos
Servidores Públicos. (Folha de São Paulo - 23.06.2008) 6 Endividamento cresce 47% em 26 meses O alongamento dos prazos de financiamento, principalmente de automóveis, não é a única preocupação do BC em torno das operações de crédito de pessoas físicas. O alerta está aceso também para o aumento do endividamento das famílias. Junto com a expansão do crédito no país, que já chegou a R$ 1 tri, cresce o número de clientes de banco com dívidas altas. O Sistema de Informações de Crédito do BC, conhecido pela sigla SCR, mostra que, em fevereiro deste ano, 15,6 mi de pessoas tinham dívidas acima de R$ 5.000. Na comparação com dezembro de 2005, quando eram 10,6 mi os clientes de bancos com dívida maior de R$ 5.000, houve um crescimento de 47,17%. Em relação a junho do ano passado, quando 13,5 mi estavam nessa situação, houve uma alta de 15,6%. Os dados do BC mostram que a dívida das pessoas físicas com os bancos somava R$ 442,4 bi em fevereiro deste ano, dos quais R$ 146 bi (33%) tinham prazo de vencimento em até 180 dias e R$ 74,7 bi (16,8%) venciam em até 360 dias. (Folha de São Paulo - 22.06.2008) 7 Estratégia de bancos para atrair clientes preocupa o governo 8 Especialistas vêem prejuízos para indústrias Especialistas
se dividem sobre a decisão do governo brasileiro de retaliar os EUA com
a vitória obtida na OMC, uma vez que a retaliação em bens pode prejudicar
a indústria e os importadores nacionais, afetando ainda mais a balança
comercial. Segundo o vice-presidente da AEB, José Augusto de Castro, a
retaliação brasileira anunciada ontem pode fechar ainda mais o mercado
norte-americano para produtos brasileiros, em vez de corrigir uma distorção
do comércio internacional. "Tradicionalmente, nenhum país adota essas
penalidades, porque com a retaliação você afeta o fluxo de comércio e
pode estimular o outro lado a impor medidas, ainda que contrárias às regras
estabelecidas pela OMC, que vão nos prejudicar. Não vejo com bons olhos
[a decisão adotada pelo Brasil]", afirmou Castro.O presidente da Sobeet
, Luís Afonso Lima, discorda."A decisão já era conhecida, mas essa posição
é uma novidade. É uma posição radical, mas correta, tendo em vista que
os EUA estão desrespeitando as decisões da OMC. Cabe, agora, adotar as
medidas que foram evitadas até agora." (Folha de São Paulo - 21.06.2008)
9 Mercado projeta inflação acima de 6% em 2008 O mercado financeiro
brasileiro acredita que a inflação no país vai ultrapassar a marca dos
6 por cento este ano, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
No levantamento semanal feito pelo BC, os analistas consultados elevaram
para 6,08 %, ante 5,80 %, a estimativa para a variação do IPCA em 2008.
Para o próximo ano, a estimativa para o IPCA foi elevada para 4,78 %,
ante 4,63 % projetados na pesquisa anterior. A estimativa para o patamar
da taxa de juro ao final do ano foi mantida em 14,25 %, mas a previsão
para dezembro de 2009 foi elevada de 12,75 % para 13,00 %. (Reuters -
23.06.2008) 10 Mercado revê para baixo projeção do IGP-M de junho O mercado começou
a revisar para baixo as projeções para o IGP-M de junho, para provavelmente
abaixo de 2%, depois do dado abaixo do esperado na segunda leitura do
mês, o que é uma boa notícia no curto prazo mas não significa necessariamente
o início de um alívio das fortes pressões de preços no atacado. Além do
impacto das commodities internacionais, o IGP-M enfrenta as incertezas
sobre o tamanho da alta do feijão e da carnes, produtos que já estão pressionando
os indicadores e se acentuarão à frente, tomando o lugar de pressões que
já começam a arrefecer, como o arroz. O IGP-M subiu 1,83% na segunda prévia
de junho ante 1,54% no mesmo período de maio. Pesquisa da Reuters mostrou
que analistas esperavam alta de 1,90 a 2,20%. Newton Rosa, economista-chefe
da SulAmérica Investimento, pretende fazer uma ligeira correção na projeção
do mês, de 2,10% para algo em torno de 2%, mas ressaltou que esse ainda
é um patamar bastante alto. (Gazeta Mercantil - 23.06.2008) 11 IPC-S sobe 0,89% e fica abaixo do esperado O IPC-S subiu
0,89% na terceira prévia de junho, referente a 22 de junho. O resultado
ficou abaixo do esperado pelo mercado, que estimava alta de 0,97%, e 0,18
p.p. menor que a coleta anterior, em 15 de junho. Os dados foram informados
há pouco pela FGV. Das sete classes de despesa componentes do índice,
cinco registraram recuo. Pela segunda semana consecutiva, o grupo Alimentação
apresentou descréscimo de 2,78% para 2,24%. (InvestNews - 23.06.2008)
O dólar comercial
estava há pouco a R$ 1,609 na compra e a R$ 1,611 na venda, com elevação
de 0,31%. Na abertura, marcou R$ 1,609. No mercado futuro, os contratos
de julho negociados na BM & F aumentavam 0,27%, a R$ 1,614. Na sexta-feira
da semana passada, o dólar comercial fechou com acréscimo de 0,12%, a
R$ 1,604 na compra e R$ 1,606 na venda. (Valor Online - 23.06.2008)
Internacional 1 China investe em projetos para desenvolvimento do Oeste A Comissão de
Reformas e Desenvolvimento Nacional da China divulgou, em sua página na
internet, que dez novos projetos, a maioria deles na área de infra-estrutura,
serão implementados nas regiões ao oeste do país. Os empreendimentos,
com orçamento combinado de 436 bilhões de iuanes -US$ 64,12 bilhões- têm
como objetivo impulsionar o desenvolvimento econômico e social nessas
áreas. Entre os projetos, estão a construção de estradas nas províncias
de Sichuan e Guizhou e a construção de usinas hidrelétricas, oleodutos
e gasodutos. (InvestNews 23.06.2008)
Biblioteca Virtual do SEE 1 FRAGA, Érica. "País deve ser o 2ºnas Américas". Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de junho de 2008. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 2 NASSIF, André; Santos, Leonardo de Oliveira; Pereira, Roberto de Oliveira. "Produtividade e Potencial de Emprego no Brasil: As Prioridades Estratégicas das Políticas Públicas". Revista do BNDES, V. 14, N. 29, P. 157-176. Rio de Janeiro,junho de 2008. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. 3 CANAZIO, Alexandre. Entrevista: Nelson Hubner avalia o período à frente do comando do MME. Canal Energia. Rio de Janeiro, 20 de junho de 2008. Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Equipe
de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás Visite
o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas
do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
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