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IFE: nº 2.283 - 18 de junho de 2008
www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
S&P eleva posição de empresas do setor elétrico
2 Processo paralisa obras da hidrelétrica de Estreito
3 TCU dá 60 dias para mudar tarifa social de energia
4 SPEs de usinas do Madeira debatem implantação de projetos com Aneel
5 MME deve rever baixa renda
6 LPT com inclusão digital
7 Diretores da ARSESP tomam posse nesta quarta-feira

Empresas
1 Elétricas com rating elevado
2 Eletrobrás e a UFPA inauguram Laboratório de Eficiência Energética
3 Aneel aprova índices de revisão de distribuidoras do grupo Energisa
4 P&D: aprovados ciclos da Cea, CGTF e CDSA

Leilões
1 35 habilitadas no leilão de ajuste

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 81,5%
2 Sul: nível dos reservatórios está em 64,9%
3 NE apresenta 80,5% de capacidade armazenada

4 Norte tem 93,2% da capacidade de armazenamento

Meio Ambiente
1 MMA vai recorrer de decisão do STF sobre compensação ambiental
2 Linha da Cobra com LI

Grandes Consumidores
1 Comissão vota tarifa especial de energia para setor têxtil
2 Braskem mapeia créditos de carbono
3 Montadoras investem R$ 1,7 bi para produzir mais motores

Economia Brasileira
1 Nível de emprego arrefece em maio
2 BNDES avalia trocar TJLP como indexador

3 Surpreendente alta nas exportações
4 Empresários temem que juro alto inviabilize política industrial
5 Bancos já temem efeitos de alta da inflação na baixa renda
6 Selic tem como voltar a cair, diz Coutinho
7 Economia do Brasil é muito fechada, diz estudo do Bird
8 Brasil deve manter sistema de câmbio flutuante
9 Investimento com baixo endividamento
10 Inflação está difusa e sobe acima da meta, diz Meirelles
11 FGV: Inflação de junho pelo IGP-10 é a maior desde fevereiro de 2003
12 Inflação tem leve desaceleração em São Paulo
13 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Fusão de GDF e Suez é aprovada por Autoridade francesa

Biblioteca Virtual do SEE
1 CASTRO, Nivalde José de; Brandão, Roberto. Investment Grade: Impactos na Economia Brasileira e no Setor Elétrico Brasileiro. Rio de Janeiro, junho de 2008.
2 STANDARD & POOR'S. 20 Brazilian Electric Utilities Upgraded, Affirmed Amid Favorable Operating Environment. São Paulo, 16 de junho, 2008.

Regulação e Reestruturação do Setor

1 S&P eleva posição de empresas do setor elétrico

Refletindo a própria obtenção do Investment Grade da economia brasileira a S$P elevou o grau de classificação de 20 empresas do setor elétrico brasileiro, conforme documento em anexo. Este fato reflete e corrobora o que o GESEL analisou recentemente no artigo "Investment Grade: Impactos na Economia Brasileira e no Setor Elétrico Brasileiro" elaborado pelo Prof. Nivalde J. de Castro e Roberto Brandão, pesquisador do Gesel. A relação das empresas pode ser obtida clicando aqui. E se você desejar ler o artigo do GESEL, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 18.06.2008)

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2 Processo paralisa obras da hidrelétrica de Estreito

A construção da usina hidrelétrica de Estreito, obra de infra-estrutura que integra o PAC, começou a ser parada ontem, depois que a decisão do juiz federal de Imperatriz (MA), que acolheu parte da ação civil do Ministério Público, foi publicada no "Diário Oficial da Justiça". Segundo o Ceste (Consórcio Estreito Energia), mais de 2.000 trabalhadores estão na construção e começam a ser dispensados a partir de agora. A usina fica entre o Tocantins e o Maranhão. Aneel, Ibama e União correm agora para tentar derrubar a liminar no Tribunal Regional Federal, em Brasília, e evitar a interrupção da obra. O juiz de primeira instância cassou a licença de instalação concedida pelo Ibama em 14 de dezembro de 2006. (Folha de São Paulo - 18.06.2008)

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3 TCU dá 60 dias para mudar tarifa social de energia

O MMA tem 60 dias para informar que providências foram adotadas para redefinir os critérios de enquadramento de consumidores como beneficiários da tarifa social de energia elétrica. A decisão é do TCU, que determinou a revisão desses critérios. Depois de auditoria realizada em 2003, o TCU constatou que metade das pessoas isentas do pagamento de energia não deveria estar no grupo beneficiado pela tarifa social. Conforme o TCU, o desperdício é de cerca de R$ 382 milhões anuais. (Valor Econômico - 18.06.2008)

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4 SPEs de usinas do Madeira debatem implantação de projetos com Aneel

As sociedades de propósito específico Madeira Energia e Energia Sustentável do Brasil reuniram-se com a Aneel nesta terça-feira, 17 de junho, para tratar da implantação dos projetos de Santo Antônio (3.150 MW) e Jirau (3.300 MW), respectivamente. O Madeira Energia teve como pauta apresentar detalhes do projeto básico à Aneel, como forma de reduzir riscos de questionamentos ao projeto definitivo, que deve ser protocolado pela SPE no próximo dia 30 de junho. (CanalEnergia - 17.06.2008)

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5 MME deve rever baixa renda

O TCU determinou ao MME que redefina os critérios de enquadramento dos consumidores de baixa renda isentos de tarifas de energia elétrica. Segundo auditoria, metade dessas pessoas não deveriam estar no grupo e recebem o benefício indevidamente. Esse erro representa um desperdício de aproximadamente R$ 382 milhões por ano ao país. O prazo para o ministério informar o TCU sobre as medidas é de 60 dias. Os critérios de enquadramento dos consumidores de baixa renda são baseados, principalmente, no consumo mensal de até 80 kWh. No entanto, há um beneficiamento de pessoas das classes alta e média, que mantém imóveis para lazer e não ultrapassam esse limite. Em 2004, a inscrição no Cadastro Único do governo federal ou no Bolsa Família ficou estabelecida como requisito para o recebimento do benefício, mas essa nova norma não ocasionou mudanças. (Brasil Energia - 17.06.2008)

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6 LPT com inclusão digital

O programa Luz para Todos inaugurou na terça-feira, 17 de junho, uma Unidade de Inclusão Digital, na comunidade rural São Miguel, no município de Maracaju (MS). A unidade foi patrocinada pela Eletrosul, que doou cinco computadores e uma impressora para atender cerca de 300 pessoas da comunidade que passarão a ter acesso à informática graças à energia elétrica proporcionada pelo Luz para Todos. De acordo com os dados do governo federal, já foram repassados R$ 104,8 milhões para obras dos contratos do Luz para Todos em andamento no estado do Mato Grosso do Sul e estão em andamento obras para beneficiar mais 3,8 mil pessoas. A participação das empresas de energia é de R$ 27,5 milhões e a do Governo do Estado é de R$ 18,2 milhões. (Brasil Energia - 17.06.2008)

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7 Diretores da ARSESP tomam posse nesta quarta-feira

Com a presença da Secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena, tomam posse nesta quarta-feira (dia 18), às 16 horas, o Diretor-Presidente e dois Diretores da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP). Será empossado como Diretor-Presidente o atual Diretor de Regulação Econômico-Financeira e de Mercados, Hugo de Oliveira. Zevi Kann tomará posse como Diretor de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Distribuição de Gás Canalizado. Ambos terão mandato de três anos. Para um período de quatro anos, Aderbal de Arruda Penteado Juniorserá empossado na Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização dosServiços de Energia. A solenidade será no Edifício Cidade I, Rua BoaVista, 170, auditório do 2° subsolo, Centro de São Paulo. (ARSESP - 17.06.2008)

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Empresas

1 Elétricas com rating elevado

A Standard & Poor's alterou o grau de investimento de 20 empresas brasileiras de energia. De acordo com a agência de classificação, a melhora no índice é fruto do fortalecimento da imagem das companhias e do cenário regulamentar mais favorável, que diminui os riscos do país para investimentos em operações no setor elétrico. A S&P caracteriza o setor como "ainda sensível", mas diz também que o suprimento energético deve se tornar mais "confortável" com as novas ações de expansão da geração elétrica e da oferta de gás natural, que pode ser destinado às térmicas. A relação das empresas pode ser obtida clicando aqui. (Brasil Energia - 17.06.2008)

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2 Eletrobrás e a UFPA inauguram Laboratório de Eficiência Energética

A Eletrobrás e a UFPA inauguram na quinta-feira, 19 de junho, o segundo Laboratório de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento (Lenhs) do país. A unidade é resultado de um convênio celebrado entre a estatal, por meio Programa de Eficiência Energética no Saneamento Ambiental (Procel Sanear), e a universidade. O Lenhs da UFPA fará parte de uma rede de laboratórios, que têm como objetivo tornar-se centro de referência em eficiência energética e hidráulica para atividades de ensino, pesquisa aplicada e extensão. Os laboratórios tiveram investimento de R$ 5 milhões da Eletrobrás. (Brasil Energia - 17.06.2008)

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3 Aneel aprova índices de revisão de distribuidoras do grupo Energisa

A Aneel aprovou hoje os índices de revisão tarifária periódica das distribuidoras Energisa Minas Gerais S/A e Energisa Nova Friburgo S/A. As novas tarifas entrarão em vigor amanhã (18/06). Os percentuais são: para a Energisa Minas Gerais, -5,64% (negativo) para a baixa tensão e 6,15% para a alta tensão (em média); para a Energisa Nova Friburgo, 11,97% para a baixa tensão e 8,88% para a alta tensão (em média). O resultado do processo de revisão tarifária das distribuidoras reflete ganhos de produtividade e redução do custo médio de capital. Os percentuais aprovados foram influenciados pelo repasse para as tarifas do aumento dos custos com o ESS, que tem como atribuição garantir a segurança energética. O crescimento desse encargo é resultante da operação de usinas termelétricas acionadas em razão da ultrapassagem da Curva de Aversão a Risco e por determinação do CMSE no final de 2007 e no início de 2008. (ANEEL - 18.06.2008)

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4 P&D: aprovados ciclos da Cea, CGTF e CDSA

A Aneel aprovou o ciclo 2006/2007 do programa de pesquisa e desenvolvimento da Cea (AP), CGTF e CDSA. Segundo despacho 2.230 publicado no DOU de segunda-feira, 16 de junho, a Cea deve aplicar R$ 411,3 mil no ciclo, o que representa cerca de 0,42% da receita operacional líquida da empresa, de R$ 96,66 milhões. Outro ciclo aprovado pela Aneel, foi apresentado em conjunto pela CGTF e CDSA e demandará recursos da ordem de R$ 2,99 milhões, segundo despacho 2.231 publicado no mesmo DOU. Como proponente, a CGTF aplicará R$ 1,08 milhão deste valor para a CDSA e os outros R$ 1,91 milhão para a própria CGTF. (CanalEnergia - 17.06.2008)

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Leilões

1 35 habilitadas no leilão de ajuste

A CCEE habilitou 35 empresas para o 7º leilão de ajuste, que acontece na próxima quinta-feira (19/6). Do total, 28 empresas foram habilitadas como compradoras e sete, como vendedoras. A CCEE disponibilizou para a concorrência dois produtos de três meses, com início de suprimento em 1º de julho e término em 30 de setembro de 2008; e com início em 1º de outubro de 2008 e término em 31 de dezembro de 2008. Também será comercializado um produto de seis meses, com início de suprimento em 1º de julho de 2008 e término em 31 de dezembro de 2008. Veja a lista das empresas habilitadas: Ampla (RJ), Bandeirante (SP), Caiuá (SP), Ceal (AL), CEB Distribuição (DF), CEEE D(RS), Celb (PB), Celg (GO), Celpa (PA), Celpe (PE), Celtins (TO), Cemar (MA), Cemat (MT), Cemig (MG), CNEE D(SP), Coelba (BA), Coelce (CE), Copel Dis(PR), CPFL Paulista (SP), CPFL Piratininga (SP), CPFL Santa Cruz (SP), Bragantina (SP), Elektro (SP), AES Eletropaulo (SP), Energipe (SE), Enersul (MS), Escelsa (ES) e Light (RJ). (Brasil Energia - 17.06.2008)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Sudeste/Centro-Oeste: volume está em 81,5%

O nível de armazenamento no submercado Sudeste/Centro-Oeste está em 81,5%, apresentando queda de 0,5% em relação à medição do dia 11 de junho. A usina de Furnas atinge 97,4% de volume de capacidade. (ONS - 18.06.2008)

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2 Sul: nível dos reservatórios está em 64,9%

O nível de armazenamento na região Sul apresentou alta de 1,5% no nível de armazenamento em relação à medição do dia 11 de junho, com 64,9% de capacidade armazenada. A usina de Machadinho apresenta 54,6% de capacidade em seus reservatórios. (ONS - 18.06.2008)

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3 NE apresenta 80,5% de capacidade armazenada

Apresentando queda de 0,7% em relação à medição do dia 11 de junho, o Nordeste está com 80,5% de sua capacidade de armazenamento. O reservatório de Sobradinho opera com 71,7% de volume de capacidade. (ONS - 18.06.2008)

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4 Norte tem 93,2% da capacidade de armazenamento

O nível de armazenamento da região Norte está em 93,2% com variação negativa de 0,1% em relação à medição do dia 11 de junho. A usina de Tucuruí opera com 97,3% do volume de armazenamento. (ONS - 18.06.2008)

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Meio Ambiente

1 MMA vai recorrer de decisão do STF sobre compensação ambiental

O MMA vai apresentar um pedido de embargo declaratório contra o acórdão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou o percentual mínimo de 0,5% para a compensação ambiental. A decisão do STF, tomada em abril, deve ser publicada até o fim da próxima semana. O objetivo do MMA é esclarecer a decisão e garantir que os licenciamentos autorizados e os em andamento não sejam paralisados. O ministro do STF Carlos Ayres Brito, relator do processo, reconheceu que a compensação ambiental deve existir, mas sem uma relação com o valor total da obra e sem a determinação de um piso. O MMA, por sua vez, quer que a decisão não seja retroativa; que se estabeleça um prazo de seis meses para adequação dos órgãos ambientais e empresariais; e que a graduação do cálculo sobre o impacto seja sobre o montante do investimento que gere efeitos negativos. (CanalEnergia - 17.06.2008)

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2 Linha da Cobra com LI

O Ibama expediu nesta terça-feira (17/6) Licença de Instalação das Linhas de Transmissão São Simão-Maribondo-Ribeirão Preto (500 kV). As LTs serão implantadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais, com extensão aproximada de 410 km. Os circuitos pertencem à Ribeirão Preto Transmissora de Energia. Válida por dois anos, a licença determina que a empresa deve apresentar em 180 dias o Termo de Compromisso assinado com as prefeituras dos municípios que tenham seus limites inseridos na área de influência direta do empreendimento. (Brasil Energia - 17.06.2008)

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Grandes Consumidores

1 Comissão vota tarifa especial de energia para setor têxtil

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira, 18 de junho, o projeto de lei que cria uma tarifa especial de energia elétrica para o setor têxtil. O PL 2860/08, do deputado José Carlos Machado (DEM - SE), prevê desconto de 90% sobre o valor cobrado aos demais consumidores. De acordo com o texto, o desconto incidirá em um período contínuo de oito horas e meia de duração, no horário de 21h30 às 6h do dia seguinte. O deputado Vanderlei Macris (PSDB - SP), relator do processo, apresentou parecer favorável pela aprovação, em emenda que inclui o setor de confecções no benefício. As informações são da Agência Câmara. (CanalEnergia - 17.06.2008)

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2 Braskem mapeia créditos de carbono

O presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, disse ontem que a empresa já tem projetos que poderiam resultar em geração de créditos de carbono. Sem dar detalhes, o executivo destacou que a empresa já fez um mapeamento das ações que atenderiam tais requisitos. Os créditos de carbono são gerados a partir da redução da emissão de gases causadores do efeito estufa e podem ser obtidos em iniciativas como a substituição de óleo combustível por gás natural. Esta é uma das ações colocadas em prática pela Braskem na Bahia. (Jornal do Commercio - 18.06.2008)

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3 Montadoras investem R$ 1,7 bi para produzir mais motores

Juntas, Volkswagen, Ford, Fiat, General Motors e Honda, devem investir, até o final do ano, R$ 1,713 bilhão na ampliação da capacidade produtiva e na criação de novas famílias de motores. A expectativa é a de que cerca de 1 milhão de motores extras sejam produzidos no País, somente por essas fabricantes. (DCI - 18.06.2008)

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Economia Brasileira

1 Nível de emprego arrefece em maio

A indústria de transformação paulista criou 8 mil empregos em maio, o que representa um crescimento de 0,06% em relação a abril, com ajuste sazonal, segundo divulgou ontem a Fiesp/Ciesp. Este é o menor patamar desde janeiro, quando a taxa caiu 0,05%. No entanto, na análise sem ajuste, foram criadas 0,35% mais vagas em maio. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, o nível de emprego na indústria cresceu 6,28%, com a criação de 137 mil empregos. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 4,79%, com 107 mil novas vagas. Na avaliação do diretor do Depecon das entidades, Paulo Francini, a desaceleração mensal no ritmo de contratações não foi uma surpresa. Porém, considerou que o resultado indica "um sinal de alerta". O economista argumentou que esse recrudescimento não conta com os efeitos da política monetária sobre a atividade produtiva, referindo-se ao início do ciclo de elevação da taxa Selic. (Gazeta Mercantil - 18.06.2008)

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2 BNDES avalia trocar TJLP como indexador

O BNDES estuda mudanças em suas regras de financiamento, como a substituição da TJLP, atualmente em 6,25%, por uma cesta de moedas ou pelo IPCA. O presidente do banco, Luciano Coutinho, afirmou que a mudança poderia ser feita em alguns empréstimos, como os de menor porte. Segundo ele, não se trata de uma simples troca da TJLP como indexador dos financiamentos. "É uma matéria que estamos estudando também, mas jamais faremos qualquer mudança que crie insegurança nos contratos já realizados. Se mudarmos a regra, faremos isso de maneira muito cuidadosa, apenas para ter um outro tipo de regra que seja melhor do que hoje." Coutinho afirmou que a mudança da TJLP "é apenas uma idéia muito especulativa, um debate acadêmico". (Estado de São Paulo - 18.06.2008)

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3 Surpreendente alta nas exportações

Apesar dos problemas, o Brasil ficou na 32ª posição entre os países que mais registraram uma alta das exportações. Em 2007, a taxa chegou a 11,3%, acima da média regional de 7,5%. O levantamento aponta que o Brasil tem a 11ª pauta de exportação mais diversificada do mundo, superado pela Coréia do Sul, EUA, Itália. A concentração nas exportações chega a ser menor que no Japão, Canadá, China e tradicionais potências comerciais. Para o Banco Mundial, a diversificação nas exportações brasileiras é comparável ao dos países ricos e importante para evitar a volatilidade dos mercados. A entidade ainda aponta que o Brasil não é apenas um exportador de produtos agrícolas e que o setor industrial corresponde com metade das vendas nacionais. As exportações agrícolas brasileiras, contudo, sofrem barreiras significativas para entrar nos mercados estrangeiros. (Jornal do Commercio - 18.06.2008)

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4 Empresários temem que juro alto inviabilize política industrial

Em reunião ontem do Fórum Nacional da Indústria, em São Paulo, os empresários manifestaram o receio de que a atual política do governo de combate à inflação inviabilize a nova política industrial (PDP), lançada há pouco mais de um mês. A PDP previa uma série de desonerações tributárias e traçava quatro macrometas a serem alcançadas até 2010: acelerar o investimento fixo; estimular a inovação; ampliar a inserção internacional do Brasil; e aumentar o número de micro e pequenas empresas exportadoras. A renúncia fiscal prevista era de R$ 21,4 bi até 2011. O problema, segundo os empresários reunidos ontem em São Paulo, é que, na época em que foi lançada a política industrial, o governo e os empresários certamente ainda não tinham consciência do risco de alta da inflação, apesar de o BC já ter feito uma série de alertas e de também já ter aumentado em 0,5 p.p. a Selic."A política industrial vai numa mão, e a política monetária, numa outra", diz Humberto Barbato, presidente da Abinee. "Como a política industrial vai conseguir os efeitos necessários com esses juros?" (Folha de São Paulo - 18.06.2008)

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5 Bancos já temem efeitos de alta da inflação na baixa renda

Apesar de rejeitarem possíveis medidas de controle da expansão do crédito, os bancos já começam a demonstrar preocupações com os efeitos da alta da inflação na renda dos tomadores de empréstimos. Pesquisa divulgada ontem pela Febraban mostrou que metade dos 33 bancos consultados acredita que as pressões inflacionárias podem comprometer o orçamento familiar, em especial as camadas de baixa renda. Segundo Nicola Tingas, economista-chefe da Febraban, os bancos médios regionais, especialmente do Nordeste, foram os que apresentaram mais preocupação em relação à inadimplência. "Isso porque eles lidam mais diretamente com as camadas de renda mais baixa, que têm menor flexibilidade, não poupam tanto quanto as classes A e B", afirma. (DCI - 18.06.2008)

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6 Selic tem como voltar a cair, diz Coutinho

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que há espaço para a Selic cair a níveis semelhantes aos praticados no México. Mas ele frisou que isso depende de a alta do preço dos alimentos cessar e de a inflação estar mais controlada. A taxa mexicana de juros real (descontada a inflação) é de 2,6%; a brasileira alcança 6,9%. O ex-presidente do BC, Armínio Fraga, disse acreditar que a taxa pode chegar a um patamar de 4% em "um tempo não muito distante". "Não temos que ter complexo. Passada essa fase, acredito que ela vai cair." Coutinho lembrou que o governo está "muito preocupado" com a subida da inflação, e acrescentou que o presidente Lula deverá anunciar, em breve, medidas para a promoção de oferta de alimentos, mitigando pressões internas e em outros lugares do mundo. "Não sei quanto tempo vai durar a pressão internacional de preços sobre commodities. Ainda há aceleração, esperamos que isso, em algum momento, pare." (Folha de São Paulo - 18.06.2008)

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7 Economia do Brasil é muito fechada, diz estudo do Bird

O Brasil tem uma das economias mais fechadas do mundo, segundo um relatório divulgado ontem pelo Banco Mundial. Num ranking de 125 países, em que foram avaliadas as barreiras que cada um aplica às importações, o Brasil ficou em 92º lugar, ou seja, no grupo das economias mais protecionistas. De acordo com o relatório sobre Indicadores de Comércio de 2008, embora o país tenha promovido uma abertura considerável desde o início da década, o regime tarifário brasileiro ainda é mais protecionista do que a média da América Latina e do Caribe. A média tarifária brasileira é de 8,7%, acima da média regional, de 8,2%. As barreiras não-tarifárias também são usadas mais extensivamente pelo Brasil do que por seus vizinhos. Segundo o relatório, elas são aplicadas a 46,1% das linhas tarifárias do país, porcentagem também mais alta do que a média regional, que é de 35,7%. (Folha de São Paulo - 18.06.2008)


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8 Brasil deve manter sistema de câmbio flutuante

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, reconheceu que a desvalorização cambial não tem tido um efeito positivo para a competitividade de vários setores da economia. Coutinho participou do seminário Financiamento de Longo Prazo e Bancos de Desenvolvimento, realizado na sede do banco, no Rio de Janeiro, em comemoração aos 56 anos da instituição. Ele disse esperar que o real não se aprecie além do nível em que está atualmente e que, em breve, o dólar possa recuperar a sua posição no sistema internacional, mudando de direção. "Quando isso vai acontecer e em que intensidade, é difícil de responder", observou. Para ele, o Brasil não deve mudar o sistema de flutuação cambial. "Eu acho que o regime macroeconômico de metas com flutuação e com administração de expectativas tem sido vitorioso e positivo até o momento. E não é recomendável mudá-lo", apontou. (DCI - 17.06.2008)

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9 Investimento com baixo endividamento

Pesquisa do Iedi com 156 empresas de capital aberto, divulgada ontem, indica que o atual ciclo de investimento está sendo feito com baixo endividamento, segundo o conselheiro do Iedi e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida. O endividamento líquido sobre o capital próprio delas foi em média de 0,37% em março deste ano. "As empresas têm grande capacidade de se endividar", afirmou Gomes de Almeida. "Está muito no início o nosso ciclo industrial." (Estado de São Paulo - 18.06.2008)

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10 Inflação está difusa e sobe acima da meta, diz Meirelles

O presidente do BC, Henrique Meirelles, destacou a difusão da inflação no último mês ao rebater críticas de que a elevação do juro não é o remédio adequado para um aumento de preços que seria "importado" dos alimentos e do petróleo. "O componente importado é apenas um componente (da inflação). O índice de difusão no último mês foi de 73%, então não se trata mais só das commodities", afirmou. "Os preços no atacado também estão bastante elevados, o que indica chance grande de repasse. E, se olharmos os núcleos, vemos que a inflação está subindo acima da meta em 12 meses". Meirelles repetiu o tom da ata da última reunião do Copom, em que a Selic subiu para 12,25% a.a., ao afirmar que o BC está preparado "para tomar a medida que for necessária" contra a escalada dos preços, e defendeu que a demanda precisa estar ajustada à oferta.O presidente do BC descartou adotar controles de crédito. "O BC não tomará medidas administrativas regulando prazos de empréstimos. Não está nos planos", disse. (Gazeta Mercantil - 18.06.2008)

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11 FGV: Inflação de junho pelo IGP-10 é a maior desde fevereiro de 2003

A inflação medida pelo IGP-10 foi de 1,96% em junho, ante a taxa de 1,52% em maio. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pela FGV. Essa a taxa mais elevada do indicador desde fevereiro de 2003, quando o IGP-10 apresentou elevação de 2,42%. O resultado ficou dentro das estimativas das previsões dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam uma taxa entre 1,87% e 2,22%. No caso dos três indicadores que compõem o IGP-10 de junho, o IPA teve alta de 2,21%, em comparação com a elevação de 1,91% no mês passado. O IPC subiu para 0,93% em junho, ante avanço de 0,67% em maio. Já o INCC teve aumento de 2,66% em junho (alta de 0,85% em maio). Até junho, o IGP-10 acumula elevações de 6,51% no ano e de 12,71% em 12 meses. O período de coleta de preços para o IGP-10 de junho foi do dia 11 de maio a 10 de junho. (Zero Hora - 18.06.2008)

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12 Inflação tem leve desaceleração em São Paulo

O IPC-Fipe, ficou em 1,26% na segunda prévia de junho. Na primeira quadrissemana do mês, o índice foi de 1,30%. Essa variação corresponde à média ponderada semanal do período de 16 de maio a 15 de junho, comparada aos 30 dias imediatamente anteriores. Dos sete grupos pesquisados, quatro apresentaram redução no rítmo de correções e a maior desaceleração ocorreu em vestuário que oscilou 0,77% ante 1,30 da pesquisa anterior. Os alimentos continuaram a pressionar a inflação com alta de 3,66%, mas com menos força, já (Agência Brasil - 18.06.2008)

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13 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial estava há pouco a R$ 1,611 na compra e a R$ 1,613 na venda, com alta de 0,31%. Na abertura, marcou R$ 1,613. No mercado futuro, os contratos de julho negociados na BM & F aumentavam 0,09%, a R$ 1,618. Ontem, o dólar comercial fechou com baixa de 1,10%, a R$ 1,606 a compra e R$ 1,608 na venda. (Valor Online - 18.06.2008)

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Internacional

1 Fusão de GDF e Suez é aprovada por Autoridade francesa

A Autoridade de Mercado Financeiro da França aprovou o processo de fusão da Gaz de France e Suez, segundo anunciaram as empresas em comunicado conjunto na segunda-feira, 16 de junho. A fusão criará uma empresa com faturamento de 74,3 bilhões de euros e Ebtida, de 13,1 bilhões de euros. A nova empresa GDF Suez espera alcançar um Ebtida de 17 bilhões de euros em 2010. O grupo investirá ainda 10 bilhões de euros no período de 2008 a 2010. Além disso, as empresas se comprometeram com uma distribuição de dividendos superior a 50% do lucro e visam um aumento de 10% a 15% ao ano entre os dividendos pagos em 2007 e 2010. (CanalEnergia - 17.06.2008)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 CASTRO, Nivalde José de; Brandão, Roberto. Investment Grade: Impactos na Economia Brasileira e no Setor Elétrico Brasileiro. Rio de Janeiro, junho de 2008.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 STANDARD & POOR'S. 20 Brazilian Electric Utilities Upgraded, Affirmed Amid Favorable Operating Environment. São Paulo, 16 de junho, 2008.

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Equipe de Pesquisa UFRJ - Eletrobrás
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Bernardo Mattos Santana, Daniel Bueno, Gabriel Naumann, Isabela Barbosa, Juliana Simões, Márcio Silveira,Paula Goldenberg, Thauan dos Santos e Victor Gomes.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor: www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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